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UNIVERSIDADE POLITÉCNICA - A POLITÉCNICA

Instituto Superior de Humanidades Ciências e Tecnologias – ISHCT

Engenharia Eléctrica

Queda de Tensão no Distrito de Alto Molocué – Caso de


Estudo Bairro 25 de Junho, 2020-2021

Issa Abdul Rachide

Quelimane

2021
Issa Abdul Rachide

Queda de Tensão no Distrito de Alto Molocué – Caso de


Estudo Bairro 25 de Junho, 2020-2021

Monografia científica apresentada à


Universidade Politécnica, Instituto Superior
de Humanidades, Ciências e Tecnologias,
para obtenção do Grau de Licenciatura em
Engenharia Eléctrica

Tutor Licenciado: Manuel Luís Rosse Mortar

Quelimane

2021
Dedicatória

A minha dedicação vai especialmente a minha família Issufo Carlos Rachide e Mutianaro
Abdul Gafur, que dia-e-noite, sucessos e insucessos esteve ao meu lado partilhando os
ensinamentos que a vida nos desafia. Outras pessoas a quem dedico esta monografia as
minhas filhas, Yassmin e Saviana que nos momentos bons e maus, esteve sempre ao meu
lado queira na esfera social assim como académica.
Agradecimentos

O meu agradecimento vai em primeiríssimo lugar à Deus SENHOR Omnipotente pelo


dom da vida que me concedeu e continua me protegendo até os meus dias de vida.

Vai de igual modo ao meu supervisor Manuel Luís Rosse Mortar, pela orientação,
paciência e apoio que prestou em mim ao longo de todas etapas de elaboração da presente
monografia.

O meu agradecimento em especial vai a minha esposa Anifa Momade, pelo seu forte
apoio moral, material e pelo carinho, que demonstraram em mim durante o período da
minha formação académica.

Ao corpo docente da Universidade Politécnica – Quelimane pelas condições de ensino


criadas, colegas de turma de Engenharia Eléctrica Modular e amigos que de forma directa
e indirectamente, contribuíram para o meu sucesso na arena académica.
Parecer do Tutor

Eu Manuel Luís Rosse Mortar, tutor do trabalho do fim do curso do estudante Issa Abdul
Rachide, com o tema “Queda de Tensão. Estudo de caso: Bairro 25 De Junho, Distrito de
Alto Molocué Zambézia – 2020 - 2021’’, sou de opinião que o trabalho reúne requisitos
para ser apresentado em sessão de defesa.

Quelimane, aos 30 de Abril de 2021

_____________________________________

(Manuel Luís Rosse Morta


Resumo

A pesquisa tem como tema “Queda de tensão no bairro 25 de Junho, no Distrito de Alto
Molocué no período de 2020 - 2021”. A electricidade vem se tornando cada vez mais
indispensável para a vida da sociedade Moçambicana. E é cada vez mais perceptível o
aumento do consumo da energia eléctrica devido ao aumento de cargas, causado pelo
desenvolvimento económico. E garantir a qualidade da energia, melhorando os sistemas
de distribuição é um dos investimentos da EDM e ao longo deste programa, verificamos
no bairro 25 de Junho, no Distrito de Alto Molocue, uma acentuada queda de tensão ao
longo da linha de distribuição de baixa tensão do PT número 3010 de 100KVA.

É neste contexto (Queda de tensão ao longo da linha de distribuição de baixa tensão do


PT número 3010 de 100KVA. no bairro 25 de Junho, distrito de Alto Molocue) que nasce
o tema em estudo neste trabalho, com a seguinte problemática, quais as causas que
concorrem para a queda de tensão no bairro 25 de Junho no distrito de Alto Molocué.

O objectivo do trabalho é analisar os factores que concorrem para a queda de tensão no


bairro 25 de Junho no Distrito de Alto Molocué – Zambézia e propor soluções económica
e técnicamente viável para minimizar este problema.

A metodologia usada para alcansar este objectivo é, consultas em referências


bibliograficas, manuais de procedimento de construção de redes eléctricas da EDM e
trabalho de campo que consistia na administração de inqueritos, realização de entrevistas
e experimentos ciêntificos no terreno.

Essa pesquisa tem carácter exploratório e explicativo, pois, classifica, caracteriza e define
o problema em estudo, além de identificar factores determinantes para a ocorrência de
queda de tensão no bairro 25 de Junho.

Nos resultados para além dos factores apresentados, notamos que a distância entre o ponto
de baixada e a carga, são longas, chegando até a 1000m, que nos obriga a um
redimensionamento da rede e dos condutores, para alguns consumidores, aé em certos
casos construção de novas redes.

Palavras-chave: Queda, Tensão, Causas, Melhorias.


ABSTRACT

The research has as its theme "Fall of tension in the neighborhood of 25 de Junho, in the
District of Alto Molocué in the period of 2020 to 2021". Electricity is becoming
increasingly indispensable for the life of Mozambican society. And it is increasingly
noticeable that electricity consumption has increased due to increased loads caused by
economic development. And ensuring the quality of energy, improving distribution
systems is one of EDM's investments and throughout this program, we verified in the
neighborhood of 25 de Junho, in the District of Alto Molocué, a sharp drop in voltage
along the low voltage distribution line of TP number 3010 of 100KVA.

It is in this context (Voltage drop along the low voltage distribution line of TP number
3010 of 100KVA. in the neighborhood of 25 de Junho, in the district of alto Molocué)
that the theme under study derives, with the following problem, what causes contribute
to the fall of tension in the neighborhood of 25 de Junho in the district of Alto Molocué.

The aim of the work is to analyze the factors that contribute to the fall of tension in the
neighborhood of 25 de Junho in the District of Alto Molocué – Zambezia and propose
economic and technically viable solutions to minimize this problem.

The methodology used to achieve this objective were bibliographic references, manuals
of EDM's electrical grid construction procedure and field work that consisted of
administration of questionnaires, interviews and scientific experiments on the ground.

This research has an exploratory and explanatory method, because it classifies,


characterizes and defines the problem under study, as it identifies and determines the
factors for the occurrence of a drop of tension in the neighborhood of 25 de Junho.

In the results, beside the factors presented, we noted that the distance between the
download point and the load are long, reaching up to 1000m, which forces us to resize
the network and drivers, for some consumers, it takes to the construction of new networks.

Keywords: Fall, Tension, Causes, Improvements


Sumário
CAPÍTULO I: Aspectos Introdução ............................................................................... 17

1.Introdução ............................................................................................................................ 17
1.1. Problema de Investigação................................................................................................. 18
1.2. Justificativa e relevância .................................................................................................. 18
1.3. Delimitação do Tema ....................................................................................................... 19
1.4. Delimitação espacial ........................................................................................................ 19
1.5. Objectivos ........................................................................................................................ 20
1.5.1. Objectivo Geral ......................................................................................................... 20
1. 5.2 Objectivo Específico ................................................................................................. 20
1.6. Hipóteses .......................................................................................................................... 21

CAPÍTULO II: Metodologia de Pesquisa ...................................................................... 22

2. Metodologia ................................................................................................................ 22

2.1.Tipos de Pesquisa .............................................................................................................. 22


2.1.1. Do ponto de vista da forma de abordagem do problema ........................................... 23
2.1.2. Do ponto de vista de sua natureza ............................................................................. 23
2.1.3. Do ponto de vista de seu objectivo ............................................................................ 23
2.1.4. Do ponto de vista dos procedimentos técnicos ......................................................... 24
2.2. Métodos de pesquisa ........................................................................................................ 24
2.2.1. Métodos Científicos .................................................................................................. 25
2.2.2. Método de Abordagem .............................................................................................. 25
2.2.3. Método de Procedimentos ......................................................................................... 25
2.2.4. Método Estatístico ..................................................................................................... 25
2.2.5. Método comparativo ................................................................................................. 26
2.3. Tipo de Dados .................................................................................................................. 26
2.4. Técnicas de Colecta de Dados .......................................................................................... 26
2.5. Instrumentos utilizados .................................................................................................... 26
2.5.1. Questionário .............................................................................................................. 26
2.5.2. Entrevista................................................................................................................... 27
2.5.3. Universo .................................................................................................................... 27
2.5.4. Amostra probabilísticas ............................................................................................. 28
2.6. Instrumentos de análise de dados. ................................................................................ 29

CAPITULO 3: Revisão da Literatura ............................................................................. 30


3.1. Carga e Corrente eléctrica ....................................................................................... 30

3.1.1. Carga eléctrica ........................................................................................................... 30


3.1.2. Partículas Carregadas. ............................................................................................... 30
3.1.3. Corrente eléctrica ...................................................................................................... 30
3.1.3.1. Sentido da corrente eléctrica .................................................................................. 31
3.1.3.2. Intensidade da corrente eléctrica ............................................................................ 31
3.1.3.3. Efeitos da corrente eléctrica ................................................................................... 32
3.1.4. Tensão eléctrica ......................................................................................................... 33
3.2. Potência e Energia eléctrica ............................................................................................. 33
3.2.1. Potência Aparente ......................................................................................................... 34
3.2.1.1. Potência Activa ...................................................................................................... 35
3.2.1.2. Potência Reativa ..................................................................................................... 35
3.2.2. Factor de potência ..................................................................................................... 35
3.3. Sinais contínuos e alternados ........................................................................................... 35
3.3.1. Sinais contínuos......................................................................................................... 36
3.3.2. Sinais alternados........................................................................................................ 36
3.3.3. Características do sinal alternado Sinusoidal ............................................................ 38
3.3.4. Leis básicas ............................................................................................................... 39
3.3.4.1. Leis de Georg Simon Ohm ..................................................................................... 39
3.3.4.1.1. Primeira lei de Ohm ............................................................................................ 39
3.3.4.1.2. Segunda Lei de Ohm ........................................................................................... 40
3.3.4.2. Resistência e resistividade ...................................................................................... 40
3.3.4.3. leis de Ohm e os circuitos eléctricos ...................................................................... 41
3.3.5. Leis de Kirchhoff ...................................................................................................... 41
3.3.6. Lei dos Nós................................................................................................................ 42
3.3.7. Lei das Malhas .......................................................................................................... 42
3.4. Sistema eléctrico de potência ....................................................................................... 43
3.4.1. Geração ..................................................................................................................... 44
3.4.1.1. Geração hidroeléctrica............................................................................................ 44
3.4.1.2. Geração termoeléctrica ........................................................................................... 45
3.4.2. Transmissão............................................................................................................... 46
3.4.3. Distribuição ............................................................................................................... 47
3.4.3.1. Redes de distribuição de energia eléctrica em média tensão ................................. 47
3.4.3.2. Redes de distribuição de energia eléctrica em baixa tensão .................................. 48
3.4.3.3. Equipamentos de distribuição ............................................................................... 48
3.4.3.3.1. Transformadores.................................................................................................. 49
3.4.3.3.2. Capacitores .......................................................................................................... 49
3.4.3.3.3. Reguladores de Tensão........................................................................................ 50
3.4.3.3.4. Religadores .......................................................................................................... 50
3.5. Queda de tensão ........................................................................................................... 51
3.5.1. Causa de quedas de tensão ........................................................................................ 53
3.5.1.1. Impedância de linha ............................................................................................... 54
3.5.1.2. Sobrecargas eléctricas ............................................................................................ 54
3.6. Origem da sobrecarga eléctrica .................................................................................... 55

CAPÍTULO IV: Resultados ........................................................................................... 56

4. Resultados ........................................................................................................................... 56
4.1 Historial da EDM .............................................................................................................. 56
4.2. Perfil da empresa fornecedora de energia no distrito de Alto Molocué. .......................... 56
4.3. Localização Geográfica do bairro em estudo ................................................................... 57
4.4. Dados Demográficos ........................................................................................................ 57
4.5. Niveís de queda de tensão ao longo da Linha do PT-3010 .............................................. 58
4.6. Distância dos cabos entre o Ponto de baixada até a Residência. ...................................... 61
4.5.3. Opiniões dos moradores do bairro 25 de Junho do distrito de Alto Molocué ........... 63
4.5.4. No bairro 25 de Junho tem se verificado de forma constante a queda te tensão ....... 63
4.5.5. Período em que se verifica esse fenómeno durante o dia .......................................... 63
4.5.6. A distância das casas em relação ao transformador contribuir na queda de tensão
eléctrica? ............................................................................................................................. 64
4.5.7. Os transformadores são insuficientes em relação ao número dos consumidores? .... 64
4.5.8. Opinião dos clientes da EDM na mitigação da queda de tensão do bairro 25 de Junho.
............................................................................................................................................. 64

CAPÍTULO V: ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS ................................... 65

5.1. Dimensionamento de um bairro habitacional ................................................................... 65


5.2. O dimensionamento entre postes o padrão internacional ................................................. 65
CAPÍTULO VI: CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES ......................................................... 67
6.1 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES .............................................................................. 67
6.1.1 Conclusão .......................................................................................................................... 67
6.2. Recomendações .................................................................................................................... 67
6.2.1. Recomendações aos consumidores ................................................................................... 68
6.2.2. Recomendações a empresa fornecedora de energia EDM ................................................ 68
7. BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................ 69

Apêndice ..................................................................................................................................... 72
ÍNDICE DE FIGURAS

FIGURA 1. MAPA DA PROVÍNCIA DA ZAMBÉZIA........................................................................................... 20


FIGURA 2: CORRENTE ELÉCTRICA EM UM CONDUTOR. ................................................................................ 32
FIGURA 3: TRIÂNGULO DAS POTÊNCIAS. ..................................................................................................... 34
FIGURA 4: TRANFORMADOR DE POTÊNCIA. ................................................................................................ 35
FIGURA 5. TENSÃO DE UMA BATERIA – SINAL CONSTANTE NO TEMPO. ....................................................... 36
FIGURA 6. CORRENTE ALTERNADA NÃO SINOIDAL (A) E (B). ...................................................................... 37
FIGURA 7: CORRENTE ALTERNADO SINOIDAL .............................................................................................. 37
FIGURA 8: CORRENTES EM UM NÓ LUSTRANDO A LKC. .............................................................................. 42
FIGURA 9: CIRCUITO COM UM ÚNICO LAÇO ILUSTRANDO A LKT. ............................................................... 43
FIGURA 10: CONFIGURAÇÃO DE UM SISTEMA ELÉCTRICO DE POTÊNCIA. ..................................................... 44
FIGURA 11: ESQUEMA DE UMA CENTRAL HIDROELÉCTRICA. ....................................................................... 45
FIGURA 12: ESQUEMA DE UMA CENTRAL TÉRMICA. ................................................................................. 46
FIGURA 13: TRANSFORMADORES DE DISTRIBUIÇÃO. ................................................................................... 49
FIGURA 14. UMA BAIXADA MONOFASICA, (A) ALIMENTANDO QUATRO RESIDÊNCIAS COM CABOS NUS
SEPARADOS COM BAMBUM; (A) ALIMENTANDO QUATRO RESIDÊNCIAS COM CABOS REVESTIDOS. ...... 62
ÍNDICE DE TABELAS

TABELA 1. DESCRIÇÃO DE DADOS DEMOGRÁFICOS (TAXA ETÁRIA E GÉNERO) DOS CONSUMIDORES DA


CORRENTE ELÉCTRICA DO BAIRRO 25 DE JUNHO................................................................................. 57
TABELA 2. TENSÕES NO INICIO E NO FIM DA LINHA. (AUTOR, 2021) ........................................................... 59
TABELA 3. PERDAS EM PERCENTAGENS NAS HORAS NORMAIS. ................................................................... 60
TABELA 4. DADOS OBTIDOS NA MEDIÇÃO DAS TENSÕES NO TRS 3010, NO BAIRRO 25 DE JUNHO NAS
HORAS DE PONTAS. ............................................................................................................................. 60
TABELA 5. PERDAS EM PERCENTAGENS NAS HORAS DE PONTA. .................................................................. 61
TABELA 6. LIMITE DE QUEDA DE TENSÃO NAS REDES ELÉCTRICAS. (NBR 5410: 2004)............................... 65
TABELA 7: CÁLCULO PARA DIMENSIONAMENTO DE POSTES ..................................................................................... 66
ÍNDICE DE EQUAÇÃO

EQUAÇÃO 1. TAMANHO DA AMOSTRA ........................................................................................................ 28


EQUAÇÃO 2. INTENSIDADE DA CORRENTE ELÉCTRICA. ................................................................................ 31
EQUAÇÃO 3. TRABALHO ELÉCTRICO ........................................................................................................... 33
EQUAÇÃO 4. EQUAÇÃO GERAL DO TRABALHO ELÉCTRICO......................................................................... 33
EQUAÇÃO 5. EQUAÇÃO GERAL DE POTÊNCIA EM WATTS ............................................................................ 34
EQUAÇÃO 6. EQUAÇÃO DE POTÊNCIA ELÉCTRICA EM WATTS ..................................................................... 34
EQUAÇÃO 7. FACTOR DE POTÊNCIA ............................................................................................................ 35
EQUAÇÃO 8. TENSÃO ELÉCTRICA ............................................................................................................... 39
EQUAÇÃO 9. RESISTÊNCIA ELÉCTRICA, PRIMEIRA LEI DE OHM .................................................................. 39
EQUAÇÃO 10. RESISTÊNCIA ELÉCTRICA, SEGUNDA LEI DE OHM ................................................................. 40
EQUAÇÃO 11. PRIMEIRA LEI DE KIRCHHOFF ............................................................................................... 42
EQUAÇÃO 12. SEGUNDA LEI DE KIRCHHOFF. LEI DAS MALHAS .................................................................. 43
EQUAÇÃO 13. APLICAÇÃO LEI DAS MALHAS .............................................................................................. 43
EQUAÇÃO 14. APLICAÇÃO LEI DAS MALHAS (AGRUPANDO OS TERMOS) .................................................... 43
EQUAÇÃO 15. QUEDA DE TENSÃO MONOFÁSICO ......................................................................................... 51
EQUAÇÃO 16. QUEDA DE TENSÃO EM CIRCUITO BIFÁSICO ........................................................................... 51
EQUAÇÃO 17. QUEDA DE TENSÃO EM CIRCUITO TRIFÁSICO ......................................................................... 52
EQUAÇÃO 18. COEFICIENTE DE SOBRECARGA ............................................................................................. 54
EQUAÇÃO 19. SOBRECARGA ELÉCTRICA .................................................................................................... 55
EQUAÇÃO 20. TENSÃO MÉDIA DOS DIAS DE MEDIÇÃO ................................................................................. 58
EQUAÇÃO 21. TENSÃO MÉDIA DOS DIAS DE MEDIÇÃO ................................................................................. 59
LISTA DE ABREVIATURAS

EDM – Electricidade de Moçambique


ZD – Zona de Distribuição
EI – Energia Injectada
EF – Energia Fornecida
PT – Posto de Transformação.
AT- Alta Tensão
MT-Média Tensão
BT-Baixa Tensão
TRs-Transformadores de Potȇncia
QDC-Quadro de Distribuição de Circuitos
FP - Factor de Potência
UN -Tensão Nominal
S - Secção
TD -Tarifa Domestica
LISTA DE SÍMBOLOS

V Volt
A Amperes
KVA Kilovolt Amperes
Ω Ohms

Cos𝜑 ou FP Factor de potência


TG Tarifa geral
I Corrente Eléctrica (A)
K Coeficiente dependente da natureza dos condutores
L Coeficiente de auto-indução por km de linha (H/km)
l Comprimento do troço da linha (m)
L Vão equivalente (m)
l1 m Distância entre as armações dos apoios (m)
Lcr Vão crítico (m)
Lf Linha de fuga (mm)
Lfe Linha de fuga específica (mm/kV)
Li Coprimento de vão em suspensão (m)
S Potência aparente (VA)
S Secção do condutor (mm2)
a Dimensão do maciço, paralela à direcção da força F (m)
CAPÍTULO I: Aspectos Introdução

1.Introdução
O presente trabalho tem como tema: Queda de tensão no bairro 25 de Junho, no
Distrito de Alto Molocué no período de 2020 - 2021. A electricidade vem se tornando
indispensável para a vida de muitos. É cada vez mais perceptível o crescimento quanto
ao uso de aparelhos electrónicos instalados à rede eléctrica. Para tanto, passou-se a atentar
mais para a importância do correcto dimensionamento dos postos de transformação,
condutores, que compõe as redes eléctricas em Media e Baixa Tensão. Os condutores são
aqueles que transmitem energia ou sinal eléctrico. É considerado condutor eléctrico o
material metálico que, em uma forma cilíndrica, possui comprimento maior do que sua
dimensão transversal. Os condutores podem subdividir-se em fios ou cabos, que quando
em uma instalação eléctrica devem ser bem dimensionados quanto ao seu isolamento,
para que sejam reduzidos, ou até mesmo eliminados, os riscos de choques eléctricos e
curtos circuitos. O tipo de isolamento dependerá da máxima temperatura que o condutor
poderá atingir. Essa, por sua vez, irá variar de acordo com a corrente que percorre o
mesmo. Dimensionamento dos condutores está intimamente relacionado ao problema
térmico. Portanto, o cálculo da corrente é importante para uma boa escolha de condutor,
levando em consideração a temperatura suportada pelo isolamento. Desse modo, o
presente trabalho irá aplicar o critério da capacidade de corrente, para a realização do
dimensionamento, visto que é o mais utilizado em construção de redes e nas instalações
eléctricas residenciais.

A presente pesquisa vai ser efectivada, obedecendo as regras da realização de


trabalho similares em vigor na Universidade politécnica nomeadamente: Capítulo I:
Introdução e Metodologia de Pesquisa; Capítulo II: Revisão de Literatura, Capítulo III: ,
Capítulo IV: Apresentação, Análise e interpretação de dados, Capítulo V: Conclusões e
Recomendações para além de Referências Bibliográficas.

17
1.1. Problema de Investigação
A Electricidade de Moçambique como a empresa concessionária de energia
eléctrica têm várias responsabilidades, mas uma das principais é manter o fornecimento
de energia eléctrica ao consumidor com uma faixa de tensão adequada, ampliando nos
últimos anos as acções e investimentos referentes a níveis de tensão em regime
permanente. Com o amplo crescimento no sector eléctrico e a energia ser um factor de
extrema importância para os consumidores e para as empresas distribuidoras de energia,
os órgãos reguladores passaram a ter mais atenção com a qualidade de energia nos níveis
de tensão. Perante a esse crescimento e da necessidade de padronização, os órgãos do
sector eléctrico passaram não só a se preocupar com o fornecimento contínuo e de boa
qualidade, mas também na criação de normas, resoluções e procedimentos que apontam
os padrões adequados para o sector eléctrico (Pereira, 2009:79). Consumir energia de
maneira racional e eficiente significa evitar desperdícios de energia, sem prejudicar o
nível de conforto e qualidade de vida do usuário. A necessidade de energia eléctrica vem
crescendo com o passar dos anos principalmente devido ao aumento populacional,
desenvolvimento tecnológico e industrial. Sendo assim, é de extrema importância
desenvolver técnicas eficazes e alternativas de geração, transmissão e distribuição de
energia eléctrica com o objectivo de atender a esta alta demanda a níveis de tensão
aceitáveis. E quando analisamos técnicamente a linha do PT 3010 de 100KVA
verificamos uma acentuada queda de tensão que ultrapassa os níveis de tensão
admissiveis. E diante desta situação surge a seguinte questão:

- O que deve ser feito para mitigar a acentuada queda de tensão no Bairro 25 de
Junho no Distrito de Alto Molocué?

1.2. Justificativa e relevância


Como antes refereu-se, a necessidade de energia eléctrica vem crescendo com o
passar dos anos principalmente devido ao aumento populacional, desenvolvimento
tecnológico e industrial. Sendo assim, é de extrema importância desenvolver técnicas
eficazes, transmissão e distribuição de energia elétrica com o objetivo de atender a esta
alta demanda. O autor depara-se com as sucessivas reclamações dos clientes da
Electricidade de Moçambique que consomem a energia eléctrica no Bairro 25 de Junho
no distrito de Alto Molocué, visto que a energia desde o seu surgimento na história foi

18
inserida aos hábitos da sociedade e sempre teve relevância devido a ampliação das
possibilidades de trabalho, produtividade, conforto, comodidade e bem-estar das pessoas.
Entretanto, a utilização da energia eléctrica tornou a sociedade extremamente dependente
e refém de possíveis falhas que podem ocorrer no sistema. O sistema de distribuição de
energia eléctrica no Distrito de Alto Molocué, abrange diversos sectores como comércio,
a indústria e as residências em geral, sendo que cerca de 71% da energia eléctrica
consumida ao mundial são provenientes de centrais hidroeléctricas, onde todo o processo
de produção ocorre de maneira que a água passa pelas turbinas transformando a energia
mecânica em energia eléctrica (Leão, 2009:8). É nesta ordem de ideia que se baseou a
motivação pessoal e técnica, olhando a energia eléctrica como um elemento galvanizador
para a revolução indústrial de qualquer ponto do mundo, em particular nosso País, como
o lema da EDM diz ʺcom enegia construimos a transformação de Moçambiqueʺ.

1.3. Delimitação do Tema


A delimitação do tema é um aspecto ou uma área de interesse de um assunto que
se deseja provar ou desenvolver e Menezes (2001:30). O sistema de distribuição de
energia eléctrica no Distrito de Alto Molocué, abrange diversos sectores como comércio,
a indústria e as residências em geral, sendo que cerca de 71% da energia eléctrica
consumida são provenientes de Centrais hidroeléctricas, onde todo o processo de
produção ocorre de maneira que a água passa pelas turbinas transformando a energia
mecânica em energia eléctrica (Leão, 2009:7). O presente trabalho com tema da Queda
de Tensão no Bairro 25 de Junho em Alto Molócue - Zambézia. Este trabalho irá se cingir
apenas no estudo de Queda de tensão

1.4. Delimitação espacial


O presente trabalho define apenas, a EDM Municipio de Molocué, que se localiza
na Província da Zambézia, Distrito de Alto Molocue.

De acordo com os resultados do IV recenseamento Geral da População e


Habitação 2017 (INE, Maio de 2019) o distrinto de Alto Molocue conta com uma área de
6,386Km2 ocupando cerca de 6,08% do territorio da Zambézia e com 341,184 abitantes.

O Distrito de Alto Molocué situa-se a Norte da Província da Zambézia,


confinando a Norte com os Distritos de Malema e Ribaué, ambos da Província de
Nampula, através do rio Ligonha, a Sul com o Distrito de Ile, a Este com o Distrito do
Gilé e a Oeste com o Distrito de Gurué, através do rio Luala.

19
Figura 1. Mapa da província da Zambézia.

Fonte: http://www.portaldogoverno.gov.mz

Para melhor compreensão e localização da área em estudo, foi necessário o uso de


mapa do Distrito de Alto Molocué, para ilustrar alguns aspectos físico-naturais, sociais e
a respectiva divisão administrativa e a pesquisa será realizada tendo em conta o período
de 2018 à 2019, por que foi o ano em que o autor vivenciou o tal problema em causa.

O Distrito é atravessado pelos seguintes rios: Molocué, Luaia, Namirrué, Lice,


Mulela, Frequente, Mutuasse e Ligonha. O Distrito não possui nenhum lago natural, mas,
sim, uma lagoa artificial situada junto da Vila Sede.

O Distrito de Alto Molocué é abrangido por cerca de três zonas altimétricas


nomeadamente: a zona planáltica baixa (400m – 700m), que ocupa a maior porção do
distrito; a zona planáltica média (700m – 1000m), e por uma pequena porção que atinge
altitudes superiores a 1000 metros denominada zona alti-Planáltica.

1.5. Objectivos
1.5.1. Objectivo Geral
- Analisar as causas da queda de tensão no bairro 25 de Junho no Distrito de Alto Molocué

1. 5.2 Objectivo Específico


- Identificar as causas da queda de tensão no bairro 25 de Junho no Distrito de Alto
Molocué;

- Descrever as causas da queda de tensão no bairro 25 de Junho no Distrito de Alto


Molocué;
20
- Propor medidas para mitigar a queda de tensão no bairro 25 de Junho no Distrito de Alto
Molocué;

1.6. Hipóteses
Hipótese é uma proposição que se forma e que será aceite ou rejeitada somente
depois da realidade que for encontrada no terreno durante a pesquisa Martins (2000, p.37).
As hipóteses devem ser extraídas dos problemas levantados para o estudo, os quais devem
estar explícitos nos objectivos. Como forma de responder o problema levantado, evocam-
se a seguinte hipótese para projecto:

H1: Hipótese primária

Construção de uma linha de média tensão e Montagem de um transformador no


bairro 25 de Junho, para que esteja mais próxima dos consumidores de energia eléctrica.

H2: Hipóteses secundárias

Dimensionamento correcto dos condutores a serem aplicados na construção de


linha de Baixa tensão para a distribuição da corrente eléctrica aos consumidores do bairro
25 de Junho.

Melhoramento de linha de Baixa tensão que possa permitir distribuição das


baixadas sem percorrer longas distâncias.

Uso de cabo troçado de secção 2x10mm2 ou 2x16mm2 em vez do cabo PBT para
baixadas nos consumidores de energia eléctrica no bairro 25 de Junho.

21
CAPÍTULO II: Metodologia de Pesquisa

2. Metodologia
Neste capítulo, apresenta-se as Metodologias, Técnicas de colheita de dados,
Universo e Amostra da pesquisa

Para que um trabalho Científico seja coerente e objectivo é necessário saber


identificar as operações técnicas e mentais que possibilitam a sua verificação que são
conjuntos de procedimentos intelectuais e técnicas adoptadas para chegar a este método
é interpretação das informações.

Segundo Bello (2009:43) “metodologia é a explicação minuciosa, detalhada,


rigorosa e exacta de toda acção desenvolvida no método (caminho) do trabalho de
pesquisa. Acolhe instrumentos necessários para efectivação do trabalho de pesquisa”.

Para Gil (1999:99) Afirma que: “Metodologia científica entendida como um


conjunto de etapas ordenadamente dispostas que você deve vencer na investigação de um
fenómeno, ou a investigação científica depende de um conjunto de procedimentos
intelectuais e técnicos” para que seus objectivos sejam atingidos: os métodos científicos”.

Inclui a escolha do tema, o planeamento da investigação, o desenvolvimento


metodológico, a colecta e a tabulação dos dados, a análise dos resultados, a elaboração
das conclusões e divulgação de resultados.

2.1.Tipos de Pesquisa
Para GIL (1999:99) “pesquisa é um conjunto de acções, propostas para encontrar
a solução para um problema, que têm por base procedimentos racionais e sistemáticos”.

Segundo (Cervo, 1996:46) “o interesse e a curiosidade do homem pelo saber


levam-nos a investigar a realidade sob os mais diversificados aspectos e dimensões, cada
busca admite níveis diferentes de aprofundamento e enfoques específicos conforme
objectivos visados”.

A pesquisa é realizada quando se tem um problema e não se tem informações para


solucioná-la e a pesquisa científica seria, portanto, a realização concreta de uma
investigação planejada e desenvolvida de acordo com as normas consagradas pela
metodologia científica.

22
2.1.1. Do ponto de vista da forma de abordagem do problema
Qualitativa

Quanto a abordagem é estudo qualitativo que de acordo com Gil (2004:17) é um


tipo de pesquisa de investigação de base linguístico-semiótica usada principalmente em
ciências sociais e técnicas, costumam-se considerar técnicas qualitativas todas aquelas
diferentes à pesquisa estatística e ao experimento científico, isto é, entrevistas abertas,
grupos de discussão ou técnicas de observação de participantes, a investigação qualitativa
recolhe os discursos completos dos sujeitos, para proceder então com a sua interpretação,
analisando as relações de significado que se produzem em determinada cultura ou
ideologia.

2.1.2. Do ponto de vista de sua natureza


Pesquisa Aplicada

Para (Lakatos & Marconi, 1993:112) “pesquisa Aplicada tem como objectivo
gerar conhecimentos para aplicação prática dirigidos à solução de problemas específicos.
Envolve verdades e interesses locais”.

Após o inquérito os dados serão calculados em percentagem para facilitar na sua


interpretação de acordo com as respostas colhidas.

2.1.3. Do ponto de vista de seu objectivo


Pesquisa Exploratória

No que tange ao tipo de pesquisa, para o presente estudo recorreu-se a pesquisa


Exploratória que visa desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em
vista a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos
posteriores, envolve o levantamento bibliográfico, documental, entrevistas.

Segundo Fachin, (2001:34). “pesquisa exploratoria é a que se desenvolve tentando


explicar um problema, utilizando o conhecimento disponível a partir das teorias
publicadas em livros para auxiliar a compreender o problema”.

Com esta pesquisa consistiu na selecção, leitura, análise de várias obras e documentos
relacionado ao tema e o levantamento de dados achados pertinentes para o trabalho.

23
2.1.4. Do ponto de vista dos procedimentos técnicos
Pesquisa Bibliográfica

De acordo com Gil (2010:29) “a pesquisa bibliográfica é elaborada com base em


material já publicado. Tradicionalmente, esta modalidade de pesquisa inclui material
impresso como livros, revistas, jornais, teses, dissertações e canais de eventos
científicos”. A pesquisa bibliográfica é determinante na realização de um trabalho
científico.

A principal vantagem da pesquisa bibliográfica está no facto de permitir ao


investigador a cobertura de uma gama de fenómenos muito mais ampla do que aquela que
poderia pesquisar directamente. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contacto com
o que já se produziu e se registou a respeito do tema de pesquisa. Tais vantagens revelam
o compromisso da qualidade da pesquisa.

Assim, além de permitir o levantamento das pesquisas referentes ao tema


estudado, a pesquisa bibliográfica permite ainda o aprofundamento teórico que norteia a
pesquisa.

As revistas (científicas e não científicas), serviu de fontes para apresentar alguns


dados, não obstante, foi de grande importância para a realização deste trabalho. Os sites
de internet devidamente autorizada para assuntos científicos, foi consultada e citada em
conformidade com as normas metodológicas vigentes na Universidade Politécnica.

2.2. Métodos de pesquisa


Nesta pesquisa foram usados métodos que poderão ajudar na interpretação de
dados, segundo a sua descrição.

Método é uma forma ordenada de proceder ao longo de um caminho ou conjunto


de processos ou fases empregadas na investigação, na busca do conhecimento.

“Método científico é o conjunto de processos ou operações mentais que se devem


empregar na investigação, é a linha de raciocínio adotada no processo de pesquisa. Os
métodos que fornecem as bases lógicas à investigação são: dedutivo, indutivo, hipotético-
dedutivo, dialéctico e fenomenológico”(Gil, 1999:99).

Para Gil (1999:99) “a investigação científica depende de um “conjunto de


procedimentos intelectuais e técnicos” para que seus objectivos sejam atingidos: os

24
métodos científicos”. Método científico é o conjunto de processos ou operações mentais
que se devem empregar na investigação.

2.2.1. Métodos Científicos


De acordo com Rodrigues (2011:28) “os métodos científicos repartem-se em dois
grandes grupos, neste caso, métodos de abordagem e métodos de procedimentos”.

Para este devo recorer a todos conhecimentos cientificpos relacionados com as


teorias motivacionais e comparar com aquilo que se verifica no campo, neste caso no
bairro 25 de Junho no distrito de Alto Molocué.

2.2.2. Método de Abordagem


Os métodos de Abordagem se caracterizam por uma abordagem mais ampla a
nível de abstração dos fenómenos, pois, trata-se da linha do raciocínio adotada no
desenvolvimento do trabalho, enquadrando-se nos procedimentos gerais, que norteiam o
desenvolvimento das etapas fundamentais de uma pesquisa científica.

2.2.3. Método de Procedimentos


Para Rodrigues (2011:144) “os métodos de Procedimentos constituem etapas mais
concretas de investigação, com finalidade mais restrita em termos de explicação geral dos
fenómenos e menos abstractos”.

Portanto, no que diz respeito aos métodos de procedimentos, a pesquisa assentou-


se na analise de fraudes pelos consumidores no medidor de energia eléctrica no bairro 25
de Junho no distrito de Alto Molocué,

2.2.4. Método Estatístico


Este método recorre a utilização da estatística para investigação de um objecto de
estudo, pois, contribui para a colecta, organização, descrição, análise e interpretação de
dados e para a utilização dos mesmos na tomada de decisões.

“Utilizar-se-á para trabalhar com os números e percentagem para a redução de


fenómenos económicos, sociológicos entre outros em termos quantitativos a serem
tabulados, portanto, este método é imprescindível no estudo dos indivíduos que serão
abrangidos directamente na pesquisa para mostrar em que circunstância se encontra o
problema em estudo a partir dos dados estatísticos que permitirá comparar as relações dos
fenómenos entre si e obter-se na generalidade sobre a sua natureza”(Rodrigues,
2011:146).

25
Neste caso, aplicou-se o método estatístico para facilitar a compilação de dados
obtidos no terreno (organizados em tabelas), e uma posterior representação em gráficos.

2.2.5. Método comparativo


Segundo Rodrigues (2011:146) refere que:

“Este método orienta a investigação observando dois ou mais fatos, fenómenos,


indivíduos ou classes, procurando ressaltar as diferenças e similaridades entre eles, pois,
sua ampla utilização nas ciências sociais deve-se ao fato de possibilitar o estudo.

2.3. Tipo de Dados


Na pesquisa, foram usados dados primários e dados secundários. Como o nome
sugere, o dado primário é aquele que é colectado pela primeira vez pelo pesquisador
enquanto dados secundários são dados já colectados ou produzidos por outros.

Fontes primárias: São dados que constituíram de base da informação: As


entrevistas, os livros, obras ligadas com o tema, inquéritos, observação, pesquisas
bibliográficas.

Fontes secundárias: São dados ou publicações governamentais, sites, livros,


artigos de revistas, registos internos, etc.

2.4. Técnicas de Colecta de Dados


Diferenciando método e técnica, Rodrigues (2011:138) refere que: “reserva-se o
termo método para significar o traçado das etapas fundamentais da pesquisa, enquanto o
termo técnica significa os diversos procedimentos ou utilização de diversos recursos
peculiares a cada objecto de pesquisa, dentro das diversas etapas do método”.

2.5. Instrumentos utilizados


Para este trabalho serão usadas instrumentos que permitiram obter informações
que ajudaram a perceber as razões da queda de tensão no bairro 25 de Junho no distrito
de Alto Molocué.

2.5.1. Questionário
Para Thiollent, (1986:28). consiste num documento escrito, usado para guiar uma
ou mais pessoas a responder a uma lista de questões.

26
Para GIL (1985:120), concebe que:

“O questionário como a Técnica de investigação composta por um conjunto de questões


que são submetidas a pessoas com o propósito de obter informações sobre conhecimentos,
crenças, sentimentos, valores, interesses, expectativas, aspirações, temores e
comportamento presente ou passado”.

O questionário consistiu numa série de perguntas que serão respondidas por


escrito, na presença do pesquisador. Esse questionário foi dirigido aos funcionários, que
são o centro de todo este trabalho, com objectivo de analisar o fenómeno que se verifica
no campo, neste caso no bairro 25 de Junho no Distrito de Alto Molocué,

2.5.2. Entrevista
Alguns actores consideram a entrevista como o instrumento por excelência da
investigação social. “Quando realizada por um investigador experiente, é muitas vezes
superior a outros sistemas de obtenção de dados” (Thiollent, (1986:28).

Segundo Lakatos e Marconi (2005:197) defende que:

“Entrevista é um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas tenha, informações
a respeito de determinado assunto mediante uma conversação de natureza profissional”.
É um procedimento utilizado na investigação para a colecta de dados ou para ajudar o
diagnostico ou tratamento de um problema social”.

Esse instrumento será fiável devido à questão da disponibilidade de tempo e


indicada pelo facto de que no caso da entrevista, o pesquisador tem contacto directo com
o entrevistado. Apesar de se manter imparcial e não induzir as respostas do entrevistado,
o pesquisador tem a oportunidade de esclarecer melhor as perguntas, tirar dúvidas e
direccionar o entrevistado com o objectivo de obter as respostas necessárias.

2.5.3. Universo
“Universo ou população é um conjunto definido de elementos que possuem
determinadas características” (Gil, 1999:99). Essas características correspondem a
preferências, actividades desenvolvidas, dados sócio económicos, entre outros itens e
identificadores do universo.

O universo deste trabalho será realizado com 47 consumidores do bairro 25 de


Junho no distrito de Alto Molocué, Província da Zambézia.

27
2.5.4. Amostra probabilísticas
Para esta pesquisa em estudo foi seleccionada uma amostra com 37 consumidores
de corrente eléctrica no bairro 25 de Junho no distrito de Alto Molocué.

Trata-se de um tipo de amostra probabilística aleatória e simples, onde foi feito um


sorteio justo entre os indivíduos do universo: atribuir a cada pessoa um bilhete com um
número de série, introduzir os números em uma caixa e sortear um número aleatório que
de acordo com Nakatani (2009: 3), “cada elemento da população tem uma chance
conhecida e diferente de zero de ser seleccionado para compor a amostra.

Para determinar o tamanho da amostra, recorreu-se a fórmula do Yamane (1967).


Para o cálculo do tamanho da amostra, considerou-se nível de confiança de 7,5%, visto
que o nivel de significância varia de 0–5%, para trabalhos de pesquisa Sociais segundo
Yamane (Yamane apud Richardson, 1999), como ilustra a fórmula abaixo:

𝐍
𝐧=
𝟏+𝑵(𝒆)𝟐

Equação 1. Tamanho da Amostra

47 47 47
n= 2
=> 𝑛 = => 𝑛 =
1+47(0,075) 1 + 47(0,005625) 1 + 0,264375

47
𝑛=
1,264375

𝑛 = 37

Onde:

N: O número total do universo populacional;

n : o tamanho da amostra; isto é, a população a entrevistar;

e : o nível de significância a 7,5%.

28
2.6. Instrumentos de análise de dados.
Na presente pesquisa serão usadas instrumentos de análise de dados que
permitirão consolidar as informações que ajudarão a perceber as razões da proliferação
das baixadas no bairro 25 de Junho no distrito de Alto Molocué, que coloca em risco os
electrodomésticos dos clientes. Abaixo temos os instrumentos a utilizar:

Material eléctrico

• Multímetro;
• Amperímetro;
• Fita métrica;
• Bloco de notas
• Entre outros que se julgarem convenientes.

Portfólio

Segundo Barreto, (2012:12), Portfólio é uma ferramenta de avaliação de grande


valor formativo e reflexivo nos diversos graus científicos são mais que um simples
arquivos ou uma colecção de performances de conservação de informações. Um portfólio
pode ser considerado como um arquivo em expansão estruturado de acordo com a área
de interesse, conhecimento, habilidades, temas e progressos diários.

Guião de entrevista

Para Honorato, (2000:39), O guião de entrevista é um documento formado por


perguntas estruturadas que obedece uma linha de conteúdos para alcançar um
determinado objectivo

Aqui o pesquisador vai ao encontro do entrevistado recolher informações por meio


de uma conversa guiada pelas perguntas estruturadas e a sequência em números.

29
CAPITULO 3: Revisão da Literatura

3.1. Carga e Corrente eléctrica


3.1.1. Carga eléctrica
O conceito de carga eléctrica é o princípio fundamental para explicar todos os
fenómenos eléctricos. Da mesma forma, a quantidade mais elementar em um circuito
eléctrico é a carga eléctrica.

Pensando em fatos históricos, vemos que diversas hipóteses e várias teorias foram
levantadas e desenvolvidas a fim de dar explicações mais concisas acerca dos fenómenos
eléctricos. Hoje sabemos com plena convicção que tais fenómenos estão ligados à
estrutura da matéria.

Sendo assim, de acordo com (Halliday, Resnick, & Walker, 2016), a carga
eléctrica (em geral representada pela letra q) é uma propriedade intrínseca das partículas
elementares de que são feitos todos os materiais, incluindo o vidro, o plástico, a seda e a
lã.

E (Alexander & Sadiku, 2013), define carga eléctrica como sendo propriedade
eléctrica das partículas atómicas que compõem a matéria, medida em coulombs (C).

Existem dois tipos de carga eléctrica, que o cientista e político americano


Benjamin Franklin chamou de carga positiva e carga negativa. (Halliday, Resnick, &
Walker, 2016)

3.1.2. Partículas Carregadas.


O comportamento dos condutores (materiais que facilitam a movimentação das
cargas eléctricas) e isolantes (materiais que não permitem a movimentação das cargas
eléctricas) se deve à estrutura e às propriedades eléctricas dos átomos. Os átomos são
formados por três tipos de partículas: os protões, que possuem carga eléctrica positiva, os
electrões, que possuem carga eléctrica negativa, e os neutrões, que não possuem carga
eléctrica. Os protões e os neutrões ocupam a região central do átomo, que é conhecida
como núcleo. (Halliday, Resnick, & Walker, 2016)

3.1.3. Corrente eléctrica


Quando um fio condutor é conectado a uma bateria (uma fonte de força
electromotriz), as cargas são compelidas a se mover; as cargas positivas se movem em

30
uma direcção, enquanto as cargas negativas se movem na direcção oposta. A essa
movimentação de cargas dá o nome de corrente eléctrica. (Alexander & Sadiku, 2013)

Sendo assim podemos conceptualizar a corrente eléctrica como sendo o fluxo


ordenado de electrões ou iões em um meio que surge a partir de uma diferença de
potencial eléctrico (d.p.p.). E segundo (Creder, 2016), tal deslocamento procura
restabelecer o equilíbrio desfeito pela acção de um campo eléctrico ou outros meios
(reacção química, atrito, luz etc.).

3.1.3.1. Sentido da corrente eléctrica


O sentido real da corrente eléctrica é aquele no qual os electrões deslocam-se
em direcção ao potencial eléctrico mais elevado (positivo), uma vez que a sua carga
eléctrica é negativa. No entanto, por razões puramente arbitrárias, é possível assumir que
os electrões tenham cargas positivas e que eles desloquem-se em direcção ao menor
potencial eléctrico, de modo a facilitar a compreensão e os cálculos relacionados à
corrente eléctrica.

Sentido Real: ocorre nos condutores sólidos, é o movimento dos electrões e


acontece do pólo negativo para o pólo positivo.

Sentido convencional: é o sentido da corrente eléctrica que corresponde ao


sentido do campo eléctrico no interior do condutor, que vai do pólo positivo para o
negativo.

3.1.3.2. Intensidade da corrente eléctrica


A intensidade de corrente eléctrica consiste na quantidade de carga eléctrica que
atravessa a secção recta de um condutor na unidade de tempo. A intensidade de corrente
representa-se por I e a sua unidade SI é o ampere em homenagem ao físico e matemático
francês André Ampère (1775-1836).

Matematicamente, a relação entre a corrente i, a carga q e o tempo t é:

𝒅𝒒
𝒊=
𝒅𝒕
Equação 2. intensidade da corrente eléctrica.

Onde:

i = intensidade da corrente eléctrica.

31
dq = carga eléctrica.

dt = variação do tempo

A intensidade da corrente eléctrica depende directamente do número de electrões


que passam por uma unidade de tempo através de uma região do condutor.

Figura 2: Corrente eléctrica em um condutor.

Fonte: (Santos, 2011)

3.1.3.3. Efeitos da corrente eléctrica


A corrente eléctrica é capaz de produzir diversos efeitos quando conduzida através
dos corpos. Entre eles, podemos destacar:

a) Efeitos térmicos: quando a corrente eléctrica atravessa algum meio que apresente
resistência eléctrica, as colisões entre os electrões e os átomos do condutor fazem com
que ocorra um grande aquecimento.

b) Efeitos químicos: Algumas reacções químicas podem ser induzidas ou até mesmo
catalisadas quando ocorrem na presença de correntes eléctricas.

c) Efeitos magnéticos: A passagem de corrente eléctrica em condutores faz com que um


campo magnético surja ao seu redor.

d) Efeitos fisiológicos: Quando a corrente eléctrica passa através dos seres vivos, seus
músculos podem sofrer contracções fortes. Alguns valores de corrente eléctrica são
potencialmente fatais.

e) Efeitos luminosos: A corrente eléctrica pode gerar luz ao atravessar certos tipos de
gases ionizados, como aqueles que são empregados nas lâmpadas fluorescentes, ou ainda
nas lâmpadas de mercúrio.

32
Entre os efeitos citados acima, um deles é de grande importância para a nossa
segurança, uma vez que os efeitos fisiológicos da corrente eléctrica podem ser bastante
severos nos seres humanos.

3.1.4. Tensão eléctrica


Para deslocar o electrão em um condutor a determinado sentido é necessário
algum trabalho ou transferência de energia. Esse trabalho é realizado por uma força
electromotriz (FEM) externa (uma bateria, por exemplo). Essa FEM também é conhecida
como tensão ou diferença de potencial.

A diferença de potencial entre dois pontos de um campo electrostático é de 1 volt,


quando o trabalho realizado contra as forças eléctricas ao se deslocar uma carga entre
esses dois pontos é de 1 joule por coulomb.

𝑗𝑜𝑢𝑙𝑒
1𝑣𝑜𝑙𝑡 = 1
𝑐𝑜𝑢𝑙𝑜𝑚𝑏

Equação 3. Trabalho Eléctrico

Generalizando fica:

𝑑𝑤
𝑣=
𝑑𝑞

Equação 4. Equação Geral do Trabalho Eléctrico

Onde w é a energia em joules (J) e q é a carga em coulombs (C). A tensão “𝑣” ou


simplesmente “𝑣”, é medida em volts (V), nome dado em homenagem ao físico italiano
Alessandro António Volta (1745-1827), que inventou a primeira pilha voltaica.

Portanto, segundo (Santos, 2011), a tensão eléctrica é a diferença de potencial


eléctrico (d.d.p.) gerada entre dois pontos quaisquer. Essa diferença é responsável por
colocar em movimento ordenado as cargas eléctricas livres do meio condutor. E
(Alexander & Sadiku, 2013), define Tensão (ou diferença de potencial) como sendo a
energia necessária para deslocar uma carga unitária através de um elemento, medida em
volts (V).

3.2. Potência e Energia eléctrica


A potência eléctrica é uma grandeza física que mede a quantidade
de trabalho realizado em determinado intervalo de tempo, ou seja, é a taxa de
variação da energia, de forma análoga à potência mecânica. Um forno eléctrico
33
industrial, por exemplo, tem uma potência maior do que um ferro eléctrico doméstico,
pois tem uma capacidade de produzir uma quantidade de calor maior num mesmo
intervalo de tempo.

Sendo assim, (Alexander & Sadiku, 2013), define potência eléctrica como sendo
a velocidade com que se consome ou se absorve energia medida em watts (W).

𝑑𝑤
𝑃=
𝑑𝑡

Equação 5. Equação Geral de Potência em watts

Onde P é a potência em watts (W), w é a energia em joules (J) e t é o tempo em


segundos (s).

A potência é o produto da tensão pela corrente. Sua unidade de medida e o volt-


ampere (VA). Essa potencia é também chamada de potencia aparente.

𝑑𝑤 𝑑𝑤 𝑑𝑞
𝑃= = ∙ =𝑣∙𝑖
𝑑𝑡 𝑑𝑞 𝑑𝑡

Equação 6. Equação de Potência eléctrica em watts

3.2.1. Potência Aparente


A potência aparente é composta por duas parcelas: a potência activa e a potência
reactiva. Como consta na Figura 3. Triângulo das potências.

Figura 3: Triângulo das Potências.

Fonte:(Autor, 2021)

34
3.2.1.1. Potência Activa
A potência activa é aquela efectivamente transformada em potência mecânica,
potência térmica e potência luminosa. Sua unidade de medida é o watt (W).

3.2.1.2. Potência Reativa


A potência reactiva é a parcela transformada em campo magnético, necessário ao
funcionamento de motores, transformadores e reactores Figura 4. Sua unidade de medida
é o volt-ampere reactivo (VAr).

Figura 4: Tranformador de Potência.

Fonte: (Autor, 2021)

3.2.2. Factor de potência


A potência activa é uma parcela da potência aparente, ou seja, ela representa uma
percentagem da potência aparente que é convertida em potência mecânica, térmica ou
luminosa. Essa percentagem e denominada de factor de potência.

𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑎𝑐𝑡𝑖𝑣𝑎
𝐹𝑃 = × 100
𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒

Equação 7. Factor de Potência

3.3. Sinais contínuos e alternados


Pode-se entender a expressão sinal eléctrico de duas maneiras, (Wikipédia,
2021):

35
Tomando-se dois pontos carregados electricamente, chama-se sinal eléctrico a
variação na diferença de potencial (ou tensão) entre estes pontos no decorrer do tempo;

Analisando a corrente que passa por um condutor, chamamos de sinal eléctrico a


variação da corrente no decorrer do tempo.

O sinal pode ser gerado artificialmente por um circuito electrónico (oscilador).


Entretanto, na maioria das aplicações práticas, o sinal eléctrico representa a variação de
outra grandeza física no decorrer do tempo, convertida em electricidade por
um transdutor.

3.3.1. Sinais contínuos


Um sinal é contínuo se seu valor e polaridade (positiva ou negativa) não variarem
no tempo, ou seja, em qualquer momento em que se observar esse sinal, ele apresentará
o mesmo valor e polaridade. Exemplo: a tensão de uma bateria Erro! Fonte de referência n
ão encontrada..

Figura 5. Tensão de uma bateria – sinal constante no tempo.

Fonte: (Santos, 2011)

3.3.2. Sinais alternados


Um sinal alternado é aquele que muda de polaridade periodicamente e varia sua
intensidade no tempo. Portanto existem sinais alternados não sinoidais e sinoidais. Os
sinoidais variam sinoidailmente com o tempo, semelhantimente ao grafico da função do
gráfico seno, enquanto que o alternado não sinoidal varia em função de outros sinais,
como temos por exemplo abaixo:

36
Figura 6. Corrente Alternada não sinoidal (a) e (b).

(a) (b)

Fonte: (Santos, 2011)


Figura 7: Corrente alternado sinoidal

Fonte: (Santos, 2011)

A forma de onda alternada mais importante é a sinusoidal porque as


concessionarias de energia utilizam essa forma para transmitir a energia gerada para os
consumidores. Outros exemplos de forma de sinal alternado são: quadrada, triangular e
dente de serra.

A forma de onda sinusoidal é utilizada tanto para a geração quanto para a


distribuição de energia eléctrica porque permite que ela seja elevada ou reduzida por meio
de transformador.

No transporte de energia para longas distâncias e necessário elevar a tensão a


níveis que permitem transportar a longas distâncias, reduzindo assim as perdas no
transporte (principalmente por efeito Joule). Nos centros de consumo a tensão e reduzida
e distribuída aos consumidores.

37
Outra importante razão para o uso do sinal alternado é o comportamento dos
circuitos eléctricos e seus elementos passivos (R, L e C) quando submetidos a sinais
sinusoidais. O tratamento matemático permite que os mesmos teoremas de análise de
circuitos de corrente contínua (CC) possam ser aplicados a análise de circuitos com sinais
alternados sinusoidais.

3.3.3. Características do sinal alternado Sinusoidal


O sinal Sinusoidal apresenta algumas características como período, frequência,
amplitude, valor instantâneo, valor eficaz e valor médio, e a fase.

Período: é o tempo que a onda necessita para completar um ciclo completo. Um


ciclo completo é igual ao comprimento da onda. O ciclo completo é composto por dois
semicíclos, um positivo e outro negativo.

Frequência: é a repetição da oscilação por unidade de tempo. A frequência de um


sinal é dada pelo inverso do período, ou seja, é a quantidade de ciclos completos em 1 s.
A unidade de medida da frequência é o Hertz (Hz) e a grandeza e representada pela letra
f;

Amplitude: é a intensidade da grandeza medida (a corrente ou, muito mais


comum, a tensão). A amplitude de uma onda sinusoidal é também denominada de Valor
de pico (Vp);

Valor instantâneo em uma onda sinusoidal é o valor medido em um determinado


momento;

Valor eficaz (Vrms): é a intensidade do sinal sinusoidal que desenvolve, em uma


resistência, o mesmo efeito de aquecimento que um sinal continuo de mesmo valor.

O valor médio de um sinal corresponde a media aritmética dos valores desse sinal
durante um ciclo. No caso da onda sinusoidal, o valor médio é igual a zero, pois ela é
simétrica em relação ao eixo;

Fase: diz respeito ao ângulo inicial de oscilação de uma senoide. Aparece em


circuitos reactivos e capacitivos.

38
3.3.4. Leis básicas
3.3.4.1. Leis de Georg Simon Ohm
As leis de Ohm são consideradas fundamentais para a electricidade. Elas
determinam que a corrente eléctrica em um condutor é directamente proporcional à
diferença de potencial aplicada. Elas foram postuladas pelo físico alemão Georg Simon
Ohm e são princípios fundamentais para a electrónica analógica.

Conforme as leis de Ohm, a corrente eléctrica que percorre um condutor é


proporcional a tensão aplicada nos seus terminais. Relacionando às três principais
grandezas eléctricas, as leis de Ohm comprovam como a tensão, corrente e resistência
eléctrica estão directamente ligadas.

A partir de seus experimentos com diferentes tipos de condutores, Georg Ohm


formulou princípios que foram chamados de leis de Ohm. A primeira Lei de Ohm diz que
a corrente eléctrica é directamente proporcional à diferença de potência aplicada. Já
na segunda Lei de Ohm, ele determina que a resistência eléctrica do condutor tem relação
directa com constituição do material e é proporcional ao seu comprimento.

3.3.4.1.1. Primeira lei de Ohm


A Primeira Lei de Ohm versa sobre a resistência eléctrica dos condutores,
determinando a relação de proporcionalidade entre a corrente eléctrica que passa por um
dispositivo e a diferença de potência a qual o dispositivo está submetido.

Esse princípio indica também que a intensidade de corrente eléctrica do condutor


de resistência constante é proporcional à diferença de potencial aplicada entre suas
extremidades. Esse tipo de condutor recebe o nome condutor ôhmico.

Para determinar essa lei, utiliza-se a seguinte fórmula:

𝑈 =𝑅∙𝐼,

Equação 8. Tensão Eléctrica

Ou

𝑈
𝑅=
𝐼

Equação 9. Resistência Eléctrica, Primeira Lei de Ohm

39
Em que:

R: resistência (Ohm)

U: diferença de potencial eléctrico (Volts)

I: intensidade da corrente eléctrica (Ampére)

3.3.4.1.2. Segunda Lei de Ohm


A Segunda Lei de Ohm corresponde aos factores que interferem na resistência
eléctrica. Essa lei estabelece que a resistência depende da espessura e comprimento do
condutor e do material de que ele é constituído, indicando ainda que é directamente
proporcional ao comprimento do condutor e inversamente proporcional a sua espessura.

A equação que expressa a Segunda lei de Ohm é a seguinte:

𝐿
𝑅 =𝜌∙
𝑆

Equação 10. Resistência eléctrica, segunda Lei de Ohm

Em que:

R: resistência

ρ: resistividade do condutor

L: comprimento

S: área de secção transversal

3.3.4.2. Resistência e resistividade


Os materiais geralmente possuem um comportamento característico de resistir ao
fluxo de carga eléctrica. Essa propriedade física, ou habilidade, é conhecida como
resistência e é representada pela letra R, (Alexander & Sadiku, 2013). O grau de facilidade
ou dificuldade vai depender da largura, comprimento, condições ambientais e do material
que o condutor é constituído. Além disso, é preciso levar em conta a resistividade do
material do condutor.

A resistividade, por sua vez, depende da temperatura que o condutor se encontra.


A resistividade eléctrica de um material é inversamente proporcional a sua condutividade.
Isso significa que na maioria das substâncias, a resistividade aumenta com a temperatura.

40
Por outro lado, a resistividade pode desaparecer bruscamente abaixo de determinadas
temperaturas.

Nos metais, a resistividade aumenta com a temperatura, uma vez que os electrões
da última camada electrónica podem se mover livremente quando encontram-se em
temperaturas elevadas. Isso ocorre porque quando a temperatura aumenta, a amplitude do
movimento dos iões também aumenta.

Quando trata-se de semicondutores, observa-se que resistividade desses materiais


diminui a medida em que a temperatura aumenta. Essa queda deve-se às flutuações
térmicas a altas temperaturas que provocam elevação de electrões ligados a condutores
de carga livres.

3.3.4.3. leis de Ohm e os circuitos eléctricos


As teorias das leis de Ohm são muito importantes e estão presentes no dia-a-dia
quando o assunto é electricidade, principalmente pelo fato dos resistores serem elementos
que fazem parte dos circuitos que consome energia eléctrica e a convertem em energia
térmica. Além dos resistores, os circuitos eléctricos possuem outros componentes como
os geradores e os receptores.

Os geradores são tudo aquilo que cria energia para o circuito, transformando
qualquer tipo de energia em eléctrica. Como exemplo de geradores temos as pilhas e as
baterias, que fazem a transformação de energia química em energia eléctrica.

Os receptores, por sua vez, transformam a energia eléctrica em outra forma de


energia. Como exemplo temos os receptores, que transformam energia eléctrica em
térmica, realizando apenas o efeito Joule. Para esses, damos o nome de resistores.

Os resistores são elementos que dificultam a passagem de corrente: quanto maior


a resistência eléctrica de um resistor, menor será a corrente que passa pelo circuito, uma
vez que resistividade e condutividade são grandezas inversamente proporcionais.

3.3.5. Leis de Kirchhoff


A lei de Ohm por si só não é o bastante para analisar os circuitos; entretanto,
quando associada com as duas leis de Kirchhoff, elas formam um conjunto de ferramentas
poderoso e suficiente para analisar uma série de circuitos eléctricos. As leis de Kirchhoff
foram introduzidas pela primeira vez em 1847 pelo físico alemão Gustav Robert
Kirchhoff (1824-1887) e são formalmente conhecidas como lei de Kirchhoff para

41
corrente (LKC, ou lei dos nós) e lei de Kirchhoff para tensão (LKT, ou lei das malhas);
sendo que a primeira se baseia na lei da conservação da carga, que exige que a soma
algébrica das cargas dentro de um sistema não pode mudar. (Alexander & Sadiku, 2013)

3.3.6. Lei dos Nós


A Lei dos Nós, também chamada de primeira lei de Kirchhoff, indica que a soma
das correntes que entram num nó é igual a soma das correntes que saem.

Esta lei é consequência da conservação da carga eléctrica, cuja soma algébrica das
cargas existentes em um sistema fechado permanece constante.

Figura 8: Correntes em um nó lustrando a LKC.

Fonte: (Gouveia, 2018)

Na Figura 8, está representado um trecho de um circuito percorrido pelas correntes i1, i2,
i3 e i4 .

Do exemplo da Figura 8, podemos ver claramente que as correntes i1 e i2 estão chegando


ao nó, e as correntes i3 e i4 estão saindo do nó, assim sendo temos:

𝑖1 + 𝑖2 = 𝑖3 + 𝑖4

Equação 11. Primeira Lei de Kirchhoff

3.3.7. Lei das Malhas


A Lei das Malhas é uma consequência da conservação da energia. Ela indica que
quando percorremos uma malha em um dado sentido, a soma algébrica das diferenças de
potencial (ddp ou tensão) é igual a zero.

42
𝑀

∑ 𝑣𝑚 = 0
𝑚=1

Equação 12. Segunda Lei de Kirchhoff. Lei das Malhas

Onde M é o número de tensões no laço (ou o número de ramos no laço) e 𝑣𝑚 é a


m-ésima tensão.

Figura 9: Circuito com um único laço ilustrando a LKT.

Fonte: (Alexander & Sadiku, 2013)

A LKT pode ser aplicada de duas maneiras: percorrendo o laço no sentido horário
ou no sentido anti-horário. Independentemente do sentido adoptado, a soma algébrica das
tensões em torno do laço é zero.

Aplicando a lei das malhas para esse trecho do circuito da Figura 98, teremos:

−𝑣1 + 𝑣2 + 𝑣3 − 𝑣4 + 𝑣5 = 0

Equação 13. Aplicação Lei das Malhas

Rearranjando os termos, obtemos:

𝑣2 + 𝑣3 + 𝑣5 = 𝑣1 + 𝑣4

Equação 14. Aplicação lei das Malhas (Agrupando os termos)

que pode ser interpretado como:

A soma das quedas de tensão é igual à soma das elevações de tensão.

3.4. Sistema eléctrico de potência


Podemos considerar que o sistema eléctrico de potencia e basicamente composto
dos seguintes sectores (Albino):

3.4.1. Geração
43
3.4.2. Transformação (elevação da tensão)

3.4.3. Transmissão

3.4.4. Transformação (abaixamento da tensão)

3.4.5. Distribuição

Figura 10: Configuração de um sistema eléctrico de potência.

Fonte: (Albino)

3.4.1. Geração
A primeira etapa do SEP é a geração de energia eléctrica que é feita através de
fontes renováveis como o sol, água e o vento, como também através de fontes não
renováveis como os combustíveis fosseis.

Ao decorrer dos anos foram feitas descobertas de tecnologias capazes de gerar


energia eléctrica, que através de turbinas e geradores, podem se transformar as outras
formas de energia, como a eólica e solar, em electricidade.

As diversas formas possíveis de geração podem ser encontradas em Moçambique,


e as mais comuns são:

3.4.1.1. Geração hidroeléctrica


A principal opção de gerar energia no país, devido a sua extensa bacia
hidrográfica, utiliza o movimento das águas dos rios para realizar o movimento das
turbinas geradoras instaladas nas diversas hidroeléctricas.

44
Figura 11: Esquema de uma central hidroeléctrica.

Fonte: (Rodrigues M. M., 2013)

A água retida na albufeira da barragem [1] é desviada através de uma válvula de


admissão [2], normalmente constituído por um túnel ou conduta forçada, para uma central
onde a água em movimento é aproveitada para impulsionar as pás de uma turbina
hidráulica [3], que por sua vez faz mover o rotor do alternador [4] através de um veio cujo
eixo está directamente ligado ao da turbina. A rotação imposta pela turbina ao rotor
provoca um fenómeno de indução no estator do alternador, gerando assim corrente
eléctrica. A tensão da energia eléctrica produzida é depois elevada através de um
transformador elevador [5], para um nível de tensão mais adequado ao transporte em
grandes distâncias de energia eléctrica [6]. (Rodrigues M. M., 2013)

3.4.1.2. Geração termoeléctrica


Nas centrais térmicas convencionais a energia eléctrica é produzida através da
queima de combustíveis fosseis como o carvão, fuelóleo e o gás natural. A queima desses
combustíveis é feita para produzir calor, que por sua vez vai ser usado para transformar
água em estado líquido, em água em estado gasoso, ou seja vapor de água. Nesse processo
de transformação cerca de 65% da energia é desperdiçada sob a forma de calor e de gases
contaminantes, apenas um terço da potência inicial do processo é utilizada como energia
eléctrica.

45
Figura 12: Esquema de uma central térmica.

Fonte: (Rodrigues M. M., 2013)

O combustível (carvão, fuelóleo ou gás natural) (2) é queimado na caldeira (1) da


central térmica. A energia térmica produzida pela queima do combustível é transferida
para a água que circula numa serpentina dentro da caldeira, esta por sua vez transforma-
se em vapor. O vapor é depois injectado na turbina de vapor (3) a pressão e temperatura
indicada, possibilitando assim transformar a energia mecânica de rotação da turbina que
se encontra acoplada ao eixo do alternador (4) em energia eléctrica. Essa energia é depois
colocada na rede eléctrica (6) através de um transformador (5). O vapor, após ser
turbinado, é enviado para o condensador (7) onde é arrefecido através de aproveitamento
de águas de rios ou mares, caso não seja viável, é necessário recorrer a uma torre de
refrigeração (11) onde a circulação da água é assegurada pela bomba do circuito de
refrigeração (8). Os gases resultantes da queima do combustível passam pelo sistema de
redução de emissões (9) e são posteriormente expelidos pela chaminé (10). (Rodrigues
M. M., 2013)

3.4.2. Transmissão
A segunda etapa do SEP brasileiro, consiste no transporte em corrente alternada
da energia eléctrica, oriunda das usinas geradoras até os grandes centros de consumo,
através do sistema de transmissão que é constituído pelos sistemas de transmissão e pelas
subestações.

As redes de transmissão de energia propiciam o transporte da electricidade


produzida pelas usinas geradoras às diversas subestações de alteração de tensão eléctrica,
por meio de cabos aéreos fixados em grandes torres de metal.

46
Decorrida a travessia de longas distâncias, a electricidade irá se aproximar dos
centros de consumo, onde outras subestações irão diminuir a tensão eléctrica, para que
seja iniciado o processo de distribuição.

Caracterizado pelos valores da tensão em que opera, esta parte do sistema é


utilizada para transporte de energia em grandes distâncias, interligando as usinas aos
centros de consumo como também fazendo interligações entre sistemas de diversas
distribuidoras.

Já a parte da subtransmissão, é utilizada para interligação dos sistemas de


transmissão aos de distribuição captando a energia eléctrica em volume de maior e
transferi – lá para as Subestações de Distribuição.

3.4.3. Distribuição
Sendo a terceira etapa do sistema eléctrico de potência, contempla as redes de
distribuição de MT e BT, contém todos os equipamentos que transformam e distribuem a
energia eléctrica em padrões seguros para o funcionamento dos equipamentos, com
tensões típicas de operação inferiores ou até no máximo a 69 kV. Seu objectivo principal
é atender todos os consumidores, podendo conter geração distribuída.

3.4.3.1. Redes de distribuição de energia eléctrica em média tensão


É o segmento da distribuição que contém as redes primárias de distribuição ou
também chamadas de redes de média tensão. Tem a finalidade de transportar a energia
eléctrica emergente das subestações de distribuição, fornecendo alimentação primária aos
equipamentos transformadores, de manobra e protecção.

São circuitos eléctricos trifásicos (três fases), bifásicos (duas fases) e monofásicos
(uma fase), operados nas faixas de tensão de 3; 6; 15; 20; 35kV, se destinando ao
suprimento das redes de BT e dos consumidores que tem atendimento em MT, se
encaixando em tal modalidade de consumo, como indústrias, grandes hospitais entre
outros.

Podem ser aéreas e subterrâneas, sendo as redes aéreas com uso mais aplicado
pelas distribuidoras, pelo seu baixo custo de projecto, construção e manutenção. Já as
subterrâneas são aplicadas em locais que a rede convencional fica impossibilitada, como
em locais com limitações paisagísticas e grandes centros urbanos.

47
As redes aéreas de e são construídas através de postes de 11 a 15 metros de
comprimento, podendo ser de madeira, fibra ou concreto, e em seu topo, cruzetas de
madeira, concreto ou fibra, que são configuradas em diversas estruturas conforme a
necessidade de aplicação, onde são fixados os isoladores poliméricos ou de louça, que
por final, sustentam os condutores de vários tipos e bitolas.

3.4.3.2. Redes de distribuição de energia eléctrica em baixa tensão


Parte do sistema eléctrico que deriva da parte secundária dos transformadores de
distribuição instalados em postes e ligados nas redes primárias de média tensão,
destinando - se ao suprimento dos consumidores atendidos em BT e da iluminação pública
das vias.

Quanto ao nível tensão disponibilizada no sistema eléctrico das distribuidoras,


com valores padrões, inferiores 1 kV, variando entre 220 e 660 V, levando a energia
eléctrica até os consumidores através ramais de ligação conectados entre a rede a caixa
de medição.

Só pode ser projectada de forma radial, não permitindo que a mesma unidade
consumidora seja atendida ao mesmo tempo por mais de um transformador, não podendo-
te o cruzamento de sistemas secundários de transformadores distintos.

São dispostas com cabos de alumínio nus ou multiplexados (isolados), em


disposição vertical, amarrados aos isoladores fixados nas laterais dos postes, abaixo a
cerca de 1,20 metros de distância da rede primária.

Podem ser configurados como monofásicos (fase e neutro), bifásicos (fase-fase-


neutro) e trifásicos (três fases-neutro), operando nas tensões monofásico 110/220 V e
trifásico 380/400 V.

3.4.3.3. Equipamentos de distribuição


Na operação dos sistemas de distribuição energia são aplicados diversos
equipamentos para efectuar várias tarefas, que vão desde a transformação de energia em
diferentes níveis de tensão até a correcção dos níveis de tensão a níveis regulatórios.

Este conjunto de equipamentos é o que agrega mais valor nos projectos de redes,
pelo fato de sua complexidade exigir que muitas vezes sejam aplicados diversos
equipamentos ao longo dos circuitos para regularizar os níveis de fornecimento, auxílio
na operação de manobras, identificação de defeitos e possíveis fraudes de consumo.

48
3.4.3.3.1. Transformadores
Segundo (Chapman, 2013), um transformador é um dispositivo que converte, por
meio da acção de um campo magnético, a energia eléctrica CA de uma dada frequência e
nível de tensão em energia eléctrica CA de mesma frequência, mas outro nível de tensão.
Ele consiste em duas ou mais bobinas de fio enroladas em torno de um núcleo
ferromagnético comum. Essas bobinas (usualmente) não estão conectadas directamente
entre si. A única conexão entre as bobinas é o fluxo magnético comum presente dentro
do núcleo.

Um dos enrolamentos do transformador é ligado a uma fonte de energia eléctrica


CA e o segundo (e possivelmente um terceiro) enrolamento do transformador fornece
energia às cargas. O enrolamento do transformador ligado à fonte de energia é
denominado enrolamento primário ou enrolamento de entrada e o enrolamento
conectado às cargas é denominado enrolamento secundário ou enrolamento de saída. Se
houver um terceiro enrolamento, ele será denominado enrolamento terciário. (Chapman,
2013)

Figura 13: Transformadores de distribuição.

Fonte (Autor, 2021)

3.4.3.3.2. Capacitores
Basicamente os capacitores são dispositivos que armazenam energia no seu campo
eléctrico que é formado por duas placas paralelas e separadas por um material com

49
característica não condutora ou dieléctrica. São dispositivos muito utilizados em diversos
ramos como da electrónica, comunicação, computadores e sistema eléctricos de potência.

Existem diversos tipos de capacitores, classificados geralmente, com relação ao


material do seu dieléctrico, sendo os tipos mais comuns, capacitores cerâmicos,
capacitores electrolíticos, capacitor de poliéster, entre vários outros.

Se tratando de SEP, os capacitores podem ser aplicados para liberar maior


potência activa dos grupos geradores, corrigir o FP de cargas e sistemas, melhorar os
níveis de tensão dos circuitos e reduzir perdas.

Já na distribuição de energia eléctrica, os capacitores têm papel fundamental no


bom funcionamento dos alimentadores, como vistos antes, eles corrigem as distorções de
tensão e o factor de potência originados pelas cargas conectados ao longo do sistema.

3.4.3.3.3. Reguladores de Tensão


São equipamentos destinados para adequar dos níveis de tensão, sendo instalados
em redes de distribuição de energia eléctrica em MT, fazendo com que estes sistemas
operem em níveis adequados de tensão, mesmo quando é afitado por uma variação na
tensão, ficando fora de limites regulatórios.

É um dos equipamentos mais utilizados pelas distribuidoras de energia eléctrica


para correcção dos seus níveis de tensão, uma vez que a sua aplicação seja mais comum
em redes de MT que tenham longos comprimentos, como por exemplo, redes de
distribuição em área rural onde o comprimento é longo e há predominância de cargas não
acumuladas, onde a sua instalação, faz com que a tensão opere dentro dos padrões.

3.4.3.3.4. Religadores
Os religadores são equipamentos destinado a proteger sistemas que distribuem
energia, sendo instalados geralmente, nas redes aereas de distribuição. Este equipamento
tem a capacidade de realizar a interrupção do fornecimento da corrente eléctrica e são
capazes de efectuar diversas operações de abertura e fechamento dos circuitos, durante o
surgimento de um defeito ao longo da rede.

Sua ampla aplicação nas redes aéreas, se dá pela característica que possibilita que
os defeitos de causa transitória, sejam eliminados sem intervenção humana, gerando
deslocamento de efectivo equipes para percorrer o circuito identificado com falta de
fornecimento de energia.

50
Nunca se deve instalar estes equipamentos em instalações industriais ou
comerciais, sendo que os defeitos que podem ocorrer nestes locais são de ordem
permanente ao contrário dos que podem ocorrer nas redes aéreas.

Os religadores podem ser classificados pelo número de fases, sendo que os que
operam de forma monofásica, são aplicados para protecção de redes aéreas de distribuição
monofásicas, sendo instalados em redes trifásicas quando se tem a necessidade de atender
uma carga monofásica no sistema que exige esta protecção.

Já os trifásicos se destinam à protecção de redes aéreas de distribuição trifásicas,


onde é necessário o seccionamento tripolar simultâneo, evitando que cargas trifásicas
ligadas aos sistemas, operem com apenas duas fases, podendo gerar defeitos.

3.5. Queda de tensão


Queda de tensão é a diferença entre as tensões de dois pontos ao longo da linha
eléctrica, num dado instante.

De acordo com as disposições regulamentares, a queda de tensão máxima desde o


posto de transformação até ao cliente que se situa no ponto mais distante, não deve ser
superior a 5% da tensão nominal, como mencionado no capítulo III, artigo 9.º do
RSRDEEBT [6,10,16], citado por (Oliveira, 2020), ou seja a queda de tensão total desde
o posto de transformação até ao cliente que se situa no ponto mais distante do P.T. não
deve ser superior a 5%.

A condição das quedas de tensão permite garantir que todos os clientes existentes
na RDBT são alimentados à tensão nominal.

O cálculo da queda de tensão (Δ𝑈), é efectuado a partir da seguinte expressão


[6,16], citado por (Oliveira, 2020):

𝐿
∆𝑈 = 𝐼 (𝜌 ∙ ∙ 𝐶𝑜𝑠(𝜑) + 𝑋 ∙ 𝑆𝑒𝑛(𝜑))
𝑆

Equação 15. Queda de tensão monofásico

Sendo que para queda de tensão em circuito a 2 condutores, ou seja, circuitos


monofásicos ou bifásicos aplica-se a seguinte formula:

∆𝑈 = 2𝐼 ∙ 𝐿(𝑅 ∙ 𝐶𝑜𝑠(𝜑) + 𝑋 ∙ 𝑆𝑒𝑛(𝜑))

Equação 16. Queda de tensão em circuito bifásico

51
E para queda de tensão em circuito a 3 condutores, ou seja, circuitos trifásicos
aplica-se a seguinte formula:

∆𝑈 = √3 ∙ 𝐼 ∙ 𝐿(𝑅 ∙ 𝐶𝑜𝑠(𝜑) + 𝑋 ∙ 𝑆𝑒𝑛(𝜑))

Equação 17. queda de tensão em circuito trifásico

Em que:

I é a corrente de serviço (A);

L é o comprimento do condutor (m);

S é a secção do condutor (mm2);

𝜌 é a resistividade do condutor (Ω mm2/𝑚);

X é a reactância indutiva do condutor (Ω).

De acordo com (Silva, Gerência de Recuperação de Energia, cedida à


pesquisadora, durante o mês de Novembro, 2013), Queda de tensão é um fenómeno que
ocorre nos circuitos eléctricos onde há momentaneamente uma redução da tensão e sua
unidade de medida é o volt em homenagem ao físico italiano Alessandro Volta. A
diferença de potencial é igual ao trabalho que deve ser feito, por unidade de carga contra
um campo eléctrico para se movimentar uma carga qualquer. Uma diferença de potencial
pode representar tanto uma fonte de energia (força electromotriz), quanto pode
representar energia "perdida" ou armazenada (queda de tensão). Um voltímetro pode ser
utilizado para se medir a DDP entre dois pontos em um sistema. Para correcta
compreensão e aplicação dos requisitos da citada norma, é necessário apresentar as
seguintes definições:

Circuito terminal: circuito ligado directamente a equipamentos de utilização e/ou


a tomadas de corrente.

Ponto de utilização: ponto de uma linha eléctrica destinado à conexão de


equipamento de utilização. Exemplos: ponto de tomada, ponto de iluminação, ponto para
ligação de um equipamento.

52
Ponto de entrega: ponto de conexão do sistema eléctrica da empresa distribuidora
de electricidade com a instalação eléctrica da unidade consumidora e que delimita as
responsabilidades da distribuidora, definidas pela autoridade reguladora.

Ramal de ligação: ramal derivado de uma rede de distribuição para alimentar um


consumidor ou uma unidade consumidora.

Ramal de entrada: parte do ramal de ligação compreendida entre o limite da


propriedade do consumidor e o ponto de medição.

3.5.1. Causa de quedas de tensão


Para (Silva, Gerência de Recuperação de Energia, cedida à pesquisadora, durante
o mês de Novembro, 2013), As quedas e variações na tensão eléctrica podem ocorrer por
diversos factores, inclusive por consumos durante o dia, alguns factores são:

Durante toda extensão de uma rede de distribuição não é possível manter a mesma
tensão em todas as instalações, pois sobre todas elas haverá uma queda de tensão, por
mínima que seja, dessa forma no final da rede será uma diferença considerável em relação
ao início.

Outro factor que pode ocasionar a queda de tensão na rede é a distância, devido a
própria resistência dos cabos, fazendo com que a tensão caia progressivamente a partir da
fonte geradora, que no caso da distribuição eléctrica é o transformador. O mesmo pode
ocorrer dentro da instalação, caso as distâncias entre o QDC e as cargas sejam grandes.

Ao percorrer grandes distâncias como em linhas de transmissão de energia, pois o


próprio cabo que a transmite possui resistência eléctrica e esta faz a tensão se reduzir
gradativamente. Neste caso nós não sentimos os efeitos pois nos pontos de distribuição
existem transformadores que corrigem esta queda.

Nos circuitos residenciais, comerciais e industriais pode ocorrer a queda de tensão


quando estão instalados num mesmo circuito uma carga maior que a capacidade deste,
isto é, a soma das potências dos aparelhos é maior que a capacidade do cabo que os
alimenta.

A ocorrência mais comum é quando ligamos o chuveiro, microondas ou ferro de


passar e a luz pisca, isso ocorre porque o circuito está mal dimensionado, provavelmente
o aparelho está ligado no circuito da iluminação. Num circuito correctamente

53
dimensionado podemos ligar todos os aparelhos ao mesmo tempo e não causar a queda
de tensão nem tão pouco desarmar disjuntores ou queimar fusíveis.

3.5.1.1. Impedância de linha


Grandes partes dos distúrbios são provenientes do interior da instalação eléctrica
e não no sistema de distribuição da concessionária de energia. Esses distúrbios internos
se relacionam com a interacção da corrente de carga e a impedância de linha, (Lopez R.
A., 2013).

A tensão nos pontos de alimentação raramente é igual à tensão nominal. Uma das
causas apontadas é a variação na capacidade e utilização da electricidade na instalação,
sendo chamada de regulação de linha. A outra é originada pelas variações da carga no
interior da instalação, sendo conhecida como regulação de carga. (Lopez R. A., 2013). A
impedância de linha se caracteriza pela soma da resistência, indutância e capacitância de
todos os dispositivos eléctricos tais como os condutores, transformadores, disjuntores,
fusíveis, contactores e dentre outros. Um valor excessivo na impedância da linha causa
sags de tensão, longos períodos de flutuação de tensão, distorção harmónica, quando as
cargas são energizadas. (Lopez R. A., 2013).

3.5.1.2. Sobrecargas eléctricas


A sobrecarga eléctrica é decorrente do excesso de carga ligada em determinado
circuito e/ou tomada. Em outras palavras, ao conectar diferentes equipamentos no mesmo
ponto, a corrente eléctrica passa a ser maior do que aquela suportada pelos fios e cabos.
O curto-circuito, por sua vez, é o excesso de corrente que acontece devido a uma falha
que provoca a ligação directa de uma das fases de determinado circuito com outra fase,
ou com um condutor neutro. A expressão para o cálculo do coeficiente de sobrecarga é a
seguinte: O valor de mi é o coeficiente de sobrecarga, que é calculado através da
expressão em que FR é a força resultante e FC o peso do condutor, ambos em da N/m.

𝐹𝑅
𝑚𝑖 =
𝐹𝐶

Equação 18. Coeficiente de sobrecarga

Em que:

mi: é o coeficiente de sobrecarga

FR: é a força resultante

54
FC: o peso do condutor, ambos em daN/m

Equação 19. Sobrecarga Eléctrica

Em que:

S: secção do condutor em mm2;

tmax: é a tensão máxima de serviço do condutor dada por N/mm2;

ω: peso específico linear do condutor dada por N/m, αd o coeficiente de dilatação linear
do condutor em ºC-1, θ1 e θ2 são as temperaturas, respectivamente do estado de inverno
e primavera e

m1 e m2: os coeficientes de sobrecarga no estado de inverno e primavera, respectivamente.

3.6. Origem da sobrecarga eléctrica


Para (Lopez R. A., 2013)“O curto-circuito pode ter origem na sobrecarga
eléctrica. Porém, quando o sistema é bem dimensionado e está em conformidade, isso não
deve acontecer. Se a instalação estiver isenta de falhas, o sistema é desligado pela
protecção termomagnética realizada pelo disjuntor, evitando a perda da isolação e
consequente curto-circuito”, afirma Castelo Branco.

Outras causas possíveis das sobrecargas são a falta de informação básica dos
usuários, que conectam de maneira indiscriminada todo tipo de equipamento em qualquer
tomada, além do uso de benjamins “adaptadores de tomadas”. Quando o circuito eléctrico
começa a sofrer com o problema, passa a apresentar alguns sinais que necessitam de
atenção. “O sintoma principal é o desligamento intempestivo e/ou aleatório do disjuntor
vinculado ao sistema. Também é possível que ocorram constantes quedas de tensão nas
cargas desse circuito”, informa o especialista. (Lopez R. A., 2013).

55
CAPÍTULO IV: Resultados

4. Resultados
Para que um trabalho Científico seja coerente e objectivo é necessário saber
identificar as operações técnicas e mentais que possibilitam a sua verificação que são
conjuntos de procedimentos intelectuais e técnicas adoptadas para chegar a este método
e interpretação das informações.

Neste capítulo é feita a apresentação e análise dos dados obtidos a partir das
técnicas de colecta de dados aplicadas no presente trabalho, neste plano de análise e
interpretação segundo Gil (1999, p.168) “A análise tem como objectivo organizar e
sumariar os dados de forma tal que possibilitem para a investigação”.

4.1 Historial da EDM


A Electricidade de Moçambique abreviadamente designado por EDM, foi criada
pelo Decreto – Lei n˚ 38/77, de 27 de Agosto, dois anos depois da Independência de
Moçambique, como a entidade responsável pelo estabelecimento e exploração do serviço
público de produção, transporte, distribuição e comercialização de energia eléctrica no
País, tendo herdado um património constituído pelo equipamento das mais variadas
origens, modelos e tipos então existentes no País.

Na prossecução de objectivo político do Estado moçambicano de disponibilização


de electricidade para todo a sociedade e dentro do contexto da reforma em curso no sector,
a EDM foi transformada em empresa pública, através do Decreto n˚ 28/95, de 17 de Julho,
passando a designar-se por Electricidade de Moçambique, E.P (EDM). Em 2005, a EDM
empresa pública, E.P, foi designada por decreto n˚ 43/2005, de 29 de Novembro gestora
da rede nacional de transporte de energia eléctrica (RNT).

4.2. Perfil da empresa fornecedora de energia no distrito de Alto Molocué.


A Electricidade de Moçambique, zona de Distribuição de Energia de Molocué,
é vocacionada no Transporte, Distribuição e Comercialização de Energia Eléctrica, e a
sede sita na Av. Patrice Lumumba, C.P.73, na vila de Molocué.

Esta é dirigida por um Supervisor Distrital e surge através da desconcentração dos


serviços pela EDM e tem por finalidade assegurar ao nível Distrital a execução das
operações de fornecimento da energia eléctrica de forma ininterrupta aos residentes. No
distrito de Alto Molocué, a EDM é a única empresa fornecedora de energia em todos

56
bairros em particular o bairro em estudo, 25 de Junho, que é um dos mais povoados,
umas das razões que causa com maior frequência a queda de tensão.

A EDM, zona de Distribuição de Molocué, nos seus dados estatísticos, revelam que
a três anos tinha Catorze mil (14000) clientes dos quais 10 Grandes clientes de Media
Tensão,3 Grandes clientes de Baixa Tensão e 13987 de Baixa Tensão, agrupados em
transformadores instalados em zonas de distribuição, portanto, pelo aumento das cargas
surgem as frequentes queda de tensão.

4.3. Localização Geográfica do bairro em estudo


Geograficamente o Bairro 25 de Junho, localiza-se a Sul do Município de Alto
Molocué, sendo um dos Bairros pre-urbanos deste município.

A ocupação desordenada é um caso preocupante no distrito de Molocué,


principalmente no bairro 25 de Junho, caso que leva os munícipes a ocuparem espaços
desordenadamente; elevando cada vês mais a densidade populacional, e condicionando
assim a qualidade das baixadas.

4.4. Dados Demográficos


Porém para obtenção de dados foram entrevistados, trinta e sete (37), consumidores
da corrente eléctrica do bairro 25 de Junho, dos quais participaram vinte e duas (22)
mulheres, com idade que varia entre 21 a 37 anos, assim como Quinze (15) homens, com
idade que varia entre 25 a 50 anos de idade, segundo a tabela abaixo.

Tabela 1. Descrição de dados demográficos (taxa etária e género) dos consumidores da corrente eléctrica do
bairro 25 de Junho.

Variação da Famílias inqueridas Percentagem


Idade correspondentes

Mulheres De 21 a 37 anos 22 59,46%

Género Homens De 25 a 50 anos 15 40,54%

Total 37 100%

Fonte: (Autor, 2021)

57
4.5. Niveís de queda de tensão ao longo da Linha do PT-3010
Com recurso ao multímetro, foi possível fazer as medições das tensões compostas
e simples em dois períodos, normais e de ponta. Para termos mais precisão nas tensões
levantadas fizemos as medições durante 15 dias nos mesmos pontos.

Para a obtenção das tensões da hora de ponta usamos o seguinte algoritmo:

Mediu-se a tensão composta e simples nas horas 17, 18, 19, 20, 21 e calculamos
a média das tensões obtidas nestas horas e dividimos pelo número de horas de medição.

Exemplo:

Na tensão tensão composta da fase RS no inicio da linha:

409V; 415V; 408V; 411V; 407V são as tensões obtidas nas horas 17, 18, 19, 20, 21.
Calculando matematicamente teremos:

409+415+408+411+407
RS= = 410
5

RS=410 é a tensão média composta para o dia 1. E com este procedimento,


fizemos o levantamento das tensões em 15 dias, nos 14 dias restantes usamos o mesmo
algoritmo, obtemos assim os 410 volts da fase RS, que conscidentemente tem o mesmo
modulo, com a achada no primeiro dia de levantanto de dados.

∑ 𝑇𝑒𝑛𝑠õ𝑒𝑠 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎𝑠 𝑑𝑖𝑎𝑟𝑖𝑎𝑠


RS =𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑑𝑖𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑚𝑒𝑑𝑖çã𝑜 = 𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑑𝑖𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑚𝑒𝑑𝑖çã𝑜

Equação 20. Tensão média dos dias de medição

É a tensão composta entre as fases RS que consta na Tabela 2. Analogamente foi


feito para todas as outras fases e os seus dados estão nas Tabela 2, para as horas de ponta
e normais. Para as horas normais as medições foram feitas nas horas 8, 9, 10, 11, 14, 15,
16.

Tabela: Dados obtidos na medição das tensões no TRs 3010, no bairro 25 de Junho nas
horas normais

58
Tabela 2. Tensões no inicio e no fim da linha. (Autor, 2021)

Tensões no inicio e no fim da linha

Saídas No fim da linha

Fases RS=410 RS=387


compostas
ST=409 ST=384

TR=405 TR=386

Fases simples RN=220 RN=205

SN=224 SN=204

TN=222 TN=208

Das tensões obtidas nas Tabela 2, usamos as equação básica de matemática para
equivalências percentuais, calculamos usando o seguinte algoritmo:

410 Volts _____________100%

387 Volts ____________ X

Utilizando a formula de equivalências matemáticas teremos o seguinte algoritmo


de calculo.

387∗100%
X= = 94,39%
410

Equação 21. Tensão média dos dias de medição

Percentagem de 387 Volt os 94,39%, portanto para acharmos o nível da queda


de tensão ao longo da linha usamos o seguinte algoritmo.

RS (%) = 100% - 94,39% = 5,61%

Como fundamentado no capítulo III. Revisão de Literatura, ponto 3.7. Queda de


tensão, de acordo com Oliveira (Oliveira, 2020) a queda de tensão não pode ser superior
a 5%. Portanto nas horas normais de funcionamento a tensão esta em excesso por 0,61%,
as Tabela 3, apresentam outras quedas de tensões em fases compostas e simples.

59
Tabela 3. Perdas em percentagens nas horas normais.

QUEDA DE TENSÃO DE FASES COMPOSTAS

Fases Compostas RS ST TR

Queda de tensão percentual 5,61% 6,12% 4,69%

QUEDA DE TENSÃO DE FASES SIMPLES

Fases Simples RN SN TN

Queda de tensão percentual 6,82% 8,93% 6,31%

Fonte: (Autor, 2021)

Analizando os resultados da tabela acima, concluimos que a situção é inicialmente


crítica, considerando o periodo normal de baixa demanda. Para este periodo a queda de
tensão dentro dos padrões é tensão composta RT com 4,69% ≤ 5%, as restantes estão
acima do nivel recomendado.

Tabela 4. Dados obtidos na medição das tensões no TRs 3010, no bairro 25 de Junho nas horas de pontas.

Dimensionamento das cargas

Saídas No fim da linha

Fases compostas RS=410 RS=381

ST=409 ST=376

TR=405 TR=375

Fases simples RN=220 RN=202

SN=224 SN=201

TN=222 TN=198

Fonte: (Autor, 2021)

60
Tabela 5. Perdas em percentagens nas horas de ponta.

Queda de tensão de fases compostas

Fases Compostas RS ST TR

Queda de tensão percentual 7,07% 8,06% 7,41%

Queda de tensão de fases Simples

Fases Simples RN SN TN

Queda de tensão percentual 8,19% 10,26% 10,81%

Fonte: (Autor, 2021)

Para a hora de maior demanda, a situação fica agravada que vários fenómenos
resultantes da queda de tensão baixa começam a se notar nas residências no final da linha.
Fenomenos estes que estudaremos no capítulo IV.

4.6. Distância dos cabos entre o Ponto de baixada até a Residência.


Com recurso a fita métrica, nas casas inqueridas, fizemos o levantamento da
distância entre o ponto de baixada até a carga. Portanto constatamos que a maior parte
das residências estão a distâncias que variam entre 300m a 1000m do ponto de baixada.
O que pela segunda Lei de Ohm nos apresenta, teremos uma resistência do condutor
significativa, o que poderá influenciar na queda de tensão.

Tomemos como exemplo na casa número onze das inquiridas, que dista a 574m
do ponto de baixada e no final do ramal de baixa tenão no circuito do bairro em estudo.

Temos como dados:

S=10mm2

L=574m

I=15A (Corrente determina assumindo o funcionamento em simultâneo de todos


equipamentos instalados na residência)

V=226V (Tensão lida no posto de baixada no dia de recolha deste dado)

61
Para determinarmos a queda de tensão nesta linha monofasica primeiro
determinaremos a resistência do cabo de baixada em função do comprimento. Para tal
usaremos a Equação 10, segunda Lei de Ohm.

𝐿
𝑅 =𝜌∙
𝑆

Como o cabo é de alumínio teremos como resistividade do material 2,98x10-8.


Então:

574𝑚
𝑅 = 0,02857Ώ𝑚𝑚2 /𝑚 ∙ 10𝑚𝑚2 = 1,640Ώ é a resistência do condutor a distância de

574m. Multiplicando pela corrente que atravessa o condutor teremos: Pela equação 9,
teremos.

U = IxR = 15x1,640 = 24,6V

Portanto 226-24,6 = 201,4V. Assumindo as oscilações de tensões comum da rede teremos


a tensão variando em 201,4 +/- 5V.

O que sinifica que a residência recebe tensões no intervalo de 201,4+/-5V o que é


abaixo do recomendado para os equipamentos produzidos.

Durante estas medições constatamos também que algumas residências para além
de terem longos cabos de baixadas, uma única linha de baixada alimenta até pelo menos
quatro residências, cada uma com seu contador individual, mas sobrecarrendo a rede e
aumentado a queda de tensão.

Figura 14. Uma baixada monofasica, (a) alimentando quatro residências com cabos nus
separados com bambum; (a) alimentando quatro residências com cabos revestidos.

(a) (b)
Fonte: (Autor, 2021)

62
Neste caso é facil concluir que quanto maior for a distância da baixada em
relação ao ponto de Transformação maior é a possibilidade de ocorrer a queda de
tensão, no fim da linha, neste caso nas residências dos consumidores da corrente
eléctrica.

4.5.3. Opiniões dos moradores do bairro 25 de Junho do distrito de Alto Molocué


Um número percentual 78.3%, dos moradores do bairro 25 de Junho, responderam
negativamente quanto ao conhecimento sobre a queda de tensão, mas tem notado com
muita frequência a interrupção de corrente eléctrica, e oscilações nas suas residências no
período da noite, que muitos consumidores estão presentes nas suas casas e com quase
todos electrodomésticos em funcionamento, e 21,7% responderam que sim, tem
conhecimento do fenómeno, da queda de tensão, para além de que estão vivendo os
fenómenos.

4.5.4. No bairro 25 de Junho tem se verificado de forma constante a queda te


tensão
Em relação a esta questão 62.2% de os moradores responderam dizendo não a
queda de tensão tem si verificado nos finais de semana, nos dias festivais, e as vezes nas
noites, visto que todos clientes ou consumidores querem usufruir da corrente no uso dos
seus electrodoméstico para a pratica das actividades, sejam elas domesticas assim como
comerciais, por outro lado 37.8% dos moradores responderam por unanimidade que a
queda de tensão no bairro 25 de Junho é frequente, por que o bairro tem muitos
consumidores, agrupados por transformadores que não são suficientes para responder a
demanda, consequentemente causa assim a queda de tensão, principalmente aqueles que
usam cabos com secção não recomendado na instalação das suas residências e longas
linhas de baixada, acaba ficando praticamente sem a corrente eléctrica.

4.5.5. Período em que se verifica esse fenómeno durante o dia


Nesta pergunta pretendia se saber dos moradores se existe um período vulnerável
em queda de tensão durante o dia, cerca de 59.5% dos inquiridos responderam sim,
dizendo que cada noite que chega praticamente a partir das 18h até as 21h é momento que
começa o apagão e oscilações frequentes da corrente eléctrica. Mas outros 40.5% de
moradores de bairro 25 de Junho, afirmam que dificilmente esse problema se verifica, e
sustentaram que são pequenas oscilações que verificam visto que os postes que suportam
os ramais dos clientes não correspondem com os recomendáveis pela EDM, razão pela

63
qual pequenos ventos criam movimentações dos cabos gerando oscilações de corrente na
rede.

4.5.6. A distância das casas em relação ao transformador contribuir na queda de


tensão eléctrica?
Os dados, referente a esta questão demonstram opiniões dos moradores, na questão
pela qual pretendia saber se a distância das casas em relação ao transformador pode
contribuir na queda de tensão eléctrica, dos 37 inqueridos, 56.8% responderam sim, e tem
conhecimento que quanto maior for a distância do ramal maior é a probabilidade de
ocorrer a queda de tensão. Enquanto 43.2% de dos moradores do bairro 25, consumidores
da corrente eléctrica, acreditam que não deve ser este o motivo, mas apresentam como
razão o número de clientes ser maior que causa a sobrecarga nos transformadores.

4.5.7. Os transformadores são insuficientes em relação ao número dos


consumidores?
Os dados referente à questão pela qual pretendia saber será o número de
transformadores são menores em relação ao fluxo de clientes que usam a corrente
eléctrica, cerca de 27% responderam dizendo sim, é uma das razões da queda de tensão.
Enquanto 73% afirmaram o contrário, alegando que a falta de inspecção, falta de
manutenção das redes de baixa tensão, faz com que aconteça fenómenos dessa natureza.

4.5.8. Opinião dos clientes da EDM na mitigação da queda de tensão do bairro 25


de Junho.
Pretendeu-se a partir da análise dessa pergunta saber se os clientes tem uma ideia
para minimizar a queda de tensão, 48,6% dos inquiridos responderam que é necessário
inspeccionar o número de carga de saída nos transformadores se corresponde com o
número de consumidores, inspeccionar também a qualidade de material de instalação das
residência dos consumidores e melhorar os tipos de cabo utilizado para baixadas, E
40,5% disseram que não tinham nenhuma ideia, visto que tudo esta ao critério EDM,
Enquanto 10,9% preferiram não dar explicação nenhuma, deixando em branco a questão.

64
CAPÍTULO V: ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS

5.1. Dimensionamento de um bairro habitacional


Para fazer o dimensionamento de um bairro habitacional deve se calcular a potência
instalada de todos os edifícios e casas que se encontram no Bairro 25 de Junho.

Este facto fornece definição de factor de utilização da potência instalada (𝐾𝑢),


geralmente o factor de utilização de uma carga domestica varia entre 0.4 á 0.6.

A NBR5410:2004 admite que a queda de tensão em instalações alimentadas por


um ramal de baixa tensão apartir de uma rede de distribuição pública de baixa tensão seja
de 5 %, mas resultados do campo mostram outra realidade, onde a queda de tensão atinge
até 8,7% nas tensões compostas e 10,7 % nas tensões simples.

Tabela 6. Limite de queda de tensão nas redes eléctricas. (NBR 5410: 2004)

Iluminação Outros usos

Instalações alimentadas por um ramal de baixa 5% 5%


tensão apartir de uma rede de distribuição pública de
baixa tensão.

Instalação alimentadas por uma substação 7% 7%


transformadora, ou a partir de uma instalação de
média tensão.

Instalação que possui fonte própria 7% 7%

5.2. O dimensionamento entre postes o padrão internacional


Os apoios são o suporte dos condutores e garantem as distâncias de segurança ao
solo e a objectos por baixo ou perto da linha.

O dimensionamento dos apoios deve respeitar aspectos de segurança, ou seja, devem


ser escolhidas as dimensões mínimas dos apoios, que respeitam as distâncias de
segurança, descritas no Regulamento de Segurança de Linhas Eléctricas de Alta Tensão,
e nos documentos normativos da EDM. Devem também ser respeitados aspectos

65
mecânicos, que se resumem aos requisitos necessários para resistir aos esforços aplicados,
que não devem ultrapassar os valores máximos estipulados pelos fabricantes. Devem ser
evitados traçados que levem a desníveis acentuados entre vãos, devido aos esforços nos
apoios serem bastante superiores aos aplicados em vãos em traçados mais planos.

Tabela 7: Cálculo para Dimensionamento de Postes

Equação 𝒉
𝒑𝒄 =𝟏𝟎 + 0.6

Altura do poste(𝒉 )𝒎 9 12.5 15 18

Profundidade da cova(𝒑𝒄)𝒎 1.5 1.85 2.1 2.4

Distanciamento entre apoio ( vau entre postos) 50 metros dum apoio para outro

Fonte: Autor (2021)

Mas o distrito de Molocué ao são verificado essas medidas, visto que a demanda dos
clientes e maior e o material tem sido escasso, razão peala qual e possível verificar uma
distancia entre postes um intervalo de 70 a 80 metros. Ao obedecendo esses padrões
contribui efectivamente que o cabo fique a baloiçar por pequenas ventania que passar
causado oscilações consequentemente a queda de tensa.

66
CAPÍTULO VI: CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES

6.1 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES


6.1.1 Conclusão

Após o término da pesquisa com o tema: Queda de tensão no bairro 25 de Junho,


no Distrito de Alto Molocué no período de 2020 - 2021. Concluimos que na distribuição
de energia eléctrica verificam-se vários factores que tem ocasionado a queda de tensão na
rede. A nossa pesqueisa por meio de inquerito no bairro em estudo fez-nos concluir que
54% dos moradores inqueridos assumiram que durante toda extensão de uma rede de
distribuição não é possível manter a mesma tensão em todas as instalações, pois sobre
todas elas haverá uma queda de tensão, por mínima que seja, dessa forma no final da rede
será uma diferença considerável em relação ao início. Portanto no período da noite, a
partir das 18 horas até as 21 horas é momento que começa oscilações frequentes da
corrente eléctrica, até mesmo atingindo os apagões.

Para os factores que afectam a esses problemas, com base em nossa pesquisa de
campo encontramo a distância dos cabos, (baixadas longas) como um dos factores,
influênciada na resistência própria dos cabos, fazendo com que a tensão caia
progressivamente a partir da fonte geradora que no caso da distribuição eléctrica é o
transformador.

A mã qualidade da rede é outro factor que quem comprometido na qualidade da


energia eléctrica fornecidas aos consumidores, como visto anteriormente e demostrado
por imagens de campo. E outros fundamentados no trabalho.

E quanto as possíveis soluções para este problema, com recurso ao inquérito, os


morador, cerca de 67.5% responderam dizendo que não tem em mente uma estratégia
como minimizar a queda de tensão. E 32.5% dos moradores deixaram em branco algumas
questões sem deixar nenhum comentário por que nunca se depararam com o tal fenómeno
em estudo.

6.2. Recomendações
As recomendações aqui propostas, partem do princípio queda de tensão de energia
eléctrica no distrito de Alto Molocué é um problema meramente técnico, sendo necessário que a
sua gestão seja o dever da empresa distribuidora de energia, EDM e os consumidores da corrente
de bairro 25 de Junho.

67
6.2.1. Recomendações aos consumidores
A energia eléctrica tornou-se de importância ímpar em nossas vidas e, por se tratar de uma
energia altamente versátil, foi sendo inserida gradativamente no quotidiano popular. Actualmente
utilizamos algum dispositivo electrónico alimentado por electricidade, nesse contesto sugere se
que:

a) Os consumidores da corrente eléctrica que tenham uma consciência de usar cabos com
secções não recomendados na entalações das suas residências, contribui para a degradação da
rede eléctrica, visto que muito dinheiro vai se perder e a empresa fornecedora não poderá
comprar novos matérias para fazer manutenção e melhoramento da qualidade de energia.
b) Que os clientes da Electricidade de Moçambique do bairro 25 de Junho, percebam que a queda
de tensão de energia pode causar a queima dos bens.
c) Que os consumidores da corrente eléctrica solicitem a piquete caso tenham queda de tensão,
para que a empresa fornecedora de energia possa reparar para evitar a danificação do
equipamento eléctrico.

6.2.2. Recomendações a empresa fornecedora de energia EDM


A empresa deve trabalhar no combate a queda de tensões de energia através da
utilização de métodos que foram desenvolvidos a partir de uma análise do problema.
Através destas medidas a empresa recomenda se:

a) Que a empresa distribuidora de energia crie uma equipa qualificada apenas


dedicada as inspecções, postos de transformação, rede de Baixa Tensão, baixadas
precarias e as instalaçoes das residências dos clientes consumidores de energia,
pelo menos duas vezes por mês;
b) Alocar mais números de transformadores nos bairros para satisfazer os clientes e
colmatar a questão de queda de tensão.
c) Fazer melhoramento nas redes de baixa tensão para que os ramais estejam mais
perto da casa do consumidor.

O material necessário para o melhoramento da rede na zona em estudo é


de fácil aquisição devido ao tipo de rede e feita a comparação dos preços nos
diferentes fornecedores no mercado é economicamente viável

68
7. BIBLIOGRAFIA
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70
APÊNDICE

71
Apêndice

A figura a baixo mostra os dados de medição de cargas no TRs que alimentam casas
inqueridas com problemas de queda de tensão no bairro 25 de Junho, distrito de Alto
Molocué.

Fonte: Autor (2021)

72
QUESTIONÁRIO PARA CLIENTES DA EDM DO BAIRRO 25 DE JUNHO
No âmbito da obtenção do grau de Enginheira Electrica, na Universidade Politecnica,
apresento o questionário cujo objectivo é Analisar os factores que concorrem na queda
de tensão no bairro 25 de Junho no Distrito de Alto Molocué, o questionário é constituído
por 06 perguntas sem-estruturadas, e os dados que fornecer destinam-se a fins meramente
académicos e de modo a garantir o anonimato não precisa assinar seu nome, queira aceitar
os meus agradecimentos.

I: Dados pessoais

1.Género: I: Feminino II: Masculino

2. Idade: I: 18-28 anos II: 28-38 anos III: 38-48anos

IV: 48-58 anos V: 58-65 anos

3. Nível de escolaridade: I: Elementar II: Básico

III: Médio V: Superior

II : Questionário
1-Alguma vez ouviu falar de queda de tensão?

Sim () b) Não ( )

----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
2- Neste bairro 25 de Junho tem se verificado de forma constante a queda te tensão?

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----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
3-Tem um período em que se verifica esse fenómeno durante o dia?

Sim () b) Não ( )
➢ Qual e porque?

73
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
4- A distancia das casa em relacao ao transformador pode contribuir na queda de tensão
electrica?
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
5- Será o número de transformadores são menor em relação ao fluxo de clientes que usam
a corrente eléctrica?
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
6- Na sua opinião, para o que haja melhorias no fornecimento de energia, sem queda de
tensão o que achas que deve ser feito?

----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
Obrigado pela sua disponibilidade

74

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