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OSTENSIVO CIAA-177/055D

MARINHA DO BRASIL
CENTRO DE INSTRUÇÃO ALMIRANTE ALEXANDRINO

EE-2102-0618
INTERPRETAÇÃO DE PLANOS ELÉTRICOS E
MANUTENÇÃO DE CONTROLADORES E
TRANSFERIDORES
2020

OSTENSIVO REV.4
OSTENSIVO CIAA-177/055D

INTERPRETAÇÃO DE PLANOS ELÉTRICOS E MANUTENÇÃO DOS


CONTROLADORES E TRANSFERIDORES.

MARINHA DO BRASIL

CENTRO DE INSTRUÇÃO ALMIRANTE ALEXANDRINO

2020

FINALIDADE DIDÁTICA

OSTENSIVO I REV.4
OSTENSIVO CIAA-177/055D

ATO DE APROVAÇÃO

Aprovo para emprego no Centro de Instrução Almirante Alexandrino, a publicação


CIAA-117/081 – INTERPRETAÇÃO DE PLANOS ELÉTRICOS E MANUTENÇÃO
DOS CONTROLADORES E TRANSFERIDORES.

Rio de Janeiro, RJ.


Em 09 de setembro de 2020.

JOSÉ AFONSO BARBOZA LOBIANCO


Capitão-de-Fragata (RM1)
Coordenador de Cursos

Esta publicação foi elaborada cumprindo as normas do EMA-411 (Manual de


Publicações da Marinha).

OSTENSIVO II REV.4
OSTENSIVO CIAA-177/055D

ÍNDICE
PÁGINAS
Folha de Rosto.................................................................................................... I
Ato de Aprovação................................................................................................ II
Índice................................................................................................................... III
Introdução........................................................................................................... IV
CAPÍTULO 1 – INTERPRETAÇÃO DE PLANOS ELÉTRICOS
1.1 – Planos elétricos utilizados a bordo............................................................. 1-1
1.2 – Símbolos utilizados na interpretação de planos elétricos........................... 1-5
1.3 – Diagramas elétricos utilizados a bordo...................................................... 1-5
1.4 – Transformação do diagrama de ligação em diagrama esquemático
de ligação............................................................................................................ 1-6
CAPÍTULO 2 – TRANSFERIDORES
2.1 - Transferidor automático de barras “A-1”................................................... 2-1
2.2 - Transferidor automático de barras “A-3”................................................... 2-4
2.3 - Manutenção dos transferidores automáticos de barras............................... 2-8
CAPÍTULO 3 – PILHAS E BATERIAS
3.1 - Controladores para motores de grandes potências...................................... 3-1
3.2 - Controlador eletroeletrônico das Fragatas MK-10 .................................... 3-5
CAPÍTULO 4 – CONTROLADORES DAS CORVETAS CLASSE “INHAÚMA”
4.1 - Controlador da bomba de incêndio e sanitário........................................... 4-1
4.2 - Controlador da máquina de suspender........................................................ 4-8
4.3 - Controlador da frigorífica........................................................................... 4-16
CAPÍTULO 5 – CONVERSOR ESTÁTICO DE FREQUÊNCIA DAS FRAGATAS
CLASSE GREENHALGH
5.1 – Conversor MK 15....................................................................................... 5-1
5.2 – Conversor MK 17....................................................................................... 5-8

ANEXO A – Bibliografia....................................................................................................A-1

OSTENSIVO III REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

INTRODUÇÃO
1 - PROPÓSITO
Esta publicação foi elaborada com o propósito de facilitar o aluno no estudo da disciplina
ELETRICIDADE I.
2 - DESCRIÇÃO
Esta publicação está dividida em cinco capítulos: no capítulo 1 é estudado a
introdução à corrente alternada. No capítulo 2, os parâmetros da forma de onda da tensão e
corrente alternada. No capítulo 3, os elementos que fazem parte dos circuitos de corrente
alternada. No capítulo 4, são estudadas as relações entre tensão, corrente, potência e
impedância dos circuitos série e corrente alternada e no capítulo 5, essas relações no circuito
paralelo de corrente alternada.
3 - AUTORIA E EDIÇÃO
Esta publicação é de autoria do 2º SG EL LUIZ VALENTIM JUNIOR e foi
elaborada e editada, no CENTRO DE INSTRUÇÃO ALMIRANTE ALEXANDRINO
(CIAA).
4 - DIREITOS DE EDIÇÃO
Reservados para o CENTRO DE INSTRUÇÃO ALMIRANTE ALEXANDRINO.
Proibida a reprodução total ou parcial, sob qualquer forma ou meio.
5 - CLASSIFICAÇÃO
Esta publicação é classificada, de acordo com o Manual de Publicações da Marinha
(EMA411) em: Publicação da Marinha do Brasil, não controlada, ostensiva, didática e
manual.

OSTENSIVO IV REV.4
OSTENSIVO CIAA-177/055D

CAPÍTULO l

INTERPRETAÇÃO DE PLANOS ELÉTRICOS

1.1 - Planos elétricos utilizados a bordo


Conceito de planos: São desenhos que representam vistas panorâmicas de uma
instalação constituída de muitos aparelhos ligados entre si, com os respectivos
dispositivos de ligação, desligamento, caixas de distribuição, seção etc.
1.1.1 - Divisão dos planos elétricos
a) Plano Isométrico (fig.1.1) - É o plano em que todas as anteparas transversais e todos
os aparelhos colocados transversalmente, são representados com uma inclinação de
30º em relação à vertical, numa espécie de perspectiva, de modo a dar a impressão de
mostrar o navio como se este fosse transparente.
Devido a este artifício é possível representar os condutores da instalação por linhas
contínuas desde a fonte de alimentação até os utilizadores, passando de coberta para
coberta, sem necessidade de interromper o traço.
Neste plano, as cobertas e compartimentos são marcados com a numeração real. Ele é
usado para o serviço de passagem de cabos dos diversos circuitos, tendo o seu
emprego, de preferência, no serviço de montagem dos sistemas de comunicações
interiores dos navios.
b) Plano Esquemático Elementar ou Unifilar - Neste plano, todos os condutores são
representados apenas por uma linha, razão pelo qual toma também o nome de plano
unifilar.
Quando se utiliza este tipo de desenho para representar uma instalação, tem-se como
objetivo dar uma ideia nítida e bastante evidente do comportamento da mesma como
um todo.
c) Plano de Ligações - Mostra em planta, as ligações que os cabos componentes de
uma instalação fazem com todos os aparelhos que nela se encontram. Serve para guiar
o serviço do instalador que vai efetuar a passagem dos cabos e as ligações dos diversos
condutores e também pode permitir o estudo das instalações, tornando possível a
investigação de uma avaria ou defeito.

OSTENSIVO - 1-1 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

d) Plano de Localização - É um desenho que mostra as plantas e os perfis do navio,


com todas as cavernas, anteparas e compartimentos, em escala, no qual os circuitos,
caixas de seção, acessórios etc., aparecem na localização mais próximo possível do
ponto em que ficam situados na realidade, compatível esta disposição com a escala do
plano.
Estes planos são importantes como guia no anteprojeto da instalação elétrica, por
darem uma ideia a respeito da melhor maneira de dispor do espaço no interior dos
compartimentos, com a arrumação do material elétrico.
Nota: Escala é a relação entre as dimensões do desenho e das peças. Ela deve dar uma
ideia verdadeira a respeito do objeto da representação.
Ex. peça de 1metro e o comprimento do desenho 10cm, a escala será de 10 para 100
ou 1 para 10.
e) Plano de Caixas e Cabos (Fig. 1.2) - Este plano contém as seções dos conveses onde
estão localizados as caixas e cabos dos circuitos. A sua aplicação principal se dá no
serviço de instalações dos cabos e caixas, por indicar a respectiva localização.
1.1.2 - Títulos e Referências
O título de um desenho técnico reúne as seguintes indicações:
a) nomes e tipos de desenhos (arranjo, plano, diagrama, etc.);
b) nome do navio e número do casco;
c) a escala usada na confecção do desenho;
d) iniciais das pessoas que executaram, verificaram e aprovaram os desenhos;
e) data da execução do desenho;
f) carimbo de aprovado pela autoridade competente;
g) nome da empresa contratante;
h) número do desenho pela empresa contratante; e
i) número do desenho pelo proprietário.
- Referências
As referências em geral, indicam outros desenhos ou relação de desenhos que devem
ser examinados em conexão com os dados.
Nota: São instruções que, embora não possam ser colocadas no desenho propriamente
dito, são necessárias para a sua devida clareza.
1.1.3 - Alterações

OSTENSIVO - 1-2 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

As alterações são mudanças no desenvolvimento ou revisões no desenho, que caso não


fossem mencionadas trariam confusão ao verificá-lo.
- Lista do material
Esta lista inclui todo o material empregado no circuito ou na instalação representada
no desenho. Com as informações estudadas anteriormente, estamos habilitados a
entender a disposição dos diversos elementos dos desenhos que encontraremos no
decorrer da prática do serviço.
1.1.4 - Arquivamento de planos a bordo
Os planos a bordo devem ser guardados de maneira tal que satisfaçam a determinados
requisitos, constituindo assim o processo de arquivamento:
a) deve-se poder, com facilidade, encontrar um plano desejado;
b) o processo de arquivamento deve ser simples de organizar, economizando trabalho;
c) é necessário que o processo seja o mesmo em todos os navios, assim sendo, ao
passar de um navio para outro, o indivíduo poderá utilizar-se do arquivo de planos,
sem desnortear-se e perder tempo para estudar o processo de arquivamento de um
novo navio.
Com a finalidade de facilitar o arquivamento, os planos de navios na Marinha do
Brasil recebem uma numeração especial, a qual deve ser bem conhecida para poder ser
utilizada convenientemente.
A numeração do plano é precedida de um índice, o qual determina o navio ou classe de
navios ao qual se aplica o plano. Ex:
CV - significa aplicável às Corvetas. F - significa aplicável às
Fragatas.
Após o índice vem à letra “S” que indica tratar-se de plano de navio (SHIP) seguida de
quatro (4) algarismos; os dois (2) primeiros constituem o grupo e os outros o
subgrupo, que classificam o assunto de acordo com o manual de arquivamento. Às
vezes deixam de haver os algarismos de subgrupos, constando apenas os do grupo.
– Classificação dos principais assuntos de máquina
S- 4100 - Máquinas de propulsão
S- 4101 - Turbinas (principais)
S- 6000 - Instalações elétricas
S- 6100 - Geradores elétricos

OSTENSIVO - 1-3 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

S- 6200 - Distribuição de energia elétrica


S- 6201 - Quadros elétricos
S- 6300 - Aplicações de energia elétrica
S- 6301 - Motores elétricos e controladores
S- 6400 - Iluminação
S- 6401 - Iluminação geral (fiação e acessórios)
S- 6402 - Iluminação de combate
Após os algarismos do grupo e subgrupo, vem o número de ordem (File Number) do
plano. Às vezes encontra-se uma indicação deste tipo:
“folha nº3 de 7”(sheet nº 3 of 7); significa que o plano é composto de uma série de 7
folhas das quais a referida é a de nº3
Por último encontra-se o número indicador da última alteração contida no plano.
Ex. Um plano contendo a seguinte designação:
CV – S6201-0137435
Sheet nº2 of 3 alt 7
Significa:
CV – Plano aplicável às Corvetas
S6201 – Distribuição de energia elétrica (quadros elétricos)
0137435 – Nº de ordem do plano
Sheet nº 2 of 3 – segunda folha de uma série de três
Alt. 7 – sétima alteração do desenho original
- Processo de arquivamento de planos a bordo (Fig. 1.3)
Os planos de cada grupo devem estar reunidos e ordenados na ordem crescente dos
números dos grupos; dentro de cada grupo devem estar juntos os planos de cada
subgrupo, ordenados na ordem crescente dos números dos subgrupos; dentro de cada
subgrupo a sequência dos planos deve ser a dos números de ordem. Desenhos que
tenham mais de uma folha devem estar ordenados segundo a numeração das folhas.
A bordo devem ser eliminados os planos de alterações mais baixos, deixando
arquivados no escritório da máquina, apenas os de alterações mais elevadas. Ex.
Diversos planos com a mesma numeração e com as indicações alt 0, alt 3, alt 4, devem
ser eliminados do arquivo os de alt 0 e alt 3, mantendo a bordo exclusivamente o de
alt 4.

OSTENSIVO - 1-4 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

Exemplo da arrumação de planos segundo seus indicativos:


CV- S- 6000 – 429
CV- S- 6000 - 585
CV- S- 6100 - 172
CV- S- 6201 - 377
CV- S- 6201 - 398
CV- S- 6202 - 227
Estando arrumados os planos dessa maneira, será fácil encontrar um plano desde que
se saiba a classificação do assunto, isto é, a que grupo e subgrupo ele pertence.
Para saber essa classificação, organiza-se um pequeno fichário auxiliar, cujas fichas
conterão os diversos assuntos de interesse do navio, em português, e o número de
grupo e subgrupo correspondente, as fichas devem ser colocadas em ordem alfabética..
1.2 - Símbolos utilizados na interpretação de planos elétricos
São representados por um número muito grande de objetos diferentes que são os
diversos tipos de aparelhos que se encontram numa instalação elétrica.
1.3 – Diagramas elétricos utilizados a bordo
São desenhos simplificados onde não existe a preocupação de copiar fielmente a
aparência real do objeto ou conjunto de objetos representados. A finalidade de um
diagrama é principalmente mostrar o funcionamento e a maneira de ligar entre si os
vários componentes de um conjunto, a fim de que possa ser compreendida a ação das
várias partes.
1.3.1 - Divisão dos diagramas
a) Diagrama de ligações (Fig. 1.4 a)
Mostra os circuitos de um aparelho representando as diversas peças que o compõem
numa posição próxima da real, mostrando também em posição aproximadamente
correta os diversos terminais entre os quais se fazem as ligações para permitir o
funcionamento do aparelho. Com isso resulta um desenho mais ou menos complexo,
por causa do emaranhado dos numerosos condutores que constituem os circuitos
auxiliares.
Os diagramas de ligação servem para guiar quem for executar reparos porque indicam
a colocação correta das várias partes, além de mostrar o ponto exato onde devem ser
feitas as ligações. Estes diagramas, em geral, apresentam o conjunto de peças na

OSTENSIVO - 1-5 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

posição relativa em que aparecem quando o controlador ou quadro a que elas


pertencem é visto por trás.
Estes diagramas em geral são colados na parte interna das tampas dos controladores,
para auxiliarem na execução de reparos.
b) Diagrama esquemático de ligações (Fig. 1.4 b)
É utilizado para representar os mesmos circuitos mostrados pelo diagrama de ligações.
Porém, é executado com a finalidade de dar uma idéia facilmente compreensível do
funcionamento do aparelho que ele representa, facilitando o seu estudo. Por este
motivo, as várias partes dos circuitos não são representadas na sua posição real, sendo
deslocadas de suas posições a fim de permitir uma disposição que torne mais clara a
posição e a função de cada peça e de cada dispositivo no circuito. Em geral
acompanha o diagrama de ligações figurando ao seu lado em todas as ocasiões em que
este for empregado. Tanto um como outro utilizam letras e números para marcar e
individualizar os condutores e peças componentes do circuito.
Este tipo de diagrama mostra a seqüência de operação dos dispositivos, facilitando a
construção de uma árvore de operações.
Nota: Para melhor apreciação do diagrama de ligações, devemos transformá-lo em
diagrama esquemático de ligação, pois nos facilita a compreensão do funcionamento
do equipamento.
c) Diagrama em bloco (Fig. 1.5)
Mostra os diversos componentes do circuito, sem guardar as posições externas dos
componentes. Os aparelhos são, em geral, representados por figuras geométricas
(retângulos, circunferências, etc.).

1.4 – Transformação do diagrama de ligação em diagrama esquemático de ligação (Fig.


1.6)
Devido o diagrama de ligação mostrar o equipamento representado por diversas peças
que o compõem numa posição próxima do real, mostrando também a correta posição
dos terminais, faz-se necessário sua transformação para um diagrama esquemático de
ligação para facilitar a compreensão do funcionamento do equipamento.
O diagrama esquemático de ligação acompanha o diagrama de ligação nas ocasiões em
que forem utilizados.

OSTENSIVO - 1-6 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

1.4.1 - Procedimentos para transformação do diagrama de ligação em diagrama


esquemático de ligação
Para a transformação do diagrama de ligação em diagrama esquemático de ligação
deve-se iniciar pelo equipamento, seguindo pela linha de alimentação, passando pelos
contatores, contatos, relés, fusíveis e botões de comando, procurando sempre uma
sequência que pode ser facilmente identificada (Fig. 1.6).
1.4.2 - Análise de diagrama esquemático de ligação (controlador com
autotransformador) (Fig. 1.7)
Ao se calcar o botão de comando S1, este fechará seu contato S1 (3-4) o qual fará a
energização do relé de tempo d1, localizado na linha 1; com a energização do relé de
tempo d1, seu contato d1 (17-18) normalmente aberto, que se encontra na linha 2, irá
se fechar instantaneamente, fazendo com que o contator K3 linha 2 seja energizado.
Ao energizar o contator K3, este fará com que seu contato K3 (21-22) linha 3 se abra
bloqueando o contator K1 localizado na linha 3, mas fará com que seu contato K3 (13-
14) na linha 5 venha se fechar, provocando a energização do contator K2 linha 5, que
por vez comanda o fechamento dos contatos K2 (13-14 e 43-44).
Durante este primeiro momento, ou seja, “durante a partida”, estarão energizados o
relé de tempo d1 (7PU60), o contator K3 e o contator K2 que fará com que o
autotransformador receba a tensão da rede. 2.
Considerando este instante, ou seja, a partida do motor, podemos notar que na linha 6
existe um resistor (R), ligado em série com um relé térmico (F8), os quais têm como
objetivos limitar o número de partidas seguidas (normalmente não mais que três) e
proteção do autotransformador .
Decorrido o tempo de ajuste do relé de tempo (normalmente entre 5 a 40 segundos,
este fará com que o contato d1 (17-18) se abra desenergizando o contator K3, e após
50 milissegundos da abertura do contato d1 (17-18) o contato d1 (17-28) se fecha,
fazendo com que o contator K1 linha 3 seja energizado, pois o contato K3 (21-22)
linha 3 que se encontrava aberto, agora se encontra fechado, pois o contator K3 foi
desenergizado pelo contato do relé de tempo d1 (17-18), que se encontrava fechado e
agora está aberto.
Com a energização do contator K1 linha 3, (contator responsável por aplicar a tensão
da rede (linha) diretamente ao motor) será energizado também o contator auxiliar d2

OSTENSIVO - 1-7 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

linha 4. Ao energizar o contator K1 linha 3, este fará com que seu contato K1 (21-22)
linha 2 se abra reforçando o bloqueio no contator K3, mas fará com que seus contatos
K1 (13-14) e K1 (43-44) se fechem, sendo que o contato K1 (13-14) seja sua retenção
e contato K1 (43-44) o responsável pela energização do contator auxiliar d2.
Podemos notar que somente após a energização do contator auxiliar d2 linha 4, é que o
contator K2 linha 5 será desenergizado, e isto deverá sempre ocorrer, pois no momento
da passagem (partida para funcionamento a plena tensão), ou seja, durante um curto
intervalo de tempo o autotransformador passa a ser um “reator”, evitando que ocorra
um pico de corrente na linha (rede).
No funcionamento à plena tensão ficarão funcionando o relé de tempo d1, o contator
K1 e o contator auxiliar d2.
O autotransformador é utilizado com objetivo de reduzir a tensão da rede à valores que
vão de 50% à 90%, sendo mais comum os valores de 65% ou 80% aos quais se
referem o diagrama da figura 1.7.

OSTENSIVO - 1-8 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

Fig.1.1 – Plano isométrico

OSTENSIVO - 1-9 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

Fig. 1.2 – Plano de caixas e cabos

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OSTENSIVO CIAA-177/055D

Fig. 1.3 - Arquivamento de planos elétricos

Fig. 1.5 – Diagrama em bloco

OSTENSIVO - 1-11 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

Fig. 1.6 – Transformação do diagrama de ligação em diagrama esquemático de ligação

OSTENSIVO - 1-12 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

Fig. 1.7 - Controlador com autotransformador

OSTENSIVO - 1-13 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

CAPÍTULO 2
TRANSFERIDORES
2.1. - TRANSFERIDOR AUTOMÁTICO DE BARRAS “A-1” (fig. 2.1)
2.1.1 – Características e componentes
Alimentação de 450V - 100A - 60Hz – Trifásico;
Relé 1V;
Transformador 1T;
Relé SE;
Contator TS
Relé 2V;
Transformador 2T; e
Chave Control Disconnect – Seleciona manual e automático;
Obs: a transferência para a fonte de emergência é feita entre 270V e 315V, e o retorno
entre 382 a 427V.
2.1.2 - Análise do diagrama esquemático
O diagrama mostra o controlador na posição normal, ou seja, alimentado pela energia
preferencial, a chave seletora (Control Disconnect) encontra-se na posição de
automático.
Quando chega alimentação na fonte preferencial, o relé 1V opera, fechando o seu
contato 1Va1, que alimentará o relé SE, que fecha os seus contatos SEa1 e SEa2
completando o circuito de operação do contator TS.
TS operando fecha os seus contatos TSa1, TSa2 e TSa3, que vão alimentar a carga
com alimentação preferencial, fecham também TSa4 e TSa5 preparando TS para
operar caso haja falta da componente preferencial.
TSb4 e TSb5 abrem provocando o repouso de TS.
2.1.3 - Transferência
Ao faltar energia preferencial, o relé 1V repousa, abrindo o contato 1Va1 que provoca
o repouso do relé SE.
Relé SE repousando abre os contatos, SEa1 e SEa2 e fecha os contatos SEb1 e SEb2
que vão alimentar o transformador 2T, que tem a função de reduzir a tensão de 450V
para 120V que será retificada e alimentará o relé 2V que opera, abrindo o contato

OSTENSIVO - 2-1 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

2Vb1 e fechando 2Va1. 2Va1 completa o circuito de operação do contator TS. TS


operando, abre os contatos TSa e fecha os TSb.
TSb1, TSb2 e TSb3 fechando, colocam a alimentação alternativa alimentando a carga
TSb4 e TSb5 fecham, preparando o circuito para receber alimentação preferencial
Obs: a transferência ocorre entre 270 e 315V.
2.1.4 - Retransferência
Ao ser restabelecida a componente preferencial, 1V opera fechando o contato 1Va1;
este alimenta o relé SE.
Relé SE operando, fecha os contatos, SEa1 e SEa2 e abre os contatos SEb1 e SEb2,
causando o repouso do relé 2V que abrirá o contato 2Va1 e fechará 2Vb1
completando o circuito de operação do contator TS.
TS opera fechando os contatos TSa e abrindo os TSb e depois repousa.
TSa1, TSa2 e TSa3 fechando, colocam a componente preferencial alimentando o
circuito.
Obs: a retransferência ocorre entre 382 e 427V

OSTENSIVO - 2-2 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

Fig. 2.1 - Transferidor automático de barras “A-1”

OSTENSIVO - 2-3 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

2.2 - Transferidor automático de barras “A- 3” (Fig. 2.2)


A função da chave de transferência automática é transferir a carga da fonte normal de
alimentação para a fonte de emergência (alternativa) quando a voltagem normal cair
entre 270 e 315V e retransferi-la no valor de 382 a 427V.
A chave de transferência possui dois controles, manual e automático, selecionados por
meio de uma chave seletora (CONTROL DISCONNECT).
2.2.1 – Característica e componentes
Alimentação de 150A , 450V, 60Hz trifásico
Relé SE- alimentado com 120Vcc obtidos do retificador, vindos do transformador
abaixador.
Trafos (1T e 2T) – reduzem a tensão de 450V para 120Vca
Relés (1V e 2V) – alimentados com 120Vcc existe um retardo de 0.3 a 0.5s na
operação e de 2.5 a 3.5s no repouso. Contator TS- contator de transferência alimentado
com 450Vca
Chave CD - Seleciona a posição de manual ou automático.
2.2.2 - Análise do diagrama esquemático
O diagrama mostra o controlador na posição com alimentação preferencial; a chave
seletora está colocada na posição de automático.
Quando chega alimentação da fonte normal à chave de transferência, o transformador
1T reduz a voltagem normal de 440V para 120Vca, que passará pelo retificador e irá
alimentar a bobina do relé SE, que é o seletor das fontes e tem operação instantânea,
os contatos SEa1 e SEa2 fecham e SEb1 e SEb2 abrem, completando o circuito da
bobina 1TS, através de SA, SEa2, 1Vb1, 2TSb3, 1TS, 1TSb2, SEa1, e SC.
O relé 1TS opera e fecha os contatos 1TSa1, 1TSa2, 1TSa3, 1TSa5 e 1TSa6, abrindo
1TSb2 e 1TSb3.
1TSa1, 1TSa2 e 1TSa3 ao fecharem alimentam a carga com energia normal
1TSa5 fechando, prepara o circuito do relé 2V.
1TSa6 vai preparar o circuito de 1TS, deixando-o pronto a operar com a fonte
alternativa, assim que SEb1 e SEb2 fecharem.
1TSb3 abrindo, age como interloque para evitar o funcionamento de 2TS.
2.2.3 - Transferência
Quando ocorre uma queda na voltagem preferencial, o transferidor automático de
barra atua fazendo a transferência da componente preferencial para a alternativa.

OSTENSIVO - 2-4 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

Ao faltar a componente normal, o relé SE repousa, abrindo os contatos SEa1 e SEa2


e fechando SEb1 e SEb2 que alimenta o primário do transformador 2T e o relé 2V
opera. Conseqüentemente:
a) 2V opera e fecha o contato 2Va1 completando o circuito do contator 1TS que será
alimentado pala fonte alternativa, através de EA-SEb2-2Va1 2TSb3-1TS-1TSa6-SEb1
e EC; e
b) 2Vb1 abre e impede que 2TS opere.
O contator 1TS opera e manobra os seus contatos - 1TSa1, 1TSa2 e 1TSa3 abrem
desconectando a carga da fonte preferencial; 1TSb2 fecha, preparando o circuito de
1TS para o retorno da componente preferencial; 1TSa6 abre; e 1TSa5 abre,
interrompendo o circuito 2V que por construção possui um retardo no repouso de 2.5
a 3.5s, assim, só depois de decorrido esse tempo o contato 2Va1 abre e 2Vb1 fecha.
Quando 2Va1 abre, corta energia para o contator 1TS que repousa, ao mesmo tempo
que 2Vb1 fecha, completando o circuito de 2TS, através de EA- SEb2-2Vb1-1TSb3-
2TS-2TSb2-SEb1 e EC.
O contator 2TS opera e manobra os seus contatos - 2TSa1, 2TSa2, e 2TSa3 ao
fecharem, alimentam a carga com voltagem alternativa; 2TSb2 abre, interrompendo o
circuito de 2TS, fazendo-o repousar; 2TSa6 ao fechar, prepara o circuito de 2TS para
receber alimentação preferencial, quando SEa1 e SEa2 fecharem; 2TSb3 abre, e vai
agir como interloque elétrico, cortando o circuito do contator 1TS; e 2TSa5 fecha
deixando o circuito de 1V pronto para operar quando for restabelecida a componente
preferencial.
A carga está sendo alimentada pela fonte alternativa (emergência)
2.2.4 - Retransferência
Ao retornar a alimentação preferencial, o relé 1V opera, porém só manobra com
seus contatos 0.3 a 0,5s após porque possui um retardo na operação.
Após transcorrido este tempo:
a) 1Va1 fecha, pondo em curto a resistência 2R, elevando a voltagem contínua
aplicada sobre SE
b) 1Vb1 abre, impedindo que 1TS receba energia da fonte preferencial
c) 1Va2 fecha, preparando o circuito de 2TS para ser energizado com a voltagem
preferencial, assim que SE feche os seus contatos.

OSTENSIVO - 2-5 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

O relé SE opera, fechando SEa1 e abrindo SEb1 e SEb2, assim o circuito de 2TS é
alimentado através de SA-SEa2-1Va2-1TSb3-2TS-2TSa6-SEa1-SC
Todos os contatos de 2TS retornam às suas posições:
a) 2TSa1, 2TSa2 e 2TSa3 abrem e desalimentam a carga;
b) 2TSb2 fecha, preparando 2TS para receber voltagem de emergência;
c) 2TSa6 abre, provocando o repouso do contator 2TS;
d) 2TSb3 fecha, completando o circuito de 1TS;
e) 2TSa5 abre, interrompendo o circuito de 1V que repousa, abrindo 1Va1 e 1Va2 e
fechando 1Vb1, com isto, 1TS permanece alimentado pela voltagem preferencial,
através de SA-SEa2-1Vb1-2TSb3-1TS-1TSb2-SEa1-SC.
O contator 1TS opera, fechando 1TSa1, 1TSa2 e 1TSa3 que alimentarão a carga pela
componente preferencial; e
f) 1TSb2 e 1TSb3 abrem e 1TSa6 e 1TSa5 fecham. O contator 1TS repousa e fica
junto com o contator 2TS com seus circuitos prontos para receberem a voltagem de
emergência.

OSTENSIVO - 2-6 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

Fig. 2.2 - Transferidor automático de barras “A-3”

OSTENSIVO - 2-7 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

2.3 – MANUTENÇÃO DOS TRANSFERIDORES AUTOMÁTICOS DE BARRAS


O transferidor possui componentes que devem ter uma manutenção adequada, pois
poderá ocorrer uma falha em caso de transferência ou retransferência.
2.3.1 – Procedimentos para manutenção do transferidor “A-1”
Para fazer uma manutenção adequada neste tipo de transferidor, devem-se verificar as
condições de funcionamento dos seus componentes, fazendo os ajustes necessários para
o bom funcionamento.
2.3.2 – Procedimentos para manutenção do transferidor “A-3”
O transferidor automático de barras A-3, possui componentes que devem ter uma
manutenção adequada, pois poderá ocorrer uma falha em caso de transferência ou
retransferência, caso não seja feita uma manutenção preventiva.
Os relés e contatores devem ser testados e limpos, pois caso um desses componentes
deixem de atuar, não haverá a transferência ou a retransferência caso necessário.
Este transferidor possui um botão de teste, o qual simula uma queda na voltagem
preferencial. Devem ser efetuados testes periódicos com a finalidade de verificar o
bom funcionamento do equipamento.

OSTENSIVO - 2-8 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

CAPÍTULO 3
CONTROLADORES DIVERSOS
3.1 - CONTROLADORES PARA MOTORES DE GRANDES POTÊNCIAS (fig.3.1)
São tipos de controladores que alimentam motores de 440V, trifásico, com dois
enrolamentos, duas velocidades e com inversão de rotação

3.1.1 - Componentes
a) Contator H e L – Contatores de içar e arriar, respectivamente;
b) Contator BR – Freio;
c) Contatores SS e FS - Contatores de baixa e alta velocidade;
d) Contatores MRS e MRF – Responsável pelo RESET magnético do SOL e FOL;
e) Relé SOL e FOL – Relés de sobrecarga (baixa e alta velocidade)
Nota: este tipo de controlador é acionado por uma chave mestra do tipo tambor com
cinco posições.
I) Posição 0 – Em OFF;
II) Posição 1 (boreste) – Baixa velocidade para boreste
III) Posição 1 (bombordo) – Baixa velocidade para bombordo
IV) Posição 2 (boreste) – Alta velocidade para boreste
V) Posição 2 (bombordo) – Alta velocidade para bombordo
Obs: ao soltarmos a chave no meio de uma operação, a mesma irá para OFF.
3.1.2 - Descrição de operação (sentido de içar)
Move-se a chave mestra para a posição 1 (içar) esta ação fará com que sejam
energizados os contatores H, responsável pelo sentido de rotação do motor e contator
SS, responsável pelo enrolamento de baixa velocidade. A operação de ambos
possibilitará a operação de BR, responsável pela liberação do freio e
consequentemente a demarragem do motor. Para aumentar a velocidade do motor,
leva-se a manete da chave para a posição 2, energizando desta forma o contator FS,
responsável pelo enrolamento de alta velocidade. e provocando o repouso do contator
SS, o freio permanecerá alimentado através de um contato de retenção de BR.
A parada do motor é feita trazendo a chave mestra para a posição 0.
Obs: a chave mestra possui uma mola recuperadora para trazê-la a sua posição de
repouso.

OSTENSIVO - 3-1 REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

3.1.3 - Descrição de operação (sentido de arriar)


Leva-se a chave mestra para a posição 1 (arriar) esta situação fará com que sejam
energizados os contatores L, responsável pelo sentido de arriar e SS, (baixa
velocidade) a operação de ambos possibilitará a operação de BR (freio) e
consequentemente a demarragem do motor.
Para aumentar a velocidade do motor, leva-se a manete da chave mestra para a posição
2, energizando desta forma o contator FS (alta velocidade); a operação de FS
alimentará então o enrolamento de alta velocidade, e provocará, ainda, o repouso do
contator SS; o freio permanecerá alimentado.
A parada do motor é feita trazendo a chave mestra para a posição OFF.
3.1.4 - Descrição da operação (em emergência)
Este tipo de controlador possui um dispositivo chamado corrida de emergência, o qual
faz a alimentação do motor para que ele funcione mesmo em sobrecarga. Este
dispositivo só deve ser usado em caso de emergência.
Para operação em sobrecarga, a chave EMERG-RUN será acionada e travada na
posição de RESET, que alimentará os contatores MRS e MRF, respectivamente, reset
magnético dos relés de sobrecarga SOL (baixa velocidade) e FOL (alta velocidade) e
seguida pode-se acionar a chave mestra para a posição de içar ou arriar.
Esta ação pode causar avarias nos enrolamentos do motor, por essa razão só deve ser
usada em caso de emergência.
3.1.5 - Pesquisa de avarias
Este tipo de controlador necessita de inspeções periódicas a fim de manter o bom nível
de operação dos componentes.
Caso haja alguma discrepância, ela deve ser sanada o mais rápido possível, pois é um
equipamento vital ao navio.
Uma das principais preocupações é com a liberação de freio, pois caso o mesmo não
solte, o motor entrará em sobrecarga.
No sentido de içar, caso o freio não solte, deve-se verificar se os contatores H e SS
manobraram com seus contatos, caso afirmativo, deve-se fazer um teste no próprio
contator do freio (BR). No sentido de arriar o mesmo procedimento, verificando os

OSTENSIVO - 3-2 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

contatores L e SS. Ao acionarmos a chave mestra para qualquer posição e o motor não
demarrar deve-se inicialmente calcar o rearme dos relés de sobrecarga.
Obs: os fusíveis protegem o controlador e os relés de sobrecarga o motor.Fig. 3.1 -
Controlador para motores de grandes potências

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OSTENSIVO CIAA-177/055D

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OSTENSIVO CIAA-177/055D

3.2 - CONTROLADOR ELETRO-ELETRÔNICO DAS FRAGATAS MK-10


Nas Fragatas da classe “Niterói”, existe dois tipos de controladores, controlador
PADRÃO e controlador ESPECIAL, que são eletroeletrônicos.
Nota: Um novo tipo de controlador (controlador estado sólido) para motores elétricos
de corrente alternada foi desenvolvido com a introdução da UNIDADE DE
PROTEÇÃO TÉRMICA DO MOTOR (MTPU), para uso em navios de superfície.
O controlador foi reduzido consideravelmente em peso e tamanho; em comparação aos
já existentes a bordo dos nossos navios, que são eletromagnéticos.
Os controladores eletroeletrônicos possuem um contador de horas (HOURS RUN),
para marcar o tempo de funcionamento, facilitando assim a sua manutenção.
Principais vantagens dos controladores eletroeletrônicos: redução do custo de
fabricação; e manutenção e reparos simplificados.
3.2.1 - Controlador padrão (fig. 3.2.A)
É equipado apenas com a UNIDADE DE PROTEÇÃO TÉRMICA DO MOTOR,
cartão eletrônico MK-4 (fig. 3.2.B).
O cartão MK-4 comanda os relés RL1 e RL2 através de varias funções diferentes.
Funções comandadas pelo relé RL1 (TRIP RELAY):
a) partida e parada (Start e Stop);
b) desarme pelos termistores (Thermistor Trip);
c) desarme por subtensão (Under Voltage Trip);
d) circuito de demora (Delay); e
e) estágio do relé de desarme (Trip Relay Stage).
3.2.2 - Função comandada pelo relé RL2 (Indication Relay)
a) Função de indicação de sobreaquecimento.
O cartão eletrônico que realiza as funções de UNIDADE DE PROTEÇÃO TÉRMICA
DO MOTOR, é alimentado por uma tensão de aproximadamente 24Vca proveniente
de um dos secundário do transformador T1, através dos pinos 1 e 3.
O cartão MK-4 serve para qualquer tamanho de controlador, ou seja, é intercambiável.
O contator principal “CON-1“ é comandado pelo relé de desarme RL1 que é
controlado pelo cartão MK4.
Os controladores eletroeletrônicos possuem um contador de horas (Hours Run) para
marcar o tempo de funcionamento, facilitando assim, a sua manutenção.

OSTENSIVO - 3-5 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

Quando por algum motivo ocorre uma avaria no cartão MK-4, o mesmo deve ser
substituído e enviado para reparo.
3.2.3 - Controlador especial
O controlador especial além da UNIDADE TÉRMICA DO MOTOR (MTPU MK-4)
possui também a UNIDADE DE CONTROLE DE ALARME (ACU), cuja função é
prover controle para alarme de equipamentos em caso de muitas falhas ou até parando
o motor.
A ACU é usada em conjunto com a MTPU, e como esta é também um cartão
eletrônico.
O ACU permite a colocação de um motor na condição de reserva para em caso de
falha do seu similar, entrar em funcionamento automaticamente.
3.2.4 - Circuitos start, stop e delay
O transistor “TR-1” com seus componentes associados, é responsável pelo controle
básico das funções Start, Stop e Delay.
Ao ser acionada a chave de partida (START) local ou remota, são ligados os pontos 7 e
24, colocando um potencial positivo na base do transistor TR-1, fazendo com que o
mesmo entre em saturação (estado baixo) com a saturação de TR-1, acontecerá o corte
de TR-5 e consequentemente a saturação de TR-6, possibilitando a operação do relé de
partida ou desarme RL-1, que fica ligado nos pontos 13 e 17. Em função da operação
do RL-1 o mesmo fecha o seu contato RL1.1 completando o circuito de operação do
contator de linha CON-1 que fecha os contatos CON-1.1, CON-1.2 e CON-1.3,
colocando o motor direto a linha de alimentação, alimentando também o circuito do
contador de horas (hours run ) e fecha o contato CON-1.4 alimentando as lâmpadas
LP2 e LP3 (indicadores de motor funcionando local ou remoto).
Com o retorno da chave Start para a sua posição de repouso, o TR-1 é mantido
alimentado através de uma realimentação vinda do estágio do relé de desarme TR-5, o
qual atinge a base de TR-1 via R27, R19 e D2.
Em caso de falta de alimentação, troca de chave local ou remota ou pelo uso da chave
de transferência, existe um circuito de demora (Delay) formado pelos componentes
C1, Z1 e R1, junção base emissor de TR-1 e R2, onde a descarga de C1 mantém a base
do transistor TR-1 alimentado por um período de 3 segundos.

OSTENSIVO - 3-6 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

O circuito de Delay pode ser eliminado com a realização do link externo (LKD)
através dos pontos 9 e 24.
Para a parada do motor, aciona-se a chave Stop local ou remota ligando os pontos, 1 e
24 que vão fazer com que a base do TR-1 fique com um potencial negativo e
descarregará o capacitor C1, impedindo que o circuito de demora (Delay) atue. TR-1
entrará no corte, saturando TR-5 e consequentemente cortará TR-6 que provocará o
repouso do relé RL-1 (Trip Relay) interrompendo o circuito de operação do contator
principal CON-1 através do seu contato RL1.1 e consequentemente a parada do motor.
3.2.5 - Descrição da função de desarme pelos termistores
Esta função consiste especialmente de um circuito Schmidt Trigger formados pelos
transistores TR2, TR3 e componentes associados.
Cada motor elétrico está equipado com um conjunto de três termistores ligados em
série entre si, os quais ficam distribuídos dentro dos enrolamentos do motor, sendo um
em cada fase.
Quando o conjunto de Termistores está frio, oferece uma resistência que varia de 150 a
300 Ohms dependendo da temperatura ambiente, estando aquecido o conjunto de
termistores (3) pode alcançar uma resistência de 4,5 KOhms ou mais.
Os termistores estão ligados aos pontos 5 e 15 do cartão MK-4, responsável pela
proteção térmica do motor. Com esta ligação aplica-se um potencial negativo, presente
no ponto 5 à base do TR2, mantendo-o cortado e consequentemente, TR-3 satura,
colocando estado baixo (0) em uma das entradas da porta lógica “OR “ (pino19), esta
manobra em caso de funcionamento normal.
Em caso de funcionamento anormal do motor (elevação da temperatura de
funcionamento) a resistência dos termistores aumenta rapidamente de valor, reduzindo
o valor do potencial negativo vindo do ponto 5, tornando-o menos negativo. Como a
tensão que aparece na base de TR-2 é a resultante de massa (pino 5) e a tensão de
polarização do circuito, aparecerá na base TR-2 uma tensão positiva levando o mesmo
a saturação (estado baixo) com a saturação de TR-2, TR-3 corta, aplicando estado
alto (1) à porta lógica “OR “.
Se os pontos 19 e 23 estiverem ligados via Link externo (LKT) teremos este nível
aplicado à base de TR-5 saturando-o, consequentemente cortando TR-6 e repousando

OSTENSIVO - 3-7 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

o relé RL-1 para a retirada do motor da linha de alimentação. Só existirá condição de


uma nova partida, depois que a temperatura do motor voltar a sua condição normal.
O capacitor C-3, garante uma alimentação para o circuito Shmidt Trigger, evitando que
o mesmo mude de estado em caso de interrupção do suprimento de alimentação para o
sistema.

3.2.6 - Descrição de funcionamento do estágio de sobreaquecimento


É formado por TR-9, TR-10 e seus componentes associados e um relé de indicação
(RL-2) ligados aos pontos 4 e 11. Com o motor funcionando com sua temperatura
normal, o relé estará desenergizado.
Em caso de sobreaquecimento do motor, o circuito de termistores entrará em
funcionamento produzindo nível alto (1) na entrada do diodo (D11) que através do
Link externo (LKO) o qual liga os pontos 22 e 16, chega a base do transistor TR-9,
provocando a sua saturação e consequentemente a saturação do TR-10 que provocará a
operação do relé RL-2. Com a operação do relé de indicação, teremos o fechamento do
contato RL-2.1, localizado no painel do controlador, que completará o circuito da
lâmpada “LP4“, informando ao operador que o motor está parado por
sobreaquecimento.
RL-2 relé que serve apenas para indicação de motor aquecido:
Para que o motor funcione mesmo estando sobreaquecido devem-se abrir os pontos 19
e 23 (Link), pois o circuito de desarme pelos termistores enviará sinal apenas para o
circuito de indicação de sobreaquecimento com o estágio do relé de desarme (RL-1)
recebendo uma falsa informação.
3.2.7 - Descrição de funcionamento da função de desarme por sub tensão
O circuito de desarme por sub tensão (Under Voltage) foi projetado para desarmar o
relé RL-1 (Relay Trip); quando a tensão de alimentação do sistema cair para 50%
aproximadamente do seu valor nominal.
Uma vez desarmado, ainda que a tensão de alimentação volte a aumentar, o relé RL-1
não operará até que a mesma alcance 70% aproximadamente do seu valor nominal,
devido ao efeito da histerese do próprio relé.
O circuito é formado pelo diodo zener Z-4, o transistor TR8 e seus componentes
associados.

OSTENSIVO - 3-8 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

A condição normal de funcionamento do circuito é o diodo zener Z-4 conduzindo,


possibilitando a circulação de corrente para a base do transistor TR8 para manter o
mesmo saturado, produzindo, portanto, um estado baixo (0) em uma das entradas da
porta lógica “OR“ (D-3).
Quando a tensão de alimentação do sistema cair para aproximadamente 50% do seu
valor nominal, o diodo zener Z-4 deixa de conduzir, cortando, portanto, o fluxo de
corrente para a base de TR8, o qual entra no corte.
Em função do corte de TR-8 temos estado alto (1) em uma das entradas da porta lógica
“OR“ (D-3) o qual será aplicado à base de TR-5 levando o mesmo a saturação e
consequentemente levando o TR-6 ao corte que provocará o repouso do relé RL-1 para
a parada do motor.

3.2.8 - Circuito transiente


Formado pelos componentes TR-4, C-2 e R7, está adicionado à entrada do circuito
Schmidt Trigger para evitar que o mesmo sofra influência das interferências
provocadas por transientes. Este circuito forma um dispositivo muito eficaz,
especialmente quando as interferências forem pulsos muito rápidos.
As interferências lentas e repetidas poderiam ser melhores evitadas usando-se
capacitores de maior capacitância, porém isto introduziria outros problemas no
circuito, como por exemplo, resposta muito lenta do Schmidt Trigger durante cortes de
alimentação.

OSTENSIVO - 3-9 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

Fig. 3.2.1.A - Controlador Padrão

OSTENSIVO - 3-10 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

3
D1 D1
6 5

D1 R20 R3
R3
0 2,2K 6
5
7 22
85
REMOTE 0

C10
D1 50
R2 C5
9 22 R1
2 18 5
68 D 5 8K
D5
RL1
START 0
18 R1 R2
LOCAL 5 2 9 7
S5 LK
D
2 5,6K 2,2K

T 210 D1
R4 V
S1 4,7K O
R8 2 18
1 185 5
R
24
R8 R
TR1 15
14 TR5
1,5K
REMOTE 1,2K TR6

STOP R2
R
S1 R
LOCAL Z1 1K
C1
47 13
3 R R
V 680 33
1
1,5K 17 18
4,7K 3K
STOP / START /
5 TRIP RELAY STAGE
RELAY

REMOTE

Fig. 3.2.B – Unidade de Proteção Térmica do Motor (cartão eletrônico MK-4).

OSTENSIVO - 3-11 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

CONTROLADORES DAS CORVETAS “INHAÚMA”


4.1 - CONTROLADOR DA BOMBA DE INCÊNDIO E SANITÁRIO DAS CORVETAS
DA CLASSE “INHAÚMA” (fig. 4.1.A, 4.1.B e 4.1.C)
4.1.1 - Características do circuito
Alimentação de 440V – 60Hz – trifásico.
Corrente nominal máxima de 150A.
Tensão de comando de 24V – monofásico.
Potência do motor de 80 CV.
Corrente nominal do motor 110A.
Corrente de partida do motor 308A.
a) Componentes
I) Contatores
A) C1 – Aciona o motor
B) C2 – Aciona a desumidificação
II) Chaves
A) Comutadoras:
I) B1 – Seleciona o acionamento do motor local ou remoto
II) B2 – Aciona C1, liga ou desliga o motor no local
III) B3 – Liga ou desliga a desumidificação.
IV) B4 – Faz o reset do cartão eletrônico
III) Relés auxiliares
A) D1 – Retardo para ligar automaticamente a desumidificação
B) D2 – Liga a desumidificação
C) D5 – Ligar o motor
IV) Sinaleiros
A) H1 – Energia disponível do painel
B) H2 – Motor em funcionamento
C) H3 – Sobreaquecimento do motor
D) H4 – Comando local do motor
E) H5 – Desumidificação ligado
F) H6 – Bloqueio de sobrecarga

OSTENSIVO - 4-1 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

4.1.2 - Indicações remotas


A) B1 – Comando disponível
B) D3 – Motor em funcionamento
C) D4 – Sobreaquecimento do motor
Obs: As indicações remotas são feitas através de contatos normalmente
abertos.
4 1.3 - Partida do motor (manual local)
Acionar a chave b1 para a posição local.
Acionar a chave b2 para a posição partir.
Cartão eletrônico é energizado.
Relé auxiliar d3 é energizado.
Relé auxiliar d5 é energizado.
Contator C1 é energizado e liga o motor.
A sinaleira h4 acende, informando comando local.
4.1.4 - Ligar o circuito de desumidificação

Circuito que mantém o controlador e o motor aquecidos.


Acionar a chave b3 para a posição liga.
Seleciona no relé de tempo d1 o tempo para ligar automaticamente o circuito de
desumidificação.
4.1.5 - Desligar o motor (manual local)

Acione a chave b2 para a posição parar, desalimentará os circuitos energizados.


4.1.6- Ligar desumidificadores
Circuito que mantém o controlador aquecido.
Acionar a chave b3 para a posição LIGA.
Selecionar no relé de tempo d1 o tempo para ligar automaticamente o circuito de
desumidificação.
4.1.7 - Desligar o motor

Acione a chave b2 para a posição parar.

4.1.8 - Partida (manual remoto)


Acionar a chave b1 para a posição remoto.
Fechar o contato ligado aos bornes 90 e 91.

OSTENSIVO - 4-2 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

Relé auxiliar d3 é energizado.


Relé auxiliar d5 é energizado. Contator C1 é energizado e liga o motor.
4.1.9 - Parada (manual remoto)
Fechar os contatos ligados aos bornes 90 e 92.
4.1.10 - Manutenção preventiva

Para este tipo de controlador o painel deverá ser vistoriado periodicamente a


cada noventa (90) dias pela equipe de manutenção e verificar principalmente:
a) os pontos de fixação do painel;
b) os prensa cabo de entrada e saída;
c) os pontos de conexão elétrica; e
d) a resistência de isolamento.
4.1.11 - Manutenção corretiva

Consiste na substituição dos equipamentos danificados. Este tipo de manutenção


deverá ser feita por elementos capacitados e autorizados, munidos sempre de
instrumentos e ferramentas adequadas, além dos documentos do projeto. Não é
aconselhável a tentativa de conserto do cartão eletrônico.
4.1.12 - Análise dos defeitos e causas prováveis do controlador da BIS
Painel não energizado ou somente alguma fase.
Verificar a entrada com voltímetro, para constatar se está chegando alimentação.
a) Sinaleiro h1 não acende. Verificar se:
I) a lâmpada está queimada;
II) R1 não está conduzindo;
III) d5 não está conduzindo corrente;
IV) não há continuidade nos contatos das chaves b1 e b2; e
V) os fusíveis estão abertos.
b) Sinaleiro h2 não acende. Verificar se:
I) a lâmpada está queimada;
II) os fusíveis estão abertos;
III) R2 não está conduzindo;
IV) não há tensão de comando nos terminais do contator “C1”; e
V) não há continuidade nos contatos das chaves b1 e b2.
c) Sinaleiro h3 não acende verificar se:

OSTENSIVO - 4-3 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

I) a lâmpada está queimada;


II) os fusíveis estão abertos;
III) R3 não está conduzindo; e
IV) não há continuidade nos contatos das chaves b1 e b2.
d) Sinaleiro h4 não acende verificar se:
I) a lâmpada está queimada;
II) os fusíveis estão abertos;
III) R4 não está conduzindo; e
IV) não há continuidade no contato da chave b1.

OSTENSIVO - 4-4 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

Fig. 4.1.A – Cartão eletrônico das Corvetas

OSTENSIVO - 4-5 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

Fig. 4.1.B – Circuito elétrico da BIS das Corvetas

OSTENSIVO - 4-6 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

Fig. 4.1.C – Circuito de força da BIS das Corvetas

4.2 - CONTROLADOR DA MÁQUINA DE SUSPENDER DAS CORVETAS DA


CLASSE“INHAÚMA”

OSTENSIVO - 4-7 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

Projetado para comando e acionamento elétrico do cabrestante, armário construído em


chapas de aço reforçado com fixação especial dos componentes para resistir aos
choques e vibrações, conforme a especificação.

O controlador é localizado abaixo do convés principal próximo aos equipamentos,


com a função de acionamento e comando do motor elétrico e seus respectivos
controles de desumidificação, proteção para falta de fase, sobrecarga,
sobretemperatura e funcionamento do freio eletromagnético.
4.2.1 - Características
A voltagem de alimentação é de 440V – 60Hz – trifásico;
Comando 24V – 60Hz; e
Freio eletromagnético 24Vcc.
a) Componentes
I) QO – Alimentação principal; e
II) HOO – Relé de falta de fase.
b) Chaves
I) SO1 – Alimentação de 42Vca para a desumidificação;
II) S1 – Liga comando, alimentação de 24Vca;
III) S2 – Determina o sentido de rotação (içar ou arriar);
IV) S3 – Partida em baixa velocidade;
V) S4 – Partida em alta velocidade; e
VI) SO – Parada.
c) Transformadores
I) T1 – 440V/42V 1000VA;
II) T2 – 440/28V 200VA; e
III) T3 – 440/24V 100VA.
d) Protetor Térmico
I) U1 – Protege o motor.

OSTENSIVO - 4-8 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

4.2.2 - Circuito de desumidificação


É o circuito que mantém o controlador e o motor aquecidos para retirar a umidade,
deixando-os prontos para uma eventual entrada em funcionamento.

a) Funcionamento
I) Acionar a chave QO (alimentação geral) que energizará o relé H00 (relé de falta
de fase) e o primário de T1, T2 e T3.
II) Acionar a chave S1 (alimentação de 24Vca) vinda do secundário de T3, que
fará a operação dos relés K01 e K02, respectivamente, desumidificador do motor
e do controlador, deixando preparado o circuito de controle dos
desumidificadores; e
III) Acionar a chave SO1 (alimentação de 42Vca para o desumidificador).
Obs: O circuito de desumidificação possui uma lâmpada indicadora que acenderá ao
ser acionada a chave SO1.
A temperatura no controlador é monitorada por um termostato ligado em série com o
circuito de desumidificação.
O aquecimento do motor será desligado quando:
a) for desligada a chave S1 ou a SO1 e
b) da partida do motor pelos contatos normalmente fechados de K1H ou K2H em série
com circuito de desumidificação do mesmo.
4.2.3 - Operação (arriar em baixa velocidade)
Acionar a chave QO (alimentação geral) – alimenta o relé HOO (falta de fase) e os
transformadores T1, T2 e T3.
Acionar a chave S1 que alimentará os contatores KO5, KO1, KO2, KO6 e o relé U1
(proteção dos termistores).
O contator KO5 por seu contato normalmente aberto (23 e 24) alimentará todo o
circuito de controle com os 24Vca vindos do secundário de T3.
Os contatores KO1 e KO2 preparam o circuito de controle dos desumidificadores.
O contator KO6, por seus contatos normalmente abertos (13 e 14), desalimentará todo
o circuito de controle em caso de sobrecarga; tem seu repouso comandado por U1, que
na presença de qualquer sobrecarga, interromperá o circuito de operação de K06 nos
pontos 11 e 14.

OSTENSIVO - 4-9 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

Após alimentar o circuito de controle pela ação da chave S1, comutar a chave S2 para
o sentido de arriar, o que fará operar o relé K2H (auxiliar), e em consequência K2M
(principal) também opera, estabelecendo desta forma o sentido de rotação da máquina.
Calcar o botão de baixa velocidade S3 que energizará o relé K81H e o relé de tempo
K81T.
Pela ação do contato normalmente aberto (13 e 14 instantâneo) de K81T, o relé K04
(freio) opera, operando K04H, permitindo com isto, a operação de K08 pela ação do
seu contato normalmente fechado nos pontos (2 e 3).
A operação de KO8 vai possibilitar a operação de K81H que com a ação dos seus
contatos fará a operação do relé K81M (principal) e consequentemente a demarragem
do motor em baixa velocidade, em razão da alimentação dos terminais 1, 2 e 3 do
motor.
4.2.4 - Operação (arriar em alta velocidade)
Acionar a chave QO (alimentação geral) - alimenta o relé HOO (falta de fase) e os
transformadores T1, T2 e T3.
Acionar S1 que alimentará os contatores KO5, KO1, KO2, KO6 e o relé U1 (proteção
dos termistores).
O contator KO5 com seu contato normalmente aberto (23 e 24) alimentará todo o
circuito de controle com os 24Vca vindos do secundário de T3.
Os contatores KO1 e KO2 preparam o circuito de controle dos desumidificadores.
O contator KO6 com seus contatos normalmente abertos (13 e 14) desalimentará todo
o circuito de controle em caso de sobrecarga, tem seu repouso comandado por U1, que
na presença de qualquer sobrecarga, interromperá o circuito de operação de KO6 nos
pontos 11 e 14.
Após alimentar o circuito de controle através da chave S1, comutar a chave S2 para o
sentido de arriar, o que fará operar o relé K2H (auxiliar) e em consequência K2M
(principal) estabelecendo desta forma o sentido de rotação da máquina sem, no entanto
parti-la.
Calcar a chave S4 o motor partirá em baixa velocidade por 8 segundos quando o relé
K81T opera e os seus contatos farão a transferência de alimentação do relé K81H para
K93H.

OSTENSIVO - 4-10 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

O relé K93H ao operar fechará os seus contatos, operando o relé K91M e preparando
K93M.
K91M e K93M mudarão o fechamento do motor Dahlander, fazendo com que o
mesmo ganhe mais velocidade, alimentação nos bornes 1, 2, 3, 4, 5 e 6 do motor.

4.2.5 - Operação (sentido de içar)


Para operação em içar, todo processo será idêntico ao de arriar com exceção da
operação da chave S2 que neste caso será acionada para o sentido de içar,
passando a operar desta feita o relé K1H ao invés do K2H.
Obs: Entre os relés K1H e K2H existe um interloque elétrico para evitar a operação
simultânea de ambos.
a) Descrição de operação de içar (resumido)
BAIXA VELOCIDADE
S3, K81T, K04, K04H, K08, K81H e K81M
ALTA VELOCIDADE
S4, KO8, K81T, K91M, K93M, K93H, K81H, 8 segundos após K81T transfere
K81T (55 e 56) abre e K81T (67 e 68) fecha K81M, K81H (51 e 52) K93H.
Quanto à pesquisa de avarias, deve ser feita uma manutenção do conjunto motor
controlador de forma que permita o bom funcionamento dos mesmos.

OSTENSIVO - 4-11 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

800

Comando Ligado
H01 H05 H08

S01 S1
Liga Comando

Desliga
resistências
Desumidificador
Q0 Chave geral ZS-70-NE
1245
1200 1500

Ø11 mm
825

Fig. 4.2.A – Porta externa do controlador da máquina de suspender das Corvetas.

Fig. 4.2b.1 – Circuito de controle da máquina de suspender das Corvetas

OSTENSIVO - 4-12 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

L1

L2

L3

F010 F011
10A 10A

13 13 13 23 13

14 14 14
KIH K2H K81H 14 K93H 24 K93H

KIM K2M K8IM K9IM K93H

23 23 43 13 33
KIH K2H K8IH K93M K93H
24 24 44 14 34

IÇAR ARRIAR BAIXA ALTA

Fig. 4.2b.2 – Circuito dos desumidificadores

OSTENSIVO - 4-13 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

L1
L2
L3

F12 F13 F14


F 01 F 02
4A 4A H01
R1

R S T
1 2
T0 K01
440 / 42V H00
1000VA 3 4 13 14

F 03 NA C NF
20A

VAI P/ FOLHA 4
K02 APOS 14
S01

51 61 51 61
K2
K1H
H 10A 23
52 62 52 62

1 2
R02
200W
42V

CONTROLADOR

DESUMIDIFICADORES

MOTOR
I=4,2A
P=36W

OSTENSIVO - 4-14 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

K1M K2M
ARRIAR
IÇAR

Q0

K K
K81M
BAIXA 93M 91M
ALTA ALTA
BAIXA

A BC

M
440V/ 3/ 60Hz 3
ALIMENTAÇÃO
Fig. 4.2b.3– Circuito de força

12/15K
W

OSTENSIVO - 4-15 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

4.3 - CONTROLADOR DA FRIGORÍFICA DAS CORVETAS DA CLASSE


“INHAÚMA” - (fig. 3.1.A).
A frigorífica das corvetas da classe Inhaúma, possui três câmaras: carne, vegetais e
laticínios que conservam os alimentos de acordo com o fabricante.
4.3.1 - Componentes
a) C1 - C2 – Contatores de alimentação dos compressores
b) K2 - 2KO – Responsáveis pelo desarme dos compressores
c) 3K1 - 4K1 - 5K1 – Alimentação dos ventiladores e evaporadores das câmaras
d) Vs1 - Vs2 – Válvulas solenoides que controlam a entrada de gases no comp.
e) 1PI-2PI – Contadores de Hora
f) 3Y1- 4Y1 - 5Y1 – Solenoide das câmaras
g) T1 - 440/220V para o circuito de controle
h) T2 - 440/24V para o desumidificador
i) Chaves:
I) Q1 – Alimentação geral
II) CH1 – Seleciona o funcionamento do compressor, ventilação ou
desumidificação
III) CH5 – Seleciona manual ou automático
IV) CH6 – Alimenta a desumidificação do compressor nº1
V) CH7 – Alimenta a desumidificação do compressor nº2
VI) 3S1 - 4S1 - 5S1 – Alimentação do ventilador das câmaras de carnes, vegetais e
laticínios
j) Lâmpadas
I) H1 - (vm) – Sobrecarga no compressor nº1
II) H2 - (vm) – Sobrecarga no compressor nº2
III) H3 - (vm) – Sobrecarga ventilador evaporador da câmara de carnes
IV) H4 - (vm) – Sobrecarga ventilador evaporador da câmara de vegetais
V) H5 - (vm) – Sobrecarga ventilador evaporador da câmara de laticínios
VI) H6 - (vd) – Compressor nº1 em funcionamento
VII) H7 - (br) – Degelo manual
VIII) H8 - (br) – Degelo automático
IX) H9 - (vd) – Compressor nº2 em funcionamento

OSTENSIVO - 4-16 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

X) H10 - (vd) – Funcionamento do vent/evap. da câmara de carnes


XI) H11 - (vd) – Funcionamento do vent/evap. da câmara de vegetais
XII) H12 - (vd) – Funcionamento do vent/evap. da câmara de laticínios
XIII) H13 - (vd) – Funcionamento do degelo
XIV) H14 - (br) – Desumidificador do compressor nº1
XV) H15 - (br) – Desumidificador do compressor nº2
XVI) H16 - (br) – Painel alimentado
XVII) H17 - (vm) – Baixa pressão de água salgada
XVIII) H18 e H19 – Indicação da falta de óleo no cárter dos compressores
4.3.2 - Funcionamento dos compressores 1 e 2
Alimenta-se a chave Q1, manda alimentação para os transformadores T1 e T2
CH1 fecha os pontos 3-4 e 11-12
Pontos 3 e 4 Alimentam C1, Vs1 e 1PI
C1 fecha os seus contatos e alimenta o compressor nº1
Pontos 11 e 12 – Alimentam C2, Vs2 e 2PI
C2 fecha os seus contatos e alimenta o compressor nº2
Se houver sobrecarga em um dos compressores, o relé de sobrecarga opera, tirando o
compressor com sobrecarga do circuito, permanecendo o outro em funcionamento.
4.3.3 - Funcionamento do compressor 1 e desumidificador 2
Alimenta-se a chave Q1, manda alimentação para os transformadores T1 e T2.

T1 – Alimenta o circuito de controle


T2 – Prepara o circuito dos desumidificadores
A chave CH1 fecha os pontos 5-6 e 13-14
Pontos 5-6 – Alimentam o contator C1, solenoide Vs1 e contador de horas 1PI
C1 – Fecha os seus contatos e alimenta o compressor nº1
Pontos 13-14 – Com a chave CH7 fechada, alimenta o relé de tempo RT6, que após
um tempo fechará os seus contatos 15-18 e alimentará o contator C8, colocando o
desumidificador do compressor nº2 no circuito.
A proteção desse circuito é feita através de um PTC o qual irá atuar em RP1 que
mandará alimentação para o relé K2 o qual vai operar abrindo o seu contato 21 e 22,
que provocará o repouso do contator C1, tirando assim o compressor nº1 do circuito.

OSTENSIVO - 4-17 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

4.3.4 - Funcionamento do compressor 2 e desumidificador 1


Alimenta-se a chave Q1, manda a alimentação para os transformadores T1e T2
T1 – Alimenta o circuito de controle
T2 – Prepara o circuito dos desumidificadores
A chave CH1 fecha os pontos 7-8 e 15-16
Pontos 7-8 – Alimentam o contator C2, solenoide Vs2 e contador de horas 2PI
C2 – Fecha os seus contatos e alimenta o compressor nº2
Pontos 15-16 – Com a chave CH6 fechada, alimenta o relé de tempo RT5, que após
um tempo fechará os seus contatos 15-18 e alimentará o contator C7, colocando o
desumidificador do compressor nº1 no circuito.
A proteção desse circuito é feita através de um PTC o qual irá atuar em RP2 que
mandará alimentação para o relé 2K0 o qual vai operar abrindo o seu contato 21 e 22,
que provocará o repouso do contator C2, tirando assim o compressor nº2 do circuito.
4.3.5 - Funcionamento da ventilação das câmaras frigoríficas
Alimenta-se a chave Q1, manda alimentação para os transformadores T1 e T2
T1 – Alimenta o circuito de controle, alimentando as chaves de ventilação 3S1, 4S1,
5S1 que alimentarão respectivamente 3K1, 4K1 e 5K1
3S1 – Alimenta o contator 3K1 que fechará os seus contatos e alimentará o circuito de
ventilador/evaporador da câmara de carnes.
4S1 – Alimenta o contator 4K1 que fechará os seus contatos e alimentará o circuito
ventilador/evaporador da câmara de vegetais.
5S1 – Alimenta o contator 5K1 que fechará os seus contatos e alimentará o circuito de
ventilador da câmara de laticínios.
4.3.6 - Funcionamento do degelo
Alimenta-se a chave Q1, manda alimentação para os transformadores T1 e T2.

T1 – Alimenta o circuito de controle


Chave CH5 na posição de automático, solenoide 3Y1, 4Y1 e 5Y1 operando.
K1 – Relé de tempo, opera a cada 07h30 de funcionamento, fechando seus contatos (1
e 2) operando 1K0.
1K0 – Opera fechando os seus contatos (13 e 14 ) e (43 e 44) e abre (21 e 22)
desalimentando o circuito da solenoide das câmaras.

OSTENSIVO - 4-18 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

Fechando os pontos (13 e 14) se houver necessidade de degelo, o termostato 3S3


estará com seu contato nos pontos (31 e 32), aberto, mantendo 3K3 repousado,
possibilitando a alimentação do contator 3K2 e do relê de tempo RT4.
RT4 – Abre o seu contato no ponto 15 e 16 em série com 3K1 e irá repousa-lo tirando
a câmara de carne do circuito, 3K2 fecha os seus contatos e coloca as resistências de
degelo no circuito.
Caso não haja necessidade do degelo, 3K3 irá operar através dos contatos do
termostato abrindo no ponto 21 e 22 não deixando que 3K2 opere e fechará o seu
contato (43 - 44) colocando novamente as solenoides no circuito e passados 30min K1
volta a repousar 1K0 que vai abrir nos pontos 43 - 44 e 13 - 14, fechando 21 – 22.
4.3.7 – Degelo manual
A chave CH5 deverá ser fechada nos pontos 3-4 e 7-8.
Pontos 3-4 – Se houve necessidade do degelo, o termostato 3S3 estará aberto e a chave
alimentará diretamente o contator 3K2 e o relé RT4.
3K2 – alimenta a resistência do degelo.
RT4 – desalimenta o ventilador da câmara de carnes.
Pontos 7-8 – alimentam a lâmpada indicadora de degelo manual.
Se não houver necessidade de degelo, o contator do termostato 3S3 estará fechado,
permitindo a operação e 3K3 que impedirá a operação do contator da resistência de
degelo 3K2 e do relé de tempo RT4.

OSTENSIVO - 4-19 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

fig. 3.1-A Controlador da Frigorífica

OSTENSIVO - 4-20 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

CAPÍTULO 5
CONVERSOR ESTÁTICO DE FREQÜÊNCIA DAS FRAGATAS CLASSE
GREENHALGH

5.1 – CONVERSOR MK 15
5.1.1 – Introdução
A unidade produz 1 KVA de potência monofásica a 115V, 400Hz com uma corrente
máxima nominal de 8,7A e corrente de curto circuito limitada a 130%. Uma
alimentação única de 440V trifásica, 60Hz, é transformada, retificada e filtrada para
produzir 50Vcc. Um circuito estabilizador produz 14V e 7V usados como fonte de
potência para a placa PECB1. Os 50Vcc são invertidos para 15V a 400Hz
monofásicos pelo módulo de potência controlado pela placa PECB1. A saída do
inversor é transformada para produzir a saída do VFE de 115V, 400Hz pelo
transformador T2.
O resfriamento do equipamento é obtido por meio de ventilador de circulação interno,
amostras de tensão e corrente de saída são usadas para regulação das mesmas.
5.1.2 - Formação do 115V/400Hz
A alimentação trifásica de 450V, 60Hz é levada por meio do interruptor principal S1
ao transformador T1, ligado em Estrela-Triângulo. A fase azul é usada para
alimentação do ventilador. O transformador de entrada T1 produz 35V eficaz trifásica
a 60Hz, que é levada ao retificador polifásico formado pelos diodos D1 a D6. O
retificador produz 50Vcc que é filtrada pelos capacitores C1, C2 e C3. Os
componentes C7 e D7 proporcionam supressão de transitórios da entrada e filtragem
adicional para reduzir o conteúdo de CA da tensão retificada de 50V a menos 150mV
de pico.
5.1.3 - Formação dos ciclos de saída
O condutor comum da saída do amplificador é mantido em um potencial de CC
médio de cerca de 22V pelos capacitores de bloqueio C4, C5 e C6. Quando os
transistores TR1 a TR12 conduzem, a corrente passa na barra de 50V, carrega os
capacitores de bloqueio e eleva a tensão no condutor comum de saída do amplificador
para cerca de 47V. A corrente atravessa o primário de T2, produzindo o meio ciclo
positivo da saída do VFE nos terminais. Quando os transistores TR13 a TR24

OSTENSIVO - 5-1 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

conduzem, os capacitores de bloqueio são descarregados através do primário de T2,


forçando a tensão do condutor comum de saída para cerca de 3V, produzindo o meio
ciclo negativo.

5.1.4 – Módulo de potência


O módulo de potência contém 24 transistores de potência ligados em paralelo em
dois grupos de 12. Estes operam junto com os transistores TR6 e TR7 da placa
PECB1 como amplificador push-pull classe B. O condutor comum de saída do
amplificador é ligado ao primário do transformador de saída T2. A barra de potência
de 50Vcc é ligada ao primário do transformador para produzir a saída de 115Vca. Os
resistores de fio Eureka R1 a R24 são ligados ao emissor de cada transistor para
evitar perda de controle térmico e para garantir a divisão uniforme da carga entre os
transistores de potência.
Os enrolamentos de oposição e reforço (Buck e Boost) conduzem uma corrente
proporcional à corrente de carga de volta para as bases dos transistores TR1 a TR24
para compensar uma queda da tensão de saída em regimes de carga variável. As
tensões de base aplicadas aos transistores TR1 a TR12 são aumentadas pelo
enrolamento de reforço para compensar o meio ciclo positivo. Os transistores TR5 e
TR7 do pré-amplificador tem sua tensão Vcc modulada pelo enrolamento de
oposição para compensar o meio ciclo negativo. Os componentes C8 e R25 são
ligados em paralelo com a saída de T2 para eliminar oscilações parasitas e efetuar a
supressão de RF, e os capacitores C9 e C10 são ligados para tornar o fator de potência
da saída VFE, compatível com a carga.

5.1.5 – Proteção de sobre tensão


Circuito que inibe e bloqueia o VFE quando a tensão de saída atinge 110% do valor
nominal. Para rearmar o VFE deve-se desligar o interruptor S1, esperar 45 segundos
para que todos os potenciais se anulem e ligar novamente.
5.1.6 – Proteção de sobreaquecimento
Funciona em conjunto com o desarme por sobre tensão, um sensor (THTI) está
montado no módulo de potência e fornece um potencial à rede somadora do
desligamento por sobre tensão. Se a temperatura do dissipador atingir 120º C, o

OSTENSIVO - 5-2 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

sensor abre o circuito e suprime este potencial da rede, alterando o equilíbrio da


mesma e acionando o desligamento por sobre tensão. Para efetuar o rearme, deve-se
desalimentar e esperar que o equipamento esfrie.
OBS.: A aplicação do MK15 é para controle da propulsão e máquina do leme.

OSTENSIVO - 5-3 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

Fig. 5.1.A – Vista frontal do Conversor MK-15

OSTENSIVO - 5-4 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

Fig. 5.1.B – Painel interno Conversor MK-15

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OSTENSIVO CIAA-177/055D

Fig. 5.1.C – Diagrama em Bloco do Conversor MK-15

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OSTENSIVO CIAA-177/055D

Fig. 5.1.D – Diagrama esquemático do Conversor MK-15

OSTENSIVO - 5-7 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

5.2 – Conversor MK17


5.2.1 – Introdução
A Unidade produz 4 KVA de potência monofásica a 115V, 400Hz a partir de uma
alimentação dupla trifásica de 440V e 60Hz , as alimentações de 440V são
transformadas, retificadas em onda completa e filtradas para resultar em um
suprimento de 250Vcc. Este é passado a um inversor que usa diodos controlados de
silício para produzir uma saída de onda quadrada de 400Hz.
A saída do inversor é estabilizada pelo módulo Volt segundo e passada a um filtro que
elimina os harmônicos ímpares da onda quadrada para produzir uma onda senoidal de
115V, 400Hz nos terminais de saída.
Amostras de saída são colhidas para uso pelos circuitos de controle e proteção que
vão inibir a operação do inversor se ocorrer o aparecimento de uma amostra
ultrapassando as tolerâncias estabelecidas. O resfriamento é proporcionado por dois
ventiladores de circulação alimentados pela saída do VFE.
A unidade é aplicada para fornecimento de alimentação monofásica em 115V, 400Hz
para sistemas de comunicações.
5.2.2 – Circuitos de controle e alarme
Os circuitos de controle e alarme supervisionam os seguintes parâmetros:
a) Sub tensão na barra principal;
b) Sobre tensão na barra principal;
c) Tensão ou frequência de saída baixa;
d) Tensão ou frequência de saída alta e
e) Temperatura dos dissipadores.

OSTENSIVO - 5-8 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

Fig. 5.2.A – Vista frontal do Conversor MK-17

OSTENSIVO - 5-9 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

Fig. 5.2.B – Vista interna do Conversor MK-17

OSTENSIVO - 5-10 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

Fig. 5.2.C – Diagrama em bloco do Conversor MK-17

OSTENSIVO - 5-11 - REV.4


OSTENSIVO CIAA-177/055D

ANEXO A
BIBLIOGRAFIA

a) BRASIL. Centro de Instrução Almirante Alexandrino. Manual dos controladores diversos


dos navios da Marinha do Brasil;
b) BRASIL. Centro de Instrução Almirante Alexandrino. Manual dos controladores das
Fragatas classe “Niterói”; e
c) BRASIL. Centro de Instrução Almirante Alexandrino. Manual dos controladores das
Corvetas classe “Inhaúma”.

OSTENSIVO - A-I - REV.4

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