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OSTENSIVO CIAA-118-034

AVARIAS OPERACIONAIS
EM PRAÇA DE MÁQUINAS

3ª REVISÃO - 2015

OSTENSIVO
OSTENSIVO CIAA-118/034

AVARIAS OPERACIONAIS EM PRAÇA DE MÁQUINAS

MARINHA DO BRASIL

CENTRO DE INSTRUÇÃO ALMIRANTE ALEXANDRINO

2015

FINALIDADE: DIDÁTICA

3a REVISÃO

OSTENSIVO -I- REV.3


OSTENSIVO CIAA-118/034

ATO DE APROVAÇÃO

APROVO, para uso no Curso de Aperfeiçoamento em Máquinas, a apostila


CIAA-118-034 – AVARIAS OPERACIONAIS EM PRAÇA DE MÁQUINAS elaborada
pelo, SO-RM1-MA IRISVALDO VIEIRA DE LIMA em 20/05/2015, no Centro de Instrução
Almirante Alexandrino.
Os direitos de edição são reservados para o Centro de Instrução Almirante
Alexandrino, sendo proibida a reprodução total ou parcial, sob qualquer forma ou meio.

Rio de Janeiro, _____ / ______ / ______.

________________________________________
HEITOR VIEIRA FILHO
Capitão-de-Mar-e-Guerra (RM1)
Coordenador da Escola de Máquina e Artífices

OSTENSIVO - II - REV.3
OSTENSIVO CIAA-118/034

ÍNDICE
PÁGINAS
Folha de Rosto.......................................................................................................... I
Ato de Aprovação..................................................................................................... II
Lista de Verificação de Controle de Qualidade ...................................................... III
Índice........................................................................................................................ IV
Introdução................................................................................................................. V

CAPÍTULO 1 - AVARIAS OPERACIONAIS EM PRAÇA DE MÁQUINAS NAVIO


NDD
1.1 - Conceitos......................................................................................................... 1-1
1.2 - Queda de vácuo no condensador principal.................................................... 1-1
1.3 - Garganta enjambrada....................................................................................... 1-2
1.4 - Vazamentos em tubo do resfriador de óleo lubrificante.................................. 1-3
1.5 - Perdas de pressão de vapor.............................................................................. 1-4
1.6 - Ruídos metálicos na turbina............................................................................ 1-5
1.7 - Salgamento no condensador ........................................................................ 1-6
1.8 - Mancais aquecidos na linha do eixo propulsor................................................ 1-6
1.9 - Vibrações excessivas do eixo propulsor.......................................................... 1-8
1.10 - Níveis altos de óleo lubrificante na engrenagem redutora............................ 1-8
1.11 - Travamento e destravamento do eixo propulsor........................................... 1-9
1.12 - Avarias na bomba de circulação principal (BCIP)........................................1-11
1.13 - Perdas de pressão na rede de óleo lubrificante das turbinas principais.........1-11
1.14 – Aumento de salinidade na água da caldeira.............................................. 1-12
1.15 - Avaria no tanque aquecedor desarejador (TAD)...........................................1-13
1.16 - Mancais aquecidos na engrenagem redutora das turbinas principais.......... 1-14
1.17 - Grande vazamento de óleo lubrificante.........................................................1-15
1.18 - Excessiva pressão na descarga da bomba de óleo lubrificante......................1-16
1.19 - Água alta na caldeira procedimentos na praça de máquinas......................... 1-16
1.20 - Mancais aquecidos no turbo gerador.............................................................1-17
1.21 - Vazamento de óleo lubrificante no turbo gerador (GD)................................1-19
1.22 - Incêndio classe bravo em praças de máquinas/caldeiras/diesel.................... 1-20

ANEXO A - Bibliografia.......................................................................................................A-1
OSTENSIVO - III - REV.3
OSTENSIVO CIAA-118/034

INTRODUÇÃO

1 - PROPÓSITO
Esta publicação foi elaborada com a finalidade de oferecer orientações básicas
sobre as avarias operacionais que pode ocorrer na praça de máquinas dos navios do tipo
“NDD”.
Os assuntos nela contidos foram extraídos de publicações de fácil compreensão,
atendendo às exigências curriculares, com o propósito de facilitar a aprendizagem por parte
dos alunos. Entretanto, os complementos dos assuntos aqui elaborados serão melhor
absorvidos pelos maquinistas no exercício de funções técnicas a bordo dos navios da MB,
com os equipamentos reais.
2 - DESCRIÇÃO
Esta publicação está dividida em 1 capítulo. No capítulo 1 são definidas as avarias
operacionais em praça de máquinas.
3 - AUTORIA E EDIÇÃO
Esta publicação é de autoria do SO-RM1-MA IRISVALDO VIEIRA DE LIMA e
foi elaborada e editada no CENTRO DE INSTRUÇÃO ALMIRANTE ALEXANDRINO.
4 - DIREITOS DE EDIÇÃO
Reservados para o CENTRO DE INSTRUÇÃO ALMIRANTE ALEXANDRINO.
Proibida a reprodução total ou parcial, sob qualquer forma ou meio.
5 - CLASSIFICAÇÃO
Esta publicação é classificada de acordo com o EMA-411 (Manual de Publicações
da Marinha) em: Publicação da Marinha do Brasil, não controlada, ostensiva, didática e
manual.

OSTENSIVO - IV - REV.3
OSTENSIVO CIAA-118/034
CAPÍTULO 1
AVARIAS OPERACIONAIS EM PRAÇA DE MÁQUINAS
1.1 - CONCEITOS
1.1.1 – Avarias operacionais
É o nome que recebe toda ocorrência que dificulta a condução ou o desempenho de
uma máquina, causando danos, estragos ou perdas imprevistas no material.
1.1.2 - Sintomas
São todos os indícios de que pode ocorrer uma falha no sistema, equipamento ou
material.
1.1.3 - Causas
São os motivos ou as razões que determinam ou dão origem a uma ou mais avarias.
1.1.4 - Efeitos ou consequências
São os resultados causados pelas avarias que foram ou não detectadas.
1.1.5 - Ações ou providências
São as medidas tomadas para remediar ou solucionar uma ou mais avarias que foram
ou detectadas.
1.2 - QUEDA DE VÁCUO NO CONDENSADOR PRINCIPAL
1.2.1 - Sintomas
Queda gradual de vácuo.
1.2.2 - Causas
- Passagem de vapor através da garganta de marcha AR;
- Perda ou insuficiência de pressão de selagem;
-Avaria ou insuficiência de descarga da bomba de circulação principal;
- Insuficiência da circulação no condensador principal devido a:
1. Velocidade insuficiente da bomba de circulação;
2. Obstrução ou entupimento nas câmaras de circulação ou feixe tubular do
condensador (peixes, roupas, etc.);
3. Deficiência ou avaria nas válvulas de aspiração ou descarga de circulação para o mar.
4. Baixa velocidade do navio pela concha.
- Manobra errada das válvulas de drenagem do condensador do ejetor;
- Condução incorreta da bomba de extração do condensador principal ou respiro
aberto da bomba de condensado parada;
- Pressão de vapor insuficiente nos ejetores;
- Selagem do tubo em “U” aberta;
- Vidro do indicador de nível do condensador principal ou auxiliar quebrado.
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OSTENSIVO CIAA-118/034
- Entrada de ar no condensador principal ou redes sob vácuo;
- Alagamento do condensador; e
- Tanque de suplemento vazio.
1.2.3 - Efeitos (conseqüências)
- Reduz a economia da planta. O consumo do óleo combustível cresce acentuadamente;
- Possibilidade de sobrecarregar o empalhetamento das turbinas; e
- Possibilidade de pressão manométrica positiva no condensador, havendo risco de
explosão.
1.2.4 - Ações (providências)
- Mensagem por telefone à ECM (Estação central de máquinas);
- Caso necessário reduza a velocidade seguindo os limites abaixo:
1. Vácuo no condensador principal a 21”, velocidade 2/3 100 rpm;
2. Vácuo no condensador principal a 18”, velocidade 1/3 50 rpm;
3. Vácuo no condensador principal a 15”, máquina parada (stop); e
4. Caso não restabeleça o vácuo, iniciar a secagem em emergência. O homem de
serviço na garganta comunica continuamente o vácuo ao Chefe de Quarto;
- Quando o vácuo estabilizar, mensagem por telefone à ECM informando a máxima
rotação possível no eixo seguindo os limites do item 2;
- Caso ordenado pela ECM interligue a descarga das auxiliares (homem de serviço nas
auxiliares);
- Efetue o reparo pesquisando as causas da queda do vácuo;
- Quando o vácuo subir acima de 15”, comece a admitir vapor na turbina seguindo os
limites do item 2. (homem de serviço na garganta);
- Mensagem por telefone à ECM informando a rotações do eixo (telefonista);
- O Chefe de Quarto manda separar a descarga das auxiliares (homem de serviço nas
auxiliares);
- Quando o vácuo subir acima de 25”, mensagem à ECM informando que está pronto
para atender a qualquer manobra;
1.3 - GARGANTA ENJAMBRADA
1.3.1 - Sintoma
A válvula de garganta enjambrou.
1.3.2 - Causas
- Condensado na rede de vapor principal;
- Material estranho, tais como porcas e estojos, embaixo do disco;
- Rachadura ou quebra do disco da válvula;
OSTENSIVO - 1-2 - REV.3
OSTENSIVO CIAA-118/034
- Avaria na transmissão mecânica;
- Engaxetamento da haste demasiadamente apertado; e
- Enfraquecimento da mola do disco das válvulas parcializadoras.
1.3.3 - Efeito (consequências)
- A rotação máxima no eixo será correspondente à posição que a válvula enjambrou;
- Caso a válvula enjambre na posição “fechada” o eixo ficará parado; e
- Dificuldade no controle da rotação do eixo.
1.3.4 - Ações (providências)
- O homem de serviço na garganta comunica a avaria em voz alta e clara para o Chefe
de Quarto;
- Mensagem por telefone à ECM (telefonista);
Os homens de serviço no estrado superior iniciam o controle da rotação do eixo pela
válvula guarda.
- Mensagem por telefone à ECM informando qual a rotação máxima disponível no
eixo;
- Pesquise a avaria e efetue o reparo seguindo as causas do item 1.2.2
- Depois de efetuado o reparo, peça permissão à ECM, por mensagem telefônica, para
testar a válvula;
- Teste a válvula de garganta, mantendo o controle pela válvula guarda.
- Abra completamente a válvula garganta e em seguida feche-a totalmente para
garantir que ela se movimente livremente.
- Abra lentamente a válvula de garganta até que a pressão no primeiro estágio e a rpm
não mais aumentem, indicando que a partir daquele ponto o controle está sendo feito
pela válvula guarda.
- Feche a válvula de garganta devagar até que a pressão do primeiro estágio e rpm
diminuam ligeiramente, indicando que o controle esta sendo feito pela válvula de
garganta.
- Abra completamente a válvula guarda;
- Mensagem por telefone à ECM informando que está pronto para atender qualquer
rotação;
1.4 - VAZAMENTOS EM TUBO DO RESFRIADOR DE ÓLEO LUBRIFICANTE
1.4.1 - Sintoma
O nível do tanque de O.L caiu bastante e na pesquisa constatou-se que o problema,
originava-se no resfriador de óleo lubrificante.

OSTENSIVO - 1-3 - REV.3


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1.4.2 - Causas
- Tubo furado; e
- Engaxetamento de tubo em mau estado.

1.4.3 - Efeitos (consequências)


a) Navio pode reduzir a velocidade
Redução de velocidade.
b) Navio não pode reduzir a velocidade
Perda de óleo lubrificante.
1.4.4 - Ações (providências)
a) Navio pode reduzir a velocidade:
- Contornar o resfriador de óleo;
- Reduzir as rotações do eixo para um número de rotações em que a temperatura dos
mancais se mantenha inferior à temperatura máxima permitida;
- Transferir óleo do tanque de armazenamento para o de serviço e manter o nível de
trabalho.
b) Navio não pode reduzir a velocidade:
- Aumentar a pressão do óleo lubrificante de forma a vazar óleo para o lado da água
e não água para o lado do óleo;
- Transferir o óleo do tanque de armazenamento para o de serviço e manter o nível
de trabalho.
1.5 - PERDAS DE PRESSÃO DE VAPOR
1.5.1 - Sintoma
A pressão no cofre de vapor está caindo.
1.5.2 - Causas
- Mudança brusca de velocidade com poucas caldeiras na linha;
- Isolamento de caldeira por motivo de avaria;
- Manobra de válvula errada; e
- Avaria na rede de vapor.
1.5.3 - Efeitos (consequências)
- Redução de velocidade;
- Funcionamento deficiente das auxiliares como bombas de óleo, de alimentação etc.;
- Queda de vácuo nos condensadores.

OSTENSIVO - 1-4 - REV.3


OSTENSIVO CIAA-118/034
1.5.4 - Ações (providências)
- Disseminação da avaria, com informação à ECM; com a instalação de vapor
interligada;
- A sequência de interligação será:
1. Vapor auxiliar
2. Vapor para o TG
3. Vapor principal.
- Fechar a válvula de garganta, tentar manter a pressão com a instalação interligada se
a queda for numa só praça:
- Restabelecer a situação na praça afetada de acordo com as possibilidades.
1.6 - RUÍDOS METÁLICOS NAS TURBINAS PRINCIPAIS
1.6.1 - Sintoma
Ocorrência de ruído metálico em um ponto da turbina
1.6.2 - Causas
- Arrastamento na caldeira ou materiais estranhos na turbina;
- Avaria de mancais;
- Empalhetamento empenado ou parcialmente perdido; e
- Roçamento dos engachetamento de carvão, labirinto ou defletores de óleo
lubrificante.
1.6.3 - Efeitos (consequências)
Redução da manobrabilidade e velocidade máxima possível do navio, quando o eixo
estiver sendo travado ou quando travado.
1.6.4 - Ações (providências)
- Disseminação da avaria e informações posteriores;
- Indique STOP no telégrafo;
- Trave o eixo afetado. Não retorne às condições normais de trabalho até que a causa
tenha sido encontrada e a avaria reparada;
- Abra as drenagens da carcaça da turbina;
- Transfira os filtros de óleo lubrificante, verifique toda extensão do eixo. Verifique a
engrenagem redutora;
- Isole a turbina e inspecione o interior para verificar a avaria;
Obs.: Deverá ser solicitada permissão ao CHEMAQ para abertura da turbina.
- Verifique a folga axial dos mancais e efetue as demais medidas com micrômetro; e
- Observe as precauções de segurança para impedir a penetração de material estranho
no interior da turbina (inventário do operador e do material).
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OSTENSIVO CIAA-118/034
1.7 - SALGAMENTO NO CONDENSADOR PRINCIPAL
1.7.1 - Sintoma
Valor elevado de PPM ou EPM no indicador do salinômetro.
1.7.2 - Causas
- Tubo furado no condensador; e
- Engaxetamento de tubo do feixe tubular do condensador em mau estado.
1.7.3 - Efeitos (consequências)
- Salgamento das caldeiras em uso.
- Alastramento do salgamento para todo o sistema caso haja arrastamento nas
caldeiras que salgarem.
1.7.4 - Ações (providências)
a) Se o vazamento é pequeno e a chegada próxima:
- Diminuir o número de caldeiras em atividades; e
- Tratar as caldeiras atingidas mantendo a salinidade dentro dos limites
especificados.
b) Se o vazamento é grande:
- Parar a máquina cujo condensador estiver avariado;
- Mudar a descarga de auxiliares e drenagens para outro condensador, se possível;
- Manter a lubrificação funcionando no eixo afetado e prosseguir com o outro; e
- Pesquisar e tamponar o tubo furado ou reencaixar o engaxetamento em mau estado.
1.8 - MANCAIS AQUECIDOS NA LINHA DO EIXO PROPULSOR
1.8.1 - Sintoma
Temperatura do mancal estava a 180ºF e aumentando 1ºF por minuto.
1.8.2 - Causas
- Lubrificação imprópria ou insuficiente;
- Obstrução na rede de óleo lubrificante;
- Partículas ou sujeiras no óleo lubrificante;
- Resfriamento insuficiente para o resfriador de óleo lubrificante;
- Mancais desalinhados;
- Anel de lubrificação ou superfície dos mancais de sustentação avariados; e
- Perda da película de óleo devido à emulsão do óleo lubrificante.

OSTENSIVO - 1-6 - REV.3


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1.8.3 - Efeitos (consequências)
- Redução de velocidade do eixo afetado;
- Possibilidade do mancal avariar (correr)
- Se o mancal for avariado o eixo correspondente deve ser parado;
- Comprometimento na velocidade e manobra do navio;
- Avaria nas turbinas e engrenagem redutora; e
- Travamento do eixo.
1.8.4 - Ações (providências)
- Disseminar a avaria em toda a Bravo. Inicie o resfriamento superficial (homem que
observou a avaria);
- Mensagem por telefone à ECM pedindo permissão para reduzir a velocidade do eixo
(telefonista);
- Após receber permissão da ECM, homem garganta indica velocidade 1/3 no
telégrafo de ordem da máquina, diminuindo a velocidade e mantendo a garganta de
marcha AV suficientemente aberta, para evitar que o eixo pare;
- O Chefe de Quarto ordena inspeção rigorosa em todos os mancais e verifica os
seguintes itens:
1. Temperatura e pressão de todos os mancais (homem de serviço no estrado
superior);
2. Verificar o nível de óleo no tanque de serviço (homem de serviço nas auxiliares);
3. Recolher uma amostra do óleo (homem de serviço nas auxiliares)
4.Inspecionar o resfriador de óleo lubrificante. Recolher uma amostra de água de
circulação. (homem de serviço nas auxiliares);
5. Aumentar o fluxo de água através do resfriador de óleo lubrificante (homem de
serviço nas auxiliares);
6. Parar o resfriamento superficial (de acordo com a situação);
- Após a normalização das temperaturas, informe à ECM que está pronto para atender
a qualquer manobra; e
- Continue a inspecionar as temperaturas do mancal, informe ao Chefe de Quarto.
Obs.: Quando tiver sanada a avaria, deve-se aumentar a velocidade em 1/3, 2/3 e
Standard verificando a temperatura do mancal nas diversas velocidades e só
depois informar ao Comando.

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1.9 - VIBRAÇÕES EXCESSIVAS DO EIXO PROPULSOR
1.9.1 - Sintoma
Excesso de entrada de água pela bucha.
1.9.2 - Causas
- Mancais aquecidos;
- Pedestais com parafusos folgados;
- Excesso de entrada de água pela bucha do eixo;
- Alta temperatura do mancal de escora.
1.9.3 - Efeitos (consequências)
Redução de velocidade e dificuldade de manobra.
1.9.4 - Ações (providências)
- Informar a avaria à ECM e solicitar a redução das rotações do eixo afetado de modo
a alcançar o mínimo de rotações em que não haja perigo de avarias materiais
- Permitir que o eixo trabalhe na rotação mais favorável ou travá-lo, se for necessário;
- Investigar a causa e saná-la se possível.
1.10 - NÍVEIS ALTOS DE ÓLEO LUBRIFICANTE NA ENGRENAGEM REDUTORA
1.10.1 - Sintoma
- Indicador de nível do tanque de serviço com leitura excessivamente alta;
- Espuma de óleo lubrificante no respiro da engrenagem.
1.10.2 - Causas
- Válvula de interceptação do tanque de serviço para o tanque de transferência ou
tanque de armazenamento do óleo lubrificante, dando passagem
- Altura incorreta de óleo lubrificante mantida no cárter da engrenagem redutora; e
- Água no sistema de óleo lubrificante da máquina principal.
1.10.3 - Efeitos (consequências)
- Aumento rápido da temperatura do óleo lubrificante;
- Redução da velocidade ou parada da máquina;
- Possibilidade de avaria na engrenagem redutora; e
- Risco de incêndio.
1.10.4 - Ações (providências)
- Disseminar a avaria em toda a Bravo (homem de serviço que observou a avaria);
- Informar por telefone à ECM;
- Reduzir a velocidade;
- Verificar a temperatura dos mancais das turbinas e engrenagens redutoras;
- Colocar o purificador na linha;
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- Verificar e corrigir as causas do nível alto;
- Retirar uma amostra do óleo lubrificante e verificar se contém água;
- Guarnecer equipamento de controle de incêndio, como prevenção;
- Após o reparo no sistema retornar à rotação do eixo solicitada pelo comando; e
- Informar por mensagem telefônica à ECM;
1.11 - TRAVAMENTO E DESTRAVAMENTO DO EIXO PROPULSOR
1.11.1 - Sintoma
Ruído anormal.
1.11.2 - Causas
- Perda de pressão de óleo lubrificante no sistema principal;
- Ruído surdo na engrenagem redutora principal;
- Ruído metálico nas turbinas principais;
- Eixo propulsor vibrando excessivamente em todas as velocidades.
1.11.3 - Efeitos (consequências)
- Redução da manobrabilidade e velocidade máxima possível do navio, quando o
eixo estiver sendo travado ou quando travado;
- Possibilidade de ocorrer avarias no sistema de propulsão (turbinas, redutoras,
mancais etc.) se o eixo não for travado a tempo.
1.11.4 - Ações (providências)
a) Parar e travar o eixo:
- Mensagem por telefone à ECM pedindo permissão para travar o eixo
(telefonista). Coloque o telégrafo de ordem da máquina em STOP;
- O Chefe de Quarto toma posição junto à catraca, de modo que possa ser visto
pelo homem da garganta. Deverá ir com o Chefe de Quarto mais um homem
para guarnecer o freio;
- A ECM manda reduzir a rotação do outro eixo não afetado para a velocidade de
travamento (por convenção 100 RPM);
- Fechar a válvula de garganta da turbina de marcha AV após o eixo começar a
ser arrastado, comece a admitir vapor na turbina de marcha AR até que o eixo
pare (homem de serviço na válvula de garganta segue os sinais do Chefe de
Quarto);
- Após a parada do eixo, efetue o travamento aplicando o freio (auxiliar do Chefe
de Quarto);
- O homem de serviço na válvula de garganta registra a RPM do eixo em
operação e a pressão de vapor no cofre da turbina de marcha AR no momento
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em que parou o eixo;
- Feche a válvula de garganta de marcha AR vagarosamente (homem de serviço
na garganta);
- Mantenha a pressão de óleo lubrificante no sistema;
Obs.: Limite de velocidade do eixo não afetado com outro eixo travado - 8 nós.
São os seguintes os sinais com a mão fechada no momento de travar o eixo:
1. Polegar para cima: eixo girando no sentido de marcha a vante “abra mais a
garganta de marcha à ré”.
2. Polegar para baixo: eixo passou a girar no sentido de marcha à ré “feche mais a
garganta de marcha à ré”.
3. Mão fechada: eixo parado “manter a válvula de marcha à ré nesta posição”.
4. Após o eixo parar, o homem que controla o travamento conta até 5 (equivalente
a 5 segundos) para se certificar que o eixo está realmente parado e, só após este
tempo, mantendo os olhos no eixo e a mão fechada, dá a ordem ao homem da
catraca em voz alta “travar o eixo”.
5. Após receber o pronto “catraca engatada” ou ”engrazada”, o homem de
controle faz o sinal para o homem da válvula de garganta, com a mão
espalmada e na horizontal, simulando como se estivesse cortando o próprio
pescoço. Este fecha, então, a válvula de garganta devagar e registra a RPM do
eixo em operação e a pressão do vapor no cofre da turbina de marcha a ré no
momento em que parou o eixo.
6. “Quando a válvula de garganta de marcha à ré for fechada, o homem que vai
controlar o travamento mantém-se afastado da catraca”.
b) Para destravar o eixo:
- Mensagem por telefone à ECM pedindo permissão para destravar o eixo e
colocar a velocidade do eixo que estiver na linha igual à anotada;
- Comece a abrir a válvula de garganta da turbina de marcha AR até alcançar a
pressão no cofre igual à anotada (homem de serviço na garganta);
- Avise para o Chefe de Quarto que a pressão no cofre de vapor da turbina de
marcha AR está igual à anotada para que este inicie o destravamento;
- Deixe o eixo ser arrastado;
- Certificar-se que o sistema de lubrificação está funcionando;
- Mensagem à ECM informando que está pronto para atender a qualquer rotação;
- Após o pronto da instalação e o destravamento, o eixo não pode ficar parado por
mais de três minutos.
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OSTENSIVO CIAA-118/034
1.12 - AVARIAS NA BOMBA DE CIRCULAÇÃO PRINCIPAL (BCIP)
1.12.1 - Sintoma
Perda de pressão na descarga hidráulica da BCIP.
1.12.2 - Causas
- Avaria nas válvulas de aspiração ou descarga para o mar;
- Avaria no regulador da BCIP; e
- Avaria nos mancais por: Obstrução na rede de óleo lubrificante, Resfriamento
insuficiente para o resfriamento do OL, Partículas ou sujeiras no OL e Mancais
desalinhados.
1.12.3 - Efeitos (consequências)
- Redução da manobrabilidade e velocidade máxima possível do navio;
- Possibilidade de avaria no condensador principal se as manobras não forem
executadas a tempo; e
- Queda de vácuo por superaquecimento.
1.12.4 - Ações (providências)
- Disseminar a avaria em toda a Bravo;
- Informar por telefone à ECM;
- Fechar a garganta de marcha AV e indique STOP no telégrafo de manobra;
- Comunicar a descarga das auxiliares para a atmosfera;
- Fechar a descarga das auxiliares para o condensador principal;
- Simultaneamente, abrir a descarga das auxiliares para o resfriador de dreno;
- Solicitar à ECM para interligar a descarga das auxiliares;
- Isolar para a atmosfera quando estiver interligada;
- Colocar as auxiliares elétricas, e em seguida, parar as auxiliares a vapor;
- Isolar a BCIP para o reparo necessário; e
- Efetuar o reparo seguindo as causas do item 1.12.2.

1.13 - PERDAS DE PRESSÃO NA REDE DE ÓLEO LUBRIFICANTE DAS


TURBINAS PRINCIPAIS
1.13.1 - Sintoma
Pressão na rede de OL caindo.
1.13.2 - Causas
- Sujeira, trapo ou matéria estranha, devido a falta de limpeza do sistema;
- Tubo furado;
- Falha da bomba elétrica de lubrificação forçada após falha na bomba que estava em
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OSTENSIVO CIAA-118/034
funcionamento; e
- Queda de pressão de vapor.
-
1.13.3 - Efeitos (consequências)
- Possíveis aquecimentos de mancais e avarias de mancais e engrenagens redutoras;
- Redução, pelo menos momentânea, da velocidade.
1.13.4 - Ação (providências)
- Informar ao chefe de quarto (disseminar);
- Fechar a válvula de garganta;
- Parar o eixo com a válvula de garganta de marcha ré;
- Verificar se a bomba elétrica de lubrificação forçada entrou em funcionamento
automaticamente e, no caso afirmativo, colocar o sistema na linha;
- Travar o eixo se não for possível colocar outra bomba de lubrificação forçada e
isolar a unidade propulsora;
- Avisa à ECM simultaneamente com a ação;
- Procurar restabelecer a pressão do óleo lubrificante;
- Inspecionar por tato e visualmente, todos os mancais e procurar verificar se houve
aquecimento excessivo ou anormal;
1.14 – AUMENTO DE SALINIDADE NA ÁGUA DA CALDEIRA
1.14.1 - Sintoma
Presença de salgamento da caldeira através da analise feita na água da caldeira.
1.14.2 - Causas
- Vazamento por tubo ou engaxetamento nos condensadores;
- Salgamento de um tanque de drenagem proveniente do salgamento das drenagens
dos grupos destilatórios, drenagem da selagem ou furo no próprio tanque de
reserva;
- Vazamento ou furo no resfriador de água de análise das caldeiras.

1.14.3 - Efeito (consequência)


Possível arrastamento e projeção.
1.14.4 - Ação (providências)
- Informar à ECM;
- Pesquisar a causa e procurar corrigi-la;
- Fazer tratamento na caldeira de acordo com as análises (resultado obtido);
- Executar extrações de superfície com intervalos suficientes para que os sólidos
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venham a precipitar-se;
- Se a salinidade for muito elevada reduzir a razão de combustão. Caso não seja
possível, apagar e isolar a caldeira retirando-a de linha para melhor tratamento e
informa à ECM, dando também a causa da avaria.
1.15 - AVARIA NO TANQUE AQUECEDOR DESAREJADOR (TAD)
1.15.1 - Sintoma
Vazamento pela junta da rede de aspiração da bomba de recalque principal.
1.15.2 - Causas
- Desatenção do pessoal de serviço;
- Funcionamento inadequado da bomba de condensado ou recalque;
- Válvulas manuais de recirculação do sistema de condensado na posição de aberto;
- Ruptura do tanque;
- Vazamento na rede de alimentação (ou ruptura);
- Ruptura do indicador de nível;
- Admissão de água fria no TAD; e
- Alta pressão no TAD.
1.15.3 - Efeitos (consequências)
- O desarejamento do sistema de alimentação não será realizado;
- Água baixa na caldeira - bombas de alimentação e recalque principais poderão
disparar caso à avaria não seja contornada;
- Possível não atendimento às RPM solicitadas pelo passadiço; e
- Perigo físico para o pessoal de serviço se houver ruptura do TAD devido à grande
quantidade de vapor na praça. Será necessário evacuar a bravo.
- Caso necessário interligar o sistema da seguinte forma:
1. Condensado.
2. Alimentação.
3. Descarga das auxiliares.
4. Drenagem de alta pressão.
1.15.4 - Ação (providência)
- Isolar totalemente o TAD;
- Mensagem por telefone à B#2 e Comando;
- Passar a carga elétrica para o DGE;
- Desarmar o TG(s) e fechar a válvula de admissão de vapor do mesmo;
- Fechar a válvula de garganta das turbinas parando a máquina e isolando a planta de
vapor;
OSTENSIVO - 1-13 - REV.3
OSTENSIVO CIAA-118/034
- Interligar as plantas de vapor na seguinte ordem:
1. Vapor auxiliar.
2. Vapor para o TG.
3. Vapor principal.
- Colocar o eixo na catraca (atenção que o eixo não pode ficar parado por mais de
três (3) minutos); e
- O chefe de quarto ordenará os reparos necessários no TAD;
- Após a prontificação do reparo, pedir permissão ao Comando para acender a
caldeira e colocar a instalação “em cima”;
- Separar as plantas da seguinte forma:
1. Vapor principal.
2. Vapor para o TG.
3. Vapor auxiliar.
- Testar o TAD e
- Mensagem por telefone ECM dando o pronto.
1.16 - MANCAIS AQUECIDOS NA ENGRENAGEM REDUTORA DAS TURBINAS
1.16.1 - Sintoma
Temperatura em um mancal a 155º F.
1.16.2 - Causas
- Filtro sujo
- Obstrução na rede de óleo lubrificante
- Partículas ou sujeiras no óleo lubrificante
- Resfriamento insuficiente para o resfriador de óleo lubrificante
- Mancais desalinhados ou avariados
- Vazamento excessivo de vapor de selagem sobre o mancal
1.16.3 - Efeitos (consequências)
- Redução da máxima velocidade do navio; e
- Possibilidade de perda da propulsão (avaria no mancal).

1.16.4 - Ações (providências)


- Disseminar a avaria em toda bravo. Iniciar o resfriamento superficial (homem que
observou a avaria) e monitorar a temperatura do mancal
- Mensagem por telefone ao comando informando a avaria e pedir permissão para
reduzir a velocidade do eixo (telefonista)
- Após a permissão, o homem da garganta inicia a redução de velocidade de 30 em
OSTENSIVO - 1-14 - REV.3
OSTENSIVO CIAA-118/034
30 RPM após cada indicação de aumento da temperatura, até uma velocidade que a
temperatura estabilize.
- O Chefe de Quarto ordena inspeção rigorosa em todos mancais e verifica os
seguintes itens:
1. Temperatura, pressão e fluxo de óleo lubrificante de todos os mancais (homem
de serviço no estrado superior)
2. Verificar o nível de óleo no tanque de serviço ( homem de serviço no estrado
superior)
3. Trocar e inspecionar os filtros de óleo lubrificante verificando se há partículas
metálicas. Recolher uma amostra do óleo.
4. Inspecionar o resfriador de óleo lubrificante. Recolher uma amostra de água de
circulação (homem de serviço na lubrificação)
5. Aumentar o fluxo de água através do resfriador de óleo lubrificante (reduzindo o
tempo de saída do óleo lubrificante no resfriador em 5ºF) e aumentar a pressão
da BOL (bomba de óleo lubrificante) em 5 psi.
- Após a normalização das temperaturas, solicitar permissão para aumentar a
velocidade de 30 em 30 RPM para testar os mancais
- Continuar a inspecionar a temperatura do mancal e se estiver safo, informar ao
Comando que a máquina esta pronta para atender qualquer manobra
- Se a temperatura do mancal exceder 180ºF ou a diferença de temperatura entre a
entrada e saída de óleo lubrificante para os mancais chegar a 50ºF, o eixo deve ser
parado e travado imediatamente, informado ao Comando.
1.17 - GRANDE VAZAMENTO DE ÓLEO LUBRIFICANTE
1.17.1 - Sintoma
Queda brusca de indicador de nível do tanque de óleo lubrificante de serviço.
1.17.2 - Causas
- Juntas ou flanges defeituosos ou avariados;
- Avarias em equipamentos do sistema de óleo lubrificante;
- Ruptura da rede;
- Avaria na carcaça ou tampas de inspeção da ER (engrenagem redutora);
- Vazamento no purificador; e
- Operação incorreta dos filtros de óleo lubrificante.
1.17.3 - Ações (providências)
- Parar máquina e travar o eixo;
- Disseminar a avaria para as praças de máquinas e Comando;
OSTENSIVO - 1-15 - REV.3
OSTENSIVO CIAA-118/034
- Após o travamento parar as bombas de óleo lubrificante;
- Guarnecer equipamento de combate a incêndio e preparar para alagar o porão com
espuma;
- Colocar a instalação "em baixo"; e
- Após o cumprimento dos itens acima efetuar o reparo utilizando, se for o caso, o kit
de percintagem.
1.18 - EXCESSIVA PRESSÃO NA DESCARGA DA BOMBA DE ÓLEO
LUBRIFICANTE
1.18.1 - Sintoma
Aumento de pressão do sistema de óleo lubrificante para os mancais das turbinas e
engrenagem redutora.
1.18.2 - Causas
- Falha do regulador da bomba fazendo-a disparar;
- Redes entupidas ou obstruídas; e
- Filtros ou ralos entupidos ou obstruídos.
1.18.3 - Efeitos (consequências)
- Possibilidade de avarias nas máquinas desde que este aumento na pressão da
bomba provoque um decréscimo de pressão em alguma outra parte do sistema; e
- Mancais com excesso de lubrificação e espumação de óleo.
1.18.4 - Ações (providências)
- Disseminar, apropriadamente, informações e registros;
- Trocar, transferir e inspecionar os ralos e filtros de óleos;
- Inspecionar os mancais quanto as temperaturas e ao fluxo de óleo;
- Verificar as redes de óleo lubrificante do sistema quanto a obstruções, tais como:
válvulas fechadas etc.;
- Corrigir as causas do desarranjo incluindo a inspeção da bomba e regulador da
bomba para uma operação apropriada; e
- Observar as precauções de segurança.
1.19 - ÁGUA ALTA NA CALDEIRA, PROCEDIMENTOS NA PRAÇA DE
MÁQUINAS
1.19.1 - Sintoma
Arrastamento na caldeira.
1.19.2 - Causas
- Desatenção do pessoal de serviço; e
- Perda de controle da alimentação.
OSTENSIVO - 1-16 - REV.3
OSTENSIVO CIAA-118/034
1.19.3 - Efeitos (consequências)
- Avaria no mancal de escora e empalhetamento das turbinas principais, auxiliares e
turbo geradores;
- Perda de pressão de vapor;
- Possível avaria nas juntas das redes de vapor; e
- Parada do eixo. (Obs.: A caldeira apaga e isola).
1.19.4 - Ações (providências)
- Fechar a válvula garganta e indicar “Stop” no telégrafo de manobras, informando
ao Comando;
- Abrir as drenagens de todas as turbinas e redes (inclusive das bombas)
- Passar a carga elétrica para o DGE e desarmar o TG.
- Colocar a instalação “em baixo”;
- Inspecionar todas as turbinas (principais, TGs e bombas) para se certificar sobre
avarias e medir todas as folgas axiais dos rotores;
- Trocar e inspecionar os filtros de O.L;
- Se o CHEMAQ chegar à conclusão que não houve arrastamento, colocar o eixo na
catraca no sentido de marcha a ré; e
- Efetuar a extração de superfície.
Obs.: Água alta na caldeira pode provocar o desbalanceamento das turbinas.
1.20 - MANCAIS AQUECIDOS NO TURBO GERADOR
1.20.1 - Sintoma
Diferença de temperatura entre a entrada e a saída do óleo lubrificante no mancal
próxima de 50ºF.
1.20.2 - Causas
- Insuficiente pressão de óleo lubrificante para os mancais;
- Rede de entrada ou saída de óleo lubrificante para o mancal obstruída;
- Óleo lubrificante sujo ou contaminado;
- Mancal em más condições;
- Mau funcionamento do resfriador;
- Desalinhamento dos rotores, engrenagens ou eixos;
- Nível alto de óleo lubrificante no TG;
- Excessivo vazamento de vapor de selagem; e
- Excessiva pressão de óleo lubrificante.
1.20.3 - Efeitos (consequências)
- Retirada de carga do TG;
OSTENSIVO - 1-17 - REV.3
OSTENSIVO CIAA-118/034
- Redução de velocidade;
- Destruição do mancal; e
- Avaria na engrenagem redutora, turbina ou eixo do TG.
1.20.4 - Ações (providências)
Se a temperatura, mesmo acima do normal, não excede 180º F e a diferença da
temperatura de entrada e saída do óleo lubrificante, no mancal não atingir 50º F.:

- Disseminar o problema na BRAVO;


- Estabelecer um homem de serviço para acompanhar a temperatura do mancal;
- Inspecionar a temperatura de entrada e saída do resfriador (saída normal entre 120º
F e 130º F);
- Inspecionar e purgar o resfriador;
- Monitorar a temperatura de todos os mancais, bem como o fluxo de óleo nos
visores;
- Verificar e anotar a folga axial do rotor;
- Verificar o nível do óleo lubrificante do cárter;
- Colocar (se for o caso) um defletor no vapor de selagem para afastá-lo do mancal;
- Dirigir uma saída de ventilação para o mancal afetado.

Obs.:
- Qualquer interrupção de fluxo de óleo lubrificante para os mancais deve ser tratada
como “perda de pressão” e o TG deve ser DESARMADO e PARADO.
- Se a temperatura se tornar incontrolável e continuar a subir (máxima 180ºF e
diferença entre a entrada e saída maior que 50ºF):
- Solicitar permissão ao Chefe de Quarto para retirar a carga do TG;
- Informar as praças de máquinas e Comando sobre a avaria;
- Transferir a carga para outro gerador;
- Reduzir a velocidade do TG afetado.
- “Não parar o TG até que a temperatura seja realmente considerada incontrolável,
para evitar que o mancal cole no eixo”.
- À medida que for reduzida a velocidade, monitorar a temperatura e o fluxo do óleo
lubrificante;
- Trocar e inspecionar os filtros de óleo lubrificante;
- Aplicar trapos úmidos sobre o mancal e redes de óleo lubrificante;
- “O resfriamento muito rápido da tampa e carcaça pode causar a contração do metal
OSTENSIVO - 1-18 - REV.3
OSTENSIVO CIAA-118/034
e a conseqüente redução da folga do mancal”; e
- Pesquisar a causa da avaria e efetuar o reparo.

1.21 - VAZAMENTOS DE ÓLEO LUBRIFICANTE NO TURBO GERADOR (TG)


1.21.1 - Sintoma
Nível baixo no cárter, fazendo o alarme soar (alarme de baixa pressão de O.L).
1.21.2 - Causas
- Juntas ou redes avariadas;
- Rachaduras na engrenagem redutora;
- Operação incorreta dos filtros de óleo lubrificante;
- Excessiva pressão no sistema do óleo lubrificante; e
- Nível alto do óleo no cárter do TG.
1.21.3- Efeitos (consequências)
- Perda de pressão de óleo lubrificante no TG;
- Retirada do gerador de linha em emergência (antes passar a carga elétrica, se
possível);
- Parada do TG; e
- Incêndio classe BRAVO.
1.21.4 - Ações (providências)
Obs.:
- Qualquer interrupção no fluxo de óleo deve ser tratada como “perda de pres são”.
- Desarmar o TG;
- Disseminar a avaria na B-2 e informar ao Comando;
- Colocar defletores (trapos, papelão etc.) para evitar que o óleo atinja superfícies
quentes;
- Isolar o condensador do TG afetado;
- Preparar o DGE de serviço para entrar na linha a fim de receber a carga elétrica do
TG afetado;
- Quando a pressão de óleo lubrificante do TG cair a 4 psi, operar a bomba manual.
(se a operação da bomba ocasionar alto risco de incêndio, não operar).
- Guarnecer o equipamento de incêndio, como segurança, no estrado superior e
inferior. (neste último, preparar para cobrir o estrado inferior e o porão com
espuma); e
- Investigar a causa da avaria, disseminar e pedir permissão para efetuar o reparo.

OSTENSIVO - 1-19 - REV.3


OSTENSIVO CIAA-118/034

1.22 - INCÊNDIO CLASSE BRAVO EM PRAÇAS DE MÁQUINAS


1.22.1 - Sintoma
Fumaça e/ou fogo em uma das praças de máquinas.
1.22.2 - Causas
- Óleo no porão;
- Trapos ou estopas sujos de graxa; e
- Combinação dos elementos do triângulo do fogo (líquido inflamável, temperatura
de ignição e ar para suportar a combustão).
1.22.3 - Efeitos (consequências)
- Avaria ou destruição de equipamentos vitais e suprimentos; e
- Danos ao pessoal por queimaduras e inalação de fumaça.
1.22.4 - Ações (providências)
- Disseminar o incêndio e combater de imediato o fogo;
- Preparar o DGE de serviço para receber carga;
- Se na praça de caldeiras, apagar e isolar a caldeira; se possível, cumprir todos os
procedimentos previstos (nesta situação, o pessoal da praça de máquinas agirá
como se fosse “perda de pressão de vapor”).
- Se o incêndio for na praça de máquinas, fechar a válvula de garganta e desarmar os
TGs, e colocar a instalação em “baixo”.
Obs.:
- Se houver tempo, passar a carga para o DGE, depois parar os TG e parar o eixo
colocando-o na catraca (se indicado);
- Em qualquer bravo, conduzir o pessoal com equipamento disponível para combater
o incêndio de modo agressivo;
- mantenha adequada ventilação;
- Colocar outra bomba de incêndio na linha;
- Procurar manter pressão negativa na bravo para evitar que a fumaça se espalhe;
- Informe à ECCAV e Rep-I sobre a localização do incêndio e a situação da bravo;
- O Rep-I estabelecerá os limites do incêndio (ECCAV pode alterá-los) e
providenciará a contenção;
- Os compartimentos adjacentes e próximos devem estar com a ventilação em “alta”
e a extração em “baixa”. (o compartimento ficará pressurizado para evitar entrada
de fumaça);
- Os circuitos elétricos da BRAVO afetada devem ser desalimentados para prevenir
OSTENSIVO - 1-20 - REV.3
OSTENSIVO CIAA-118/034
choques e explosão;
- O líder da cena de ação poderá solicitar alimentação de equipamentos específicos,
iluminação e alguns circuitos limitados para ajudar no combate ao fogo, entretanto,
a segurança do pessoal é prioritária.
- Poderá ser solicitada a ajuda parcial do Reparo I para isolar a área afetada e assistir
ao pessoal da Bravo;
- Se o incêndio estiver fora de controle, tentar continuar a combatê-lo até a chegada
do Reparo;
- Se não for possível, determinar o guarnecimento dos EEBD (máscara de saída de
emergência - duração e tempo igual há 15 minutos) e a evacuação do pessoal pelo
local mais fácil e isolar a Bravo. Fechar a válvula de intercepção de AFFF;
- Disseminar “incêndio fora de controle/Bravo evacuada”.

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OSTENSIVO CIAA-118/034

ANEXO A

BIBLIOGRAFIA

1. BRASIL. Centro Adestramento Almirante Marques Leão. Lista de Verificação MAQ - 004
do DIAsA. Rio de Janeiro, [19-].

OSTENSIVO - A-1 - REV.3

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