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Standard Operational
Procedures
C-150/152
1ª Edição
Agosto / 2020
SOP ACPE – C-150 E C-152
INTRODUÇÃO
Este Manual foi elaborado em parceria com os instrutores e a direção do ACPE. Tem
o objetivo de complementar os demais manuais, trazendo as especificidades de cada modelo
para a realização dos exercícios previstos no plano de instrução.
O estudo desse documento deve ser feito conjuntamente com o Manual do Aluno, o
Manual de Manobras e Procedimentos, o manual do fabricante da aeronave e seu respectivo
checklist, sendo indispensável para um treinamento embasado nos preceitos de segurança e
padronização.
SOP ACPE – C-150 E C-152
CONTROLE DE REVISÃO
ÍNDICE
1. INSPEÇÃO PRÉ-VOO
1.1. COMBUSTÍVEL
Quantidade de combustível - CHECADA
A quantidade mínima para 1 hora de voo local é de 50 litros (25 em cada asa),
considerando o consumo médio de 20L/h. 1 hora de instrução + 15 minutos para voo
até a alternativa de SBRF + 30 minutos de voo + combustível não utilizável.
Observar se o valor medido na vareta já desconta o não utilizável.
Medir pela vareta, inserindo-a no tanque de combustível na posição vertical segurando
comfirmeza para que não caia dentro do tanque; bloquear a passagem de ar e verificar a
respectiva marcação. Fazer a conversão da medição para litros.
Para navegações, decolar de SIFC sempre com tanque cheio. De outras localidades,
observar a quantidade prevista para o destino + alternativa + 30´ de voo (voos VFR).
Checar as tampas dos tanques bem fechadas e alinhadas com a fuselagem.
A vareta de verificação do combustível e o coletor de drenos devem ser guardados nos
bolsos atrás do assento.
1.2. ÓLEO
O nível deve estar acima de 4 qts com o motor frio, ou igual a 4qts com motor quente.
Caso abaixo deste parâmetro deve ser completado pelo aluno, sob supervisão do INVA.
Na operação de instrução, o nível de 5 US qts não deve ser excedido a fim de evitar
possível perda de óleo pelo respectivo suspiro.
1.3. CALÇOS
Colocados na roda do trem principal esquerdo, facilitando a visualização pelo aluno.
Após sua remoção, guardar na bolsa presente no bagageiro da aeronave.
1.4. INTERIOR DA AERONAVE
Magnetos – DESLIGADOS.
Verificar a seleção da chave dos magnetos em “DESLIGADO” (todo para a esquerda) e
a chave fora do contato.
PERIGO
Caso o magneto esteja ligado, o motor poderá acionar com um simples movimento
na hélice durante o cheque na inspeção externa.
Instrumentos – CHECADOS.
Verificar manualmente a bússola e no inclinômetro quanto a vazamentos.
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2. PROCEDIMENTOS NORMAIS
2.1. PARTIDA / APÓS PARTIDA
Freios – APLICADOS
Manter sempre os pedais de freios aplicados para a partida, mantendo até o táxi.
Starter/Magnetos – ACIONAR E DEIXAR AMBOS
Segurar a manete de potência com a mão direita e a acionar o starter com a esquerda;
Prosseguir o acionamento do starter pelo tempo máximo de 7 segundos;
Caso não acione: aguardar 30 segundos para a nova partida.
Aliviar imediatamente o starter quando ocorrer o acionamento.
Pressão – ARCO VERDE (min. 30 PSI) em até 30s
Caso isto não ocorra, desligar o motor levando rapidamente a manete da mistura para
a posição de corte.
Flapes – RECOLHER CHECANDO SIMETRIA.
Comandar para a posição “EM CIMA”, observando o recolhimento simétrico (olhar
para os flapes por dentro da janela traseira).
2.2. TÁXI
Usar os freios diferenciais para as curvas mais apertadas. Para tal, alinhar os pedais e
usar o freio para o lado que desejar curvar.
Mistura – CHECAR.
Reduzir a potência para 1500 RPM;
Reduzir totalmente a manete de mistura até início da falha do motor;
Ao passar por 1000 RPM, retornar à posição RICA.
Potência – MARCHA LENTA.
Reduzir totalmente a potência e verificar a RPM estável entre 600 e 800 RPM.
Briefing de decolagem e emergência – REALIZAR.
Briefing de Decolagem
Vamos taxiar até a lateral da cabeceira (mais adequada, conforme o vento – observar
pela biruta), onde efetuaremos o cheque de segurança. Vamos realizar uma decolagem
normal, flap XX (recolhido ou em 10o, conforme a missão e o peso da aeronave) aliviar a
trequilha com 50kt, rodar com 60kt e acelerar para subir com 70kt (65 Kt, caso use os
flapes). Após 500ft faremos o cheque decolagem e livraremos o eixo da pista.
Briefing de Emergência
Se durante a corrida houver mínimos operacionais não atingidos, perda da reta ou
obstáculo na pista, abortamos a decolagem reduzindo toda a potência e aplicando freios
conforme necessário para parar na pista. Se for passar do final da pista efetuaremos
cavalo-de-pau aproando o vento que está vindo (de esquerda ou direita; observar a biruta)
utilizando simultaneamente freio, aileron e leme.
Pane após a decolagem abaixo de 500ft com pista suficiente, pousaremos na pista e
aplicaremos freios. Sem pista suficiente, pouso em frente com curvas de no máximo 45°
para livrar obstáculos.
Pane acima de 500ft, retornaremos para a pista curvando para o lado (direito ou
esquerdo conforme o vento – observar na biruta), contra o vento.
Em caso de pane real os comandos ficam com o instrutor e o aluno fará a leitura do
checklist de emergência.
2.5. DECOLAGEM
Potência – 2000 RPM e checar instrumentos.
Checar os instrumentos do motor (pressão e temperatura do óleo) na faixa verde.
Em ambas, observar o alcance e a manutenção da RPM máxima durante a corrida.
Decolagem normal:
Soltar os freios e continuar acelerando até a posição máxima;
Acelerar o motor de forma contínua e efetiva até o máximo;
Ao atingir 50kt, puxar o manche suavemente para aliviar o peso do nariz; rodar a
aeronave com 60kt e estabelecer uma velocidade de subida de 70kt.
Decolagem curta:
No briefing de decolagem comandar os flapes para 10 o;
Conferir a posição dos flapes em 10o no cheque de segurança;
Acelerar para a potência máxima ainda com os freios acionados;
Ao atingir 50kt, puxar o manche suavemente para aliviar o peso do nariz; rodar a
aeronave com 60kt e estabelecer uma velocidade de subida de 65kt.
2.7. NIVELAMENTO/CRUZEIRO
Potência – 2200 a 2300 RPM. Em instruções na área, reduzir para 2300 RPM.
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4. VOO PLANADO
Estabelecer a atitude de melhor razão de planeio - 65Kt.
ATENÇÃO
O INVA deve aplicar rajadas de motor a cada 30” (prevenção de falhas)
5. CURVAS
Pequena inclinação
Referência: Ponta da asa do lado da curva no
horizonte ou pouco abaixo.
Média inclinação
Referência: Montante paralelo ao solo.
Grande inclinação
Aplicar 100 RPM a mais, inclinando
aproximadamente 45º.
Referência: horizonte cortando a raiz da asa
com o montante abaixo da linha do horizonte.
9. ESTOIS:
Estol sem motor: Início na velocidade mínima de 70 Kt.
Na recuperação, reduzir gradualmente o motor para a potência de cruzeiro (2300
RPM) ao superar a velocidade de 55kt,
Estol com motor:
2º Tipo - 45 O cabrados (manche no horizonte); 3 O Tipo - 60º (pedais no horizonte).
Reduzir o motor para 1500 RPM após estabilizar na atitude.
Na recuperação, cabrar com as asas niveladas de forma efetiva e constante ao superar
a velocidade de 55kt, reduzindo gradualmente o motor para 2300 RPM.
10. GLISSADAS
Velocidade: 65 Kt
Glissada alta: Utilizar os flapes recolhidos
Glissada na final: Podem ser utilizados os flapes, desde por um curto período de
tempo, evitando esforços estruturais desnecessários.
Preparação Padrão:
Potência: 2300 RPM / Mistura rica;
Avião compensado para 80kt (93 Mph – PR-CJS);
Cintos e suspensórios ajustados e travados / Nada solto / Área livre (”clarear”).
O uso do motor nas recuperações deve ser limitado pelo INVA a 2300 RPM.
360 o na vertical:
Velocidade de planeio: 65 Kt
360 o - Ponto chave 1 - entre 1500 e 1300 ft AGL.
180 o - Ponto chave 2 - entre 1000 e 800 ft AGL.
90 o - Ponto chave 3 - entre 700 e 500 ft AGL.
Após o ponto 3, uso dos flapes: 65kt com flapes em 10° e 60kt a partir de 20°
180 o na vertical:
Ponto chave 1 - entre 1500 e 1300 ft AGL.
Ponto chave 2 - entre 1200 e 1000 ft AGL.
Ponto chave 3 - entre 700 e 500 ft AGL.
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15. DESCIDA
Definida pelo instrutor. Regimes básicos:
o 2300 RPM / razão de 500 ft/min (descida com maior velocidade);
o 2000 RPM / razão de 500 ft/min; ou
o 1500 RPM - Descida em aproximação.
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Vento
Perna contra o vento – pista 18
Pouso curto:
Igual ao pouso com flapes, usando o máximo disponível numa rampa sustentada pela
potência do motor.
17. ARREMETIDAS
Arremetida no ar
Acelerar o motor para a potência máxima.
Com a razão de descida minimizada, recolher os flapes (caso tenham sido utilizados)
uma posição por vez. Se estiver com 40o, recolher inicialmente para 30o; após
estabilizar a aeronave nesta nova condição, para 20 o e, por fim, para 10o, mantendo
esta condição até 500 ft de altura.
Arremetida no solo
Acelerar o motor para a potência máxima.
NOTA
Caso o INVA julgue conveniente o uso dos flapes em 10 o para a nova decolagem,
adotando o perfil da decolagem curta, assumirá o controle de sua alavanca após o aluno
ter comandado o recolhimento.
PERIGO
Nas aeronaves C150 não retornar o comando do do flape para a posição “neutro” até
atingir a altura de segurança (500 ft). Um erro de posicionamento para baixo pode levar a
um abaixamento inadvertido dos flapes, prejudicando a subida da aeronave.
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22. NAVEGAÇÕES
Ficha de Peso e Balanceamento previamente preenchida. Apresentar ao INVA.
Usar o modelo fornecido pelo ACPE.
Planejamento do voo (Ficha de Navegação):
o Velocidade de cruzeiro: 85 Kt / Consumo: 20 Lt/hora
Cruzeiro: ajustar a mistura acima de 5000 Ft, observando o indicador de RPM.
Descida: levar a mistura para rica ao iniciar.
Bons voos!