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Atualização

para Condutores
de Veículo de
Transporte de
Emergência

Educação Profissional
Atualização
para Condutores
de Veículo de
Transporte de
Emergência
Diretoria Executiva Nacional
Gerência Executiva de Desenvolvimento Profissional
Educação Profissional
Atualização para Condutores de Veículo de Transporte de Emergência
Material do aluno

A redação e as imagens aqui apresentadas não substituem as publicações do Conselho Nacional


de Trânsito - CONTRAN.

Novembro/2021

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www.sestsenat.org.br

Curso on-line – Atualização para Condutores de


Veículo de Transporte de Emergência: material do aluno.
– Brasília: SEST/SENAT, 2021.
84 p. : il. – (EaD)

1. Trânsito – legislação. 2. Primeiros socorros.


3. Acidente de trânsito. 4. Relações humanas. I. Serviço
Social do Transporte. II. Serviço Nacional de Aprendizagem
do Transporte.

CDU 656:614.882
ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO
DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA
Apresentação.......................................................................................................................................9
MÓDULO I - LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO..........................................................................13
1. Retomada dos conteúdos do curso de especialização....................................................14
1.1. Código de Trânsito Brasileiro (CTB)............................................................................14
1.2. Categorias de habilitação e sua relação com os veículos conduzidos........................15
1.3. Sinalização viária.............................................................................................................16
1.3.1. Sinalização vertical..............................................................................................17
1.3.2. Sinalização horizontal........................................................................................17
1.3.3. Dispositivos auxiliares........................................................................................18
1.3.5. Sinais sonoros......................................................................................................18
1.3.6. Gestos do agente de trânsito e do condutor.....................................................18
1.4. Infrações, crimes de trânsito, penalidades e medidas administrativas......................19
1.5. Regras gerais de estacionamento, parada, conduta e circulação................................22
1.6. Legislação específica sobre o transporte de emergência.............................................24
2. Atualização sobre resoluções, leis e outros documentos legais promulgados
recentemente ..........................................................................................................................29
Resumindo.........................................................................................................................................30
MÓDULO II - DIREÇÃO DEFENSIVA...................................................................................35
1. A direção defensiva como meio importante para a segurança do condutor, dos
passageiros, dos pedestres e demais usuários do trânsito .................................................36
1.1. Acidentes de trânsito.......................................................................................................36
1.1.1. Condições adversas de luz.................................................................................37
1.1.2. Condições adversas de tempo (clima)..............................................................37
1.1.3. Condições adversas na via.................................................................................37
1.1.4. Condições adversas do tráfego..........................................................................38
1.1.5. Condições adversas dos veículos.......................................................................38
1.1.6.Condições adversas dos condutores..................................................................38
1.1.7. Condições adversas dos passageiros.................................................................39
1.2. Como ultrapassar e ser ultrapassado.............................................................................39
1.3. Colisões............................................................................................................................39
2. A responsabilidade do condutor de veículos especializados de dirigir defensivamente.
..................................................................................................................................................40
2.1. Os cinco elementos da condução defensiva.................................................................40
2.1.1. Conhecimento.....................................................................................................40
2.1.2. Atenção................................................................................................................40
2.1.3. Previsão................................................................................................................41
2.1.4. Decisão.................................................................................................................41
2.1.5. Habilidade............................................................................................................41
2.2. Comportamento seguro na condução de veículos especializados.............................41
3. Atualização dos conteúdos trabalhados durante o curso, relacionando teoria e prática
..................................................................................................................................................42
4. Estado físico e mental do condutor, consequências da ingestão e consumo de bebida
alcoólica e substâncias psicoativas.......................................................................................43
Resumindo.........................................................................................................................................46
MÓDULO III - Noções de primeiros socorros, respeito ao meio ambiente e convívio social
..................................................................................................................................................51
1. Retomada dos conteúdos trabalhados no curso de especialização, estabelecendo a
relação com a prática vivenciada pelos condutores no exercício da profissão ...............52
1.1. Primeiros socorros..........................................................................................................52
1.1.1. Sinalização do local do acidente........................................................................53
1.1.2. Distância para sinalizar o local de acidente ....................................................54
1.1.3. Acionamento de recursos...................................................................................54
1.1.4. Verificação das condições gerais de vítima de acidente..................................55
1.1.5. O que não fazer com a vítima?..........................................................................56
1.2. O veículo como agente poluidor do meio ambiente....................................................56
1.2.1. Emissão de gases e partículas (fumaça)............................................................57
1.2.2. Emissão sonora...................................................................................................57
1.2.3. Poluição das águas..............................................................................................58
1.3. Efeito estufa e a destruição da camada de ozônio........................................................59
1.4. O projeto Despoluir do Sistema CNT...........................................................................59
1.4.1. Avaliação veicular ambiental ............................................................................60
1.4.2. Avaliação da qualidade do diesel ......................................................................60
1.4.3. Serviço de orientação ambiental ao transportador ........................................60
1.5. Manutenção preventiva do veículo para preservação do meio ambiente ................60
2. Atualização de conhecimentos..........................................................................................61
2.1. Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve) .61
2.2. Programa Nacional de Coleta e Destinação de Pneus Inservíveis.............................62
Resumindo.........................................................................................................................................63
MÓDULO IV - RELACIONAMENTO INTERPESSOAL........................................................67
1. Atualização dos conhecimentos desenvolvidos no curso..............................................68
1.1. Aspectos do comportamento e de segurança na condução de veículos de
emergência..............................................................................................................................68
2. Retomada de conceitos......................................................................................................69
2.1. Comportamento solidário no trânsito..........................................................................69
2.2. Responsabilidade do condutor em relação aos demais atores do processo de
circulação ...............................................................................................................................71
3. Relação da teoria com a prática.........................................................................................72
4. Principais dificuldades vivenciadas e alternativas de solução.......................................74
Resumindo.........................................................................................................................................76
Referências.........................................................................................................................................78
Comprometido com o desenvolvimento do transporte no país, o SEST SENAT oferece um
programa educacional que contribui para a valorização cidadã, o desenvolvimento profissional,
a qualidade de vida e a empregabilidade do trabalhador do transporte por meio da oferta de
diversos cursos que são desenvolvidos nas unidades operacionais do SEST SENAT em todo o
Brasil.
Sempre atento às inovações e às demandas por uma educação profissional de qualidade, o SEST
SENAT reestruturou todo o portfólio de materiais didáticos e de apoio aos cursos presenciais
da instituição, adequando-os às diferentes metodologias e aos tipos de cursos, alinhando-os
aos avanços tecnológicos do setor, às tendências do mercado de trabalho, às perspectivas da
sociedade e à legislação vigente.
Esperamos, assim, que este material, que foi desenvolvido com alto padrão de qualidade
pedagógica, necessário ao desenvolvimento do seu conhecimento, seja um facilitador do
processo de ensino e aprendizagem.
Bons estudos!
APRESENTAÇÃO
Prezado(a) aluno(a),
Desejamos-lhe boas-vindas ao curso Atualização para condutores de veículo de transporte
de emergência! Vamos trabalhar juntos para desenvolver novos conhecimentos e aprofundar
as competências que você já possui!
Este curso é destinado aos condutores que já atuam no transporte de enfermos e vítimas de
acidentes de trânsito, independentemente do veículo utilizado e da categoria de sua Carteira
Nacional de Habilitação – CNH (“B”, “C”, “D” ou “E”). Os outros requisitos necessários são:
• ser maior de 21 (vinte e um) anos;
• não estar cumprindo pena de suspensão do direito de dirigir, cassação da CNH, pena
decorrente de crime de trânsito, bem como não estar impedido judicialmente de exercer
seus direitos.
O curso foi desenvolvido em quatro módulos que seguem criteriosamente o estabelecido nas
resoluções do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Os módulos são: legislação de trânsito;
direção defensiva; noções de primeiros socorros, respeito ao meio ambiente e convívio social;
e relacionamento interpessoal.
Esperamos que este curso seja muito proveitoso para você! Nosso intuito maior é o de apresentar
dicas, conceitos e soluções práticas para ajudá-lo a resolver os problemas encontrados no seu
dia a dia de trabalho.
Bons estudos!
MÓDULO I
LEGISLAÇÃO DE
TRÂNSITO
MÓDULO I
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO

1. Retomada dos conteúdos do


curso de especialização

2. Atualização sobre resoluções, leis e outros


documentos legais promulgados recentemente
14

MÓDULO I - LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO

Você se lembra das determinações do Código


de Trânsito Brasileiro (CTB)? E das infrações e
penalidades previstas pelo CTB, você se recorda?
Lembra-se da legislação específica para o transporte
de emergência?

São esses assuntos que trataremos no Módulo I do curso Atualização para condutores de veícu-
los de emergência,
emergência com o objetivo de retomar conceitos, conteúdos e temas tratados no curso
de especialização feito por você e atualizá-lo sobre novas leis e regras referentes à legislação de
trânsito.

1. RETOMADA DOS CONTEÚDOS DO CURSO DE


ESPECIALIZAÇÃO

1.1. Código de Trânsito Brasileiro (CTB)


Para você se tornar um ótimo condutor de emergência, é preciso conhecer algumas regras,
por exemplo: quais os tipos de habilitação que existem e que relação isso tem com o veículo
conduzido; que documentos são obrigatórios portar, tanto do condutor quanto do veículo; o
que o condutor não pode fazer ao dirigir e que punição terá se violar a lei.
Compreender leis não é uma tarefa muito simples, não é mesmo? Mas vamos ajudá-lo nessa
compreensão. A primeira coisa a saber é que leis são regras impostas pelo Estado para organizar
a sociedade. Com o trânsito não é diferente. As leis de trânsito são regras para garantir a
segurança de todos e punir quem não as respeita.
O Brasil possui um conjunto de leis que regem e disciplinam o trânsito nas vias terrestres.
A principal delas é a Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de
Trânsito Brasileiro (CTB). Além do CTB, existe a legislação complementar, as resoluções do
Conselho Nacional de Trânsito (Contran), as portarias do e outras regulamentações estaduais
e municipais.
15

O CTB está em constante atualização. Para ver as úl-


timas atualizações, acesse-o diretamente na página
do Planalto.
Lei n. 9.503/97

1.2. Categorias de habilitação e sua relação com os veículos


conduzidos
Os condutores de veículos de transporte de emergência devem portar o original da Carteira
Nacional de Habilitação (CNH), devendo estar habilitados em uma das categorias, “B”, “C”,
“D” e “E”, de acordo com o veículo de emergência que conduzem.

Os condutores de veículos de transporte de emergência também deverão


portar o comprovante de realização do curso especializado para essa catego-
ria. O condutor deverá portar o certificado até ser emitida uma nova CNH,
na qual conste que ele está habilitado para esse transporte.

A Resolução do Contran n. 205/2006, e


suas alterações, estabelece os documentos
de porte obrigatório e também determina
que esses documentos devam ser os
originais. Em relação à documentação do
veículo, é obrigatório portar o Certificado
de Registro e Licenciamento de Veículo
(CRLV), que comprova o recolhimento dos
impostos, das taxas e das multas devidas
por parte do proprietário do veículo.
Em 2017, tivemos a regulamentação da Carteira Nacional de Habilitação eletrônica (CNH-e).
A versão digital da Carteira Nacional de Habilitação (CNH-e) armazena todas as informações
da CNH impressa, garantindo a autenticidade do documento. A CNH-e só pode ser gerada
para os condutores que possuem a última versão da CNH impressa, que conta com um QR
Code (CNHs emitidas a partir de maio de 2017).
O condutor que possuir uma CNH sem QR Code pode solicitar a 2ª via de sua CNH física ou
a renovação da CNH, se o documento estiver próximo ao vencimento. Caso solicite algum
tipo de alteração de dados no documento de habilitação, a CNH alterada também será emitida
com QR Code. A versão digital é gratuita e opcional.
16

A CNH digital possui a mesma validade do documento de habilitação impresso e funciona por
meio de um aplicativo de celular gratuito. O documento é acessível off-line, sem necessidade
de conexão wi-fi ou dados móveis habilitados.
A versão impressa continuará sendo emitida normalmente, mas o condutor poderá dirigir
apenas com a CNH-e, que é válida em todo território nacional. Nesse caso, deverá atentar
para o funcionamento do smartphone, já que, para efeitos de fiscalização, se o aparelho estiver
descarregado, será considerado que a CNH não está sendo portada. O condutor será autuado
com base no artigo 232 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB):
Art. 232 – Conduzir veículo sem os documentos de porte obrigatório referidos neste Código:
Infração: leve (3 pontos);
Penalidade: multa (R$ 88,38);
Medida administrativa: retenção do veículo até a apresentação do documento.

Somente um dispositivo poderá estar conectado à CNH digital, não sendo


possível o acesso por meio de um celular que não esteja vinculado ao cadas-
tro do condutor no Denatran. Em caso de perda ou furto/roubo do celular,
o condutor deverá bloquear a CNH-e no Portal de Serviços do Denatran.
É possível também habilitar o novo celular para o qual a CNH digital será
transferida.

1.3. Sinalização viária


O Capítulo VII do CTB trata da sinalização necessária para orientar os condutores e os
pedestres sobre a forma correta de circulação, garantindo melhor fluidez no trânsito e maior
segurança para veículos e pedestres. Esse capítulo é complementado pela Resolução n. 160 do
Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que aprova o Anexo II do CTB.
Art. 89 A sinalização tem a seguinte ordem de prevalência:
- as ordens dadas pelos agentes de trânsito prevalecem sobre as normas de circulação e
outros sinais;
- as indicações dos semáforos têm preferência sobre os demais sinais;
- as indicações dos sinais prevalecem sobre as demais normas de trânsito.
1.3.1. Sinalização vertical
17

Esse tipo de sinalização viária utiliza placas, em que o meio de comunicação (sinal) está na
posição vertical, fixadas ao lado ou suspensas sobre a pista, transmitindo mensagens de caráter
permanente e, eventualmente, variáveis, por meio de legendas e/ou símbolos conhecidos e
legalmente instituídos.
Para conhecer todas as placas de sinalização verti-
cal, você poderá acessar o manual na biblioteca do
curso ou no site do Denatran.
Vertical de regulamentação Vertical de advertência
Vertical de indicação

1.3.2. Sinalização horizontal


A sinalização horizontal utiliza linhas, marcações, símbolos e legendas pintados ou apostos
sobre o pavimento das vias. Suas funções são organizar o fluxo de veículos e pedestres,
controlar e orientar os deslocamentos em situações com problemas de geometria, topografia
ou obstáculos e complementar a sinalização vertical.

Você poderá acessar o manual completo de sinaliza-


ção horizontal na biblioteca do curso ou no site do
Denatran.
Resolução n. 236/2007
18

1.3.3. Dispositivos auxiliares


Os dispositivos auxiliares são elementos aplicados ao pavimento junto à via ou nos obstáculos
próximos, de forma a tornar mais eficiente e segura a operação da via.

Conheça também o Manual de sinalização vertical


de advertência, disponível na biblioteca do curso ou
no link abaixo:
Manual de sinalização

1.3.4. Sinalização semafórica


Composta por indicações luminosas, acionadas alternada ou intermitentemente por meio de
sistema elétrico/eletrônico, cuja função é controlar os deslocamentos.
A sinalização semafórica divide-se em dois grupos: regulamentação e advertência.

1.3.5. Sinais sonoros


O sinal sonoro é aquele emitido por um agente da autoridade de trânsito e somente deve ser
utilizado junto com os gestos dos agentes. Esses sinais sonoros são emitidos, por exemplo,
quando um guarda de trânsito está em um semáforo e quer mudar a direção do trânsito.

A Resolução n. 704/2017 estabelece padrões e critérios para a sinalização se-


mafórica com sinal sonoro para travessia de pedestres com deficiência visual.

O semáforo com sinal sonoro, destinado a informar às pessoas com deficiência visual os
períodos de verde, de vermelho intermitente e de vermelho fixo dos semáforos de pedestres,
deve operar segundo padrões e critérios definidos nessa resolução.

1.3.6. Gestos do agente de trânsito e do condutor


Os gestos dos condutores são movimentos convencionais de braço, adotados para orientar ou
indicar que vão efetuar uma manobra de mudança de direção, redução brusca de velocidade
19

ou parada. Já os gestos dos agentes são movimentos de braço, adotados para orientar, indicar o
direito de passagem dos veículos ou pedestres ou emitir ordens. Suas ordens prevalecem sobre
as regras de circulação e as normas definidas por outros sinais de trânsito.
Além dos tipos de sinalização descritos, existem a sinalização complementar e a sinalização
de obras.

A sinalização viária definida pelo CTB está reunida


em seu Anexo II e foi aprovada pela Resolução n.
160/2004, do Contran, disponível no seguinte ende-
reço:
Anexo II do CTB

1.4. Infrações, crimes de trânsito, penalidades e medidas


administrativas
De acordo com o art. 161 do CTB, constitui infração de trânsito a inobservância, a qualquer
preceito, do Código, da legislação complementar ou das resoluções do Contran, tornando
o infrator sujeito a penalidades e medidas administrativas, além das punições previstas no
Capítulo XIX do Código.

No Capítulo XV do CTB, estão apresentadas as in-


frações de trânsito. Consulte os artigos 162 a 255 do
documento, disponível em:
Lei n. 9.503/97

O art. 256 do CTB define as seguintes penalidades para os infratores:


I - advertência por escrito;
- multa;
- suspensão do direito de dirigir;
IV - revogado;
V - cassação da Carteira Nacional de Habilitação - CNH;
VI - cassação da Permissão para Dirigir;
VII - frequência obrigatória em curso de reciclagem;
20

Todo condutor de veículo automotor envolvido em acidente de trânsito ou


que for alvo de fiscalização de trânsito, sob suspeita de haver excedido os li-
mites de álcool no sangue, será submetido a testes de alcoolemia que permi-
tam certificar seu estado de embriaguez, conforme artigos 165 e 306 do CTB
e Resolução n. 432 do Contran.

O CTB traz uma classificação das infrações cometidas no trânsito pelos condutores e pedestres.
De acordo com o art. 259, a cada infração cometida, são computados os seguintes pontos na
CNH do condutor:

Gravidade Pontos Valores (R$)


Leve 3 88,38
Média 4 130,16
Grave 5 195,23
Gravíssima 7 293,47
Tabela 1: Gravidade e valores de multas.
Fonte: Brasil (1997)

Gravidade Pontos Valores (R$)


Gravíssima (3x) 7 880,41
Gravíssima (5x) 7 1.467,35
Gravíssima (10x) 7 2.934,70
Tabela 2: Multas gravíssimas e valores.
Fonte: Brasil (1997)

Segundo a Lei n. 14.071/20, condutores que exerçam atividade remunerada


em veículo e que atingirem, no período de um ano, 30 pontos por infrações
de trânsito, poderão participar de curso preventivo de reciclagem. Após a
participação no referido curso, o condutor terá eliminados os pontos que lhe
tiverem sido atribuídos, para fins de contagem subsequente. O motorista que
optar pelo curso preventivo de reciclagem não poderá fazer nova opção durante
o período de 12 meses.
21

Ainda conforme o disposto no art. 261 do CTB e na Resolução n. 844/2021 do Contran, a


penalidade de suspensão do direito de dirigir será imposta nos seguintes casos:
I - Sempre que, conforme a pontuação prevista no art. 259 deste Código, o infrator
atingir, no período de 12 (doze) meses, a seguinte contagem de pontos;
a) 20 (vinte) pontos, caso constem 2 (duas) ou mais infrações gravíssimas na pontuação;
b) 30 (trinta) pontos, caso conste 1 (uma) infração gravíssima na pontuação;
c) 40 (quarenta) pontos, caso não conste nenhuma infração gravíssima na pontuação;
Nesses casos, o prazo de suspensão pode variar de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e no caso
de reincidência no período de 12 (dose) meses, de 8 (oito) meses a 2 (dois) anos;
II - Por transgressão às normas estabelecidas neste Código, cujas infrações preveem, de
forma específica, a penalidade de suspensão do direito de dirigir.
Nesses casos, o prazo de suspensão pode variar de 2 (dois) a 8 (oito) meses, exceto para
as infrações com prazo descrito no dispositivo infracional, e, no caso de reincidência no
período de 12 (doze) meses, de 8 (oito) a 18 (dezoito) meses, exceto para as reincidências
que geram a cassação do documento de habilitação, conforme inciso II do art. 263 do CTB.
No caso do condutor que exerce atividade remunerada ao veículo, a contagem de prevista
para a aplicação da penalidade de suspensão do direito de dirigir será de 40 (quarenta) pontos,
independentemente da natureza das infrações cometidas
Dependendo da situação, há infrações que, mesmo se cometidas uma única vez, podem
acarretar a suspensão do direito de dirigir. Nesses casos, dependendo das circunstâncias da
infração, a suspensão será por tempo determinado e até o condutor regularizar sua situação.

Os condutores precisam estar conscientes das circunstâncias que agravam as


penalidades dos crimes de trânsito, pois algumas estão relacionadas ao seu
trabalho. O CTB trata dos crimes de trânsito no Capítulo XIX, do artigo 291
ao 312. O art. 291 determina que aos crimes cometidos na direção de veícu-
los automotores, previstos no CTB, aplicam-se as normas gerais do Código
Penal e do Código de Processo Penal, se esse capítulo não dispuser de modo
diverso, tal como a Lei n. 9.099, de 26 de setembro de 1995, no que couber.
22

1.5. Regras gerais de estacionamento, parada, conduta e


circulação

Em geral as regras de estacionamento, parada, conduta e circulação são


para que o condutor deixe de praticar (abstenha-se) todo ato que repre-
sente perigo ou obstáculo para o trânsito de veículos, de pessoas ou de ani-
mais, ou ainda cause danos a propriedades públicas ou privadas. Também é
proibido obstruir o trânsito ou torná-lo perigoso, atirando, depositando ou
abandonando na via objetos ou substâncias.

Especialmente no caso dos condutores de veículo de emergência, essas regras são muito
importantes. Devido à necessidade de conduzir o veículo com a devida presteza, e sendo
necessário chegar ao destino onde a pessoa aguarda para ser transportada - e após, chegar ao
local onde ela receberá atendimento -, tanto numa situação quanto na outra a parada precisa
ser segura e eficiente, e também a sinalização do condutor para os demais condutores cederem
espaço deve ser correta.
De acordo com o art. 26 do CTB, os usuários das vias terrestres devem:
I - abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou obstáculo para o trânsito de
veículos, de pessoas ou de animais, ou ainda causar danos a propriedades públicas ou
privadas;
II - abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo perigoso, atirando, depositando ou
abandonando na via objetos ou substâncias, ou nela criando qualquer outro obstáculo.
O art. 29 apresenta diversas normas para circulação e conduta de veículos nas vias
terrestres. De maneira resumida, o artigo define que:
I - a circulação far-se-á pelo lado direito da via, admitindo-se as exceções devidamente
sinalizadas;
II - o condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu e os
demais veículos, bem como em relação ao bordo da pista;
III - terá preferência de passagem:
a) no caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia, aquele que estiver circulando
por ela;
b) no caso de rotatória, aquele que estiver circulando por ela;
23

c) nos demais casos, o que vier pela direita do condutor.


IV- quando houver várias faixas na pista, as da direita são destinadas ao deslocamento
dos veículos mais lentos, e as da esquerda, destinadas à ultrapassagem e ao deslocamento
dos veículos de maior velocidade;
V - o trânsito de veículos sobre passeios, calçadas e nos acostamentos só poderá ocorrer
para que se adentre ou se saia dos imóveis ou de áreas especiais de estacionamento.

De acordo com o art. 61, a velocidade


máxima permitida para a via será
indicada por meio de sinalização,
obedecidas as suas características
técnicas e as condições de trânsito.

Onde não existir sinalização, a velocidade máxima será de:

I - Nas vias urbanas


80 (oitenta) quilômetros por hora, nas vias de trânsito rápido;
60 (sessenta) quilômetros por hora, nas vias arteriais;
40 (quarenta) quilômetros por hora, nas vias coletoras;
30 (trinta) quilômetros por hora, nas vias locais;
II - Nas vias rurais
1. Nas rodovias de pista dupla:
• 110 (cento e dez) quilômetros por hora para automóveis, camionetas e motocicletas
(Redação dada pela Lei n. 13.281/2016);
• 90 (noventa) quilômetros por hora para demais veículos;
2. Nas rodovias de pista simples:
• 100 (cem) quilômetros por hora para automóveis, camionetas e motocicletas;
• 90 (noventa) quilômetros por hora para os demais veículos.
3. Nas estradas, 60 (sessenta) quilômetros por hora para todos os veículos.
24

Transitar pela faixa exclusiva de ônibus é infração gravíssima.


O condutor soma 7 pontos na CNH. Essas punições estão previstas na Lei n.
13.154/2015. Porém, os transportes de emergência, como as ambulâncias,
podem transitar por faixas exclusivas, desde que cumpram as condições do
art. 29 do CTB.

Além dessas normas gerais, o CTB define outras para


se reduzir a velocidade do veículo, frear, parar ou es-
tacionar. Existem normas também para o uso das lu-
zes do veículo e de buzina. Consulte o documento,
disponível em:
Lei n. 9.503/97
Assista à reportagem sobre o assunto:
Link para o Vídeo

Dirigir falando ou manuseando o celular também é infração! Segundo o art. 252, parágrafo
único: a hipótese prevista no inciso V caracterizar-se-á como infração gravíssima no caso de
o condutor estar segurando ou manuseando telefone celular.
Infração - gravíssima; redação dada pela Lei n. 13.281/ 2016.
Penalidade - multa.

Anualmente, registram-se cerca de 1,3 milhão de acidentes por ano


relacionados ao uso do celular. Aproximadamente 80% dos motoristas
admitem que utilizam o aparelho ou outras tecnologias que geram distração
enquanto dirigem (PORTAL DO TRÂNSITO, 2015). Lembre-se de que, ao
falar ao celular, você desvia a sua atenção e o seu tempo de reação será muito
maior, aumentando as chances de ocorrência de acidentes.

1.6. Legislação específica sobre o transporte de emergência


Pode-se dizer que um dos pontos mais importantes sobre a legislação relacionada à condução
de veículos de emergência, sem dúvidas, é a que se refere ao trânsito de veículos nas vias
terrestres abertas à circulação. As regras relacionadas ao trânsito de veículos nas vias terrestres,
abertas a circulação obedece a algumas normas, previstas, principalmente, no art. 29 do CTB,
conforme segue:
25

Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às
seguintes normas:
I - a circulação far-se-á pelo lado direito da via, admitindo-se as exceções devidamente
sinalizadas;
II - o condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu e os
demais veículos, bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento,
a velocidade e as condições do local, da circulação, do veículo e as condições climáticas;
III - quando veículos, transitando por fluxos que se cruzem, se aproximarem de local não
sinalizado, terá preferência de passagem:
a) no caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia, aquele que estiver circulando
por ela;
b) no caso de rotatória, aquele que estiver circulando por ela;
c) nos demais casos, o que vier pela direita do condutor.
IV - quando uma pista de rolamento comportar várias faixas de circulação no mesmo
sentido, são as da direita destinadas ao deslocamento dos veículos mais lentos e de maior
porte, quando não houver faixa especial a eles destinada, e as da esquerda, destinadas à
ultrapassagem e ao deslocamento dos veículos de maior velocidade;
V - o trânsito de veículos sobre passeios, calçadas e nos acostamentos, só poderá ocorrer
para que se adentre ou se saia dos imóveis ou áreas especiais de estacionamento;
VI - os veículos precedidos de batedores terão prioridade de passagem, respeitadas as
demais normas de circulação;
VII - os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de polícia, os de
fiscalização e operação de trânsito e as ambulâncias, além de prioridade no trânsito,
gozam de livre circulação, estacionamento e parada, quando em serviço de urgência, de
policiamento ostensivo ou de preservação da ordem pública, observadas as seguintes
disposições: (Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020) (Vigência)
a) quando os dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação intermitente
estiverem acionados, indicando a proximidade dos veículos, todos os condutores deverão
deixar livre a passagem pela faixa da esquerda, indo para a direita da via e parando, se
necessário; (Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020) (Vigência)
b) os pedestres, ao ouvirem o alarme sonoro ou avistarem a luz intermitente, deverão
aguardar no passeio e somente atravessar a via quando o veículo já tiver passado pelo
local; (Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020) (Vigência)
26

c) o uso de dispositivos de alarme sonoro e de iluminação vermelha intermitente só


poderá ocorrer quando da efetiva prestação de serviço de urgência;
d) a prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá se dar com velocidade reduzida
e com os devidos cuidados de segurança, obedecidas as demais normas deste Código;
e) as prerrogativas de livre circulação e de parada serão aplicadas somente quando os
veículos estiverem identificados por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e
iluminação intermitente; (Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020) (Vigência)
f) a prerrogativa de livre estacionamento será aplicada somente quando os veículos
estiverem identificados por dispositivos regulamentares de iluminação intermitente;
(Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020) (Vigência)
Na sequência, no Inciso VIII do art. 29, o Código de Trânsito Brasileiro determina que os veículos
prestadores de serviços de utilidade pública, quando em atendimento na via, gozam de livre
parada e estacionamento no local da prestação de serviço, desde que devidamente sinalizados,
devendo estar identificados conforme a Resolução Contran n. 268/08 e suas alterações.
Logo, para facilitar a compreensão, elaboramos uma tabela com características de veículos de
emergência e de utilidade pública, em que podemos diferenciá-los claramente.
27

VEÍCULOS PRESTADORES DE
VEÍCULOS DE EMERGÊNCIA
SERVIÇOS DE UTILIDADE PÚBLICA
• Luz VERMELHA intermitente. • Somente com luz AMARELO- ÂMBAR.
• Lanterna especial de emergência AZUL, • Previstos no art. 29 VIII do CTB.
conforme Resolução Contran n. 667/17.
• A instalação do dispositivo de luz
• Alarme sonoro. depende de autorização prévia do órgão
de trânsito estadual e constará em campo
• Previstos no art. 29 VII do CTB.
de observações do documento do veículo
• Veículos destinados a socorro de (art. 3º § 2º da Resolução n. 268/08);
incêndio e salvamento, os de polícia, os
• NÃO tem alarme sonoro.
de fiscalização e operação de trânsito, as
ambulâncias e os destinados a serviços • Veículos destinados à manutenção e
de emergências ambientais (art. 1º § 3º reparo de redes de energia elétrica,
da Resolução Contran n. 268/08. de água e esgotos, de gás combustível
canalizado e de comunicações;
• Gozam de prioridade de trânsito e
conservação, manutenção e sinalização
de livre circulação, estacionamento e
viária, quando a serviço de órgão
parada, quando em efetiva prestação de
executivo de trânsito ou executivo
serviço de urgência que os caracterizem
rodoviário; destinados ao socorro
como veículos de emergência, estando
mecânico (guincho) de emergência
neles acionados o sistema de iluminação
nas vias abertas à circulação pública;
vermelha intermitente e alarme sonoro.
veículos esapeciais destinados ao
• Entende-se por prestação de serviço de transporte de valores; serviço de escolta
urgência os deslocamentos realizados (ex: indivisíveis), quando registrados
pelos veículos de emergência, em em órgão rodoviário para tal finalidade
circunstâncias que necessitem de (ex: PRF); veículos especiais destinados
brevidade para o atendimento, sem ao recolhimento de lixo a serviço da
a qual haverá grande prejuízo à administração pública; e os destinados
incolumidade pública. à manutenção e restabelecimento
dos sistemas das linhas e estações
metroferroviárias (Resolução n. 614/16
Contran).
28

• Identificação, localização e forma • Gozam de livre parada e estacionamento


correta de utilização dos dispositivos quando se encontrarem em efetiva
luminosos deverão constar no manual operação no local de prestação dos
do veículo. (Resolução n. 667/17 Art. 2º serviços a que se destinarem, devidamente
§ 3º). identificados pela energização ou
acionamento do dispositivo luminoso
• Não se pode usar luzes estroboscópicas
e utilizando dispositivos de sinalização
(Resolução n. 667/17, art. 2º § 7º).
auxiliar que permita aos outros usuários
da via enxergarem em tempo hábil o
veículo prestador de serviço de utilidade
pública.
• É proibido usar o dispositivo luminoso
durante o deslocamento, exceto para os
veículos de socorro mecânico, serviços
de escolta e os de recolhimento de lixo.
Nota-se que os veículos de emergência se diferem em muitas características dos veículos
normais e dos veículos prestadores de serviços de utilidade pública. Não é só o veículo que
é diferente, o condutor de veículos de emergência também é um profissional diferenciado.
Além de outras competências, atitudes e habilidades, o condutor de veículos de emergência,
de acordo com o art. 145 do CTB, deve preencher alguns requisitos. São eles:
• Ser maior de 21 anos;
• Possuir categoria de CNH compatível com o veículo que irá conduzir;
• Não ter cometido mais de uma infração gravíssima nos últimos 12 meses; e
• Ser aprovado em curso especializado.
Um requisito que as vezes passa despercebido é o de não ter cometido mais de uma infração
gravíssima nos últimos 12 meses. Ter uma infração gravíssima registrada em seu prontuário
nesse período não impede que o condutor realize o curso especializado. Porém, seu prontuário,
onde constam suas infrações, é fator determinante no momento do exercício da profissão.
Logo, cuidado e prudência devem ser, entre outras, qualidades indispensáveis para condutores
de veículos de emergência.
Ainda, cabe ressaltar que, além de evitar o cometimento de infrações, o condutor de veículos
de emergência precisa atentar-se para o prazo de validade de sua CNH e para a validade de
seu curso especializado. De acordo com o art. 145-A, o curso deve ser atualizado a cada cinco
anos, em conformidade com a normatização do Contran.
Também, a título de curiosidade, é interessante que você, futuro condutor de veículos de
emergência, saiba que existem normas que regulamentam inclusive as condições mínimas para
29

projeto, construção e desempenho para os veículos. Como exemplo, podemos citar a ABNT
NBR 14.561, que fixa as condições mínimas exigíveis para projeto, construção e desempenho
de veículos para atendimento a emergências médicas e resgate, descrevendo quais são os
veículos que podem ostentar o símbolo “estrela da vida” e a palavra “resgate”.
Essa norma visa proporcionar um grau de padronização para tornar esses veículos
nacionalmente reconhecidos, de fácil manutenção e, quando tripulado por equipe profissional
adequada, eficientes.
De acordo com a NBR 14.561 os veículos autorizados “estrela da vida” são classificados em
tipos, classes e configurações, sendo:
• TIPOS: I – chassi convencional, tipo caminhão leve com cabina e carroceria; II – furgão
standard, com integração cabina e carroçaria unificados; e III – furgão cortado, cabina e
chassi integrado e uma carroceria modular.
• CLASSES: 1 – veículos 4x2; e 2 – veículos 4x4.
• CONFIGURAÇÃO: A – SAV (Suporte Avançado de Vida); e B – SBV (Suporte Básico de Vida)

2. ATUALIZAÇÃO SOBRE RESOLUÇÕES, LEIS E


OUTROS DOCUMENTOS LEGAIS PROMULGADOS
RECENTEMENTE

A lei de trânsito, normas, resoluções, regulamentos e documentos técnicos


tendem a mudar constantemente no que tange ao trânsito. O trânsito é um
processo que está em constante evolução e, logicamente, os dispositivos ju-
rídicos estão sempre sendo inovados para atender as novas demandas que
vão surgindo.

Esteja sempre atento e procure constantemente atualizar-se sobre essas regras. Afinal, você,
motorista profissional, precisa estar sempre atento. Trata-se das regras de sua atividade laboral.
Que tal um desafio: você sabe quais foram as alterações que ocorreram no CTB desde o seu
último curso? E as resoluções do Contran?
Acesse o Código de Trânsito Brasileiro – CTB em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
l9503compilado.htm
Acesse as resoluções do Contran em: https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/
transito/conteudo-denatran/resolucoes-contran
30

RESUMINDO
Acompanhar a evolução da legislação de trânsito permite ao condutor de veículo
de emergência estar sempre atualizado, sabendo quais são seus deveres e direitos e
evitando muitos problemas durante o exercício de sua atividade profissional.
Se você for motorista profissional empregado, fique atento aos pontos acumulados na
CNH. Isso demonstra o tipo de zelo que está tendo na condução, e o seu empregador
pode ter acesso aos dados.
Reforçando um dos princípios fundamentais das regras de condução: abstenha-se
de todo ato que possa constituir perigo ou obstáculo para o trânsito de veículos, de
pessoas ou de animais, e ainda, causar danos a propriedades públicas ou privadas.
Os condutores de veículos de transporte de emergência devem, obrigatoriamente,
portar o original da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e estar habilitados em
uma das categorias, de B a E.
31

1) A sinalização horizontal de trânsito é pintada sobre o pavimento e utiliza


linhas, marcações, símbolos e legendas. Tem como uma de suas principais
funções a organização do fluxo de veículos e pedestres, sendo muitas vezes
aplicada para complementar a sinalização vertical.
a) Certo.
b) Errado.
2) Sobre a ordem de prevalência na sinalização de trânsito, assinale a
alternativa correta:
a) As ordens dadas pelos agentes de trânsito prevalecem sobre as normas
de circulação e outros sinais.
b) As indicações dos semáforos têm preferência sobre os demais sinais.
c) As indicações dos sinais prevalecem sobre as demais normas de trânsito.
d) Todas as alternativas anteriores estão corretas.
3) O Código de Trânsito Brasileiro traz uma classificação das infrações
cometidas no trânsito pelos condutores. As infrações classificam-se em 4
(quatro) categorias, de acordo com sua gravidade e com a pontuação que
será atribuída à CNH do condutor. As pontuações variam entre 3 e 7 pontos.
a) Certo.
b) Errado.
4) De acordo com o CTB, para dirigir veículos de transporte coletivo de
passageiros, é obrigatório ao condutor:
a) Ter idade superior a 21 anos.
b) Ser habilitado na categoria C.
c) Ter idade superior a 23 anos.
d) Ser habilitado, no mínimo, na categoria B.
MÓDULO II
DIREÇÃO DEFENSIVA
MÓDULO II
DIREÇÃO DEFENSIVA

1. A direção defensiva como meio importante


para a segurança do condutor, dos passageiros,
dos pedestres e demais usuários do trânsito

2. A responsabilidade do condutor de veículos


especializados de dirigir defensivamente

3. Atualização dos conteúdos trabalhados durante


o curso, relacionando teoria e prática

4. Estado físico e mental do condutor,


consequências da ingestão e consumo de
bebida alcoólica e substâncias psicoativas
36

MÓDULO II - DIREÇÃO DEFENSIVA

Conhece o conceito de direção defensiva? Sabe


da sua importância no trânsito? Lembra-se dos
procedimentos para a condução segura?

O condutor tem a responsabilidade de zelar por sua integridade, a do veículo, a dos passageiros
e das demais pessoas envolvidas no trânsito. Neste módulo, vamos retomar os conceitos de di-
reção defensiva, estudar um pouco a respeito dos acidentes de trânsito e suas causas e relembrar
os procedimentos necessários para a condução segura.

1. A DIREÇÃO DEFENSIVA COMO MEIO


IMPORTANTE PARA A SEGURANÇA DO
CONDUTOR, DOS PASSAGEIROS, DOS PEDESTRES
E DEMAIS USUÁRIOS DO TRÂNSITO

A direção defensiva é o modo de dirigir prevendo a possibilidade de que


os acidentes ocorram e agindo instantaneamente para evitá-los. Podemos
também conceituar direção defensiva como um conjunto de princípios e
cuidados com a finalidade de ajudá-lo a se proteger dos danos humanos e/
ou materiais.

1.1. Acidentes de trânsito

De acordo com o IPEA/ANTP (2003), o acidente de trânsito é todo evento


ocorrido na via pública, inclusive calçadas, decorrente do trânsito de ve-
ículos e de pessoas, que resulta em danos humanos e/ou materiais. Com-
preende colisão entre veículos, choque com objetos fixos, capotamentos,
tombamentos, atropelamentos e queda de pedestres e ciclistas.
37

Acidentes acontecem devido a um fator ou a uma combinação de fatores. A direção defensiva


ajuda a prever esses fatores e ensina técnicas para controlá-los. Muitos acidentes são causados
por situações adversas, que são aquelas contrárias ao desejado ou esperado. As principais são
as seguintes:

1.1.1. Condições adversas de luz


A luz deficiente ou em excesso afeta a nossa capacidade de ver ou de sermos vistos. Pode
haver ofuscamento da visão causado pelo farol alto de um veículo em sentido contrário ou
mesmo a luz solar incidindo diretamente nos olhos do condutor ou refletida no para-brisa ou
no espelho retrovisor de outros veículos.

É importante tomar cuidados especiais ao dirigir nos períodos noturnos,


pois a visibilidade humana nesses casos fica reduzida para um sexto em rela-
ção à capacidade visual durante o dia.

1.1.2. Condições adversas de tempo (clima)


Muitos acidentes ocorrem em dias
chuvosos, pois a pista fica escorregadia
e pode ocorrer aquaplanagem ou
hidroplanagem, que é a perda de
controle do veículo em decorrência da
diminuição do atrito e da aderência
dos pneus. Isso faz com que o veículo
derrape e o condutor perca o controle
dele. Ao dirigir com pista molhada ou
em dias chuvosos, diminua a velocidade,
aumente a distância de outros veículos e
não utilize o freio bruscamente.

1.1.3. Condições adversas na via


O desenho geométrico, a largura, o tipo e o estado da pavimentação da pista definem as
velocidades máximas indicadas para cada via. As vias nem sempre estão em bom estado de
38

conservação ou sinalizadas adequadamente, por isso o condutor deve estar sempre atento a
fim de evitar acidentes.

1.1.4. Condições adversas do tráfego


As condições de tráfego envolvem os demais usuários da via. O condutor deve estar atento a
congestionamentos ou trânsito lento resultantes do excesso de veículos e ao trânsito rápido,
pois muitos motoristas ignoram a distância de segurança. Caso ocorra alguma adversidade,
não conseguirão parar a tempo, provocando colisões ou mesmo “engavetamentos”.
Atualmente, por meio de aplicativos no celular, é possível fazer a previsão de toda a rota, com
distância, tempo estimado de viagem e de chegada, desvios, congestionamentos, acidentes,
locais de abastecimento entre outras informações. Antes de sair, é essencial sempre fazer esse
planejamento!
Seu ônibus possui dimensões superiores aos demais veículos, portanto, você precisará de
maior espaço e tempo para executar suas manobras. Considere com atenção os pontos cegos
existentes em seu ônibus antes de efetuar qualquer manobra.

1.1.5. Condições adversas dos veículos


Manter o veículo em bom estado de conservação é dever do condutor. Ele deve verificar,
periodicamente, pneus e estepes, motores, para-brisa e limpadores, combustível e radiadores,
freios desregulados, suspensão desalinhada, direção com folga, sinaleiras e faróis com defeitos,
espelhos mal regulados ou sujos, vazamentos de fluidos etc.
Faça as revisões programadas do veículo para mantê-lo sempre em ótimas condições.

1.1.6.Condições adversas dos condutores


As condições físicas e mentais alteram o modo de dirigir do condutor. Existem fatores físicos
(fadiga, audição e visão) e fatores emocionais e mentais (excitação, capacidade de atenção,
depressão etc.).
Não podemos deixar de mencionar, ainda, que o consumo de substâncias psicoativas, tais
como bebidas alcoólicas, drogas e medicamentos, também afetam a capacidade de conduzir
do motorista.
39

A automedicação é uma prática prejudicial à saúde, visto que pode acarretar


sérias consequências ao organismo e atrapalhar o ato de dirigir. Atenção!
Não se deve tomar medicamentos sem prescrição médica.

1.1.7. Condições adversas dos passageiros


Além dos aspectos psíquicos do próprio motorista, o comportamento dos passageiros
transportados também é importante. Quando está irritado, nervoso ou ansioso, o passageiro
pode contribuir para desviar a atenção do motorista ou para a ocorrência direta de um acidente.

1.2. Como ultrapassar e ser ultrapassado


Quando houver sinalização proibindo a ultrapassagem, não ultrapasse. Ela indica que naquele
trecho não é possível realizar a ultrapassagem de forma segura para você e para os demais
usuários da via.
Nas subidas, só ultrapasse quando estiver
disponível a terceira faixa, destinada aos
veículos lentos. Se não existir essa faixa,
siga todas as orientações anteriores, mas
considere que a potência exigida do seu
veículo vai ser maior do que na pista
plana. Mesmo durante a ultrapassagem,
você não pode exceder a velocidade
máxima permitida naquele trecho da via.

1.3. Colisões
Usualmente, a colisão com outro veículo que está à frente acontece por desatenção do condutor
ou porque ele não obedeceu à distância de seguimento, podendo ocorrer ambos os motivos
simultaneamente. A colisão traseira pode ser evitada avisando corretamente aquilo que pretendemos
fazer, diminuindo a marcha gradualmente e posicionando-nos corretamente na pista.

As colisões frontais são frequentes nas ultrapassagens, quando o veículo que


realiza a ultrapassagem entra na pista contrária. Só ultrapasse se houver visi-
bilidade suficiente e se a faixa de sentido contrário ao seu estiver livre.
40

Muitos condutores afirmam que é mais fácil dirigir em uma rodovia do que nas vias urbanas,
devido à amplitude de visão. Essa informação, sob determinado aspecto, parece coerente, pois
dentro da cidade o condutor cruza muitas vias e não tem visão ampla e, em muitos casos,
construções, bancas de jornal, veículos estacionados irregularmente, árvores, entre outros,
escondem os veículos que passam em sentido transversal.

2. A RESPONSABILIDADE DO CONDUTOR
DE VEÍCULOS ESPECIALIZADOS DE DIRIGIR
DEFENSIVAMENTE

2.1. Os cinco elementos da condução defensiva

Dirigir defensivamente é uma questão de atitude que envolve, principal-


mente, ser capaz de prevenir acidentes, antecipando possíveis situações de
risco e preparando- se para contorná-las.

Para tanto, o condutor defensivo deve dominar os cinco elementos da direção defensiva:
conhecimento, atenção, previsão, decisão e habilidade.

2.1.1. Conhecimento
Dirigir com segurança demanda uma gama de informações que têm de ser aplicadas na
condução de um veículo. A experiência própria é também uma grande e importante fonte de
conhecimentos. É fundamental perceber os riscos e saber como se defender deles. O conjunto
de avisos sobre as condições de dirigibilidade do veículo, o percurso a ser realizado e a real
capacidade do condutor precisam ser considerados na condução veicular.

2.1.2. Atenção
A condução de veículos de grande porte em estradas exige muita atenção do condutor, pois
é necessário observar todos os fatores do trânsito: sinalização, comportamento dos outros
condutores, pedestres, ciclistas, animais, demais veículos não motorizados etc.
41

2.1.3. Previsão
Prever é antecipar situações de perigo, sejam elas mediatas ou imediatas. Se você é capaz de
prever o que pode acontecer em uma viagem e se prepara para isso, você faz uma previsão
mediata. Se você enfrenta a rotina do trânsito e antecipa uma possível situação de perigo, essa
é uma previsão imediata.
Ser preventivo significa lembrar, por exemplo, de verificar as condições do veículo antes de uma
viagem. Um motorista descuidado pode enfrentar sérios problemas, pois não há habilidade na
direção que contorne uma falha mecânica.

2.1.4. Decisão
Uma boa decisão implica o conhecimento das alternativas que se apresentam em uma
determinada situação no trânsito, bem como a capacidade de fazer uma escolha inteligente de
manobra, a tempo de evitar um acidente.
No momento da situação de risco, não pode haver hesitação sob risco de não se tomar a
decisão acertada e se envolver em acidentes. A ação correta é a principal ferramenta da direção
defensiva, uma combinação baseada em conhecimento, atenção e previsão.

2.1.5. Habilidade
A habilidade é desenvolvida por meio do aprendizado e do desenvolvimento constante dos
automatismos corretos. Teoricamente, quanto mais um indivíduo executa uma ação, mais
qualificado ele estará. Porém, essa regra não pode ser considerada para o condutor, pois
a dinâmica do trânsito na prática da direção veicular faz com que ele adquira, de maneira
inconsciente, gestos ou ações incorretas, chamadas de automatismos incorretos.
Adquirir habilidades para conduzir um veículo significa conhecer o automóvel e seus
equipamentos, ter recebido correto e cuidadoso treinamento para manusear os controles e
saber efetuar com sucesso todas as manobras necessárias em cada situação de risco.

2.2. Comportamento seguro na condução de veículos


especializados
Em condições normais, nosso cérebro leva alguns décimos de segundo para registrar as imagens
que enxergamos. Isso significa que, por mais atento que você esteja, existirão situações em que
não será possível observar tudo.
42

Os veículos de grande porte (caminhão e ônibus, por exemplo), em função de suas dimensões,
apresentam uma capacidade de manobra muito limitada quando comparados aos veículos
menores. Assim, todas as manobras, sem exceção, são mais difíceis de executar:
• as curvas precisam ter raios maiores, ou seja, devem ser feitas mais abertas;
• em frenagens, os veículos de grande porte precisam do dobro ou até o triplo da distância
para parar, quando comparados com veículos menores.

3. ATUALIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS TRABALHADOS


DURANTE O CURSO, RELACIONANDO TEORIA E
PRÁTICA
Alguns fatores contribuem para a redução na concentração do condutor:
• usar o telefone celular ao dirigir, mesmo que seja na função viva-voz;
• assistir à televisão ou ao DVD a bordo, enquanto dirige;
• ouvir aparelho de som em volume que não permita escutar os sons do seu
• próprio veículo, dos outros veículos ou dos estudantes;
• realizar leitura ao dirigir (jornais, revistas, mapas, propaganda etc.);
• fumar dirigindo ou ingerir bebidas (refrigerante, café, suco, água);
• transportar animais soltos e desacompanhados no interior do veículo;
• transportar, na cabine, objetos que possam se deslocar durante o percurso.

Geralmente, nós não conseguimos manter nossa atenção durante o tempo


todo enquanto dirigimos. Constantemente, somos levados a pensar em ou-
tras coisas, sejam elas importantes ou não.

Force a sua concentração durante o ato de dirigir, acostumando-se a observar sempre e


alternadamente enquanto dirige:
• as informações no painel e os sinais luminosos;
• os espelhos retrovisores;
• a movimentação de outros veículos em todas as direções;
43

• a movimentação dos pedestres, em especial próximo aos cruzamentos;


• a posição de suas mãos no volante.

4. ESTADO FÍSICO E MENTAL DO CONDUTOR,


CONSEQUÊNCIAS DA INGESTÃO E CONSUMO DE
BEBIDA ALCOÓLICA E SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS
Todo condutor deve realizar exames periódicos e adotar algumas práticas de direção que podem
prevenir doenças, evitar acidentes ou aposentadoria por invalidez. Exemplos: adotar uma
postura adequada ao dirigir; parar o veículo em local seguro; fazer exercícios de alongamento.
Não podemos nos esquecer também da saúde psicológica. A pressão do dia a dia é muito
grande. Isso sem falar dos riscos de acidentes, assaltos e outros eventos indesejáveis.
O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, desenvolvido pelo
Ministério do Trabalho e Emprego - MTE e detalhado na Norma Regulamentadora 7 - NR 7,
tem por objetivos promover e preservar a saúde dos trabalhadores.

Para conhecer melhor as ações do PCMSO, acesse a


biblioteca do curso ou a página do programa no site
do MTE e consulte o documento.
Sobre o PCMSO
Para proteger a saúde dos trabalhadores, a Lei n. 13.103/15 regula a jornada de trabalho dos
motoristas profissionais e o tempo máximo que eles poderão ficar na direção do veículo de
maneira ininterrupta (BRASIL, 2015b).
Essa lei ficou conhecida como “Lei do Caminhoneiro” e define a quantidade máxima de horas
seguidas que o motorista pode dirigir, tornando obrigatórias as paradas de descanso, um
intervalo para as refeições e o tempo de descanso entre um dia e outro de trabalho.

Se quiser conhecer a lei na íntegra, e suas alterações,


acesse: Lei n. 13.103/15

A combinação álcool-volante resulta em situações de muito risco. Grande parte dos acidentes
com vítimas fatais envolve um motorista alcoolizado.
44

Ingerir bebidas alcoólicas ou usar drogas, além de reduzir a concentração,


afeta a coordenação motora, muda o comportamento e diminui o desem-
penho, limitando a percepção de situações de perigo e reduzindo a capaci-
dade de ação e reação do motorista.

O álcool presente na corrente sanguínea


provoca alterações na percepção e nos
reflexos. Uma dosagem excessiva conduz
à perigosa diminuição da percepção e à
total lentidão dos reflexos, diminuindo a
consciência do perigo. Todo condutor em
estado de embriaguez, mesmo que leve,
compromete a sua segurança, a dos demais
usuários da via e a dos passageiros, os quais
estão apostando suas próprias vidas nas
condições desse motorista.
A Resolução n. 583/2016 do Contran revoga a Resolução Contran n. 425, de 27 de novembro
de 2012, e resolve que:
Art. 4º O exame toxicológico realizado em motoristas profissionais do transporte coletivo
de passageiros e do transporte rodoviário de cargas, de que trata a Portaria n. 116, de 13
de novembro de 2015, do Ministério do Trabalho e Previdência Social, será válido para
renovação ou mudança para as categorias C, D e E da Carteira Nacional de Habilitação –
CNH, respeitado o prazo de validade previsto na referida Portaria.
O exame tem o objetivo de identificar o consumo de substâncias psicoativas nos últimos 90
dias, a partir da coleta de material biológico do condutor: cabelo e/ou pelo e, na ausência
destes, pela unha. A coleta deve ser feita nos laboratórios credenciados.

Se no exame for encontrada alguma das substâncias descritas na Portaria


n. 119/2015, o motorista ficará suspenso para dirigir pelo período de três
meses.
45

A Resolução n. 713/2017 do Contran também dispõe sobre o exame toxicológico. Veja em seu artigo 3º:

§4º Para a realização dos exames toxicológicos devem ser


coletadas duas amostras na presença de uma testemunha
devidamente identificada, cujos dados deverão ser
inseridos em campo específico no sistema Renach,
contendo obrigatoriamente nome completo, CPF, nome
de pai e mãe, quando houver, número do documento de
identidade com órgão expedidor e declaração de vínculo
empregatício com o Posto de Coleta Laboratorial ou com
o laboratório credenciado pelo Denatran.

A Lei n. 11.705/2008 (Lei Seca), e suas alterações, modifica os artigos 165, 262, 276, 277 e
306 do CTB. Ela define novas regras para o consumo de bebidas alcoólicas por condutores de
veículos e estabelece sua proibição para todos os condutores, qualquer que seja a quantidade
ingerida.
Veja as alterações dos referidos artigos:
Artigo 165
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses.
Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e retenção do veículo,
observado o disposto no § 4º do art. 270 da Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997 - do
Código de Trânsito Brasileiro.
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de reincidência no
período de até 12 (doze) meses.
Artigo 262 - § 5º O recolhimento ao depósito, bem como a sua manutenção, ocorrerá por
serviço público executado diretamente ou contratado por licitação pública pelo critério de
menor preço.
Artigo 276 - Qualquer concentração de álcool por litro de sangue ou por litro de ar alveolar
sujeita o condutor às penalidades previstas no art. 165.
Parágrafo único. O Contran disciplinará as margens de tolerância quando a infração for
apurada por meio de aparelho de medição, observada a legislação metrológica.
Artigo 277 - O condutor de veículo automotor envolvido em acidente de trânsito ou que for
alvo de fiscalização de trânsito poderá ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro
procedimento que, por meios técnicos ou científicos, na forma disciplinada pelo Contran,
46

permita certificar influência de álcool ou outra substância psicoativa que determine


dependência.
§ 1º (Revogado).
§ 2º A infração prevista no art. 165 também poderá ser caracterizada mediante imagem,
vídeo, constatação de sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração
da capacidade psicomotora ou produção de quaisquer outras provas em direito admitidas.
Artigo 306 - Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão
da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência:
§ 1º As condutas previstas no caput serão constatadas por:
• concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou
superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar; ou
• sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade
psicomotora.
§ 2º A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida mediante teste de alcoolemia,
exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em direito
admitidos, observado o direito à contraprova.
§ 3º O Contran disporá sobre a equivalência entre os distintos testes de alcoolemia para
efeito de caracterização do crime tipificado neste artigo. (NR)

RESUMINDO
O condutor de veículos de grande porte, por exemplo, ônibus e caminhões, ao realizar
manobras, como conversões, ultrapassagens, manobras em cruzamentos, frenagens ou
paradas, deve ser mais cuidadoso do que os outros condutores.
Direção defensiva ou direção segura é a melhor maneira de dirigir e de se comportar
no trânsito.
Algumas atitudes dos condutores podem salvar muitas vidas. É indispensável manter
atenção aos requisitos de segurança, utilizando sempre a direção defensiva a seu favor.
47

1) Direção defensiva é a forma de dirigir, que permite a você reconhecer


antecipadamente as situações de perigo e prever o que pode acontecer
somente com você.
a) Certo.
b) Errado.
2) Em condições normais, o cérebro leva alguns décimos de segundo para
registrar o que se enxerga. Portanto, mesmo um motorista muito atento
pode se envolver em algum acidente.
a) Certo.
b) Errado.
3) Dirigir enquanto se fala ao celular:
a) É sempre perigoso, podendo causar acidentes graves.
b) Não oferece riscos.
c) Não oferece riscos quando você utiliza a função viva-voz.
d) Oferece riscos controlados e pode ajudar a esclarecer dúvidas.
4) A aquaplanagem é uma situação séria que ocorre, principalmente, em
situações de chuva. Quando a pista está molhada, pode ocorrer a perda de
controle do veículo em decorrência da diminuição do atrito e da diminuição
da aderência dos pneus ao solo.
a) Certo.
b) Errado.
MÓDULO III
NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS,
RESPEITO AO MEIO AMBIENTE E
CONVÍVIO SOCIAL
MÓDULO III
NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS, RESPEITO
AO MEIO AMBIENTE E CONVÍVIO SOCIAL

1. Retomada dos conteúdos trabalhados no


curso de especialização, estabelecendo a relação
com a prática vivenciada pelos condutores no
exercício da profissão

2. Atualização de conhecimentos
52

MÓDULO III - NOÇÕES DE PRIMEIROS


SOCORROS, RESPEITO AO MEIO AMBIENTE
E CONVÍVIO SOCIAL

Você conhece as técnicas de primeiros socorros?


Conhece a legislação e a importância do respeito
ao meio ambiente?
Lembra-se das regras de convívio social no
trânsito?

Neste módulo, vamos relembrar a importância de interagir com outras pessoas, respeitar o meio
ambiente e conhecer o papel de cada indivíduo no convívio em grupo, além de retomar os co-
nhecimentos sobre as providências relacionadas aos primeiros socorros.

1. RETOMADA DOS CONTEÚDOS TRABALHADOS


NO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO, ESTABELECENDO
A RELAÇÃO COM A PRÁTICA VIVENCIADA PELOS
CONDUTORES NO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO

1.1. Primeiros socorros

Primeiro socorro é o tipo de atendimento, temporário e


imediato, prestado à vítima de acidente ou mal súbito
antes da chegada do socorro especializado.

Sua finalidade é manter as funções vitais da vítima e evitar o agravamento da situação, até que
a assistência médica e especializada possa chegar ao local. Esse atendimento pode proteger a
pessoa contra maiores danos.
53

Cada acidente é diferente do outro. Por isso, só se pode saber a melhor forma de agir quando
se conhecem as características do acidente. Um veículo em chamas, um local perigoso (uma
curva, por exemplo), vítimas presas nas ferragens, entre outras situações: tudo isso interfere
na melhor forma do socorro.

Durante o atendimento de primeiros socorros, é importante não causar o


chamado segundo trauma, isto é, não ocasionar outras lesões ou agravar as
lesões já existentes.

A sequência das ações a serem realizadas para prestar os primeiros socorros é a seguinte:
1. manter a calma (respire fundo!);
2. garantir a sua segurança;
3. sinalizar o local;
4. solicitar socorro;
5. verificar a situação das vítimas;
6. realizar atendimento pré-hospitalar.
É sempre essencial garantir a segurança do local do acidente antes de se aproximar da
vítima para prestar os primeiros socorros. Muitas vezes, o simples acionamento do socorro
especializado é a melhor e mais segura escolha. Ligue e explique a situação e até mesmo o
motivo pelo qual não parou ou não teve condições de prestar o socorro direto.
A seguir, vamos detalhar os procedimentos básicos que devem ser adotados durante os
primeiros socorros.

1.1.1. Sinalização do local do acidente


Após certificar-se de que é seguro permanecer na área, você deve isolar e sinalizar o local onde
ocorreu o acidente ou a situação de emergência, não permitindo que pessoas ou veículos se
aproximem.

A sinalização deve ser colocada sempre antes do local do acidente e precisa


ser visível. Não adianta colocar a indicação de maneira que as pessoas so-
mente venham a percebê-la ao chegarem perto.
54

1.1.2. Distância para sinalizar o local de acidente


De acordo com a legislação vigente, a distância mínima para sinalização é de 30 metros, porém,
dependendo da velocidade da via e dos veículos que por ela circulam, essa distância pode ser
pequena e, portanto, recomendamos a adoção das seguintes distâncias:

Distância para o
Distância para o
Velocidade máxima início da sinalização
Tipo de via início da sinalização
permitida (sob chuva, neblina,
(em pista seca)
fumaça, à noite)
Vias locais 30 km/h 30 passos longos 60 passos longos
Arteriais 60 km/h 60 passos longos 120 passos longos
Trânsito rápido 80 km/h 80 passos longos 160 passos longos
Rodovias 100 km/h 100 passos longos 200 passos longos
É importante que você, como condutor, saiba avaliar seus limites físicos e de conhecimento.
Não tente transportar um acidentado ou medicá-lo se você não possuir competência técnica
para isso.
O motorista profissional deverá ter como princípio fundamental de sua ação a importância da
primeira e correta abordagem ao acidentado, lembrando que o objetivo é atendê-lo e mantê-lo
com vida até a chegada de socorro especializado ou até a sua remoção para atendimento.

1.1.3. Acionamento de recursos


Os atendimentos de emergência são serviços gratuitos, com números padronizados em todo
o Brasil. Os telefones de emergência mais comuns são:
• 190 Polícia Militar.
• 191 Polícia Rodoviária Federal (para acidentes em estradas e rodovias).
• 192 Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - Samu.
• 193 Resgate do Corpo de Bombeiros.
• 199 Defesa Civil.
• 112 Telefone de emergência da União Europeia.
Procure sempre anotar em lugar acessível o número de emergência da concessionária da
rodovia em que está entrando, quando houver.
55

1.1.4. Verificação das condições gerais de vítima de acidente


A verificação das condições gerais da vítima é feita por duas frentes:
1ª - extra-hospitalar: socorro efetuado no local do acidente, realizado por leigos,
complementado pela equipe do Samu, por bombeiros e equipes de socorro das
concessionárias das rodovias.
2ª - intra-hospitalar: serviço de atendimento de emergência realizado dentro do hospital,
depois que a vítima foi removida do local do acidente.
Exemplo: imagine que houve um acidente de trânsito e a vítima está inconsciente. Inicialmente,
ela recebe um atendimento imediato, chamado de primeiros socorros, o qual será efetuado
por um voluntário leigo. Enquanto ela recebe os primeiros socorros, devem ser acionados os
serviços de socorro especializado, tais como: Samu, bombeiros ou concessionária da rodovia.
Após a chegada da equipe e efetivado o controle da situação, a vítima é deslocada até o hospital.
O serviço de emergência entrega a vítima ao setor de emergência do hospital e a equipe médica
de plantão assume o caso.
Portanto, sua ajuda será essencial no atendimento extra-hospitalar. Ao se aproximar e iniciar
o contato com a vítima, verificando seu estado de consciência, preocupe-se em verificar os
sinais vitais.

Em nosso curso aprendemos noções de primeiros socorros. Para você, mo-


torista profissional, a prioridade sempre deve ser a sua segurança, a dos seus
passageiros e a da vítima. Tome cuidado para não se tornar uma nova vítima
ou agravar ainda mais a situação da pessoa acidentada. Muitas vezes esco-
lher a abordagem e evitar assuntos que estressem a vítima ajudam muito a
mantê-la calma. Verifique se ela está respirando, se está consciente e procure
acalmá-la sempre.

Sua intenção é ajudar, mas muitos procedimentos podem agravar a situação das vítimas. O
que não fazer com ela?
56

1.1.5. O que não fazer com a vítima?


Sua intenção é ajudar e não piorar o estado dela, então:
• Não movimente a vítima ou a retire do local, salvo se ele oferecer algum risco iminente.
Se for preciso movê-la, evite mobilização de fraturas e da coluna.
• Não retire o capacete do motociclista, salvo se ele não estiver respirando por causa de
sangue ou secreções.
• Não aplique torniquete para estancar hemorragias.
• Não aplique ou recomende medicamentos.
• Não fale sobre assuntos que deixarão ela mais nervosa.
• Não a deixe exposta.
• Não dê nada para a vítima tomar ou comer.

1.2. O veículo como agente poluidor do meio ambiente

O meio ambiente é o conjunto de todos os fatores que


afetam diretamente o metabolismo ou o comportamento
dos seres vivos. Esses fatores incluem a luz, o ar, a água, o
solo e os próprios seres vivos, nas suas relações ecológicas.
Mesmo sendo parte da natureza, o homem tem agido
sobre ela de forma irresponsável.
57

Os meios de transporte são responsáveis pela maior parte da emissão de gases e partículas na
atmosfera. No entanto, a poluição gerada pelos veículos não é apenas a poluição do ar.
Entende-se por poluição a deterioração das condições ambientais que pode atingir o ar, a água
e o solo. Esse tema é considerado uma preocupação de caráter internacional, resguardadas as
especificidades de cada local, havendo necessidade de ser abordado de forma sistemática.
Os veículos diesel (2012 acima) saem de fábrica com sistema de redução de gases EGR ou
SCR (arla 32) e utilizam diesel S10, e a alteração desse sistema é crime ambiental e pode gerar
multas administrativas e ambientais

1.2.1. Emissão de gases e partículas (fumaça)


O motor dos veículos transforma o combustível em gases que são lançados ao ar.
Aproximadamente 99% desses gases podem ser considerados inofensivos. No entanto, existe
1% dos gases que é altamente perigoso ao homem e ao meio ambiente. Considerando a
grande frota de veículos automotores no país, essa pequena parcela representa uma enorme
quantidade de gases poluentes.
A poluição do ar também é causada pela evaporação do óleo e do combustível, que ocorre com
o carro parado ou em movimento, devido às variações da temperatura externa e do motor.
O veículo também elimina partículas no ar pelo atrito dos pneus com o asfalto, além das
partículas liberadas pelas pastilhas do freio a disco.
O CTB, em seu art. 97, determina que as características dos veículos, inclusive em relação
às emissões, suas especificações básicas, configuração e condições essenciais para registro,
licenciamento e circulação serão estabelecidas pelo Contran, em função de suas aplicações.
Já no art. 231 o CTB estabelece que transitar com veículo produzindo fumaça, gases ou
partículas em níveis superiores aos fixados pelo Contran é infração grave, prevendo penalidade
de multa e medida administrativa de retenção do veículo para regularização.

1.2.2. Emissão sonora


O veículo não polui apenas o ar. Ele também provoca poluição sonora. Uma pessoa que fica
exposta aos ruídos excessivos dos veículos está sujeita ao estresse precoce, ao desgaste físico e
a outros aborrecimentos, como desequilíbrio emocional, dor de cabeça, zumbido no ouvido,
deficiência auditiva, agitação, irritação, distúrbios gástricos, palpitação, insônia etc.
58

A consequência mais grave da poluição sonora para a saúde humana é a


redução da capacidade auditiva. Muitas pessoas não sabem, mas a perda de
audição é irreversível.

Para tentar reduzir a poluição sonora, o CTB estabelece como infrações o uso prolongado e
sucessivo da buzina, o uso no veículo de equipamentos com som ou volume de frequência que
não sejam autorizados pelo Contran e o uso indevido de aparelho de alarme que produza sons
e ruídos que perturbem o sossego público, entre outras.
De acordo com o art. 227 do CTB, constitui infração leve, com penalidade de multa, usar buzina:
I. em situação que não a de simples toque breve como advertência ao pedestre ou a condutores
de outros veículos;
II. prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto;
III. entre as vinte e duas e as seis horas;
IV. em locais e horários proibidos pela sinalização;
V. em desacordo com os padrões e frequências estabelecidas pelo Contran.

O art. 228 e o art. 229 do CTB estabelecem


outras infrações para o uso de veículo
com equipamento de som em volume não
autorizado e com aparelho de alarme que
produza sons e ruídos em desacordo com
normas fixadas pelo Contran.

1.2.3. Poluição das águas


As águas sofrem com as emissões poluentes veiculares por meio de efluentes dos processos
de lavagem de veículos, troca de óleo e lubrificantes. Os detritos resultantes desses mesmos
processos e o derrame de combustíveis também provocam a poluição do solo.
59

Nesse contexto, o reúso de água, isto é, sua reutilização, com ou sem o devido tratamento,
apresenta-se como uma solução viável.

A água de reúso é imprópria para o consumo, mas pode ser utilizada com di-
versos propósitos, como geração de energia, refrigeração de equipamentos,
lavagem de veículos etc.

1.3. Efeito estufa e a destruição da camada de ozônio


A camada de ozônio é uma camada gasosa que envolve o planeta Terra, protegendo-o dos raios
ultravioletas. Esses raios são nocivos, podendo causar câncer de pele e queimaduras graves se
em contato muito próximo da pele humana.
Cada veículo tem sua parcela de contribuição na poluição existente no nosso planeta. A
poluição causada pelos veículos contribui para o agravamento do efeito estufa. Devido ao fato
de os gases se acumularem na atmosfera, a irradiação de calor da superfície fica nela retida e o
calor não é lançado para o espaço. Assim, essa retenção provoca o efeito estufa artificial.

Se você já conhece o programa Despoluir, da CNT,


vale a pena acessar os boletins deste ano. Eles con-
têm informações referentes ao teor de enxofre no
diesel, ao consumo e ao monitoramento da quali-
dade de combustíveis, ao mercado de biodiesel, às
emissões setoriais de poluentes atmosféricos e seus
efeitos na saúde humana e no meio ambiente.
Eles estão disponíveis na biblioteca do curso ou no
link a seguir.
Despoluir

1.4. O projeto Despoluir


O Despoluir é o maior programa ambiental do transporte no Brasil. Inaugurado em 2007,
por meio de uma parceria entre a CNT e o SEST SENAT, se consolida como orientador dos
transportadores e incentivador de políticas públicas, transformando o transporte brasileiro em
exemplo de setor sustentável. Além de contribuírem para o desenvolvimento sustentável, as
atividades do Despoluir também colaboram para a redução de custos de empresas, caminhoneiros
autônomos e taxistas. Possui mais de 14 anos de atuação, com abrangência nacional.
60

1.4.1. Avaliação veicular ambiental


Com foco especial na saúde dos trabalhadores do setor transportador, essa linha de ação visa
reduzir as emissões de poluentes atmosféricos no transporte rodoviário e promover a melhoria
da qualidade do ar. Para alcançar esses objetivos, são feitas avaliações ambientais em ônibus
e caminhões movidos a diesel, por meio de unidades móveis, além de orientações técnicas,
como manutenção preventiva e corretiva. Os técnicos que operam essas unidades contam
com equipamentos – opacímetro, tacômetro, computador portátil e software personalizado
– para realizarem as avaliações veiculares, com base na resolução Conama n.º 418/2009 e na
instrução normativa Ibama n.º 6/2010. Como forma de incentivo à regularização ambiental,
os veículos que estão em conformidade com as normas recebem o Selo Despoluir.

1.4.2. Avaliação da qualidade do diesel


Serviço gratuito que visa analisar as características do diesel, como o seu aspecto visual e a
sua densidade, com o objetivo de identificar indícios de possíveis inconformidades em sua
composição. Esse procedimento conta com a participação voluntária das empresas e emite
um laudo indicativo de grande valor ao transportador, com os resultados da avaliação. Essa
análise auxilia o transportador na gestão da qualidade do combustível utilizado no seu veículo
e, caso existam sinais de inconformidade, o técnico do Despoluir orientará a empresa quanto
à necessidade de encaminhar o combustível para um laboratório especializado. Dentre os
benefícios, destacam-se a possibilidade de detecção de problemas relacionados à qualidade do
diesel; ganhos de eficiência energética; economia de combustível; conservação dos veículos e
redução de custos com manutenção corretiva.

1.4.3. Serviço de orientação ambiental ao transportador


Visa orientar as empresas do transporte rodoviário a desenvolverem boas práticas ambientais
nas áreas de regulamentação, políticas de educação e gestão, estrutura da empresa, gestão de
resíduos e emissões. A diagnose ambiental é feita por meio de visitas aos transportadores e do
preenchimento de um questionário específico que permite o acompanhamento das atividades
e o controle voluntário de melhorias. O principal objetivo é buscar a excelência da atividade
transportadora quanto a sua performance ambiental.

1.5. Manutenção preventiva do veículo para preservação do


meio ambiente
A manutenção é fundamental para que a vida útil prescrita de um veículo seja maximizada.
Alguns dos principais objetivos da manutenção preventiva são:
61

• otimizar os insumos, garantindo mais segurança e reduzindo os impactos ambientais;


• garantir a frota disponível para a operação do serviço;
• manter o controle do histórico da manutenção ao longo de toda a vida útil do veículo.
A manutenção preventiva evita que potenciais problemas ocorram e possibilita a tomada de
ações para aumentar a segurança e evitar acidentes. Dentre outros, são itens básicos que devem
ser verificados:
• pneus e rodas;
• cintos de segurança;
• faróis, lanternas, luz de freio, pisca-pisca e pisca-alerta;
• freios;
• limpadores de para-brisa;
• nível de água do radiador;
• nível de óleo;
• direção.

2. ATUALIZAÇÃO DE CONHECIMENTOS

2.1. Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos


Automotores (Proconve)

O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) é o


órgão que estabelece as normas gerais para proteção do
meio ambiente.

O Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve) foi instituído


pelo Conama com o intuito de reduzir a poluição ambiental. Ele envolve a conscientização a
respeito da poluição causada pelos veículos, o incentivo ao desenvolvimento da tecnologia no
setor automobilístico para redução de poluentes emitidos, o aprimoramento da qualidade dos
combustíveis líquidos utilizados, a fiscalização, a criação de programas de inspeção, além da
manutenção para veículos em uso (CONAMA, 1986).
62

A Resolução Conama n. 8/93 (CONAMA, 1993), estabelece os limites máximos de emissão


de poluentes para os motores destinados a veículos pesados novos, nacionais e importados.
Nesse mesmo ano, o Conama criou os Programas de Inspeção e Manutenção para Veículos
Automotores em Uso – I/M, com diretrizes e regulamentos estabelecidos em nível federal.

Para conhecer melhor a Resolução Conama n. 8, con-


sulte o site do órgão na página do Ministério do Meio
Ambiente. Disponível em:
Conama

2.2. Programa Nacional de Coleta e Destinação de Pneus


Inservíveis
Existe um programa de recolhimento de pneus, imposto a todos os fabricantes, chamado Programa
Nacional de Coleta e Destinação de Pneus Inservíveis. Esse programa foi inicialmente instituído
pela Resolução Conama n. 258/99, sendo modificado pela Resolução Conama n. 416/09.
O programa determinou que as empresas fabricantes e as importadoras de pneumáticos ficam
obrigadas a coletar e dar destinação final ambientalmente adequada aos pneus inservíveis. Ele
determina que é proibida a disposição final de pneus no meio ambiente, tais como o abandono
ou o lançamento em corpos de água, terrenos baldios ou alagadiços, a disposição em aterros
sanitários e a queima a céu aberto. A partir da entrada em vigor dessa resolução, para cada pneu
novo comercializado para o mercado de reposição, as empresas fabricantes ou importadoras
deverão dar destinação adequada a um pneu inservível.
63

RESUMINDO
Os elevados volumes de tráfego, principalmente nas cidades grandes, geram
concentração de poluentes e ruídos em níveis que, dependendo da intensidade,
frequência e volume, prejudicam a saúde das pessoas.
O trânsito é um dos ambientes em que há grande quantidade de interações entre
diferentes grupos. Dizemos que o trânsito é democrático, pois qualquer um pode
participar dele, seja como condutor, seja como pedestre.
Conhecer as normas e saber lidar com as pessoas no trânsito é fundamental. Desrespeitar
as leis de trânsito, além de ser um fator de risco de acidentes, não condiz com uma boa
imagem profissional. O comportamento do condutor é muito importante em sua atividade.
Primeiro socorro é o tipo de atendimento, temporário e imediato, prestado à vítima
de acidente ou mal súbito antes da chegada do socorro especializado. O condutor deve
conhecer esse tipo de procedimento.
1) Assinale a(s) alternativa(s) verdadeira(s).
a) O diesel é um combustível veicular e, por esse motivo, é capaz de poluir
apenas quando é queimado pelos motores.
b) O Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores
pode auxiliar a reduzir a destruição da camada de ozônio e o efeito estufa.
c) Uma pessoa que fica exposta aos ruídos excessivos dos veículos está
sujeita ao estresse precoce, ao desgaste físico e à deficiência auditiva.
d) A Resolução n. 416 reduziu as metas de recolhimento de pneus,
determinando o recolhimento de um pneu inservível para cada pneu novo
no mercado.
2) De acordo com o art. 291 do CTB, aos crimes cometidos na direção de
veículos automotores aplicam-se as normas gerais do Código Penal e do
Código de Processo Penal se o CTB não dispuser de modo diverso.
a) Certo.
b) Errado.
3) O meio ambiente é o conjunto de todos os fatores que afetam diretamente
o metabolismo ou o comportamento dos seres vivos. Esses fatores incluem
a luz, o ar, a água, o solo e os próprios seres vivos, nas suas relações
ecológicas. Mesmo sendo parte da natureza, o homem tem agido sobre ela
de forma irresponsável.
a) Certo.
b) Errado.
4) A verificação das condições da vítima de acidente é feita por três frentes:
hospitalar, extra-hospitalar e intra-hospitalar.
a) Certo.
b) Errado.
MÓDULO IV
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
MÓDULO IV
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL

1. Atualização dos conhecimentos


desenvolvidos no curso

2. Retomada de conceitos

3. Relação da teoria com a prática

4. Principais dificuldades vivenciadas


e alternativas de solução
68

MÓDULO IV - RELACIONAMENTO
INTERPESSOAL

Como o equilíbrio emocional influencia o


comportamento e a segurança na condução
de veículos de emergência? O que significa ter
comportamento solidário no trânsito?

Neste módulo, falaremos sobre os aspectos do comportamento e de segurança na condução de


veículos de emergência, o comportamento solidário no trânsito e a responsabilidade do condu-
tor em relação aos demais atores do processo em que está inserido.

1. ATUALIZAÇÃO DOS CONHECIMENTOS


DESENVOLVIDOS NO CURSO

1.1. Aspectos do comportamento e de segurança na condução


de veículos de emergência
Para Fiandi (2013) e Cebollero (2011), no que concerne aos aspectos do comportamento e
de segurança na condução de veículos de emergência, é imprescindível que o condutor saiba
avaliar o seu equilíbrio emocional.
Na lida diária, especialmente em determinadas situações delicadas, as pessoas tendem a
responder com reações impulsivas. Tais reações, é claro, podem variar de indivíduo para
indivíduo: uns podem explodir, outras podem chorar.
Essas reações também podem se diferenciar conforme o período de vida da pessoa. Como
exemplo, sabe-se que os jovens são mais impulsivos que os adultos, os quais, em regra, são
mais ponderados.
Então, como o condutor de veículos de emergência deve fazer para controlar seu
comportamento?
A resposta está na prática do equilíbrio emocional.
69

Equilíbrio emocional significa apresentar respostas emocionais adequadas


para cada situação que se vive.

Mas, para tanto, o condutor deve reconhecer suas próprias emoções e saber controlá-las.

Assista, no link indicado, a uma animação sobre o


comportamento do condutor no trânsito e verifique
quais atitudes trazem somente aborrecimentos:
Pateta no trânsito

2. RETOMADA DE CONCEITOS

2.1. Comportamento solidário no trânsito


Para Cristo (2012) e Mariuza e Garcia (2010), o comportamento no trânsito é um indicador
dos atributos de um indivíduo. Aquele indivíduo dotado de maturidade e equilíbrio emocional
sabe administrar suas tendências e atitudes negativas.
Saiba que a maioria dos condutores pouco comete infrações de trânsito ou se envolve em
acidentes. É justamente a minoria dos motoristas a responsável pela maior parte dos problemas.
70

O comportamento inadequado, muito provavelmente, pode ser decorrente


das dificuldades em lidar com as pressões cotidianas.

Nesse sentido, é importante que você aprenda a reconhecer alguns tipos de comportamento
frequentemente encontrados no trânsito. Abaixo, estão relacionados os tipos principais e as
suas características:

• Condutor frustrado:
É aquele que se caracteriza pela decepção diante de resultados insatisfatórios, geralmente
compensada ao volante por meio de atitudes agressivas.
• Condutor ansioso:
É aquele que não consegue concentrar-se, equivoca-se sobre o caminho a ser percorrido,
gasta mais tempo, o que retroalimenta a ansiedade.
• Condutor raivoso:
É aquele que tem reações perigosas e impensadas, decorrentes de desatino instantâneo.
71

• Condutor angustiado:
É aquele que vive sob o domínio da angústia, podendo agir de forma precipitada ou
desatenta.
• Condutor inseguro:
É aquele que, para sentir-se valorizado, necessita sobressair-se, fazendo demonstrações
arriscadas de perícia no volante.
• Condutor egoísta:
É aquele que não demonstra cortesia no trânsito, que não cede nem compartilha o espaço.
• Condutor competitivo:
É aquele que se caracteriza por dar aceleradas desnecessárias nas vias e as primeiras
arrancadas na abertura do semáforo.
• Condutor passivo:
É aquele que demonstra comodidade no trânsito, não se arvorando de suas
responsabilidades.
• Condutor distraído:
É aquele alheio, com foco mais na música ambiente do veículo e nos objetos diversos do
que no próprio trânsito, colocando-se em risco desnecessário.

2.2. Responsabilidade do condutor em relação aos demais


atores do processo de circulação
Como já é sabido, as boas posturas entre condutores e demais integrantes do trânsito permitem
estimular o respeito e a cidadania. Veja, a seguir, algumas instruções pragmáticas de como
exercer a sua responsabilidade, além da obediência às regras de trânsito e transporte:
• Converse, não discuta:
Em casos de acidente ou de necessidade de sair do veículo para conversar com alguém
sobre o ocorrido, sempre mantenha a calma e não se exalte, mesmo que você seja a vítima.
• Comunique-se claramente:
Preste atenção à sua entonação de voz e às expressões faciais.
72

Por vezes, a entonação de voz e as expressões faciais podem passar uma visão
diferente da que você almeja.

• Utilize mensagens simples e objetivas:


Não permita más interpretações.
• Faça a distinção entre os momentos propícios:
Para atuar com consciência e exatidão.
• Veja sempre o lado positivo das ocorrências:
Isso facilita entender a razão de comportamentos incorretos dos outros profissionais ou
usuários do sistema de transporte.
• Evite brigas:
Quando extremamente necessário, intervenha apenas para acalmar os ânimos e volte o
quanto antes ao diálogo e às suas tarefas.
• Utilize sempre o bom senso:
Pense muito bem antes de agir, pois o que fizer de errado poderá ser utilizado contra
você.
• Empregue o veículo para o propósito correto:
Não o use para intimidar as pessoas ou para arranque nem faça parada brusca, e não
ligue os sinais luminosos e sonoros de forma desnecessária.

3. RELAÇÃO DA TEORIA COM A PRÁTICA


Consoante Malagutti (2012) e Arteaga e Garcia (2009), além do respeito às regras de trânsito
já vistas, o condutor de veículos de emergência também deve se atentar ao respeito às normas
estabelecidas pela sua empresa e pelas demais empresas engajadas no processo de atendimento
(hospitais, prontos-socorros, oficinas de manutenção, órgãos governamentais de saúde), ou
seja, no ambiente profissional.
Veja, abaixo, alguns itens que merecem destaque com relação ao ambiente profissional:
73

• Rotina
Se você ingressou nessa profissão, já sabe que o trabalho é gratificante, não apenas pela
possibilidade de salvar vidas, mas também pela aprendizagem que ele proporciona
sobre o que não fazer em determinadas situações pelas quais todos passam no dia a dia,
para não se somar às estatísticas de vítimas. Porém, a rotina do condutor de veículo de
emergência é bastante estressante e pode trazer desgaste físico e mental.

Para manter as condições de equilíbrio físico e mental na rotina de trabalho,


é necessário que você tenha “uma mente sã e um corpo são”. Isso se conse-
gue com a prática regular de exercícios físicos, momentos de relaxamento
com a família e os amigos ou a prática de hobbies após o término do expe-
diente.

• Escalas de trabalho
O serviço de transporte de emergência, em regra, funciona de forma ininterrupta —
certamente, você trabalhará em regime de escala, inclusive aos sábados, domingos e
feriados. Isso exige de você planejamento e organização, especialmente em relação à
família e aos amigos, de forma que sua atividade profissional não se transforme em fonte
de inconveniências.
Também, você poderá ser chamado, frequentemente, a mudar os horários de trabalho.
Ainda que isso ocorra, mantenha a disciplina com a sua alimentação e repouso.

• Regulamento das empresas


Ao ingressar em uma empresa, você conhecerá os regulamentos concernentes aos
aspectos administrativos (horários de entrada e saída, repouso, uniforme, enfim, deveres
e direitos trabalhistas) e aos aspectos operacionais.
74

No que concerne às regras operacionais, esteja atento sobre os procedimen-


tos de segurança que a empresa exigirá de você no trânsito. Isso pode variar
de empresa para empresa, contudo, as regras de direção defensiva – que
você já conhece – constituem a base do seu comportamento.

4. PRINCIPAIS DIFICULDADES VIVENCIADAS E


ALTERNATIVAS DE SOLUÇÃO
Segundo Fiandi (2013) e Hoffmann et al. (2003), uma das responsabilidades do condutor de
veículos de emergência é manter o estresse sob controle para que não resulte em conflitos
desnecessários, infrações e acidentes.
Logo abaixo estão algumas fontes mais comuns de estresse que ajudarão você a reconhecê-las,
quando se manifestarem:
• Requisitos da função
Diz respeito aos efeitos relativos ao cumprimento de horários e pressões associados à
atividade de condutor de veículo de emergência.
• Responsabilidade pelos passageiros
Por ser o responsável pela segurança dos pacientes e das demais pessoas que transporta.
• Responsabilidade pelo veículo
Na direção, o condutor é o responsável pelas suas ações. No caso de ocorrências
indesejáveis, se for constatada sua culpabilidade, deverá responder por seus atos.
• Dificuldades na vida pessoal
Problemas de cunho pessoal, tais como financeiros, conjugais, insatisfação pessoal e
profissional, podem reduzir sua capacidade de conduzir o veículo de forma segura e
habilidosa.
Quanto ao ambiente de trânsito, não se pode esquecer de algumas situações que merecem sua
atenção:
• Atitudes erradas de outros condutores
Com a presença ou não dos agentes de fiscalização, esteja preparado para o fato de que
o trânsito está repleto dos mais variados tipos de condutores, especialmente aqueles
egoístas, os quais não respeitam a preferência dos veículos de transporte de emergência,
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não cedem passagem e, ainda, utilizam as áreas reservadas para ponto de parada e
estacionamento das viaturas.

• Prioridade no trânsito
Os condutores de transporte de emergência têm livre circulação, estacionamento e
parada quando estiverem em serviço e com todos os dispositivos obrigatórios do veículo
acionados. Nessa condição, as manobras podem gerar muito mais estresse ao condutor
devido à grande exposição ao risco de acidentes.
• Engarrafamentos
Muito comuns em cidades médias e grandes, provocam ansiedade e nervosismo em toda
a tripulação do veículo.

Mantenha o seu controle e verifique todas as alternativas possíveis, inclusi-


ve com relação aos seus colegas, e jamais tenha uma atitude precipitada que
possa resultar em manobra arriscada que exponha todos ao risco de morte.
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Quando estiver em trânsito engarrafado e houver via de escape lateral, você pode solicitar,
pelo rádio, auxílio aos agentes de trânsito para ajudá-lo a abrir caminho até aquela via.

RESUMINDO
No que diz respeito aos aspectos do comportamento e da segurança na condução de
veículos de emergência, é imprescindível que o condutor saiba avaliar o seu equilíbrio
emocional e controlar suas reações impulsivas.
O comportamento no trânsito é um indicador dos atributos de um indivíduo. Aquele
indivíduo dotado de maturidade e equilíbrio emocional sabe administrar suas
tendências e atitudes negativas. Também é necessário que o condutor diferencie os
vários tipos de personalidade na direção: o frustrado, o ansioso, o raivoso, o angustiado,
entre outros.
Como você poderá ser chamado a mudar os seus horários de trabalho frequentemente,
devido ao cumprimento de escalas, mantenha a disciplina com a sua alimentação,
repouso e exercícios físicos.
Os problemas de cunho pessoal, tais como financeiros, conjugais, insatisfação pessoal
e profissional, podem reduzir sua capacidade de conduzir o veículo de forma segura e
habilidosa. Por isso, seja muito resolvido quanto a esses assuntos.
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1) É o tipo de condutor caracterizado por decepção diante de resultados


insatisfatórios, a qual, geralmente, é compensada ao volante por meio de
atitudes agressivas.
a) Ansioso.
b) Frustrado.
c) Raivoso.
d) Angustiado.
2) Equilíbrio emocional significa apresentar respostas emocionais adequa-
das para cada situação vivida.
a) Certo.
b) Errado.
3) Constituem fontes mais comuns de estresse do condutor de veículo de
emergência.
a) Requisitos da função.
b) Responsabilidade pelos passageiros.
c) Responsabilidade pelo veículo.
d) Todas as alternativas anteriores estão corretas.
Os condutores de transporte de emergência têm livre circulação, estacio-
namento e parada quando estiverem em serviço e com todos os dispositi-
vos obrigatórios do veículo acionados.
a) Certo.
b) Errado.
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