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PESOS ESTRUTURAIS

PR E P A R A Ç Ã O P A R A B A N C A DA A N A C

O abastecimento de combustível reduz a flexão das asas

M.Z.F.W
PILOTO DE LINHA AÉREA
Maximum Zero Fuel Weight
Peso Máximo Zero Combustível

Se o MZFW for excedido, a parte da estrutura que sofrerá mais efeito


será a raiz da asa.

PERFORMANCE DE AVIÕES A JATO PESOS OPERACIONAIS

RESUMO B.W OU E.W (PB)


Basic Weight ou Empty Weight
PESO&BALANCEAMENTO Peso Básico

AERONAVE VAZIA + FLUIDOS + POLTRONAS + EQUIPAMENTOS

B.O.W OU D.O.W (PBO)


NEWTON SOLER SAINTIVE
Basic Operational Weight ou Dry Operating Weight
Peso Básico Operacional

PBO = PB + TRIPULAÇÃO COM BAGAGEM + COPAS

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O.W (PO) M.T.O.W (PMD)
Operational Weight Maximum Take Off Weight
Peso Operacional Peso Máximo de Decolagem
EXERCÍCIO
PO = PBO + COMBUSTÍVEL DE DECOLAGEM

 Se um avião sofrer um fator de carga superior ao máximo permissível,


T.O.W (PAD) ele poderá sofrer uma deformação permanente.

Take Off Weight  A carga paga máxima que um avião pode transportar é a diferença
Peso Atual de Decolagem entre o MZFW (PMZC) e o BOW (PBO).

PAD = SOMA PAZC + COMBUSTÍVEL DE DECOLAGEM  O peso máximo estrutural de decolagem (MTOW) é o peso máximo
de decolagem determinado pelo fabricante, e é limitado pela
PAD = PO + CARGA PAGA estrutura do avião.

 Se o MZFW (PMZC) de um determinado avião for ultrapassado,


L.W (PAP) ocorrerão esforços excessivos nas proximidades da raiz da asa.

 O peso máximo de decolagem MTOW (PMD) calculado pelo DOV


Landing Weight
foi de 100.000 libras e o peso máximo de táxi MTW (PMT) foi de
Peso Atual de Pouso
101.000 libras, pode-se concluir que o consumo estimado de
combustível no táxi será de 1.000 libras.
PAP = PAD – TRIP FUEL (COMBUSTÍVEL CONSUMIDO NA ETAPA)

 A diferença entre o ZFW (PAZC) e o BOW (PBO) chama-se carga


paga.
M.L.W (PMP)
 O peso real ou“atual” de decolagem é dado pela soma entre o PAZC
Maximum Landing Weight + Take Off Fuel (ZFW + TOF).
Peso Máximo de Pouso
 Somando-se o peso básico operacional com a carga paga “atual” de
→ É o peso máximo de acordo com as condições meteorológicas e da um vôo tem-se o PAZC (ZFW).
pista
→ Este peso não pode ser maior que o MLGW (Peso Máximo Estrutural  O peso real zero combustível (actual fuel weight) consiste do
de Pouso) somatório do BOW (PBO) + Actual Pay Load.
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 Para se calcular o peso máximo de decolagem limitado pelo pouso → Quanto maior a sustentação, maior a velocidade de estol, assim que,
deve-se somar o MLW + Trip Fuel. a velocidade de estol será tanto maior quanto mais a frente estiver o CG.

 O peso atual ou real de decolagem é calculado pela soma do PAZC + → O estabilizador móvel produz menos arrasto. Na decolagem o
TOF. estabilizador é ajustado em relação à posição do CG.

 A carga paga de uma aeronave é composta do peso dos PAX mais os EXERCÍCIO
pesos referentes à Correio + Bagagens + Carga.

 O peso máximo zero combustível (MZFW) de uma aeronave limita o  O centro de gravidade de um avião é o ponto de aplicação da
máximo de carga que ele poderá transportar. resultante de todos os pesos.

 O PMZC só poderá ser excedido com o combustível nos tanques das  Um corpo suspenso pelo seu CG ficará em equilíbrio.
asas.
 Todos os movimentos de uma aeronave se processam em torno do seu
 O Block Fuel é o peso total do combustível existente nos tanques CG.
antes de acionarem os motores.
 É errado dizer que o CG de um avião varia de acordo com a posição
BALANCEAMENTO
do mesmo na terra.

→ O peso total do avião é a resultante dos pesos dos seus componentes que  A razão pela qual existe um limite traseiro do centro de gravidade se
age no CG. deve a instabilidade longitudinal da aeronave.

 O avião A tem o CG na STA 280 e o centróide do tanque de


Aeronave fica longitudinalmente instável combustível na STA 250. Ele decola com os tanques completamente
→ Com o CG atrás Menor sustentação abastecidos. Durante o vôo, com o consumo de combustível, pode-se
esperar que os comandos fiquem mais “leves” e a estabilidade
Maior consumo de combustível diminua.
Aumento da estabilidade longitudinal No balanceamento de uma aeronave a posição do CG e do CP
→ Com o CG a frente Diminuição da controlabilidade normalmente é expressa como porcentagem do CMA, a partir
Maior Arrasto do bordo de ataque.
 O ponto que é o centro de aplicação do peso total da aeronave, é o
CG.
→ O CG deve ficar sempre à frente do ponto neutro.

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 A velocidade indicada de estol depende principalmente do peso e
 Sempre que o CG estiver dentro dos limites do fabricante, o fator de carga.
balanceamento será correto. No entanto, existe vantagem em trazê-lo
para o limite traseiro ou próximo do mesmo.  Em uma recuperação, o estol de velocidade ocorrerá quando o
piloto puxar o comando violentamente.
 Na decolagem, o estabilizador é ajustado em relação à posição do
CG.  Uma aeronave voando em alta velocidade ao entrar em uma área
PERFORMANCE turbulenta recebe uma rajada com vento ascendente, neste caso, o
fator de carga aumentará.

→ Nas grandes altitudes e velocidades a indicação do velocímetro é sempre


superior à VE (Velocidade Equivalente / EAS), devido aos erros causados TEMPERATURA
pela compressibilidade.

→ Quanto maior o fator de carga (L / W) maior a velocidade de estol. → O RAM RISE é o aumento da temperatura devido à compressão do ar.

→ Normalmente a velocidade de estol não é, realmente, a velocidade mínima → SAT: Static Air Temperature representa a temperatura do ar ambiente,
de vôo, sobre ela são empregadas margens de segurança, tais como: imóvel, sem o RAM RAISE.

a) 20% ou mais na decolagem → TAT: Total Air Temperature é a temperatura do ar em movimento e se


b) 30% no cruzamento da cabeceira relaciona com a SAT. Para se determinar a TAT é necessário descobrir a RAM
RISE.

EXERCÍCIO → RAT: Ram Air Temperature é a temperatura do ar de impacto. É usada


quando não se consegue determinar a RAM RAISE.
 Numa manobra, a sustentação de um avião atinge 100 toneladas,
→ K: É o fator de recuperação do RAM RISE, que varia de 0,75 a 0,90.
sendo seu peso 50 toneladas. Seu fator de carga será de dois.
→ Conclui-se que a TAT será sempre maior que a RAT, e tanto maior quanto
 Ao nivel do mar em condições ISA, a velocidade aerodinâmica (V /
menor for o valor do fator K.
TAS) vai ser igual a velocidade calibrada (Vc / CAS).

 As duas tomadas de pressão do sistema pitot-estático são para medir SAT = RAT = TAT
as pressões estática e total.
→ O RAM RISE é proporcional ao quadrado do número de MACH.
 O fator de carga limite de um avião é 2,5g. Com um peso de 100.000
lb, a sustentação máxima deverá ser de 250.000 lb.

 A velocidade equivalente (VE / EAS) é a velocidade calibrada


(CAS) corrigida para erro de compressibilidade.

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SE A TEMPERATURA REAL < TEMPERATURA NA ATMOSFERA
EXERCÍCIO
ENTÃO

 Devido ao atrito do ar e da compressibilidade, em vôo a TAT é A ALTITUDE DENSIDADE < ALTITUDE PRESSÃO

sempre maior que a OAT (temperatura do ar externo).


→ A performance da aeronave depende somente da altitude densidade!
 O aumento da temperatura indicada, devido à fricção e
compressibilidade dos filetes de ar no bulbo é denominada
temperature rise. INFLUÊNCIA DA METEOROLOGIA

ALTITUDES
MUDANÇA DE PRESSÃO

→ O rádio altímetro é empregado para medir altitudes na aproximação com


maior precisão. A = Alta
B = Baixa
→ 1013,25 ou 29,92 são ajustes QNE. Esta é a pressão atmosférica ao nível
do mar na atmosfera padrão (ISA).
PRESSÃO PRESSÃO
→ Quando um avião está pousando com ajuste QNH, a leitura do altímetro é
exatamente igual à altitude verdadeira. A B = AUMENTO DE ALTITUDE

B A = DIMINUIÇÃO DE ALTITUDE
ALTITUDE DENSIDADE

→ A altitude densidade tem como referencia não uma pressão, mas a variação TEMP < ISA = ALTITUDE SUPERIOR A REAL
da densidade do ar na atmosfera padrão. Esta altitude deve ser calculada a
partir da altitude pressão e da temperatura do ar atmosférico com o auxílio de TEMP > ISA = ALTITUDE INFERIOR A REAL
um computador.
EXERCÍCIO

SE A VARIAÇÃO DA TEMPERATURA = VARIAÇÃO NA ATMOSFERA

ENTÃO  Um avião sobrevoa um aeródromo com altitude pressão de 6.000 pés.


A ALTITUDE PRESSÃO = ALTITUDE DENSIDADE Sabendo-se que o QNH é 1015,2 hPa, a altitude indicada do avião no
---------------------------------- momento será de 6.060 ft.
SE A TEMPERATURA REAL > TEMPERATURA NA ATMOSFERA
1hPa = 30ft
ENTÃO
1.013,2 – 1.015,2 = 2hPa
A ALTITUDE DENSIDADE > ALTITUDE PRESSÃO 2hPa x 30ft = 60ft
-------------------------------------
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 Um avião voa no FL 060, num dia em que a OAT nesse nível é de → V1 É a velocidade de decisão na qual o piloto, percebendo a falha do motor
10ºC, podemos dizer que a altitude densidade é maior que 6.000 ft. crítico, optará por continuar a decolagem ou abortá-la. Lembrar que a V1 não
é a velocidade para se começar a tomar uma decisão. A decisão deverá ser
ISA +15ºC tomada antes do avião atingi-la. Ela pode ser entendida como a velocidade de
2ºC x 6 = 12ºC a decrescer. recolhimento da falha do motor crítico. A melhor decisão na V1 é
6.000ft → +15ºC – 12ºC = +3ºC PROSSEGUIR DECOLAGEM!
Está “+10ºC”, logo a temperatura real é maior que a temperatura
na atmosfera, então a altitude densidade é maior que altitude pressão → VR é a velocidade de rotação. Aqui atinge-se a V2 à 35 pés de altura. A VR
não deve ser inferior a 1,05 da VMCA.
 A altitude pressão indicada de um avião é 30.250 ft. O erro de posição
mede – 25 ft. A altitude pressão do avião será 30.225 ft. → VMU é a velocidade mínima com manche livre.

→ VLOF é a velocidade no exato momento em que o avião deixa o solo.


VELOCIDADES Relaciona-se com a VR. Ela não poderá ser inferior a 110% da VMU e com um
motor inoperante à 1,05 da VMU. O limite superior da VLOF é a velocidade do
pneu.
→ VEF é a velocidade de falha do motor crítico. É aquela que tem o maior
impacto na performance. → V2 é a velocidade de decolagem e subida. É a velocidade a ser atingida a
35 pés de altura sobre a pista e deve ser igual ou maior que 120% da
→ VMCG é a velocidade mínima de controle no solo. É a velocidade na qual é velocidade de estol e 110% da VMCA.
possível retomar o controle do avião apenas com os recursos aerodinâmicos.
A força no comando de leme de direção não pode superar 150 libras. → VMBE é a velocidade máxima para iniciar a frenagem. Ela é crítica nos
aeroportos com elevada altitude pressão, temperatura, pouco vento e peso
elevado.
Altitude elevada
Temperatura elevada → VMCG é mínimo
CG à frente
RESUMO
Altitude baixa
Temperatura baixa → VMCG é máxima VR ≥ 1,05 VMCA
CG atrás VLOF ≥ 110% VMU
VLOF mono ≥ 1,05 VMU
V2 ≥ 110% VMCA
→ VMCA é a velocidade mínima de controle no ar. Aqui emprega-se uma V2 ≥ 120% VS
inclinação lateral de até 5º no sentido do motor operante. Esta inclinação VREF ≥ 1,3 VSO
reduzirá o gradiente de subida. Esta velocidade leva em consideração o CG VAPP ≥ 1,5 VSO (approach climb)
na posição mais favorável. VLC ≥ 1,3 VSO (landing climb)

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LIMITAÇÕES FATORES QUE INFLUENCIAM NO PMD

V1 ≥ VMCG → Poderá manter a reta na decolagem sem um dos motores LIMITADO PELA PISTA
V1 ≤ VMBE → Decisão de interromper a decolagem torna indispensável o
uso dos freios
V1 ≤ VR → Se VR < V1 o piloto poderá abortar a decolagem após a → Com o comprimento da pista maior, o PMD também será maior.
rotação
→ Quanto maior a altitude pressão e temperatura, maior será a V1 VR e V2 e
menor serão:
→ No caso de uma arremetida na configuração “approach climb” a VSO não
poderá exceder a VSO na configuração de aterragem em 110%.  Densidade do ar
 Tração do motor
→ Em aviões bimotores, o peso limitado pela pista é determinado pela perda  Sustentação
de um motor na V1. No caso de um quadrimotor, o peso pode ser determinado  Arrasto
pela decolagem normal ou abortagem, devido ao acréscimo de 15% na  PMD
distância real de decolagem.
→ Gradiente de pista é a diferença de altura entre as cabeceiras, dividida pelo
→ O comprimento máximo da clearway não pode ser superior à metade da comprimento da pista, sendo que 2% é o valor máximo permitido pela FAA.
pista nem a metade da distância horizontal percorrida pelo avião no Lift Off
até atingir a altura de 35 pés.
EX: COMPRIMENTO DE 2.000 M
→ A stopway não pode produzir danos estruturais à aeronave. DIFERENÇA DE ALTURA 40M
GRADIENTE = 2%

→ Na pista balanceada a distância de decolagem é igual à distância para


acelerar e parar, neste caso a V1 e a pista seriam balanceadas, ou seja, o
 Gradiente positivo “subindo ladeira / up hill” → reduz o PMD
balanceamento é feito igualando a TOD à ASD requerida.
 Gradiente negativo “descendo ladeira / down hill” → aumenta o PMD
→ V1 pequena: Maior pista para decolagem com distância de parada menor.
→ V1 grande: Menor pista para decolagem com distância de parada maior. → Condições de pista

→ O comprimento retificado será maior que o comprimento efetivo para  Quando a espessura do slush ou da água for superior a 13mm, as
decolagens com vento de proa e gradiente negativo. decolagens não serão recomendadas.

→ Uma pista terá menor comprimento retificado quando tiver vento de cauda → Vento
e gradiente positivo.
 Vento calmo influencia negativamente o PMD
→ O comprimento de uma pista medido de uma cabeceira a outra, sem  Vento de proa aumenta o PMD
influência do vento, denomina-se comprimento real.  Vento de cauda diminui o PMD

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→ Ângulos de ataque  2º segmento → Inicia-se logo após o recolhimento do trem de pouso e
termina, no mínimo, a 400 pés. Neste segmento a aeronave ganha
 Limite superior: Margem para não tocar a cauda no solo altura mais rapidamente.
 Limite inferior: Aumenta a distância de aceleração, aumentando a
pista e reduzindo o PMD.  3º segmento → Recolhido o flap e aumento da velocidade para 1,25
da VS.
→ Flap
 Segmento Final → Inicia a 400 pés acima da pista e termina em
 Com flap o PMD aumenta, limitado pela pista. 1.500 pés.
 Sem flap o PMD diminui, limitado pelos segmentos de decolagem.
DECOLAGENS COM OBSTÁCULOS
→ Sistemas

 Anti-Ice on e Ar Condicionado on → PMD reduzido → Se a aeronave perder o motor na V1 o procedimento a ser feito será:
 Anti-Skid inoperante → PMD reduzido
 PMC (power management control) inoperante → PMD reduzido  Subir
 Recolher o trem de pouso
→ Gelo
 Manter a configuração de decolagem até 400 pés
 No avião → PMD reduzido
 Na pista → PMD reduzido → A Net Flight Path é um calculo de margem de segurança para subidas
com obstáculos e corresponde aos seguintes gradientes de subida:
→ Pressurização
 Bimotor → 0,8%
 On → PMD reduzido  Trimotor → 0,9%
 Pelo APU → PMD aumentado  Quadrimotor → 1%

TRAJETÓRIA DE DECOLAGEM
→ Na trajetória líquida todos os obstáculos devem ser ultrapassados com uma
folga mínima de 35 pés.
→ A trajetória de decolagem só começa após a aeronave atingir 35 pés e
→ Em uma situação de drift down, os regulamentos determinam que a
termina a 1.500 pés de altura sobre a pista.
passagem sobre os obstáculos que estejam a 8KM de cada lado da trajetória
líquida prevista, seja feita a uma altura mínima de 600 metros.
 1º segmento → 35 pés, inicia recolhimento do trem de pouso e
termina após o total recolhimento.
→ O gradiente mínimo de subida utilizado por uma aeronave de 3 motores
durante um procedimento de landing climb é de 3,2%.

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→ Considerando-se apenas a trajetória de decolagem, a posição ótima do  A velocidade que deve ser menor ou igual a VR, igual ou maior a
flap seria com ele recolhido. VMCG e igual ou menor que a VMBE é a V1.

→ Quando as reduções mandatárias pelos padrões de aeronavegabilidade são  A velocidade mínima de controle no solo (VMCG) diminui com o
subtraídas na trajetória Gross, tem-se a trajetória líquida. aumento da altitude.
EXERCÍCIO
 A velocidade de rotação não pode ser inferior a 1,05 da VMCA.

 A velocidade inicial de subida (V2) não pode ser inferior a 1,10 VMCA
 A VMCG será máxima na condição de CG no limite traseiro.
e 1,20 VS.
 O uso de flapes na decolagem aumenta o peso limitado pela pista,
 A trajetória de decolagem se estende do ponto de 35 pés de altura
porém diminui o peso limitado pela trajetória de decolagem.
até o ponto de 1.500 pés de altura.
 No PMD o efeito que se dá com um gradiente positivo (subindo
 A distância de decolagem (TOD) é a distância do inicio da corrida
ladeira) é PMD diminuído, pois aumenta a distância para
até o ponto de 35 pés de altura.
decolagem.
 A distância de aceleração e parada (ASD) é a soma da distância de
 No PMD o efeito que se dá com um gradiente negativo (descendo
aceleração até a V1 e da V1 até a parada total da aeronave.
ladeira) é PMD aumentado, pois reduz a distância de decolagem.
 Com o anti-skid inoperante, a distância requerida para acelerar e parar
 É errado dizer que o gradiente máximo de subida de um bimotor no
na decolagem abortada será aumentada.
2º segmento vale tal valor, pois não existe gradiente máximo,
somente mínimo.
 O comprimento máximo da clearway disponível é 50% do
comprimento de pista disponível.
 O segmento no qual se aumenta a velocidade é no 3º segmento.
 O balanceamento é feito igualando a TOD à ASD requerida.
 Uma pista com comprimento de 4.000 metros, a maior diferença
permissível de altura de suas cabeceiras será de 80 metros, ou seja,  Selecionando um valor menor para V1 a ASD diminuirá e a TOD
2%. aumentará.

 Se o comprimento de uma pista é de 4.000 metros, o comprimento  Com o freio inoperante a distância de parada a partir da V1
efetivo poderá ser ≤ 4.000 metros. aumentará.

 Um avião tem a VMCA = 100kt e VS = 95kt. A velocidade V2 mínima  O segmento do trem estendido se estende do ponto de 35 pés ao
deverá ser de 114kt. (V2 ≥ 110% VMCA / V2 ≥ 120% VS) ponto onde o trem de pouso está recolhido.

 

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 As condições no 2º segmento de subida são velocidade constante e  Considerando-se apenas o climb limit, isto é, o peso de decolagem
flapes na posição de decolagem. limitado pelos segmentos de subida, podemos afirmar que o PMD
para uma altitude pressão e OAT será obtido com menos flap.
 No 3º segmento ocorrem recolhimento do flape e aumento da
velocidade.  Se numa determinada etapa o PMD de um avião é limitado pela
trajetória de decolagem, o DOV deverá selecionar pouco flap para
 O segmento final de decolagem se estende do ponto onde se alcança melhor subida.
a velocidade final de decolagem e recolhimento do trem do flape
até o ponto de 1.500 pés de altura.  Durante uma decolagem, estabelecem-se certas velocidades, baseadas
na perda do motor crítico (VEF), que é o que tem o maior impacto na
 As condições no segmento final de decolagem são flapes recolhidos e performance e controlabilidade do avião. A perda de outro motor
potência máxima continua. produzirá menores impactos, e, portanto, devemos manter as
velocidades sem alterações.
 Mudando o flape de decolagem de 15º para 5º, resultará em um
comprimento de pista maior para a decolagem e uma subida  A existência de um stopway melhora as condições de decolagem de
melhor. um avião em relação à distância de aceleração e parada.

 Quando a V1 for menor que a VMCG teremos que usar a V1 = VMCG.  A existência de um clearway permite decolagem com maior peso
desde que o fator limitante tenha sido distância de aceleração e
 Se uma pista mede 4.000 pés e tem um gradiente de 2%, a diferença decolagem.
de alturas entre suas cabeceiras é de 80 pés.
 A V2 mínima muda com a variação de VS e VMCA.
 A pista A tem 2.500 metros de comprimento físico. Como não existem
obstáculos próximos à cabeceira, podemos concluir que seu  Stopway é um recurso utilizado para aumentar o peso de decolagem
comprimento efetivo é igual a 2.500 metros. limitado pela função da distância de aceleração e parada.

 A pista A tem 2.500 metros de comprimento físico. Seu gradiente é de  Com o aumento do peso a V1 aumenta.
1% e não existem obstáculos próximos às cabeceiras. Podemos
concluir que numa decolagem down hill, com vento de 10kt de proa,  Uma pista terá maior comprimento retificado quando tiver vento de
que seu comprimento retificado será maior que 2.500 metros, pois proa e gradiente negativo e menor comprimento retificado quando
são os dois fatores que aumentam o comprimento. tiver vento de cauda e gradiente positivo.

 A pista A tem 2.000 metros de comprimento, 1% de gradiente e possui  A VR depende da temperatura, altitude e peso.
obstáculos próximos às cabeceiras. Podemos concluir que numa
decolagem up hill, sem vento, seu comprimento retificado será menor  Quanto maior a altitude pressão, menor o PMD.
que 2.000 metros, pois esse comprimento não se modifica nessas
situações.  É errado dizer que nos gráficos de PMD, devemos considerar o
componente de vento de través.

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 Quanto maior o atrito com o solo, menor a aceleração do avião e → Sobrecargas são aceitáveis, porém:
maior a pista necessária para a decolagem.
 Em pavimentos flexíveis o ACN tem que ser menor que 10% do PCN
 A VMCA é a velocidade calibrada na qual, quando o motor falhar  Em pavimentos rígidos o ACN tem que menor que 5% do PCN
inesperadamente, é possível recobrar o controle do avião e manter o
vôo na direção pretendida, podendo ser empregada uma inclinação
lateral de até 5º. V2 VARIÁVEL – PERFORMANCE MELHORADA NA SUBIDA

IMPROVED CLIMB PERFORMANCE


 Será possível aumentar o PMD com flap de 5º se o PMD com flap de
15º for limitado pela trajetória de subida (pista de decolagem em
excesso).
→ O Improved Climb Performance será empregado somente quando existir
excesso de pista, ou seja, o peso de decolagem poderá ser aumentado.
 Será possível aumentar o PMD com flap 15º se o PMD com flap 5º for
limitado pelo comprimento da pista. → Então aumenta-se:
 Os fatores que podem reduzir o PMD são 2º segmento da trajetória  V1
de decolagem.
 VR
 V2 → esta será a velocidade que determinará o maior peso de
 O comprimento efetivo de uma pista será igual ao seu comprimento
decolagem.
retificado quando não houve vento e a pista tiver gradiente nulo.

 Logo após a V1 uma aeronave a jato perde o motor na decolagem, o INFLUÊNCIA DO FLAP NA DECOLAGEM
piloto deve prosseguir a decolagem como previsto.

 No cálculo da acelerate-stop distance para decolagem de aeronaves → Sabe-se que o emprego do flap aumenta o coeficiente de sustentação e de
turbinadas utiliza-se do comprimento da pista mais a stopway. arrasto, porém diminui a VR, VLOF e a V2, sendo que:

 Tão logo uma aeronave consiga sair do solo, perde-se um dos  A VR e a VLOF atingem-se mais rápido
motores. Nesse caso a inclinação máxima da asa será de até 5º.
→ Dois aviões com o mesmo peso, o que empregar mais flap decolará mais
MÉTODOS ACN - PCN
curto.

→ Num mesmo aeroporto, o avião com mais flap decolará com maior peso.
→ Foi desenvolvido pela ICAO para classificar a resistência de pavimentos
para aeronaves com peso superior a 5.700 kg.
→ O flap não afeta nem a tração nem o peso do avião na subida, o que irá
afetar e reduzir será o seu gradiente de subida.
→ PCN significa resistência estrutural da pista.

→ ACN significa a classificação do peso da aeronave.


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TIPOS DE SUBIDA CRUZEIRO DE MÁXIMA AUTONOMIA

→ Os aspectos mais importantes a considerar na subida são os aspectos → Maior número de horas de vôo
econômicos, por isso, depois da segurança a ênfase será nos seguintes itens:
→ Consumo horário mínimo
 Tempo de vôo reduzido
 Custos baixos
 Pequeno consumo de combustível CRUZEIRO DE VELOCIDADE MÁXIMA

→ Itens secundários serão:


→ Tração do EGT muito elevada
 Menor tempo para o TOC
→ Menor vida útil do motor
 Maior ângulo de subida
 Simplicidade de operação
→ Aumento de consumo

CRUZEIRO
CRUZEIRO COM VELOCIDADE CONSTANTE

CRUZEIRO DE MÁXIMO ALCANCE - MRC


→ Tem a vantagem da simplicidade

→ Aqui o alcance específico é máximo


CRUZEIRO ECONÔMICO

→ Voará o maior número de nm/lbs consumido


→ O custo por quilômetro percorrido é mínimo
→ Estabilidade de velocidade pequena

→ Maior ajuste no motor FATORES QUE AFETAM O ALCANCE

CRUZEIRO DE LONGO ALCANCE - LRC


A) ALTITUDE PRESSÃO

→ Tem o alcance específico menor que o MRC em 1%  Nos aviões a jato o alcance especifico cresce nas grandes altitudes,
porque esses motores são produtores de tração.
→ A velocidade é maior que a MRC de 3% a 5%

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 Com a mesma tração e com o consumo horário um pouco maior, nas → Os itens:
grandes altitudes, o avião terá maior velocidade e maior alcance.
 Manutenção
 O arrasto será maior nas maiores altitudes.  Leasing MINIMIZADO COM A REDUÇÃO DO TV
 Salários
 A altitude ótima aumenta com a redução do peso.  Diárias

→ Já os itens:
B) VELOCIDADE
 Seguros
 Quanto maior o peso do avião, maior a velocidade para obtenção do  Taxa de embarque
alcance máximo ou do longo alcance.  Publicidade QUALQUER REGIME DE VÔO
 Comissões
 Na altitude ótima, o MACH para o LRC não dependerá do peso.  Alimentos

C) PESO BUFFET

 Pesos elevados diminuem o alcance específico. → O buffet ou vibrações, são causados pelo deslocamento dos filetes de ar
nas asas do avião. Existem 2 tipos:
 Com o decréscimo do peso em vôo, o alcance específico aumenta.
a) Buffet de alta → Causado pelo fluxo supersônico
 Peso baixo em grandes altitudes → Alcance específico maior
b) Buffet de baixa → Causado pelo grande ângulo de ataque
 Peso alto em grandes altitudes → Alcance específico menor Está associado à perda de sustentação

→ Stick shaker é um aviso artificial de estol conhecido também como stick


D) VENTO pusher.

TURBULÊNCIA
 Proa → reduz o alcance
 Cauda → aumenta o alcance
→ Os valores máximo permissíveis são de + 2,5G e -1.0G
CRUZEIRO ECONÔMICO / CUSTOS
→ A velocidade recomendada em situações de turbulência é de 280 knots.

→ O combustível será minimizado com o uso do MRC

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→ A velocidade selecionada para se penetrar em ar turbulento deve ser PESO PELO GO AROUND
suficientemente alta para que uma rajada ascendente não provoque o estol
do avião.
→ Considera-se 2 tipos:

AFUNDAMENTO a) Configuração de aproximação


b) Configuração de aterragem

→ Segundo do drift down, o regulamento determina que a aeronave → A posição do flape não pode exceder 110% da velocidade de estol na
ultrapasse os obstáculos que estão a 8km a pelo menos 2.000 pés (600 configuração de aterragem.
metros).
→ A tração de decolagem na configuração de aterragem é aquela que está
→ Se necessário for para baixar o peso, deve-se alijar combustível e o disponível 8 segundos após o movimento do manete de iddle para take off.
remanescente deve ser suficiente para prosseguir o vôo a uma altitude de
EXERCÍCIO
chegada a 1.500ft e com 30 minutos de vôo de reserva.

DESCIDA  O comprimento real de uma pista homologada para o avião A é 8.600


pés. A maior distância demonstrada de pouso será de 5.160ft, ou seja,
60%.
→ Normalmente é fixada uma velocidade de descida que excede a de descida
de custo mínimo para todos os aviões, a qual é de 20 a 30 nós maior que a  O peso de aterragem field limit de um avião com flap 15 na pista X é
velocidade de descida de custo mínimo. de 30t. Se ele pousar na mesma pista e nas mesmas condições
atmosféricas com flape 30, o field limit passará a ser de 32t.
POUSO PELO PESO
 Na determinação de peso máximo de aterragem, normalmente são
estudados os pesos limitados pela pista e mais pelos landing
→ Field Limit: Cruzar a cabeceira a 50 pés. Esta é a VREF que deverá ser configuration e approach configuration.
igual a 1,3 VSO. A VSO deverá ser na configuração de pouso.
 A VREF é a velocidade de cruzamento de cabeceira na aterragem.
→ A distância demonstrada (parada completa com cruzamento de cabeceira a
50 pés) de pouso não pode exceder 60% da distância disponível. O  Na determinação do comprimento necessário para a pista de
comprimento deve ser aumentado em 15% se a pista estiver molhada. aterragem, o avião atinge a cabeceira numa altura de 50 pés.

→ Em relação a distância demonstrada de pouso, a distância necessária para a  O comprimento mínimo para aterragem de um avião, em pista seca, é
aterrissagem no AD de destino, para pista seca, equivale no mínimo a 167%. de 4.000 pés. Se ela estiver molhada, deverá ser de 4.600ft, pois será
acrescido em 15%.
→ VAPP = VREF + 5 knots (vento calmo)
→ VAPP = VREF + metade do vento de proa + rajada de no máximo 20 nós  A VREF deve ser maior ou igual a 1,3 VSO.

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 O PMP de um 737-300 no aeroporto X, flape 40, limitado pela pista, → Para decolagem com tração reduzida só importa o peso máximo de
foi de 50t. Se fosse empregado flape 30, o PMP diminuiria abaixo performance de decolagem.
de 50t devido ao menor limite da pista.
→ Pode-se reduzir até 25% da tração de decolagem.
 Em comparação com um avião “limpo”, o pouso com flape significa
menores velocidades e menor distância demonstrada de pouso. → A temperatura assumida não poderá ser empregada quando a pista estiver
contaminada com água, neve, gelo, etc. ou quando o anti-skid/PMC estiverem
 A velocidade utilizada na aproximação final para pouso e cujo valor inoperante ou ainda com WS.
depende do peso da aeronave e da posição do flape é a VREF.
→ O emprego da temperatura assumida aumenta a vida útil das turbinas
 A velocidade de approach climb deve ser igual ou superior a 1,5 VSO.
PLANEJAMENTO DE VÔO
 As condições no approach climb são flapes na posição de
aproximação e trem de pouso recolhido.

 A velocidade de landing climb deve ser igual ou superior a 1,3 VSO. A combustível
C
 Para o aeroporto de destino a distância demonstrada de pouso é 60% ORIGEM
do comprimento de pista disponível para pouso. combustível ALTERNATIVA
para arremetida
 As condições no landing climb são flapes na posição de aterragem e + 30 minutos de órbita a
B 1.500 ft em máxima
trem de pouso baixado. autonomia e +
DESTINO
combustível combustível referente a
 Com relação à condição de pista molhada a pista mínima será 115% etapa em LRC 10% do TV entre origem
da pista mínima seca. e destino. Chama-se
combustível de
contingência.
 Um avião tem a velocidade de estol, na configuração de pouso, de 100
nós, a sua VREF mínima deverá ser de 130 nós.

REDESPACHO / RECLEARENCE
REDUÇÃO DA TRAÇÃO DE DECOLAGEM POR TEMPERATURA ASSUMIDA

→ Para o cálculo de redespacho, são selecionados aeroportos intermediários,


→ Fluência, também conhecido como creep, é o crescimento das pás do entre os aeroportos de origem e de destino.
motor. É mais intenso nas temperaturas elevadas.
→ O transporte desnecessário de combustível traz:
→ Para atenuar o fenômeno creep emprega-se o assumed temperature reduce
take off.  Aumento de consumo
 Redução do disponível
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→ O redespacho foi criado para permitir a redução do combustível de → As conseqüências de uma WS são:
contingência para etapas longas. - VELOCIDADE
- AUMENTADA
> VENTO DE PROA - PITCH UP
→ O combustível mínimo para o destino é a soma dos seguintes fatores: < VENTO DE CAUDA - TENDÊNCIA DE SUBIDA

1. Voar de A para B - PERDA DE VELOCIDADE


2. 10% do combustível para voar do R (ponto de redespacho) para B < VENTO DE PROA - PITCH DOWN
3. Combustível para arremeter em B e pousar em C > VENTO DE CAUDA - RÁPIDA DESCIDA
4. Combustível para voar 30 minutos a 1,500 pés

→ Quando o combustível para o primeiro plano (vôo até o destino final) for MICROBURST
inferior ao combustível do 2º plano (vôo até o aeroporto intermediário), ele
deve ser aumentado da diferença.
→ É uma corrente descendente mais poderosa que a WS. Seu diâmetro é
→ A legislação brasileira não permite o redespacho dentro do território inferior a 4km com velocidade superior a 20 nós ou 36 km/h.
brasileiro, somente nas viagens internacionais.

ESTABILIDADE DE VELOCIDADE

REGIME LRC

→ Neste regime existe uma grande estabilidade de velocidade. Sempre que


uma rajada modificar a velocidade do avião, haverá uma tendência de retornar
à mesma.

REGIME MRC

→ Neste existe uma menor estabilidade, pois se houver rajada, o piloto


necessitará fazer correções no motor.

TESOURA DE VENTO

→ O windshear ocorre com mudança superior a 15 nós na VI e com variação


de 500 ft/min na razão.

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