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ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS NÁUTICAS

DEPARTAMENTO DE RADIO

Engenharia Electrónica e de Telecomunicação

Regulamento das Telecomunicações e Interligações

Gestão de Espectro de Frequência (IFRB)

Discentes:

Milton Hélder Malate

Pedro Tobue Meque

Sheron Matola

Xavier Melembe

Docente:

Enga. Marita, Chinai

Maputo, novembro de 2022

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Índice
1. Introdução ........................................................................................................................... 1
2. Objectivos ........................................................................................................................... 2
2.1. Geral ............................................................................................................................ 2
2.2. Específicos .................................................................................................................. 2
3. Metodologia ........................................................................................................................ 2
4. Regulamentação Internacional ........................................................................................... 3
5. Gestão Nacional do Espectro .............................................................................................. 4
5.1. Missão do órgão responsável pela gestão nacional do Espectro ................................. 5
5.2. Planificação nacional................................................................................................... 5
6. Técnicas de Gestão e de Engenharia do Espectro .............................................................. 6
7. Sistema de Gestão de Base de Dados ................................................................................. 6
8. Tendência e Desafios .......................................................................................................... 7
8.1. Gestão do Espectro e Tendências ................................................................................ 7
8.2. Gestão do Espectro e Desafios .................................................................................... 7
9. Conclusão ........................................................................................................................... 8
10. Bibliografia ..................................................................................................................... 9

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1. Introdução
Segundo Holliday, “inspirado pelas previsões teóricas de Maxwell, Heinrich Hertz descobriu
o que hoje chamamos de ondas de radio, e observou que essas ondas se propagam com a
mesma velocidade da luz visível.” Essas descobertas foram feitas no ano de 1888, graças ao
trabalho feito por Heinrich Hertz.

As telecomunicações são definidas como sendo toda a transmissão, emissão ou recepção de


sinais, palavras, imagens, sons ou de informações de toda a natureza, por fio,
radiolectricidade, óptica ou outros sistemas electromagnéticos. Assim, as telecomunicações
usando como suporte a radioelectricidade, são denominadas radiocomunicações. Estas são
realizadas com a ajuda das ondas radioeléctricas, isto é, ondas electromagnéticas cuja
frequência é por convenção inferior a 3000 GHz, propagando-se no espaço sem guia
artificial. O conjunto das frequências de 9 kHz a 400 GHz, constitui o «espectro de
frequências radioeléctricas». Como resultado da própria definição o espectro de frequências é
limitado e insuficiente para satisfazer todas as necessidades de frequências, dado o número
elevado de utentes das radiocomunicações, pelo que se torna necessário efectuar uma
eficiente gestão e utilização do mesmo, existindo para tal regulamentos internacionais e
nacionais.

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2. Objectivos

2.1.Geral
➢ Entender como é feita a gestão do espectro de frequência.

2.2.Específicos
➢ Mostrar os órgãos que regem a gestão do espectro de rádio frequência;
➢ Falar da divisão do espectro.

3. Metodologia
Para realização deste trabalho foram usados artigos e regulamentos oferecidos pela ITU (
União Internacional das Telecomunicações), INCM (Instituto Nacional das Comunicações de
Moçambique) e CTT.

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4. Regulamentação Internacional
Para acompanhar toda a gestão e utilização do espectro radioeléctrico, os países criaram, em
1865) a União Internacional de Telecomunicações (U. I. T.). A U. I. T. consagrou os seus
primeiros esforços a regulamentar a exploração dos serviços telegráficos.

Foi em 1903 que, pela primeira vez, foi reconhecida a utilização das ondas hertzianas como
suporte das telecomunicações. Em Londres (1912), Washington (1927), Madrid (1932), Cairo
(1938), Atlantic City (1946) e Genebra (1959 e 1979), tiveram lugar, sucessivamente, as
grandes conferências internacionais das radiocomunicações. Instituição especializada da
ONU depois de 1947, a UIT, com sede em Genebra. compreendia, em 1 de Janeiro de 1979,
154 países membros. O órgão supremo da União é a Conferência de plenipotenciárias que se
reúne. normalmente, de 5 em 5 anos. Na sua última reunião em Málaga - Torrerolinos (1973)
esta conferência adoptou uma nova Convenção que entrou em vigor em 1-1-75 e é o
instrumento fundamental da União.

Figura 1: Espectro de radio frequência.

Entre as Conferências de plenipotenciárias, o Conselho de Administração, composto por 36 membros,


reúne-se uma vez por ano. Toma todas as medidas necessárias para facilitar a aplicação das
disposições regulamentadas pelos países membros. A UIT comporta 4 órgãos permanente:

➢ Secretariado-Geral
➢ Comissão internacional de registo de frequências (I.F.R.B.)
➢ Comissão Internacional das Radiocomunicações (C.C.I.R)
➢ Comissão Consultiva Internacional Telegráfica e Telefónica (CCITT)

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O Secretário-geral, representante legal da UIT é responsável perante o Conselho de
Administração pela toalidade dos aspectos administrativos e financeiros da União. A IFRB é,
à escala mundial, o organismo de gestão do espectro de frequências radioeléctricas. A CCIR e
a CCITT estão encarregadas de efectuar, estudos e emitir pareceres sobre questões técnicas e
de exploração no domínio respectivo.

Figura 2: Organograma órgão supremo da U.I.T.

5. Gestão Nacional do Espectro


Quando uma administração retifica a Convenção Internacional das Telecomunicações deverá
modificar suas legislações a de por de acordo com Regulamento de Radiocomunicações
anexo à dita convenção.

De modo geral não é possível gerir com eficiência o espectro sem:

➢ Impor aos utentes um certo numero condições técnicas, que em nenhum caso sejam
menos severas que especificadas pelos acordos internacionais;
➢ Organizar o futuro com avanços suficientes para uma planificação de emprego das
frequências.

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A fim de se empreender a primeira destas condições, tornar-se necessário publicar uma
regulamentação nacional, abrangendo as disposições internacionais e tudo aquilo que
legislador considera útil para:

➢ Permitir a todo o utente a exploração de um serviço nas melhores condições;


➢ Satisfazer as obrigações internacionais.

A segunda condição implica que exisra uma instância administrativa que assegure a
coordenação entre os diferentes utentes. Esta instância devera dispor dos meios técnicos e
administrativos para verificar se a legislação esta a ser correctamente aplicada e cumprida e
controlada a situação do espectro Radioeléctrico.

5.1. Missão do órgão responsável pela gestão nacional do Espectro


O órgão responsável pela gestão do espectro terá diversas missões que poderão resumir,
como segue:

1. Normalização, isto é, coordenação entre os diversos utilizadores para definição das


normas tecnicar que os utentes e fabricas de equipamentos necessitam, respeitando a
legislação nacional actualizada.
2. Planificação, ou seja, coordenação entre os diversos utentes para precisar comoi se
deve empregar as faixas de frequências Especificadas no Quadro de Atribuição de
Frequência do R. R. e planificar a sua utilização futura para tomada de decisão pela
Conferências Administrativas competentes.
3. Gestão propriamente dita, quer dizer, licenciamento ou concessão, verificação,
controlo do espectro radioeléctrico e vistorias do material.

5.2.Planificação nacional
A planificação deve ser fundamentada no conhecimento perfeito dos documentos
internacionais pertinentes. Na preparação deste plano há que ter em conta as seguintes
medidas:

1. Enumerar os serviços radioeléctrico por ordem decrescente do interesse nacional;


2. Prover a taxa de crescimento desses serviços;
3. Prover as necessidades das frequências correspondentes a esse crescimento;
4. Indicas as modificações a introduzir na legislação, regulamento normas ou políticas
para responder a esse crescimento futuro;
5. Determinar os sectores sobre os quais serviços de direcção devem ter a sua atenção:

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➢ Efectivos
➢ Despesas
➢ Preparação das conferências internacionais
➢ Formação
➢ Meios próprios para fazer respeitar as disposições regulamentares (estações
fixas e moveis de controlo de emissões)
6. Frequência de revisão do plano uma vez estabelecido.

6. Técnicas de Gestão e de Engenharia do Espectro


A analise de um problema deve ser feita em sentido amplo, isto é, os dados e os
procedimentos de analise devem ser um carácter de generalidade tão amplo quanto possível.
Como tarefa constituindo aspectos clássico de gestão temos:

➢ Resolução de problemas de interferência;


➢ Fornecimento de assistência administrativa na gestão, tendo em dia os dados e o
tratamento dos pedidos de consignação;
➢ Exame das faixas de frequência em proveito de novos sistemas ou de novas técnicas
radioeléctricas;
➢ Consignação de frequência a unidades individuais ou sistemas ou categoria de
sistemas de modo a reduzir ao mínimo os riscos de interferência;
➢ Avaliação das melhores formas de realização (por exemplo, técnicas de modulação,
antena, etc) com o fim de melhorar a utilização do espectro;
➢ Organização de quadros ou ábacos técnicos com fim de planificar o uso do espectro.

7. Sistema de Gestão de Base de Dados


Para serem uteis, os dados relativos a gestão espectro do espectro radioeléctrico deve estar
em dia a medida das alterações, devem ser acessíveis aos modelos de engenharia de <<pôr
em dia>>, e de acesso para serem executados por um software de aplicação. Este permite a
execução destas funções e poderá ser um programa de gestão de ficheiros relativos as
aplicações ou um sistema de gestão de base de dados. Um sistema de gestão de base de dados
(S. G. B. D.) permite gerir eficazmente grandes quantidades de informação e de manipular
facilmente, mesmo se não é familiar com os procedimentos informáticos.

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8. Tendência e Desafios
A gestão eficaz e eficiente o espectro, consiste em reger, definir normas e monitorar a sua
utilização para que não se verifique o uso ilegal e abusivo do mesmo, visto tratar-se de um
recurso escasso e finito. A gestão deste recurso obedece a princípios definidos pelas:

➢ Conferências Mundiais Radiocomunicações da UIT;


➢ Organização Mundial do Comércio – Acordo Básico de Telecomunicações e
Tratados;
➢ Acordos bilaterais que regem a gestão e uso, tais como regulamento de
Radiocomunicações da UIT, acordos da CRASA, Membros de e Acordos de
Coordenação e Partilha de Recursos.

8.1.Gestão do Espectro e Tendências


A prestação de serviços de telecomunicações que envolvam o usos do espectro radioelétrico,
esta condicionada à sua disponibilidade e uso racional deste recurso. A conjuntura global
envolvente da nova geração de rede e serviços de telecomunicações de banda larga, (3G,
LTE) impõe-nos mudanças radicais nos princípios tradicionais de gestão deste recurso, no
interesse das forcas do mercado e no cumprimento de tratados tradicionais:

➢ Direitos de propriedade, direitos exclusivos;


➢ Flexibilidade de utilização / licenciamento unificado – (serviço de neutro);
➢ Comércio do espectro (concurso e leiloes);
➢ Princípio de partilha e coexistência de tecnologia e serviços de (GSM, 3g,
LTE/900/1800).

Este espectro distribui-se essencialmente por tecnologias como CDMA800MHz(Dividendo


Digital), GSM900MHz, UMTS1900/2100, Wimax2.3GHz, 2.5GHz, 2.3GHz, 3.5GHz, WiFi
2.4GHz e 5.8GHz, LTE/700MHz, 800Mhz e 2.6GHz.

8.2.Gestão do Espectro e Desafios


➢ Reorganização do espectro existente e atribuído, com vista a permitir a coexistência
das tecnologias (spectrum refarming);
➢ Reformas os processos de gestão, de acesso e de licenciamento;
➢ Migração da radiofusão analógico para digital. Minimizar a problemática de escassez
de espectro;
➢ Revisão do regime de taxa dos serviços (introdução da taxa de aquisição).

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9. Conclusão
Legalmente para todos os utentes, empresas, estação de radio, entre outros que fazem uso da
via de radioeléctricas nenhum emissor pode funcionar sem a respectiva regulamentação
estabelecida pelas entidades reguladoras (seguindo o padrão internacional). Por se tratar de
uma gestão complexa existe a necessidade do uso de sistemas digitais para melhor
estabelecer o processo de gestão do espectro, visto que os espectros de radio frequência é um
recuso natural e apresenta varias interferências o uso de analise quantitativas, experiencias
tem ajudado a aprimorar o controle e gestão dos mesmos.

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10. Bibliografia
Consultado aos 21/11/2022. Quadro Regulatório actual e Desafios Futuros e Espectro de
Frequência Radio Comunicação. Acesso:
https://www.portaldogoverno.gov.mz/index.php/por/Empresas/Licenciamentos/Telecomunica
coes/Descricao-Geral

Rogério Simões N 205. - Gestão do espectro radioeléctrico. 1951.

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