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Índice

1. Introdução......................................................................................................................................1
1.1. Objectivo geral:.........................................................................................................................1
1.2. Objectivos específicos:..............................................................................................................1
1.3. Metodologia...............................................................................................................................2
2. Breve Historial da EDM................................................................................................................2
3. Extensão de Redes Eléctricas BT...................................................................................................2
3.1. Abertura de Covas.....................................................................................................................3
3.2. Implantação de Postes................................................................................................................3
3.3. Lançamento de Cabos Eléctricos BT.........................................................................................3
3.4. Montagem de Quadros Eléctricos e Baixadas BT......................................................................4
4. Analise das Medições de Cargas Eléctricas nos PT’s....................................................................4
4.1. Assimilação de Cargas Eléctricas..............................................................................................4
4.2. Estudo da composição de um PT...............................................................................................5
4.3. Guia e estudo das Redes de Distribuição MT............................................................................6
a) Estudo dos Seccionadores..............................................................................................................6
b) Estudo do Aterramento de um PT..................................................................................................6
4.4. Levantamento das Potencias dos PT’s.......................................................................................7
4.5. Registo das Medições de Cargas Eléctricas...............................................................................7
4.6. Alimentação de um PTP e Curto-circuito nas Linhas de MT.....................................................7
4.7. Visita e Estudo das Redes Eléctricas Subterrâneas....................................................................8
5. Manutenção Preventiva das Linhas de MT....................................................................................8
6. Estudo dos Projectos das Redes Eléctricas....................................................................................9
6.1. Esquematização da extensão de redes......................................................................................10
6.2. Projectos de electrificação e de extensão de redes...................................................................10
7. Conclusão....................................................................................................................................11
8. Referencias Bibliográficas...........................................................................................................12
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1. Introdução
Neste presente relatório, o formando foi incumbido de apresentar as suas experiencias
profissionais e aspectos relevantes a sua formação profissional, colhidos no seu estágio na
EDM – Electricidade de Moçambique. É de salientar também que o presente relatório está
inclinado para a área de Manutenção Industrial, na especialidade de Electricidade.

Contudo, é sabido que o estágio tem como o objectivo introduzir o formando para a sua
inclusão no mercado de trabalho, através da aplicação dos conhecimentos, habilidades e
atitudes adquiridos ao longo do seu processo de aprendizagem relacionado com a escolha
profissional do estudante. O estágio é um meio em que o estudante possa obter o primeiro
contacto com a realidade conceptual da sua escolha profissional, e prever a carreira
profissional que optará por seguir, a partir da aquisição das experiencias de trabalho exigidas
pelo mercado de trabalho.

É de frisar também que o estágio apresenta uma importância muito significativa a


formação do estudante, pois abre um caminho para o desenvolvimento de competências e
habilidades sob o processo de supervisão e enriquece o currículo do estudante de licenciatura
ou do experiente no mercado de trabalho à procura de uma recolocação na formação
académica, e mais importante, a entrada de um estudante no mercado de trabalho da sua área
profissional.

Durante o estágio na EDM, as actividades realizadas encontram-se enquadradas nas


seguintes áreas: Extensão de Redes Eléctricas BT (Baixa Tensão), Análise das Medições de
Cargas Eléctricas nos PT’s (Postos de Transformação), Manutenção Preventiva das Redes
Eléctricas MT (Média Tensão), e Estudo de Projectos de Redes Eléctricas.

1.1. Objectivo geral:

 Relatar todas as experiencias e aspectos adquiridos no estagio

1.2. Objectivos específicos:

 Colher todos os dados informativos sobre a instituição acolhedora do estágio


profissional
 Explicar os factos ocorridos durante o estágio presenciados pelo estudante
 Apresentar os conhecimentos e habilidades adquiridos pelo estudante durante o
estágio
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 Comentar sobre os aspectos éticos e relações profissionais desenvolvidas pelo


estudante durante o estágio
 Descrever a divisão das actividades realizadas pelo estudante no campo de estágio

1.3. Metodologia

As metodologias usadas na elaboração do presente relatório são o Estudo de Campo, a


Observação e a Entrevista.

2. Breve Historial da EDM

A EDM é uma empresa estatal moçambicana que foi criada em 27 de Agosto de 1977, há
dois anos após a Independência de Moçambique. O objectivo global da empresa era de
estabelecer e exportar o serviço público de Produção, Transporte e Distribuição de Energia
Eléctrica.

Uma das principais actividades da EDM, nos seus primórdios, foi de centralizar os centros
de produção num único corpo a fim de melhorar, nas condições difíceis na época, a satisfação
das necessidades de uso de energia eléctrica para o desenvolvimento dos sectores produtivos
(agrícola e industrial), dos serviços e do consumo domestico (residencial e comercial).

3. Extensão de Redes Eléctricas BT

Nas primeiras semanas do estágio, o estudante trabalhou na área de manutenção com a


maioria dos colegas do trabalho sendo electricistas médios ou técnicos. Em todas as manhãs,
todos os electricistas reuniram-se na Oficina da Manutenção para assistir as palestras diárias
sobre as “5 Regras de Ouro para Salvar Vidas”. As regras, que outrora estabelecidas pela
EDM, visavam consciencializar os electricistas sobre os riscos e causas de acidentes de
trabalho que podem ocorrer durante o exercer das suas actividades, tendo em conta o
princípio de HST para o fim último de garantir a saúde e segurança dos electricistas.

As cinco regras de ouro são:

 1. Avaliação de Risco (sem avaliação de risco, não há trabalho)


 2. Actos ou Condições Inseguras (não tolera nenhuma actividade que seja executada
de forma insegura)
 3. Isolamento (não intervir nos equipamentos em tensão, se não houver nenhuma
autorização baseada na avaliação de risco
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 4. Álcool e Drogas (não se apresentar no local de trabalho depois ou sob o efeito de


álcool ou drogas)
 5. Viaturas e Equipamentos Móveis Pesados (não operar nenhum equipamento móvel
se não estiver habilitado ou autorizado)

Depois das palestras, as actividades eram divididas por brigadas: a brigada das avarias, a
brigada da manutenção de redes, a brigada da extensão de redes. A brigada em que o
estudante estava inserido era composta por estagiários do ensino médio e por alguns técnicos
experientes que auxiliavam nas actividades.

A brigada dos estagiários trabalhava mais na Extensão de Redes BT. A extensão de redes
consistia em expandir a rede de distribuição BT, implantando postes de fornecimento de
energia para residências remotas localizadas em zonas com falta de corrente eléctrica. Na
participação do estudante, a actividade de extensão de redes foi executada nos bairros de
Muntanhane, Santa Isabel e Paftine. A extensão de redes consistia em três fases: abertura de
covas, implantação de postes, e lançamento de cabos eléctricos BT.

3.1. Abertura de Covas

Para implantar um poste, deve-se primeiramente abrir uma cova. A cova deve ter 1.5m de
profundidade, de acordo com as normas estabelecidas EDM. O comprimento da cova deve
ser o mesmo que o comprimento da pá, e a largura não pode ser muito grande para poder
assegurar a boa implantação do poste.

3.2. Implantação de Postes

Entre dois postes BT era considerado um vão de 40m a 45m. Os postes eram transportados
com as viaturas pesadas da EDM, amarrados fortemente a um Estroto amarrado à viatura e
distribuídos nas suas respectivas covas. Depois, fez-se um furo no topo de cada poste com um
instrumento denominado Trado, para depois, enfiar as espias nos postes. A base de um poste
era mais pesada em relação ao topo, então a base de cada poste era implantada na sua cova.
Para carregar um poste era preciso trabalho em equipa, para poder fixar o poste à parte mais
funda da cova e girar o poste para orientar a siga em direcção a via. Em seguida, alinhava-se
o poste numa posição recta, para depois fechar a cova com areia.
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3.3. Lançamento de Cabos Eléctricos BT

Depois da implantação dos postes, a brigada retomava ao local de trabalho com um rolo
extenso de cabo torçado ABC, para lança-lo através dos postes e estica-lo nas espias de um
poste para o outro. Em cada poste, um electricista escalava um poste com os estribos e um
cinto bem apertado para garantir a sua segurança ao trabalhar no topo do poste. Os estribos
eram calçados e bem apertados pelo electricista para poder escalar o poste sem riscos de
tropeçar. O cinto permitia que o electricista mantivesse bem posicionado no topo do poste
para que possa trabalhar sem perder o equilibrio.

3.4. Montagem de Quadros Eléctricos e Baixadas BT

Esta actividade foi realizada na Escola Primária Completa 16 de Julho, em Kumbeza. Os


quadros eléctricos usados na montagem eram fabricados pela EDM. Os quadros eléctricos
foram montados em quatro salas de aula.

Após a montagem dos quadros eléctricos, ligamos os cabos torçados BT aos quadros
eléctricos, e derivamos todos eles a baixada eléctrica. Montou-se a baixada num poste
eléctrico em frente aos pavilhões das salas de aula onde efectuou-se a montagem dos quadros
eléctricos. Na caixa de derivação do poste, montou-se um contador onde ligou-se os cabos
vindos dos quadros eléctricos e a rede eléctrica BT. No mesmo poste, ligou-se também um
candeeiro de iluminação pública.

4. Analise das Medições de Cargas Eléctricas nos PT’s

Na segunda fase do estágio, o estudante passou a trabalhar no Departamento de


Manutenção na Delegação de Ka Guava. Trabalhou-se mais na elaboração de relatórios de
Medições Eléctricas dos PT’s e fez-se alguns estudos a respeito das medições. Os PT’s são os
componentes vitais duma rede de distribuição MT, pois eles são constituídos por um
transformador e um pórtico que aloja os seus dispositivos de protecção e de isolamento, para
além do seu armário que contém os circuitos de distribuição de energia elétrica em baixa
tensão para as áreas residenciais. Para além das análises, o estudante fez também o estudo dos
dispositivos de protecção do PT, o aterramento do PT e o estudo de Redes Eléctricas
Subterrâneas.
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4.1. Assimilação de Cargas Eléctricas

Nesta actividade, o supervisor apresentou ao estudante fichas de levantamento de cargas


eléctricas, feitas em diversos PT’s distribuídos em todas as linhas MT em todo o distrito de
Ka Guava. A ficha mostrava os campos onde o técnico preenche o número do PT, a
localização e a potência aparente do transformador, para além das tabelas que indicam os
valores medidos de tensão simples e de tensão composta nas fases R,S e T, os valores de
resistência a terra e os valores das correntes de cada fase. Na tabela das correntes das fases,
cada fase vinha com um determinado número de saídas, dependendo do transformador. Após
efectuar as medições em todas as saídas de cada fase, deve-se fazer, em seguida, o somatório
das correntes das saídas para encontrar um valor aproximadamente ou igual a corrente da fase
subsequente no barramento principal.

As medições eléctricas analisadas pelo estudante e o supervisor têm sido defeituosas, por
parte dos técnicos, obtendo valores muito maiores em relação ao valor do barramento. Os
circuitos obedeciam a Primeira Lei de Kirchhoff: “a soma das correntes de entrada deve ser
igual a soma das correntes de saída”. Quando as medidas não obedeciam esta lei, eram
consideradas defeituosas, devido a vários factores: falha na calibragem do instrumento de
medição, falha de observação ou de posicionamento do instrumento de medição, e defeitos
nos fusíveis que permitiam a passagem das correntes do barramento para as saídas.

4.2. Estudo da composição de um PT

O supervisor levou o estudante para o PT39, na Delegação de Ka Guava, para estudar a


sua constituição. O PT era constituído por um pórtico de dois postes, contendo duas travessas
para os dispositivos de protecção para o transformador, sendo eles os seccionadores e os
para-raios. O PT era também constituído por um armário, onde estão alojados os circuitos que
o transformador alimenta.

O transformador possuía uma certa potência, que por sua vez, permitia dimensionar a
protecção geral do PT. A protecção geral pode ser feita por dois dispositivos de protecção: o
disjuntor de corte geral e os fusíveis. Cada dispositivo de protecção continha uma certa
irregularidade: o corte geral tem o defeito de conduzir a corrente eléctrica, por algumas das
vezes, quando estiver desligado, enquanto os fusíveis são removíveis da rede em tensão.

Os demais dispositivos do circuito estão organizados segundo a Selectividade. A


Selectividade consistia em instalar os dispositivos de protecção segundo a sua corrente
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nominal, a partir do disjuntor de maior corrente para o disjuntor de menor corrente. Existiam
também contadores e um contactor trifásico. O contactor manobrava o circuito da IP pelo
comando da fotocélula. Os contadores contabilizavam o uso de energia da IP e o consumo
geral.

O disjuntor de corte geral tinha todas as saídas do transformador ligadas nas suas
respectivas entradas em secção dupla. Dois condutores de 95 mm 2 estavam ligados em cada
fase, formando uma secção de 190 mm2 em cada entrada do corte geral. Ao efectuar uma
medição de cargas no PT39 com uma Pinça Amperimétrica, mediu-se a corrente de entrada
de cada fase.

4.3. Guia e estudo das Redes de Distribuição MT

O estudante foi guiado pelo supervisor através das Linhas de Distribuição Eléctrica. Numa
Linha de Distribuição, existiam dois perfis de postes: vertical e horizontal. O perfil vertical
está sujeito a contornamentos das fases. Um poste MT continha isoladores de passagem,
também conhecidos por ferragens, que permitiam a separação entre a linha e o poste. As
ferragens possuíam um isolador a verniz e eram feitas de porcelana.

a) Estudo dos Seccionadores


Existem dois tipos de Seccionadores usados nas Redes Eléctricas na EDM: os Dropout e
os Solid Link. A tabela abaixo mostra a comparação entre os dois tipos de Seccionadores:

Seccionadores Dropout Seccionadores Solid Link

 Usa uma base de cartucho  Possui um ferro próprio para


encaixamento
 Tem um Link interno calibrável,
consoante as necessidades do  Não é calibrável
utilizador
 É usado em caso de curto-circuitos
 Exerce a função de abertura em
 Tem mais tempo de vida que os
quaisquer anomalias na rede
Seccionadores Dropout
eléctrica

b) Estudo do Aterramento de um PT

O aterramento de um PT era feito usando eléctrodos de bronze ou de cobre. A


configuração da terra de um PT pode ser triangular, quadrada ou rectangular. Enterrou-se
cada eléctrodo na sua cova, cuja distância entre elas correspondia o cumprimento do
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eléctrodo. As covas devem conter 2m de profundidade, no mínimo, no caso dos eléctrodos


tiverem menor cumprimento.

O condutor que ligava o eléctrodo de terra ao PT era também de bronze ou de cobre,


unindo-se ao eléctrodo através de grampos. Aumentava-se o cumprimento do eléctrodo
fazendo a união entre dois ou mais eléctrodos usando uniões. O eléctrodo era espectado na
parte mais funda da cova. Aterrou-se as diversas partes do PT a uma ou mais terras, que eram
chamadas as Terras de Protecção, e aterrou-se o neutro a uma terra específica, que era
chamada Terra de Serviço.

4.4. Levantamento das Potencias dos PT’s

Durante a realização da Manutenção Correctiva das Linhas de Distribuição MT que


alimentavam os bairros de Magoanine até Mateque-Guava, o supervisor acompanhou o
estudante para visitar todos os PT’s existentes em todas as Linhas MT daquela região.

Na manha do dia, todos os trabalhadores estavam unidos em Magoanine para receber a


palestra acerca dos riscos e precauções durante a Manutenção Correctiva das Linhas. As
Linhas foram desligadas das subestações a partir da COD, gerando uma indisponibilidade de
corrente eléctrica para as zonas alimentadas pelas Linhas MT. O objectivo da Manutenção
Correctiva era de corrigir as falhas existentes nas redes, para garantir a sua longevidade. Nos
PT’s, era preciso fazer a recolha dos seguintes dados importantes: a Potência do
transformador, o Nível de Óleo, o nº de série e a localização.

4.5. Registo das Medições de Cargas Eléctricas

No Departamento de Manutenção na Delegação Ka Guava, o estudante e o supervisor


fizeram o registro de cargas dos PT’s, segundo as fichas de medições de cargas dos PT’s
feitas pelos técnicos da EDM e a recolha dos dados dos PT’s. Durante o registo de cargas,
tirou-se os seguintes pontos em causa: anomalias nas medições (medições defeituosas), onde
se destacam somatórios das correntes de saída elevadas ou inferiores que a corrente do
barramento ou valores insignificantes da corrente do barramento em relação as correntes de
saída; a falta de registos das potências de alguns PT’s; a falta de registos das localizações dos
PT’s, a falta de dados de protecção geral em alguns PT’s; e as potências duvidosas.

A importância do registo de cargas permitia revelar a situação de cada PT relacionada com


o limite de carga e as suas possíveis anomalias, a necessidade de regulação ou substituição da
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protecção geral de cada PT, e a revisão das medições de cargas nos barramentos e nas suas
respectivas saídas.

4.6. Alimentação de um PTP e Curto-circuito nas Linhas de MT

O supervisor levou o estudante e a sua brigada para uma empresa em Bobole, para
trabalhar na ligação do seu PTP a uma Rede Eléctrica MT. O procedimento consistiu em
quatro fases:

Na 1ª Fase: fez-se o isolamento do poste onde se pretende ligar o PTP. Para tal, fez-se o
aterramento da Linha MT curto-circuitando as fases. Aterrou-se dois pontos distintos do
poste de ligação para impedir a passagem da corrente nos dois lados da Linha. Na 2ª Fase:
ligou-se as ferragens no poste MT onde se pretendia ligar o PTP. As ferragens estavam
orientadas em direcção ao PTP. Na 3ª Fase: estenderam-se os condutores de alumínio,
associados ao PTP, para o poste MT, para fazer a ligação do PTP a Linha MT. Na 4ª Fase:
removeu-se o aterramento e verificou-se a segurança dos técnicos antes de realimentar a
Linha.

4.7. Visita e Estudo das Redes Eléctricas Subterrâneas

As Redes Eléctricas Subterrâneas agregam os espaços de circulação civil sendo


implementadas nas zonas urbanas. Os tipos de cabos usados nas Redes Subterrâneas são de
alumínio e de cobre, especialmente resistentes contra corrosão causada por agentes químicos
provenientes dos ambientes subterrâneos. As linhas subterrâneas possuem também acessórios
interligados entre sí: caixas e armários de derivação e caixas de junção. Os cabos
subterrâneos são de revestimento a óleo ou a seco e as caixas de junção são de alcatrão ou de
chapetone.

Na vista ao PS7, o estudante presenciou um conjunto de mecanismos eléctricos


interligados entre si num barramento de circuito semi-fechado. Os componentes constituintes
do PS7 eram as seguintes: a SE1, SE2 e SE3 eram as entradas de rede vindas de subestações
eléctricas, que transmitiam a entrada da corrente eléctrica para o barramento principal. O PSP
(Ponto de Seccionamento Principal) e o SG (Seccionador Geral) são dois dispositivos de
manobra que estavam integrados, formando um só componente. Eles tinham a função de a
passagem da corrente para o barramento principal. O PTI (Posto de Transformador Integrado)
do PS7 possui um Transformador de 500kVA, que fazia a transformação da tensão existente
no barramento principal.
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5. Manutenção Preventiva das Linhas de MT

Na terceira fase do estágio, o estudante trabalhou com a brigada de Manutenção


Preventiva. A actividade principal desta brigada era a Poda de Arvores próximas as Linhas de
MT. Para além da poda de árvores, as outras actividades realizadas eram a Manutenção dos
PT’s e a Montagem de Pórticos de PT’s.

A poda de árvores nos PT’s consistia em afastar os ramos das árvores das Linhas de MT.
Para além da poda de árvores, efectou-se também o encurtamento de postes BT próximas as
Linhas de MT, que consistia em cortar aos postes BT para diminuir a sua altura. Estas
actividades eram importantes para evitar ocorrências evidentes nas linhas, que
consequentemente resultavam numa Manutenção Correctiva consistindo em impor uma
indisponibilidade de corrente eléctrica para os demais clientes ligados nas redes.

As actividades praticadas relacionadas com a Manutenção dos PT’s eram o isolamento dos
cabos eléctricos com condutores expostos, a substituição de bases de fusíveis avariados, a
regulação de Links de Seccionadores Dropout e a limpeza dos PT’s.

Na montagem dos pórticos de PT’s, os técnicos fizeram a implantação de dois postes com
alturas diferentes, sendo o mais alto para a recepção da rede para o transformador. Em
seguida, montou-se as travessas para alojamento dos dispositivos de isolamento e protecção
do PT.

6. Estudo dos Projectos das Redes Eléctricas

Na última fase do estágio, o estudante foi transmutado para DEP em Mavalane, onde
passou a trabalhar no Gabinete de Estudo de Projectos. O DEP, ou Pelouro de Planeamento e
Desenvolvimento de Negócios, era responsável em fazer o Planeamento e Estatística dos
Projectos de Electrificação de zonas rurais ou urbanas, e de extensão das redes eléctricas.
Fazia-se também a elaboração de projectos e a estimativa do material e mão-de-obra a serem
requisitados no projecto. O ciclo de actividades no DEP segue os seguintes: o cliente faz o
estudo do local e o levantamento de recursos, em seguida o departamento faz a estimativa e o
orçamento do material a ser executado no local, e o armazém faz a requisição do material a
ser implementado no projecto para a sua execução.

No primeiro dia, o supervisor levou o estudante para Muntanhane para fazer marcação dos
pontos de postes e PT’s, usando o dispositivo GPS Garmin GPSMAP 64. Ao exercer da
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actividade, usou-se o GPS para demarcar os vãos entre os postes e marcou-se nos postes pré-
existentes para fazer a extensão da rede a fim de electrificar o local requerido pelo cliente.

No dia seguinte, no DEP, o supervisor transferiu os dados do GPS relativos aos pontos
demarcados, para o programa AutoCAD no computador. Para processar os dados no
programa era necessário primeiro fazer uma sequência de conversões de formato de ficheiro,
para o formato compatível com pograma AutoCAD: os dados eram transferidos do GPS para
o programa dpPower em formato gpx. Em seguida, os dados eram convertidos, de seguida,
para o formato txt., no programa Mapsource. Depois, os dados eram convertidos, no
programa ncisConverter Network, para o formato xyz. Por fim, os dados em formato xyz.,
são convertidos em dxf., para serem processados no AutoCAD.

6.1. Esquematização da extensão de redes

Uma vez que os dados do GPS são processados no computador, o AutoCAD servia para
esquematizar os nossos projectos de eletrificação. O sistema do GPS fazia a leitura das
coordenadas do local, e o programa dpPower permitia identificar as Redes Eléctricas
existentes na região.

Para elaborar um projecto de extensão de rede, deve-se identificar a localização da


residência do cliente que se pretende ligar a rede eléctrica. Depois, identifica-se o ponto mais
próximo da residência para poder fazer a extensão de rede. Deve-se conhecer os códigos de
cores para as respectivas redes eléctricas. As marcações azuis eram as linhas BT 400V, as
marcações verdes eram as linhas MT 33kV e as marcações pretas eram as linhas MT 11kV.
Os símbolos DP com os seus respectivos códigos de números representavam os códigos de
clientes.

6.2. Projectos de electrificação e de extensão de redes

Os projectos de electrificação podiam ser urbanos ou rurais. A electrificação rural exigia


uma maior extensão de área e uma carga leve, e a electrificação urbana exigia uma carga
concentradamente pesada em extensões curtas de área. O dimensionamento do PT para uma
certa área dependia dos seguintes aspectos: a potência de cada cliente existente, a delimitação
da zona, o levantamento de potência de cada cliente. A estimativa de um PT também deve ter
em conta a quantidade de postes BT em função da área e o cumprimento dos cabos, pois
quando maior for o cabo, maior serão as quedas de tensão ao longo da linha.
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Os tipos de ligação de poste usados nos projectos de electrificação são: directa, ponto-a-
ponto e a ligação a comboio. Quando se trata de legenda das linhas eléctricas num projecto,
as ilustrações das linhas eléctricas são verdes para as Linhas MT de 33kV, pretas para as
linhas MT de 11kV, pretas tracejadas para as Linhas subterrâneas MT de 11kV, azuis
tracejadas para as Linhas subterrâneas BT de 400V, e azuis para as Linhas BT de 400V. Os
tipos de cabos e as suas secções, para BT usou-se o cabo torçado e para MT usou-se o cabo
de alumínio de 73 mm2 ou 150 mm2. A configuração dos PT’s era de pórticos ou de alvenaria
para 11kV e de pórticos para 33kV.

7. Conclusão

Terminado o período de estágio, o estudante pôde concluir que este é a fase mais
enriquecedora a nível profissional pois, permitiu que consolidasse os conhecimentos
adquiridos durante a formação como Técnico Superior de Electricidade e contribuiu para o
desenvolvimento de novas competências no contexto da assimilação de medições de cargas
eléctricas, da análise de cargas eléctricas e elaboração de relatórios, para uma boa
manutenção das redes eléctricas.

Os aspectos construtivos adquiridos ao longo do estágio profissional foram o


amadurecimento de caracter, a capacidade de trabalhar sob pressão e uma boa interacção
entre os colegas e colaboradores de trabalho. O estudante aprendeu a sensibilizar os colegas
com opiniões ao respeito das actividades desencadeadas na empresa e a resistir a
procrastinação e o nervosismo durante as palestras diárias e os momentos de muita atenção.

Os trabalhos realizados durante o estágio, como a Implantação de Postes BT e a


Manutenção das Redes Eléctricas, requeriam muita persistência e força física acompanhados
pela variação das condições de temperatura.

Quanto ao desenvolvimento de habilidades foi positivo pois, o estudante pôde demonstrar


com base nas minhas competências em trabalhos em equipas embora parecesse claramente
difícil de adquirir experiências novas em um curto período de tempo.

Como gesto de elogio, as actividades de um trabalhador da EDM são muito árduas pois
são sujeitos a trabalhar independentemente das condições atmosféricas, e merecem um
grande reconhecimento pelas comunidades.
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8. Referencias Bibliográficas

 http://blogs.diariodonordeste.com.br/cariri/cidades/fiacao-de-telecomunicacao-dos-
postes-serao-fiscalizados-no-cariri/19572
 https://www.ultimasnoticias.inf.br/noticia/rede-de-alta-tensao-se-mistura-a-galhos-de-
arvore-no-centro-de-formiga/
 https://www.copel.com/hpcopel/guia_arb/depois_de_plantar2.html
 https://www.123rf.com/photo_120261287_high-voltage-drop-out-fuse-on-electricity-
post.html
 https://www.mrjs.pt/?zona=ctlg&fam=465&lng=es&id=1255
 https://sesolucao.com.br/produtos/conjunto-de-aterramento-temporario-para-redes-de-
media-tensao-ate-36-kv-se10845-2/
 http://www.nemotek.pt/servicos/responsabilidade-pt/
 https://versus.com/en/garmin-gpsmap-64-vs-garmin-gpsmap-64s
 https://www.eem.pt/pt/conteudo/sistemael%C3%A9trico/distribui
%C3%A7%C3%A3o/postos-de-transforma%C3%A7%C3%A3o/
 https://www.eem.pt/pt/conteudo/sistemael%C3%A9trico/distribui
%C3%A7%C3%A3o/rede-de-m%C3%A9dia-tens%C3%A3o/
 https://www.eem.pt/pt/conteudo/sistemael%C3%A9trico/distribui
%C3%A7%C3%A3o/rede-de-baixa-tens%C3%A3o/

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