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1. Introdução......................................................................................................................................1
1.1. Objectivo geral:.........................................................................................................................1
1.2. Objectivos específicos:..............................................................................................................1
1.3. Metodologia...............................................................................................................................2
2. Breve Historial da EDM................................................................................................................2
3. Extensão de Redes Eléctricas BT...................................................................................................2
3.1. Abertura de Covas.....................................................................................................................3
3.2. Implantação de Postes................................................................................................................3
3.3. Lançamento de Cabos Eléctricos BT.........................................................................................3
3.4. Montagem de Quadros Eléctricos e Baixadas BT......................................................................4
4. Analise das Medições de Cargas Eléctricas nos PT’s....................................................................4
4.1. Assimilação de Cargas Eléctricas..............................................................................................4
4.2. Estudo da composição de um PT...............................................................................................5
4.3. Guia e estudo das Redes de Distribuição MT............................................................................6
a) Estudo dos Seccionadores..............................................................................................................6
b) Estudo do Aterramento de um PT..................................................................................................6
4.4. Levantamento das Potencias dos PT’s.......................................................................................7
4.5. Registo das Medições de Cargas Eléctricas...............................................................................7
4.6. Alimentação de um PTP e Curto-circuito nas Linhas de MT.....................................................7
4.7. Visita e Estudo das Redes Eléctricas Subterrâneas....................................................................8
5. Manutenção Preventiva das Linhas de MT....................................................................................8
6. Estudo dos Projectos das Redes Eléctricas....................................................................................9
6.1. Esquematização da extensão de redes......................................................................................10
6.2. Projectos de electrificação e de extensão de redes...................................................................10
7. Conclusão....................................................................................................................................11
8. Referencias Bibliográficas...........................................................................................................12
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1. Introdução
Neste presente relatório, o formando foi incumbido de apresentar as suas experiencias
profissionais e aspectos relevantes a sua formação profissional, colhidos no seu estágio na
EDM – Electricidade de Moçambique. É de salientar também que o presente relatório está
inclinado para a área de Manutenção Industrial, na especialidade de Electricidade.
Contudo, é sabido que o estágio tem como o objectivo introduzir o formando para a sua
inclusão no mercado de trabalho, através da aplicação dos conhecimentos, habilidades e
atitudes adquiridos ao longo do seu processo de aprendizagem relacionado com a escolha
profissional do estudante. O estágio é um meio em que o estudante possa obter o primeiro
contacto com a realidade conceptual da sua escolha profissional, e prever a carreira
profissional que optará por seguir, a partir da aquisição das experiencias de trabalho exigidas
pelo mercado de trabalho.
1.3. Metodologia
A EDM é uma empresa estatal moçambicana que foi criada em 27 de Agosto de 1977, há
dois anos após a Independência de Moçambique. O objectivo global da empresa era de
estabelecer e exportar o serviço público de Produção, Transporte e Distribuição de Energia
Eléctrica.
Uma das principais actividades da EDM, nos seus primórdios, foi de centralizar os centros
de produção num único corpo a fim de melhorar, nas condições difíceis na época, a satisfação
das necessidades de uso de energia eléctrica para o desenvolvimento dos sectores produtivos
(agrícola e industrial), dos serviços e do consumo domestico (residencial e comercial).
Depois das palestras, as actividades eram divididas por brigadas: a brigada das avarias, a
brigada da manutenção de redes, a brigada da extensão de redes. A brigada em que o
estudante estava inserido era composta por estagiários do ensino médio e por alguns técnicos
experientes que auxiliavam nas actividades.
A brigada dos estagiários trabalhava mais na Extensão de Redes BT. A extensão de redes
consistia em expandir a rede de distribuição BT, implantando postes de fornecimento de
energia para residências remotas localizadas em zonas com falta de corrente eléctrica. Na
participação do estudante, a actividade de extensão de redes foi executada nos bairros de
Muntanhane, Santa Isabel e Paftine. A extensão de redes consistia em três fases: abertura de
covas, implantação de postes, e lançamento de cabos eléctricos BT.
Para implantar um poste, deve-se primeiramente abrir uma cova. A cova deve ter 1.5m de
profundidade, de acordo com as normas estabelecidas EDM. O comprimento da cova deve
ser o mesmo que o comprimento da pá, e a largura não pode ser muito grande para poder
assegurar a boa implantação do poste.
Entre dois postes BT era considerado um vão de 40m a 45m. Os postes eram transportados
com as viaturas pesadas da EDM, amarrados fortemente a um Estroto amarrado à viatura e
distribuídos nas suas respectivas covas. Depois, fez-se um furo no topo de cada poste com um
instrumento denominado Trado, para depois, enfiar as espias nos postes. A base de um poste
era mais pesada em relação ao topo, então a base de cada poste era implantada na sua cova.
Para carregar um poste era preciso trabalho em equipa, para poder fixar o poste à parte mais
funda da cova e girar o poste para orientar a siga em direcção a via. Em seguida, alinhava-se
o poste numa posição recta, para depois fechar a cova com areia.
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Depois da implantação dos postes, a brigada retomava ao local de trabalho com um rolo
extenso de cabo torçado ABC, para lança-lo através dos postes e estica-lo nas espias de um
poste para o outro. Em cada poste, um electricista escalava um poste com os estribos e um
cinto bem apertado para garantir a sua segurança ao trabalhar no topo do poste. Os estribos
eram calçados e bem apertados pelo electricista para poder escalar o poste sem riscos de
tropeçar. O cinto permitia que o electricista mantivesse bem posicionado no topo do poste
para que possa trabalhar sem perder o equilibrio.
Após a montagem dos quadros eléctricos, ligamos os cabos torçados BT aos quadros
eléctricos, e derivamos todos eles a baixada eléctrica. Montou-se a baixada num poste
eléctrico em frente aos pavilhões das salas de aula onde efectuou-se a montagem dos quadros
eléctricos. Na caixa de derivação do poste, montou-se um contador onde ligou-se os cabos
vindos dos quadros eléctricos e a rede eléctrica BT. No mesmo poste, ligou-se também um
candeeiro de iluminação pública.
As medições eléctricas analisadas pelo estudante e o supervisor têm sido defeituosas, por
parte dos técnicos, obtendo valores muito maiores em relação ao valor do barramento. Os
circuitos obedeciam a Primeira Lei de Kirchhoff: “a soma das correntes de entrada deve ser
igual a soma das correntes de saída”. Quando as medidas não obedeciam esta lei, eram
consideradas defeituosas, devido a vários factores: falha na calibragem do instrumento de
medição, falha de observação ou de posicionamento do instrumento de medição, e defeitos
nos fusíveis que permitiam a passagem das correntes do barramento para as saídas.
O transformador possuía uma certa potência, que por sua vez, permitia dimensionar a
protecção geral do PT. A protecção geral pode ser feita por dois dispositivos de protecção: o
disjuntor de corte geral e os fusíveis. Cada dispositivo de protecção continha uma certa
irregularidade: o corte geral tem o defeito de conduzir a corrente eléctrica, por algumas das
vezes, quando estiver desligado, enquanto os fusíveis são removíveis da rede em tensão.
nominal, a partir do disjuntor de maior corrente para o disjuntor de menor corrente. Existiam
também contadores e um contactor trifásico. O contactor manobrava o circuito da IP pelo
comando da fotocélula. Os contadores contabilizavam o uso de energia da IP e o consumo
geral.
O disjuntor de corte geral tinha todas as saídas do transformador ligadas nas suas
respectivas entradas em secção dupla. Dois condutores de 95 mm 2 estavam ligados em cada
fase, formando uma secção de 190 mm2 em cada entrada do corte geral. Ao efectuar uma
medição de cargas no PT39 com uma Pinça Amperimétrica, mediu-se a corrente de entrada
de cada fase.
O estudante foi guiado pelo supervisor através das Linhas de Distribuição Eléctrica. Numa
Linha de Distribuição, existiam dois perfis de postes: vertical e horizontal. O perfil vertical
está sujeito a contornamentos das fases. Um poste MT continha isoladores de passagem,
também conhecidos por ferragens, que permitiam a separação entre a linha e o poste. As
ferragens possuíam um isolador a verniz e eram feitas de porcelana.
b) Estudo do Aterramento de um PT
protecção geral de cada PT, e a revisão das medições de cargas nos barramentos e nas suas
respectivas saídas.
O supervisor levou o estudante e a sua brigada para uma empresa em Bobole, para
trabalhar na ligação do seu PTP a uma Rede Eléctrica MT. O procedimento consistiu em
quatro fases:
Na 1ª Fase: fez-se o isolamento do poste onde se pretende ligar o PTP. Para tal, fez-se o
aterramento da Linha MT curto-circuitando as fases. Aterrou-se dois pontos distintos do
poste de ligação para impedir a passagem da corrente nos dois lados da Linha. Na 2ª Fase:
ligou-se as ferragens no poste MT onde se pretendia ligar o PTP. As ferragens estavam
orientadas em direcção ao PTP. Na 3ª Fase: estenderam-se os condutores de alumínio,
associados ao PTP, para o poste MT, para fazer a ligação do PTP a Linha MT. Na 4ª Fase:
removeu-se o aterramento e verificou-se a segurança dos técnicos antes de realimentar a
Linha.
A poda de árvores nos PT’s consistia em afastar os ramos das árvores das Linhas de MT.
Para além da poda de árvores, efectou-se também o encurtamento de postes BT próximas as
Linhas de MT, que consistia em cortar aos postes BT para diminuir a sua altura. Estas
actividades eram importantes para evitar ocorrências evidentes nas linhas, que
consequentemente resultavam numa Manutenção Correctiva consistindo em impor uma
indisponibilidade de corrente eléctrica para os demais clientes ligados nas redes.
As actividades praticadas relacionadas com a Manutenção dos PT’s eram o isolamento dos
cabos eléctricos com condutores expostos, a substituição de bases de fusíveis avariados, a
regulação de Links de Seccionadores Dropout e a limpeza dos PT’s.
Na montagem dos pórticos de PT’s, os técnicos fizeram a implantação de dois postes com
alturas diferentes, sendo o mais alto para a recepção da rede para o transformador. Em
seguida, montou-se as travessas para alojamento dos dispositivos de isolamento e protecção
do PT.
Na última fase do estágio, o estudante foi transmutado para DEP em Mavalane, onde
passou a trabalhar no Gabinete de Estudo de Projectos. O DEP, ou Pelouro de Planeamento e
Desenvolvimento de Negócios, era responsável em fazer o Planeamento e Estatística dos
Projectos de Electrificação de zonas rurais ou urbanas, e de extensão das redes eléctricas.
Fazia-se também a elaboração de projectos e a estimativa do material e mão-de-obra a serem
requisitados no projecto. O ciclo de actividades no DEP segue os seguintes: o cliente faz o
estudo do local e o levantamento de recursos, em seguida o departamento faz a estimativa e o
orçamento do material a ser executado no local, e o armazém faz a requisição do material a
ser implementado no projecto para a sua execução.
No primeiro dia, o supervisor levou o estudante para Muntanhane para fazer marcação dos
pontos de postes e PT’s, usando o dispositivo GPS Garmin GPSMAP 64. Ao exercer da
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actividade, usou-se o GPS para demarcar os vãos entre os postes e marcou-se nos postes pré-
existentes para fazer a extensão da rede a fim de electrificar o local requerido pelo cliente.
No dia seguinte, no DEP, o supervisor transferiu os dados do GPS relativos aos pontos
demarcados, para o programa AutoCAD no computador. Para processar os dados no
programa era necessário primeiro fazer uma sequência de conversões de formato de ficheiro,
para o formato compatível com pograma AutoCAD: os dados eram transferidos do GPS para
o programa dpPower em formato gpx. Em seguida, os dados eram convertidos, de seguida,
para o formato txt., no programa Mapsource. Depois, os dados eram convertidos, no
programa ncisConverter Network, para o formato xyz. Por fim, os dados em formato xyz.,
são convertidos em dxf., para serem processados no AutoCAD.
Uma vez que os dados do GPS são processados no computador, o AutoCAD servia para
esquematizar os nossos projectos de eletrificação. O sistema do GPS fazia a leitura das
coordenadas do local, e o programa dpPower permitia identificar as Redes Eléctricas
existentes na região.
Os tipos de ligação de poste usados nos projectos de electrificação são: directa, ponto-a-
ponto e a ligação a comboio. Quando se trata de legenda das linhas eléctricas num projecto,
as ilustrações das linhas eléctricas são verdes para as Linhas MT de 33kV, pretas para as
linhas MT de 11kV, pretas tracejadas para as Linhas subterrâneas MT de 11kV, azuis
tracejadas para as Linhas subterrâneas BT de 400V, e azuis para as Linhas BT de 400V. Os
tipos de cabos e as suas secções, para BT usou-se o cabo torçado e para MT usou-se o cabo
de alumínio de 73 mm2 ou 150 mm2. A configuração dos PT’s era de pórticos ou de alvenaria
para 11kV e de pórticos para 33kV.
7. Conclusão
Terminado o período de estágio, o estudante pôde concluir que este é a fase mais
enriquecedora a nível profissional pois, permitiu que consolidasse os conhecimentos
adquiridos durante a formação como Técnico Superior de Electricidade e contribuiu para o
desenvolvimento de novas competências no contexto da assimilação de medições de cargas
eléctricas, da análise de cargas eléctricas e elaboração de relatórios, para uma boa
manutenção das redes eléctricas.
Como gesto de elogio, as actividades de um trabalhador da EDM são muito árduas pois
são sujeitos a trabalhar independentemente das condições atmosféricas, e merecem um
grande reconhecimento pelas comunidades.
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8. Referencias Bibliográficas
http://blogs.diariodonordeste.com.br/cariri/cidades/fiacao-de-telecomunicacao-dos-
postes-serao-fiscalizados-no-cariri/19572
https://www.ultimasnoticias.inf.br/noticia/rede-de-alta-tensao-se-mistura-a-galhos-de-
arvore-no-centro-de-formiga/
https://www.copel.com/hpcopel/guia_arb/depois_de_plantar2.html
https://www.123rf.com/photo_120261287_high-voltage-drop-out-fuse-on-electricity-
post.html
https://www.mrjs.pt/?zona=ctlg&fam=465&lng=es&id=1255
https://sesolucao.com.br/produtos/conjunto-de-aterramento-temporario-para-redes-de-
media-tensao-ate-36-kv-se10845-2/
http://www.nemotek.pt/servicos/responsabilidade-pt/
https://versus.com/en/garmin-gpsmap-64-vs-garmin-gpsmap-64s
https://www.eem.pt/pt/conteudo/sistemael%C3%A9trico/distribui
%C3%A7%C3%A3o/postos-de-transforma%C3%A7%C3%A3o/
https://www.eem.pt/pt/conteudo/sistemael%C3%A9trico/distribui
%C3%A7%C3%A3o/rede-de-m%C3%A9dia-tens%C3%A3o/
https://www.eem.pt/pt/conteudo/sistemael%C3%A9trico/distribui
%C3%A7%C3%A3o/rede-de-baixa-tens%C3%A3o/