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ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS

NÁUTICAS
Departamento de Rádio
Curso de Engenharia Eletrónica e de Telecomunicações

Electrónica de Potência I

TRANSFORMADOR E POSTO DE TRANSFORMAÇÃO

Turma: 4R 4ºAno Sala: 203 1º Semestre

Discentes: Docente:

Edmilson Rui Chaúque Ph.D. Hélio Amone Gove

Maputo, Setembro de 2022


INDICE
CAPÍTULO-I INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 1
1.1. Objectivos do Trabalho ....................................................................................................... 1
1.1.1. Objectivo Geral ................................................................................................................. 1
1.1.2. Objectivos específicos ........................................................................................................ 1
1.2. Metodologia de Trabalho................................................................................................. 1
1.2.1. 1ª Fase: Delimitação e contextualização do Tema .............................................. 2
1. 2.2. 2ª Fase: Análise e discussão da informação ....................................................... 2
1.2.3. 3ª Fase: Compilação do trabalho ......................................................................... 3
CAPÍTULO II – REVISÃO DA LITERATURA ......................................................................... 4
2.1. Transformador ..................................................................................................................... 4
2.2. Princípio de funcionamento do transformador ................................................................. 4
2.3. Tipos e construção dos transformadores............................................................................ 5
2.4. Transformador Ideal............................................................................................................ 7
2.5. Transformador real – circuito eléctrico equivalente......................................................... 7
2.6. Tipos de transformadores .................................................................................................... 8
2.6.1.Transformador de corrente: ......................................................................................... 8
2.6.2. Transformadores de potêncial: .................................................................................... 9
2.6.3. Transformador de distribuição: .................................................................................. 9
2.6.4. Transformadores de Força:.......................................................................................... 9
2.6.5. Transformador elevador e abaixador de tensão: ....................................................... 9
2.6.5.1. Número de bobinas: ............................................................................................... 9
2.6.5.2. Ferro magnético: .................................................................................................. 10
2.6.5.3. Núcleo de ar: ......................................................................................................... 10
2.6.5.4. Monofásicos: ......................................................................................................... 10
2.6.5.5. Trifásico: ............................................................................................................... 10
2.6.5.6. Polifásico: .............................................................................................................. 10
2.7. Transformadores: Aplicações ........................................................................................... 10
3. Posto de Transformação ....................................................................................................... 11
3.1. Constituição do posto de transformação ...................................................................... 11
3.2. Manutenção dos postos de transformação ................................................................... 11
3.2.1. Tipos de Manutenção .............................................................................................. 11
3.2.1.1. Manutenção Proactiva ..................................................................................... 11
3.2.1.2. Manutenção Preditiva ...................................................................................... 12
3.2.1.3. Manutenção Preventiva ................................................................................... 12
3.2.1.4. Manutenção Reactiva ....................................................................................... 12

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3.3. Cuidados a terno PT .......................................................................................................... 12
3.4. Tipos de PT ......................................................................................................................... 13
4. Conclusão ............................................................................................................................... 14
5. Referências Bibliográficas .................................................................................................... 15

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CAPÍTULO-I INTRODUÇÃO
O presente trabalho enquadra-se na disciplina de electrónica de potência I, desenvolvido
na perspectiva de compreender o transformador e posto de transformação. Um
transformador é um equipamento utilizado para redução ou aumento de tensão. Segundo
esta aplicabilidade, ele pode ser definido como transformador abaixador ou elevador (de
tensão). Um transformador e constituído normalmente de um enrolamento primário (em
que aplicamos a tensão de entrada), um enrolamento secundário (em que obtemos a tensão
de saida desejada) e um caminho otimizado para o fluxo magnético, que e o grande
responsável pela transformador.
A energia eléctrica que é consumida nas residências, indústrias, escolas, hospitais, etc.,
vem de um sistema muito complexo, que compreende etapas diferentes, desde a sua
geração, a transformação e ou conversão, o transporte, até distribuição aos locais de
consumo. Em cada uma dessas etapas é preciso que sejam alterados os parâmetros da
energia de modo a adequa-la a cada uma dessas etapas.

1.1. Objectivos do Trabalho

1.1.1. Objectivo Geral


 Compreender o transformador e posto de transformação

1.1.2. Objectivos específicos


1 Caracterizar o transformador
2 Apresentar seu princípio de funcionamento do transformador
3 Diferenciar o modelo ideal do real
4 Apresentar aplicações
5 Apresentar o conceito do posto de transformação

1.2. Metodologia de Trabalho


Esta secção é de extrema importância, pois “é na metodologia que se descreve e se explica
os métodos que foram aplicados ao longo do trabalho, de forma a sistematizar os
procedimentos adoptados durante as várias etapas, procurando garantir a validade e a
fidelidade dos resultados”.

Por outro lado, metodologia na visão de GIL (2008, p.15), “os métodos de recolha de
informação têm por objectivo proporcionar ao investigador os meios técnicos para
garantir a objectividade e a precisão. […] Mais especificamente, visam fornecer a

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orientação necessária à realização da pesquisa, sobretudo no referente à obtenção,
processamento e validação dos dados pertinentes à problemática que está a ser
investigada”.

GIL (1999) define Metodologia como sendo “o método ou conjunto de procedimentos


intelectuais e técnicos adoptados para atingir um determinado propósito ou
conhecimento.” Para o autor existem três (3) tipos de pesquisa quanto aos objetivos
nomeadamente: exploratória, descritiva e explicativa.

Sendo assim, o presente trabalho caracteriza-se com a pesquisa exploratória de modo a


proporcionar maior aprofundamento do tema com vista a torna-o explícito. Nele contem
levantamento bibliográfico; análise de exemplos que estimulem a compreensão assume
em geral, as formas de Pesquisas bibliográfica, documental e virtual. Para a
materialização deste trabalho a metodologia usada seguiu três (3) fases distintas
nomeadamente:

1.2.1. 1ª Fase: Delimitação e contextualização do Tema


Esta fase consistiu na identificação e leitura de obras literárias e documentos que foram
de grande relevância para a delimitação do tema e recolha de informação para a
elaboração do trabalho. Baseou-se em três (3) técnicas nomeadamente:

a) Pesquisa bibliográfica – GIL (1999) considera pesquisa bibliográfica quando “elaborada


a partir de material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos periódicos
e actualmente com material disponibilizado na Internet.” Esta técnica consistiu na recolha
de informação em diversas obras literárias de autores que versam sobre o tema em estudo.
b) Pesquisa documental – Para GIL (1999), considera-se pesquisa documental quando
elaborada a partir de materiais que ainda não receberam tratamento analítico. Possibilitou
a consulta e leitura de documentos que abordam de maneira clara sobre o tema em estudo.
Consulta virtual – A pesquisa virtual é realizada através de um dispositivo com acesso
a internet onde através de ferramentas de busca (como o Google académico) é realizada
a pesquisa de informações sobre Transformador e posto de transformação.

1. 2.2. 2ª Fase: Análise e discussão da informação


Após a delimitação e contextualização do tema, passou-se para a fase de análise e
discussão da informação, onde se apresentou métodos que foram úteis para a realização
do trabalho como forma de dar sentido e coerência.

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1.2.3. 3ª Fase: Compilação do trabalho
Feita a análise e confrontação dos dados obtidos na pesquisa bibliográfica, documental e
virtual. Nos estudos de caso fez-se a compilação e digitalização, ou seja, a redação do
trabalho com base no Microsoft Word, este que constitui o pacote informático de
processamento de texto. Neste ponto apresentaram-se os dados obtidos em forma de
texto.

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CAPÍTULO II – REVISÃO DA LITERATURA
Nesta secção do trabalho, faz-se a discussão de todos aspectos sobre a temática em alusão,
na perspectiva de diversos autores que já discutiram de forna aprofundada ou não. Sendo
que esta discussão parte da apresentação de conceitos até ao último objectivo do trabalho.

2.1. Transformador
Um transformador é um dispositivo que converte, por meio da ação de um campo
magnético, a energia elétrica CA de uma dada frequência e nível de tensão em energia
elétrica CA de mesma frequência, mas outro nível de tensão. Ele consiste em duas ou
mais bobinas de fio enroladas em torno de um núcleo ferromagnético comum. Essas
bobinas (usualmente) não estão conectadas diretamente entre si. A única conexão entre
as bobinas é o fluxo magnético comum presente dentro do núcleo.
Um dos enrolamentos do transformador é ligado a uma fonte de energia elétrica CA e o
segundo (e possivelmente um terceiro) enrolamento do transformador fornece energia às
cargas. O enrolamento do transformador ligado à fonte de energia é denominado
enrolamento primário ou enrolamento de entrada e o enrolamento conectado às cargas é
denominado enrolamento secundário ou enrolamento de saída. Se houver um terceiro
enrolamento, ele será denominado enrolamento terciário.

Fig:1 transformador

2.2. Princípio de funcionamento do transformador

Quando a bobina primária é conectada em uma fonte de corrente alternada, surge ao seu
redor um campo magnético variável. O campo magnético gerado na primeira bobina corta
as espiras da bobina secundária. Como consequência da variação do campo magnético
nas espiras da bobina secundária, surge nessa bobina uma tensão induzida. Essa tensão
induzida é proporcional ao número de linhas magnéticas que cortam a bobina secundária.

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Fig2: Linhas de fluxo magnético no transformador.

O número de espiras da bobina secundária, em relação à bobina primária, faz com que
haja um aumento ou diminuição na intensidade da corrente e da tensão elétrica recebidas.
Dessa forma, se a bobina secundária possuir mais voltas do que a bobina primária, o valor
da tensão e corrente na saída do transformador será maior do que os valores na entrada.
Por outro lado, se o número de espiras da bobina primária for maior do que o número da
bobina secundária, os valores da tensão e corrente elétrica na saída serão menores do que
os valores na entrada do Transformador. Essa relação determina se o transformador será
abaixador ou elevador de tensão ou corrente. Veja a exemplificação dessa relação na
fórmula abaixo.

Fig3: Relação diretamente proporcional do número de espiras e tensão elétrica.

2.3. Tipos e construção dos transformadores


A finalidade principal de um transformador é a de converter a potência elétrica CA de um
nível de tensão em potência elétrica CA de mesma frequência e outro nível de tensão. Os

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transformadores também são usados para outros propósitos (por exemplo, amostragem de
tensão, amostragem de corrente e transformação de impedância).
Contudo, este capítulo será dedicado primariamente ao transformador de potência.
Os transformadores de potência são construídos com um núcleo que pode ser de dois
tipos. Um deles consiste em um bloco retangular laminado simples de aço com os
enrolamentos do transformador envolvendo dois lados do retângulo. Esse tipo de
construção é conhecido como núcleo envolvido e está ilustrado na Figura 4. O outro tipo
consiste em um núcleo laminado de três pernas com os enrolamentos envolvendo a perna
central. Esse tipo de construção é conhecido como núcleo envolvente e está ilustrado na
Figura 5. Em ambos os casos, o núcleo é construído com lâminas ou chapas delgadas,
eletricamente isoladas entre si para minimizar as correntes parasitas. Em um
transformador real, os enrolamentos primário e secundário envolvem um o outro, sendo
o enrolamento de baixa tensão o mais interno. Essa disposição atende a dois propósitos:
1. Simplifica o problema de isolar o enrolamento de alta tensão do núcleo.
2. Resulta muito menos fluxo de dispersão do que seria o caso se os dois enrola mentos
estivessem separados de uma distância no núcleo.

Fig 4: Construção de transformador do tipo núcleo envolvido.

FIGURA 5: (a) Construção de transformador do tipo núcleo envolvente. (b) Um típico transformador de
núcleo envolvente. (Cortesia da General Electric Company)

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2.4. Transformador Ideal
É um transformador sem perdas, isto é, a potência eléctrica obtida no secundário é igual
a potência eléctrica injectada no lado primário.
O transformador representado na figura 6, possui Np espiras de fio no primário e Ns
espiras de fio no secundário.

Fig: 6
A relação de transformação para este transformador e dada por:

Como estamos a considerar o transformador sem perdas:

Isto é, a relação de transformação é:

2.5. Transformador real – circuito eléctrico equivalente


Tendo qualquer transformador, real, perdas, estas terão que ser consideradas, mesmo
quando apenas ao nível de utilização da máquina – determinação do rendimento, que
relaciona a energia fornecida e a energia utilizada. Às perdas já referidas no
electromagnetismo (perdas por correntes induzidas, perdas por histerese e perdas por
dispersão magnética) vêm adicionar-se as perdas de Joule nos enrolamentos primário e
secundário, visto que têm resistência e por elas passam as correntes do primário e do
secundário.
Entrando em conta com as referidas perdas, teremos o circuito eléctrico equivalente do
transformador – figura 7:

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Fig: 7
Em que:
RP, RS resistência do enrolamento primário e secundário, respectivamente.
XP, XS reactância de fuga
RC perdas por correntes de Eddy e por histerese
Xm reactância de magnetização (permeabilidade, do ferro, finita)
As perdas referidas estão exemplificadas na figura 8.

Fig: 8.

2.6. Tipos de transformadores


Os transformadores podem ser classificados de acordo com vários parâmetros, tais como
finalidade, tipo, material do núcleo, quanto ao número de fases, etc.

2.6.1.Transformador de corrente: Transformador de corrente, ou TC, tem por


finalidade detectar ou medir a corrente elétrica que circula em um cabo ou barra de
alimentação, e transforma-la em outra corrente de valor menor, para ser transmitida a um
instrumento de medição ou circuito eletrônico. O TC é muito usado para abaixar a
corrente elétrica da rede para alimentar dispositivos eletrônicos que não suportam grandes
níveis de corrente.

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2.6.2. Transformadores de potêncial: O nome transformador de potêncial (ou TP)
denota que está máquina muda os valore de potência, mas na verdade ela muda os valores
de tensão que entram na bobina primária. A espira primária recebe a tensão primária e
conduz uma corrente primária. Por essa corrente ser alternada, ela gera uma variação no
fluxo magnético no seu interior. Esse fluxo é canalizado pelo núcleo ferromagnético, e na
espira secundária, induzindo uma tensão nesta espira. Se não houver um circuito fechado
ligado à espira secundária, uma corrente induzida será estabelecida.

2.6.3. Transformador de distribuição: Esse tipo de transformador é empregado


principalmente pelas concessionárias distribuidoras de energia e em usinas geradoras de
energia. São usados para distribuir a energia gerada até os consumidores, com valores
diferentes do que o gerado, adequado a cada tipo de consumidor. Podem ser auto
protegidos contra sobrecargas e curto circuitos.

2.6.4. Transformadores de Força: São usados para geração e distribuição de energia


por concessionárias e usinas, e subestações de distribuição de energia elétrica, e
subestações de grandes indústrias, incluindo aplicações especiais como fornos de indução
e a arco, e retificadores.

2.6.5. Transformador elevador e abaixador de tensão: O valor a qual a tensão será


apos sair do transformador está diretamente ligado ao número de espiras que cada bobina
possui. No caso de um transformador elevador de tensão o número de espiras da segunda
bobina é maior do que o número de espiras da primeira bobina. E no transformador
abaixador, o número de espiras da segunda bobina é menor do que o número de espiras
na primeira bobina.

 Tipo:

2.6.5.1. Número de bobinas: No caso de transformadores de duas bobinas, é comum


chama-las de primárias e secundárias. Quando há uma terceira bobina, ela se denomina
de terciária. Existem também os transformadores com apenas uma bobina, o chamado
autotransformador.

 Material do núcleo:

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2.6.5.2. Ferro magnético: No caso de um transformador com núcleo de ferromagnético,
são usadas chapas de aço laminadas, no geral chapas de aço de silício, para diminuir as
perdas por correntes parasitas.

2.6.5.3. Núcleo de ar: Os transformadores com núcleo de ar consistem na localização das


bobinas, que ficam em contato direto com a atmosfera.

 Número de fases:

2.6.5.4. Monofásicos: Esse tipo de transformador é próprio para alimentação de circuitos


de comando ou de uso industrial. O transformador usado em casas também é o
monofásico, ele transforma 127 V em 220 V e 220 V em 127 V.

2.6.5.5. Trifásico: Esse é o tipo de transformador que vemos nas ruas, ele recebe a tensão
da subestação de distribuição e em um nível de tensão de 13800 V e transforma em 127
V ou 220 V.

2.6.5.6. Polifásico: Possui eficiência relativamente alta, estes transformadores fornecem


a tensão para sistemas que necessitam de mais fases através do sistema trifásico. Esse tipo
de transformador varia de 3 a 6 fases. Esses sistemas que necessitam de mais fases são
especialmente para retificação de medida de onda completa devido aos seus componentes.

2.7. Transformadores: Aplicações

Os transformadores são muito usados em dispositivos e instalações elétricas, operando


como transformador elevador, abaixador ou isolador. Aplicação muito comum para é no
transporte de grande quantidade de energia elétrica para longas distâncias, assim
reduzindo as quedas de tensões ao longo dos percursos. Neste transporte da energia
elétrica, após a geração, os níveis de tensão são elevados para a energia ser transportada
pelas linhas de transmissão, para diminuir as quedas de tensão. Portanto, depois de
percorrer grandes distâncias, estes valores de tensão são reduzidos para então serem
distribuídos para os consumidores. Outra aplicação interessante que podemos citar para
os transformadores, é nos circuitos conversores. Além de serem úteis para controlar os
níveis de tensão eles também servem como isoladores como por exemplo, eliminando
ruídos, entre muitas outras aplicações.

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3. Posto de Transformação

Posto de Transformação ou simplesmente PT é uma instalação onde se procede a


transformação da energia elétrica de média tensão para baixa tensão, alimentando a rede
de distribuição de baixa tensão.
Os níveis de tensão necessários para a boa estabilidade de um sistema elétrico são obtidos
através das instalações de transformação em que se usam os transformadores, e os PTs
têm a função de reduzir a tensão de níveis elevados para níveis utilizáveis pelos
consumidores finais, que são industriais e domésticos.

Fig 9: posto de transformação


3.1. Constituição do posto de transformação

 Equipamento de interrupção/seccionamento e protecção


 Um ou mais transformadores, responsáveis pela transformação de Média Tensão
para Baixa Tensão.
 Quadro Geral de Baixa Tensão, de onde se desenvolvem os diversos
alimentadores da rede de baixa tensão.

3.2. Manutenção dos postos de transformação


Manutenção é o conjunto de acções feitas sobre um equipamento, com o fim de colocá-
lo em condições óptimas de funcionamento. Nesta secção pretende-se abordar questões
inerentes a manutenção dos Postes de Transformação, começando das definições básicas
até a elaboração de um Plano de Manutenção de um PT.

3.2.1. Tipos de Manutenção


Basicamente existem dois grupos de Manutenção, em que dentro deles encontram-se os
tipos de manutenção:
3.2.1.1. Manutenção Proactiva
Refere-se ao conjunto de actividades de manutenção realizadas antes da ocorrência da
avaria, de forma a prevenir que o equipamento ou componente atinja o estado de não

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funcionamento - avaria. Este conjunto compreende actividades de manutenção preditiva
e preventiva.
3.2.1.2. Manutenção Preditiva

Significa verificar a existência de potenciais avarias, para que possam ser tomadas
medidas de forma a prevenir a ocorrência de avarias funcionais ou minimizar as
consequências destas avarias (funcionais).

3.2.1.3. Manutenção Preventiva

Conjunto de acções feitas sobre o equipamento, com vista a preveni-lo de avarias, tem
duas componentes:

Reparação programada “scheduled restoration” : Visa a restabelecer a capacidade


inicial dum equipamento existente num determinado limite especifico de tempo de vida,
independentemente da sua condição aparente na altura.

Substituição programada “scheduled discard”: Significa a substituição dum


equipamento existente ou componente antes ou num determinado limite especifico de
tempo de vida, independentemente da sua condição aparente na altura.

3.2.1.4. Manutenção Reactiva

Conjunto de acções de manutenção executadas sobre o equipamento em estado de avaria.


Este conjunto compreende actividades de manutenção correctiva, manutenção detectiva.

Manutenção Correctiva: É qualquer intervenção voluntária ou não, feita sobre o


equipamento ou componente quando este estiver em processo de avaria ou depois deste
encontrar-se completamente avariado.

Manutenção Detectiva “Failure Finding”: Procura detectar avarias não evidentes, isto
é, verificar se o equipamento ou componente ainda funciona de acordo com as
expectativas.

3.3. Cuidados a terno PT


São aplicadas as seguintes condições com o propósito de garantir a segurança do pt
como da vida humana.

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Guardas e bloqueios – As guardas e bloqueios de acesso podem ser um meio barato
e eficaz de restringir o acesso a locais ou zonas onde a intensidade dos campos
eletromagnéticos é mais forte.

Blindagem – A blindagem é um meio eficaz de reduzir os campos eletromagnéticos


produzidos por uma fonte e será frequentemente integrada na conceção do
equipamento (por exemplo um forno micro-ondas).

Sinalização e avisos de segurança – A sinalização e avisos de segurança é uma das


formas de fazer o individuo perceber que naquele local não se deve fazer, há perigo.
Devem ser colocados ao nível dos olhos para maximizar a sua visibilidade. A natureza do
perigo deve ser claramente indicada. Esta sinalização só deverá ser colocada caso se
verifiquem campos eletromagnéticos que possam ultrapassar os limites legais para a
população em geral, incluindo os grupos de risco (pessoas com implantes metálicos, com
implantes cardíacos, grávidas, etc.)

3.4. Tipos de PT
Os tipos de PTs são classificados em função de várias caraterísticas, isto é, quanto a
localização, em que resulta um conjunto de soluções para a sua construção.

PT em cabine: São postos em que todos os equipamentos estão instalados dentro de uma

cabine, que pode assumir uma das seguintes variantes: cabine alta (torre); cabine baixa

(em edifício próprio); cabine baixa integrada em edifício; cabine metálica (monobloco)

ou cabine subterrânea.

PT aéreo: São postos em que o transformador é montado num poste normalmente de

betão, caraterizados pela sua ligação diretamente na rede de distribuição aérea em média

tensão, estando o quadro geral de baixa tensão na base desse poste, num armário

dimensionado para o efeito.

Outras classificações

Os tipos de PTs são ainda classificados quanto à alimentação em: PT radial, PT em anel

aberto, e PT com dupla derivação.

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4. Conclusão
Findo trabalho, chega-se a seguintes considerações finais, o transformador é muito
importante, sendo umadas peças de grande importância no posto de transformação.
O estudo de transformadores permite compreender como a energia elétrica pode ser
transportada de um circuito elétrico a outro através do acoplamento de um campo
magnético variável no tempo, estando os dois circuitos isolados eletricamente.
Além de transferir energia, esse dispositivo permite transformar (abaixar ou elevar)
tensões, correntes e impedâncias
A energia eléctrica que é consumida nas residências, indústrias, escolas, hospitais,
etc., vem de um sistema muito complexo, que compreende etapas diferentes, desde a
sua geração, a transformação e ou conversão, o transporte, até distribuição aos locais
de consumo. Em cada uma dessas etapas é preciso que sejam alterados os
parâmetros da energia de modo a adequa-la a cada uma dessas etapas.
Por tudo acima exposto, pode se perceber que os PTs são muito importantes para o
sistema de Distribuição de Energia de qualquer pais, dai que é muito importante criar
condições para que ele continue a desempenhar as suas funções. Para tal é preciso
Desencadear acções que garantam que o PT continue, cumprindo com a função para
qual foi instalado, como também que aumente a sua vida útil e a sua produtividade.

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5. Referências Bibliográficas
Chapman, Stephen J. Fundamentos de máquinas elétricas [recurso eletrônico] / Stephen
J. Chapman ; tradução: Anatólio Laschuk. – 5. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre :
AMGH, 2013.
Nascimento Junior, Geraldo Carvalho do Maquinas eletricas: leona a ansaios I Garaldo
CaNaJho do Nascimento Junior. - 4. ed. – São Pauto: Erica. 2011 .
https://www.mundodaeletrica.com.br/principio-de-funcionamento-do-transformador/
(Acessado no dia 31 de agosto)
https://siemetrafo.com.br/transformador-caracteristicas-e-aplicacoes/ (Acessado no dia
31 de agosto)
https://www.buildingtrust.pt/lng/pt/postos-de-seccionamento/transformacao (Acessado
no dia 31 de agosto)
http://telectrinf.com/portfolio/subestacoes-e-postos-de-transformacao/ (Acessado no dia
31 de agosto)
http://www.marioloureiro.net/tecnica/electrif/transformadoresEduPaiva.pdf (Acessado
no dia 31 de agosto)

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