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ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS NÁUTICAS

Departamento de Rádio

Curso de Licenciatura em Engenharia Electrónica e de Telecomunicações

Transformada de Fourier

Discente
Edmilson Rui Chaúque

Docente: Guidion

Sala: Turma 3RA

Maputo, Agosto de 2021


ÍNDICE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 3
1.1. Objectivos do Trabalho ...................................................................................................... 3
1.2. Metodologia de Trabalho ................................................................................................... 3
1.2.1. 1ª Fase: Delimitação e contextualização do Tema ...................................................... 4
1. 2.2. 2ª Fase: Análise e discussão da informação ............................................................... 4
1.2.3. 3ª Fase: Compilação do trabalho ................................................................................. 4
Transformada de Fourier ........................................................................................................... 5
Propriedades das transformadas de Fourier ............................................................................ 7
Linearidade .............................................................................................................................. 7
Aplicação de escala de tempo ................................................................................................. 8
Deslocamento no tempo .......................................................................................................... 8
Deslocamento de frequência (ou modulação de amplitude) ................................................ 9
Diferenciação no tempo .......................................................................................................... 9
Integração no tempo ............................................................................................................. 10
Inversão .................................................................................................................................. 11
Tabela da Transformada de Fourier ....................................................................................... 12
CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................... 14
INTRODUÇÃO
As séries de Fourier permitem que representemos uma função periódica como uma soma
de senoides e obtenhamos o espectro de frequências a partir dessas séries. As
transformadas de Fourier permitem que estendemos o conceito de um espectro de
frequências para funções não periódicas e supõem que uma função não periódica seja uma
função periódica de período infinito. Portanto, a transformada de Fourier é uma
representação em forma de integrais de uma função não periódica que é análoga a uma
representação em séries de Fourier de uma função periódica.

1.1. Objectivos do Trabalho

1.1.1. Objectivo Geral

 Transformada de Fourier

1.1.2. Objectivos Específicos

1. Compreender a Transformada de Fourier


2. Conhecer as Propriedades da Transformada de Fourier

1.2. Metodologia de Trabalho


Esta secção é de extrema importância, pois “é na metodologia que se descreve e se explica
os métodos que foram aplicados ao longo do trabalho, de forma a sistematizar os
procedimentos adoptados durante as várias etapas, procurando garantir a validade e a
fidelidade dos resultados”.

Por outro lado, metodologia na visão de GIL (2008, p.15), “os métodos de recolha de
informação têm por objectivo proporcionar ao investigador os meios técnicos para
garantir a objectividade e a precisão. […] Mais especificamente, visam fornecer a
orientação necessária à realização da pesquisa, sobretudo no referente à obtenção,
processamento e validação dos dados pertinentes à problemática que está a ser
investigada”.

GIL (1999) define Metodologia como sendo “o método ou conjunto de procedimentos


intelectuais e técnicos adoptados para atingir um determinado propósito ou
conhecimento.” Para o autor existem três (3) tipos de pesquisa quanto aos objectivos
nomeadamente: exploratória, descritiva e explicativa.
Sendo assim, o presente trabalho caracteriza-se com a pesquisa exploratória de modo a
proporcionar maior aprofundamento do tema com vista a torna-o explícito. Nele contem
levantamento bibliográfico; análise de exemplos que estimulem a compreensão assume
em geral, as formas de Pesquisas bibliográfica, documental e virtual. Para a
materialização deste trabalho a metodologia usada seguiu três (3) fases distintas
nomeadamente:

1.2.1. 1ª Fase: Delimitação e contextualização do Tema


Esta fase consistiu na identificação e leitura de obras literárias e documentos que foram
de grande relevância para a delimitação do tema e recolha de informação para a
elaboração do trabalho. Baseou-se em três (3) técnicas nomeadamente:

a) Pesquisa bibliográfica – GIL (1999) considera pesquisa bibliográfica quando


“elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos
periódicos e actualmente com material disponibilizado na Internet.” Esta técnica consistiu
na recolha de informação em diversas obras literárias de autores que versam sobre o tema
em estudo.
b) Pesquisa documental – Para GIL (1999), considera-se pesquisa documental
quando elaborada a partir de materiais que ainda não receberam tratamento analítico.
Possibilitou a consulta e leitura de documentos que abordam de maneira clara sobre o
tema em estudo.
c) Consulta virtual – A pesquisa virtual é realizada através de um dispositivo com
acesso a internet onde através de ferramentas de busca (como o Google académico) é
realizada a pesquisa de informações sobre Transformada de Fourier.

1. 2.2. 2ª Fase: Análise e discussão da informação


Após a delimitação e contextualização do tema, passou-se para a fase de análise e
discussão da informação, onde se apresentou métodos que foram úteis para a realização
do trabalho como forma de dar sentido e coerência.

1.2.3. 3ª Fase: Compilação do trabalho


Feita a análise e confrontação dos dados obtidos na pesquisa bibliográfica, documental e
virtual. Nos estudos de caso fez-se a compilação e digitalização, ou seja, a redação do
trabalho com base no Microsoft Word, este que constitui o pacote informático de
processamento de texto. Neste ponto apresentaram-se os dados obtidos em forma de texto.
Transformada de Fourier
É uma transformação de integrais de f(t) do domínio do tempo para o domínio da
frequência.
Suponha que queiramos encontrar a transformada de Fourier de uma função não periódica p(t),
mostrada na Figura 18.1a. Consideramos que uma função periódica f (t) cuja forma ao longo de
um período seja a mesma que p(t), conforme indicado na Figura 18.1b. Se fizermos o período T
→ ∞, resta apenas um único pulso de largura t (a função não periódica desejada da Figura 18.1a),
pois os pulsos adjacentes foram deslocados para o infinito. Portanto, a função f (t) não é mais
periódica. Ou seja, f (t) = p(t) à medida que T → ∞. É interessante considerar o espectro de f (t)
para A = 10 e t = 0,2 (ver Seção 17.6). A Figura 18.2 mostra o efeito do aumento de T sobre o
espectro. De início, percebemos que a forma geral do espectro permanece a mesma e a frequência
na qual a envoltória é zero pela primeira vez permanece a mesma. Entretanto, a amplitude do
espectro, bem como o espaçamento entre componentes adjacentes, diminui, enquanto o número
de harmônicas aumenta. Logo, ao longo de um intervalo de frequências, a soma das amplitudes
das harmônicas permanece quase constante.
Como a “força” ou energia total das componentes contidas em uma banda devem permanecer
inalteradas, as amplitudes das harmônicas devem diminuir

Figura 18.1 (a) Uma função não periódica; (b) com o aumento de T ao infinito, f (t) se
torna a função não periódica em a.
à medida que T aumenta. Como f = 1/T, conforme T aumenta, f ou v diminui, de modo
que o espectro discreto se torne, em última instância, contínuo.
Figura 18.2 Efeito do aumento de T sobre o espectro do trem de pulsos periódicos da
Figura 18.1b usando a Equação (17.66) modificada apropriadamente.
Para compreender melhor essa ligação entre uma função não periódica e seu equivalente
periódico, consideremos a forma exponencial de uma série de Fourier na Equação (17.58),
a saber,

Onde

A frequência fundamental é

e o espaçamento entre harmônicos adjacentes é

Substituindo-se a Equação (18.2) na Equação (18.1), obtemos

Se fizermos T → ∞, a soma se torna uma integração, o espaçamento incremental Dω se


torna a separação diferencial dω e a frequência harmônica discreta nv0 se torna uma
frequência contínua v. Portanto, à medida que T → ∞,
de modo que a Equação (18.5) fica

O termo entre colchetes é conhecido como a transformada de Fourier de f (t) e é


representado por F(ω). Logo,

onde F é o operador da transformada de Fourier. Fica evidente da Equação (18.8) que:


Geralmente, F(ω) é uma função complexa; sua magnitude é denominada espectro de
amplitudes, enquanto sua fase é chamada espectro de fases. Logo, F(ω) é o espectro.
A Equação (18.7) pode ser escrita em termos de F(ω) e obtemos a transformada de
Fourier inversa como

A função f (t) e sua transformada F(ω) formam os pares de transformadas de Fourier:

Propriedades das transformadas de Fourier


Desenvolveremos, agora, algumas propriedades das transformadas de Fourier que são
úteis na determinação das transformadas de funções, complicadas a partir das
transformadas de funções simples. Para cada propriedade, primeiro, iremos enunciá-la e
deduzi-la e, em seguida, a ilustraremos por meio de alguns exemplos.
Linearidade
Se F1(ω) e F2 (ω) forem, respectivamente, as transformadas de Fourier de f1(t) e f2(t),
então
onde a1 e a2 são constantes. Essa propriedade diz simplesmente que a transformada de
Fourier de uma combinação linear de funções é a mesma que a combinação linear das
transformadas das funções individuais. A prova da propriedade da linearidade na Equação
(18.12) é simples. Por definição,

Aplicação de escala de tempo


Se F(ω) = F[f (t)], então

onde a é uma constante. A Equação (18.15) mostra que a expansão no tempo (|a|>1)
corresponde à compressão de frequências, ou, ao contrário, a compressão do tempo
(|a|<1) implica na expansão da frequência. A prova da propriedade de aplicação de escala
de tempo prossegue como segue.

Se fizermos x =at, de modo que dx = adt, então

Deslocamento no tempo
Se F(ω) = F[f (t)], então
isto é, um atraso no domínio do tempo corresponde a um deslocamento de fase no
domínio da frequência. Para obter a propriedade de deslocamento de tempo, percebemos
que

Se fizermos x = t − t0 de modo que dx = dt e t = x + t0, então

Deslocamento de frequência (ou modulação de amplitude)


Essa propriedade afirma que se F(ω) = F[f (t)], então

significando que um deslocamento de frequência no domínio da frequência acrescenta o


deslocamento de fase à função de tempo. Por definição,

Diferenciação no tempo
Dado que F(ω) = F[f (t)], então

Em outras palavras, a transformada da derivada de f (t) é obtida, multiplicando-


-se a transformada de f (t) por j ω. Por definição,
Extraindo a derivada de ambos os lados em relação a t, obtemos

Aplicações repetidas da Equação (18.30) resulta em

Se, por exemplo, f (t) = e–atu(t), então

Extraindo as transformadas de Fourier do primeiro e do último termo, obtemos

que coincide com o resultado do Exemplo 18.3.

Integração no tempo
Dado que F(ω) = F[f (t)], então

isto é, a transformada da integral de f (t) é obtida dividindo-se a transformada de f (t) por


jω e somando o resultado ao termo impulso que reflete a componente CC F(0). Poder-se
ia perguntar: “Como saber, ao extrair a transformada de Fourier para integração no tempo,
que se deve integrar no intervalo [− ∞, t] e não em [– ∞, ∞]?” Ao integrarmos ao longo
de [– ∞, ∞], o resultado não depende mais do tempo, e a transformada de Fourier de uma
constante é o que obteremos no final. Porém, ao integrarmos no intervalo [– ∞, t], obtemos
a integral da função do momento anterior até t, de modo que o resultado dependa de t, e
podemos extrair a transformada de Fourier deste.
Se v for substituído por 0 na Equação (18.8),

indicando que a componente CC é zero quando a integral de f (t) vai desaparecendo ao


longo do tempo. A prova da integração no tempo na Equação (18.34) será dada
posteriormente ao vermos a propriedade de convolução.
Sabemos, por exemplo, que F[d(t)] e que integrar a função impulso fornece a função
degrau unitário [ver a Equação (7.39a)]. Aplicando a propriedade na Equação (18.34),
obtemos a transformada de Fourier da função degrau unitário como segue

Inversão
Se F(ω) = F[f (t)], então

em que o asterisco representa o conjugado complexo. Essa propriedade afirma que


inverter f (t), em relação ao eixo do tempo, inverte F(ω) em relação ao eixo da frequência.
Esta pode ser considerada um caso especial de aplicação de escala no tempo para o qual
a = –1 na Equação (18.15). Por exemplo, 1 = u(t) + u(– t). Logo,
Tabela da Transformada de Fourier
CONCLUSÃO

A transformada de Fourier é uma transformada de integrais. Ela transforma uma função


no domínio do tempo para o domínio da frequência, da mesma maneira que é muito útil
em sistemas de comunicação e processamento de sinais digitais, em situações em que a
transformada de Laplace não se aplica. Enquanto a transformada de Laplace pode lidar
apenas com circuitos com entradas para t > 0 com condições iniciais, a transformada de
Fourier é capaz de lidar com circuitos com entradas para t < 0 bem como para t > 0.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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