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FACULDADE ANHANGUERA EDUCACIONAL

GRADUAÇÃO SEMI PRESENCIAL EM ENGENHARIA MECÂNICA

Lamark Eder Souza Oliveira – 5º Período

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO MECÂNICA


RELATÓRIO TÉCNICO DE AULA PRÁTICA:
ENSAIOS DIAGRAMA E TRANSFORMAÇÃO DE FASES

Junho – 2022
Mossoró – RN
RESUMO

Este trabalho tem como objetivo descrever as atividades realizadas durante


aula prática de diagrama e transformação de fases. São explicados os diferentes
métodos utilizados para realizar o ensaio de um material, e as ferramentas e
processos que estes envolvem. É importante a gente entender o que é um diagrama
de fases, as transformações das fases, os grãos apresentados na estrutura do
material, entre outros. Além disso, são apresentados e comentados os resultados
obtidos durante o ensaio.

Palavras-chave: Ensaio diagrama de fases. Transformação de fases. Metalografia


do Aço.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................4

2 OBJETIVO DO ESTUDO......................................................................................4

2.1 OBJETIVO GERAL.........................................................................................4

2.1.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS....................................................................4

3 REFERÊNCIAL TEÓRICO...................................................................................5

3.1 DIAGRAMA DE FASES..................................................................................5

3.2 TRANSFORMAÇÃO DE FASES....................................................................6

3.2.1 TIPOS DE TRANSFORMAÇÕES DE FASES.........................................6

3.2.2 TRANSFORMAÇÕES MULTIFÁSICAS...................................................7

3.2.3 TRANSFORMAÇÕES ISOTÉRMICAS....................................................8

 A perlita grosseira é formada por lamelas espessas de ferrita e cementita.. .8

4 MATERIAIS E MÉTODOS....................................................................................9

4.1 MATERIAIS.................................................................................................... 9

4.1.1 CORTE.....................................................................................................9

4.1.2 EMBUTIMENTO.....................................................................................10

4.1.3 LIXAMENTO.......................................................................................... 10

4.1.4 POLIMENTO..........................................................................................11

4.1.5 ATAQUE QUÍMICO................................................................................11

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES.......................................................................12

5.1 RESULTADOS............................................................................................. 12

6 CONCLUSÃO.....................................................................................................16
1 INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo descrever as atividades realizadas em aula


prática da disciplina de materiais de construção mecânica a respeito de ensaios de
diagrama e transformações de fases. Um diagrama de fases é um “mapa” que
mostra quais fases são as mais estáveis nas diferentes composições, temperaturas
e pressões. A microestrutura dos materiais pode ser relacionada diretamente com
o diagrama de fases. Existe uma relação direta entre as propriedades
dos materiais e as suas microestruturas. Muitas transformações de fase envolvem
mudança em composição, assim é necessária uma redistribuição de átomos via
difusão. Para realizar o ensaio de um material, podem ser utilizados diversos
métodos, que serão descritos a seguir.

2 OBJETIVO DO ESTUDO

Nessa seção se contempla a descrição do objetivo geral do estudo e os


objetivos específicos.

2.1 OBJETIVO GERAL

Este tem como objetivo geral realizar um ensaio metalográfico utilizado para a
análise das características de estrutura ou constituição dos elementos de metal e as
suas ligas com o objetivo de fazer a conexão com suas propriedades químicas,
mecânicas e físicas.

2.1.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Para se alcançar o objetivo geral é necessário atender os seguintes objetivos


específicos:

 Descrever as atividades da aula prática referente a ensaios de diagrama e


transformação de fases;
 Conhecer a estrutura interna de um material e suas propriedades físicas;
 Elaborar o diagrama de fases;
 Interpretar o diagrama de fases;
 Apresentar os resultados dos ensaios de transformação de fases obtidos em
aula.

3 REFERÊNCIAL TEÓRICO

Nessa seção se contempla o embasamento teórico acerca dos ensaios de


diagrama e transformação de fases de um material, assim como as formulações
necessárias para a obtenção do melhor resultado proposto nesse estudo.

3.1 DIAGRAMA DE FASES

No estudo de propriedades
mecânicas dos materiais, os
conceitos de tensão e
de deformação são de
extrema importância, pois
estas características ditam
como o
material se comportará com
em determinada aplicação.
Normalmente a avaliação
destas propriedades é feitas
através de um ensaio de
tração, onde uma carga
estática
lenta é aplicada ao longo do
tempo.
O diagrama de fases é um gráfico que permite definir em que estado físico
uma substância se encontra num dado instante, conhecendo sua temperatura e
pressão.
Medidas feitas em laboratório são utilizadas para construir o diagrama de fases de
uma determinada substância. O diagrama é dividido em três regiões, que
representam o estado sólido, líquido e vapor. Os pontos das linhas que delimitam
essas regiões indicam os valores de temperatura e pressão que a substância pode
estar em dois estados.

Um diagrama de fases apresenta os seguintes elementos:

 Curva de fusão: separa as áreas que correspondem aos estados sólido e


líquido.
 Curva de vaporização: separa as áreas que correspondem as fases líquida e
vapor.
 Curva de sublimação: separa as áreas que correspondem as fases sólida e
vapor.
 Ponto triplo: ponto de interseção das três curvas (fusão, vaporização e
sublimação). Este ponto indica os valores de temperatura e pressão que a
substância pode simultaneamente estar nos três estados.
 Ponto crítico: indica a maior temperatura que a substância é vapor. A partir
desse ponto não é mais possível diferenciar os estados líquido e vapor. Para
temperaturas acima do ponto crítico a substância passa a ser um gás.
Na figura 1 a seguir, apresentamos uma representação de um diagrama de
fases:

Figura 1 – Representação diagrama de fases

Fonte: Gouveia, 2021

3.2 TRANSFORMAÇÃO DE FASES

Transformação de fase é a alteração no número de fases e/ou na natureza da


fase que envolve alguma alteração na microestrutura.

3.2.1 TIPOS DE TRANSFORMAÇÕES DE FASES

Aquelas que dependem de difusão, onde não há alteração no número nem na


composição das fases presentes. (Solidificação, transformações alotrópicas,
recristalização e crescimento de grão) Aquelas que dependem de difusão,
envolvendo, entretanto, alguma alteração na composição das fases e,
freqüentemente, no número de fases também. (Reações eutetóide, eutética e
peritética) Aquelas que não dependem da ocorrência de difusão, resultando numa
fase metaestável. (Transformação martensítica).

Do ponto de vista microestrutural, o primeiro processo a acompanhar uma


transformação de fases é a nucleação, que consiste na formação de embriões,
seguidos de núcleos da nova fase, que podem agregar mais volume e área
superficial (crescimento).
Para transformações em estado sólido que exibem o comportamento cinético, a
fração da transformação é uma função do tempo:

Equação de Avrami:

n
y=1−exp ⁡(−k t )

Onde: k e n são constantes independentes do tempo.

3.2.2 TRANSFORMAÇÕES MULTIFÁSICAS

As transformações de fases podem ser forjadas em sistemas de ligas


metálicas pela variação da temperatura, da composição e da pressão externa;
entretanto, as alterações de temperatura através de tratamentos térmicos são mais
convenientemente utilizadas para induzir as transformações de fases.

Uma limitação dos diagramas de fase consiste na sua incapacidade de indicar


o tempo que é necessário para que o equilíbrio seja atingido. Nenhuma informação
sobre as taxas de transformação de fases é dada no diagrama de fases. A taxa de
aproximação do equilíbrio para sistemas sólidos é tão lenta, que ele quase nunca é
atingido.

Para mudanças de fases que ocorrem durante o resfriamento em condições


de equilíbrio, as transformações são deslocadas para temperaturas mais baixas do
que aquelas indicadas pelo diagrama de fases. Para mudanças de fases que
ocorrem durante o aquecimento, as transformações são deslocadas para
temperaturas mais elevadas. Esses fenômenos são chamados de super-
resfriamento e sobreaquecimento, respectivamente.

3.2.3 TRANSFORMAÇÕES ISOTÉRMICAS

Transformação de austenita em perlita de uma liga ferro-carbono de


composição eutetóide. Os dados da curva foram coletados para uma amostra
composta inicialmente de 100% de austenita e resfriada até a temperatura indicada
no gráfico, na qual se processou a transformação. Na Temperatura Eutetóide:
γ(0,76%p C) → α(0,022%p C) + Fe3C (6,70%p C).

 A perlita grosseira é formada por lamelas espessas de ferrita e


cementita.
 A perlita fina é formada por lamelas finas, que se nucleiam progressivamente
com a diminuição da temperatura e como consequência da diminuição na
taxa de difusão.
 A bainita é o produto de uma transformação autenítica em alguns aços e
ferros fundidos. Ela se forma em temperaturas entre aquelas nas quais
ocorrem as transformações perlíticas (mais elevadas) e martensíticas (mais
baixas). A microestrutura consiste em uma fina dispersão de cementita na
ferrita-α.
 A cementita globulizada é uma microestrutura que se forma a partir de uma
liga de aço que possui microestrutura perlítica ou bainítica e que tenha sido
aquecida a uma temperatura abaixo da eutetóide durante um período
suficientemente longo.
 A martensita pode estar presente em ligas ferrosas ou não, induzida por
resfriamento rápido e/ou por deformação através do cisalhamento da rede
cristalina ao longo de planos e direções cristalográficas específicas. Em aços
austenitizados, a martensita é formada através de resfriamento rápido
(têmpera) até uma temperatura inferior a Mi (temperatura de início de
transformação martensítica) ou por deformação abaixo da temperatura Md
(temperatura de início de transformação martensítica por deformação). A
martensita, que é resultante de uma transformação adifusional da austenita,
não é uma fase de equilíbrio. Qualquer difusão que venha porventura ocorrer
em tratamentos posteriores à transformação martensítica, resultará na
formação das fases ferrita e cementita.
No estudo de propriedades
mecânicas dos materiais, os
conceitos de tensão e
de deformação são de
extrema importância, pois
estas características ditam
como o
material se comportará com
em determinada aplicação.
Normalmente a avaliação
destas propriedades é feitas
através de um ensaio de
tração, onde uma carga
estática
lenta é aplicada ao longo do
tempo.
4 MATERIAIS E MÉTODOS

Inicialmente o trabalho consistiu na revisão bibliográfica acerca de assuntos


diretamente relacionados ao tema em estudo. Realizando um mapeamento por meio
de pesquisas que possibilite o conhecimento, baseado em estudos, em áreas afins,
com a função de auxiliar e nortear o entendimento dessas áreas para a obtenção do
melhor resultado. Dessa forma, essa seção destina-se a contextualizar todos os
aspectos que serão considerados ao longo dos experimentos.

4.1 MATERIAIS
Para a realização do ensaio foram utilizados alguns materiais disponibilizados no
laboratório. A realização de um ensaio metalográfico tem início com a preparação da
amostra. Nessa etapa a peça que será estudada passa por processos que tem como
objetivo torná-la ideal para a visualização durante o ensaio sem alterar sua estrutura.

4.1.1 CORTE
A etapa de corte é muito importante no ensaio metalográfico. Isso se deve, uma
que vez que somente uma seção da peça será estudada, tornando-se
necessário retirar essa seção através de um corte longitudinal ou transversal na
amostra. Para a realização desse corte são utilizadas operações mecânicas que não
modificam a estrutura da amostra, sendo o corte abrasivo a operação mais utilizada.
A figura 2 a seguir mostra uma máquina cortadora metalográfica.

Figura 2: Máquina cortadora metalográfica

Fonte: Foto do autor, 2022


4.1.2 EMBUTIMENTO
O processo de embutimento é caracterizado pelo envolvimento da peça em
uma resina. Esse processo é dividido em dois tipos. O primeiro deles é
o embutimento a frio em que são utilizadas resinas sintéticas de polimerização
rápida. Já o segundo se trata do embutimento a quente em que se utiliza materiais
termoplásticos e prensas térmicas para realização desse processo. Além disso o
embutimento tem como objetivo facilitar o manuseio de peças muito pequenas. A
figura 3 a seguir mostra uma máquina embutidora metalográfica.

Figura 3: Máquina embutidora metalográfica

Fonte: Foto do autor, 2022

4.1.3 LIXAMENTO
Nessa etapa são utilizadas lixas d’água de diversas granulações. Essas têm por
finalidade eliminar marcas e riscos presentes na superfície da amostra, preparando-
a para o polimento. Além disso, esse processo é feito de maneira muito cuidadosa,
sob refrigeração com água para evitar deformações plásticas que comprometeriam o
resultado final do teste. A figura 4 a seguir mostra lixas metalográficas.

Figura 4: Máquina embutidora metalográfica


Fonte: Foto do autor, 2022

4.1.4 POLIMENTO
A etapa Polimento tem como objetivo dar a amostra um acabamento superficial
liso e sem marcas. Para isso, antes do polimento em si é necessária uma limpeza na
superfície da amostra, sendo recomendados líquidos de baixo ponto de ebulição,
como o álcool etílico (Figura 4), para retirar traços abrasivos, e poeiras. Após a
limpeza é possível realizar o polimento que é feito a partir de panos especiais
(Figura 5), geralmente de alumina ou pasta de diamante (Figura 4), que são colados
em pratos giratórios, sendo adicionado pequenas quantidades de abrasivos, que
variam de acordo com o material da amostra, para que o polimento possa ser
facilitado. A figura 5 a seguir mostra a pasta de diamante.

Figura 5: Pasta de diamante

Fonte: Foto do autor, 2022

4.1.5 ATAQUE QUÍMICO


A etapa de ataque químico tem como objetivo facilitar a identificação
dos grãos da amostra e diferenciar as fases da microestrutura. Antes desse
processo, assim como no polimento, é necessário limpar a amostra com líquidos de
baixo ponto de ebulição e após isso são secados com um jato de ar quente paralelo
a superfície da amostra. Nessa etapa é adicionado um reagente ácido na superfície
da amostra causando assim uma corrosão. Entretanto reagente adicionado varia de
acordo com o material da amostra e com as características que vão ser estudadas.
A figura 6 a seguir mostra ácido nítrico.

Figura 6: Ácido nítrico

Fonte: Foto do autor, 2022

Após a etapa de ataque químico a amostra está pronta para ser observada, e
isso só acontece devido a um fator muito interessante produzido pelo reagente
ácido. Isso ocorre, pois, esse reagente ataca de maneira diferente alguns grãos e
fases da amostra. Esse fato faz com que a luz ao ser incidida na amostra
seja refletida de maneiras diferentes, dando assim tonalidades distintas para as
fases, fato que realça o contorno dos grãos. Com isso, se torna mais fácil
a visualização e interpretação da amostra presente no microscópio.

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

A seguir, serão apresentadas e comparadas as medidas obtidas para a dureza


dos materiais ensaiados pelos métodos de Rockwell e Vickers.

5.1 RESULTADOS
Analisando as imagens obtidas pela microscopia óptica, podemos ver na figura 7
e 8, o aço 1020, e sua principal composição, a cementita (~3%) e ferrita (~97%), em
proporções idênticas àquelas previstas pelo diagrama de fases (0,18 ~ 0,23% C).
Praticamente todo o carbono presente no aço 1020 está na forma de cementita
(Fe3C - 6,67%C + 93,33%Fe), apesar da mesma só representar 3% do volume. O
restante do carbono está junto da ferrita (~0,02%C). Esse tipo de liga se chama
hipoeutetoide, visto que se formou com aproximadamente 0,2% de carbono, estando
à esquerda do ponto eutetoide (0,77%C), no diagrama de fases. As figuras 7 e 8 a
seguir mostram a microestrutura do aço 1020.

Figura 7: Microestrutura do aço 1020

Fonte: Foto do autor, 2022

Figura 8: Microestrutura do aço 1020

Fonte: Foto do autor, 2022


Para a formação do aço, geralmente é utilizado um resfriamento lento, no qual
observa-se a nucleação da ferrita nos contornos de grão da austenita. Nesse caso a
ferrita formar-se-á tanto na perlita, sendo chamada de ferrita eutetoide, como em
uma das fases, sendo chamada de ferrita pró-eutetoide. Também, é observado a
formação de lamelas entre a ferrita e cementita, na perlita. Partindo para a análise
do aço 1045, figuras 9 e 10, percebemos que a parte mais escura aumentou de
tamanho, isso porque a concentração de carbono também aumentou (~0,43 a
~0,50%C). Consequentemente, a quantidade de ferrita diminuiu. Assim como no aço
1020, no 1045, praticamente todo o carbono está na forma de cementita (Fe3C -
6,67%C + 93,33%Fe) e, o restante, está junto da ferrita (~0,02%C). Esse liga
também é do tipo hipoeutetoide, visto que se formou com aproximadamente 0,45%
de carbono, estando à esquerda do ponto eutetoide (0,77%C), no diagrama de
fases. A perlita será constituída de ferrita eutetoide intercalada com lamelas de
cementita e, a ferrita pro-eutetoide, vai se nuclear nos contornos de grão. As figuras
9 e 10 a seguir mostram a microestrutura do aço 1045.

Figura 9: Microestrutura do aço 1045

Fonte: Foto do autor, 2022

Figura 10: Microestrutura do aço 1045


Fonte: Foto do autor, 2022
6 CONCLUSÃO

Concluiu-se que a quantidade de carbono presente no aço, influencia na


formação da estrutura perlítica, a qual interfere diretamente nas propriedades
mecânicas do material, como resistência a tração e ductilidade. E por haver tal
estrutura, o aço1045, pode absorver mais energia antes de sua ruptura, quando
comparado a aços com menor porcentagem de carbono, como SAE 1020.
REFERÊNCIAS

INFOSOLDA. Ensaio Mecânico: Dureza. [s. l.], 2013. Disponível em: <h ttp://www
infosolda.com.br/biblioteca-digital/livros-senai/ensaios-nao-destrutivos-e-mecanicos/
212-ensaio-mecanico-dureza.html>. Acesso em: 07 mai. 2018.

RODRIGUES, L. E. M. J. Ensaios Mecânicos de Materiais. São Paulo, São Paulo,


2014. Disponível em: <http://www.engbrasil.eng.br/pp/em/aula3.pdf >. Acesso em:
07
mai. 2018.

TSCHIPTSCHIN, A. P. Tratamento térmico de aços. São Paulo, São Paulo, 2013.


Disponível em: <http://www.pmt.usp.br/pmt2402/TRATAMENTO%20TÉRMICO%20
DE%20AÇOS.pdf>. Acesso em: 07 mai. 2018

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