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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

FACULDADE DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
LABORATÓRIO DE OPERAÇÕES UNITÁRIAS

DESTILAÇÂO DE UM SISTEMA BINÁRIO

MANAUS – AM
2023
HELDER EVANGELISTA DE MEDEIROS JUNIOR

Relatório de aula prática solicitado pela Profa.


Dra. Nazareno Pinã Braga, para obtenção de
nota parcial da disciplina Laboratório de
operações unitárias ofertada no período 2022/2
(ano civil 2023), do curso de Bacharel em
Engenharia Química da Universidade Federal
do Amazonas.

MANAUS – AM
2023
RESUMO

Este experimento teve propósito de estudar o peniramento num agitador


eletromagnético com 7 peneiras para o cálculo do diâmetro médio da partícula. Para este
experimento, foi utilizado um agitador eletromagnético com 7 peneiras acoplado no agitador
magnético com uma peneiratampa e uma peneirafundo, uma areia para análise e uma
balança analitica utilizando a tecnica de pesagem do sólido contido na peneira ápos os 15
minutos de peneiramento. Os resultados demostraram que o sistema estudado se comportou
bem diferente do sistema ideal. Em relação ao tempo médio de residência foram de 0 minutos
até 3 minutos e 3 minutos até 6minutos, respectivamente. O reator CSTR resultou num tempo
de residencia maior no tempo de 3 minutos até 6 minutos com 0,51% do tempo de residencia
no reator estudado usando a técnica do pulso foi uma técnica de dificil execulção pelo o fato
de haver tempos muito pequenos de coleta na saída do reator
Palavras-chave: Reator CSTR; Distribuição do tempo de residência(DTR) ; Pulso.
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Filtração da solução. 2


Figura 2 - Carvão ativado com ácido acético adsorvido. 2
Figura 3 - Formas possíveis de isotermas de adsorção. 7
LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Tabela de concentrações de ácido ácetico a preparar...............................................10


Tabela 2: Tabela de alíquotas de ácido acetico antes da titulação............................................11
Tabela 3: Tabela resumitiva dos cálculos nos erlemeyers........................................................17
Tabela 4: Tabela da isoterma de Freundlich.............................................................................17
Tabela 5: Calculo da Isoterma de Langmuir.............................................................................19
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Isoterma de Freundlich............................................................................................18


Gráfico 2: Isoterma de Langmuir..............................................................................................20
SUMÁRIO

1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS...............................................................................................1
2 OBJETIVOS............................................................................................................................3
2.1 Objetivo Geral...................................................................................................................3
2.2 Objetivos Específicos........................................................................................................3
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...........................................................................................4
3.1 PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADSORÇÃO.....................................................................4
3.1.1 Adsorção química e adsorção física...........................................................................4
3.1.2 Fatores que influenciam o processo de adsorção........................................................5
3.2 EQUILÍBRIO DE ADSORÇÃO.......................................................................................6
3.2.1 Modelos de isotermas de adsorção.............................................................................7
3.3 ADSORÇÃO DO ÁCIDO ACÉTICO SOBRE O CARVÃO ATIVADO.......................9
4 MATERIAIS E MÉTODOS..................................................................................................10
4.1 Reagentes........................................................................................................................10
4.2 Materiais..........................................................................................................................10
4.3 Procedimento Experimental............................................................................................10
4.3.1 Preparação da solução de ácido acético com as concentrações...............................10
4.3.2 Preparação da soluçõa de ácido ácetico com carvão ativado...................................11
4.3.3. Titulação de NaOH com ácido acético....................................................................11
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO...........................................................................................11
5.1 Preparação da solução inicial de ácido acético e NaOH(0,1 Mol/L)............................11
5.1.1 Preparação da solução 1 no erlemeyer 1..................................................................12
5.1.2 Preparação da solução 2 no erlemeyer 2..................................................................13
5.1.3 Preparação da solução 3 no erlemeyer 3..................................................................14
5.1.4 Preparação da solução 4 no erlemeyer 4..................................................................14
5.1.5 Preparação da solução 5 no erlemeyer 5..................................................................15
5.1.6 Preparação da solução 6 no erlemeyer 6..................................................................16
5.2.Modelo da isoterma de Freundlich..................................................................................17
5.3.Modelo da isoterma de Langmuir...................................................................................19
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................21
7.REFERÊNCIAS.....................................................................................................................22
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1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

“Sistemas fluidomecânicos são, usualmente, definidos como um conjunto formado por


máquinas e/ou dispositivos cuja função é adicionar ou extrair energia para (ou de) um fluido
de trabalho”(CREMASCO, 2015,pag 6).Segundo Cremasco (2015) as operações unitárias de
um sistema fluidomecânicos as etapas de um processo que está em movimentação de fluidos
ou mistura sólido-fluido por meio das máquinas de fluido , máquina de fluído são dispositivos
que promovem a troca de energia de fluido ou energia de fluido em energia mecânica. Alguns
exemplos clássicos de máquina de fluido são: bombas, compressores e sopradores.
Segundo Cremasco (2015) a essência das operações unitárias é a movimentação de
matéria (fluido no caso da prática) conjunçao Ja no caso do transporte de fluidos, ocorre no
interior de tubulações, entendendo como o conjunto formado por dutos (tubos), acessórios
(cotovelos, joelho) e dispositivos de controle de fluxo (válvulas).O deslocamento de fluidos é
promovido pelas as bombas no caso de líquidos newtonianos.Os fluidos que obedecem à
equação de proporcionalidade a seguir:
Figura 1: Equação de proporcionalidade

Fonte: Apostila de mecanica dos fluidos


“Nos fluidos da equação de proporcinalidade, ocorre uma relação linear entre o valor
da tensão de cisalhamento aplicada e a velocidade de deformação resultante, quer dizer, o
coeficiente de viscosidade dinâmica µ constante, são denominados fluidos newtonianos,
incluindo-se a água, líquidos finos assemelhados e os gases de maneira geral”(RODRIGUES,
2012, pag 11) Os fluidos que não seguem esta equação de proporcionalidade são
denominados fluidos não-newtonianos e são muito encontrados nos problemas reais de
engenharia civil, como exemplos citam-se: lamas e lodos em geral. Neste tipo de fluido não
ocorre uma relação linear entre o valor da tensão de cisalhamento aplicada e a velocidade de
deformação angular (AZEVEDO NETTO et al, 2007, pag 11).
9

1.1.A dinâmica do escoamento do fluidos


O escoamento dos fluidos passa necessariamente por balanço de massa e momento
aplicados ao desenvolvimento das equações necessárias para os fenômenos a serem analisados
em cada caso.Os regimes de escoamento podem ser transiente ou permanente de escoamento
e também geometrias complexas ou simples(unidimensionais).A fluidodinâmica segundo os
modelos matemáticos origina-se por meio de equações de cnservação da massa e as equações
de momento
1.1.2.Classificação dos movimentos ou escoamento
Segundo Rodrigues (2012) os escoamentos são classificados dependendo da
velocidade e do comportamento das moléculas do fluido adotam um padrão de movimento
denominado estrutura interna.”Em 1883, Osborne Reynolds publicou um estudo sobre a
estrutura de escoamentos que atualmente é conhecido como Experimento de Reynolds, que
consiste basicamente na injeção de um corante líquido na posição central de um escoamento
de água interno a um tubo circular de vidro transparente” (ROMA, 2003).As caracteristica
distintas são oriundas do comportamento do filete de corante são:

(a)Regime laminar: o corante inserido não se mistura com o fluido, permanecendo na forma
de um filete no centro do tubo. O escoamento ocorre sem que haja uma mistura entre o
escoamento e o filete.
Figura 2: esquema do regime laminar

Fonte:Rodrigues , 2012
(b)Regime de transição:o filete de corante apresenta alguma mistura com o escoamento,
deixando de ser retilíneo e sofrendo ondulações. Neste caso, ocorre uma pequena variação na
velocidade, é um estágio intermediário entre o regime laminar e um regime caótico
(turbulento).
10

(c)Regime turbulento

A classificação dos escoamentos depende da velocidade e está sujeita ao comportamento das


moléculas de fluido que adotam um padrão de movimento denominado estrutura interna. Em
1883, Osborne Reynolds publicou um estudo sobre a estrutura de escoamentos que atualmente
é conhecido como Experimento de Reynolds, que consiste basicamente na injeção de um
corante líquido na posição central de um escoamento de água interno a um tubo circular de
vidro transparente (ROMA, 2003). O comportamento do filete de corante ao longo do
escoamento no tudo define três características distintas:

De acordo com Sassaki (2005) no processo industrial de matérias primas utilizam


vários tipos de fluídos no qual os fluídos são escoados sofrendo alteração dentro do próprio
11

equipamento em relação a sua natureza física do escoamento. Segundo Costa et all (2015)
uma técnica muito utilizada experimentalmente é a técnica do estimulo-resposta, técnica que
consiste em injetar um traçador na entrada do dispositivo e observar as concentrações das
amostras coletadas na saída do reator que no caso é o reator CSTR.
Nos reatores CSTR, “Reatores contínuos de tanque agitado (CSTR), são usados
tipicamente para reações em fase líquida”(FOOGLE,2002,p.125) e segundo Sassaki (2005)
relata que existe dois tipos de modelo de escoameneto o de mistura perfeita e o tubular, onde
o modelo de idealidade é explicado através da homogeniedade presente no reator de mistura
perfeita e o tubular empistonado onde decorre a movimentação ordenada de partículas com
velocidade constante já nos reatores CSTR ,que nos estudamos, não seguem o modelo do
comportamento de reator ideal. O modelo esquemático de um reator CSTR é apresentado na
figura 1 a seguir
Figura 1: Representação esquemática de um reator CSTR

Fonte:Cursino,2020

O comportamento não ideal do escoamento segundo Guitierrez (2008) destaca


a formação de “caminhos prefenciais” de partículas do fluído que não percorrem todo o
interior do vaso este fluído são retidos sendo impossibilitado de interagir com o restante dsa
mistura reacional. A recirculação do fluido e a retromistura sendo que “a descrição
fluidodinâmica dos reatores fornece a distribuição do tempo de residência, indicando o tempo
que cada elemento de fluido se mantém no equipamento e a existência de possíveis
irregularidades”. (FOGLER, 2009) “e para a sua aplicação dentro da indústria é preciso saber
o comportamento do fluido no seu interior, pois desvios da idealidade em pequena escala se
12

tornam grandes prejuízos no scale-up” (LEVENSPIEL, 1972)


Diante do exposto, o experimento realizado tem como principais objetivos estudar o
comportamento de escoamentos não ideais, determinar a distribuição de tempos de residência
(DTR) modelos de reatores CSTR
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2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral

 Detreminar o Diâmetro médio da partícula


2.2 Objetivos Específicos

 Determinar o valor de massa retida nas peneiras do agitadoreletromagnético;


 Calcular os valores da frequencias de massa retida e massa acumulada das peneiras;
 Determinar o diametro médio da partícula.
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3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1.Perda de carga localizada
A perda de carga é conhecida como
3.2.Perda de carga distribuída
3.3.Curva da bomb
3.1 PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADSORÇÃO

A adsorção é uma operação de transferência de massa e um processo energeticamente


favorável. Esta operação consiste na capacidade de alguns sólidos têm de concentrar em sua
superfície substâncias existentes em fluidos, sejam eles líquidos ou gases, possibilitando a
separação destes componentes do fluido. Esse processo de separação (e purificação) pode ser
vista como, as ligações químicas e interações intermoleculares são mais fortes entre a
superfície do sólido e as substâncias do que entre a substância e a fase fluida. Uma vez que
esta substância está adsorvida na superfície externa do adsorvente, pode-se concluir que
quanto maior a unidade de área superficial do adsorvente por unidade de massa do adsorvato,
mais favorável será a adsorção.

De acordo com Do (1998) citado por Nascimento et al (2014), este processo de


separação consiste em três mecanismos distintos: o mecanismo estérico, refere-se quanto às
dimensões dos poros do material que podem ser usados como um filtro molecular; o
mecanismo cinético, que está baseado nas diferentes difusividades das diversas espécies
químicas nos poros adsorventes e os mecanismos de equilíbrio, que se baseia na capacidade
de diferentes sólidos acomodarem diferentes espécies químicas, que são adsorvidos,
preferencialmente.

3.1.1 Adsorção química e adsorção física

A adsorção é dividida em dois tipos: a quimissorção e a fisissorção. Essa classificação


se dá pelas diferentes naturezas de forças envolvidas nesta operação. A adsorção química
compreende as forças fortes de troca e ou partilha de elétrons, isto é, a quebra e a formação de
ligações químicas entre a espécie de adsorvato e a superfície do adsorvente. Na adsorção
física, a interação entre a substância adsorvida e a superfície externa do adsorvente é
caracterizada por forças fracas, as forças de Van der Waals atuam quanto à fisissorção.
15

A quimissorção é caracterizada por um mecanismo de adsorção altamente específico,


uma vez que nem toda a superfície do adsorvente vai interagir com a espécie química,
formando sítios ativos capazes de adsorver quimicamente (formação de ligações químicas) o
adsorvato. Partindo disto, a adsorção química é dita localizada e gera somente uma camada na
superfície externa do sólido, dado que as substâncias adsorvidas quimicamente interagem com
sítios específicos da superfície adsorvente e só é possível uma vez a formação de ligação
química. Da perspectiva termodinâmica o calor envolvido neste processo é de magnitude de
calor de reação e por consequência é quase impossível que uma vez que o processo ocorra,
seja reversível (NASCIMENTO et al, 2020).

Em contrapartida, a adsorção física é compreendida como inespecífica, porque a


interação da espécie química ocorre em toda a superfície do sólido e por consequência é dita
como não localizada. O calor envolvido neste mecanismos de adsorção é da ordem de calor de
uma condensação e ou vaporização, bem menor que o da quimissorção, pois não ocorre
quebra e nem formação de ligações químicas, mas somente interações intermoleculares entre
as moléculas da substância química e do substrato, caracterizando este mecanismo com a
formação de multicamadas (várias camadas de moléculas adsorvidas) e o processo ser
reversível (NASCIMENTO et al, 2020).

3.1.2 Fatores que influenciam o processo de adsorção

De acordo com Nascimento et al (2014), dado que a ocorrência do fenômeno da


adsorção é a combinação de inúmeras propriedades condicionadas à natureza do adsorvente,
do adsorvato e das condições operacionais, são vários fatores que influenciam o processo de
adsorção.

Quanto à natureza do adsorvente, os fatores que influenciam incluem:

● área superficial;

● tamanho do poro;

● densidade;

● grupos funcionais presentes na superfície;

● hidrofobicidade do material.

Em relação a natureza do adsorvato, os fatores dependem:


16

● da polaridade;

● do tamanho da molécula;

● da solubilidade;

● da acidez ou basicidade.

Os principais fatores quanto às condições operacionais são: a temperatura, o pH do


meio e a natureza do solvente (COONEY, 1999 citado por NASCIMENTO et al, 2014).

3.2 EQUILÍBRIO DE ADSORÇÃO

O processo de adsorção inicia-se quando há a presença de um sólido adsorvente e uma


substância adsorvato imersa em sistema fluido. Quando um sólido adsorvente entra em
contato com um volume em que se apresentam substâncias químicas adsorvíveis, a adsorção
irá ocorrer até que a concentração da substâncias química adsorvida atinja o equilíbrio na fase
fluida.

O equilíbrio de adsorção fornece os valores de capacidade de adsorção do adsorvente


(q) em função da concentração no equilíbrio da espécie adsorvida (Ce), isto é, o quanto de
soluto foi adsorvido por unidade de massa de adsorvente e o quanto de soluto ficou na fase
fluida. Com isso, pode-se determinar uma isoterma de adsorção e a capacidade máxima de
adsorção de um adsorvente experimentalmente.

Os valores de q e Ce podem ser obtidos experimentalmente, por meio da adição de


massa de um adsorvente em um determinado volume (V) de uma ordem de soluções com
concentrações iniciais (C0) distintas. Quando o equilíbrio é atingido, temos que a
concentração de soluto é diferente da inicial, uma vez que parte deste soluto foi adsorvido, e
por meio de uma titulação do sobrenadante é possível determinar a quantidade de soluto
presente na fase líquida. Pode se-se determinar q, a partir do balanço de massa, porque a
quantidade de adsorvato no adsorvente deve ser igual a quantidade retirada da solução
(Equação 1):

(C 0−C e )⋅V
q= (1)
m

Onde:

q: capacidade de adsorção;
17

C0: concentração inicial do adsorvato;


Ce: concentração do adsorvato no equilíbrio;
V: volume da solução;
m: massa do adsorvente.
Com os valores de q e Ce, é possível plotar gráficos de q versus Ce no qual se tem o
resultado uma isoterma de adsorção, que nos permite analisar informações relevantes quanto
ao processo de adsorção (Figura 1).

Figura 1 - Formas possíveis de isotermas de adsorção.

Fonte: Nascimento et al, 2014.

Analisando as diversas formas de isotermas, podemos prever um melhor sistema


adsorvato-adsorvente. Por exemplo, isotermas favoráveis, é possível concluir que a
capacidade de adsorção do adsorvente é alta em uma concentração de equilíbrio baixa, isto é,
o adsorvente usado tem uma eficiência ótima quanto a ‘captura’ do adsorvato. Em
contrapartida, isotermas desfavoráveis, informam que o adsorvente tem baixa capacidade de
adsorver as substâncias químicas em baixas concentrações de equilíbrio, isto é, o soluto tende
a entrar em equilíbrio mais rapidamente do que se ligar seja quimicamente ou fisicamente
com a superfície externa do adsorvato.

Muitos modelos matemáticos foram propostos para ajustes de isotermas de adsorção.


Esses modelos geralmente, envolvem trẽs ou mais parâmetros que descrevem o sistema e
como se dá processo de adsorção. As equações de isotermas mais comumente utilizadas nos
ajustes dos dados experimentais são os modelos de Langmuir e Freundlich, por permitirem
determinar a capacidade máxima de adsorção do material (modelo de Langmuir) e capacidade
18

de descrever o comportamento dos dados experimentais, ainda há os modelos pouco usuais


com o de Redlich-Peterson, de Temkin e de Dubinin–Radushkevich.

3.2.1 Modelos de isotermas de adsorção

3.2.1.1 Isoterma de Langmuir


De acordo com Nascimento et al (2020), a equação modelo de Langmuir é uma das
mais utilizadas para representar processos de adsorção, uma vez que tem pressupostos simples
e nos permite determinar a capacidade máxima de adsorção por métodos lineares. Os
pressuposto que nos fornecem a Isoterma de Langmuir (Equação 2) são:

● Existe um número definido de sítios;

● Os sítios têm energia equivalente e as moléculas adsorvidas não interagem


umas com as outras;

● A adsorção ocorre em uma monocamada;

● Cada sítio pode comportar apenas uma molécula adsorvida.

qmáx ⋅ K L ⋅ C e
q= (2)
1+ K L ⋅C e

Onde:

q: quantidade do soluto adsorvido por grama de adsorvente no equilíbrio (mg.g-1);

qmax: capacidade máxima de adsorção (mg.g-1);

KL: constante de interação adsorvato/adsorvente (L.mg-1);

Ce: concentração do adsorvato no equilíbrio (mg.L-1).

O modelo de Langmuir parte suposição que quando a o adsorvente entra em contato


com a espécie adsorvato e atinge o equilíbrio, as taxas de adsorção e dessorção são iguais, isto
é, no equilíbrio a adsorção não parou, mas sim que processos de adsorção e dessorção estão
ocorrendo simultaneamente (SOHN; KIM, 2005 citado por NASCIMENTO et al, 2014).

Pode-se determinar os parâmetros qmax e KL pela forma linearizada da equação 2,


geralmente utiliza-se um desses duas formas (Equação 3 e 4):

1 1 1
= + (3)
q q máx q máx ⋅ K L ⋅ Ce
19

Ce 1 1
= C e+ (4)
q qmáx qmáx ⋅ K L

3.2.1.2 Isoterma de Freundlich

O modelo de Freundlich relaciona a quantidade de material adsorvido e a


concentração do material na solução em um modelo com características empíricas e pode ser
aplicado para sistemas não ideais, em superfícies não heterogêneas e adsorção multicamada,
com isto é possível determinar o mecanismo de adsorção envolvido no processo,
quimissorção ou fisissorção, comparando este modelo com o modelo de Langmuir.

Este modelo considera que o adsorvente um sólido heterogêneo, aplicando uma


distribuição exponencial para caracterizar os sítios de adsorção, uma vez que se pressupõe que
há diferenças de energias adsortivas entre os sítios (Equação 5).

1 /n
q=K F ⋅C e (5)

Em que:

q: quantidade de soluto adsorvido (mg.g -1);

Ce: concentração de equilíbrio em solução (mg.L-1);

1/n: constante relacionada à heterogeneidade da superfície;

KF: constante de capacidade de adsorção de Freundlich (mg1-(1/n) (g-1) L1/n).

Para determinar KF e 1/n, usa-se a forma linearizada da equação 5 (Equação 6), e


portanto, um gráfico de q versus log Ce fornecerá uma inclinação de 1/n e um intercepto log
KF.

1
log q=log K F + ⋅ log C ❑
e (6)
n

3.3 ADSORÇÃO DO ÁCIDO ACÉTICO SOBRE O CARVÃO ATIVADO

A adsorção é um processo de separação e purificação, em virtude disso este processo é


vantajoso industrial e ambientalmente. Uma vez que, ácidos orgânicos são empregados em
vários segmentos industriais e estas mesmas indústrias geram efluentes nocivos ao meio
ambiente, a adsorção torna-se uma técnica refinada na questão de separar esses ácidos da
água.
20

Um dos adsorventes mais aplicados a esta técnica é o carvão ativado comercial.


Segundo Massariol et al (2018), por este material apresentar alta porosidade e diferença de
diferentes grupos funcionais em sua superfície, torna-se um um material de alta eficácia
quanto ao processo de adsorção. Os autores ainda afirmam que este material, por apresentar
estas características, podem ser empregados ativamente nos processos adsortivos de ácidos
orgânicos de baixo peso molecular, como é o caso do ácido etanoico.

Os estudos de equilíbrio de adsorção de ácido acético sobre carvão ativado,


demonstram que o processo de adsorção é por meio do mecanismo de quimissorção em
monocamada, pois os dados se ajustaram de forma mais eficiente no modelo da Isoterma
Langmuir, com capacidade máxima de adsorção de 2,96⋅10-3 mol.g-1 e R2 igual a 0,987 e
0,995 (GONÇALVES; FIGUEIREDO, 2020; MASSARIOL et al, 2018). Dessa forma, o
carvão ativado como adsorvente se mostrou viável na adsorção de ácido acético.
21

4 MATERIAIS E MÉTODOS
4.1 Materiais

● Béquer 250 mL(01); ● Agitador eletromagnético(01);


● Béquer de 500 mL(01); ● Peneiras de alumínio(09);
● Balança analítica(01);

4.2 Procedimento Experimental

4.2.1 Procedimento para pessagem da areia

A. Coletar uma amostra de areia;


B. Pesar o Valor de 100,00 g na balança analítica;

4.2.2. Procedimento para uso do agitadoreletromagnético

C. Separar e organizar as peneiras em ordem crescente;


D. Acoplar as peneiras no agitadoreletromagnético;
E. Ligar a tomada de 220 V;
F. Apertar o botão de ligar a máquina;
G. Configurar o tempo para 20 minutos;
H. Após o tempo, recolher as peneiras e pesar os valores retidos nas peneiras
22

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1.Cálculo da massa retida em cada peneira

Após o tempo de 15 minutos, foi retido uma massa diferente em cada peneira no qual
a abertura da peneira é medida em Tyler variando de 20 até 115.As massas foram variando
conforme a abertura da peneira em Tyler apresentada na tabela 01 a seguir

Tabela 01:Tabela da massa retida em gramas em cada peneira


Abertura da Massa retida(g) % retida Retido % Na peneira(xi)
peneira na acumulado(%)
peneira(xi
)
Ty Di       ,
-18+20 0 10,8967 12% 12% 100%
-20+28 125 8,8198 9% 21% 79%
-28+35 180 7,9859 9% 30% 70%
-35+48 250 22,3729 24% 53% 47%
-48+60 300 17,3718 19% 72% 28%
-60+80 425 16,7254 18% 90% 10%
-80+115 600 8,4522 9% 99% 1%
-115 850 1,1282 1% 100% 0%
0 fundo  fundo  fundo  fundo fundo 
soma 93,7529      
Fonte:Autoria própria,2023

Com os valores da massa retida, é possível calcular a porcetagem da massa retida em


cada peneira e o retido acumulado sendo de grande importância para iniciarmos o cálculo do
diâmetro médio da partícula:Com os valores das massa é realizado os cálculos da massa da
porcentagem de massa retida na peneira e o retido acumulado ambas as equações ja citadas
acima onde observamos que a massa ficou retida nas peneiras de 35 até 80 tyler apresentando
uma maior retenção da areia
23

5.2.Cálculo do diâmetro médio das peneiras

O cálculo do diâmetro médio das peneiras, é possivel observar que o diâmetro médio
das peneiras varia de 920,5 até 62,23 µm e as peneiras que mais “seguraram’ a areia foi de 35
até 80 Tyler onde a frequencia de massa retida somada ultrapassava 68% da massa incial de
100 grams de areia.

Tabela 02:Tabela do diametro médio das peneiras

Ty -Di +Di Di(µm) Xi(%)


-18+20 1000 841 920,5 0%
-20+28 841 589,3 715,15 9%
-28+35 589,3 416,56 502,93 18%
-35+48 416,56 294,64 355,6 18%
-48+60 294,64 246,38 270,51 24%
-60+80 246,38 175,26 210,82 8%
-80+115 175,26 124,46 149,86 9%
-115 124,46 0 62,23 0%
fundo 0 0 0 0%

Fonte:Autoria própria,2023
24

5.3.Gráfico da distribuição de frequencia edodiâmetro da partícula

No gráfico plotado é visualmente possível notar o quanto a frequencia relativa está


mais presente no diametro médio de 200 µm até 400 µm.Obtendo a conclusão que o diâmetro
médio deve estar entre esses valores presentes na frequencia sendo observado a maior
frequencia no gráfico a seguir

Gráfico 01:Gráfico da relação de frequencia x diâmetro da partícula

Distribuição de freq x Diâmetro da


partícula
0.3
Distribuição de frequência(x%)

0.25

0.2

0.15

0.1

0.05

0
0 200 400 600 800 1000 1200
Diâmetro da partícula(μm)

Fonte:Autoria própria,2023
25

5.4.Gráfico da distribuição de frequencia acumulada x diâmetro da partícula

O gráfico de distribuição acumulativa indica que o diâmetro da particula está mais


frequente na faixa

Distribuição acumulativa x Diâmetro


de partícula
1
0.9
Distribuição acumulativa(x%)

0.8
0.7
0.6
0.5
0.4
0.3
0.2
0.1
0
0 200 400 600 800 1000 1200
Diâmetro da partícula, Di(μm)
26
27

Uma amostra de traçador na temperatura ambiente, foi aplicada no reator CSTR como
um pulso sendo que a concentração da saída foi medida em função do tempo resultando nos
dados expostos na tabela 1

Tabela 1:tabela dos dados coletados de concentração e tempo na saída do reator


t(min) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 12 14
C(g/ 0 1 5 8 10 8 6 4 3 2,2 1,5 0,6 0
m³)

Fonte:Autoria Própria,2022

Após a coleta dos dados foi possivel a construção do gráfico 1.No gráfico 1
obtivermos uma curva C(t) sendo possível integrar a curva num intevalo de tempo entre 0 e
10 minutos e 10 a 14 minutos calculou-se a área atraves da integral entre os tempos citados
acima

Gráfico 1: Relação entre Concentração comum vesus o tempo em minutos

C(g/cm³)x t(min)
12

10

6
C(g/cm³)
4

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
t(min)
28

Na figura 1 ,apresentada abaixo, foi possível calcular a integral entre esses 2 intervalos
apresentados: no intervalo de 0 a 10 minutos ,apresentado como preto, e o intervalo
2 ,apresentado como vermelho, sendo presente no intervalo de 10 até 14 minutos
Figura 1:Grafico 1 separado por intervalo de tempo

Fonte: Autoria Própria,2022

Foi obtido o E(t), a partir da curva C(t) foi dividido pela integral:

E(t )=∫ C ( t ) dt
0

Sendo essa integral igual a área da figura irregular sendo chamada de curva C,área da
curva preenchida na figura 1. Foi separada a região em 2 partes pelo fato de o cálculo ser de
melhor entendimento aplicando a fórmula da integral nos 2 intervalos de 0 até 10 minutos ,
intervalo de 10 até 14 minutos e somando as duas integrais obteu-se a seguinte fórmula:
∞ 10 14

∫ C ( t ) dt=∫ C ( t ) dt+∫ C ( t ) dt
0 0 10

Separou-se as interais em duas partes, para o cálculo, aplicou-se a regra de simpsom


para 3 pontos
x2

∫ F ( x ) dX = h3 ∗[f ( X 0 )+ 4 f ( X 1 )+ f ( X 2 ) ]
x1

10

∫ F ( x ) dX= 13 ∗[ f ( X 0 ) + 4 f ( X 1 ) + f ( X 2 ) ]
0

10

∫ C ( t ) dt = 13 ∗¿ ¿]
0
29

Resultando em:
10

∫ C ( t ) dt=47,4 g . min /m ³
0

Aplicando a regra de simpsom de 3 pontos :


x2

∫ F ( x ) dX = h3 ∗[f ( X 0 )+ 4 f ( X 1 )+ f ( X 2 ) ]
x1

Substituindo os valores:
14

∫ C ( t ) dt= 23 ∗[1,5+ 4∗( 0,6 ) +0]


10

14

∫ C ( t ) dt=2,6 g . min

10

Somando os dois valores encontrados das integrais:


∫ C ( t ) dt=47,4 g . min
m3
+ 2,6 g . min/m ³
0

Encontramos:

∫ C ( t ) dt =50 g . min
m
3
0

Calculou-se o E(t), usando a fórmula:

C(t )
E(t )=
min
50 g . 3
m
30

Após o cálculo do E(t), cálculo realizado pela razão entre a concentração em grams
por m³ dividido pelo o valor da integral somada pela a área obtivermos um novo gráfico
relacionando E(t) com o tempo em minutos

Tabela 2:Tabela do cálculo de E(t)


t(min) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 12 14
C(g/m³) 0 1 5 8 10 8 6 4 3 2,2 1,5 0,6 0
e(t) 0 0,0 0, 0,1 0, 0,1 0,1 0,0 0,0 0,0 0,03 0,01 0
(1/min) 2 1 6 2 6 2 8 6 4 2

Fonte:Autoria Própria,2022

Gráfico 2:Gráfico do E(t)x t(min)

e(t) x t(min)
0.25

0.2

0.15
E(t)
0.1

0.05

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
t(min)

Fonte:Autoria Própria,2022

Com o gráfico já plotado, foi possível fazer o cálculo do intervalo do tempo de 3 a 6


minutos apresentado na figura 2

Figura 2:Gráfico 2 separado por intervalo de tempo de 3 a 6 minutos

Fonte:Autoria Própria,2022

Usando a
equação
de simpsom
de 3 pontos,
foi
31

encontrado o valor da área sobreada de preto calculada a partir do tempo de 3 minutos até o
tempo de 6 minutos
6

∫ F ( x ) dX= h3 ∗[f ( X 0 )+ 4 f ( X 1 ) + f ( X 2 ) ]
3

∫ E ( t ) dt= 38 ∗(1)∗[0,16+3∗( 0,2 )+ 3∗( 0,16 )+ 0,12]


3

∫ E ( t ) dt=0,51
3

Foi encontrado o valor de 0,51 sendo esse valor representando 51% do material
, que sai do reator, permanecem durante o tempo de 3 a 6 minutos. Pelo o fato de o
tempo de 7,75 e 8,25 minutos ser pequeno para o tempo de 14 minutos usou-se a
técnica do valor médio de E(t)dt. O valor médio é de 0,06 min-1

E ( t ) dt=¿

E ( t ) dt=0,03

Depois que foi encontrado o valor médio de 0,06 min-1,o valor encontrado
multiplicando por 0,5 minutos foi de 0,03 ou 3% do fluído que sai do reator neste intervalo
de tempo.
32

No intervalo de 0 até 3 minutos, foi aplicado o mesmo processo acima para o cálculo
da área

Figura 3: Gráfico 2 separado por intervalo de tempo de 0 a 3 minutos

Fonte:Autoria Própria,2022

Calculou-se o E(t) usando a mesma fórmula acima para o valor de fluido que
sai do reator no intervalo de tempo citado, 0 até 3 minutos, resultando no valor de 0,18
ou 18% de fluido neste intervalo de tempo

E ( t ) dt=¿

E ( t ) dt=0,18
33

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O gráfico teve um comportamento do tipo pulso segundo os resultados


analisado e a literatura encontrada. As difuculdade encontradas foi à injeção aplicada que foi
feita em um periodo pequeno tempo de residencia dando a entender que o cálculo é mais
impreciso nesses pontos em que o período de tempo é curto e mais preciso num periodo de
tempo longo no gráfico. A metodologia aplicada foi de grande efetividade para o cálculo do
DTR (distriuição do tempo de residência) no reator CSTR usado na prática, porém os métodos
numéricos e a marcação do tempo da vazão de saída do reator tornaram-se muito confusa na
prática por ser de rápida execução. A coleta da amostra no final do reator mostra que pelo o
fato de o intervalo de tempo ser muito curto foi de dificil execução ou, seja, coletar a amostra
num curto intervalo de tempo não é de simples execução já que o ideal ,segundo a literatura,
é a injeção durar um tempo maior juntamente com o tempo de residencia em vários
seguimentos do reator tornando mais fácil o cálculo do tempo de residência e ,também, mais
direto e fácil o cálculo
34

7.REFERÊNCIAS

SASSAKI, R. A. Distribuição de tempos de residência em sistemas alimentados com


vazão variável. 2005. 100 f. Dissertação (Mestrado em Ciências em Engenharia Civil) –
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2005

FOGLER, H. S., Elementos de engenharia das reações químicas, 4ª edição, Rio de Janeiro:
LTC, 2009

GUTIERREZ, C. G. C. C., Distribuição do tempo de residência em processo de


pasteurização com trocador de calor a placas. 2008. 97f. Dissertação (Mestrado em
Engenharia) - Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Universidade de São Paulo,
São Paulo, 2006.

FOGLER H. C, Elementos da Engenharia das Reações Químicas. Rio de Janeiro: LTC,


2002.

LEVENSPIEL O, Engenharia das Reações Químicas. São Paulo: Edgard Blucher Ltda,
1972.

1 1 1 1 1
COSTA C.S. , BORGES S.F. , DIAS M.S. , MORAES D.M. , SIQUEIRA L.G. L.
Fonte: https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-federal-do-maranhao/calculo-
de-reatores-quimicos/distribuicao-do-tempo-de-residencia-em-reator-tubular-usando-
pertubacao-tipo-degrau-negativo/5739833/download/distribuicao-do-tempo-de-residencia-
em-reator-tubular-usando-pertubacao-tipo-degrau-negativo.pdf

Fonte: https://www.brazilianjournals.com/index.php/BASR/article/viewFile/6055/5390

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