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19
Vitória, ES
2023
Daniel Victor Alves Vianna Azeredo
Vitória, ES
2023
Sumário
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.1 Velocidade do som . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.2 Número de Mach . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.3 Equações de gás perfeito em termos do número de Mach . . . . . . 10
2.4 Diagrama h-s e T-s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.5 Escoamento adiabático com variação de área . . . . . . . . . . . . . 13
2.6 Escoamento de Fanno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.6.1 Perda de carga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3 DESCRIÇÃO DO PROJETO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
3.1 Objetivos específicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
3.2 Metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.2.1 Metodologia de validação isentrópica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.2.2 Metodologia de validação de Fanno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.2.3 Metodologia de validação Experimental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
3.3 Planejamento e cronograma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
3.4 Recursos necessários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
3
1 Introdução
Figura 3 – Gráfico de razão de vazão de massa por razão de pressão demonstrando estado
crítico e bloqueio em escoamento isentrópico. Fonte:(BIBLARZ, 2002)
Essas interações geram perdas de carga no escoamento que podem ser explicadas
pela equação de Darcy-Weisbach (será discutido no referencial teórico) que define a perda
de carga total da tubulação em questão.
Para se entender o comportamento de escoamentos de fluidos compressíveis, é
essencial que se entenda as equações governantes em cada modelagem em termos das
propriedades dos fluidos e do número de Mach, um admensional fundamental para relacionar
as propriedades do fluido em cada estado com o comportamento dinâmico do mesmo.
Assim sendo, a exploração desse fenômeno aplicado a um circuito controlado, busca
explorar uma forma analítica de compreender o fenômeno de bloqueio em instalações de
fluido compressível.
6
2 Fundamentação Teórica
ρa = (ρ + dρ)(a − dV ) (2.3)
Desenvolvendo:
dρ
dV = a (2.4)
ρ
Na análise por momento, pode-se desprezar tensões cisalhantes do fluido com a
parede, devido à espessura infinitesimal do colume de controle. Pode-se avaliar apenas o
termo na direção x do momento. Assim, aplicando as hipóteses de excoamento unidirecional
e regime permanente:
ṁ
Fx = (Voutx − Vinx ) (2.5)
X
gc
Fazendo as substituições pelos termos do volume de controle:
ρAa
pA − (p + dp)A = [(a − dV ) − a] (2.6)
gc
Desenvolvendo:
ρAa
Adp = V (2.7)
gc
Capítulo 2. Fundamentação Teórica 9
Isto pode ser expresso de uma forma alternativa, introduzindo o módulo de elasti-
cidade Ev de volume. Esta é uma relação entre mudanças de volume ou densidade que
ocorre como resultado de flutuações de pressão e é definida como:
! !
∂p ∂p
Ev ≡ −v ≡ρ (2.11)
∂v s
∂ρ s
Essa equação pode ser usada para descrever a velocidade do som em qualquer meio,
mas como o interesse do presente estudo está relacionado a fluidos compressíveis, pode-se
aplicar a hipótese de gás perfeito para os casos mais típicos da indústria.
O gás perfeito, vem de uma simplificação da equação de estado. Esse modelo assume
que as partículas do gás não têm volume próprio e não exercem forças significativas entre
si. As principais características do gás perfeito são descritas pela equação dos gases ideais:
pV = nRT (2.13)
• P é a pressão do gás;
Quando aplicada a hipótese isentrópica a lei dos gases perfeitos, pode-se afirmar
que:
pv γ = const → p = ργ const (2.14)
a2 = γgc RT (2.17)
q
a= γgc RT (2.18)
M 2 γRT
ht = h + (2.22)
2
γ = cp /cv (2.23)
Ainda, para definir a pressão de estagnação, pode-se usar a seguinte relação para escoa-
mentos isentrópicos: γ
p2 T2
γ−1
= (2.29)
p1 T1
Aplicando esta relação, agora para um ponto de referência onde se tem a temperatura de
estagnação e um ponto qualquer, pode-se definir a pressão de estagnação, como:
γ
γ−1 2
γ−1
pt = p 1 + M (2.30)
2
Para um escoamento unidimensional em regime permanente, pode-se descrever a equação
de energia como:
dpt
+ dse (Tt − T ) + Tt dsi + ∂ws = 0 (2.31)
ρt
Pela equação 2.13:
pt = ρt RTt (2.32)
para a maior parte dos problemas são adabáticos e envolvem tradbalho desprezível,
assim dse e δws = 0. Assim:
dpt dsi
+ =0 (2.34)
pt R
fazendo a integração entre dois pontos, têm-se:
pt2 si2 − si1
ln + =0 (2.35)
pt1 R
A presente equação é útil para a modelagem de Fanno, que será descrita a diante.
Para a hipótese de escoamento isentrópico, a pressão de
• Regime permanente;
• Escoamento unidimensional;
• Adiabático;
• Atrito desprezível
Capítulo 2. Fundamentação Teórica 14
Assim: ! !
dρ V2 dρ dA dρ dρ dA
= 2 + → = M2 + (2.45)
ρ a ρ A ρ ρ A
ρV 2 1 dA
dp = (2.49)
gc 1 − M2 A
Subsonic Supersonic
M <1 M >1
Área A Diminui Aumenta
Massa específica ρ Diminui Diminui
Velocidade V Aumenta Aumenta
Tabela 1 – Tabela de relação das características do escoamento com o número de Mach.
Fonte: Fonte:(BIBLARZ, 2002)
Como velocidade e área aumentam quando M > 1 é natural se pensar que a massa
específica diminua de maneira consistente. Essa é a consequência da compressibilidade no
sistema.
A Figura 9 representa esse comportamento.
T2 1 + [(γ − 1)/2]M12
= (2.51)
T1 1 + [(γ − 1)/2]M22
γ γ
1 + [(γ − 1)/2]M12
!
P2 T2 γ−1
γ−1
= = (2.52)
P1 T1 1 + [(γ − 1)/2]M22
1 1
1 + [(γ − 1)/2]M12
!
ρ2 T2 γ−1
γ−1
= = (2.53)
ρ1 T1 1 + [(γ − 1)/2]M22
Figura 12 – Razão entre vazões mássicas por razão entre pressões. Fonte:(BIBLARZ,
2002)
mento externo (como a pressão atmosférica) for menor do que a pressão do escoamento no
interior da garganta, a expansão supersônica pode ser mantida, resultando em um fluxo
contínuo e estável.
No entanto, se a pressão externa for maior do que a pressão interna, ocorre o
choque normal. Isso acontece porque a pressão externa impõe uma restrição ao escoamento
supersônico, forçando-o a diminuir a velocidade e a aumentar a pressão, criando uma
onda de choque normal. Essa onda de choque normal desacelera o escoamento supersônico
para velocidades subsônicas, permitindo que o escoamento se ajuste à pressão externa.Os
choques normais são uma resposta do escoamento a condições de contorno externas. Em
um bocal convergente-divergente, é importante projetar a geometria do bocal e ajustar
as condições operacionais para evitar choques normais sempre que possível. A presença
de choques normais pode causar instabilidades no escoamento e afetar o desempenho do
bocal.
Figura 13 – Razão entre vazões mássicas por razão entre pressões. Fonte:(BIBLARZ,
2002)
ρV = const. = G (2.54)
T2 1 + [(γ − 1)/2]M12
= (2.56)
T1 1 + [(γ − 1)/2]M22
!1
p2 M1 1 + [(γ − 1)/2]M12 2
= (2.57)
p1 M2 1 + [(γ − 1)/2]M22
γ+1
1 + [(γ − 1)/2]M22
!
ρt2 M1 2(γ−1)
= (2.58)
ρt1 M2 1 + [(γ − 1)/2]M12
γ+1
1 + [(γ − 1)/2]M12
!
pt2 M1 2(γ−1)
= (2.59)
pt1 M2 1 + [(γ − 1)/2]M22
dp dx γ 2 gdz γ γ dT
+f M + + dM 2 + M 2 =0 (2.60)
p De 2 gc RT 2 2 T
dT d(1 + [(γ − 1)/2]M 2
+ =0 (2.61)
T 1 + [(γ − 1)/2]M 2
Ao descrever a equação da continuidade na forma diferencial, tem-se:
dp dM 1 dT
+ − =0 (2.62)
p M 2 T
mostrado na figura 19. Quando ocorre um choque por atrito, o número de Mach passa a
ser o seu valor equivalente de energia no outro regime, como mostra a imagem 20.
O diagrama h − s na Figura ?? mostra como esse fenômeno ocorre em termos
energéticos. Existe uma transformação de pressão estática para pressão dinâmica do
sistema, mas a pressão de estagnação antes e depois do choque, se mantém.
Uma característica interessante do Choque normal é se atentar para como o
diagrama h-s (ou T-s para gases perfeitos) se comportante quando se muda o valor de G.
A figura ?? mostra que enquanto maior o valor de G, mais rápido se chega no valor de
M = 1. Assim, chega-se. Sendo uma alternativa para solucionar o problema de Fanno,
quando se pode mudar a configuração do escoamento.
Capítulo 2. Fundamentação Teórica 23
• L é o comprimento da tubulação;
tipo de instrumento e trazer uma análise profunda de suas perdas de carga características.
No presente circuito, serão necessários os estudos de perda de carga nos seguintes
equipamentos e instrumentos.
• Válvulas globo;
• Medidores de Temperatura;
• Tomadas de pressão;
• Mangueiras de conexão;
• Placas de orifício;
• V-cone;
3 Descrição do Projeto
3.2 Metodologia
A bancada experimental pode ser descrita como contendo 5 seções das quais o
fluido escoa e que podem gerar fenômenos dos mais variados em cada trecho.
Assim, é necessário ter um controle dos estados termodinâmicos em pontos de
referência em cada trecho para entender melhor o comportamento do fluido ao longo de
todo o circuito.
O trecho 3 é o trecho de medição de referência monofásico, nele existe um conjunto
de medição que avalia o estado de referência pro circuito. Já na entrada da seção de teste,
existe um outro conjunto de medição. No trecho entre essas duas referências, Pode-se
avaliar o comportamento do escoamento em termos do número de Mach e comparar os
resultados experimentais com as referências isentrópicas e curva de Fanno para validação
experimental.
Não sendo possível identificar um bloqueio nesta linha, também pretende-se avaliar
um bloqueio no trecho de teste, tendo um outro conjunto de medição no final do trecho de
teste. Para tanto, pretende-se continuar com a mesma metodologia, avaliando a possibili-
dade do fenômeno de bloqueio neste trecho a partir das referências teóricas a partir da
validação dos dados experimentais.
Referências