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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGIGA

CELSO SUCKOW DA FONSECA


UNED NOVA IGUAÇÚ

Disciplina: Mecânica dos Fluidos


Lista de Exercícios

Introdução e Conceitos Fundamentais.

1 – Descreva os principais conceitos encontrados nas Leis da Termodinâmica.

2 – Explique a diferença entre descrição euleriana e a descrição lagrangeana.

3 – Explique a diferença entre escoamento laminar e turbulento.

4 – Explique a diferença entre escoamento compressível e incompressível.

5 – Explique a Lei de Viscosidade de Newton. Utilize diagramas, suas próprias palavras e equações
para explicar.

6 – Em um reservatório de 917 litros encontram-se 825 kg de óleo. Um inspetor mede sua


viscosidade cinemática e encontra 0,028 m²/s. Considerando g = 9,81 m/s², calcule a massa
específica, o peso específico, a densidade relativa (SG) e a viscosidade dinâmica (absoluta) desse
óleo. Em seguida, calcule a taxa de deformação que ocorrerá no óleo caso seja submetido a uma
tensão de cisalhamento de 100 KPa.

7 – A viscosidade cinemática de um óleo é 0,028 m²/s e o seu peso específico relativo é 0,85.
Determinar a viscosidade dinâmica (absoluta) para g = 9,81 m/s².

8 – São dadas duas placas planas paralelas à distância de 2 mm. A placa superior move-se com
velocidade de 4 m/s enquanto a inferior é fixa. Se o espaço entre as duas placas for preenchido com
óleo (υ = 0,1 St; ρ = 830 kg/m³), qual será a tensão de cisalhamento que agirá no óleo?

9 – A placa superior possui uma velocidade V = 3 m/s, a placa inferior é estacionária e h = 2 cm.
Monte um gráfico para a tensão de cisalhamento em função da viscosidade absoluta.

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10 - De acordo com a figura abaixo, a placa superior possui uma velocidade V e a placa inferior é
estacionária (h). Para um fluido com viscosidade cinemática igual a 1,0 St e massa específica igual
a 880,4 kg/m³, monte um gráfico para a tensão de cisalhamento em função da taxa de deformação.
Para uma tensão de cisalhamento igual a 8,5 N/m², qual a velocidade de deslocamento da placa,
considerando uma altura de 1,0 cm. Explique as Leis e os conceitos físicos utilizados.

11 - Um fazendeiro necessita de 4 cm de chuva por semana em sua fazenda, que tem 10 hectares de
área plantada. Se há uma seca, utilize seus conhecimentos básicos da disciplina de Mecânica dos
Fluidos e diga quantos galões por minuto (L/min) o fazendeiro deverá bombear para irrigar a
colheita.

12 - O perfil de velocidade da camada-limite viscosa, mostrado na figura abaixo pode ser


aproximado por uma equação parabólica do tipo abaixo.

𝑢(𝑦) = 𝑎 + 𝑏(𝑦/𝛿) + 𝑐(𝑦/𝛿)2

A condição limite é u = U (a velocidade da corrente livre) na borda limite δ (onde o atrito viscoso se
torna zero). Utilize as condições de contorno e determine a, b e c.

Capítulo 3.

13 – Considere um cone oco com uma abertura no vértice do topo, juntamente com um cilindro oco,

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aberto no topo, com a mesma área de base do cone. Encha ambos com água até o topo. O paradoxo
da hidrostática diz que ambos os recipientes têm a mesma força no fundo por causa da pressão da
água, embora o cone contenha 67% menos água do que o cilindro. Explique esse parodoxo.

14 – Um reservatório possui uma placa circular (A=785 x 10³ mm²) em sua base para um eventual
escoamento do fluido. Sabe-se que esse tanque possui um comprimento de 15 m. A massa
específica do fluido utilizado é de 10³ kg/m³. Determine a força que o fluido exerce sobre a placa.

15 – Um tanque fechado contém ar comprimido e um óleo que apresenta uma densidade igual a 0,9.
O manômetro em U conectado ao tanque utiliza mercúrio com densidade igual a 13,6. Se h1 = 914
mm, h2 = 152 mm e h3 = 229 mm, determine a leitura no manômetro localizado no topo do tanque.

16 – Um manômetro em U é fixado a um reservatório fechado contendo três fluidos diferentes


como mostra a figura. A pressão (relativa) do ar no reservatório é igual a 30 kPa. Explique,
sucintamente, qual a diferença entre pressão absoluta, pressão manométrica, pressão atmosférica e
pressão relativa. Determine qual será a elevação da coluna de mercúrio do manômetro. Considere a
massa específica da água sendo 1000 kg/m³, massa específico do mercúrio igual a 13600 kg/m³ e g
= 9,8 m/s².

17 – No manômetro da figura, o fluido A (mais claro) é água (peso específico de 10000 kgf/m³) e o
fluido B (mais escuro) é mercúrio (peso específico de 136000 N/m³). As alturas são: h1 = 10 cm, h2
= 15 cm e h3 = 30 cm. Qual é a pressão P1 ?

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18 - No manômetro da figura, utilize as seguintes dimensões: d1 = 2,54 cm, d2 = 0,76 cm e d3 = 1,0
cm, d4 = 1,0 cm, d5 = 1,27 cm e d6 = 2,03 cm. Utilize peso específico da água igual a 9800,19 N/m³,
a massa específica do mercúrio igual 13,6 x 10³ kg/m³ e a gravidade igual a 9,81 m/s² para obter a
diferença de pressão entre PA e PB.

19 - Considere um tanque contendo mercúrio, água, benzeno e ar, conforme mostrado. Determine a
pressão do ar (manométrica). Determine o novo nível de equilíbrio do mercúrio no manômetro, se
uma abertura for feita na parte superior do tanque.

XXX - Para a geometria mostrada, os degraus têm 0,5 m de altura e 0,5 m de profundidade e 3 m de
largura. Considere a pressão atmosférica (patm = 1,01 × 105 Pa), massa específica da água igual à
999 kg/m³ e aceleração da gravidade = 9,81 m/s². Qual é a força horizontal e vertical sobre a
represa? Para efeito de cálculo da força horizontal, pode ser considerada pressão média em cada
degrau. Obtenha a força resultante e seu ângulo de inclinação.

20 – Um reservatório de 12 m de altura, 3 m de largura e 3 m de profundidade possui uma placa


circular (1 m de diâmetro) em sua base para um eventual escoamento de água.

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(a) determine a força que a água faz na placa, quando o volume do reservatório está em 90 m³.
(b) calcule a força que água faz na placa na lateral inferior do reservatório, quando o volume do
reservatório está em 90 m³. Indique o ponto de aplicação. A força calculada é menor ou maior do
que a placa na base? Explique o motivo.

21 – Explique, detalhadamente, a diferença entre superfícies submersas planas e inclinadas.


Apresente equações básicas para cálculo de pressão hidrostática e força hidrostática em superfícies
planas submersas e depois estenda as mesmas equações para o caso de superfícies inclinadas
submersas.

22 – A superfície inclinada mostrada, articulada ao longo de A, tem 5 m de largura. Determine a


força resultante, Fr, da água e do ar sobre a superfície inclinada.

23 – A porta lateral do tanque é articulada na borda inferior. Uma pressão de 100 psfg é aplicada na
superfície livre do líquido. Determine a força necessária para manter a porta fechada. A pressão
manométrica na superfície livre é igual a 100 lbf/pé². O peso específico é igual a 100 lbf/pé³.

24 - Um grande reservatório de base quadrada (3 m × 3 m) possui 10 m de profundidade de água.


Próximo à superfície da água, na lateral do reservatório, encontra-se um placa quadrada (1 m × 1
m), para um eventual escoamento do fluido. Desconsidere a pressão atmosférica.

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(a) determine a intensidade da força resultante exercida sobre a placa e o seu ponto de aplicação.
(b) considerando agora uma placa circular com diâmetro igual ao lado da placa quadrada, determine
a intensidade da força resultante exercida sobre a placa e o seu ponto de aplicação.

25 – A figura mostra o corte transversal de um tanque aberto que apresenta uma parede separadora
interna. Observe que a partição direta contém gasolina e a outra contém água. Uma comporta
retangular e articulada em B está instalada na parede interna. Determine a altura (h) da superfície
livre da água para que a comporta saia da condição de equilíbrio indicada.

Capítulo 4.

26 – Explique o Teorema de Transporte de Reynolds e deduza corretamente a equação na forma


integral da conservação da massa e da quantidade de movimento. Explique cada um dos termos e dê
exemplos de quando essas equações podem ser utilizadas.

27 – Na junção de duas tubulações cilíndricas, como indicado na figura, são misturados dois
fluidos. Na tubulação (1) escoa um fluido de massa específica ρ1 = 800 kg/m³, submetido a uma
vazão Q1 = 0,0508 m³/s. Na tubulação (2) escoa um fluido de massa específica, ρ2 = 400 kg/m³
submetido a uma vazão Q2 = 0,0254 m³/s. Sabendo que a vazão na tubulação cilíndrica (3) é Q3 =
0,0762 m³/s e que há um dinamômetro na parte inferior à tubulação (3) medindo um peso de P =
6533,46 N. Desprezando a massa da tubulação e considerando o diâmetro da tubulação (3) d3 = 0,4
m, calcule a velocidade e o tempo de um fluxo que preenche todo o espaço da tubulação (3).

28 – Os reservatórios da figura são cúbicos. São enchidos pelos tubos, respectivamente em 100 s e
500 s. Determinar a velocidade da água na seção (A), sabendo que o diâmetro do conduto nesta
seção é 1 m.

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29 – O tanque maior da figura abaixo permanece em nível constante. O escoamento na calha tem
uma seção transversal quadrada e é bidimensional, obedecendo à equação v = 3y². Sabendo que o
tanque (B) tem 1 m³ e é totalmente preenchido em 5 segundos e que o conduto circular tem 30 cm
de diâmetro, determinar:
a) A vazão no conduto circular de 30 cm de diâmetro;
b) A velocidade média no conduto circular
c) A velocidade média na calha quadrada;
d) O número de Reynolds no conduto circular de 30 cm de diâmetro.

30 – O avião esboçado na figura voa a 971 km/h. A área da seção frontal de alimentação de ar da
turbina é igual a 0,8 m² e o ar, neste local, apresenta massa específica de 0,736 kg/m³. Um
observador situado no avião detecta que a velocidade dos gases na exaustão da turbina é igual a
2021 km/h. A área da seção transversal da exaustão da turbina é 0,558 m² e a massa específica dos
gases é 0,515 kg/m³. Determine a vazão em massa de combustível utilizada na turbina.

31 – Supondo fluido ideal, mostrar que os jatos de dois orifícios na parede de um tanque
interceptam-se num mesmo ponto sobre o plano, que passa pela base do tanque, se o nível do fluido
acima do orifício superior é igual à altura do orifício inferior acima da base.

32 – Para ativar um dispositivo a “jato portátil” destinado a elevar um só astronauta acima da


superfície da Lua, um pequeno motor de foguete é utilizado. O motor produz um jato uniforme com
velocidade constante, Ve = 2280 m/s. O impulso é alterado pela mudança do tamanho do jato. A
massa total inicial, a do astronauta e a do aparelho, vale M = 180 kg, dos quais 95 kg são de
combustível para o motor do foguete. Sabendo que a aceleração da gravidade da Lua é cerca de
17% da terrestre, determine (a) a vazão mássica de exaustão requerida para iniciar o voo, (b) a
vazão mássica no momento que o combustível e o oxigênio tiverem se esgotados e (c) o tempo
máximo previsto de voo.

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33 – Um tanque de 0,05 m³ contém ar a 800 kPa (absolutos) e 15ºC. Em t = 0, o ar escapa do tanque
através de uma válvula com área de escoamento de 65 mm². O ar que passa pela válvula tem uma
velocidade de 311 m/s e uma massa específica de 6,13 kg/m³. As propriedades no resto do tanque
podem ser consideradas uniformes a cada instante. Determine a taxa instantânea de variação da
massa específica do ar no tanque, em t = 0.

34 – Um fluido escoa numa tubulação de raio R em regime laminar, incompressível e permanente.


A velocidade V é dada pela equação:

onde R é a distãncia radial a partir do eixo central do tubo. Caso necessário, utilize g = 10 m/s².

a) Determine a velocidade média em função da velocidade máxima;


b) Determine o fluxo de massa na tubulação, em função da massa específica, da velocidade máxima
e da área da seção transversal;
c) Resolva os itens anteriores, utilizando agora os seguintes dados (massa específica = 1000 kg/m³;
velocidade máxima = 6 m/s; e R = 15 cm);

XX - O fluido escoa em regime permanente e incompressível através de um tubo de comprimento L


e raio R = 75 mm, conforme figura abaixo. Apresente o Teorema de Transporte de Reynolds,
chegue à Conservação da Massa (continuidade) na forma Integral e faça as devidas simplificações.
Em seguida, calcule a velocidade de entrada uniforme, U, se a distribuição de velocidade através da
saída é dada pela equação abaixo, onde umáx = 3 m/s:

XX – O fluido escoa em regime permanente e incompressível, formando uma fina camada em um


plano inclinado para baixo, conforme pode ser observado na figura abaixo. O perfil de velocidade é
apresentado abaixo:

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a) Expresse a vazão volumétrica por unidade de largura e em termos de ρ, μ, g, θ e h;
b) Expresse a velocidade média em termos de ρ, μ, g, θ e h;
c) Expresse a vazão mássica por unidade de largura e em termos de ρ, μ, g, θ e h;
d) Explique a Lei de Cisalhamento de Newton e, a partir dela, deduza a velocidade máxima do
fluido (umax) em termos da tensão de cisalhamento (τ) sofrida por ele, da altura da fina
camada (h) e da viscosidade absoluta (μ).

35 - O filtro de admissão de combustível de uma certa máquina é formado por um elemento poroso
com forma de tronco de cone. O combustível líquido penetra no filtro com uma vazão de 10 L/s. A
distribuição de velocidade na face superior é linear com vmáx = 0,3 m/s. Qual é a vazão de
combustível que será filtrada pela parede porosa?
Obs: Calcule a velocidade do elemento não filtrado por semelhança de triângulo.

36 - O fluido em contato direto com uma fronteira sólida estacionária tem velocidade zero; não há
deslizamento na fronteira. Então, o escoamento sobre uma placa plana adere à superfície da placa e
forma uma camada limite, como mostrado abaixo. O escoamento à montante da placa é uniforme
com velocidade 𝑉 ⃗ = 𝑈𝑖; 𝑈 = 30 𝑚/𝑠. A distribuição de velocidade dentro da camada limite
𝑦 𝑦 2
(0 ≤ 𝑦 ≤ 𝛿) ao longo de cd é aproximada por 𝑢 = 𝑈. [2 (𝛿 ) − (𝛿 ) ]. A espessura da camada
limite na posição d é δ = 5 mm. O fluido é o ar com massa específica ρ = 1,24 kg/m³. Supondo que
a largura da placa perpendicular ao papel seja w = 0,6 m, calcule a vazão em massa através da
superfície bc do volume de controle abcd.

37 – O reservatório está sendo abastecido com água por duas entradas unidimensionais. Existe ar
aprisionado no topo do reservatório. A altura da água é h. (a) Encontre uma expressão para a
variação da altura da água dh/dt. (b) Calcule dh/dt se D1 = 25 mm, D2 = 75 mm, V1 = 0,9 m/s, V2 =
0,6 m/s e Ares = 0,18 m², considerando água a 20ºC.

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38 - Encha um balão de brinquedo (bexigas) com ar e depois libere-o num quarto. Observe como o
balão desloca-se bruscamente de um lado para o outro no quarto. Explique o que causa esse
fenômeno.

39 - Sabe-se que a velocidade do jato de água que sai de um bico de 50 mm de diâmetro é de 20


m/s. Calcule a força que o jato de água faz sobre uma plataforma de 700 N e diga se a força é
suficiente para equilibrar a plataforma.

40 – Um jato de água de 60 mm de diâmetro incide sobre uma placa tal como mostrado na figura.
Se o peso total suportado é de 825 N determine: (a) a velocidade do jato. (b) a vazão do jato.

41 – Considere o escoamento permanente e incompressível de um fluido através do dispositivo


mostrado na figura. Considere os seguintes dados: viscosidade cinemática = 10-5 m²/s; viscosidade
dinâmica = 8,3 x 10-3 kg/m.s. As áreas das superfícies de controle são: A1 = 0,2 m²; A2 = 0,5 m² e
A3 = A4 = 0,4 m². A vazão em massa através da seção (3) é 4000 g/s (saindo). A vazão em volume
entrando pela seção (4) é de 1000 litros/s e V1 = 10 m/s (entrando). Apresente o Teorema de
Transporte de Reynolds, explique cada termo e, a partir desse Teorema, deduza e Equação da
Conservação da Massa e da Quantidade de Movimento na forma integral. Em seguida, explique a
aproximação realizada para calcular (a) a velocidade do jato na seção 2, (b) a força do jato na seção
2 e (c) considerando que o dispositivo é fixo na direção x, qual deve ser o seu peso mínimo para que
a força dos jatos seja suficiente para equilibrá-lo.

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42 – A água que sai de um bocal estacionário atinge uma placa plana, conforme mostrado. A água
deixa o bocal a 15 m/s; a área do bocal é 0,01 m². Supondo que a água é dirigida normal à placa, e
que flui ao longo desta, determine a força horizontal sobre o suporte, considerando massa específica
da água = 999 kg/m³. Considere também o escoamento permanente e incompressível. Determine a
força horizontal sobre o suporte.

43 - Um recipiente de metal, com 0,61 m de altura e seção reta interna de 0,09 m², pesa 22,2 N
quando vazio. O recipiente é colocado sobre uma balança e a água escoa para o interior do
recipiente por uma abertura no topo e para fora por meio de duas aberturas iguais nas laterais do
recipiente, conforme mostrado na figura. Sob condições de escoamento permanente, a altura da
água no tanque é h = 0,58 m. O seu chefe que que a balança leia o peso do volume de água no
tanque mais o peso do tanque, isto é, que o problema seja tratado como um simples problema de
estática. Você discorda, dizendo que uma análise de escoamento do fluido é necessária. Quem está
certo, e que leitura a balança indica?

44 – Escoamento sob uma comporta: Força da pressão hidrostática – Água em um canal aberto
escoa sob uma comporta, conforme mostrado no diagrama. O escoamento é incompressível e
uniforme nas seções (1) e (2). Distribuições de pressão hidrostática podem ser admitidas nas seções
(1) e (2) porque as linhas de corrente do escoamento são, ali, essencialmente retilíneas. Determine a
magnitude e o sentido da força exercida pelo escoamento sobre a comporta, por unidade de largura.
Despreze o atrito no fundo do canal e considere escoamento permanente.

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45 - Calcule a força requerida para manter o tampão fixo na saída do tubo de água. A vazão é 1,5
m³/s e a pressão a montante é 3,5 MPa.

46 - Volume de Controle Movendo com Velocidade Constante: O esquema mostra uma pá


defletora com ângulo de curvatura de 60º. Ela se move com velocidade constante, U = 10 m/s e
recebe um jato de água que deixa um bocal estacionário com velocidade V = 30 m/s. O bocal tem
área de saída de 0,003 m². Determine as componentes da força que agem sobre a pá.

47 – Um pequeno reservatório contém água (massa específica de 999 kg/m³) com uma
profundidade inicial y0 = 34,5 cm. O diâmetro do reservatório é D = 9,5 cm. Um furo com diâmetro
d = 0,08 mm aparece no fundo do reservatório. Use aceleração da gravidade igual à 9,78 m/s². Uma
solução aceitável para estimar o tempo de esvaziamento do reservatório é utilizar os seguintes
passos, considerando pressão hidrostática média e escoamento permanente:

- Cálculo da força hidrostática no furo;


- Cálculo da velocidade do escoamento no furo;
- Cálculo da vazão do escoamento no furo;
- Cálculo do tempo necessário para o esvaziamento do reservatório.

Usando a solução exata a seguir, calcule a o tempo que o reservatório ficará vazio e diga o erro
comparado com a solução anterior (dos passos).

Há diferenças entre as soluções? Explique o porquê.

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48 – Uma garrafa plástica cilíndrica possui o diâmetro de sua seção transversal constante e igual a
9,5 cm e sua altura é de 34,5 cm. Um morador enche a garrafa de água (massa específica de 999
kg/m³) e faz um pequeno furo de 0,08 mm em sua tampa. Em seguida a garrafa é colocada de
cabeça para baixo a fim de irrigar lentamente uma planta. Utilize aceleração da gravidade igual à
9,78 m/s² e utilize os conhecimentos adquiridos em Mecânica dos Fluidos para estimar o tempo que
a garrafa consegue autonomia para irrigar a planta. Considere a pressão hidrostática média e
escoamento permanente!

Capítulo 5.

49 – Apresente o vetor “nabla” e demonstre as diferenças entre divergente (div V), gradiente (grad
V) e rotacional (rot V). Quando que eles podem ser usados/aplicados?

XXX – Sob que condições o campo de velocidade abaixo representa um escoamento


incompressível que conserva a massa?
V  (a1 x  b1 y  c1 z)i  (a2 x  b2 y  c2 z ) j  (a3 x  b3 y  c3 z )k
Resp.: a1+b2+c3=0

XXX – Sob que condições o campo de velocidade abaixo representa um escoamento


incompressível, irrotacional?
V  (a1 x  b1 y  c1 z)i  (a2 x  b2 y  c2 z ) j  (a3 x  b3 y  c3 z )k
XX – O fluido escoa em regime permanente e incompressível, formando uma fina camada em um
plano inclinado para baixo, conforme pode ser observado na figura abaixo. Após simplificação das
equações de Navier-Stokes, pode-se obter equações diferenciais parciais de 2ª ordem. Em seguida,
utiliza-se condições de contorno considerando escoamento viscoso e completamente desenvolvido.
Após utilização das condições de contorno, observa-se o perfil de velocidade, conforme apresentado
abaixo:

Considerando apenas variação da velocidade (u) na direção y, quando y = h. Informe se o


escoamento é irrotacional.

50 – Explique, detalhadamente, a dedução da Equação de Navier-Stokes e suas possíveis formas


reduzidas e simplificadas.

51 – Um líquido escoa numa película de espessura h e em regime permanente, laminar,


completamente desenvolvido (sem variação nas propriedades da direção x), para baixo, sobre uma
superfície inclinada conforme a figura a seguir:

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Considerando o escoamento incompressível e bidimensional. Ou seja, sem escoamento ou variações
das propriedades da direção z. Utilize g = 9,81 m/s² e gx = gsen(θ).

a) Apresente o desenvolvimento da equação da conservação da massa na forma diferencial e


das equações da quantidade de movimento linear também na forma diferencial. Explique-as
simplificações, informando quais são as equações resultantes e simplifique-as ainda mais
para modelar esse campo de escoamento;
b) Obtenha uma expressão para o perfil de velocidade do líquido;
c) Explique em detalhes a Lei de Cisalhamento de Newton e como ela pode ser exemplificada
por neste problema.
d) Tensão de cisalhamento na superfície para 1 mm de espessura de água (999 kg/m³) sobre
uma superfície inclinada de 15º em relação à horizontal.

52 – Um líquido escoa numa película de espessura h em regime permanente, laminar,


completamente desenvolvido (sem variação nas propriedades da direção x), para baixo, sobre uma
superfície inclinada conforme a figura a seguir:

Considerando o escoamento incompressível e bidimensional. Ou seja, sem escoamento ou variações


das propriedades da direção z. Caso necessário, utilize g = 10 m/s² e gx = gsen(θ). Determine:

a) Equações simplificadas da continuidade e de Navier-Stokes para modelar esse campo de


escoamento;
b) Expressão para o perfil de velocidade do líquido;
c) Expressão para distribuição de tensões de cisalhamento;
d) Expressão para vazão volumétrica por unidade de profundidade na superfície normal ao
diagrama;
e) Expressão da velocidade média do escoamento;
f) A espessura da película em termos da vazão volumétrica por unidade de profundidade de
superfície normal ao escoamento;
g) Repita o item (f) no computador para 1100 pontos, faça um gráfico do nível do reservatório
em função do tempo e comente sobre a diferença nos resultados encontrados nos itens
anteriores.

53 – Um tanque contém água com uma profundidade inicial y0 = 1. O diâmetro do tanque é D = 250
mm. Um furo com diâmetro d = 2 mm aparece no fundo do tanque. Um modelo aceitável para o
nível de água em função do tempo é:

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Usando os métodos de Euler com 11 pontos e com 21 pontos, estime a profundidade de água após t
= 100 min e calcule os erros comparados com a solução exata.

Trace os resultados obtidos pelo método de Euler e pela solução exata.

54 - Uma garrafa plástica (PET) possui formato cilíndrico com o diâmetro de sua seção transversal
constante e igual a 9,5 cm e sua altura é de 34,5 cm. Um morador enche a garrafa de água e faz um
pequeno furo de 0,08 mm em sua tampa. Em seguida a garrafa é colocada de cabeça para baixo a
fim de irrigar lentamente uma planta. Responda as questões a seguir:

a) utilizando a solução exata a seguir, calcule o tempo que o reservatório esvaziará.

b) utilize os conhecimentos adquiridos em Hidrostática e em Cinemática dos Fluidos (análise


integral – Teorema do Transporte de Reynolds) para estimar o tempo que a garrafa consegue
autonomia para irrigar a planta. Considere a pressão hidrostática média e escoamento permanente!
Explique a diferença de resultado comparada com o item (a), se houver diferença.

c) utilizando a mesma solução exata do item (a) estime a profundidade quando t = 86 h.

d) utilizando o método de Euler com 11 pontos, estime a profundidade de água após t = 86 h e


calcule o erro comparado com a solução exata (item anterior). Comente o erro.

e) para solucionar esse problema sem utilizar aproximações (escoamento permanente e pressão
hidrostática média) que expressão poderia ser utilizada. Explique como e o porquê.

f) o que deve acontecer na prática? Comente e compare a diferença de um experimento.

g) no computador calcule a profundidade de água após 50 h e para 100 h, utilizando o método de


Euler com 200 pontos.

55 – Um determinado automóvel flex possui um tanque combustível de 60 L. Em um determinado


momento, o tanque está completamente cheio e há a mesma quantidade de três diferentes
combustíveis, conforme pode ser observado na figura. O diâmetro da base do tanque é de 356,8 mm
onde há um tubo de saída com o diâmetro de 40 mm. Considerando g = 9,81 m/s² e desprezando a
pressão atmosférica, calcule:
(a) a diferença de peso entre o tanque vazio e o tanque completamente cheio;
(b) a força exercida pelo combustível no tubo de saída do tanque de combustível, com o fluido
em repouso;
(c) a velocidade média de saída do combustível, considerando a abertura do tubo de saída e
escoamento permanente e incompressível;
(d) o tempo de esvaziamento do tanque de combustível;
(e) o nível (em metros) de combustível, após t = 10 segundos;

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(f) utilizando o método de Euler com 11 pontos, a quantidade de combustível, após t = 10
segundos e calcule o erro comparado com a solução anterior. Abaixo, encontra-se a função
que descreve bem o problema e o método de Euler;
(g) repita o item (f) no computador para 1100 pontos e comente sobre a diferença nos resultados
encontrados nos itens anteriores.

yn 1  yn  hf (tn , yn )
2
d
yn 1  yn  h   2 gy
D

Capítulo 7.

56 – Descreva em detalhes todo o procedimento que deve ser realizado para se obter semelhança
dinâmica entre modelo e protótipo.

57 – Como um conhecedor de análise dimensional e semelhança dinâmica, (a) obtenha um conjunto


de grupos adimensionais, utilizando o Teorema de pi de Buckingham, que possam ser usados para
correlacionar dados experimentais de um escoamento sobre um transdutor sonar liso de formato
esférico, lembrando que esse escoamento gera uma força de arrasto sobre o transdutor sonar. (b) O
arrasto deve ser previsto com base em dados de teste em túnel de vento (viscosidade cinemática do
ar = 1,5 x 10-5 m²/s). O protótipo, uma esfera de 0,5 m de diâmetro, deve ser rebocado a 2,8 m/s na
água do mar (viscosidade cinemática da água do mar = 1,0 x 10-6 m²/s). O modelo tem 150 mm de
diâmetro. Determine a velocidade de teste requerida no ar; (c) a força de arrasto sobre o modelo em
teste é de 2,8 N, nesse caso, estime a força de arrasto no protótipo.

58 - (Semelhança Dinâmica e Escoamento Externo) – O arrasto de um transdutor sonar deve ser


previsto com base em dados de teste em túnel de vento (viscosidade cinemática do ar = 1,5 x 10-5
m²/s). O protótipo, uma esfera de 0,5 m de diâmetro, deve ser rebocado a 2,8 m/s na água do mar
(viscosidade cinemática da água do mar = 1,0 x 10-6 m²/s). O modelo tem 150 mm de diâmetro.
Obtenha as expressões adimensionais utilizando o Teorema de pi de Buckingham. (a) Determine a
velocidade de teste requerida no ar; (b) Se a força de arrasto sobre modelo em teste for 2,8 N,
estime a força de arrasto do protótipo; (c) Considerando que ao rebocar a esfera o número de
Reynolds permaneça bem baixo (Re < 1,0) as forças de inércia podem ser desprezadas. De acordo
com a teoria de Stokes, calcule a força de arrasto sobre o protótipo.

59 – Considerando o reboque de uma esfera (protótipo) na água com Re = 0,5. Calcule (a) a força
de arrasto sobre um protótipo de 200 mm de diâmetro, de acordo com a teoria de Stokes; (b), a
força de arrasto sobre o mesmo protótipo utilizando a equação tradicional – Utilize a área da
superfície da esfera como πD²/4; (c) a força de arrasto sobre o mesmo protótipo utilizando a
equação da quantidade de movimento – Considere o regime permanente e, caso seja necessário, o

16
volume de controle pode ser definido a seu critério; (d) a força de arrasto sobre o mesmo protótipo
utilizando a equação da quantidade de movimento – Considere regime não-permanente e, caso seja
necessário, o volume de controle pode ser definido a seu critério; (e) considerando os cálculos das
letras ‘a’ e ‘b’, houve diferença no resultado? Explique o porquê; (f) o erro percentual ao utilizar a
formulação da letra c; (g) explique por que na letra ‘c’ não foi obtida equivalência no resultado.

Capítulo 6.

60 – Numa corrente de fluido longe da parede, ou onde as linhas de corrente são curvilíneas,
medições precisas da pressão estática podem ser feitas pelo emprego cuidadoso de uma sonda de
pressão estática, mostrada na figura abaixo. Tais sondas devem ser projetadas de modo que os
orifícios de medida sejam colocados corretamente em relação à ponta e à haste da sonda, a fim de
evitar resultados errôneos. Sondas de pressão estática, conforme mostrado na figura abaixo, estão
disponíveis no comércio em tamanhos tão pequenos quanto 1,5 mm. Explique a diferença de
pressões estáticas, de estagnação e dinâmica. Sabendo ainda que a pressão de estagnação pode ser
medida no mesmo ponto que a pressão estática, deduza a expressão da pressão dinâmica e da
velocidade, fazendo as considerações necessárias, de forma que possa iniciar a dedução a partir da
Equação de Bernoulli.

61 - Um túnel de vento de circuito aberto aspira ar da atmosfera através de um bocal com perfil
aerodinâmico. Na seção de teste, onde o escoamento é retilíneo e aproximadamente uniforme, há
uma tomada de pressão estática instalada na parede do túnel. Um manômetro conectado a essa
tomada mostra que a pressão estática dentro do túnel é 45 mm de água abaixo da pressão
atmosférica. Considere que o ar é incompressível e que está a 25°C e 100 kPa (absoluta), e que a
pressão de estagnação é a pressão atmosférica. Para obtenção da massa específica, uma das
possibilidades é a utilização da equação de gás ideal. Faça também as considerações necessárias
para calcular a velocidade do ar na seção de teste do túnel de vento.

62 – Explique a Equação de Bernoulli para fluidos ideais. Como ela poderia ajudar no
dimensionamento de uma asa de avião (aerofólio)?

63 – Determinar a velocidade do jato do líquido no orifício do tanque de grandes dimensões,


conforme mostra a figura. Considerar fluido ideal. Utilize g = 9,81 m/s² e a altura h = 2,5 m. Projete
o diâmetro da tubulação para que a vazão seja mantida em 5,5 m³/s. Caso o fluido não fosse ideal
quais seriam as modificações no cálculo?

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Em alguns carros de competição, como por exemplo os carros da Fórmula SAE, há um orifício de
entrada (restritor) na admissão para auxiliar na potência do motor, conforme regras da competição.
Por isso, nesse restritor há uma throat (garganta), conforme mostra a figura. Considere o
escoamento do ar em regime permanente através do restritor. Na entrada do restritor (1) a área é 0,1
m² e, na saída (2), a área é 0,02 m². Determine a diferença de pressão entre a entrada e saída para
que na saída do bocal a velocidade seja de 40 m/s.

64 - Água escoa em regime permanente no tubo Venturi mostrado abaixo. Supondo desprezíveis
quaisquer tipos de perdas e propriedades uniformes nas seções. A área da seção (1) é 20 cm² e da
seção (2) é 10 cm². Um manômetro é mercúrio (Hg = 136000 N/m3) é ligado entre as seções (1) e (2)
e indica o desnível mostrado na figura. Utilize g = 10 m/s². Determine:
a) a diferença de pressão entre o ponto (1) e (2), que pode ser calculada pelo manômetro
abaixo do tubo.
b) a vazão de água que escoa no Venturi. (H2O = 10000 N/m3).

65 – Dê uma pequena barragem, parte uma canalização de 250 mm de diâmetro, com poucos metros
de extensão, havendo depois uma redução para 125 mm, do qual a água passa para a atmosfera sob
forma de jato. A vazão na tubulação foi medida, encontrando-se 105 L/s. Utilize a massa específica
= 1000 kg/m³ e g = 10 m/s². Calcular:
a) a pressão manométrica na seção inicial da tubulação de 250 mm;
b) a altura de água H na barragem;
c) a potência do jato em W(watts) e em hp, sabendo que 1 W = 1 Nm/s e 1 hp = 745,7 W.

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66 - Um tubo U atua como um sifão d’água. A curva no tubo está 1 m acima da superfície da água;
a saída do tubo está 7 m abaixo. O fluido sai pela extremidade inferior do sifão como um jato livre,
à pressão atmosférica. Se o escoamento é sem atrito, em primeira aproximação, determine (após
listar as considerações necessárias) a velocidade do jato e a pressão absoluta do fluido na curva.

67 – A pressão no ponto S do sifão da figura não deve cair abaixo de 25 kPa (abs). Desprezando as
perdas, determinar:
a) A velocidade do fluido no ponto (B);
b) A máxima altura do ponto S em relação ao ponto (A);
P(atm) = 100 kPa; Peso específico = 104 N/m³

68 - Um avião leve voa a 150 km/h, no ar padrão, a uma altitude de 1000 m, onde a pressão do ar
local é cerca de 88,70% da pressão do ar à nível do mar e a massa específica do ar local é cerca de
90,75% da massa específica do ar à nível do mar. Utilize pressão atmosférica igual à 10 5 N/m² e
massa específica do ar à nível do mar é igual à 1,23 kg/m³. Num certo ponto perto da asa (ponto B),
a velocidade do ar relativa à asa é 60 m/s. Dessa forma, determine (a) se o escoamento realmente é
incompressível, considerando a velocidade do som, 336 m/s, (b) se a equação de Bernoulli pode ser
utilizada e cite os quatro requisitos para o uso da formulação, (c) a pressão de estagnação no bordo
de ataque da asa, (d) a pressão no ponto B.

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69 – Quais são as vazões de óleo em massa e em peso no tubo convergente da figura, para elevar
uma coluna de 20 cm de óleo no ponto (0)? Dados: desprezar as perdas; peso específico do óleo =
8.000 N/m³; g = 10 m/s².

70 – Água escoa sob uma comporta, em um leito horizontal na entrada de um canal. A montante da
comporta, a profundidade da água é 0,45 m e a velocidade é desprezível. Na seção contraída (vena
contracta) a jusante da comporta, as linhas de corrente são retilíneas e a profundidade é de 50 mm.
Utilize as considerações necessárias para que a equação de Bernoulli possa ser utilizada e determine
a velocidade do escoamento a jusante da comporta e a vazão, em m³/s, por metro de largura e em
pés cúbicos por segundo, por pés de largura.

Escoamento Não-Viscoso e Irrotacional

71 – Mostre que o escoamento a seguir é irrotacional e determine o seu potencial de velocidade.


Considere o campo de escoamento dado por:
  ax2  ay 2
a  3 s 1

72 – Sob que condições o campo de velocidade abaixo representa:


(a) um escoamento incompressível que conserva a massa;
(b) um escoamento incompressível, irrotacional.

V  (a1 x  b1 y  c1 z)i  (a2 x  b2 y  c2 z ) j  (a3 x  b3 y  c3 z )k

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Resp.: (a) a1+b2+c3=0
Resp.: (b) (b1 – a2 = 0); (a3 – c1 = 0); (c2 – b3 = 0);

73 – Diga se o seguinte escoamento (eqs. 1, 2 e 3) é irrotacional. Sabe-se que em um escoamento


irrotacional existe um potencial de velocidade dado pelas eqs. 4, 5 e 6. Calcule o potencial de
velocidade do escoamento (  ).

u  a( x 2  y 2 ) (1)
v  2axy (2)
w0 (3)

d
u (4)
dx
d (5)
v
dy
d
w (6)
dz
Resp.: é irrotacional. ϕ = ax³/3 – axy² + c

Capítulo 8 e 10.

74 - Em dimensionamentos de máquinas de fluxo em tubulações industriais, o cálculo é realizado a


partir de uma expressão matemática considerando a Conservação da Energia. Explique a Equação
da Energia para esse caso, considerando as possibilidades de conservação ou não. Nesse último
caso, apresente as possibilidades para perdas de energia do escoamento.

75 – Explique, com suas palavras, a experiência de Reynolds que mostra os diversos regimes de
escoamento interno de um fluido.

76 – Considerando placas paralelas infinitas e estacionárias, utilize um volume de controle


adequado e deduza expressões para perfil de velocidade, distribuição de cisalhamento, vazão em
volume, vazão em volume como função da queda de pressão, velocidade média e ponto de
velocidade média.

77 – A figura abaixo ilustra um escoamento laminar na região de entrada de um tubo circular, com
velocidade uniforme U0 na entrada do tubo.

Considerando escoamento permanente e incompressível, (a) qual a velocidade média na região de


entrada (ou comprimento de entrada) do tubo? Por quê? (b) Explique o que é o Perfil de Velocidade
Completamente Desenvolvido e como ele é formado. (c) Caso fosse necessário para realizar algum
cálculo, quais as restrições para utilização da equação de Bernoulli em escoamentos internos em
tubulações. (d) O que é perda de carga e como ela pode ser calculada? (e) Pode-se utilizar
Bernoulli, considerando as restrições impostas para sua utilização? (f) Neste caso qual a restrição

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que não será atendida e (g) como fica a equação considerando todas as perdas? (h) Como fica a
equação quando há também uma máquina de fluxo no sistema?

78 – Sabe-se que medições precisas de pressão estática, pressão de estagnação e pressão dinâmica
podem ser feitas pelo emprego cuidadoso de uma sonda de pressão estática, conforme ilustra a
figura a seguir:

(a) Explique a diferença entre as pressões estática, de estagnação e dinâmica;


(b) Faça as considerações necessárias para utilização da Equação de Bernoulli e, partindo dela,
deduza a expressão da pressão dinâmica e da velocidade;
(c) Como fica a equação considerando todas as perdas de carga? E como fica a equação quando há
também uma máquina de fluxo no sistema? Nesse caso, faz sentido calcular pressão dinâmica?

79 – Um sistema hidráulico opera a uma pressão manométrica de 20 MPa e 55ºC. O fluido


hidráulico é óleo SAE 10W. Uma válvula de controle consiste em um pistão com 25 mm de
diâmetro montado num cilindro com uma folga radial média de 0,005 mm. Determine a vazão em
volume do vazamento se a pressão manométrica do lado de baixa pressão do pistão for 1,0 Mpa. (O
pistão tem 15 mm de comprimento). Para óleo SAE 10W a 55ºC, μ = 0,018 kg/(m.s), da Fig. A.2,
Apêndice A. (Fox): SG = 0,92

80 – Óleo escoa a 0,2 m³/s em um tubo de ferro fundido de 500 m de comprimento e 200 mm de
diâmetro. Determine a perda de carga. Utilizar: aceleração da gravidade = 9,81 m/s²; Massa
específica do óleo = 815,5 kg/m³; Viscosidade cinemática do óleo = 10-4 m²/s;

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81 – Calcule a diferença de pressão (em kPa) ao longo de uma tubulação de aço de 180mm de
diâmetro e comprimento igual a 20m e rugosidade relativa igual a 0,003 no qual escoa água a 19°C
com uma vazão de 0,12 m³/s. Qual será a perda de carga na tubulação em metros de coluna de água.
Determinar a tensão de cisalhamento.
Obs. considere para água a 19°C a densidade igual a 0,999 e viscosidade dinâmica igual a 1,0x10 -3
kg/m.s.

82 – A figura mostra o escoamento de água na qual a tubulação apresenta uma redução de seção. Na
seção (1) o diâmetro D1 = 8cm e a velocidade V1 = 5m/s. Na seção (2) o diâmetro D2 = 5cm e a
pressão é igual a p2 = patm = 101,32 kPa. Nestas condições do escoamento o manômetro de coluna
de mercúrio apresenta uma altura de h = 58cm. Utilizar: ρágua = 1000 kg/m3 ; ρHg = 13600 kg/m3.

(a) Aplicando as relações manométricas, determine a pressão relativa na seção (1);


(b) Aplicando a Eq. de Energia, determine a perda de carga entre (1) e (2);
(c) Aplicando a equação da quantidade de movimento, determine a força total que os flanges
resistem.

83 - No tanque da figura, determinar a força Fsx que deve ser aplicada para que ele permaneça
parado. Qual é o diâmetro de um novo bocal que deverá ser instalado na parede oposta ao bocal
mostrado na figura, para que a força provocada por esse novo jato venha substituir o efeito (seja
igual) da força Fsx? Esse novo bocal será instalado a 1m de profundidade e admite-se que a sua
perda de carga seja igual à do bocal da figura (H0 - H2 = 5,5 m). Desprezar os atritos nas rodas.
Dados: p0 = 130 kPa; a massa específica é 1000 kg/m3; D2 = 10 cm; g = 10 m/s2.

84 - Escoamento no tubo de um reservatório: Queda de pressão desconhecida – Um tubo liso


horizontal com 100 m de comprimento está ligado a um grande reservatório. Que profundidade, d,
deve ser mantida no reservatório para produzir uma vazão de 0,0084 m³/s de água? O diâmetro
interno do tubo liso é 75 mm. A entrada é de bordas vivas e a água descarrega para a atmosfera.
Admita as seguintes propriedades do fluido (água): massa específica = 10³kg/m³ e viscosidade
absoluta = 1/10³ kg/m.s.

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85 - Escoamento no tubo de um reservatório: Queda de pressão desconhecida – Um tubo
horizontal com 100 m de comprimento está ligado a um grande reservatório. Que profundidade, d,
deve ser mantida no reservatório para produzir uma vazão de 0,006 m³/s de água? O diâmetro
interno do tubo (rugosidade, e = 0,0003 m) é 75 mm. A entrada é reentrante e a água descarrega
para a atmosfera. Admita as seguintes propriedades do fluido (água): massa específica = 10³ kg/m³ e
viscosidade absoluta = 1/10³ kg/m.s.

86 – Um tubo horizontal com 50 m de comprimento está ligado a um grande reservatório. Que


profundidade, d, deve ser mantida no reservatório para produzir uma vazão de 0,01 m³/s de água ?
O diâmetro interno do tubo (rugosidade, e = 0,0003 m) é 78 mm. A entrada é reentrante e a água
descarrega para a atmosfera. Admita que o fluido é água: massa específica = 10³ kg/m³ e
viscosidade absoluta = 1/104 kg/m.s.

87 – Em um pequeno edifício, uma bomba é utilizada para recalcar água de um reservatório


subterrâneo para uma caixa d´agua situada no topo do edifício. A tubulação de recalque, conforme
mostra a figura, tem diâmetro de ½” (0,5 polegadas) e a vazão de água é 3 litros/s.
Considerando a água um fluido ideal, determine :
a) a altura manométrica da bomba
b) a potência da bomba (em HP), considerando que o seu rendimento é 65%

Dados/Informações Adicionais
• reservatório subterrâneo tem grandes dimensões e está aberto para a atmosfera
• g = 9,8 m/s 1”= 2,54 cm 1 HP = 745,7 W

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R: 46,7 m e 2,8 HP

Em um pequeno edifício, uma bomba é utilizada para recalcar água de um reservatório subterrâneo
para uma caixa de água (ρ = 999 kg/m³ e μ = 10-3 kg/m.s) situada no topo do edifício. A tubulação é
de PVC, onde a rugosidade (ɛ) é igual à 0,18 mm, o diâmetro é de ½” (0,5 polegadas) e a vazão de
água é 2 L/s. Considerando o reservatório subterrâneo com grandes dimensões e aberto para a
atmosfera, g = 9,8 m/s² 1” = 2,54 cm 1 hp = 745,7 W, determine:

a) a velocidade do escoamento na tubulação;


b) o número de Reynolds;
c) o coeficiente de perda de carga distribuída;
d) a altura manométrica da bomba (hb);
e) a potência mecânica da bomba (em hp), considerando que o seu rendimento é 65%;

88 – Na instalação da figura, a água deve ser lançada por meio de um bocal no tanque da direita.
Determinar a mínima potência da bomba para que isso aconteça. Dados: D = 10 cm; material: ferro
fundido (e = 0,0003); diâmetro de saída Ds = 7,5 cm; υ = 10-6 m²/s; γ = 104 N/m³; k = 0,5; ηB= 0,75.
Desprezar a perda singular no bocal.

89 - Petróleo cru escoa através de um trecho horizontal do oleoduto do Alasca a uma taxa de 2,944
m³/s. O diâmetro interno do tubo é 1,22 m; a rugosidade da tubulação é equivalente à do ferro
galvanizado. A pressão máxima admissível é 8,27 MPa; a pressão mínima requerida para manter os

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gases dissolvidos em solução no petróleo cru é 344,5 kPa. O petróleo cru tem SG = 0,93; sua
viscosidade absoluta à temperatura de bombeamento de 60ºC é 0,0168 N.s/m². Para estas condições,
determine o espaçamento (L) máximo possível entre estações de bombeamento.

90 – Água é bombeada entre dois reservatórios a uma vazão de 5,6 L/s, por um tubo de 50 mm de
diâmetro e diversos acessórios como mostra a figura abaixo. Massa específica da água é 1000
kg/m³, a viscosidade cinemática da água é 1,02x10-6 m²/s e a aceleração da gravidade é 9,81 m/s².

Sabendo que o comprimento total da tubulação é de 122 m e que a rugosidade relativa é ε/D =
0,001. Calcule a potência requerida pela bomba em hp, sendo o rendimento da bomba de 80%.
Dado: 1 hp = 745,7 W.

Acessórios K
Válvula globo aberta (2 pol) 6,9
Entrada em borda viva 0,5
Curva com 24 pol de diâmetro 0,25
Cotovelo normal de 90º 0,95
Válvula de gaveta aberta pela metade 3,7
Saída em borda viva 1,0

91 - Um motor elétrico fornece 3 kW à bomba da instalação da figura, que tem um rendimento de


80%. As tubulações são de mesmo material e de mesma seção, cujo diâmetro é de 5 cm. Para as
singularidades, adote os seguintes valores: ks1 = 10; ks2 = ks8 = 1; ks3 = ks5 = ks6 = ks7 = ks9 = 0,5.
Considere a vazão em volume na instalação de 10 L/s e a aceleração da gravidade igual a 10 m/s²; O
comprimento (real) de (1) a (3) é de 10 m e, de (5) a (9), de 100 m. Considere que a pressão
atmosférica também está atuando em (4) para determinar:

(a) perda de carga total entre (0) e (4);


(b) o coeficiente de perda de carga distribuída entre (0) e (4);
(c) a perda de carga total entre (4) e (10);
(d) a potência da turbina (é realmente uma turbina?), sabendo que seu rendimento é de 90%;

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(e) o comprimento equivalente das singularidades da instalação;
(f) você usou o diagrama de Moody? Por que?
(g) você teria condição de dizer qual a rugosidade da tubulação?

92 – Dados: tubos de ferro fundido ks1 = 12; ks2 = ks6 = 0,8; ks3 = ks5 = 8; ks7 = 1,3; ks4 = 0,6; γ = 104 N/m³;
υ = 10-6 m²/s; Indica-se com índice S o que se refere à sucção e com R o que se refere ao recalque.
Dados: Ds = 20 cm; Dr = 12 cm. Pressão p8 mantida igual a 600 kPa constante. Rendimento da
bomba é 0,8 e a vazão é 50 L/s. Determine:
a) energia no ponto 8;
b) velocidade de sucção;
c) perda distribuída na tubulação de sucção;
d) perda localizada na tubulação de sucção;
e) velocidade de recalque;
f) perda distribuída na tubulação de recalque;
g) perda localizada na tubulação de recalque;
h) perda total;
i) potência da bomba.

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93 – Utilize o mesmo desenho da questão anterior e dimensione a potência da bomba (B), em hp,
necessária para levar água até a caixa d’água em (8). Sabe-se que o rendimento da bomba é 75%. A
tubulação é de aço rebitado e um engenheiro verificou os seguintes valores para algumas válvulas e
acessórios encontrados na tubulação: ks1 = 13; ks2 = ks6 = 1,0; ks3 = ks5 = 9; ks7 = 1,2; ks4 = 0,4;. O diâmetro
da tubulação de sucção é de 18 cm e o diâmetro da tubulação de recalque é de 11 cm. A pressão em
(8) é mantida igual a 550 kPa e a vazão é 30 L/s.

Capítulo 9.

94 – Defina camada limite? Como os coeficientes de arrasto são influenciados com o tipo de
escoamento que ocorre na camada limite. Explique detalhadamente.

95 – No gráfico a seguir é apresentada a variação do coeficiente de arrasto de acordo com o


aumento do número de Reynolds para um cilindro. (a) Explique, em detalhes, o que acontece com o
arrasto à medida que o número de Reynolds aumenta? (b) explique em detalhes a relação do
coeficiente de arrasto com a camada limite e com a esteira de vórtices no bordo de fuga? (c) Como
a rugosidade em superfícies influenciaria no gráfico? (d) Explique como os vórtices são formados
quando o escoamento ocorre ao redor de uma estrutura cilíndrica, como um riser (tubulação
flexível), por exemplo. Explique como eles surgem, como ocorre o desprendimento e como isso
influencia nos esforços no cilindro. (e) O que é um gradiente de pressão favorável e um gradiente de
pressão adverso (desfavorável)? Dê dois exemplos de regimes de escoamento em que ocorram tais
gradientes; (f) Quais diferenças teriam no gráfico, se considerássemos escoamento em esferas?

96 - Em uma partida de futebol, um jogador cobra uma falta aplicando uma curva na trajetória da
bola. Descreva detalhadamente quais os efeitos físicos presentes durante essa trajetória curvilínea,
baseando-se nos estudos realizados sobre aerodinâmica. Para auxiliá-los nessa explicação, segue
link de um vídeo de outro experimento realizado com uma bola de basquetebol: Efeito Magnus -
YouTube . Explique como a bola arremessada com rotação em torno do seu eixo se move em uma
trajetória curvilínea. Dê algumas razões físicas para explicar a força lateral desenvolvida além do
arrasto.

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97 – Como o conceito de drafting (expressão inglesa usada quando um corpo anda no vácuo de
outro), em corridas de automóvel e bicicleta, se aplica ao material estudado no cap. de Escoamento
Externo.

98 – A figura a seguir mostra as curvas típicas de sustentação (a) e arrasto (b) para um perfil
aerodinâmico (aerofólio) em função do ângulo de ataque. Descreva as informações aerodinâmicas
que você consegue extrair ao analisar os dois gráficos, explique a diferença de pressão no aerofólio
nos diferentes ângulos de ataque. Explique qual é ângulo de estol.

99 – No teste de um veículo, num túnel aerodinâmico, foi levantada a curva de potência gasta para
vencer a força de arrasto do ar em função de sua velocidade. Sendo a vista frontal do veículo
indicada na figura, determine o seu coeficiente de arrasto. Dados: aceleração da gravidade = 9,81
m/s²; massa específica do ar = 1,23 kg/m³; Área A = 0,72 m²; Área B considerada retangular. 1 CV
= 0,736 kW.

100 – Após alguns testes realizados em um automóvel, foi revelado que ele tem um coeficiente de
arrasto constante igual a 0,7. A área projetada é considerada 2,1 m². a) Qual seria a força de arrasto
a uma velocidade de 100 km/h? b) Qual deve ser a potência do motor para que ele vença essa força
de arrasto? c) Construa um gráfico da potência necessária em função da velocidade (massa
específica do ar = 1,2 kg/m³). d) Explique, com suas palavras, o que acontece quando aumenta-se a
área frontal de contato e como a abertura dos vidros laterais influencia na aerodinâmica do
automóvel?

101 – Qual será a máxima velocidade de um para-quedista que pesa com seu equipamento 1200 N,
sendo que o para-quedas tem um diâmetro de 6 m e um coeficiente de arrasto igual a 1,2? De que

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altura se deveria saltar sem para-quedas para chegar ao solo com a mesma velocidade (massa
específica do ar = 1,2 kg/m3)?

102 – Em sua fase de projeto um carro de competição passou por alguns testes que mostraram que o
seu coeficiente de arrasto é 1,42 sempre que o número de Reynolds for maior que 10³. O carro pesa
7000 N e, após atingir a velocidade de 360 km/h, o piloto abre o paraquedas de frenagem, de área A
= 2,0 m². Considere g = 9,81 m/s², o ar padrão (massa específica = 1,23 kg/m³, viscosidade
cinemática = 1,46×10-5 m²/s) e admita que a força de arrasto é alta o suficiente de modo que as
outras forças possam ser desprezadas.

(a) Calcule o número de Reynolds do escoamento e diga se a hipótese utilizada para o


coeficiente de arrasto é válida.
(b) Determine o tempo necessário para que o veículo desacelere para 144 km/h.
(c) Calcule a força de arrasto provocada no veículo para que ele adquira esta desaceleração.

103 – Um protótipo de alta velocidade pesa 10000 N e atinge uma velocidade de 100 m/s em 300
m. Imediatamente após a passagem pelo temporizador luminoso, o para-quedas de frenagem é
aberto, com diâmetro D = 2,4 m. As resistências do ar e de rolamento do carro são desprezíveis.
Determine o tempo para o veículo desacelerar para 42 m/s no ar padrão. Admita Re > 10³;
aceleração da gravidade = 9,81 m/s²; massa específica do ar = 1,23 kg/m³.

104 – Um carro de competição pesando 7120 N atinge uma velocidade de 430 km/h em 400 m.
Imediatamente após a sua passagem pelo temporizador luminoso, o motorista abre o para-quedas de
frenagem de formato circular (formato de hemisfério com extremidade aberta voltada para o
escoamento) com diâmetro de 2,0 m. As resistências do ar e de rolamento do carro podem ser
desprezadas e considerando Re > 10³, aceleração da gravidade = 9,81 m/s²; massa específica do ar =
1,23 kg/m³, calcule: (a) o tempo necessário para que o veículo desacelere para 160 km/h; (b) se o
para-quedas fosse de formato quadrado de lados iguais e de mesma área (modelado, por exemplo,
como uma placa plana normal ao escoamento), que mudança haveria na força de arrasto no carro e
que mudança acarretaria no tempo de frenagem? (c) faça o mesmo cálculo realizado na letra a,
admita agora que a velocidade do vento seja de 0,0041 m/s.

105 – Deixa-se cair livremente uma esfera de massa específica 2040 kg/m³ num tanque que contém
glicerina de massa específica 1290 kg/m³ e viscosidade cinemática 2,7 × 10-² m²/s. Utilize Re = 0,1.
(a) Diga em que momento a velocidade deixaria de variar, ou seja, permaneceria constante; (b)
calcule a velocidade máxima da esfera; (c) Neste momento, calcule a força de arrasto na esfera e (d)
no caso de queda livre no ar, calcule a velocidade máxima da esfera (massa específica = 1,23
kg/m³), considerando um coeficiente de arrasto médio, visto que, no ar, 10³ < Re < 105.

106 - O avião ultraleve Gossamer Condor foi o primeiro a completar, em 1977, o percurso em
forma de oito do Kremer Priza sob tração humana. A envergadura da asa era de 29 m, com corda
média Cméd = 2,3 m e massa total de 95 kg. O coeficiente de arrasto era aproximadamente 0,05. O
piloto era capaz de fornecer ¼ hp para propulsionar o avião. Avalie (a) a velocidade de cruzeiro
atingida, (b) o coeficiente de sustentação para a velocidade de cruzeiro e (c) a potência em hp
necessária para se atingir uma velocidade de 7,65 m/s. Sabe-se que CD0 (Polar de Arrasto) é uma
constante para esse ultraleve com pequenos ângulos de ataque, conforme segue:

𝐶𝐿2
𝐶𝐷 = 𝐶𝐷0 + (1,12)
𝜋𝐴𝑅

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Onde, AR é a Razão de Aspecto.

1hp  745,7W

107 - Um instrumento muito utilizado em navegação é o transdutor sonar náutico. Ele pode ser
ativo, em caso de emissão acústica e retorno de um eco para captação de distanciamento de
obstáculos. Pode ser passivo, em caso de recepção acústica para identificação da fonte de um som
detectado. Para que esse instrumento possa ser operado corretamente em um ambiente marítimo, ele
precisa ser testado em laboratórios quanto ao escoamento ao seu redor. Para adquirir semelhança
dinâmica é necessário, inicialmente, obter os grupos adimensionais do fenômeno físico. Para tal,
considere aceleração da gravidade = 9,81 m/s² e faça os seguintes itens:

(a) Obtenha um conjunto de grupos adimensionais, utilizando o Teorema de pi de Buckingham, que


possam ser usados para correlacionar dados experimentais de um escoamento sobre um transdutor
sonar liso de formato esférico, lembrando que esse escoamento gera uma força de arrasto sobre o
transdutor sonar;
(b) O arrasto deve ser previsto com base em dados de teste em túnel de vento (viscosidade
cinemática do ar = 1,5 x 10-5 m²/s). O protótipo, uma esfera de 0,5 m de diâmetro, deve ser rebocado
a 2,8 m/s na água do mar (viscosidade cinemática da água do mar = 1,0 x 10-6 m²/s). O modelo tem
150 mm de diâmetro. Determine a velocidade de teste requerida no ar;
(c) A força de arrasto sobre o modelo em teste é de 2,8 N, nesse caso, estime a força de arrasto no
protótipo; Para esse cálculo, usar: (massa específica do ar = 1,23 kg/m³ e massa específica do mar =
1040 kg/m³);
(d) Pensando que no momento da instalação do sonar, deixa-se cair livremente o transdutor sonar
esférico. Sabendo que, durante a queda livre no mar, o escoamento ocorre a um número de
Reynolds tão baixo quanto 0,8 e que, nesse momento, a sua velocidade é constante, estime a massa
específica do transdutor sonar;
(e) Baseando-se no gráfico do coeficiente de arrasto em função do número de Reynolds, para
esferas, diga qual a relação do coeficiente de arrasto com a esteira de vórtices no bordo de fuga;
(f) Como a rugosidade na superfície influenciaria nesse gráfico?
(g) Como uma rotação em torno do seu próprio eixo influencia no arrasto do transdutor sonar?

108 – A asa de um avião tem 7,5 m de envergadura e 2,1 m de corda. Estimar a força de arrasto na
asa utilizando os resultados para o escoamento sobre uma placa plana e admitindo a camada limite
turbulenta desde o bordo de ataque, quando o avião voa a 360 km/h. Qual seria a redução de
potência necessária se fosse feito o controle da camada limite de forma a assegurar escoamento
laminar até o bordo de fuga? (v = 10-5 m²/s; ρ = 1,0 kg/ m³)

109 – A águia dourada ou águia-real é uma ave de rapina que atinge uma velocidade de 50 km/h.
Suas asas, em média, possuem 1,5 m de envergadura e 0,5 m de corda. Sabendo que o escoamento
pode ser considerado em uma placa plana, utilizando aceleração da gravidade = 9,81 m/s²; massa
específica do ar = 1,23 kg/m³; viscosidade cinemática do ar = 10-5 m²/s, obtenha:
a) a força de arrasto na ave, supondo camada limite turbulenta a partir do bordo de ataque;
b) a força de arrasto na ave, supondo escoamento laminar;
c) a redução percentual de potência quando ocorre o controle para escoamento laminar.

110 – Uma estaca de seção quadrada 152 mm x 152 mm é atingida por um escoamento de água a
1,52 m/s com profundidade de 6,1 m, como mostra a figura.
Considere: massa específica = 1,025 kg/m³; viscosidade cinemática = 1,02 x 10-6; CA = 2.1.

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Calcule:
(a) O número de Reynolds do escoamento. (1,0 pts).
(b) A força de arrasto. (1,0 pts).
(c) O momento fletor exercido pelo escoamento na base da estaca (1,0 pts)
(d) Considerando que a estaca possua uma seção circular (cilindro), como você acha que se
comportaria o arrasto a medida que o número de Reynolds fosse aumentando? (1,0 pts)

111 – Arrasto aerodinâmico e momento sobre uma tubulação. Uma tubulação de formato
cilíndrico com 1 m de diâmetro e 25 m de comprimento está exposta a um vento uniforme de 50
km/h nas condições de atmosfera padrão. Efeitos de extremidade e de rajadas podem ser
desprezados. Monte, no computador (em qq software de alto nível), um programa que calcule o
momento fletor nas extremidades devido às forças do vento. Faça cálculos de força de arrasto para
diferentes valores de Reynolds (40, 100, 200, 500, 1000, 5000, 10000, 100000) e, em seguida,
monte gráficos para analisar o comportamento da força de arrasto em função dos números de
Reynolds informados e da força de arrasto em função do coeficiente de arrasto. Ou seja, monte
gráficos de: (Re x Fd) e (Re x Cd).
Dados do tubo: D = 1m, L = 25 m, em escoamento uniforme com: V = 50 km/h; p = 101 kPa (abs);
massa específica do ar = 1,23 kg/m³; viscosidade absoluta ar = 1,79 x 10-5 kg/m.s; Efeito de
extremidade podem ser desprezados.

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112 – Uma bola de tênis lisa, com massa de 50 g e 60 mm de diâmetro, é golpeada a 20 m/s na sua
parte superior (topspin) de modo a ganhar uma rotação (no sentido horário) de 7000 rpm.
Admitindo que a bola é lisa, calcule a sustentação aerodinâmica atuando sobre a bola. Avalie o raio
de curvatura da sua trajetória para a máxima elevação num plano vertical. Compare com o raio para
o caso sem rotação. Ar padrão (υ = 1,45 × 10-5 m²/s ; γ = 12,3 N/m³).

113 – No escoamento viscoso externo ao redor de cilindros, sabe-se que vórtices podem surgir e se
desprender da superfície do cilindro dependendo do número de Reynolds. O desprendimento do par
de vórtices controla o comportamento das forças de sustentação e de arrasto que ocorrerão no
cilindro. Além das equações das forças hidrodinâmicas (sustentação e arrasto), o fenômeno é
governado pela equação de Navier-Stokes. Essa equação é impossível de ser resolvida
analiticamente, sendo solucionada apenas por códigos computacionais. Cite exemplos de esquemas
numéricos que podem ajudar na solução das equações diferenciais de Navier-Stokes. Além disso,
explique os esforços hidrodinâmicos que são esperados como resultado dessa solução.

114 – Após alguns testes realizados em um automóvel de passeio de 300 kg, foi revelado um
gráfico com o seu coeficiente de arrasto. Nota-se que esse gráfico está em função da razão de
aspecto e é semelhante ao gráfico para placas planas de largura finita normal ao fluxo. A largura da
área projetada do automóvel é de 1,5 m e a altura é de 1,7 m. Considere a massa específica do ar
igual a 1,23 kg/m³. Considere que o motorista pisa no acelerador para manter a velocidade constante
de 100 km/h.

a) Calcule a potência desenvolvida pelo motor para que o automóvel permaneça a velocidade
constante de 100 km/h;
b) Construa um gráfico da potência necessária em função da velocidade;
c) Imaginando agora que o motorista resolva realizar uma aceleração constante no automóvel,
partindo de 100 km/h e chegando até a uma velocidade de 140 km/h, qual seria a potência
desenvolvida pelo motor para que o automóvel realize tal desempenho em 10 segundos;
d) O motorista percebeu que o automóvel poderia chegar aos 140 km/h mais rapidamente, pois a
potência do motor permitia tal desempenho. Para testar seu carro o motorista retornou para a
velocidade de 100 km/h, em seguida acelerou constantemente até que o automóvel chegasse a 140
km/h, agora em apenas 5 segundos. Obtenha a potência desenvolvida pelo motor para que o
automóvel realize tal desempenho.

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e) Observe que, na letra c dessa questão, o automóvel acelera durante 10 segundos para chegar a
140 km/h e, na letra d, o automóvel acelera durante 5 segundos para chegar a 140 km/h. Durante um
trajeto total de 30 segundos, contando o tempo de aceleração, qual automóvel obteve um menor
consumo de combustível? O que acelerou durante 10 segundos e manteve a 140 km/h por 20
segundos, ou o que acelerou durante 5 segundos e manteve a 140 km/h por 25 segundos.
f) Explique, com suas palavras, o que acontece quando aumenta-se a área frontal de contato e como
a abertura dos vidros laterais influencia na aerodinâmica do automóvel?
g) Sabe-se que um carro de corrida passa por um projeto aerodinâmico para permitir maiores
velocidade e devem possuir um peso mais baixo do que os carros de passeio para permitir um
menor consumo de combustível. Sendo assim, comente como a aerodinâmica desses automóveis
deve ser pensada, visto que uma boa aderência ao solo deve ser conservada, evitando acidentes mais
graves.

Cap. 11.

115 – Deduza a equação de Chézy e a correlação de Manning.

116 – Um canal reto e retangular tem 1,5 m de largura e 0,7 m de profundidade e está com uma
declividade correspondente a um ângulo de 3º. O fator de atrito é 0,02. Para um escoamento
uniforme, calcule (a) o perímetro molhado do canal; (b) a área da seção transversal; (c) o
coeficiente de Chézy; (d) o raio hidráulico do canal; (e) a declividade do canal; (f) a vazão em L/s.

117 – Um canal reto e retangular tem 1,8 m de largura e 0,9 m de profundidade e está com uma
declividade correspondente a um ângulo de 2º. O fator de atrito é 0,022. Estime a vazão para
escoamento uniforme em m³/s.

118 – Engenheiros descobriram que o canal retangular mais eficiente (máximo escoamento
uniforme para determinada área) escoa com uma profundidade igual á metade da largura de fundo.
Considere um canal retangular de alvenaria com uma declividade de 0,006. Qual é a melhor largura
de fundo para uma vazão de 2,7 m³/s?

119 - Engenheiros descobriram que o canal retangular mais eficiente (máximo escoamento
uniforme para determinada área) escoa com uma profundidade igual á metade da largura de fundo.
Considere um canal retangular de alvenaria com um ângulo de declividade de 0,458º. Qual é a
melhor largura de fundo para uma vazão de 2,2 m³/s ?

120 – Engenheiros descobriram que o canal retangular mais eficiente (máximo escoamento
uniforme para determinada área) escoa com uma profundidade igual á metade da largura de fundo.
Considere um canal retangular de alvenaria com uma declividade correspondente a um ângulo de
0,5º. Qual é a melhor largura de fundo para uma vazão de 3,0 m³/s?

121 - Engenheiros descobriram que o canal retangular mais eficiente (máximo escoamento
uniforme para determinada área) escoa com uma profundidade igual á metade da largura de fundo.
Considere um canal retangular de alvenaria (n = 0,15 e rugosidade = 3,7 mm) com uma declividade
correspondente a um ângulo de 0,5º. (a) Para um escoamento uniforme, obtenha uma expressão para
a profundidade do canal em função da vazão; (b) Esboce uma curva para a função anterior; (c) Para
uma vazão de 3,0 m³/s, obtenha o perímetro molhado e (d) a área da seção transversal do canal.

122 – Engenheiros descobriram que o canal retangular mais eficiente (máximo escoamento

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uniforme para determinada área) escoa com uma profundidade igual à metade da largura de fundo.
Considere um canal retangular de alvenaria (brickwork) e está com uma declividade correspondente
a um ângulo de 0,344º. O fator de atrito é 0,02. Para um escoamento uniforme, calcule (a) o
perímetro molhado do canal; (b) a área da seção transversal; (c) o raio hidráulico do canal; (d) a
declividade do canal; (e) a melhor largura do fundo para uma vazão de 2,7 m³/s; (f) o coeficiente de
Chézy; (g) a vazão em L/s considerando agora um ângulo de 2º.
Gab: (e) b = 1,44 m – (g) Q = 7,28 m³/s = 7282 L/s

123 – Explique a correlação de rugosidade de Manning. Prove a equivalência, caso exista, entre as
equações de Chézy e de Manning para cálculo de vazão em canais abertos.

Capítulo 12. Escoamento compressível.

124 – Ar escoa através de um duto longo de área constante a 0,15 kg/s. Um trecho curto do duto é
resfriado com nitrogênio líquido circundando o duto. A taxa de perda de calor do ar neste trecho do
duto é de 15,0 kJ/s. A pressão e a temperatura absolutas e a velocidade do ar entrando no trecho
resfriado são, respectivamente, 188 kPa, 440 K e 210 m/s. Na saída, a pressão e a temperatura
absolutas são 213 kPa e 351 K. Calcule a área da seção do duto e as variações de entalpia, energia
interna e entropia para esse escoamento. Utilize os seguintes dados: cp = 1,0; cv = 0,717; R = 0,287;
todos em kJ/kg.K.

125 – Ar escoa através de um duto longo de área constante a 0,15 kg/s. Um trecho curto do duto é
resfriado com nitrogênio líquido circundando o duto. A taxa de perda de calor do ar neste trecho do
duto é de 15,0 kJ/s. A pressão e a temperatura absoluta e a velocidade do ar entrando no trecho
resfriado são, respectivamente, 188 kPa, 440 K e 210 m/s. Na saída, a temperatura absoluta é de 351
K. Para variação de entropia = - 0,262 kJ/kg.K, calcule: (a) área da seção do duto; (b) a massa
específica do gás; (c) a pressão absoluta na saída; (d) a variação percentual do volume específico do
gás; (e) a variação de entalpia; (f) a variação de energia interna. Utilize os seguintes dados: cp = 1,0;
cv = 0,717; R = 0,287, todos em kJ/kg.K;

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