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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

ACSON GONÇALVES
AMANDA ANDRADE
EDILBERTO MARIANO
JOÃO LUCAS CALLOU
MURILO OLIVEIRA

PROJETO DE IMPLEMENTAÇÃO DE SOLUÇÃO EM PONTE DE


CONCRETO ARMADO PARA TRAVESSIA DO CANAL DERBY-
TACARUNA

RECIFE, 2023
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

PROJETO DE IMPLEMENTAÇÃO DE SOLUÇÃO EM PONTE DE CONCRETO


ARMADO PARA TRAVESSIA DO CANAL DERBY-TACARUNA

Relatório referente ao projeto apresentado à


Universidade Federal de Pernambuco como
parte dos requisitos para aprovação na disciplina
de Pontes.
Área de concentração: Engenharia Civil
Orientador: Prof. Dr. Paulo de Araújo Regis

RECIFE, 2023
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................... 4
2 DADOS DE ENTRADA DO PROJETO .............................................................. 6
2.1 Descrição ........................................................................................................... 7
2.2 Características dos materiais utilizados ......................................................... 8
3 CÁLCULO DAS VIGAS PRINCIPAIS .............................................................. 11
3.1 Cálculo dos esforços devidos à carga permanente (G) .............................. 11
3.2 Cálculo das cargas variáveis distribuídas sobre a longarina ..................... 13
3.2.1 Cálculo do trem tipo da longarina ..................................................................... 14
3.2.2 Reações de apoio devido à carga móvel .......................................................... 18
3.2.3 Determinação dos esforços devido à carga móvel ........................................... 20
3.3 Determinação dos esforços totais ................................................................ 23
4 CÁLCULO DAS TRANSVERSINAS ................................................................ 27
4.1 Cálculo dos esforços devido à carga permanente (G) ................................ 27
4.1.1 Áreas de influência ........................................................................................... 27
4.1.2 Carga uniformemente distribuída ao longo das transversinas .......................... 28
4.1.3 Cálculo dos momentos e cortantes devidos à carga permanente para as
transversinas e a cortina. .................................................................................. 29
4.2 Cálculo dos esforços devidos à carga móvel .............................................. 32
4.2.1 Coeficiente de impacto ..................................................................................... 32
4.2.2 Cálculo do trem-tipo da transversina T3 ........................................................... 32
4.2.3 Cálculo do trem-tipo das transversinas T2 e T4................................................ 35
4.2.4 Cálculo do trem-tipo das transversinas T1 e T5................................................ 36
4.3 Transversina T3 .............................................................................................. 37
4.3.1 Cálculo de Mq e Vq para T3 ............................................................................. 37
4.3.2 Cálculo dos esforços totais para T3 .................................................................. 39
4.4 Transversinas T2 e T4 .................................................................................... 41
4.4.1 Cálculo de Mq e Vq para T2 e T4 ..................................................................... 41
4.4.2 Cálculo dos esforços totais para T2 e T4 .......................................................... 43
4.5 Transversinas/Cortinas T1 e T5 ..................................................................... 45
4.5.1 Cálculo de Mq e Vq para T1 e T5 ..................................................................... 45
4.5.2 Cálculo dos esforços totais para T1 e T5 .......................................................... 47
5 CÁLCULO DAS LAJES DO TABULEIRO ....................................................... 50
5.1 Ações Permanentes........................................................................................ 50
5.2 Ações Variáveis .............................................................................................. 51
5.2.1 Força Centrífuga ............................................................................................... 51
5.2.2 Efeitos da Frenagem e da Aceleração .............................................................. 51
5.2.3 Variação da Temperatura ................................................................................. 51
5.2.4 Ação do Vento .................................................................................................. 52
5.2.5 Cargas Móveis .................................................................................................. 52
5.3 Cálculo do momento e do esforço cortante ................................................. 53
5.3.1 Momento Fletor ................................................................................................. 54
5.3.2 Lajes internas - Laje 2 e Laje 5 ......................................................................... 55
5.3.3 Lajes internas – Laje 3 e Laje 4 (simétricas) ..................................................... 57
5.3.4 Esforço Cortante ............................................................................................... 60
5.3.5 Lajes internas – Laje 2 e Laje 5 (simétricas) ..................................................... 60
5.3.6 Lajes internas – Laje 3 e Laje 4 (simétricas) ..................................................... 61
5.4 Cálculo da influência dos balanços (L1 e L6) sobre a laje principal .......... 62
6 CÁLCULO DAS ARMADURAS ....................................................................... 64
6.1 Cálculo das armaduras a flexão .................................................................... 67
6.1.1 Armadura Longitudinal na Laje Principal .......................................................... 67
6.1.2 Armadura Longitudinal na Laje em Balanço ..................................................... 68
6.2 Armadura Longitudinal na Viga ..................................................................... 68
6.3 Armadura Transversal .................................................................................... 71
7 PILAR ............................................................................................................... 78
8 VERIFICAÇÃO DE FLECHA ............................................................................ 83
8.1 Cálculo do momento de fissuração: ............................................................. 83
8.2 Calculo de rigidez equivalente....................................................................... 83
8.3 Cálculo de flecha ............................................................................................ 83
9 VERIFICAÇÃO DE ABERTURA DE FISSURA................................................ 85
10 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 86
4

1 INTRODUÇÃO

Sabe-se que as pontes são conceituadas como sendo obras de arte a fim de
manter a continuidade de uma via qualquer, sendo assim utilizada na transposição de
obstáculos como rios, córregos, braços de mar e vales profundos. Marchetti (2007)
ressaltou que: denomina-se ponte a partir do momento que o obstáculo transposto é
um rio, viaduto, vale ou outra via. Ainda nesse contexto, o autor afirmou que os
requisitos principais de uma ponte são:

 Funcionalidade: É necessário que a ponte satisfaça as exigências de tráfegos,


vazão, entre outros;
 Segurança: Deve ter materiais constituintes capazes de suportar os esforços,
assim provocando tensões menores que as admissíveis ou que possam provocar
a ruptura da estrutura;
 Estética: Aspecto agradável, harmonizando com o ambiente na qual está inserido;
 Economia: Torna-se necessário o estudo de diversos cenários, assim realizando a
comparação entre esses. Assim, após avaliados os tópicos anteriores, deve-se
escolher a situação mais econômica;
 Durabilidade: Atender as exigências do uso durante o período estimado.

As infraestruturas das pontes, ou seja, as fundações (blocos, estacas, entre


outras coisas), destina-se à transmissão ao solo das reações advindas dos
carregamentos da ponte, assim recebendo as cargas da superestrutura por meio dos
aparelhos de apoio e transmitindo-os ao solo.
A mesoestrutura, são elementos localizados entre a infra e a superestrutura
sendo responsáveis por transmitir as reações de apoio e permitir leve movimentação
da superestrutura, do suporte, conhecidos como pilares situados na região
intermediária da ponte e, por fim, os encontros, que são suportes de extremidades
localizados em contato com os aterros, com função de arrimo e suporte.
A superestrutura, formada pela estrutura principal, é projetada a fim de vencer
o vão livre e receber as cargas que atuam na ponte, e a estrutura secundária,
responsável por receber as ações diretas das cargas e transmitir à estrutura principal
como tabuleiro, pendurais e passeios.
Os elementos supracitados podem ser observados na Figura 1 abaixo.
5

Figura 1 - Esquema de organização de uma ponte. Fonte: Marchetti (2007).

O projeto aqui apresentado consiste em uma ponte com passeio para pedestres
e ciclofaixas nos dos dois lados da sua seção transversal, duas pistas de rolamento
localizada em área urbanizada.na cidade de Recife-PE, ligando a rua Odorico Mendes
à Av. Jayme da fonte.
6

2 DADOS DE ENTRADA DO PROJETO

A ponte é constituída com superestrutura em viga, formada transversalmente


por três lajes contínuas, onde a laje central é apoiada nas laterais, e as lajes das
extremidades estão em balanço engastada na laje central, e longitudinalmente por 4
lajes contínuas engastadas nesse sentido entre si.
Vale ressaltar que os momentos fletores da superestrutura não são transmitidos
para a infraestrutura, graças ao fato de as vinculações não permitirem. Além disso, no
que diz respeito as lajes, caracterizam-se como sendo maciças e contínuas, evitando
assim a utilização de vãos múltiplos com vigas pré-moldadas e juntas transversais
sobre cada apoio.
Na Tabela 1, são detalhados os dados iniciais do projeto, a partir de análises
referentes a Taguti (2002).

Tabela 1 – Dados do projeto

Dados do projeto
L1 13,8 m b1 0,6 m
L2 6,5 m b2 0,8 m
L3 3,5 m b3 0,26 m
L4 3,8 m b4 0,44 m
L5 2,8 m b5 0,22 m
L6 6,6 m D1 1m
la 2,5 m D2 1,4 m
lb 3,5 m D3 3m
lc 7m hp1 4m
h1 0,8 m hp2 4m
h2 0,25 m base gc. 0,4 m
h3 1,7 m base mis. 0,8 m
h4 1,7 m h mis. 0,1 m
h5 1,45 m Ltransversal 13,8 m
h6 1m

Com os termos:
 hp1 e hp2: Alturas dos pilares 1 e 2;
7

 h3: Altura da viga principal (distância da face superior da laje até a face inferior da
viga);
 h4: Altura da transversina, calculada a partir da distância da face superior da laje
até a face inferior da transversina.
 h2: Espessura da laje e
 h5: Subtração entre h4 e h2.

O conjunto das cargas do veículo utilizado na ponte e a carga “q” é denominada


TREM-TIPO. Para às cargas desse veículo, adotou-se a classe 45, levando em
consideração a NBR 7188, na qual utiliza-se Trem-Tipo de três eixos com peso total
de 450 kN, sendo, deste modo, 150 kN por eixo, e a carga localizada em cada roda é
de Q = 75 kN/m.
O Trem-Tipo mencionado tem 3 metros de largura e 6 metros de comprimento;
a carga de multidão aplicada uniformemente distribuída em toda a pista de rolamento,
inclusive no acostamento, exceto na área ocupada pelo veículo-tipo é igual a 5 kN/m²,
enquanto a carga aplicada nos passeios e nas ciclofaixas é de 3 kN/m².

2.1 Descrição

O projeto de dimensionamento é referente à ponte com vão total de 21 metros,


detalhados na Figura 2 (Seção Transversal) e Figura 3 (Seção Longitudinal).

Figura 2- Seção transversal da ponte


8

Figura 3 - Seção Longitudinal da ponte

No presente projeto, adotou-se o uso método construtivo moldado in loco,


método esse possível em virtude das condições que se tem.
.

2.2 Características dos materiais utilizados

Utilizou-se concreto armado como material para a construção da ponte em


questão, a fim de atender as requisições necessárias. Dessa forma, a categoria de
concreto escolhida baseou-se no Manual de Projeto de Obras de Arte Especiais, na
qual afirma-se que a categoria do concreto deve levar em consideração o tipo de
estrutura, sendo recomendada a utilização das categorias C16, C20 e C25.
Sabe-se que a área na qual a ponte foi construída é urbana, cujo canal
localizado abaixo da ponte sofre influência direta da maré do oceano, sendo assim, a
classe de agressividade da região de construção classificou-se como classe de
agressividade ambiental (CAA) III: Agressividade muito forte e risco de deterioração
da estrutura elevado, como pode ser observado na Tabela 2.

Tabela 2 - Classes de agressividade ambiental. Fonte: NBR 6118 - Projeto de estruturas de


concreto, 2014.
9

Uma vez estabelecida a classe de agressividade, observa-se na Tabela 3, a


relação entre a classe de agressividade e a categoria de resistência utilizada para a
estrutura. Para CAA III, em estruturas de concreto armado é adotada a utilização de
concretos C30.

Tabela 3 - Correspondência entre classe de agressividade e categoria do concreto. Fonte:


NBR 6118 - Projeto de estruturas de concreto, 2014.

Com relação à espessura do cobrimento nominal, para CAA III, a espessura


mínima deve ser de 40mm, conforme apresentado na Tabela 4.
Tabela 4 – Cobrimento nominal
Fonte: NBR 6118 – Projeto de estruturas de concreto, 2014.
10

Considerou-se para o trabalho em questão, uma ponte rodoviária de concreto


armado cujo peso específico é 25 kN/m³, peso específico da pavimentação é igual de
24 kN/m³ e uma carga adicional de 2 kN/m³, com o objetivo de atender os requisitos
para o recapeamento. Na Tabela 5, estão detalhadas as propriedades dos materiais
adotados.
Tabela 5 - Propriedades dos Materiais.
Resistência característica à compressão do concreto (fck) 25MPa
Resistência característica ao escoamento do aço (fyk) 500MPa
Resistência de cálculo à compressão do concreto (fcd) 17,857MPa
Resistência de cálculo ao escoamento do aço (fyd) 434,78MPa
Peso específico do concreto armado (ɣ concreto) 25,00kN/m³
Peso específico do asfalto (pavimentação) 24,00kN/m³
11

3 CÁLCULO DAS VIGAS PRINCIPAIS

3.1 Cálculo dos esforços devidos à carga permanente (G)

As cargas permanentes são aquelas que atuam durante toda a vida da


estrutura; aqui, ela foi considerada uniformemente distribuída em cada viga, e inclui o
peso próprio das transversinas. Apenas o peso próprio das cortinas foi considerado
como concentrado na extremidade da viga.
Como visto anteriormente a estrutura da ponte é constituída de duas
longarinas, mas, por conta da simetria do problema, o dimensionamento para cada
uma delas é o mesmo. Dessa forma, calcula-se o peso próprio de meia seção
transversal (P1), apresentado na Tabela 6, o peso próprio das transversinas (P2),
apresentado na Tabela 7 e peso próprio das cortinas (P3), apresentado na Tabela 8.

Tabela 6 - Cálculo do peso próprio da meia seção transversal (P1)


Elemento Descrição Carga distribuída (kN/m)
1 Alma da Viga 25,50
2 Laje Interna 20,00
3 Mísula 1,00
4 Laje em Balanço 19,38
5 Guarda-corpo 5,60
Pavimentação 13,26
6
Recapeamento 13,00
7 Alargamento da Alma 5,08
Peso próprio da meia seção transversal - distribuído (P1) 102,81

Tabela 7 – Cálculo do peso próprio das transversinas (P2)


Elemento Descrição Carga distribuída (kN/m)
1 Alma 30,16 kN
2 Mísula 4,00 kN
3 Apoio 1,89 kN
Peso próprio das transversinas - distribuído (P2) 4,70 kN/m

Tabela 8 – Cálculo do peso próprio da cortina (P3)

Elemento Descrição Carga localizada (kN)


1 Ala 22,57
2 Cortina 65,03
12

Elemento Descrição Carga localizada (kN)


Peso próprio da cortina - localizado (P3) 87,60

Dessa forma, têm-se uma carga distribuída total igual a 107,51 kN/m, calculado
a partir do somatório das cargas distribuídas da meia seção transversal com as
transversinas, enquanto a carga localizada devido à cortina foi de 87,60 kN,
detalhados na Figura 4 a seguir.

Figura 4 - Carga permanente distribuída total.

Nesse contexto, apresenta-se a Figura 5, Figura 6 e Figura 7 referentes as


reações de apoio, aos esforços cortantes e momentos fletores respectivamente em
cada seção da longarina advindas da carga permanente.

Figura 5: Reações de apoio

Figura 6 - Esforços cortantes em cada seção da longarina devido à carga permanente.


13

Figura 7 - Momentos Fletores em cada seção da longarina devido à carga permanente.

A Tabela 9 abaixo mostra os valores das reações nos apoios.

Tabela 9 - Valores no apoio.


Apoio Reações
Ra (kN) 1216,50
Rb (kN) 1216,50

3.2 Cálculo das cargas variáveis distribuídas sobre a longarina

Segundo Taguti (2002), o deslocamento das cargas ao longo da estrutura pode


vir a gerar oscilações não favoráveis em relação a sua estabilidade, sendo essas
consequências de irregularidades das pistas e a aplicação bruscas das cargas. Dessa
forma, utiliza-se o coeficiente de impacto (Equação 1), a fim de majorar as cargas
móveis, assim considerando elas como se fossem aplicadas estaticamente.

𝜑 1,4 0,007 ∙ 𝑙 Equação 1 - Coeficiente de Impacto

Nesse contexto fez-se o cálculo do coeficiente de impacto da parte da longarina


que está em balanço e da parte do vão central, de forma a se determinar os
carregamentos devido ao trem tipo, levando em consideração os comprimentos
detalhados anteriormente. Os valores dos coeficientes de impactos calculados podem
ser observados na Tabela 10.

Tabela 10 - Coeficiente de impacto do balanço e vão central das longarinas.


Coeficiente de impacto (𝜑)
Referência Coeficiente
No balanço (𝜑 ) 1,351
No vão central (𝜑 ) 1,302
14

3.2.1 Cálculo do trem tipo da longarina

Como mencionado anteriormente, utilizou-se o trem tipo de classe 45, que tem
os dados detalhados na Tabela 11.

Tabela 11 - Dados referentes a Classe 45.


Dados - Classe 45
Força concentrada em cada roda (P) 75 kN
Carga de multidão Uniforme Distribuída no tabuleiro (q’) 5 kN/m²
Carga Uniformemente Distribuída nos passeios e nas ciclo faixas (q) 3 kN/m²

A fim de determinar os valores das cargas que compõem o trem tipo (Q1, q1 e
q2) será feita a linha de influência da reação de apoio, detalhada na Figura 8, sendo
assim possível o cálculo do trem-tipo da longarina (viga principal).

Figura 8 - Linha de Influência

Para cálculo das cargas Q1, q1 e q2, são consideradas diferentes situações de
carregamento, as quais estão apresentadas na Figura 9.
15

Figura 9: Condições de carregamento consideradas para cálculo do trem-tipo da longarina


16

Na
Tabela 12, estão mostrados os dados referentes a elaboração da Linha de
Influência (LI).
Tabela 12 - Dados referentes à linha de Influência.

Dados LI – Linha de Influência

h1 (m) 0,93
h2 (m) 0,64
h3 (m) 1,43
h4 (m) 1,00
h5 (m) 0,57
b1 (m) 3,00
b2 (m) 4,00
b3 (m) 7,00

Com esses dados foi possível determinar os carregamentos do trem-tipo da


viga principal. O procedimento de cálculo está apresentado a seguir:

i. Considerando o coeficiente de impacto para o vão central:

𝑄 𝜑 𝑃 ℎ1 ℎ2
𝑄 1,302 75 0,93 0,64
𝑸𝟏 𝟏𝟓𝟑, 𝟑𝟏 𝒌𝑵

ℎ3 ℎ4 𝑏1 ℎ5 𝑏2
𝑞 𝑞 𝜑 𝑞
2 2
1,43 1,00 3,00 0,57 4,00
𝑞 3 1,302 5
2 2
𝒒𝟏 𝟏𝟖, 𝟑𝟔 𝒌𝑵/𝒎

ℎ3 ℎ4 𝑏1 ℎ5 𝑏3
𝑞 𝑞 𝜑 𝑞
2 2
1,43 1,00 3,00 1,00 7,00
𝑞 3 𝜑 5
2 2
𝒒𝟐 𝟑𝟑, 𝟕𝟐 𝒌𝑵/𝒎

ii. Considerando o coeficiente de impacto para o balanço:


17

𝑄 𝜑 𝑃 ℎ1 ℎ2
𝑄 1,351 75 0,93 0,64
𝑸𝟏 𝟏𝟓𝟗, 𝟎𝟖 𝒌𝑵

ℎ3 ℎ4 𝑏1 ℎ5 𝑏2
𝑞 𝑞 𝜑 𝑞
2 2
1,43 1,00 3,00 0,57 4,00
𝑞 3 1,351 5
2 2
𝒒𝟏 𝟏𝟖, 𝟔𝟒 𝒌𝑵/𝒎

ℎ3 ℎ4 𝑏1 ℎ5 𝑏3
𝑞 𝑞 𝜑 𝑞
2 2
1,43 1,00 3,00 1,00 7,00
𝑞 3 1,351 5
2 2
𝒒𝟐 𝟑𝟒, 𝟓𝟖 𝒌𝑵/𝒎

Os valores obtidos após determinação das cargas do trem tipo para a viga
principal estão apresentados na Tabela 13 e na Figura 10.

Tabela 13 - Trem tipo da viga principal

Cargas do trem tipo Vão central Balanço


Q1 (kN) 153,31 159,08
q1 (kN/m) 18,36 18,64
q2 (kN/m) 33,72 34,58

Figura 10: Trem-Tipo da viga principal


18

3.2.2 Reações de apoio devido à carga móvel

Para obtenção das reações nos apoios precisamos posicionar o Trem-tipo de


forma a obter as duas principais reações, sendo elas a máxima e a mínima reação
nos apoios, bem com o traçado da linha de influência para o apoio (Figura 11), sendo
importante citar que foi levada em consideração a simetria da viga, portanto, ao obter
a reação no apoio esquerdo sabemos que o apoio direito terá valor igual.
19

Figura 11 - Posicionamento do trem-tipo para obtenção das reações máxima e mínima e linha de influência na reação de apoio
20

 Reação Mínima no Apoio:


0,25 3,5
𝑅𝑞 159,08 0,04 0,14 0,25 18,64
2
𝑹𝒒𝒎𝒊𝒏 𝟕𝟔, 𝟓𝟔𝑲𝑵

 Reação Máxima no Apoio:


0,93 1,25 0,93 13
𝑅𝑞 159,08 1,25 1,14 1,04 18,64 4,5 34,58
2 2
𝑹𝒒𝒎𝒂𝒙 𝟖𝟒𝟔, 𝟏𝟏 𝒌𝑵

3.2.3 Determinação dos esforços devido à carga móvel

Para determinar os esforços devido a carga móvel, realizou-se a movimentação


do trem-tipo ao longo da longarina em 15 seções, distribuídas em intervalos de 1,75
metros nos balanços e intervalos 1,4 metros no vão central, incluindo seções nos dois
apoios.
Com o auxílio da ferramenta Load Train, presente no software FTOOL
determinou-se a envoltória de esforços cortantes e momentos fletores máximos e
mínimos, como visto nas Figura 12 e Figura 13, respectivamente.

Figura 12 - Envoltória referente aos Esforços Cortantes obtida pela função Load Train.
21

Figura 13 - Envoltória referente aos Momentos Fletores obtida pela função Load Train.

Nesse contexto, detalha-se na Tabela 14, o quadro-resumo do esforço


cortante referente a cada seção com seus valores máximos e mínimos
característicos, considerando as situações descritas.

Tabela 14 - Esforços cortante Máximo e Mínimo por seção devido à carga móvel
Esforço cortante máximo e mínimo – Longarina
Seção Máx/Mín Vqk (kN)
Máx 0,00
1
Mín -159,10
Máx 0,00
2
Mín -350,80
Máx 0,00
3 ESQ
Mín -542,50
Máx 621,90
3 DIR
Mín -76,30
Máx 536,60
4
Mín -78,80
Máx 454,90
5
Mín -86,00
Máx 378,00
6
Mín -118,90
Máx 306,00
7
Mín -176,50
Máx 238,80
8
Mín 238,80
Máx 176,50
9
Mín -306,00
10 Máx 118,90
22

Esforço cortante máximo e mínimo – Longarina


Seção Máx/Mín Vqk (kN)
Mín -378,00
Máx 86,00
11
Mín -454,90
Máx 78,80
12
Mín -536,60
Máx 76,30
13 ESQ
Mín -621,90
Máx 542,50
13 DIR
Mín 0,00
Máx 350,80
14
Mín 0,00
Máx 159,10
15
Mín 0,00

Já em relação ao momento fletor referente a cada seção, apresenta-se a


Tabela 15, na qual apresenta-se o quadro-resumo referente aos seus respectivos
valores de máximo e mínimo.

Tabela 15 - Esforços de momento fletor máximo e mínimo por seção devido à carga móvel
Momentos máximos e mínimos - Longarina
Seção Máx/Mín Mq (kN/m)
Máx 0,00
1
Mín 0,00
Máx 0,00
2
Mín -346,70
Máx 0,00
3
Mín -1068,80
Máx 746,50
4
Mín -983,10
Máx 1300,50
5
Mín -897,40
Máx 1679,90
6
Mín -811,70
Máx 1928,70
7
Mín -726,00
Máx 2016,00
8
Mín -640,30
Máx 1928,70
9
Mín -726,00
Máx 1679,90
10
Mín -811,70
23

Momentos máximos e mínimos - Longarina


Seção Máx/Mín Mq (kN/m)
Máx 1300,50
11
Mín -897,40
Máx 746,50
12
Mín -983,10
Máx 0,00
13
Mín -1068,80
Máx 0,00
14
Mín -346,70
Máx 0,00
15
Mín 0,00

3.3 Determinação dos esforços totais

Após o cálculo das cargas permanentes e variáveis, foi utilizado a combinação


de cargas, levando em consideração que o peso próprio da estrutura é igual a 75%
do peso próprio total. Nesse contexto, detalha-se na Tabela 16 os coeficientes de
majoração utilizados.
Tabela 16 - Coeficientes de Majoração.

γg igual a 1,30 Cargas permanentes referentes a efeitos desfavoráveis

γg igual a 1,00 Cargas permanentes referentes a efeitos favoráveis

γq igual a 1,40 Cargas acidentais

Dessa forma, foram estabelecidos os Cortantes máximos e mínimos de projeto,


através da utilização da Equação 2 e Equação 3.

Vd á γ V γ Vq á Equação 2 - Esforço Cortante máximo de projeto.

Vd í γ V γ Vq í Equação 3 - Esforço Cortante mínimo de projeto.

A Tabela 17, apresenta os cortantes máximos e mínimos de projetos, obtidos a


partir da combinação dos esforços através das equações supracitadas.

Tabela 17 - Esforços Cortantes Máximos e Mínimos de projeto para cada seção


24

Combinação cortantes - Longarina


Combinação
Seção Mín/Máx γg Vg (kN) γq Vq (kN)
(kN)
Máx 1.30 0.00 0.00 -113.88
1 -87.60
Mín 1.30 1.40 -159.10 -336.62
Máx 1.30 0.00 0.00 -358.41
2 -275.70
Mín 1.30 1.40 -350.80 -849.53
Máx 1.30 0.00 0.00 -603.07
3 ESQ -463.90
Mín 1.30 1.40 -542.50 -1362.57
Máx 1.30 1.40 621.90 1849.04
3 DIR 752.60
Mín 1.00 1.40 -76.30 645.78
Máx 1.30 1.40 536.60 1533.97
4 602.10
Mín 1.00 1.40 -78.80 491.78
Máx 1.30 1.40 454.90 1223.81
5 451.50
Mín 1.00 1.40 -86.00 331.10
Máx 1.30 1.40 378.00 920.50
6 301.00
Mín 1.00 1.40 -118.90 134.54
Máx 1.30 1.40 306.00 624.05
7 150.50
Mín 1.00 1.40 -176.50 -96.60
Máx 1.30 1.40 238.80 334.32
8 0.00
Mín 1.00 1.40 -238.80 -334.32
Máx 1.00 1.40 176.50 96.60
9 -150.50
Mín 1.30 1.40 -306.00 -624.05
Máx 1.00 1.40 118.90 -134.54
10 -301.00
Mín 1.30 1.40 -378.00 -920.50
Máx 1.00 1.40 86.00 -331.10
11 -451.50
Mín 1.30 1.40 -454.90 -1223.81
Máx 1.00 1.40 78.80 -491.78
12 -602.10
Mín 1.30 1.40 -536.60 -1533.97
Máx 1.00 1.40 76.30 -645.78
13 ESQ. -752.60
Mín 1.30 1.40 -621.90 -1849.04
Máx 1.30 1.40 542.50 1362.57
13 DIR. 463.90
Mín 1.30 1.40 0.00 603.07
Máx 1.30 1.40 350.80 849.53
14 275.70
Mín 1.30 0.00 0.00 358.41
Máx 1.30 1.40 159.10 336.62
15 87.60
Mín 1.30 0.00 0.00 113.88

Com a mesma metodologia (Equação 4 e Equação 5) calculou-se os


momentos fletores máximos e mínimos de projeto. A

Tabela 18 apresenta os valores obtidos.


25

Md á γ M γ Mq á Equação 4 - Momento Fletor máximo de projeto.

Md í γ M γ Mq í Equação 5 - Momento Fletor mínimo de projeto.

Tabela 18 - Momentos Fletores de projeto para cada seção.

Combinação de momentos - Longarina


Mg Mq Combinação
Seção Mín/Máx γg γq
(kN.m) (kN.m) (kN.m)
Máx 1.30 1.40 0.00 0.00
1 0.00
Mín 1.30 1.40 0.00 0.00
Máx 1.30 1.40 0.00 -413.27
2 -317.90
Mín 1.30 1.40 -346.70 -898.65
Máx 1.30 1.40 0.00 -1254.63
3 -965.10
Mín 1.30 1.40 -1068.80 -2750.95
Máx 1.00 1.40 746.50 1028.20
4 -16.90
Mín 1.30 1.40 -983.10 -1398.31
Máx 1.30 1.40 1300.50 2757.61
5 720.70
Mín 1.00 1.40 -897.40 -535.66
Máx 1.30 1.40 1679.90 3973.61
6 1247.50
Mín 1.00 1.40 -811.70 111.12
Máx 1.30 1.40 1928.70 4732.73
7 1563.50
Mín 1.00 1.40 -726.00 547.10
Máx 1.30 1.40 2016.00 4991.97
8 1668.90
Mín 1.00 1.40 -640.30 772.48
Máx 1.30 1.40 1928.70 4732.73
9 1563.50
Mín 1.00 1.40 -726.00 547.10
Máx 1.30 1.40 1679.90 3973.61
10 1247.50
Mín 1.00 1.40 -811.70 111.12
Máx 1.30 1.40 1300.50 2757.61
11 720.70
Mín 1.00 1.40 -897.40 -535.66
Máx 1.00 1.40 746.50 1028.20
12 -16.90
Mín 1.30 1.40 -983.10 -1398.31
Máx 1.30 1.40 0.00 -1254.63
13 -965.10
Mín 1.30 1.40 -1068.80 -2750.95
Máx 1.30 1.40 0.00 -413.27
14 -317.90
Mín 1.30 1.40 -346.70 -898.65
Máx 1.30 1.40 0.00 0.00
15 0.00
Mín 1.30 1.40 0.00 0.00

Determinados os esforços em cada seção, foi desenhada a envoltória deles


tanto para o cortante (Figura 14) quanto para o momento fletor (Figura 15), visando a
determinação da área de aço necessária e seu respectivo detalhamento na longarina.
26

3000.00

2000.00
Esforço cortante (kN)

1000.00

0.00

-1000.00

-2000.00

-3000.00
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
Seção
Vd máximo Vd mínimo Longarina

Figura 14 - Envoltória de esforços cortantes para longarina

-4000.00
-3000.00

-2000.00
Momento fletor (kN.m)

-1000.00

0.00

1000.00

2000.00

3000.00

4000.00

5000.00

6000.00
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
Seção
Md máximo Md mínimo Longarina

Figura 15 - Envoltória de momento fletor para longarina


27

4 CÁLCULO DAS TRANSVERSINAS

4.1 Cálculo dos esforços devido à carga permanente (G)

Para o cálculo dos esforços solicitantes para cada transversina, utiliza-se as


áreas de influência, sendo elas proporcional aos pesos próprios da laje de
pavimentação suportada pela transversina, considerando-se a carga uniformemente
distribuída sobre o tabuleiro. Além disso, estabeleceu-se que as transversinas são
consideradas como vigas biapoiadas sobre as vigas principais e sem a consideração
da largura colaborante da laje.

4.1.1 Áreas de influência

No que diz respeito as áreas de influência, têm-se a Figura 16, referente ao


desenho, e a Tabela 19, na qual são detalhadas as dimensões das referentes áreas
de influência. Sabe-se que tais áreas são encontradas a partir das bissetrizes entre a
transversina e as vigas principais.

Figura 16 - Área de influência das transversinas.

Tabela 19 - Dados referentes as áreas de influência das transversinas.

Dimensões para cálculo das áreas de influência


Comprimento da Transversina 7.00 m
Distância entre T1 e T2 3.50 m
Distância entre T2 e T3 7.00 m
Distância entre T3 e T4 7.00 m
Distância entre T4 e T5 3.50 m
28

Dimensões para cálculo das áreas de influência


Base menor do trapézio 3.50 m
Altura do triângulo 3.50 m
Altura do trapézio 1.75 m
Base da transversina 0.26 m
Altura da transversina 1.45 m

Levando em consideração a Figura 16 referentes a área de influência, sabe-se


que as áreas referentes a triângulos e trapézios correspondem a 12,25 m² e 9,19 m²,
respectivamente. Dessa forma, têm-se a Tabela 20, referente as áreas de influência
de cada longarina.
Tabela 20 - Áreas de Influência das Transversinas.

ÁREA DE
TRANSVERSINAS
INFLUÊNCIA (m²)

T1 = T5 (CORTINAS) 9.1875

T2 =T4 21.44

T3 24.5

4.1.2 Carga uniformemente distribuída ao longo das transversinas

Para o cálculo da carga uniformemente distribuída ao longo das transversinas,


sabe- se que a espessura da laje é igual a 0,25 metros com peso específico do
concreto armado de 25 kN/m3. Para a altura da pavimentação utilizou-se a média das
alturas mínima (0,05 m) e máxima (0,12 m) obtendo o resultado de 0,085 metros,
sendo o peso específico da pavimentação e do recapeamento igual a 24 kN/m³ e 2
kN/m³, respectivamente.
Dessa forma, foram calculados os parâmetros de carregamento referentes ao
peso próprio da laje, pavimentação, recapeamento e da transversina, descritos na
Tabela 21.
Tabela 21 - Carregamentos
Carregamentos (kN/m²)

Peso Próprio Da Laje ℎ 𝛾 6,25

Pavimentação ℎ 𝛾 2,04
29

Recapeamento 2,00
Total 10,29
Peso Próprio Da Transversina ℎ 𝑏 𝛾 9,43

Nesse contexto, foram calculadas as cargas uniformemente distribuídas ao


longo das transversinas, levando em consideração os carregamentos descritos e suas
respectivas áreas de influência, como detalhado na Tabela 22.

Tabela 22 - Cálculo das cargas distribuídas ao longo das Transversinas.

CARGA DISTRIBUÍDA
TRANSVERSINAS
(kN/m)
T1 = T5 (CORTINAS) 22,93
T2 =T4 40,94
T3 45,44

4.1.3 Cálculo dos momentos e cortantes devidos à carga permanente para as


transversinas e a cortina.

No que diz respeito as transversinas T2 e T4, detalha-se na Figura 17 a


determinação das forças distribuídas. Já na Figura 18 e Figura 19 os gráficos
referentes aos esforços cortantes e momento fletor devido a carga permanente (peso
próprio), respectivamente.

Figura 17 – Carregamento permanente – Transversinas (T2 e T4).


30

Figura 18 - Esforço Cortante (kN) devido a “g” – Transversinas (T2 e T4).

Figura 19 - Momento Fletor (kN.m) devido a “g” – Transversinas (T2 e T4).

Já em relação a transversina T3, com cargas distribuídas apresentadas na


Figura 20, situada no centro da estrutura, têm-se a Figura 21 e Figura 22, na qual
dizem respeito ao esforço cortante e momento fletor gerados pelo peso próprio,
respectivamente.

Figura 20 – Carregamento permanente – Transversinas (T3).

Figura 21 - Esforço Cortante (kN) devido a “g” – Transversinas (T3)


31

Figura 22 - Momento Fletor (kN.m) devido a “g” – Transversinas (T3).

Por fim, no que diz respeito as transversinas T1 e T5, caracterizadas como


sendo as cortinas, além da carga distribuída detalhada Tabela 22 temos que
considerar o peso da ala aplicada em cada extremidade da cortina de 22,60 kN.
As Figuras a seguir são referentes a distribuição de forças (Figura 23), esforço
cortante (Figura 24) e momento fletor (Figura 25) advindos do peso próprio.

Figura 23 – Carregamento permanente – Transversinas (T1 e T5).

Figura 24 - Esforço Cortante (kN) devido a “g” – Transversinas (T1 e T5)


32

Figura 25 - Momento Fletor (kN.m) devido a “g” – Transversinas (T1 e T5).

4.2 Cálculo dos esforços devidos à carga móvel

4.2.1 Coeficiente de impacto

Para as transversinas T2, T3 e T4, utiliza-se a Equação 6 para a determinação


do coeficiente de impacto.

Equação 6 - Coeficiente de impacto das


𝜑 1,4 0,007 7,00 1,351
transversinas T2, T3 e T4.

4.2.2 Cálculo do trem-tipo da transversina T3

Aplicou-se, para o cálculo do trem tipo das transversinas, a mesma metodologia


anterior. Utilizou-se a classe 45 (
Tabela 23), assim sendo estabelecidos para o trem tipo os dados detalhados
na Figura 26.

Tabela 23 - Dados referentes a Classe 45.


Dados - Classe 45
Carga concentrada (P) 75 kN
Carga de multidão Uniforme Distribuída no tabuleiro (q’) 5 kN/m²
Carga Uniformalmente Distribuida nos passeios e nas ciclofaixas (q) 3kN/m²
33

Figura 26- Linha de influência - Transversina T3

De posse desses dados, foi estabelecido o carregamento do trem-tipo da viga


principal como pode ser observado na Tabela 24 e representado na Figura 27.

Tabela 24 - Trem tipo da Transversina T3.

Trem-Tipo: Transversina T3

𝑄1 1,351 75 1 2 0,790 261,42 kN

4 0,57
𝑞1 1,351 5 2 15,40 kN/m
2
34

7 1,00
𝑞2 1,351 5 2 47,28 kN/m
2

Figura 27: Trem-tipo – Transversina T3


35

4.2.3 Cálculo do trem-tipo das transversinas T2 e T4

Figura 28- Linha de Influência – Transversinas T2 e T4

Tabela 25 - Trem tipo das Transversinas T2 e T4.

Trem-Tipo: Transversina T2 e T4

Q1 = 1,351 x 75 x (1+0,57+0,79) 239,13 kN

4 0,57 0,5 0,14


𝑞1 1,351 5 7,94 kN/m
2 2

10,5 1
𝑞2 1,351 5 35,46 kN/m
2
36

Figura 29: Trem-Tipo – Transversina T2 e T4

4.2.4 Cálculo do trem-tipo das transversinas T1 e T5


37

Figura 30 - Linha de Influência – Transversinas (Cortinas) T1 e T5

Tabela 26 - Trem tipo das Transversinas (cortinas) T1 e T5.

Trem-Tipo: Transversina T1 e T5

Q1 = 1,351 x 75 x (1+0,57+0,14) 109,41 kN

𝑞1 0 0

3,5 1
𝑞2 1,351 5 11,82 kN/m
2

Figura 31: Trem-Tipo – Transversinas T1 e T5

4.3 Transversina T3

4.3.1 Cálculo de Mq e Vq para T3

Para determinar os esforços devido a carga móvel, realizou-se a movimentação


do trem-tipo ao longo do vão central da seção transversal e com o software Ftool,
através da função Load Train determinou-se a envoltória referente aos momentos
máximos e mínimos nas transversinas T1, T2, T3, T4 e T5.
Para a Transversina T3 o vão foi dividido em 5 seções distribuídas a cada 1,75
metros. Estabelecida essa configuração, juntamente com a aplicação das cargas do
trem tipo correspondente a ela (Figura 27), foram elaboradas as envoltórias detalhadas
na Figura 32 e Figura 33.
38

Figura 32 - Envoltória dos esforços cortantes referentes as cargas móveis para T3

Figura 33 - Envoltória dos momentos fletores referentes as cargas móveis para T3.

Nesse contexto, detalha-se na Tabela 27, o quadro-resumo do esforço cortante


referente a cada seção com seus valores de máximo e mínimo, considerando as
situações descritas.

Tabela 27 - Esforços cortantes gerados pelas Cargas Móveis – T3.


Cortante máximos e Mínimos - T3
Seção Máx/Mín Vqk (kN)
Máx 548,10
1
Mín 0,00
Máx 365,00
2
Mín -68,70
Máx 202,50
3
Mín -202,50
Máx 68,70
4
Mín -365,00
5 Máx 0,00
39

Mín -548,10

O momento fletor referente a cada seção, apresenta-se na Tabela 28, na qual


apresenta-se o quadro-resumo referente aos seus respectivos valores de máximo e
mínimo.
Tabela 28 - Momentos gerados pelas Cargas Móveis – T3.
Fletor Máximo e Mínimo – T3
Seção Máx/Mín M q (kNm)
Máx 0,00
1
Mín 0,00
Máx 675,10
2
Mín 0,00
Máx 827,60
3
Mín 0,00
Máx 675,10
4
Mín 0,00
Máx 0,00
5
Mín 0,00

4.3.2 Cálculo dos esforços totais para T3

Utilizando a mesma metodologia aplicada à longarina, apresenta-se os


esforços cortantes e momentos fletores gerados pelas cargas totais distribuídas para
a transversina T3.

Tabela 29 – Combinação dos Esforços cortantes -T3


Combinação cortante - T3
Seção Mín/Máx γg Vg γq Vq Combinação
Máx 1,30 1,40 548,10 976,38
1 160,80
Mín 1,30 1,40 0,00 209,04
Máx 1,30 1,40 365,00 615,52
2 80,40
Mín 1,00 1,40 -68,70 -15,78
Máx 1,30 1,40 202,50 283,50
3 0,00
Mín 1,30 1,40 -202,50 -283,50
Máx 1,00 1,40 68,70 15,78
4 -80,40
Mín 1,30 1,40 -365,00 -615,52
Máx 1,30 1,40 0,00 -209,04
5 -160,80
Mín 1,30 1,40 -548,10 -976,38
40

Tabela 30 – Combinação dos Momentos Fletores


Combinação Fletor - T3
Mq Mq
Seção Mín/Máx γg γq M q (kNm)
(kNm) (kNm)
Máx 1,30 1,40 70,35 98,49
1 0,00
Mín 1,30 1,40 -93,80 -131,32
Máx 1,30 1,40 675,10 1219,44
2 211,00
Mín 1,30 1,40 0,00 274,30
Máx 1,30 1,40 827,60 1524,46
3 281,40
Mín 1,30 1,40 0,00 365,82
Máx 1,30 1,40 675,10 1219,44
4 211,00
Mín 1,30 1,40 0,00 274,30
Máx 1,30 1,40 70,35 98,49
5 0,00
Mín 1,30 1,40 -93,80 -131,32

Nas figuras a seguir é possível observar as envoltórias dos esforços cortantes


e dos momentos fletores.

2000.00

1500.00

1000.00
Esforço cortante (kN)

500.00

0.00

-500.00

-1000.00

-1500.00

-2000.00
0 1 2 3 4 5 6
Seção
Vd máximo Vd mínimo Transversina

Figura 34: Envoltória dos esforços cortantes – T3

Sabemos que para a envoltória de momentos fletores deve-se considerar nos


apoios para a envoltória de mínimo 1/3 do momento máximo, e para as envoltórias de
máximo ¼ do momento máximo, dessa forma a envoltória de momentos fletores fica
representada como abaixo:
41

-1000.00

Momento fletor (kN.m) -500.00

0.00

500.00

1000.00

1500.00

2000.00
0 1 2 3 4 5 6
Seção
Md máximo Md mínimo Transversina

Figura 35: Envoltória dos momentos fletores – T3

4.4 Transversinas T2 e T4

4.4.1 Cálculo de Mq e Vq para T2 e T4

Seguindo procedimento similar ao da Transversina 3, para as Transversinas T2


e T4 o vão foi dividido em 4 seções distribuídas a cada 1,75 metros. Estabelecida essa
configuração, juntamente com a aplicação das cargas do trem tipo correspondente a
ela (Figura 29), foram elaboradas as envoltórias detalhadas na Figura 36 a na Figura
37.

Figura 36 - Envoltória dos esforços cortantes referentes as cargas móveis para T2 e T4


42

Figura 37 - Envoltória dos momentos fletores referentes as cargas móveis para T2 e T4.

Nesse contexto, detalha-se na Tabela 31 o quadro-resumo do esforço cortante


referente a cada seção com seus valores de máximo e mínimo, considerando as
situações descritas.

Tabela 31 - Esforços cortantes gerados pelas Cargas Móveis – T2 e T4.


Cortante máximos e Mínimos - T2/T4
Seção Máx/Mín Vqk (kN)
Máx 477,50
1
Mín 0,00
Máx 320,90
2
Mín -61,50
Máx 179,70
3
Mín -179,70
Máx 61,50
4
Mín -320,90
Máx 0,00
5
Mín -477,50

O momento fletor referente a cada seção, apresenta-se na Tabela 32, na qual


apresenta-se o quadro-resumo referente aos seus respectivos valores de máximo e
mínimo.

Tabela 32 - Momentos gerados pelas Cargas Móveis – T2 e T4.


Fletor Máximo e Mínimo – T2/T4
Seção Máx/Mín M q (kNm)
Máx 0,00
1
Mín 0,00
2 Máx 586,70
43

Fletor Máximo e Mínimo – T2/T4


Mín 0,00
Máx 715,20
3
Mín 0,00
Máx 586,70
4
Mín 0,00
Máx 0,00
5
Mín 0,00

4.4.2 Cálculo dos esforços totais para T2 e T4

Utilizando a mesma metodologia aplicada à longarina, apresenta-se os


esforços cortantes e momentos fletores gerados pelas cargas totais distribuídas para
as transversinas T2 e T4.

Tabela 33 – Combinação dos Esforços cortantes -T2 e T4


Combinação cortante - T2/T4
Seção Mín/Máx γg Vg γq Vq Combinação
Máx 1,30 1,40 477,50 854,79
1 143,30
Mín 1,30 1,40 0,00 186,29
Máx 1,30 1,40 320,90 542,34
2 71,60
Mín 1,00 1,40 -61,50 -14,50
Máx 1,30 1,40 179,70 251,58
3 0,00
Mín 1,30 1,40 -179,70 -251,58
Máx 1,00 1,40 61,50 14,50
4 -71,60
Mín 1,30 1,40 -320,90 -542,34
Máx 1,30 1,40 0,00 -186,29
5 -143,30
Mín 1,30 1,40 -477,50 -854,79

Tabela 34 – Combinação dos Momentos Fletores -T2 e T4


Combinação Fletor - T2/T4
Mq Mq
Seção Mín/Máx γg γq M q (kNm)
(kNm) (kNm)
Máx 1,30 1,40 62,70 87,78
1 0,00
Mín 1,30 1,40 -83,60 -117,04
Máx 1,30 1,40 586,70 1065,91
2 188,10
Mín 1,30 1,40 0,00 244,53
Máx 1,30 1,40 715,20 1327,32
3 250,80
Mín 1,30 1,40 0,00 326,04
Máx 1,30 1,40 586,70 1065,91
4 188,10
Mín 1,30 1,40 0,00 244,53
5 Máx 1,30 0,00 1,40 62,70 87,78
44

Mín 1,30 1,40 -83,60 -117,04

Nas imagens a seguir é possível observar as envoltórias dos esforços cortantes


e dos momentos fletores que como descrito no item da transversina T3 teve seus
momentos nos apoios alterados.

2000.00

1500.00

1000.00
Esforço cortante (kN)

500.00

0.00

-500.00

-1000.00

-1500.00

-2000.00
0 1 2 3 4 5 6
Seção
Vd máximo Vd mínimo Transversina

Figura 38: Envoltória dos esforços cortantes – T2 e T4

-500.00
-300.00
-100.00
Momento fletor (kN.m)

100.00
300.00
500.00
700.00
900.00
1100.00
1300.00
1500.00
0 1 2 3 4 5 6
Seção
Md máximo Md mínimo Transversina

Figura 39: Envoltória dos momentos fletores – T2 e T4


45

4.5 Transversinas/Cortinas T1 e T5

4.5.1 Cálculo de Mq e Vq para T1 e T5

Seguindo procedimento similar ao da Transversina 3, para as Transversinas


(Cortinas) T1 e T5 o vão foi dividido em 11 seções distribuídas a cada 1,70 metros
nos balanços e 1,50 metros no vão central. Estabelecida essa configuração,
juntamente com a aplicação das cargas do trem tipo correspondente a ela (Figura 31),
foram elaboradas as envoltórias detalhadas na Figura 40 e na Figura 41.

Figura 40 - Envoltória dos esforços cortantes referentes as cargas móveis para T1 e T5

Figura 41 - Envoltória dos momentos fletores referentes as cargas móveis para T1 e T5

Nesse contexto, detalha-se na Tabela 35 o quadro-resumo do esforço cortante


referente a cada seção com seus valores de máximo e mínimo, considerando as
situações descritas.
46

Tabela 35 - Esforços cortantes gerados pelas Cargas Móveis – T1 e T5.

Esforço Cortante Máximo e Mínimo – T1/T5

Seção Máx/Mín Vqk (kN)

Máx 0.00
1
Mín -109.40
Máx 0.00
2
Mín -123.60
Máx 0.00
3 ESQ
Mín -229.40
Máx 214.20
3 DIR
Mín -75.70
Máx 149.00
4
Mín -78.30
Máx 88.80
5
Mín -88.80
Máx 78.30
6
Mín -149.00
Máx 75.70
7 ESQ
Mín -214.20
Máx 229.40
7DIREI
Mín 0.00
Máx 123.60
8
Mín 0.00
Máx 109.40
9
Mín 0.00

O momento fletor referente a cada seção, apresenta-se na Tabela 36, na qual


apresenta-se o quadro-resumo referente aos seus respectivos valores de máximo e
mínimo.
Tabela 36 - Momentos gerados pelas Cargas Móveis – T1 e T5.

Momentos Máximos e Mínimos - T1/T5

Seção Máx/Mín M q (kNm)


Máx 0.00
1
Mín 0.00
Máx 0.00
2
Mín -194.50
Máx 0.00
3
Mín -529.90
47

Momentos Máximos e Mínimos - T1/T5


Máx 250.60
4
Mín -414.50
Máx 303.10
5
Mín -299.10
Máx 250.60
6
Mín -414.50
Máx 0.00
7
Mín -529.90
Máx 0.00
8
Mín -194.50
Máx 0.00
9
Mín 0.00

4.5.2 Cálculo dos esforços totais para T1 e T5

Utilizando a mesma metodologia aplicada à longarina, apresenta-se os


esforços cortantes e momentos fletores gerados pelas cargas totais distribuídas para
as transversinas T1 e T5.

Tabela 37 – Combinação dos Esforços cortantes -T1 e T5

Combinação Cortantes - T1/T5

Seção Mín/Máx γg Vg γq Vq Combinação

Máx 1.30 0.00 0.00 -29.38


1 -22.60
Mín 1.30 1.40 -109.40 -182.54
Máx 1.30 0.00 0.00 -80.08
2 -61.60
Mín 1.30 1.40 -123.60 -253.12
Máx 1.30 0.00 0.00 -130.65
3 ESQ -100.50
Mín 1.30 1.40 -229.40 -451.81
Máx 1.30 1.40 214.20 404.27
3 DIR 80.30
Mín 1.00 1.40 -75.70 -25.68
Máx 1.30 1.40 149.00 260.73
4 40.10
Mín 1.00 1.40 -78.30 -69.52
Máx 1.30 1.40 88.80 124.32
5 0.00
Mín 1.00 1.40 -88.80 -124.32
Máx 1.00 1.40 78.30 69.52
6 -40.10
Mín 1.30 1.40 -149.00 -260.73
Máx 1.00 1.40 75.70 25.68
7 ESQ -80.30
Mín 1.30 1.40 -214.20 -404.27
7DIREI Máx 1.30 100.50 1.40 229.40 451.81
48

Combinação Cortantes - T1/T5

Seção Mín/Máx γg Vg γq Vq Combinação

Mín 1.30 1.40 0.00 130.65


Máx 1.30 1.40 123.60 253.12
8 61.60
Mín 1.30 1.40 0.00 80.08
Máx 1.30 1.40 109.40 182.54
9 22.60
Mín 1.30 1.40 0.00 29.38

Tabela 38 – Combinação dos Momentos Fletores -T1 e T5

Combinação Momentos - T1/T5

Mq Combinação
Seção Mín/Máx γg Mg (kNm) γq
(kNm) (kNm)
Máx 1.30 1.40 0.00 0.00
1 0.00
Mín 1.30 1.40 0.00 0.00
Máx 1.30 1.40 0.00 -92.95
2 -71.50
Mín 1.30 1.40 -194.50 -365.25
Máx 1.30 1.40 0.00 -272.09
3 -209.30
Mín 1.30 1.40 -529.90 -1013.95
Máx 1.00 1.40 250.60 246.94
4 -103.90
Mín 1.30 1.40 -414.50 -715.37
Máx 1.00 1.40 303.10 355.54
5 -68.80
Mín 1.30 1.40 -299.10 -508.18
Máx 1.00 1.40 250.60 246.94
6 -103.90
Mín 1.30 1.40 -414.50 -715.37
Máx 1.30 1.40 0.00 -272.09
7 -209.30
Mín 1.30 1.40 -529.90 -1013.95
Máx 1.30 1.40 0.00 -92.95
8 -71.50
Mín 1.30 1.40 -194.50 -365.25
Máx 1.30 1.40 0.00 0.00
9 0.00
Mín 1.00 1.40 0.00 0.00

Nas imagens a seguir é possível observar as envoltórias dos esforços cortantes


e dos momentos fletores.
49

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
2000.00

1500.00

1000.00
Esforço cortante (kN)

500.00

0.00

-500.00

-1000.00

-1500.00

-2000.00

Seção
Vd Máximo Vd Mínimo Tranversina

Figura 42: Envoltória dos esforços cortantes – T1 e T5

-1200.00
-1000.00
-800.00
Momento fletor (kN.m)

-600.00
-400.00
-200.00
0.00
200.00
400.00
600.00
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Seção
Md máximo Md mínimo Transversina

Figura 43: Envoltória dos momentos fletores – T1 e T5


50

5 CÁLCULO DAS LAJES DO TABULEIRO

5.1 Ações Permanentes

Conceitua-se cargas permanentes como aquelas que uma vez construída a


ponte, elas se mantêm atuante, sendo levados em consideração o peso próprio dos
elementos estruturais, validados em relação ao material a ser utilizados e dos próprios
elementos, como pavimentação, guarda-corpo, entre outras coisas.
De início, utilizaram-se dados referentes as dimensões das lajes estabelecidas
para a ponte segundo a NBR 7188 (Tabela 39), para que seja possível o calculados
do peso permanente da laje do tabuleiro segundo a NBR 7187, somando-se as
contribuições dos pesos próprios da laje, pavimentação e do recapeamento (Erro!
Fonte de referência não encontrada.).

Tabela 39 – Dimensões utilizadas no cálculo da carga permanente.


b (largura de contato da roda classe 45 com a laje) 50 cm

𝑡 0,2 ∗ 𝑏 (lado do quadrado de contato) 0,316 m

e (espessura média do pavimento) 0,085 m


h (espessura da laje) 0,30 m
a (distância entre as rodas de um mesmo eixo) 2,00 m
𝑡 𝑡 2∗𝑒 ℎ (lado do quadrado equivalente) 0,786

Tabela 40 – Cálculo da carga permanente.


7,5
Pp (carga permanente devido ao peso próprio da laje)
kN/m²
Ppav (carga permanente devido ao peso próprio do 2,04
pavimento) kN/m²
Precap (carga permanente devido ao peso próprio do
2 kN/m²
recapeamento)
11,54
g (carga permanente total)
kN/m²
51

5.2 Ações Variáveis

Conceitua-se como sendo ações variáveis, aquelas que apresentam grandes


variações ao longo da sua vida útil. Para efeitos de cálculo, no trabalho em questão,
considerou-se somente as cargas móveis.

5.2.1 Força Centrífuga

Ocorre em pontes de baixa curvatura, pelo atrito entre as rodas e os


pavimentos. Para pontes rodoviárias, considera-se como sendo igual a 0,25 do peso
do veículo-tipo, em casos que o raio for igual ou pela NBR 7187, para raios de
curvatura R superiores a 300 m, caso da ponte deste projeto, a força centrífuga será
dada pela Equação 7. na qual R é o raio, para situações que o raio for igual for maior
que 300 metros, com C atuando na superfície de rolamento.

75 Equação 7 - força centrífuga para cada


𝐶 eixo do veículo tipo maior que 300
𝑅
metros.

5.2.2 Efeitos da Frenagem e da Aceleração

Consideram-se como sendo forças horizontais ao longo do eixo da ponte.


Conforme a NBR 7187, utiliza-se o maior valor entre 5% do carregamento total móvel
na pista de rolamento e 30% do peso do trem-tipo.

5.2.3 Variação da Temperatura

Pela NBR 6118 é necessário avaliar a variação uniforme da temperatura,


considerando uma variação de ± 15 ºC em torno da média e coeficiente de dilatação
térmica 10-5/ ºC. Em relação aos seus efeitos, sabe-se que esses podem ser
uniformes, com modificação dos comprimentos dos elementos e variação ao longo da
altura da seção, resultando em flexão.
52

5.2.4 Ação do Vento

Considera-se a ação do vento como a uma carga uniformemente distribuída


horizontalmente ao eixo da ponte. No caso de pontes de laje, como a estudada no
presente projeto, não se levará em consideração a ação do vento, visto que, a área
exposta a ação do vento e insuficiente para provocar instabilidade torsional no
tabuleiro devido a grande rigidez a ações horizontais, conferida pela característica de
diafragma rígido do processo construtivo e presença de transversinas. Nos demais
casos, no que diz respeito a ponte rodoviária carrega, destalha-se na Figura 44, na
qual têm-se uma carga de 1 kN/m².

Figura 44 - Pressão de vento em ponte carregada.

5.2.5 Cargas Móveis

Caracteriza-se trem-tipo o conjunto do carregamento móvel a ser aplicado à


estrutura em sua posição mais desfavorável para cada seção de cálculo e combinação
de carregamento. Os trens tipos compõem-se de compressores, caminhões e
multidão, que representa o tráfego de veículos de pequeno porte que pode
acompanhar a passagem do caminhão e/ou do compressor e é representada a partir
de uma carga uniformemente distribuída. Detalha-se, na
Figura 45, a seguir, um exemplo de trem-tipo.

Figura 45 - Trem-tipo.
53

5.3 Cálculo do momento e do esforço cortante

Segundo a NBR 7188/84, existe três classes de trem tipos: classe 45 em que a
base do sistema é um veículo-tipo de 450 KN de peso total; classe 30 em que a base
do sistema é um veículo-tipo de 300 KN de peso total e classe 12 em que a base do
sistema é um veículo- tipo de 120 KN de peso total (ABNT, 1984). No trabalho em
questão, utilizou-se a classe 45, como já citado.
Considerando o veículo-tipo classe 45 de 450 Kn de peso total, sendo 6 rodas
de 75 KN, padronizado pela NBR 7188 e uma carga de multidão, sobre a laje central
(p1 e p2), foi aplicada em todas as faixas da pista de rolamento, nos acostamentos e
afastamentos, descontando-se apenas a área ocupada pelo veículo. Além disso,
apresenta-se a carga de multidão (p’), aplicada nos passeios.

É válido citar que tais cargas são fictícias, utilizadas com o objetivo de
considerar a ação de multidão e outros veículos mais leves ou mais afastados das
zonas onde as cargas produzem maiores esforços solicitantes com esquema de
carregamento mais cômodo para o cálculo.
Sendo assim, detalha-se na Tabela 41 os dados levados em consideração no
cálculo das cargas móveis.

Tabela 41 - Carregamentos móveis (veículo e multidão) classe 45.

Q 75 kN
p1, p2 5 kN/m²
p' 3 kN/m²

Por inspeção a Figura 47 é possível verificar uma simetria na estrutura sendo


possível tomar as lajes duas a duas de forma a considerá-las equivalentes (ver Tabela
54

41). Dessa forma, ao calcular o coeficiente de impacto, dado por φ 1,4 0,007 ∗ l
1, podemos observar na Tabela 41 as lajes tomadas em dupla.

Figura 46 - Detalhamento das Lajes (Planta).

Tabela 42 - coeficientes de impacto referentes as lajes (φ)

Laje 2 e Laje 5 1,375


Laje3 e Laje 4 1,351
Laje1 e Laje 6 1,352

5.3.1 Momento Fletor

Considerando as Tabelas 38, 39 e 40, referentes aos dados de entrada t e a


das tabelas de Rüsch, cargas permanentes e carga móveis respectivamente, além da
Tabela 41, correspondente aos coeficientes de impacto, é possível realizar os cálculos
dos momentos, lançando mão do software T-Rüsch. Após esta análise compara-se os
resultados com os esforços internos gerado devido aos carregamentos.
55

No que diz respeito as cargas móveis, têm-se a Tabela 43, sobre os parâmetros
utilizados para as cargas móveis, a partir da classe 45.

Tabela 43 - Parâmetros dimensionados para a Classe 45.

B 0,5 m

t'= (0,2*b)1/2 0,316 m

E 0,085 m

H 0,30 m

Sabe-se que a distância entre a rodas de um mesmo eixo é caracterizada como


o parâmetro “a”, com um valor correspondente de 2 metros. Além disso, em relação
ao parâmetro “t”, detalha-se como sendo o lado do quadrado de área equivalente à
do retângulo de contato da roda, propagado até a superfície média da placa, com
detalhado na Figura 47.

Figura 47 - Caracterização do parâmetro t’.

Para tanto, inicia-se os cálculos para as lajes internas, nomeadas como 2, 3, 4


e 5.

5.3.2 Lajes internas - Laje 2 e Laje 5

Levando em consideração as dimensões referentes e a simetria das lajes, têm-


se a figura 49, na qual são detalhados os dados de entrada no T-Rüsch e os resultados
56

dos momentos referentes as cargas móveis e permanentes, em relação a lx (Mxm) e


ly (Mym) respectivamente e da extremidade (Mxe).

Figura 48 – Dados de entrada (a) e Diagrama envoltórios e esforços devido a carga


permanente (b), (c) e (d) obtidos do software T-Rüsch – Lajes 2 e 5.

Dessa forma, têm-se a Tabela 44, referente aos dados de resumo a partir dos
estudos analisados.

Tabela 44 - Quadro-Resumo referente aos momentos não corrigidos para a Laje 2 e Laje 5
Momento/Ação Permanente Móvel
(kN.m/m) (kN.m/m)
Mym 7,88 17,56
Mxm 1,31 34,09
Mxe 8,07 -60,28
57

Após os cálculos dos esforços solicitantes das lajes isoladas consideram-se a


continuidade da estrutura por meio de um coeficiente α. Onde Valores de αo para
momentos de carga móvel e momentos de engastamento MA da viga de borda, para
o cálculo aproximado de placas contínuas.
Levando em consideração que o fator Ly/Lx caracteriza-se como sendo menor
que 20 metros, tornou-se necessário a aplicação de α1 e αB (Tabela 45), assim sendo
realizada a correção dos momentos devido à continuidade das lajes.

Tabela 45 - Parâmetros de Correção – Laje 2 e Laje 5 (Momento Fletor).


α1 1,275
αB 1,067

Nesse contexto, para considerar as lajes contínuas, a partir da aplicação de tais


coeficientes nos momentos apresentados na Tabela 44, têm-se a Tabela 46, com os
momentos devidos à carga móvel corrigidos, assim como sua localização.

Tabela 46 - Quadro-Resumo referente aos momentos corrigidos para a Laje 2 e Laje 5.


Momentos Móvel (Kn.m/m) Localização
corrigidos
Mq,xm 22,40 meio da laje
Mq,ym 34,09 meio da laje
Mq,ye -64,30 Lado engastado
Mq,ya -32,15 lado apoiado

5.3.3 Lajes internas – Laje 3 e Laje 4 (simétricas)

Semelhante ao realizado no caso anterior, temos os dados de entrada e os


resultados apresentados na Figura 50. Para este caso, considerou-se as lajes
engastadas nas extremidades direita e esquerda.
58

Figura 49 – Dados de entrada (a) e Diagrama envoltórios e esforços devido a carga


permanente (b), (c) e (d) obtidos do software T-Rüsch – Lajes 3 e 4.

Tabela 47 - Quadro-Resumo referente aos momentos não corrigidos – Laje 3 e Laje 4.

Momento/ Ação Permanente (kN.m/m) Móvel (kN.m/m)


Mxm 15,13 41,34
Mym 10,59 32,8
Mye -34,79 -101,03
Mye2 -34,79 -101,03

Tabela 48 - Parâmetros de Correção – Laje 3 e Laje 4 (Momento Fletor).

αB 1,077
α2 1,267
αC 1,121

Tabela 49 - Quadro-Resumo referente aos momentos (com correção) – Laje 3 e Laje 4


(Momento Fletor).

Momento/ Ação Móvel (kN.m/m) Localização


Mq,ye -108,77 lado engastado
Mq,ym 32,80 meio da laje
Mq,xm 52,39 meio da laje
Mq,ya MA - não aplicável lado apoiado
Mq,ye2 -113,30 lado engastado
59

Levando em consideração os parâmetros encontrados referentes ao momentos


nas lajes internas, têm-se o Quadro-Resumo, no que diz respeito ao momento devido
a carga total de projeto (Erro! Fonte de referência não encontrada.), elaborado a
partir do somatório entre os momentos, devido as cargas móveis e permanentes,
multiplicados pelo fator de segurança 1,4 e considerando o fator ν = 0,2 para os
momentos na direção x localizados nas transversinas.

Tabela 50 - Quadro-Resumo dos momentos finais de cálculo para as lajes internas do


tabuleiro
Laje L2=L5
Md,xm 42,39 centro da laje
Md,ym 49,56 centro da laje
Md,ye -78,72 lado engastado
Md,xe -15,74 lado engastado
Md,xe -45,01 lado apoiado
Laje L3=L4
Md,xm 67,102 centro da laje
Md,ym -137,45 centro da laje
Md,ye -200,99 engastamento da esquerda
Md,xe -40,20 engastamento da esquerda
Md,ye -207,33 engastamento da direita
Md,xe -41,47 engastamento da direita

Desta forma, podemos representar os esforços nas lajes como mostrado na


Figura 50. Os extremos dos momentos fletores para o cálculo das armaduras são os
seguintes:
60

Figura 50 – Representação dos momentos de cálculo nas lajes centrais da planta


esquemática do tabuleiro.

Note-se que o momento sobre a segunda transversina foi considerado o maior


dos dois momentos obtidos. Por ser mais desfavorável.

5.3.4 Esforço Cortante

5.3.5 Lajes internas – Laje 2 e Laje 5 (simétricas)

Para o cálculo do esforço cortante, foram utilizados como dados de entrada os


parâmetros indicados na Tabela 51.

Tabela 51 - Dados de entrada na tabela de esforço cortante Rüsch Lajes L2 e L5.

t/a 0,37
lx/a 3,5

g 10,29 kN/m²
Q 75 kN
q 5 kN
φ 1,376
61

Para o efeito da carga permanente, utilizou-se a Equação 8, na qual g


corresponde ao valor do somatório da carga permanente (Vgx).

Vg.x = Vg.y = 0,44 x g x lx Equação 8 - Efeito da carga permanente.

O cortante devido a carga permanente será:


Vgx = 31,69 kN/m

Em relação aos efeitos das cargas móveis, foram calculados os valores Vqx e
Vqy, sendo importante citar que mesmo que as lajes sejam quadradas, têm-se valores
diferentes para Vqx e Vqy, graças a direção do tráfego, uma vez que para uma dada
direção o veículo- tipo tem três fileiras de rodas, enquanto na outra tem duas fileiras.
Vqx = 159,98 kN/m
Vqy = 160,06 kN/m

De posse de tais parâmetros, podemos encontrar o valor do efeito das cargas


totais, na qual foi realizado a partir do somatório entre o efeito das cargas móveis e
cargas permanentes, multiplicados pelo fator de segurança de 1,4.
Vqxd = 268,34 kN/m
Vqyd = 268,45 kN/m

5.3.6 Lajes internas – Laje 3 e Laje 4 (simétricas)

Para o cálculo em questão, utilizou-se a mesma metodologia utilizada


anteriormente, como pode ser observado na tabela 52 e nos procedimentos que
segue.

Tabela 52 - Dados de entrada na tabela de esforço cortante Rüsch Lajes L2 e L5.


t/a 0,37
lx/a 3,5
g 10,29 kN/m²
Q 75 kN
q 5 kN
φ 1,351

Efeito da carga permanente – Laje 3 e Laje 4 (Esforço Cortante):


62

Vgx = 31,69 kN/m

Efeito da carga móvel – Laje 3 e Laje 4 (Esforço Cortante):

Vqx = 157,13 kN/m


Vqy = 157,20 kN/m

Somatório dos Efeitos das Cargas totais - Laje 3 e Laje 4 (Esforço Cortante):

Vqxd = 264,46 kN/m


Vqyd = 264,36 kN/m

5.4 Cálculo da influência dos balanços (L1 e L6) sobre a laje principal

Em relação ao cálculo das cargas atuantes no balanço, observa-se a Erro!


Fonte de referência não encontrada., na qual são apresentados os dados referentes
a carga permanente da estrutura, sendo essa composta pelos pesos da laje,
pavimento, recapeamento e sobrecarga.

Tabela 53 - Parâmetros referentes a carga permanente.

Pp 22,03125 kN/m
Ppav 7,191 kN/m
Precap 7,050 kN/m
Sobrecarga 2 kN/m
g distribuído 38,272 kN/m

No que diz respeito a carga concentrada, levou-se em consideração as cargas


concentradas referentes ao guarda corpo (Tabela 54).

Tabela 54 - Parâmetros referentes a carga concentrada devido ao guarda corpo.

e 0,150 M
h 1,000 M
ɣ concreto 25,000 KN/m³
q 3,750 KN
63

Nesse contexto, avaliando as contribuições descritas, apresenta-se na Figura


51 a distribuição das cargas referentes, assim como o diagrama de esforço cortante e
de momento fletor análogos.

Figura 51 – (a) Carga permanente distribuída e carga concentrada (guarda corpo), (c)
esforço cortante devido as cargas e (c) momento fletor devido as cargas.

De posse desses dados, considerou-se os esforços e momentos máximos


mostrados a seguir, para balanço e suas contribuições internas, sendo assim possível
dimensionar as armaduras referentes.

Mmáx = 234,0 KN.m


Vmáx = -133,870 KN
64

6 CÁLCULO DAS ARMADURAS

Após a determinação dos momentos de cálculo, obtêm-se as armaduras pelas


tabelas usuais de concreto armado, obedecendo-se as armaduras mínimas fixadas
por norma. A NBR 7187 recomenda a verificação à fadiga das lajes sujeitas a efeitos
de cargas móveis relevantes, que é o caso das lajes de pontes. O procedimento para
esta verificação e se necessário a correção das áreas de armaduras é idêntico ao já
visto para o caso de vigas.
No que diz respeito a área de aço para as lajes, segundo a NBR 6118/2014,
deve-se ser estabelecido um valor mínimo de 9,00 cm²/m para laje principal, e 6,00
cm²/m para laje em balanço. Sobre a bitola, a normativa afirma que deve obedecer à
relação, com espaçamento máximo entre as bitolas de 20 cm ou o dobro da altura.
Nesse contexto, têm-se a Tabela 55, referente aos valores de diâmetro de bitola e
suas respectivas áreas disponíveis no mercado.

Tabela 55 - Bitolas disponíveis no mercado e suas respectivas áreas.


Bitola ф(mm) Área (cm²)
5,000 0,196
6,300 0,312
8,000 0,503
10,000 0,785
12,500 1,227
16,000 2,011
20,000 3,142
25,000 4,909
32,000 8,042

Para o dimensionamento das armaduras longitudinais, inicialmente, foram


consideradas a informações básicas dos materiais (Tabela 56).
65

Tabela 56 - Considerações Iniciais – Armadura Longitudinal.


Propriedades MPa
fck 25,000
fyk 500,000
fc 15,179
fyd 434,783
ɣg 1,350
ɣq 1,500
c 3,000

Além dos materiais, os critérios normativos a serem respeitados são detalhados


nas Tabelas 57 e 58.

Tabela 57 - Laje Principal (L2, L5, L3 e L4): Critérios normativos.

As,min 3,750 cm2/m


фmáx=h/10 25,000 mm
espaçamento máximo 20,000 cm

Tabela 58 - Laje em balanço (L1 e L6): Critérios normativos.

As,min 3,30 cm²/m


Espaçamento Máximo 20 cm

Em seguida, leva-se em consideração os esforços já calculados e, de posse


desses dados, para cada momento, foi possível calcular a área necessária de aço em
cada laje, considerando uma bitola inicial para as três diferentes situações: Meio da
Placa Direção X, Meio da placa na direção Y e Meio do bordo livre na direção X. Além
disso, calculou-se para cada situação os parâmetros descritos nas seguintes
equações:
66

É válido citar que foram definidas as bitolas adotadas para cada situação em
função da área calculada, a qual deve ser maior que área mínima definida, sendo
então estabelecidos os espaçamentos, número de barras ferros e, quando necessário,
o comprimento de ancoragem, a fim de definir a bitola adotada com o objetivo de
garantir que a área necessária seja suprida.
Para a definição da necessidade ou não de ancoragem, foram utilizadas as
equações a seguir, no caso do valor de lb necessário for menor que o lb, adota-se
gancho.

Em casos na qual são necessários cálculos referente aos ganchos, foram


utilizadas as equações a seguir para a ponta reta, diâmetro interno da curva e
comprimento de ancoragem necessário.

Para o caso das emendas, foram verificados os comprimentos de transpasse,


definidos através das fórmulas a seguir:

Para todos os casos avaliados, o comprimento de transpasse estabelecido foi


igual ao lb necessário. Dessa forma, têm-se os tópicos a seguir, referentes aos
dimensionamentos em questão.
67

6.1 Cálculo das armaduras a flexão

6.1.1 Armadura Longitudinal na Laje Principal

Detalha-se na Tabela 59 os dados referentes ao dimensionamento da


armadura longitudinal para as lajes 2 e 5.

Tabela 59 - Dimensionamento Armadura Longitudinal - Laje Principal (L2 e L5).


Meio do Apoio (T2 e
Meio da Placa Meio da Placa
Posição Bordo Livre T4) Direção
Direção X Direção y
Direção Y Y
Md (kn*m/m) 65,786 72,96 -45,009 -200,987
b(cm) 100 100 100 100
h(cm) 25 25 25 25
фl (mm) 12,5 12,5 12,5 12,5
d(cm) 19,75 19,75 19,75 19,75
M 0,1111 0,1232 0,076 0,3395
W 0,1181 0,1319 0,0792 0,4334
As,nec (cm2/m) 8,142 9,097 5,458 29,881
As/10 0,814 0,91 0,546 2,988
фadotado (mm) 12,5 12,5 10 20
número de ferros/m 6,635 7,413 6,949 9,511
Espaçamento (cm) 15 12,5 12,5 10
As(cm²/m) 8,181 9,817 6,283 31,416
número de ferros 24 56 56 70

Ainda nesse contexto, apresenta-se na Erro! Fonte de referência não


encontrada.60 os dados referentes ao dimensionamento da armadura longitudinal
para as lajes 3 e 4.

Tabela 60- Dimensionamento Armadura Longitudinal - Laje Principal (L3 e L4 simétricas).


Meio da Placa Meio da Placa Apoio (T3) -
Posição
Direção X Direção y Direção y
Md (kn*m/m) 94,528 60,746 -207,333
b(cm) 100 100 100
h(cm) 25 25 25
фl (mm) 16 16 16
d(cm) 19,4 19,4 19,4
m 0,1655 0,1063 0,363
w 0,182 0,1127 0,476
As,nec (cm2/m) 12,329 7,632 32,267
As/10 1,233 0,763 3,227
фadotado (mm) 12,5 12,5 20
número de ferros/m 10,047 6,219 10,271
Espaçamento (cm) 10 15 10
As(cm²/m) 12,272 8,181 31,416
68

Meio da Placa Meio da Placa Apoio (T3) -


Posição
Direção X Direção y Direção y
número de ferros 35 47 70

6.1.2 Armadura Longitudinal na Laje em Balanço

Na Tabela 6161, observam-se dados referentes ao dimensionamento da


armadura longitudinal para as lajes 1 e 6 (laje em balanço).

Tabela 61 - Dimensionamento Armadura Longitudinal - Laje em balanço (L1 e L6).

Meio da Placa
Posição
Direção X

Md (tf*m/m) -234
b(cm) 100
h(cm) 25
фl (mm) 20
d(cm) 23
m 0,291
w 0,354
As,nec (cm2/m) 28,435
As/10 30
фadotado (mm) 16
número de ferros/m 14,14
Espaçamento (cm) 7,5
As(cm²/m) 26,808
número de ferros 297

6.2 Armadura Longitudinal na Viga

Sobre a metodologia para o dimensionamento das longarinas, foram utilizados


momentos advindos das tabelas de combinações apresentadas no tópico 4. Dessa
forma, inicialmente, elaborou-se um dimensionamento levando em consideração a
verificação da linha neutra (parâmetro Kmd), sendo então determinadas as áreas de
aço inferior e superior iniciais.
69

Em seguida, verificou-se a ocorrência de fadiga, na qual foram encontradas as


tensões geradas na parte superior e inferior referentes. Após a verificação, realizou-
se o dimensionamento da armadura longitudinal final.
Para o dimensionamento dos estribos, realizou-se, também, a verificação em
relação ao cisalhamento, seguido, também, pelo dimensionamento da armadura de
pele.
Detalha-se no tópico em questão os dimensionamentos referentes as
armaduras longitudinais (Tabela 62), fadiga de estribo (Tabela 63) e armadura de pele
(Tabela 64) para as longarinas. As demais tabelas utilizadas para verificações e
dimensionamentos estão no arquivo em excel enviado em anexo.

Tabela 62 - Dimensionamento Longitudinal – Armadura Longitudinal (Longarinas).


Diâmetro Diâmetro
As,sup As,inf As,sup As,inf Nº barras Nº barras As,sup As,inf
(inf) (sup)
Seção
corr corr real real
(cm²) (cm²) Ø (cm) Ø (cm) As,sup As,inf
(m²) (m²) (m²) (m²)
1 15,3 15,3 15,3 15,3 2,5 1,6 8 4 39,27 19,63
2 15,3 14,34 24,87 14,34 2,5 1,6 13 3 63,81 14,73
3 44,11 15,3 53,84 15,3 2,5 1,6 27 4 132,54 19,63
4 22,62 16,63 22,62 16,63 2,5 1,6 12 4 58,9 19,63
5 15,3 44,38 15,3 44,38 2,5 1,6 8 10 39,27 49,09
6 15,3 64,11 15,3 64,11 2,5 1,6 8 14 39,27 68,72
7 15,3 76,53 15,3 76,53 2,5 1,6 8 16 39,27 78,54
8 15,3 80,79 15,3 80,79 2,5 1,6 8 17 39,27 83,45
9 15,3 76,53 15,3 76,53 2,5 1,6 8 16 39,27 78,54
10 15,3 64,11 15,3 64,11 2,5 1,6 8 14 39,27 68,72
11 15,3 44,38 15,3 44,38 2,5 1,6 8 10 39,27 49,09
12 22,62 16,63 22,62 16,63 2,5 1,6 12 4 58,9 19,63
13 44,11 15,3 53,84 15,3 2,5 1,6 27 4 132,54 19,63
14 15,3 14,34 24,87 14,34 2,5 1,6 13 3 63,81 14,73
15 15,3 15,3 15,3 15,3 2,5 1,6 8 4 39,27 19,63
70

Tabela 63 - Dimensionamento Longitudinal – Fadiga do Estribo (Longarinas).

Número
Asw/s Asw/s
Vsmáx Vsmín bw d Vc=Vc0 σsw+ σsw- Δfsd,fad Diâmetro de Espaçamento
Seção Kfad adotado barras das barras
adotado corrigido (cm) por (cm)
(kN) (kN) (m) (m) (kN) (cm²/m) (Mpa) (Mpa) (MPa) (cm²/m) metro

1 -356,91 -87,6 0,6 1,53 797,69 6,95 0 0 105 1 6,95 2 1,11 90


2 -898,4 -275,7 0,6 1,53 797,69 6,95 521,87 0 105 4,97 34,55 2 5,5 18
3 1948,86 -463,9 0,6 1,53 797,69 19,22 585,71 0 105 5,58 107,2 2 17,06 5
4 483,9 1617,74 0,6 1,53 797,69 13,69 45,12 646,57 105 5,73 78,42 2 12,48 8
5 322,5 1291,88 0,6 1,53 797,69 8,25 0 786,08 105 7,49 61,77 2 9,83 10
6 122,65 973,35 0,6 1,53 797,69 6,95 0 600,18 105 5,72 39,73 2 6,32 15
7 -114,25 662,18 0,6 1,53 797,69 6,95 0 275,1 105 2,62 18,21 2 2,9 34
8 -358,2 358,2 0,6 1,53 797,69 6,95 0 0 105 1 6,95 2 1,11 90
9 -662,18 114,25 0,6 1,53 797,69 6,95 275,1 0 105 2,62 18,21 2 2,9 34
10 -973,35 -122,65 0,6 1,53 797,69 6,95 600,18 0 105 5,72 39,73 2 6,32 15
11 -1291,88 -322,5 0,6 1,53 797,69 8,25 786,08 0 105 7,49 61,77 2 9,83 10
12 -1617,74 -483,9 0,6 1,53 797,69 13,69 646,57 45,12 105 5,73 78,42 2 12,48 8
13 463,9 -1948,86 0,6 1,53 797,69 19,22 0 585,71 105 5,58 107,2 2 17,06 5
14 275,7 898,4 0,6 1,53 797,69 6,95 0 521,87 105 4,97 34,55 2 5,5 18
15 87,6 356,91 0,6 1,53 797,69 6,95 0 0 105 1 6,95 2 1,11 90
71

Tabela 64 - Dimensionamento Longitudinal – Armadura de Pele (Longarinas).

Armadura de Pele
bw h As,pele Nº barras
Seção Diâmetro Nº barras Espaçamento
c.lado
(m) (m) Ø (cm) (cm²)
1 0,6 1,7 0,63 10,2 32 16 8
2 0,6 1,7 0,63 10,2 32 16 8
3 0,6 1,7 0,63 10,2 32 16 8
4 0,6 1,7 0,63 10,2 32 16 8
5 0,6 1,7 0,63 10,2 32 16 8
6 0,6 1,7 0,63 10,2 32 16 8
7 0,6 1,7 0,63 10,2 32 16 8
8 0,6 1,7 0,63 10,2 32 16 8
9 0,6 1,7 0,63 10,2 32 16 8
10 0,6 1,7 0,63 10,2 32 16 8
11 0,6 1,7 0,63 10,2 32 16 8
12 0,6 1,7 0,63 10,2 32 16 8
13 0,6 1,7 0,63 10,2 32 16 8
14 0,6 1,7 0,63 10,2 32 16 8
15 0,6 1,7 0,63 10,2 32 16 8

6.3 Armadura Transversal

Para o dimensionamento da armadura transversal, utilizou-se a metodologia


similar da longarina. Detalha-se no tópico em questão os dimensionamentos
referentes as armaduras longitudinais, fadiga de estribo e armadura de pele para as
transversinas T1 e T5, transversinas T2 e T4 e transversina T3.

Tabela 65 - Dimensionamento Longitudinal – Armadura Longitudinal (Transversinas T1 e


T5).
As,sup As,inf Diâmetro Diâmetro Nº Nº
As,sup As,inf Inferior Superior As,sup As,inf
Seção corr corr barras barras
(cm²) (cm²) real (m²) real (m²)
(m²) (m²) Ø (cm) Ø (cm) As,sup As,inf

1 11,22 11,22 11,22 11,22 1,60 2,00 4 6 12,57 12,06

2 11,22 5,90 11,22 5,90 1,60 2,00 4 3 12,57 6,03

3 16,68 11,22 16,68 11,22 1,60 2,00 6 6 18,85 12,06

4 11,69 11,22 12,26 11,22 1,60 2,00 4 6 12,57 12,06

5 11,22 11,22 11,22 11,22 1,60 2,00 4 6 12,57 12,06

6 11,69 11,22 12,26 11,22 1,60 2,00 4 6 12,57 12,06

7 16,68 11,22 16,68 11,22 1,60 2,00 6 6 18,85 12,06


72

As,sup As,inf Diâmetro Diâmetro Nº Nº


As,sup As,inf Inferior Superior As,sup As,inf
Seção corr corr barras barras
(cm²) (cm²) real (m²) real (m²)
(m²) (m²) Ø (cm) Ø (cm) As,sup As,inf

8 11,22 5,90 11,22 5,90 1,60 2,00 4 3 12,57 6,03

9 11,22 11,22 11,22 11,22 1,60 2,00 4 6 12,57 12,06


72

Tabela 66 - Dimensionamento Longitudinal – Fadiga do Estribo (Transversinas T1 e T5).

Fadiga do Estribo
Asw/s Δfsd,fa Asw/s Diâmetro Número Espaçamento
Vsmáx Vsmín bw d Vc=Vc0
adotado
σsw+ σsw- Kfa corrigido Espaçamento Comprimento
seção d adotado de barras das barras
d (cm) (cm)
(kN) (kN) (m) (m) (kN) (cm²/m) (Mpa) (Mpa) (MPa) (cm²/m) (cm) por metro (cm)
0,4 1,5
5,10
1 -194,61 -22,60 4 3 584,97 5,10 0,00 0,00 105,00 1,00 1,00 3,25 30
20 170
0,4 1,5
5,10
2 -268,56 -61,60 4 3 584,97 5,10 0,00 0,00 105,00 1,00 1,00 3,25 30
0,4 1,5 266,8
12,95
3 -479,78 -33,25 4 3 584,97 5,10 1 0,00 105,00 2,54 1,00 8,25 12
10 345
0,4 1,5
5,10
4 -77,35 277,64 4 3 584,97 5,10 0,00 0,00 105,00 1,00 1,00 3,25 30
0,4 1,5
5,10 20 350
5 -133,20 133,20 4 3 584,97 5,10 0,00 0,00 105,00 1,00 1,00 3,25 30
0,4 1,5
5,10
6 -277,64 77,35 4 3 584,97 5,10 0,00 0,00 105,00 1,00 1,00 3,25 30
10 345
0,4 1,5 266,8
12,95
7 33,25 479,78 4 3 584,97 5,10 0,00 1 105,00 2,54 1,00 8,25 12
0,4 1,5
5,10
8 61,60 268,56 4 3 584,97 5,10 0,00 0,00 105,00 1,00 1,00 3,25 30
20 170
0,4 1,5
5,10
9 22,60 194,61 4 3 584,97 5,10 0,00 0,00 105,00 1,00 1,00 3,25 30
73

Tabela 67 - Dimensionamento Longitudinal – Armadura de Pele (Transversinas T1 e T5).

Armadura de Pele
bw h Diâmetro As,pele Nº barras Espaçamento
Seção Nº barras Espaçamento
(m) (m) Ø (cm) (cm²) c.lado Correto

1 0,44 1,70 0,63 7,48 24 13 12,5000 12,5000


2 0,44 1,70 0,63 7,48 24 13 12,5000 12,5000
3 0,44 1,70 0,63 7,48 24 13 12,5000 12,5000
4 0,44 1,70 0,63 7,48 24 13 12,5000 12,5000
5 0,44 1,70 0,63 7,48 24 13 12,5000 12,5000
6 0,44 1,70 0,63 7,48 24 13 12,5000 12,5000
7 0,44 1,70 0,63 7,48 24 13 12,5000 12,5000
8 0,44 1,70 0,63 7,48 24 13 12,5000 12,5000
9 0,44 1,70 0,63 7,48 24 13 12,5000 12,5000

Tabela 68 - Dimensionamento Longitudinal – Armadura Longitudinal (Transversinas T2 e


T4).
As,sup As,inf Diâmetro Diâmetro sup
As,sup As,inf Nº barras Nº barras As,sup As,inf
Seção corr corr
(cm²) (cm²) Ø (cm) Ø (cm) As,sup As,inf real (m²) real (m²)
(cm²) (cm²)

1 6,63 6,63 6,63 6,63 2,00 2,00 3 3 9,42 9,42


2 6,63 18,01 6,63 18,01 2,00 2,00 3 6 9,42 18,85
3 6,63 22,76 6,63 22,76 2,00 2,00 3 8 9,42 25,13
4 6,63 18,01 6,63 18,01 2,00 2,00 3 6 9,42 18,85
5 6,63 6,63 6,63 6,63 2,00 2,00 3 3 9,42 9,42
74

Tabela 69 - Dimensionamento Longitudinal – Fadiga do Estribo (Transversinas T2 e T4).

Fadiga do Estribo
Asw/s Asw/s Diâmetro Número de Espaçamento
Vsmáx Vsmín bw d Vc=Vc0
adotado
σsw+ σsw- corrigido Comprimento
seção Δfsd,fad Kfad adotado barras por das barras Espaçamento
(cm)
(kN) (kN) (m) (m) (kN) (cm²/m) (Mpa) (Mpa) (cm²/m) (cm) metro (cm)
(MPa)
1 909,71 143,30 0,26 1,53 345,66 9,42 568,29 0,00 105,00 5,41 50,96 1,60 12,67 7 5 175
2 578,01 -20,65 0,26 1,53 345,66 3,88 758,58 0,00 105,00 7,22 28,02 1,60 6,97 14
3 269,55 -269,55 0,26 1,53 345,66 3,01 233,17 233,17 105,00 1,00 3,01 1,60 0,75 133 10 350

4 20,65 -578,01 0,26 1,53 345,66 3,88 0,00 758,58 105,00 7,22 28,02 1,60 6,97 14
5 -143,30 -909,71 0,26 1,53 345,66 9,42 0,00 568,29 105,00 5,41 50,96 1,60 12,67 7 5 175
75

Tabela 70 - Dimensionamento Longitudinal – Armadura de Pele (Transversinas T2 e T4).

Armadura de Pele
bw h Diâmetro As,pele Nº barras
seção Espaçamento Correto Espaçamento
(m) (m) Ø (cm) (cm²) cada lado

1 0,26 1,70 0,63 4,42 10 16 15


2 0,26 1,70 0,63 4,42 10 16 15
3 0,26 1,70 0,63 4,42 10 16 15
4 0,26 1,70 0,63 4,42 10 16 15
5 0,26 1,70 0,63 4,42 10 16 15

Tabela 71 - Dimensionamento Longitudinal – Armadura Longitudinal (Transversina T3).

As,sup As,inf As,sup As,inf Diâmetro Diâmetro Nº barras Nº barras As,sup As,inf
Seção
(cm²) (cm²) corr (m²) corr (m²) Ø (cm) Ø (cm) As,sup As,inf real (m²) real (m²)

1 6,63 6,63 6,63 6,63 2,00 2,00 3 3 9,42 9,42


2 6,63 20,79 6,63 20,79 2,00 2,00 3 7 9,42 21,99
3 6,63 26,46 6,63 26,46 2,00 2,00 3 9 9,42 28,27
4 6,63 20,79 6,63 20,79 2,00 2,00 3 7 9,42 21,99
5 6,63 6,63 6,63 6,63 2,00 2,00 3 3 9,42 9,42
76

Tabela 72 - Dimensionamento Longitudinal – Fadiga do Estribo (Transversina T3).

Fadiga do Estribo
Asw/s
Vc=Vc Asw/s Número
Vsmáx Vsmín bw d adota σsw+ σsw- Δfsd,fa Diâmetro Espaçament
0 Kfa corrigido de barras
seção do d adotado o das barras Espaçamento Comprimento
d por
(cm²/ (cm) (cm)
(kN) (kN) (m) (m) (kN) (Mpa) (Mpa) (cm²/m) metro
m) (MPa)
1 1039,23 160,80 0,26 1,53 345,66 11,58 543,40 0,00 105,00 5,18 59,92 1,60 14,90 6 5 140
2 656,04 -22,65 0,26 1,53 345,66 5,18 677,23 0,00 105,00 6,45 33,42 1,60 8,31 12
3 303,75 -303,75 0,26 1,53 345,66 3,01 315,62 0,00 105,00 3,01 9,05 1,60 2,25 44 10 420

4 22,65 -656,04 0,26 1,53 345,66 5,18 0,00 677,23 105,00 6,45 33,42 1,60 8,31 12
5 -160,80 -1039,23 0,26 1,53 345,66 11,58 0,00 543,40 105,00 5,18 59,92 1,60 14,90 6 5 140
77

Tabela 73 - Dimensionamento Longitudinal – Armadura de Pele (Transversina T3).

Armadura de Pele
bw h Diâmetro As,pele Nº barras
seção Nº barras Adotando Espaçamento
(m) (m) Ø (cm) (cm²) c.lado

1 0,26 1,70 0,63 4,42 16 8 8 20


2 0,26 1,70 0,63 4,42 16 8 8 20
3 0,26 1,70 0,63 4,42 16 8 8 20
4 0,26 1,70 0,63 4,42 16 8 8 20
5 0,26 1,70 0,63 4,42 16 8 8 20
78

7 PILAR

No presente projeto, utilizou-se 4 pilares iguais, engastados em fundação


profunda e utilizados de apoios para as longarinas, esses com as seguintes
dimensões:

Informações dos Pilares


Diâmetro do Pilar (cm) 80
Altura (cm) 500

O dimensionamento do pilar de seu da seguinte maneira, de posse da


resistência do concreto e do aço utilizado, além das dimensões do pilar, realizou-se
o cálculo através do Software Pcalc.
79
80
81
82
83

8 VERIFICAÇÃO DE FLECHA

8.1 Cálculo do momento de fissuração:

𝑀 2676,90 𝐾𝑁. 𝑚

𝛼∗𝐹 ∗𝐼
𝑀
𝑦
Caso 𝑀 𝑀 , deve-se calcular a rigidez equivalente devido a redução de
inércia

𝑀 𝑀𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑎𝑡𝑢𝑎𝑛𝑡𝑒
𝑀 𝑀𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑓𝑖𝑠𝑠𝑢𝑟𝑎çã𝑜
𝛼 1,5 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑠𝑒çõ𝑒𝑠 𝑟𝑒𝑡𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑎𝑟𝑒𝑠
𝐹 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎 𝑎 𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜
𝐼 𝑀𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑒𝑟𝑐𝑖𝑎
𝑦 𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝐶𝐺 à 𝑓𝑖𝑏𝑟𝑎 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑡𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑑𝑎

8.2 Calculo de rigidez equivalente

𝐸. 𝐼 𝐸 ∗𝐼 1- ∗𝐼


𝐼 𝛼 ∗𝐴 ∗ 𝑥 𝑑 𝛼 1 ∗𝐴 ∗ 𝑥 𝑑 ²

𝑎 𝑎 4∗𝑎 ∗𝑎
𝑥
2∗𝑎

𝐸 𝑀𝑜𝑑𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑙𝑎𝑠𝑡𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑐𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜


𝐼 Momento de inercia no estádio II
𝑥 Posição da linha neutra no estádio II

8.3 Cálculo de flecha

a) Valor de flecha imediata


84

5 𝑝∗𝐿
𝛿 ∗
384 𝐸. 𝐼
b) Verificação de flecha limite

A tabela 13.3 da NBR 6118/2014 especifica os deslocamentos limites para


comportamento adequado. Para nosso tipo de estrutura, o deslocamento limite é
𝑙/600.

A Tabela 74 a seguirTabela 74 apresenta os resultados das equações supracitadas


para os elementos da ponte em questão.

Tabela 74 - Cálculo de flecha

Ma Mr (E.I)eq δim δlimite


(KN.m) (KN.m) (Mpa.m²) (mm) (mm)
Longarinas 2676,9 1255,619 4088815 13,3666 23,3333
T1 82,75 920,7872 - - -
T2 608,4 544,1015 2071359 1,4992 11,6667
T3 695,2 544,1015 2306957 1,5381 11,6667
T4 608,4 544,1015 2071359 1,4992 11,6667
T5 82,75 920,7872 - - -
85

9 VERIFICAÇÃO DE ABERTURA DE FISSURA

Para cálculo da abertura de fissuras (Wk), inicialmente foi feito o cálculo do


momento de resistência fissurado, posteriormente foi feito o cálculo de tensão na
armadura, área do concreto de envolvimento e taxa de armadura. Para cálculo da
abertura de fissura, foram utilizadas as seguintes expressões, e o valor de Wk adotado
foi o mínimo.
∅ 3𝜎
𝑊 ∙
12,5 ∙ η 𝑓𝑐𝑡𝑚
∅ 𝜎 4
𝑊 ∙ ∙ 45
12,5 ∙ η 𝐸 𝜌

O limite de abertura de fissura estabelecido foi de 0,3 mm. Conforme observado


na Tabela 75 as aberturas de fissura previstas para os elementos de longarina e
transversinas apresentaram abertura menores que 0,3 mm, sendo a longarina o
elemento que apresentou maior valor de Wk, de 0,146 mm.

Tabela 75 - Cálculo de abertura de fissura

Elemento Wk (mm)
Longarina 0,146
Transversinas T1 e T5 0,006
Transversinas T2 e T4 0,083
Transversina T3 0,012
86

10 REFERÊNCIAS

ABNT. NBR 6118 Projeto de estruturas de concreto: Procedimento. Brasil, 2004. 225
p.

ABNT. NBR 8800 Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e


concreto de edifícios. Brasil, 2008

DE ARAÚJO, José Milton. Curso de concreto armado. Editora Dunas, 2003.

Notas de Aula: Pontes de concreto. Prof. Yzumi Taguti. UNESP

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