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São Paulo
2018
Sumário
1. Introdução .............................................................................................................................. 3
2. Item 1 ..................................................................................................................................... 4
2.1. Cálculo do Momento de Plasticidade ............................................................................... 4
2.2. Método passo a passo..................................................................................................... 8
2.2.1. Passo 1 ..................................................................................................................... 9
2.2.2. Passo 2 ....................................................................................................................11
2.2.3. Passo 3 ....................................................................................................................13
2.2.4. Passo 4 ....................................................................................................................15
2.2.5. Passo 5 ....................................................................................................................17
2.3. Carga de Colapso 𝐹𝐼𝐼 .....................................................................................................18
2.4. Mecanismo de Colapso ..................................................................................................18
2.5. Diagrama de momentos fletores na iminência do colapso ..............................................18
2.6. Gráficos F x U1 e F x U2 ..................................................................................................19
3. Item 2 ....................................................................................................................................21
4. Item 3 - Descarga da estrutura ..............................................................................................22
5. Item 4 ....................................................................................................................................26
5.1. Carga de serviço ............................................................................................................26
5.2. Coeficiente de segurança externo ..................................................................................28
5.3. Analise Crítica ................................................................................................................28
Bibliografia ................................................................................................................................28
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1. Introdução
Considere-se o pórtico da figura 1 formado por barras prismáticas e solicitadas no plano
de maior inércia. As barras são de aço com módulo de elasticidade 𝐸 = 210 𝐺𝑃𝑎 e tensão de
escoamento 𝜎𝑒 = 𝑓𝑦 = 25 𝑘𝑁/𝑐𝑚² e com as seguintes características geométricas:
Sabe-se que as barras são contidas lateralmente de modo a não ocorrer flambagem
lateral.
*Grupo 02.
Alfa = 0,8
Beta = 2,0
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2. Item 1
“Do acima exposto pode-se concluir que, na situação de plastificação total da seção
transversal, a linha que delimita as regiões plastificadas por compressão e tração, sempre irá
dividir a seção em duas áreas iguais para garantir a equação de equilíbrio de força Ft = Fc. Desta
forma, se a seção transversal não tiver duplo eixo de simetria, então o eixo central de inércia y
em torno do qual se realiza a flexão não irá coincidir com a linha que divide as regiões
plastificadas.
Assim, qualquer que seja a seção, o seu momento de plastificação MII será sempre dado
pela expressão (4.25). Desta forma para determinação de MII dever-se-á definir uma linha,
paralela ao eixo central de inércia, que divida a seção transversal em duas áreas iguais e calcular
a distância z entre os centros de gravidade das áreas A1 e A2 (Figura 4.46).”
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Figura 2
5
Figura 3
6
Conforme dito anteriormente, o valor do momento de plasticidade será obtido pela
equação 1.1 (se diferenciando dos valores obtidos anteriormente pelo valor do módulo de
resistência, dado tabelado do enunciado). Porém, como a estrutura é formada por dois perfis
diferentes, há um momento de plasticidade para cada perfil utilizado.
𝑀𝑃 = 𝜎𝐸 ∗ 𝑍 (1.1)
A barra AB é composta pelo perfil 300x85 e o restante das barras são compostas por
perfis 300x95.
Dados:
𝑍300𝑋85 = 1.282 𝑐𝑚³
𝑍300𝑋95 = 1.447 𝑐𝑚³
Portanto:
𝑀𝑃_𝐴𝐵 = 𝜎𝐸 ∗ 𝑍300𝑥85 = 25 ∗ 1.282
∴ 𝑴𝑷_𝑨𝑩 = 𝟑𝟐. 𝟎𝟓𝟎 𝒌𝑵 ∗ 𝒄𝒎
𝑴𝑷_𝑨𝑩 = 𝟑𝟐𝟎, 𝟓 𝒌𝑵 ∗ 𝒎
*É importante destacar que para as seções C, D e E será utilizado o 𝑀𝑃 do perfil CVS 300x95 e em A e B
o 𝑀𝑃 do perfil CVS 300x85. Esta escolha se justifica na seção B pois devido a continuidade, a seção possui
os mesmos valores de momento a direita e a esquerda, de modo que quando um dos 𝑀𝑃 for atingido,
ocorrerá um evento de plastificação, como o 𝑀𝑃 do perfil CVS 300x85 é menor, ele será atingido primeiro,
portanto, levará ao evento de plastificação.
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2.2. Método passo a passo
A análise da estrutura será feita através do Método Passo a Passo. Assumindo:
*Na apostila disponibilizada no Moodle da disciplina, há a prova de que para seções retangulares, os
efeitos da força normal em eventos de plastificação são pequenos e, portanto, podem ser desprezados.
Não ficou claro para o grupo se esta proposição vale para qualquer seção plana, porém para a resolução
do exercício, ela foi adotada como verdadeira para a seção dos perfis utilizados.
A estrutura foi replicada no software Ftool e foi obtida sua solução elástica para 𝐹1 = 1 𝑘𝑁 ∗
𝑚:
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Figura 6: Diagrama de momentos fletores para 𝐹1 = 1 𝑘𝑁 ∗ 𝑚:
2.2.1. Passo 1
O primeiro evento de plastificação ocorrerá na seção que possui maior momento fletor,
como o maior momento ocorre na seção A da estrutura, será utilizado o valor 𝑀𝑃 da barra AB.
2,773829 ∗ 𝐹1 = 𝑀𝑃 = 320,5 𝑘𝑁 ∗ 𝑚
∴ 𝑭𝟏 = 𝟏𝟏𝟓, 𝟓𝟒
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Diagrama de momentos fletores para 𝐹1 = 115,54:
Figura 7
Na seção A da estrutura, o valor do momento fletor é igual à 320,5 kN*m, portanto igual
ao momento fletor de plastificação para a barra AB (CVS 300x85). Com isto, esta seção não
surporta acréscimo de momento fletor, passando a atuar como se houvesse uma articulação.
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2.2.2. Passo 2
Figura 8
Figura 9
11
Para obter a seção a qual ocorrerá a próxima rótula plástica, são somados os valores de
momento fletor das seções que possuem pico de momento com o valor do momento obtido para
∆𝐹1 = 1, multiplicado por ∆𝐹1 e igualado ao momento de plastificação. Dessa forma, é possível
obter o ∆𝐹1 necessário para a plastificação de cada seção, sendo o menor valor o primeiro a ser
atingido e, portanto, a seção em que ocorrerá a próxima rótula plástica.
Figura 10
12
2.2.3. Passo 3
Figura 11
Figura 12
13
Semelhante ao passo 2:
Somando o valor de 𝐹2 ao de ∆𝐹2 obtemos o valor da carga 𝐹3 que leva ao surgimento de três
rótulas plásticas:
Figura 13
14
2.2.4. Passo 4
Figura 14
Figura 15
15
Semelhante aos passos 2 e 3:
Somando o valor de 𝐹3 ao de ∆𝐹3 obtemos o valor da carga 𝐹4 que leva ao surgimento de quatro
rótulas plásticas:
Figura 16
16
2.2.5. Passo 5
Com os eventos de plastificação em A, E, D e B, para acréscimos de momento, a estrutura
passa a se comportar como se houvesse uma articulação em B também, permitindo a rotação
da seção. A quarta rótula torna a estrutura hipoestática e, portanto, esta é sua configuração de
ruína:
Figura 17
𝐹𝐼𝐼 = 𝐹4
∴ 𝑭𝑰𝑰 = 𝟏𝟕𝟗, 𝟏𝟖 𝒌𝑵 ∗ 𝒎
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2.3. Carga de Colapso 𝐹𝐼𝐼
𝑭𝑰𝑰 = 𝟏𝟕𝟗, 𝟏𝟖 𝒌𝑵 ∗ 𝒎
Figura 19
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2.6. Gráficos F x U1 e F x U2
Os valores dos deslocamentos U1 e U2 foram obtidos no software Ftool, sendo anotados
a cada passo realiado na resolução da estrutura. O deslocamento real da estrutura é composto
pela soma dos deslocamentos em cada passo, portanto os gráficos de força por deslocamento
foram montados com o valor da somatório de U a cada passo. Para U2 foram tomados os valores
em módulo de forma a obter uma melhor visualiação, já que o sinal negativo para os valores de
U2 é devido a orientação dos eixos escolhida pelo grupo.
F x Σ U1
200 0,427; 179,18
0,219; 175,39
180 0,094; 164,09
160
140
F (kN*m)
120
0,021; 115,54
100
80
60
40
20
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45
Σ U1 (m)
Gráfico 1
19
F x Σ |U2|
200 0,024; 175,39 0,091; 179,18
180 0,013; 164,09
160
F (kN*m) 140
120 0,007; 115,54
100
80
60
40
20
0
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1
Σ |U2| (m)
Gráfico 2
20
3. Item 2
Analisando a estrutura abaixo pelo Teorema Cinemático, tem-se:
Figura 20
Figura 21
21
Assim, pelo Teorema Cinemático, 𝑭𝑰𝑰 = 𝟏𝟕𝟗, 𝟏𝟖 𝒌𝑵 ∗ 𝒎, correspondendo ao F mínimo.
Tal pode ser confirmado pela aplicação do Teorema Estático, que afirmaria F como valor máximo.
Olhando para o diagrama de momentos com a carga de colapso aplicada, tem-se:
Figura 22
Como nenhum dos momentos do diagrama excede Mp, confirma-se pela análise limite
que 𝑭𝑰𝑰 = 𝟏𝟕𝟗, 𝟏𝟖 𝒌𝑵 ∗ 𝒎.
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Figura 23
Figura 24
23
De modo que o diagrama de momentos fletores após o fim da descarga é:
Figura 25
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F x Σ U1
200 0,427; 179,18
0,219; 175,39
180 0,094; 164,09
160 0,275
F (kN*m) 140
120
0,021; 115,54
100
80
60
40
20
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45
Σ U1 (m)
Gráfico 3
F x Σ |U2|
200 0,024; 175,39 0,091; 179,18
180 0,013; 164,09
160
140 0,071; 143,344
F (kN*m)
Gráfico 4
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5. Item 4
Como foi dado 𝛾𝑖 = 2. Pela equação 5.1 é possível obter o valor da tensão de serviço
proposta pelo item 4 do trabalho:
𝜎𝐸 (5.1)
𝜎=
𝛾𝑖
𝜎𝐸 25 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝜎= ∴ 𝜎= ∴ 𝜎 = 12,5 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝛾𝑖 2
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Figura : Diagrama de momentos fletores para 𝐹 = 1
Dado 𝜎 = 12,5 𝑘𝑁/𝑐𝑚² e 𝑊𝐴𝐵 = 1127 𝑐𝑚³ (valor tabelado, perfil CVS 300x85), temos que
o momento fletor em B para a tensão de serviço (obtida graças a 𝛾𝑖 = 2) é:
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5.2. Coeficiente de segurança externo
𝐹𝐼𝐼 (5.2)
𝛾𝑒 =
𝐹𝑠𝑒𝑟𝑣𝑖ç𝑜
𝐹𝐼𝐼 179,18 𝑘𝑁 ∗ 𝑚
𝛾𝑒 = =
𝐹𝑠𝑒𝑟𝑣𝑖ç𝑜 50,79 𝑘𝑁 ∗ 𝑚
∴ 𝜸𝒆 = 𝟑, 𝟓𝟑
Bibliografia
Noções da Teoria da Plasticidade.*
*Não foi identificado os autores nem a qual livro pertence o capítulo sobre Plasticidade
disponibilizado no Moodle.
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