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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
ESTRUTURAS DE MADEIRA

ENSAIO NÃO DESTRUTIVO DE FLEXÃO ESTÁTICA

ACADÊMICAS RA
Flávia Abdala Cousin 88919
Isabela Pereira Rocha 88698

Turma 4

PROFESSOR
Enio Mesacasa

MARINGÁ
2018
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................2
2. OBJETIVOS......................................................................................................2
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...........................................................................2
4. MATERIAIS E MÉTODOS..................................................................................8
4.1. MATERIAIS............................................................................................8
4.2. METODOLOGIA.....................................................................................8
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO.......................................................................................10
6. CONCLUSÃO.............................................................................................................20
7. REFERÊNCIAS...........................................................................................................21
1. INTRODUÇÃO

O ensaio de flexão é realizado em materiais frágeis e resistentes, como ferro fundido, aço,
estruturas de concreto e outros materiais que são submetidos a situações em que o esforço
principal é a flexão.

O presente trabalho trata da prática feita em laboratório onde realizou-se o ensaio de


flexão em corpos de prova de madeira do Cambará, Garapeira e Pinus. Nesse ensaio,
objetivou-se determinar o módulo de elasticidade de um lote de madeira a partir da aplicação
de uma carga sobre o centro de 6 vigas deste material e medindo o deslocamento vertical
provocado em seu centro.

2. OBJETIVOS
Determinação do módulo de elasticidade de um lote de madeira considerado
homogêneo para classifica-lo mecanicamente.

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A madeira é considerada um dos materiais de construção mais antigos dada sua


disponibilidade na natureza e facilidade de manuseio em relação a outros materiais. Ela
apresenta uma excelente relação resistência/peso e dentre outras características, se
destacam sua facilidade de fabricação e bom isolamento térmico. Por outro lado, alguns
fatores como defeitos, nós e fendas, e a degradação biológica, podem ser fatores
desfavoráveis, mas que são facilmente superados com o uso de produtos industriais de
madeira (PFEIL 2003).
A madeira apresenta diversas propriedades físicas como anisotropia, umidade,
retração, dilatação, entre outros, que interferem diretamente em sua resistência. Desta
forma, alguns fatores devem ser considerados na hora da realização de ensaios para
caracterização do material, tais fatores como influência do tempo de duração da carga,
relaxação, fluência, fadiga e temperatura, podem ser citados como exemplo. Ao contrário do
aço, a madeira é um material anisotrópico, o que faz com seja ainda mais necessário a
avaliação de suas propriedades mecânicas.
Existem diversos métodos desenvolvidos para determinação da resistência a esforços
solocitados da madeira, porém vários deles são destrutivos e geram a perda de algumas peças.
2
Como forma de medir a resistência da madeira sem danificá-la, fez-se medições a partir da
flecha causada devido a um esforço normal as fibras. O módulo de elasticidade da madeira
está diretamente relacionada a sua capacidade de resistir a deformações (flechas) devido a
atuação de uma carga perpendicular às fibras.
No ensaio de flexão estática, é determinado o módulo de elasticidade da madeira, a partir
de medições, por meio de um paquímetro, das dimensões dos corpos de prova, Figura 3.1.
Umidade dos mesmos, medida através de um higrômetro, Figura 3.2, e assim, aplica-se uma
carga no centro da viga de madeira, Figura 3.3.

Figura 3.1- Paquímetro utilizado nas medições

Fonte: Autor.

3
Figura 3.2- Higrômetro

Fonte: Autor.

Figura 3.3- Exemplo de aplicação da carga no centro da viga.

Fonte: Autor.

Depois, os valores das flechas de cada viga são anotados para que o módulo de elasticidade
seja calculado a partir da Equação 1, dada em Mpa.

P.L3
𝐸= Equação 1.
48.I.δ

Onde,
E: Módulo de elasticidade;

4
P: Carga aplicada;
L: Comprimento do vão livre;
I: Momento de inércia;
δ: Deformação medida

O momento de inércia, para peças retangulares, pode ser obtido a partir da Equação 2.
𝐵.ℎ3
𝐼= Equação 2.
12

A partir do ensaio realizado, para cada amostra, deve-se plotar um gráfico (carga x
deformação), gráfico 1, onde a partir de uma regressão linear, é possível obter o valor do
coeficiente angular da reta, observado na Equação 3.

𝑃
𝑀= Equação 3.
𝛿

Gráfico 3.1 - Exemplo de gráfico carga x deformação

7000

6000

5000
Carga em kgf

4000

3000

2000

1000

0
1

51

101

151

201

251

301

351

401

451

501

Deformação - mm-2

Fonte: Autor.

Desta forma, substituindo a Equação 2 na Equação 1, tem-se:

5
𝑀.𝐿3
𝐸= Equação 4.
48.𝐼

Assim, é possível obter o valor do módulo de elasticidade da madeira em questão.


Entretanto, segundo a NBR 7190 (1997), a rigidez deve ser referente à umidade padrão de
12%, portanto, os resultados do ensaio com teores de umidade contidos no intervalo entre
10% e 20% devem ser corrigidos para o valor referente à umidade padrão através da equação
a seguir:

2 .(𝑢%−12)
𝐸12 = 𝐸𝑢% ∙ [1 + ] Equação 5.
100

Ainda segundo a NBR 7190 (1997), para a caracterização completa do módulo de


elasticidade deve-se determinar os valores para compressão paralela às fibras e normal às
fibras, onde:
 Compressão paralela às fibras = Ec0,M , determinada através de 2 ensaios no mínimo.
 Compressão normal às fibras = Ec90,M , determinada através de 2 ensaios no mínimo.

Outras considerações devem ser feitas para obtenção dos resultados.


Os valores médios do módulo de elasticidade à compressão e à tração paralelas às
fibras são iguais:
𝐸𝑐0,𝑀 = 𝐸𝑡0,𝑀 Equação 6.
Para a caracterização simplificada, pode-se realizar apenas na compressão paralela às
fibras pela seguinte expressão:
1
𝐸𝑤90 = . 𝐸𝑤0 Equação 7.
20
Para a caracterização feita através do ensaio de flexão estática, ensaio discutido no
presente relatório, o módulo de elasticidade é obtido determinando-se, primeiramente, o
módulo de elasticidade aparente para a flexão EM, e posteriomente, corrigindo-o para Eco,M, a
partir das seguintes relações:
 Coníferas: 𝐸𝑀 = 0,85 . 𝐸𝑐0 Equação 8.
 Dicotiledôneas: 𝐸𝑀 = 0,90 . 𝐸𝑐0 Equação 9.

6
As madeiras ainda podem ser classificadas de acordo com suas classes de resistências
de acordo com as tabelas 1 e 2, retiradas da NBR 7190 (1997).

Tabela 3.1- Classificação de resistência das coníferas.

Fonte: NBR 7190 (1997)

Tabela 3.2- Classificação de resistência das dicotiledôneas

Fonte: NBR 7190 (1997)

O enquadramento de peças de madeia nas classes de resistências especificadas nas


tabelas acima deve ser feito conforme as exigências definidas no item 10.6 da norma NBR
7190 (1997).

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4. MATERIAIS E MÉTODOS

4.1. Materiais
Para o ensaio foram utilizados os seguintes materiais:

 Garra magnética;
 Higrômetro, marca Merlin;
 Suporte para estabilidade lateral da amostra;
 Transdutor indutivo de deslocamento, com precisão de 1 centésimo de mm;
 Sistema de aquisição de dados da HDM, modelo Spider8;
 Paquímetro com precisão de 0,01mm;
 Trena da Lufkin;
 Apoio 1º gênero
 Apoio 2º gênero
 Pesos de 8 kgs calibrados;
 Amostra de viga de madeira;

4.2. Metodologia
Primeiramente, com auxílio do paquímetro foi medido as dimensões ‘’b’’ e ‘’h’’ de cada
uma das amostras de madeira, foram realizadas quatro medições, como mostra a Figura 4.2.1,
uma próxima de cada extremidade e duas no centro, para obter a média das medidas da seção
transversal, também foi aferido com o auxílio do Higrômetro, Figura 3.2, a umidade e
densidade das amostras. Então posicionou-se a viga sobre um apoio fixo e um apoio móvel,
Figura 4.2.1, afim de evitar tensões adicionais. A distância entre os apoios, foi medida com a
trena, a fim de obter a medida do vão livre.

8
Figura 4.2.1 – Medição das dimensões da viga com auxílio do paquímetro

Fonte: Autor.

Figura 4.2.1 – Apoio de 2º gênero, móvel

Fonte: Autor.

Após isso no centro do vão, foi colocado o transdutor indutivo de deslocamento, que
foi ajustado, zerado com o peso próprio da viga e aferido o deslocamento inicial. A seguir,
cargas concentradas e conhecidas – 8 kg– foram aplicadas no meio do vão e com o através do
transdutor indutivo de deslocamento foi medido a deformação para cada carregamento em

9
centésimos de milímetros. Após os 6 pesos de 8kg terem sido colocados, Figura 4.2.3, mediu-
se com a trena o deslocamento final da viga, podendo-se observar antes da retirada dos
carregamentos o efeito de fluência na viga.

Figura 4.2.2 – Deslocamento vertical da viga com os pesos aplicados

Fonte: Autor.

Retirou-se então a carga adicionada. A direção da seção foi então invertida, sendo
agora a base a menor dimensão. Zerou-se novamente o transdutor indutivo de deslocamento,
e foram realizados os acréscimos de peso, realizando novamente o processo, como citado
acima.

Os dados foram medidos por um sistema de aquisição de dados HDM e enviados a


respectiva turma.

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

5.1 Dimensões da viga

Inicialmente foi realizada a medida das dimensões do corpo de prova, com a utilização
do paquímetro. Para os corpos de prova ensaiados, as dimensões e área da seção foram
determinadas e apresentadas nas tabelas a seguir:

10
Tabela 5.1.1 - Geometria da peça C1
C1
Posição Posição
Seção
1 (cm) 2 (cm)
1 4,805 9,415
2 4,71 9,425
3 4,85 9,005
4 4,78 9,935
Média 4,78625 9,445

Tabela 5.1.2 - Geometria da peça C2


C2
Posição Posição
Seção
1 (cm) 2 (cm)
1 4,415 9,805
2 4,72 9,9
3 4,7 9,975
4 4,825 10,225
Média 4,665 9,97625

Tabela 5.1.3 - Geometria da peça P2

P2
Posição Posição
Seção
1 (cm) 2 (cm)
1 5,245 9,945
2 5,51 9,825
3 5,43 10,035
4 5,32 10,125
Média 5,37625 9,9825

Tabela 5.1.4 - Geometria da peça P4


P4
Posição Posição
Seção
1 (cm) 2 (cm)
1 4,645 9,82
2 4,82 9,805
3 5,22 10,0175
4 5,235 10,215
Média 4,98 9,964375

11
Tabela 5.1.5 - Geometria da peça G1

G1
Posição Posição
Seção
1 (cm) 2 (cm)
1 5,233 11,11
2 5,515 11,305
3 5,235 11,34
4 5,25 11,345
Média 5,30825 11,275

Tabela 5.1.6 - Geometria da peça G3


G3
Posição Posição 2
Seção
1 (cm) (cm)
1 5,43 11,63
2 5,84 11,6175
3 5,62 11,63
4 5,61 11,415
Média 5,625 11,573125

5.2 Umidade

Foi realizada também a medida das umidades do corpo de prova, com a utilização do
higrômetro. Para os corpos de prova ensaiados, as umidades foram determinadas e
apresentadas nas tabelas a seguir:

Tabela 5.2.1 - Umidade da peça C1

C1
Medida Umidade
1 14,1
2 18,4
3 14,9
4 16,6
5 15,6
6 16,7
MÉDIA 16,05

12
Tabela 5.2.2 - Umidade da peça C2

C2
Medida Umidade
1 23,3
2 22,1
3 20,1
4 22
5 24,7
6 21,4
MÉDIA 22,27

Tabela 5.2.3 - Umidade da peça P2

P2
Medida Umidade
1 15,4
2 12,2
3 13,3
4 12
5 11,6
6 12,1
MÉDIA 12,77

Tabela 5.2.4 - Umidade da peça P4

P4
Medida Umidade
1 18,7
2 8
3 10,4
4 13,7
5 10,7
6 10,8
MÉDIA 12,05

13
Tabela 5.2.5 - Umidade da peça G1

G1
Medida Umidade
1 14,2
2 13,3
3 14,5
4 15,1
5 15,3
6 15,2
MÉDIA 14,60

Tabela 5.2.6 - Umidade da peça G3

G3
Medida Umidade
1 10,7
2 11,4
3 10,9
4 11,8
5 10,7
6 10,4
MÉDIA 10,98

5.3 Deslocamento vertical medido com o auxílio do transdutor de deslocamento

Durante o ensaio, aferiu-se os valores deslocamento vertical (flecha) no meio do vão


da viga com o uso do transdutor de deslocamento e esse está apresentado nas Tabelas a
seguir:
Tabela 5.3.1 – Deslocamento vertical VIGA C1

VIGA C1-MAIOR INERCIA


L(cm)= Dimensões médias
280 (cm)= 9,45 X 4,79 I (cm4) 336,8601928
∆p [kgf] p acum. [Kgf] f acum. (cm) ∆f (cm)
8,0 8,0 0,1056 0,1056
8,0 16,0 0,2053 0,0997
8,0 24,0 0,3091 0,1038
8,0 32,0 0,4113 0,1022
8,0 40,0 0,5178 0,1065
8,0 48,0 0,6197 0,1019

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Tabela 5.3.2 - Deslocamento vertical VIGA C1
VIGA C1-MENOR INERCIA
L(cm)= Dimensões médias
280 (cm)= 9,45 X 4,79 I (cm4) 85,63216122
∆p [kgf] p acum. [Kgf] f acum. (cm) ∆f (cm)
8,0 8,0 0,3578 0,3578
8,0 16,0 0,725 0,3672
8,0 24,0 1,093 0,368
8,0 32,0 1,46 0,367
8,0 40,0 1,828 0,368
8,0 48,0 2,199 0,371

Tabela 5.3.3- Deslocamento vertical VIGA C2

VIGA C2-MAIOR INERCIA


Dimensões médias
L(cm)=280 (cm)=9,98 X 4,67 I (cm4)= 386,8363336
∆p [kgf] p acum. [Kgf] f acum. (cm) ∆f (cm)
8,0 8,0 0,1031 0,1031
8,0 16,0 0,2009 0,0978
8,0 24,0 0,2997 0,0988
8,0 32,0 0,3966 0,0969
8,0 40,0 0,4941 0,0975
8,0 48,0 0,5956 0,1015

Tabela 5.3.4- Deslocamento vertical VIGA C2

VIGA C2-MENOR INERCIA


Dimensões médias
L(cm)=280 (cm)=9,98 X 4,67 I (cm4)= 84,70322323
∆p [kgf] p acum. [Kgf] f acum. (cm) ∆f (cm)
8,0 8,0 0,3994 0,3994
8,0 16,0 0,8016 0,4022
8,0 24,0 1,204 0,4024
8,0 32,0 1,607 0,403
8,0 40,0 2,007 0,4
8,0 48,0 2,414 0,407

Tabela 5.3.5- Deslocamento vertical VIGA P2

VIGA P2-MAIOR INERCIA


L(cm)= Dimensões médias
280 (cm)=9,98 X 5,38 I (cm4) 445,6487097
∆p [kgf] p acum. [Kgf] f acum. (cm) ∆f (cm)
8,0 8,0 0,1959 0,1959
8,0 16,0 0,3991 0,2032
8,0 24,0 0,5984 0,1993
8,0 32,0 0,7966 0,1982
8,0 40,0 0,9978 0,2012
8,0 48,0 1,196 0,1982

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Tabela 5.3.6- Deslocamento vertical VIGA P2

VIGA P2-MENOR INERCIA


L(cm)= Dimensões médias
280 (cm)=9,98 X 5,38 I (cm4) 129,5078585
∆p [kgf] p acum. [Kgf] f acum. (cm) ∆f (cm)
8,0 8,0 0,1031 0,6384
8,0 16,0 0,2009 1,293
8,0 24,0 0,2997 1,966
8,0 32,0 0,3966 2,638
8,0 40,0 0,4941 3,321
8,0 48,0 0,5956 3,995

Tabela 5.3.7- Deslocamento vertical VIGA P4

VIGA P4-MAIOR INERCIA


Dimensões médias
L(cm)= 280 (cm)=9,96 X 4,98 I (cm4) 410,0398934
∆p [kgf] p acum. [Kgf] f acum. (cm) ∆f (cm)
8,0 8,0 0,1478 0,1478
8,0 16,0 0,305 0,1572
8,0 24,0 0,46 0,155
8,0 32,0 0,6203 0,1603
8,0 40,0 0,7722 0,1519
8,0 48,0 0,9278 0,1556

Tabela 5.3.8- Deslocamento vertical VIGA P4

VIGA P4-MENOR INERCIA


Dimensões médias
L(cm)= 280 (cm)=9,96 X 4,98 I (cm4) 102,5099734
∆p [kgf] p acum. [Kgf] f acum. (cm) ∆f (cm)
8,0 8,0 0,5847 0,5847
8,0 16,0 1,178 0,5933
8,0 24,0 1,768 0,59
8,0 32,0 2,363 0,595
8,0 40,0 2,975 0,612
8,0 48,0 3,568 0,593

Tabela 5.3.9- Deslocamento vertical VIGA G3

VIGA G3-MAIOR INERCIA


L(cm)= Dimensões médias
280 (cm)=11,57 X 5,63 I (cm4) 726,653259
∆p [kgf] p acum. [Kgf] f acum. (cm) ∆f (cm)
8,0 8,0 0,04719 0,04719
8,0 16,0 0,09281 0,04562
8,0 24,0 0,1366 0,04379
8,0 32,0 0,1831 0,0465
8,0 40,0 0,2278 0,0447
8,0 48,0 0,2769 0,0491

16
Tabela 5.3.10- Deslocamento vertical VIGA G3

VIGA G3-MENOR INERCIA


L(cm)= Dimensões médias
280 (cm)=11,57 X 5,63 I (cm4) 172,0589616
∆p [kgf] p acum. [Kgf] f acum. (cm) ∆f (cm)
8,0 8,0 0,1889 0,1889
8,0 16,0 0,3797 0,1908
8,0 24,0 0,5709 0,1912
8,0 32,0 0,76 0,1891
8,0 40,0 0,9497 0,1897
8,0 48,0 1,138 0,1883

Tabela 5.3.11- Deslocamento vertical VIGA G1

VIGA G1-MAIOR INERCIA


Dimensões médias
L(cm)= 280 (cm)=11,28 X 5,31 I (cm4) 635,0977498
∆p [kgf] p acum. [Kgf] f acum. (cm) ∆f (cm)
8,0 8,0 0,03375 0,03375
8,0 16,0 0,06938 0,03563
8,0 24,0 0,1069 0,03752
8,0 32,0 0,1434 0,0365
8,0 40,0 0,1784 0,035
8,0 48,0 0,2156 0,0372

Tabela 5.3.12- Deslocamento vertical VIGA G1

VIGA G1-MENOR INERCIA


Dimensões médias
L(cm)= 280 (cm)=11,28 X 5,31 I (cm4) 140,7380135
∆p [kgf] p acum. [Kgf] f acum. (cm) ∆f (cm)
8,0 8,0 0,1416 0,1416
8,0 16,0 0,2906 0,149
8,0 24,0 0,4388 0,1482
8,0 32,0 0,5872 0,1484
8,0 40,0 0,735 0,1478
8,0 48,0 0,8834 0,1484

Com os dados da tabela plotaremos os gráficos de carga x deformação e dos dados do


gráfico obteremos o módulo de elasticidade através da Equação 4.

17
600 DESLOCAMENTO VERTICAL( TRANSDUTOR DE DESLOCAMENTO)

500
480.0

C1(MAIOR INERCIA)
400 400.0 C1(MENOR INERCIA)
C2(MAIOR INERCIA)
320.0 C2(MENOR INERCIA)
300
Carga(N)

P2(MAIOR INERCIA)
240.0
P2(MENOR INERCIA)
200
P4(MAIOR INERCIA)
160.0
P4(MENOR INERCIA)
100 G3(MAIOR INERCIA)
80.0
G3(MENOR INERCIA)
G1(MAIOR INERCIA)
0 0
0 0.5 1 1.5 2 G1(MENOR INERCIA)3
2.5

-100
DESLOCAMENTO (Cm)

Após a elaboração do gráfico e com o auxílio da Equação 4 e Equação 5 e dos dados


coletados durante o ensaio e apresentados nas tabelas anteriormente, calculou-se os valores
do módulo de elasticidade em MPa, para a trena, e estão apresentados na tabela a seguir:
Tabela 5.3.4 - Resultados
Madeira I(cm4) Tg α U(%) E (Mpa) E12(Mpa)
C1(maior) 336,8602 775,19 16,05 10524,2541 11376,72
C1(menor) 85,63216 218,06 16,05 11645,87058 12589,19
C2(maior) 386,8363 805,91 22,27 9527,789266 11484,8
C2(menor) 84,70322 198,89 22,27 10738,55554 12944,25
P2(maior) 445,6487 400,76 12,77 4112,676704 4176,012
P2(menor) 129,5079 810,22 12,77 28611,43853 29052,05
P4(maior) 410,0399 517,35 12,05 5770,204407 5775,975
P4(menor) 102,51 134,52 12,05 6001,414105 6007,416
G1(maior) 635,0977 2217,2 14,6 15966,03778 16796,27
G1(menor) 140,738 541,35 14,6 17591,36667 18506,12
G3(maior) 726,6533 1746,7 10,98 10993,1955 10768,93
G3(menor) 172,059 421,38 10,98 11200,29542 10971,81

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5.4 Deslocamento vertical e módulo de elasticidade medido com o auxílio da trena

Durante o ensaio, aferiu-se os valores deslocamento vertical (flecha) no meio do vão da


viga com o uso da trena e esse está apresentado na Tabela 5.4.1 a seguir:
Tabela 5.4.1- Deslocamento vertical via trena
Carregamento (cm)
Viga 0 Kg 48 Kg
C1(maior) 0 -0,60
C1(menor) 0 -2,10
C2(maior) 0 -0,80
C2(menor) 0 -2,40
P2(maior) 0 -1,40
P2(menor) 0 -4,20
P4(maior) 0 -0,90
P4(menor) 0 -3,50
G1(maior) 0 -0,30
G1(menor) 0 -0,90
G3(maior) 0 -0,20
G3(menor) 0 -1,30

Com os dados da tabela plotaremos os gráficos de carga X deformação e dos dados do


gráfico obteremos o módulo de elasticidade através da Equação 4.

DESLOCAMENTO VERTICAL (TRENA)


500

450
G1(MAIOR)
400
G1(MENOR)
350 P4(MAIOR)

300 P4(MENOR)
cARGA(N)

P2(MAIOR)
250
P2(MENOR)
200
G3(MAIOR)
150 G3(MENOR)

100 C2(MAIOR)
C2(MENOR)
50
C1(MAIOR)
0 C1(MENOR)
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5
DESLOCAMENTO VERTICAL(CM)

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Após a elaboração do gráfico e com o auxílio da Equação 4 e da Equação 5 e dos dados
coletados durante o ensaio e apresentados nas tabelas anteriormente, calculou-se os valores
do módulo de elasticidade em MPa, para a trena, e estão apresentados na tabela a seguir:

Tabela 5.4.2 - Resultados


Madeira ΔL(cm) P(N) I(cm4) Tg α U(%) E (Mpa) E12(Mpa)
C1(maior) 0,60 480 336,8602 800 16,05 10861,08 11740,83
C1(menor) 2,10 480 85,63216 228,5714 16,05 12207,25 13196,04
C2(maior) 0,80 480 386,8363 600 22,27 7093,439 8550,432
C2(menor) 2,40 480 84,70322 200 22,27 10798,49 13016,5
P2(maior) 1,40 480 445,6487 342,8571 12,77 3518,466 3572,651
P2(menor) 4,20 480 129,5079 114,2857 12,77 4035,791 4097,942
P4(maior) 0,90 480 410,0399 533,3333 12,05 5948,473 5954,421
P4(menor) 3,50 480 102,51 137,1429 12,05 6118,429 6124,547
G1(maior) 0,30 480 635,0977 1600 14,6 11521,59 12120,71
G1(menor) 0,90 480 140,738 533,3333 14,6 17330,86 18232,07
G3(maior) 0,20 480 726,6533 2400 10,98 15104,87 14796,73
G3(menor) 1,30 480 172,059 369,2308 10,98 9814,167 9613,958

6. CONCLUSÃO

Ao final do experimento podemos notar uma diferença entre o módulo de elasticidade


obtido através do transdutor de deslocamento e o módulo de elasticidade medido através
da trena. Isso se dá pelo fato da precisão dos dois métodos não ser a mesma, ou seja, o
método da trena é mais impreciso. Outro fator que pode ser levado em consideração é a
possibilidade de alguns dados terem sido anotados incorretamente, ocasionando maiores
desvios entre os resultados.

Em geral, os resultados obtidos no ensaio foram satistatórios, conclui-se que apesar de


ser uma atividade de caráter didática, exemplifica bem a forma que é realizada um ensaio de
flexão da madeira, dentro dos limites de precisão dos métodos utilizados. Ainda, os dois
métodos apresentaram desvios relativamente pequenos se considerar a precisão de cada
um, portanto, o método da trena pode ser utilizado em casos onde queira obter um
resultado de forma rápida, aproximada e econômica.

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7. REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 7190: Projeto de


Estruturas de Madeira. Rio de Janeiro: ABNT, 1997.

PFEIL, W.; PFEIL, M.; Estruturas de Madeiras. Ed. LTC,6., Rio de Janeiro, 2003.

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