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MONILÍASE DO CACAUEIRO

PAULO ALBUQUERQUE / FFA-CEPLAC

 
Asha Ram, Ph.D; Raúl R. Valle, Ph.D; Yeirme J.S. M.S.
&
Harry C. Evans, Ph.D
Estados
produtores de
cacau no Brasil
Região Cacaueira
Bahia

Bahia
• Cacaueiros em monocultura
• 400.000 ha

• Clima Favorável
• 22-25 oC
• 1.500mm Chuva/ano

• Pouca variabilidade Genética


Introdução da vassoura-de-bruxa na Bahia:
Impactos

⮚Introdução da doença em 1989


⮚Após 8 anos da entrada da doença
⮚Infecção de ≈ 400.000 ha: Materiais genéticos
suscetíveis
⮚26.000 propriedades existentes
⮚60% foram abandonadas
⮚Desvalorização das propriedades rurais
Introdução da vassoura-de-bruxa na Bahia:
Impactos

⮚Descapitalização dos produtores


⮚Impactos na produção: redução de 450.000
ton/ano para 150.000 ton/ano
⮚Impacto Social: aproximadamente 250.000
trabalhadores rurais desempregados
⮚Impacto Ambiental: Devastação da Mata
Atlântica
Ações Governamentais
⮚ Criação de programa para recuperação de 300.000
ha de cacaueiros
⮚ Criação de um fundo federal e estadual:
▪ R$ 500.000.000,00
⮚CEPLAC :
▪ Desenvolvimento de clones de alta produtividade
e resistentes a vassoura-de-bruxa
▪ Treinamento de > 20.000 produtores e técnicos
▪ Poda fitossanitária
▪ Clonagem
Ações Governamentais:

▪ Manejo integrado da vassoura-de-bruxa


▪ Implantação de jardins clonais
▪ Implantação de uma Biofábrica
▪ Promover diversificação rural no Sul da Bahia
▪ Interação da CEPLAC com outras instituições de
pesquisa nacionais e internacionais
Monília e
vassoura-de-
bruxa do
cacaueiro na
América do Sul
Origem da Monilíase
1817: Norte de Santander
(Colômbia)

Magdalena 1851: Centro de Antioquia


Medio
(Colômbia)

Grande diversidade
genética de M. roreri na
região médio magdalena

(Phillips y Wilkinson, 2007)


2005
Distribution of Monilia in Peru
Distribuição da monilíase na Colômbia

Leticía
Distribuição da monilíase na Colômbia
Monilíase
Moniliophthora roreri

• Sintomas
PRIMEROS SÍNTOMAS MONILIA

ISLA VERDE MARCHITEZ DEFORMACIONES


FRUTOS < 70 DIAS

PUNTOS
ACEITOSOS
FRUTOS > 70
DIAS
Pseudostroma Massa de esporos
formada após 3 dias
SINTOMAS ATÍPICOS

A Y B- ISLA VERDE
C- HUNDIMIENTO SIN
ESPORULACIÓN
D - MARCHITEZ
E- ISLA AMARILLA
F-MADUREZ
PREMATURA
Monilíase Podridão-parda
Vassoura-de-bruxa Podridão-parda

Monilíase Vassoura-de-bruxa
Esporulação de M. roreri na liteira
A B
Moniliophthora roreri
Fungo: Basidiomycetes
COLONIAS DE Moniliophthora roreri
Moniliophthora roreri
Micélio de Moniliophthora roreri
CICLO DA DOENÇA
Dispersão Pelo Homem

Man traveling from free

monilia areas to monilia

infected areas Area


Free

monilia infected

areas with

monilia
Monilíase

• Métodos de controle
COMPONENTES DO CONTROLE INTEGRADO DE
DOENÇAS DO CACAUEIRO
CONTR CONTR
OLE OLE
CULTU GENÉTI
RAL CO

MANEJO INTEGRADO
DA DOENÇA

CONTR CONTR
OLE OLE
QUÍMI BIOLÓ
CO GICO
MANEJO INTEGRADO É UM
CONJUNTO DE PRÁTICAS:

• CULTURAIS
• FITOSSANITÁRIAS
• GENÉTICAS
• BIOLÓGICAS
• QUÍMICAS
PRÁTICAS CULTURAIS
OBJETIVOS:

• Reduzir a incidência de Monilíase, Vassoura-


de-bruxa e Podridão-parda
• Aumentar a Produtividade
• Recuperação das Plantações de Cacaueiro
PRÁTICAS CULTURAIS

QUANDO E COMO FAZER?

Parte do sucesso do manejo integrado


depende da realização das práticas culturais
de maneira correta e na época adequada.
MANEJO DE SOMBRA
Manejo Apropiado Manejo
Inapropiado
Podas
FORMACIÓN

MANTENIMIENTO
MANEJO DE ALTURA
PRÁTICAS
FITOSSANITÁRIAS

• Remoção de frutos
infectados
PRÁTICAS
FITOSSANITÁRIAS

• Amontoar e pulverizar
os frutos infectados
com uréia a 15%.
MANEJO CULTURAL DE MONILIA EN HIBRIDOS DE CACAO.
LEBRIJA, SANTANDER 1991
CONTROLE QUÍMICO DE MONÍLIA,
VASSOURA-DE-BRUXA E PODRIDÃO-PARDA

Alguns Critérios Importantes:


• Para ter uma plantação produtiva é necessário
realizar as práticas do manejo integrado.
• O controle químico é um componente do manejo
integrado.
• O controle químico é recomendado em plantações
que compensem os custos dessa prática.
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES SOBRE
O CONTROLE QUÍMICO

• O que aplicar? (Tipo de fungicida)


• Quanto aplicar? (Dosagem)
• Quando aplicar? (Época)
• Onde aplicar? (Parte da planta)
• Como aplicar? (Tecnologia de aplicação)
Tipo de fungicida

• Eficiente e barato
• Facilmente disponível
• Formulação
• Prático na sua manipulação
• Qualidade
Controle químico da monilíase do
Cacaueiro
(La Lola, CATIE, Turrialba, Costa Rica)

Média de frutos infectados


com monilíase (%)
Tratamento
I II
Semestre Semestre

Daconil + Oxicloreto de cobre -15 dias 18.5 8.3


Daconil + Oxicloreto de cobre -30 dias 21.5 12.3
Oxicloreto de cobre - 30 dias 16.4 14.1
Controle 57.2 33.4
CONTROL QUÍMICO
CONTROL DE LA MONILIASIS EN
HÍBRIDOS (Santander, CORPOICA)

CULTURAL: Remoción de frutos enfermos cada semana

QUIMICO: Dos aplicaciones de Oxido Cuproso 12 g/L


cada 20 días durante etapa de cuajamiento
(Arguello 1995)
CONTROL QUÍMICO
Comportamiento de cuatro modelos de manejo de Monilia en clones* de 8
años.
Periodo mayo 2005 - junio de 2008

x
TRATAMIENT x x %
FRUTOS
O Kg/ha/año MONILIA
/ARBOL
T. 1 2476 7 47
T. 2 2143 16 45
T. 3 2070 16 44
T. 4** 2331 6 43
TESTIGO 1507 36 42
* Índice de Mazorca: 17
** Oxicloruro de Cobre de mayo a julio y de noviembre a enero cada 15 días, 10
g/L. 12 Aplicaciones
Época de aplicação
• Em condições favoráveis para a
enfermidade.
• Antes do pico da enfermidade.
• Sincronizado com a floração,
frutificação e esporulação.
• Intervalo de aplicação (30 a 60 dias).
Modo de Aplicação

• Em toda a parte aérea da planta


• Acompanhando tronco e ramos
Tecnologia de Aplicação

• Preparo da calda
• Tipo de pulverizadores
• Calibração:
● Pulverizador
● Operador
Aplicação de fungicida
com pulverizador manual

Aplicação de fungicida
com pulverizador
motorizado
Efeito da época da aplicação de fungicida
Controle Biológico

Uso de Endofíticos
Theobroma cacao no centro de
origem: alto do rio Amazonas
a. Field isolation b. Inoculum production c. Seed inoculation

f. Re-isolation e. Seedling dissection d. Seedling development

Avaliação do Potencial de Controle


Avaliação do Potencial de Controle
CONTROL BIOLÓGICO

A Y B – Trichoderma ssp.

C – Hongo sin identificar

D, E Y F – Larva de
lepidóptero consumiendo
micelio y esporas.
CONTROL BIOLÓGICO

A, B y C – Clonostachys roseum
CONTROL GENÉTICO

SEVERIDAD INTERNA
Escala del Porcentaje de daño que define la severidad
Interna. Índice de Severidad Interna (I.SI) Octava Semana

0: Mazorca sana
1: 1 - 10 % de daño
2: 21-40 % de daño
3: 41-60 % de daño
4: 61-80 % de daño
5: 81-100 % de daño
CONTROL GENÉTICO

CALIFICACIÓN DE LOS
MATERIALES
ÍNDICE DE SEVERIDAD
INTERNA (ISI)
Octava Semana
Phillips-Mora et al (2005)

CALIFICACION (SI) RANGO


Resistente 0 – 1.25
Moderadamente Resistente 1.26 – 2.50
Moderadamente Susceptible 2.51 -3.75
Susceptible 3.76 – 5.0
CONTROL GENÉTICO
con la localidad y susceptibilidad a M. roreri a la 8
Clasificación de materiales introducidos de acuerdo

COMPORTAMIENTO
Clasificación
CLONES LLANOS RIONEGRO SAN VICENTE según la
(300 msnm) (400 msnm) (900 msnm) literatura

ICS 95 R R R MR*
CCN 51 R MR MR MS*;MR**
ICS 39 MR S MR S*;S**
TSH 565 MS S S S*;S**;S***
IMC 67 MR S S S*
EET 8 - S MS S*
UF 613 - S MR -
ICS 1 - S MS S*;S**;S***
CAP 34 - S - S*
ICS 60 - S - S*
ICS 40 - S - S*
semana

TSH 812 - MS - -
ICS 6 - - MS -
CONTROL GENÉTICO
CLON COMPORTAMIENT CLON COMPORTAMIENT
Clasificación de materiales regionales de acuerdo con la

O O
SCC 61 MR**;S*** CAU 37 R*
localidad y susceptibilidad a M. roreri a la 8 semana

SCC 52 MS*** CAU 39 R*;MS**


SCC 56 MS*** CAU 43 R*; MR**
SCC 64 MS*** FLE 2 MR*
SCC 41 MS*** FLE 3 MR*
SCC 76 MS*** FSA 12 MR*
SCC 91 MS*** FEAR 5 MR*
SCC 45 S*** FEAR 12 MR*
SCC 46 S*** FSA 11 MS*
SCC 70 S*** FSA 13 MS*
SCC 77 S*** FTA 2 MS*
SCC 79 S*** F 302 MS*
SCC 80 S*** FTA 1 S*

* Llanos (300 msnm); ** San Vicente de Chucuri (900 msnm); *** Rionegro
(400 msnm).
SE: 2,29
SI: 2,61
SE:
SE: 2,76
2,76
SI:
SI: 3,35
3,35

SE: 1,54
SI: 0,31
SE:
SE: 2,55
2,55
SI:
SI: 3,40
3,40
CONTROL GENÉTICO

SE: 0,96
SI: 1,17

SE:
SE: 2,24
2,24
SI:
SI: 2,1
2,1
CONTROL GENÉTICO

MATERIALES CON BAJO


GRADO DE
CCN 51
ESPORULACIÓN
(RESISTENCIA PARCIAL
A MONILIA)

ICS 95
CONTROL GENÉTICO

MATERIALES CON ALTO GRADO DE


ESPORULACIÓN

TSH 565 ICS 39 MON 1


Monilíase

• Medidas preventivas
Medidas Preventivas no Brasil

⮚Prospecções e inspeção fitossanitária nas


regiões fronteiriças com o Peru, Colômbia e
Bolívia (Acre, Rondônia e Amazonas)

⮚Implantação de postos de inspeção


fitossanitária em rodovias, portos e
aeroportos da Amazônia
Medidas Preventivas no Brasil

⮚Adoção de medidas quarentenárias

⮚Treinamento de técnicos e produtores


sobre os sintomas e medidas de controle da
monilíase do cacaueiro
Colômbia Rivera- Ano 2011
MONÍLIA DO CACAUEIRO

ASHA RAM, Ph. D.

RAÚL RENÉ VALLE, Ph. D.

ENRIQUE ARÉVALO GARDINI, M.Sc.


FUNDAÇÃO CARGILL / CEPLAC

2004
EVITE A INTRODUÇÃO DA MONÍLIA DO
CACAUEIRO (Moniliophthora roreri) NO BRASIL

CEPLAC/CEPEC - ILHÉUS/ BA
SFA/SEDESA/CDSV/AM
MANAUS-AMAZONAS
2006
Alta produtividade em plantação tecnicamente conduzida
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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