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TERMO DE REFERÊNCIA

DRENAGEM PLUVIAL E
OLEOSA

November 8, 2023
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HISTÓRICO DE REVISÕES

REV DATA ELAB. APROV. COMENTÁRIOS


00 05/04/2023 MRJ LSF Emissão Inicial
01 05/06/2023 MRJ LSF Inserido o item 3.2.3
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ÍNDICE
1 OBJETIVO........................................................................................................................... 5
2 ELEMENTOS PARA O PROJETO......................................................................................5
2.1 Estudos Topográficos................................................................................................... 5
2.2 Estudos geotécnicos..................................................................................................... 5
2.3 Área de Contribuição da Bacia.....................................................................................5
3 ESTUDO HIDROLÓGICO................................................................................................... 6
3.1 Metodologia.................................................................................................................. 6
3.2 Dimensionamento hidráulico......................................................................................10
3.3 Documentos a serem gerados no projeto...................................................................13
4 DRENAGEM OLEOSA...................................................................................................... 15
4.1 Escopo de atividades.................................................................................................. 15
4.2 Normas Aplicáveis...................................................................................................... 15
4.3 Bacia de Contenção................................................................................................... 15
4.4 Caixa separadora de água e óleo...............................................................................15
4.5 Dispositivos de supressão de chama.........................................................................16
4.6 Documentos gerados para projeto..............................................................................16
4.6.1 Desenho............................................................................................................. 16
4.6.2 Memória de Cálculo............................................................................................ 16
4.7 Anexos........................................................................................................................ 18

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1 OBJETIVO
A drenagem consiste na execução de projeto executivo com escavação e preparação das valas
por onde a água deverá passar pelas valetas definidas em projeto executivo.

A drenagem deve ser realizada no sentido de direcionar o fluxo da água em torno dos platôs da
estrutura fotovoltaica e proteger o entorno para que não haja danos para as propriedades
vizinhas.

2 ELEMENTOS PARA O PROJETO


Parâmetros e condicionantes de projeto – Os projetos deverão ser elaborados, com base em
parâmetros recomendados em normativos técnicos e/ou adotados pela HELEXIA, relevados os
aspectos ambientais, sendo:

2.1 Estudos Topográficos


Para a elaboração do projeto de drenagem, faz-se necessário levantamento planialtimétrico
cadastral, com malha quadrada de 10 x 10m e indicação de curvas de nível com intervalo de
0,50m em planta na escala 1:500.
O referido levantamento deve ser atualizado com indicação de movimentações de terra, os
taludes (de corte e aterro) demandados na implantação das estruturas do empreendimento em
formato digital.
O levantamento planialtimétrico deve contemplar também toda a propriedade, incluindo
cadastrando todos os acidentes topográficos existentes; indicando os limites da propriedade,
contendo seções transversais de 20 em 20 metros, eixos de estradas, cercas, onde o
levantamento deve contemplar a área até o limite da rodovia que margeia a propriedade.

Deve ser realizada uma aerofotogrametria com georreferenciamento das bacias hidrográficas
adjacentes que venham a contribuir na área da UFV.

2.2 Estudos geotécnicos


As sondagens de simples reconhecimento a percussão com ensaio padronizado de penetração
SPT e amostragem ao longo do decurso do sub-solo com classificação táctil visual, devem ser
incluídas e analisadas para a elaboração da memória de cálculo.

Inserir os boletins de Sondagens no Anexo da Memória de Cálculo

2.3 Área de Contribuição da Bacia


A determinação das “Bacias de Contribuição” são definidas à partir da seção de controle ou
ponto de exutório, essas áreas devem ser definidas através da proposição dos dispositivos e
da topografia do terreno. Esta etapa é fundamental para definição das descargas de projeto
que orientarão o dimensionamento dos dispositivos.

2.3.1 Características físicas do local estudado

 Descrição geográfica

Descrever o município, estado, população, área territorial e coordenadas geográficas


com indicação da Latitude Sul e Longitude Oeste.

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 Figura com a localização da UFV no mapa do Estado

 Figura com a bacia hidrográfica da região em estudo

 Descrever a bacia hidrográfica onde o município está contido.

2.3.2 Dados Pluviométricos

A partir da definição da estação pluviométrica, processar os dados de forma a extrair as


informações para a análise e apresentar:

 Histograma de chuvas máximas, médias e mínimas

 Histograma de Chuvas mensal máxima e mínima

 Histograma de número de dias de chuva máxima, média e mínima

 Histograma de chuva total anual.

3 ESTUDO HIDROLÓGICO
Os estudos tem como objetivo avaliar as características da hidrologia da região, de forma a
obter dados pertinentes para o desenvolvimento dos projetos executivos de drenagem. Neste
capítulo deve ser apresentada a caracterização pluviométrica e hidrológica da região, a
determinação das descargas máximas prováveis, resultantes das áreas de contribuição aos
diversos dispositivos de drenagem, e também, a avaliação do escoamento superficial de
regime permanente ou intermitente, definindo as vazões de contribuição, essenciais ao
dimensionamento hidráulico dos componentes do sistema de drenagem

3.1 METODOLOGIA

3.1.1 Intensidade da Chuva de projeto (mm por hora)


Deve ser utilizada a equação de chuva mais próxima do local de instalação da Usina e elaborar
a curva IDF (gráfico intensidade x duração).

a
K x TR
i m= c
(t+b)
Onde:

im → intensidade máxima média de chuva (mm.h-1);


TR → período de retorno (anos);
t → duração da chuva (minutos);
k, a, b e c → parâmetros relativos à cada localidade, a serem estimados..

Determinar a distribuição da chuva no tempo

Determinar a duração da chuva com o intuído de gerar o maior pico de vazão possível. Para
isso,

A discretização temporal da chuva de projeto deve ser de um minuto, com os períodos de


retorno de 5, 25, 50 e 100 para a verificação da duração crítica da chuva de projeto.

3.1.2 Tempo de Retorno (TR):

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Deverá ser feita uma análise de risco e econômica que possibilite adotar o valor mais
adequado, nunca inferior a 50 (cinquenta) anos.

3.1.3 Tempo de Concentração (tc):


É o intervalo de tempo entre o início da precipitação e o instante em que toda a bacia contribui
para a vazão na seção estudada.

Considerando que a metodologia adotada para o cálculo da vazão de projeto é o Método


Racional. onde supõe-se o tempo de duração da chuva (td) igual ao tempo de concentração da
bacia (tc), conforme comentado acima. O tempo de concentração será calculado pela fórmula
de Kirpich:

tc=57 x ¿
Onde:
tc - tempo de concentração (em min);
L - comprimento do curso d’água principal da bacia (em km);
H - diferença de elevação entre o ponto mais remoto da bacia e o exutório (em m).

Será considerado nesse projeto que o tempo de duração da chuva para aplicação do método
racional seja limitado a um valor mínimo de 6 min. Assim, em pequenas bacias, quando se
obtiverem valores menores, esse mínimo será dotado.

3.1.4 Coeficientes de escoamento superficial (deflúvio ou Run Off - C)


O coeficiente “C” de escoamento superficial é também conhecido como coeficiente de runoff ou
coeficiente de deflúvio.

Por definição coeficiente de runoff é a razão entre o volume total de escoamento superficial no
evento e o volume total precipitado (Tucci, RBRH,2000).

A escolha do coeficiente “C” necessita de experiência e julgamento por parte do calculista.


Deverão ser verificadas as fotos aéreas e inspeções locais.
O coeficiente de runoff depende também do solo, pois a infiltração decresce enquanto que a
chuva contínua, dependendo das condições do solo. Influencia também o grau de compactação
do solo, porosidade do subsolo, vegetação, declividade e depressões onde a água pode
armazenar.

O coeficiente ideal é aquele que se levou em consideração a maior quantidade de fenômenos


que influenciam no valor de “C”.

Fatores que influenciam no coeficiente C:

 Porcentagem da área impermeável


 Características do solo
 Duração da chuva
 Intensidade da chuva
 Forma da área de drenagem
 Capacidade de campo da camada de solo
 Declividade da bacia
 Freqüência escolhida
 Uso do solo e características
 Armazenamento de água na superfície do solo
 Interceptação

Para a determinação do coeficiente C, podem usar as tabelas de Wilken,1978 ou realizar o


dimensionamento utilizando os resultados do ensaio de infiltração de duplo anel:

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3.1.4.1 Tabelas de coeficiente de Runoff:


Tabela 1: DNIT

Características da superfície Coeficiente de


escoamento
Revestimento de concreto de cimento portland 0,70 – 0,90
Revestimento betuminoso 0,80 – 0,95
Revestimento primário 0,40 – 0,60
Solos sem revestimento com baixa permeabilidade 0,40 – 0,65
Solos sem revestimento com permeabilidade moderada 0,10 – 0,30
Taludes gramados 0,50 – 0,70
Prados e campinas 0,10 – 0,40
Áreas florestais 0,10 – 0,25
Terrenos cultivados em zonas altas 0,15 – 0,40
Terrenos cultivados em vales 0,10 – 0,30

3.1.4.2 Método SCS – Número da curva (CN)


Chuva efetiva sem dados de vazão. Disponibilidade somente de hietograma. Método para
pequenas bacias (A < 100 km²) e homogêneas.

3.1.4.2.1 Capacidade mínima de infiltração no solo


(McCuen, 1998) apresenta uma classificação dos quatro grupos A,B, D e E conforme Tabela
abaixo mostrando a capacidade mínima de infiltração conforme o grupo do solo

Grupo Capacidade mínima de infiltração Média


de solo (mm/h)
A 7,62 a 11,43 9,53
B 3,81 a 7,62 5,72
C 1,27 a 3,81 2,54
D 0 a 1,27 0,64
Fonte: (McCuen, 1998)

3.1.4.2.2 Tabelas do número CN da curva de runoff


O número da curva de runoff ou seja do escoamento superficial é CN também é um índice que
representa a combinação empírica de três fatores: grupo do solo, cobertura do solo e
condições de umidade antecedente do solo (McCuen, 1998). Existem tabelas do número CN da
curva de runoff para bacias rurais e para bacias urbanas. Os valores CN obtidos poderão ou
não serem corrigidos posteriormente caso a situação do solo seja seca ou ter havido muita
chuva.

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Uso do solo Superfície do solo Grupo do solo


A B C D
Com sulcos retilíneos 77 86 91 94
Solo Lavado
Em fileiras retas 70 80 87 90
Em curvas de nível 67 77 83 87
Plantações
Terraceamento em nível 64 76 84 88
regulares
Em Fileiras retas 64 76 84 88
Em curvas de nível 62 74 82 85
Plantações de
Terraceamento em nível 60 71 79 82
cerais
Em Fileiras retas 62 75 83 87
Em curvas de nível 60 72 81 84
Plantações de Terraceamento em nível 57 70 78 89
legumes ou Pobres 68 79 86 89
cultivados Normais 49 69 79 94
Boas 39 61 74 80
Pobres, em curvas de nível 47 67 81 88
Pastagens Normais, em curvas de nível 25 59 75 83
Boas, em curvas de nível 6 35 70 79
Normais 30 58 71 78
Campos Esparsas, de baixa transpiração 45 66 77 83
permanentes Normais 36 60 73 79
Densas, de alta transpiração 25 55 70 77
Chácaras Normais 56 75 86 91
Estradas de terra Más 72 82 87 89
De superfície dura 74 84 90 92
Muito esparsas, baixa transpiração 56 75 86 91
Florestas Esparsas 46 68 78 84
Densas, de alta transpiração 26 52 62 69
Normais 36 50 70 76
(Fonte Tucci et al, 1993)

Cálculo do coeficiente de Runoff c pelo método do Engenheiro Plínio Tomaz.

Com base nos estudos da cidade de Columbus, Ohio, o professor Plínio Tomaz definiu a
equação do coeficiente Runoff (C) em função de CN:

C = 0,02082 x CN – 1,147

R2= 0,99 e variando CN de 68 a 98 e variando entre 0,29 e 0,94

3.1.5 Cálculo das Vazões

3.1.5.1 Delimitação das bacias

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Em função da topografia local após terraplanagem, delimitar as bacias e apresentar em uma


Figura.

Deve ser realizada uma análise macro de onde a Usina está inserida, para avaliar as
contribuições externas.

3.1.5.2 Talvegues e Desníveis


Partindo do limite de cada bacia e sua topografia final, traçar os talvegues levando em conta o
maior caminho possível a ser percorrido pelo deflúvio antes da sua descarga final. O desnível
será obtido subtraindo a cota final da de início do talvegue.

3.1.5.3 Vazão máxima (vazão de pico)


No cálculo da vazão deverá ser considerada toda a área de contribuição a montante do ponto
considerado.

As vazões de projeto devem ser determinadas pelo método racional

Cxix A
Q= 4
36 x 10
Onde:

Q = descarga de contribuição em m3/s;

c = coeficiente de escoamento, adimensional, fixado de acordo com o complexo solo cobertura


vegetal e declividade do terreno

i = intensidade de precipitação, em cm/h para a chuva de projeto, fixada no estudo hidrológico;

A = área de contribuição, em m², determinada através de levantamentos topográficos,


aerofotogramétricos ou expeditos.

3.1.5.4 Resultado das Vazões


Apresentar na Memória de Cálculo, tabela com todas as bacias conforme padrão abaixo:

BACIA ÁREA DESNÍVEL CLASSE INCLINAÇÃO COMP. RUN- TC INTENSIDADE VAZÃO


BACIA DE MÉDIA (%) DO OFF (min) (mm/h) DA
(m²) DECLIVIDADE TALVEGUE BACIA
(m) (C) (m³/s) -
TR
50ANOS

3.2 Dimensionamento hidráulico

Fixada a vazão de contribuição, passa-se ao dimensionamento hidráulico propriamente dito


através da fórmula de Manning e da equação da continuidade.

2 1
1
V = x R 3 x i 2 - Fórmula de manning
n

Q= A x V - Equação de continuidade
Onde:

V = velocidade de escoamento, em m/s;


i = declividade longitudinal da valeta, em m/m;

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n = coeficiente de rugosidade de Manning, adimensional, função do tipo de revestimento


adotado (Valores adotados descritos a seguir);
R = raio hidráulico, em m;
Q = vazão admissível na valeta, em m³/s;
A = área molhada, em m².

3.2.1 Velocidades limites:


As valetas devem ser dimensionadas com o emprego da fórmula de Manning. A lâmina d’água
máxima admitida nas valetas deve garantir uma borda livre mínima de 20% da altura da seção
revestida.

As valetas devem ser revestidas com concreto ou grama, em função das vazões e velocidades
máximas admissíveis.

3.2.1.1 Valetas em concreto

Deve ser utilizado coeficiente de rugosidade n igual a 0,016 e as velocidades, para a vazão de
projeto, devem estar compreendidas entre 0,50 m/s e 6,00 m/s

3.2.1.2 Valetas com revestimento vegetal

O coeficiente de rugosidade é função da velocidade do escoamento, do raio hidráulico e do tipo


de curva de retardância.

Estas valetas devem ser revestidas com grama tipo batatais (Paspalum notatum) em placas
que correspondam à curva tipo D para comprimento médio das ramas, variando entre 0,05 m e
0,15 m, com conservação regular cujo gráfico consta da publicação Drenagem Superficial e
Subterrânea de Estradas, de Renato G. Michelin(1).

Com base nas curvas de retardância e nas seções tipo das valetas de proteção, obtém-se os
coeficientes de rugosidade médios em função da declividade longitudinal de escoamento,
conforme a seguir apresentados:

I<1% n = 0,065
1%≤I<2% n = 0,046
2%≤I<3% n = 0,041
3%≤I<5% n = 0,038
I≥5% n = 0,035

As velocidades máximas permissíveis para a vazão de projeto devem estar compreendidas


entre 0,60 m/s e 1,80 m/s, de acordo com a Tabela apresentada a seguir.

Tabela – Velocidades Máximas para vazão de Projeto

Tipo de terreno ou material Velocidade para Velocidade para


da plataforma revestimento de grama em revestimento de grama em
leivas (m/s) leivas (m/s)
Solo argiloso ou solo com
1,50 1,80

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boa coesão
Solo siltoso ou solo com
1,30
média coesão 1,10
Solo arenoso ou solo com
0,60 0,80
baixa coesão
Velocidades Recomendadas na publicação Roadside Drainage Channels, do U.S
Departamento of Transportation

Velocidade mínima de canaletas: V= 0,60 m/s;


Velocidade máxima das canaletas: V= 4,00 m/s;
Free board mínimo para canaletas: 5cm

3.2.2 Dispostivos de Drenagem


A partir dos resultados das vazões, calcular os dispositivos de drenagem, a fim de garantir a
total descarga da vazão do empreendimento.

3.2.2.1 Valetas
As valetas de cada bacia devem ser dimensionadas em função da vazão total, e resultarem em
seções a favor da segurança.

A seção pode ser retangular, triangular ou trapezoidal.

Dimensionar a seção ideal das valetas, utilizando-se da equação de Manning equação de


Continuidade (ver item 3.2).

Resultados
Os resultados devem ser apresentados em quadro, conforme padrão abaixo:

Comp. vazão Seção número


trecho bacias total declividade manning velocidade Molhada de
contribuintes Aproximado (m³/s) (m/m) (m/s) froude
(m) a(m b(m)
)

No do ponto à jusante

No do ponto à montante

3.2.2.2 Dissipadores de energia


São dispositivos destinados a dissipar energia do escoamento, reduzindo a velocidade da água
para evitar a erosão. no

Segundo experiências elaboradas pelo Bureau of Reclamation – USA, o ressalto hidráulico


que ocorre na bacia de amortecimento é função da variação do número de Froude. e a
determinação deste ressalto hidráulico permitirá o dimensionamento do dispositivo.

Para o número de Froude até 1,7, não há necessidade de preocupações, pois haverá apenas
pequena turbulência superfície da água.

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Para o número de Froude entre 1,7 e 2,5 e entre 4,5 e 9,0 o efeito amortecedor para o ressalto
que se forma pode ser feito através de uma bacia de amortecimento horizontal lisa de concreto,
que deve ter seu cálculo demostrando na memória de cálculo.

Cálculo da Altura de Jusante - y2

y2 1
= ( √1+ 8 F r −1)
2
y1 2
1
y 2= y 1 x ( √ 1+ F r −1)
2
2
y2 = altura de jusante

y1 = altu ra de montante

Fr = Número de Froude
v
Fr= 1
(g x y 1) 2

v = U1 = velocidade na seção de montante (entrada no ressalto)

U2 = velocidade na saída ressalto

g = aceleração da gravidade (9,81 m²/s)

Independentemente do resultado do número de Froude, obrigatoriamente devem ser previstos


dissipadores de energia revistos no final de descidas d’água, de valetas ou de qualquer
dispositivo que venha a desaguar diretamente sobre o terreno natural que, por suas
características, seja passível de erosão.

3.2.2.3 Resultados

Apresentar na memória de cálculo os seguintes itens:


Y2 do ressalto;
Lâmina d’água de saída do ressalto;
Velocidade da água de desague (U2)
Velocidade do dissipador = vazão / área ( largura do dissipador x lâmina d’água)

3.2.2.4 Bacias de dissipação

Quando não houver espaço para que a água da bacia de amortecimento saia sem causar
erosão no vizinho, deve ser prevista um bacia de infiltração com dispositivo de dissipação.

3.2.2.5 Confluência entre Valetas (junção de canais)

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Deve ser levado em consideração na divisão do escoamento um grande número de variáveis e


fenômenos como a separação de escoamento, recirculação no canal lateral e a formação de
ondas no canal principal e no canal lateral.

3.2.3 Distâncias mínimas das valas de drenagem para as estruturas dos


trackers
A distância mínima padrão entre as fundações, sarjetas e valas é de 1 metro. Essa distância
poderá se reduzir para até 0.8 metros sempre que o cliente garanta que a compactação do
aterro nesse trecho seja igual ou superior à do aterro na base das fundações. Ensaios de
compactação devem ser realizados para comprovação no caso de redução da distância.

Ainda assim, recomenda-se uma inclinação máxima na borda dos taludes de 3 (H):
2(V), para garantir a estabilidade do talude das drenagens. Recomenda-se que valas abertas
sejam revestidas com vegetação ou concreto para evitar processos de erosão e assoreamento.

3.3 Documentos a serem gerados

3.3.1 Desenho
 Planta com a sub-bacias com tabela das áreas de contribuição

 Planta com Identificação do tipo do dispositivo de drenagem, incluindo:

Localização dos dispositivos de drenagem com estacas de início e fim,


coordenadas, cotas etc.

Cotas entre todos os dispositivos de drenagem e as estacas dos trackers

 Planta com os perfis longitudinais das valas

 Planta e cortes dos dissipadores,

 Planta e cortes das bacias com detalhamento do extravasor e estruturas de


dissipação (exemplo: enrocamento)

 Seção transversal das valas indicando a distância até a estrutura dos


trackers

 Tabela com a dimensões de todos os dispositivos de drenagem

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3.3.2 Memória de Cálculo

3.3.2.1 Objetivo

3.3.2.2 Características Físicas do local estudado


Ver item 2.3.1

3.3.2.3 Dados Pluviométricos


Ver item 2.3.2

3.3.2.4 Normas e Especificações Aplicáveis

3.3.2.5 Documentos gerados para projeto

3.3.2.6 Estudo Hidrológico


Ver item 3.1

3.3.2.7 Dimensionamento
Ver item 3.2

3.3.2.8 Conclusão

4 DRENAGEM OLEOSA

4.1 ESCOPO DE ATIVIDADES


Entrega completa do projeto da Bacia de Contenção de Óleo de Transformadores

4.2 Normas Aplicáveis


• NBR 14039 – Instalações elétricas de média tensão de 1,0kV a 36,2 kV.
• IEC 61936-1– Power installations exceeding 1 kV a.c. - Part 1
• NBR 13231 – Proteção contra incêndio em subestações elétricas.

4.3 Bacia de Contenção

4.3.1 Os transformadores e outros equipamentos contendo óleo devem ser


instalados sobre bacias de contenção

4.3.2 Os transformadores e outros equipamentos contendo óleo, localizados em


áreas cercadas e cobertas, devem ser instalados sobre piso impermeável e
circundados por mureta de altura dimensionada para conter todo o volume do óleo do
equipamento formando uma bacia de contenção conforme a ABNT NBR 14039 e IEC
61936-1.

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4.3.3 Os transformadores e outros equipamentos contendo óleo, em locais


desabrigados, de vem ser instalados sobre uma base de concreto. A bacia de
contenção deve ser dimensionada para conter no mínimo 20% de todo o volume do
óleo do equipamento conforme Figura 1 e do IEC 6 1936-1.

4.3.4 A bacia de contenção deve ter dimensões tais que excedam em 0,5 m a
projeção do equipamento.

4.3.5 A bacia de contenção deve possuir dreno lateral e válvula instalada


externamente que permitam o esgotamento da água das chuvas que incidam
totalmente na bacia de contenção.

4.4 Caixa separadora de água e óleo

4.4.1 Deve ser construída uma caixa separadora de água e óleo com o objetivo de
armazenar o óleo e drenar a água proveniente da chuva.

4.4.2 A caixa separadora de água e óleo pode ser interligada a mais de uma bacia
de contenção e deve ser construída de forma a conter, no mínimo, o volume de óleo
do maior.

4.4.3 equipamento interligado a caixa mais o volume necessário para manter o selo
hídrico.

4.4.4 A saída de água da caixa separadora deve ser interligada, por meio de um selo
hídrico, ao sistema de drenagem ou dreno para solo (ver Figura 1).

4.4.5 A caixa separadora de água e óleo deve permitir a retirada do óleo pela boca
de visita.

4.4.6 Todo o conjunto deve estar dimensionado para conter no mínimo 110% do
volume de óleo do maior equipamento e drenar eventual contribuição das águas de
chuva, de sistemas de supressão de incêndio ou atividades manuais de combate ao
incêndio.

4.5 Dispositivos de supressão de chama

4.5.1 A pedra britada pode ser usada como dispositivo de supressão de chama nos
sistemas de contenção de óleo.

4.5.2 A pedra britada utilizada nos sistemas de contenção deve ter diâmetro entre 25
e 50mm( brita 3).

4.5.3 As bacias coletoras devem ser projetadas de forma que o nível máximo de óleo
(assumindo descarga total) fique no mínimo 100mm abaixo do topo da camada de
pedra britada, e a profundidade da camada de pedra britada deve ser no mínimo
300mm (ver figura 2).

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4.6 Documentos a serem gerados

4.6.1 Desenho
 Planta baixa da bacia de contenção e caixa separadora de água e óleo

 Cortes longitudinais e transversais

 Indicação do desague da água proveniente da caixa separadora de água e


óleo

4.6.2 Memória de Cálculo


4.6.2.1 Objetivo
4.6.2.2 Localização

 Coordenadas da Usina: Lat m S / Long m E


 Endereço da Usina:
4.6.2.3 Desenhos de Referência
4.6.2.4 Normas e Especificações Aplicáveis
4.6.2.5 Documentos gerados para projeto
4.6.2.6 Arranjo
4.6.2.7 Dimensionamento
4.6.2.8 Conclusão

4.7 Anexos

Figura 1

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Figura 2

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