Você está na página 1de 211

Ministério da Integração Nacional - M I

Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba

CODEVASF

PROJETO BAIXIO DE IRECÊ - BA


PROJETO EXECUTIVO DO
CANAL PRINCIPAL CP-0 ENTRE OS KM 27,02 E 42,00
E DE SEU PERÍMETRO IRRIGADO

RELATÓRIO FINAL

1455a- R-PEX-MED-01-00

VOLUME 1 – MEMORIAL DESCRITIVO

JANEIRO/2011
COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO DOS VALES
DO SÃO FRANCISCO E DO PARNAÍBA

PROJETO BAIXIO DE IRECÊ


PROJETO EXECUTIVO DO CANAL
PRINCIPAL CP-0 ENTRE OS KM
27,02 E 42,00 E DE SEU
PERÍMETRO IRRIGADO

RELATÓRIO FINAL
1455a- R-PEX-MED-01-00

VOLUME 1 – MEMORIAL DESCRITIVO

Janeiro/2011
_____________________________________________________________________

QUADRO DE CODIFICAÇÃO DO RELATÓRIO

Código do Documento: 1455a-R-PEX-MED-01-00

Título do Relatório: Relatório Final – Volume 1 – Memorial Descritivo

Aprovação Inicial por: Eng° Edgar H. Candia

Data da Aprovação
31/01/2011
Inicial:
Controle de Revisões
Aprovação
Revisão n°: Natureza
Data Nome Rubrica

SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE - MAGNA ENGENHARIA LTDA


ISO 9001:2000 PRÊMIO QUALIDADE RS PROGRAMAS DA QUALIDADE QUE PARTICIPA
2007 (Medalha de Bronze)

Para outras informações sobre a MAGNA consulte o Website www.magnaeng.com.br


1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

i
_____________________________________________________________________

EQUIPE DO PROJETO

FUNÇÃO NOME DATA APROVAÇÃO


Coordenador Geral Edgar H. Candia 31/01/2011
Coordenador Projeto Executivo Luiz Carlos K. Campos 31/01/2011
Elétrico Luiz Eduardo Piazza 31/01/2011
Geotécnico Glauber C. Silveira 31/01/2011
Estruturas Alaberto C. Ulloa 31/01/2011
Hidrólogo Daniel Magagnin 31/01/2011
Hidráulica Jairo F. Barth 31/01/2011
Mecânica Jorge Alberto. Freitas 31/01/2011
Agronomia/Uso dos Solos Antônio Sérgio C. Lima 31/01/2011
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

ii
_____________________________________________________________________

ÍNDICE
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

iii
_____________________________________________________________________

ÍNDICE DE VOLUMES DO RELATÓRIO FINAL

Volume 1 – Memorial Descritivo


Volume 2 – Peças Gráficas
Volume 3 – Especificações Técnicas
Volume 4 – Quantidades e Orçamento
Volume 5 – Memorial de Cálculo
Volume 6 – Manual de Operação e Manutenção

ANEXO 1 – Estudos Topográficos


ANEXO 2 – Estudos Pedológicos
ANEXO 3 – Estudos Geotécnicos
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

iv
_____________________________________________________________________

RELATÓRIO FINAL

VOLUME 1 – MEMORIAL DESCRITIVO


ÍNDICE

1 APRESENTAÇÃO .............................................................................................................. 1
1.1 Objeto .......................................................................................................................... 2
1.2 Histórico .......................................................................................................................... 2
2 INTRODUÇÃO.................................................................................................................... 5
3 CANAL CP0 ........................................................................................................................ 7
3.1 Dimensionamento Hidráulico ........................................................................................... 8
3.2 Projeto Geométrico ........................................................................................................ 13
3.3 Análises e Considerações Geotécnicas ......................................................................... 14
3.3.1 Considerações Prévias ............................................................................................... 14
3.3.2 Projeto de Terraplenagem .......................................................................................... 14
3.3.3 Análise dos Ensaios Geotécnicos ............................................................................... 18
3.4 Obras Especiais ............................................................................................................. 29
3.4.1 Controle de Nível ........................................................................................................ 29
3.4.2 Obras de Segurança – Vertedores ............................................................................. 31
3.4.3 Tomadas de Água para Lotes, ER e CS-2 .................................................................. 32
3.4.4 Pontes e Passarelas ................................................................................................... 33
3.5 Drenagem ...................................................................................................................... 34
3.5.1 Drenagem Profunda ................................................................................................... 35
3.5.2 Bueiros do CP0 .......................................................................................................... 41
3.5.3 Drenos a Jusante de CP0 ........................................................................................... 43
3.6 Projeto Estrutural ........................................................................................................... 48
3.6.1 Controle de Nível ........................................................................................................ 48
3.6.2 Vertedor...................................................................................................................... 50
3.6.3 Tomadas de Água ...................................................................................................... 50
3.6.4 Bueiros ....................................................................................................................... 51
3.6.5 Ponte Canal ................................................................................................................ 52
4 ADUTORAS DAS ESTAÇÕES DE RECALQUE ER-1 ATÉ ER-5 .................................... 54
4.1 Resultados dos Estudos Pedológicos Complementares ................................................ 55
4.2 Revisão do Parcelamento da Área ................................................................................. 58
4.3 Adutoras das Estações de Recalque ER-1 até ER-5 ..................................................... 60
4.3.1 Demandas Hídricas e Vazões de Dimensionamento das Adutoras ............................ 60
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

4.3.2 Escolha dos Equipamentos Complementares............................................................. 64


4.3.3 Proteção das Adutoras contra Transientes ................................................................. 70
4.3.4 Quantidades de Materiais e Serviços.......................................................................... 71

v
_____________________________________________________________________
5.1 Critérios Básicos para a Adequação dos Projetos das Estações de Recalque............... 73
5.2 Adequação do Dimensionamento e Detalhamento dos Equipamentos Hidromecânicos 73
5.2.1 Diretrizes de Projeto das ERs ..................................................................................... 73
5.2.2 Dimensionamento das Peças e Tubulações da Sucção, Descarga e
Barrilete dos Grupos Elevatórios ......................................................................................... 75
5.2.3 Características Principais dos Grupos Elevatórios Selecionados ................................ 78
5.2.4 Cálculo do NPSH das Elevatórias ............................................................................... 84
5.2.5 Equipamento de Proteção contra Transientes Hidráulicos .......................................... 85
5.2.6 Redutor de Velocidade ............................................................................................... 86
5.2.7 Descrição dos Procedimentos Operacionais das ER’s ............................................... 88
5.2.8 Quantidades e Custos ................................................................................................ 92
5.3 Projeto Elétrico das Estações de Recalque.................................................................... 92
5.3.1 Instalações Elétricas da ER-1 ..................................................................................... 92
5.3.2 Instalações Elétricas da ER-2 ................................................................................... 106
5.3.3 Instalações Elétricas da ER-3 ................................................................................... 120
5.3.4 Instalações Elétricas da ER-4 ................................................................................... 134
5.3.5 Instalações Elétricas da ER-5 ................................................................................... 146
5.4 Projeto Estrutural ......................................................................................................... 157
6 MACRODRENAGEM DA ÁREA AGRÍCOLA ................................................................. 160
6.1 Apresentação ............................................................................................................... 161
6.2 Aspectos Climáticos e Pedológicos ............................................................................. 162
6.2.1 Chuvas ..................................................................................................................... 162
6.2.2 Aspectos Pedológicos .............................................................................................. 163
6.3 Parâmetros de Drenagem ............................................................................................ 164
6.3.1 Condicionantes Hidrológicos da Drenagem .............................................................. 164
6.3.2 Função e Localização dos Drenos ............................................................................ 166
6.3.3 Características dos Drenos ....................................................................................... 167
6.4 Metodologia de Cálculo................................................................................................ 169
6.4.1 Aspectos Gerais ....................................................................................................... 169
6.4.2 Dimensionamento dos Drenos e Quedas ................................................................. 170
6.4.3 Dimensionamento dos Bueiros ................................................................................. 178
6.5 Planilhas de Dimensionamento e Quantidades ............................................................ 180
6.6 Quantidades e Custos ................................................................................................. 182
7 REDE VIÁRIA ................................................................................................................. 183
7.1 Estradas Laterais do CP-0 ........................................................................................... 184
7.1.1 Generalidades .......................................................................................................... 184
7.1.2 Projeto Estrutural ...................................................................................................... 184
7.2 Estradas do Longo das Adutoras ................................................................................. 187
7.2.1 Traçado e Projeto das Estradas................................................................................ 187
7.2.2 Terraplenagem e Revestimento das Pistas............................................................... 188
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

7.2.3 Drenagem ................................................................................................................. 188


8 FICHA TÉCNICA ............................................................................................................ 192

vi
_____________________________________________________________________
8.1 Localização .................................................................................................................. 193
8.2 Objetivos ...................................................................................................................... 193
8.3 Características Principais do Projeto............................................................................ 195
8.3.1 Áreas de Projeto ....................................................................................................... 195
8.3.2 Sistema de Captação e Condução d’Água................................................................ 195
8.3.3 Sistemas de Distribuição, Drenagem e Viário ........................................................... 196
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

vii
_____________________________________________________________________

RELAÇÃO DE QUADROS E FIGURAS


1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

viii
_____________________________________________________________________

RELAÇÃO DE QUADROS
Quadro 3.1:Dimensionamento Hidráulico do Canal CP0 ........................................................ 9
Quadro 3.2:Características Hidráulicas da Seção do Canal CP0 nas Tomadas
de Água dos Lotes ............................................................................................................... 10
Quadro 3.3:Características Hidráulicas das Tomada de Água ............................................ 11
Quadro 3.4:Dimensões hidráulicas dos bueiros sob o canal CP0 ........................................ 12
Quadro 3.5:Dimensionamento Hidráulico do Extravasor de Emergência e
Descarregador de Fundo ..................................................................................................... 12
Quadro 3.6: Alinhamento do Eixo do Canal CP-0 ................................................................ 13
Quadro 3.7: Ocorrência de Material Rochoso na Fundação (km 27 ao km 42) .................... 16
Quadro 3.8:Dimensões das obras e comportas do controle de nível ................................... 30
Quadro 3.9:Localização do Extravasor e Descarga de Fundo ............................................. 31
Quadro 3.10:Dimensões do Extravasor CP0-EX-04 e Descarga de Fundo.......................... 31
Quadro 3.11: Dimensionamento das Tomadas d’Água ........................................................ 32
Quadro 3.12:Localização e características das pontes ........................................................ 33
Quadro 3.13:Localização e características das passarelas .................................................. 34
Quadro 3.14:Características dos Bueiros sob o Canal CP0 (km 27 até km 42).................... 42
Quadro 3.15:Dimensionamento dos Drenos a Jusante dos Bueiros sob o Canal CP0 ......... 43
Quadro 3.16: Resumo do quantitativo da transição de entrada do CN-03............................ 49
Quadro 3.17: Resumo do quantitativo do controle de nível CN-03 ....................................... 49
Quadro 3.18: Resumo do quantitativo da ponte PO-04 ........................................................ 49
Quadro 3.19: Resumo do quantitativo da transição de saída ............................................... 49
Quadro 3.20: Resumo do quantitativo das estruturas das tomadas d’água dos
lotes 12, 13, 14 e 15 ............................................................................................................ 50
Quadro 3.21:Resumo do quantitativo das estruturas das tomadas d’água dos
lotes 16, 20, 21, 22, 27, 29, 33 e 34 ..................................................................................... 50
Quadro 3.22:Resumo do quantitativo das estruturas das tomadas d’água do
canal CS-02 ......................................................................................................................... 50
Quadro 3.23:Resumo do quantitativo das estruturas do BU-CPO-14................................... 51
Quadro 3.24:Resumo do quantitativo das estruturas do BU-CPO-15................................... 51
Quadro 3.25:Resumo do quantitativo das estruturas do BU-CPO-16................................... 52
Quadro 3.26: Resumo do quantitativo das estruturas do BU-CPO-17 .................................. 52
Quadro 3.27: Resumo do quantitativo das estruturas do BU-CPO-18 .................................. 52
Quadro 3.28:Resumo do quantitativo da ponte canal PC-01................................................ 53
Quadro 4.1:Correlação das Classes de Terra para Irrigação, Unidades de
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

Mapeamento e Classes de Drenabilidade, Áreas e Porcentagens ....................................... 55

ix
_____________________________________________________________________
Quadro 4.2: Distribuição das Áreas de Terras da Etapa 2 do Projeto Baixio
de Irecê................................................................................................................................ 59
Quadro 4.3: Áreas Irrigadas e Vazões Conduzidas pelas Adutoras das ERs ....................... 61
Quadro 4.4: Características Hidráulicas dos Equipamentos de Medição de Vazões
nas Adutoras e nas Tomadas de Água dos Lotes ................................................................ 62
Quadro 4.5: Características Hidráulicas das Ventosas das Adutoras................................... 65
Quadro 4.6: Características Dimensionais das Descargas de Fundo das Adutoras ............. 66
Quadro 4.7: Valor de “k” dos Blocos de Ancoragem ............................................................ 68
Quadro 4.8:Vazões e pressões das estações de recalque .................................................. 70
Quadro 5.1: Características do Local de Implantação das ERs ........................................... 74
Quadro 5.2:Características Hidráulicas a serem Atendidas pelas ERs ................................ 74
Quadro 5.3: Características a serem atendidas pelas bombas das ERs .............................. 75
Quadro 5.4: Diâmetros das Tubulações de Sucção e Descarga das ERs ............................ 76
Quadro 5.5: Valores de K nas Peças de Sucção ................................................................. 76
Quadro 5.6: Valores de K nas Peças de Descarga .............................................................. 77
Quadro 5.7: Valores de K nas Peças da Adutora próximo a Descarga ............................... 77
Quadro 5.8: Perdas de Cargas Internas nas ERs ................................................................ 77
Quadro 5.9: Alturas Manométricas Adotadas das ERs ........................................................ 78
Quadro 5.10: Características Nominais dos Grupos Elevatórios .......................................... 78
Quadro 5.11: Pressão Mínima de Partida das ER’s ............................................................. 89
Quadro 5.12: Condições Operacionais Mínimas (Rotação e Freqüência) ............................ 90
Quadro 5.13: Condições Operacionais Normais (Rotação e Freqüência) ............................ 91
Quadro 5.14: Faixa de Pressões Operacionais .................................................................... 91
Quadro 5.15: Resumo do quantitativo da ER-1 .................................................................. 158
Quadro 5.16: Resumo do quantitativo da ER-02 ................................................................ 158
Quadro 5.17: Resumo do quantitativo da ER-03 ................................................................ 158
Quadro 5.18: Resumo do quantitativo da ER-04 ................................................................ 159
Quadro 5.19: Resumo do quantitativo da ER-05 ................................................................ 159
Quadro 6.1: Valores de K=f(T) ........................................................................................... 163
Quadro 6.2: Coeficientes de Escoamento C e Valores das Curvas-Número CN para
Estimativa das Vazões de Drenagem do Projeto Baixio de Irecê ....................................... 165
Quadro 6.3: Dimensões da base menor e bordo livre dos drenos para diferentes
classes de vazões ............................................................................................................. 170
Quadro 6.4: Espessuras das paredes e lajes da queda ..................................................... 176
Quadro 6.5: Quedas Hidráulicas e rampas nas entradas dos bueiros sob o
canal CP0 .......................................................................................................................... 177
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

Quadro 6.6: Vazões Afluentes aos Bueiros das Estradas ao Longo das Adutoras............. 179
Quadro 6.7: Características Hidráulicas dos Bueiros das Estradas Principais ................... 179

x
_____________________________________________________________________
Quadro 6.8: Quantidades de serviços para a implantação dos drenos da Etapa 2
a montante do canal CP0 .................................................................................................. 181
Quadro 6.9: Quantidades de materiais e serviços para a implantação das quedas
nos drenos a montante do canal CP0 ................................................................................ 182
Quadro 7.1: Resumo do quantitativo da passarela PA-03 .................................................. 184
Quadro 7.2: Resumo do quantitativo da passarela PA-03A ............................................... 185
Quadro 7.3: Resumo do quantitativo da passarela PA-04 .................................................. 185
Quadro 7.4: Resumo do quantitativo da passarela PA-05 .................................................. 185
Quadro 7.5: Resumo do quantitativo da passarela PA-06 .................................................. 185
Quadro 7.6: Resumo do quantitativo da ponte PO-03 localizada no km 27+100 ................ 186
Quadro 7.7: Resumo do quantitativo da ponte PO-05 localizada no km28+290 ................. 186
Quadro 7.8: Resumo do quantitativo da ponte PO-06 localizada no km 41+450 ................ 186
Quadro 7.9: Cálculo das Vazões Afluentes às Passagens Molhadas ................................ 189
Quadro 8.1: Distribuição das Áreas e Quantidades de Lotes da Etapa 2 .......................... 195
Quadro 8.2: Principais Características das Estações de Recalque (ER) ............................ 196
Quadro 8.3: Principais Características das Adutoras Pressurizadas .................................. 196

RELAÇÃO DE FIGURAS
Figura 1.1: Localização do Projeto Baixio de Irecê ................................................................ 3
Figura 1.2: Arranjo Geral do Projeto Baixio de Irecê .............................................................. 4
Figura 3.1: Análise Granulométrica da Areia Argilosa (Camada Superficial) ........................ 21
Figura 3.2: Análise Granulométrica da Areia Argilosa (Camada Superficial) ........................ 21
Figura 3.3: Análise Granulométrica da Areia Argilosa (Camada Superficial) ........................ 22
Figura 3.4: Análise Granulométrica da Areia Argilosa (Camada Superficial) ........................ 22
Figura 3.5: Análise Granulométrica do Cascalho Laterítico Argiloso (2ª camada) ................ 23
Figura 3.6: Análise Granulométrica do Cascalho Laterítico Argiloso (2ª camada) ................ 23
Figura 3.7: Análise Granulométrica do Cascalho Laterítico Argiloso (2ª camada) ................ 24
Figura 3.8: Análise Granulométrica do Cascalho Laterítico Argiloso (2ª camada) ................ 24
Figura 3.9: Análise Granulométrica (Fundação do Canal CP-0 km 27+000 ao km
42+000) ............................................................................................................................... 25
Figura 3.10: Gráfico de Trabalhabilidade (Umidade ótima X Umidade campo) .................... 25
Figura 3.11: Classificação Geotécnica H. R. B – Areia Argilosa (camada superficial) .......... 26
Figura 3.12: Classificação Geotécnica H. R. B – Camada de cascalho Laterítico
Argiloso................................................................................................................................ 26
Figura 3.13: Classificação Geotécnica H. R. B – Fundação do Canal CP-0
km 27+000 ao km 42+000 ................................................................................................... 27
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

Figura 3.14: Gráfico hot x D. Max. (Compactação Proctor Normal)....................................... 27


Figura 3.15: Gráfico ht x ISC (Índice Suporte Califórnia) ...................................................... 28

xi
_____________________________________________________________________
Figura 3.16: Gráfico hót X Expansão (Determinação no Ensaio de ISC)............................... 28
Figura 3.17:Geometria Analisada com Condições de Contorno e Malha de
Elementos Finitos ................................................................................................................ 36
Figura 3.18: Seção Tipo do Dreno Profundo ........................................................................ 37
Figura 3.19: Zonas com diferentes cargas hidráulicas ......................................................... 38
Figura 3.20: Resultados da simulação de fluxo d'água subterrâneo numa
seção típica ......................................................................................................................... 38
Figura 3.21: Detalhe das linhas de drenagem (verde) com as setas direcionando
o fluxo .................................................................................................................................. 39
Figura 3.22: Estimativa de Vazões e Velocidades de Fluxo em Tubo Dreno
Perfurado ............................................................................................................................. 40
Figura 4.1: Distribuição das Classes de Terras para Irrigação na área do
Levantamento Pedológico Complementar ........................................................................... 57
Figura 4.2: Esquema de Instalação de Ventosa de Tríplice Função..................................... 65
Figura 5.1: Curvas características dos conjuntos motor-bombas da Estação
de Recalque 1 (ER-1) .......................................................................................................... 81
Figura 5.2: Curvas características dos conjuntos motor-bombas da Estação
de Recalque 2 (ER-2) .......................................................................................................... 81
Figura 5.3: Curvas características dos conjuntos motor-bombas da Estação
de Recalque 3 (ER-3) .......................................................................................................... 82
Figura 5.4: Curvas características dos conjuntos motor-bombas da Estação
de Recalque 4 (ER-4) .......................................................................................................... 82
Figura 5.5: Curvas características dos conjuntos motor-bombas da Estação
de Recalque 5 (ER-5) .......................................................................................................... 83
Figura 6.1: Alternativas de proteção de taludes dos drenos escavados nos
pontos de desemboque de enxurradas .............................................................................. 173
Figura 6.2: Características hidráulicas de queda hidráulica ............................................... 174
Figura 6.3: Queda Hidráulica com Dique Transversal e Desvio de Emergência
(“Bypass”) .......................................................................................................................... 176
Figura 7.1: Seção típica de valeta de proteção das estradas ao longo
das adutoras ...................................................................................................................... 188
Figura 7.2: Passagem molhada (PM-01) na Estrada da Adutora FP.06
(Elevatória ER-4) ............................................................................................................... 190
Figura 7.3: Passagem Molhada (PM-2.1) na Estrada da Adutora FP.04
(Elevatória ER-2) ............................................................................................................... 190
Figura 7.4: Passagem Molhada (PM-2.2) na Estrada da Adutora FP.04
(Elevatória ER-2) ............................................................................................................... 191
Figura 8.1: Localização do Projeto Baixio de Irecê ............................................................ 194
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

xii
_____________________________________________________________________

1 APRESENTAÇÃO
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

1
_____________________________________________________________________

1 APRESENTAÇÃO
Apresenta-se a seguir o objeto do presente estudo bem como um breve histórico do Projeto
Baixo de Irecê.

1.1 Objeto
A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba - CODEVASF
dando prosseguimento à implantação das obras do Projeto de Irrigação Baixio de Irecê,
promoveu a licitação relativa à Elaboração do Projeto Executivo do Canal Principal CP-0
entre os km 27,02 e 42,00 e do seu Perímetro Irrigado (Parte A), bem como e ao Apoio à
Fiscalização e Supervisão das Respectivas Obras (Parte B). Essa licitação, vencida pela
Magna Engenharia Ltda., teve o correspondente Contrato firmado em 11/08/2009 com os
seguintes dados:
− Identificação da Concorrência: Edital nº 41/2009
− Data da Licitação: 14/07/2009
− Contrato nº 0.00.09.0065-00
− Data Assinatura do Contrato: 11/08/2009
− Prazo de Execução:
⋅ Parte A: 330 dias, a partir da assinatura do contrato;
⋅ Parte B: 780 dias, a partir da data da emissão da Ordem de Serviço
específica.
− Valor do Contrato:
⋅ Parte A: R$ 1.034.348,03
⋅ Parte B: R$ 3.559.896,95
⋅ Total: R$ 4.594.244,98
Tendo por base a Proposta Técnica da Magna Engenharia Ltda. e as especificações
técnicas contidas nos Termos de Referência do Edital 41/2009 foram desenvolvidos os
serviços de Projeto Executivo das adutoras de distribuição da água, as obras do sistema de
macrodrenagem bem como do sistema viário. O presente relatório se refere à Parte “A” do
Contrato (Projeto Executivo), compreendendo uma área de aproximadamente 13.000
hectares. Esta área refere-se à Etapa 2 do Projeto Baixio de Irecê, localizado nos municípios
de Xique-Xique e de Itaguaçu da Bahia no estado da Bahia.

1.2 Histórico
O Projeto Baixio de Irecê/BA foi concebido inicialmente como um projeto público de
irrigação. Pela concepção original, a forma de exploração agrícola previa a participação de
pequenos produtores em cerca de 20% da área, sendo que o restante da mesma seria
subdividido em lotes para médios produtores e empresários. Os métodos de irrigação
preconizados são predominantemente pressurizados (cerca de 70% da área) e, em menor
escala, irrigação por gravidade, especificamente para algumas áreas exploradas por
grandes empresários. A implantação das obras do Projeto foi prevista para execução em
Etapas, sendo inicialmente definida como prioritária a construção da Etapa 1A (já
concluída), correspondente à tomada d’água junto à margem direita do Rio São Francisco e
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

o trecho inicial do canal principal de irrigação (CP-0), numa extensão de 27,02 km. A
presente Etapa 2 representa a continuidade de implantação destas obras. A Figura 1.1 a
seguir apresenta a localização e a Figura 1.2 mostra o arranjo geral do empreendimento.

2
_____________________________________________________________________

MACROLOCALIZAÇÃO LOCALIZAÇÃO DO PROJETO

PROJETO ÁREA DO
PROJETO
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

Figura 1.1: Localização do Projeto Baixio de Irecê

3
_____________________________________________________________________

2 INTRODUÇÃO
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

5
_____________________________________________________________________

2 INTRODUÇÃO

Conforme mencionado no item anterior, tendo por base a Proposta Técnica da Magna
Engenharia Ltda e as especificações técnicas contidas nos Termos de Referência do Edital
41/2009 a MAGNA ENGENHARIA LTDA realizou o presente Projeto Executivo,
compreendendo uma área de aproximadamente 13.000 hectares.
Esta área, conforme ilustrado no Desenho GER-GER-01, corresponde à Etapa 2 do Projeto
Baixio de Irecê o qual está localizado nos municípios de Xique-Xique e de Itaguaçu no
estado da Bahia.
O presente Volume 1 – Memorial Descritivo está dividido em capítulos onde são
caracterizados os diversos componentes do projeto. Os principais temas abordados no
decorrer deste documento são os seguintes:
− Capítulo 3 - Projeto de trecho do Canal CP0 compreendido entre o km 27,02 e km 42,0
envolvendo suas características dimensionais e estruturais, bem como suas obras de
arte (tomadas de água, controles de nível, obras de segurança, drenagem profunda,
etc.;
− Capítulo 4 - Projeto de cinco adutoras pressurizadas (uma para cada ER) que
conduzirão a água até a entrada dos lotes beneficiados;
− Capítulo 5 - Projeto de cinco Estações de Recalque (ER-01 até ER-05) destinadas à
captação e pressurização da água para abastecimento dos lotes situados afastados
das margens do canal CP0;
− Capítulo 6 - Projeto do sistema de macrodrenagem destinada à condução das
vazões para os bueiros sob o canal CP0 e para os cursos de água que cortam a área
do empreendimento;
− Capítulo 7 - Projeto da rede viária ao longo do canal CP0 e ao longo das adutoras
pressurizadas para permitir as atividades de operação e manutenção das
infraestruturas bem como para o acesso aos lotes agrícolas.
− Capítulo 8 - Ficha Técnica.
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

6
_____________________________________________________________________

3 CANAL CP0
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

7
_____________________________________________________________________

3 CANAL CP0
Neste capítulo é apresentado o dimensionamento hidráulico da seção do canal bem como o
dimensionamento hidráulico e estrutural das suas obras de arte. Concomitantemente, são
apresentadas as metodologias utilizadas para os diversos dimensionamentos realizados e
para determinação das quantidades de materiais e serviços.

3.1 Dimensionamento Hidráulico


Os dimensionamentos hidráulicos apresentados no Projeto Básico foram revisados,
considerando o parcelamento e a concepção do projeto estabelecido no Projeto Básico
elaborado pela Magna Engenharia em Julho/2008.
Para o dimensionamento hidráulico do CP0 foram consideradas as necessidades hídricas a
serem atendidas, bem como para o dimensionamento das tomadas de água dos lotes e das
cinco Estações de Recalque (ER) relativas a esta etapa de projeto.
As planilhas de dimensionamento do canal estão apresentadas no Quadro 3.1 em
continuação, bem como as características hidráulicas do canal no local de implantação de
cada obra (Quadro 3.2). Adiante, no Quadro 3.3 são apresentadas as características
hidráulicas das tomadas de água para os lotes.
Ainda neste item são apresentadas as dimensões hidráulicas dos bueiros sob o canal CP0
(Quadro 3.4) e as características hidráulicas do extravasor de emergência e descarregador
de fundo (Quadro 3.5).
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

8
_____________________________________________________________________

Quadro 3.1:Dimensionamento Hidráulico do Canal CP0

Inclinação Base
Coeficiente Lâmina Área Perímetro Raio
Km Km Extensão Q Proj talude do i Velocidade Qcalc
Obra de d'água Molhada Molhado Hidráulico fr
inicial final (m) (m³/s) interno Canal (m/m) (m/s) (m³/s)
Manning (m) (m²) (m²) (m)
(1V:H) (m)

27+000 27+680 680 51,858 0,015 1,50 7,00 0,00006 4,137 54,63 21,92 2,49 0,95 51,858 0,15

27+680 30+400 2.720 51,295 0,015 1,50 7,00 0,00006 4,114 54,19 21,83 2,48 0,95 51,295 0,15

30+400 31+520 1.120 50,721 0,015 1,50 7,00 0,00006 4,091 53,74 21,75 2,47 0,94 50,721 0,15

CN3 31+520 32+100 580 49,517 0,015 1,50 7,00 0,00006 4,042 52,80 21,57 2,45 0,94 49,517 0,15

32+100 34+000 1.900 49,517 0,015 1,50 6,00 0,00006 4,247 52,54 21,31 2,47 0,94 49,517 0,15

34+000 35+100 1.100 49,008 0,015 1,50 6,00 0,00006 4,226 52,14 21,24 2,46 0,94 49,008 0,15

35+100 35+800 700 47,573 0,015 1,50 6,00 0,00006 4,165 51,01 21,02 2,43 0,93 47,573 0,15

35+800 37+760 1.960 47,304 0,015 1,50 6,00 0,00006 4,153 50,80 20,98 2,42 0,93 47,304 0,15

37+760 38+160 400 46,173 0,015 1,50 6,00 0,00006 4,104 49,89 20,80 2,40 0,93 46,173 0,15

38+160 38+300 140 44,966 0,015 1,50 6,00 0,00006 4,051 48,93 20,61 2,37 0,92 44,966 0,15

38+300 39+300 1.000 30,268 0,015 1,50 3,00 0,00006 4,006 36,10 17,45 2,07 0,84 30,268 0,13

39+300 39+720 420 29,970 0,015 1,50 3,00 0,00006 3,989 35,83 17,38 2,06 0,84 29,970 0,13

39+720 40+520 800 29,449 0,015 1,50 3,00 0,00006 3,957 35,36 17,27 2,05 0,83 29,449 0,13

40+520 41+240 720 28,923 0,015 1,50 3,00 0,00006 3,925 34,89 17,15 2,03 0,83 28,923 0,13

41+240 41+800 560 28,379 0,015 1,50 3,00 0,00006 3,892 34,40 17,03 2,02 0,83 28,379 0,13

Obra 41+800 42+500 700 27,398 0,015 1,50 3,00 0,00006 3,831 33,50 16,81 1,99 0,82 27,398 0,13

9
_____________________________________________________________________

Quadro 3.2:Características Hidráulicas da Seção do Canal CP0 nas Tomadas de Água dos Lotes

Área Q N Terreno
b h N N h para Cota da
Lote km Lado SAU Tomada NA est NA din eixo do DN A V Altura Folga
(m) (m) Berma Fundo orificio Tomada
(ha) (m³/s) canal

11 27+680,00 329,59 0,202 7,00 4,14 412,59 411,25 411,29 407,16 410,24 0,40 0,13 1,61 0,55 2,50 410,09 0,65

12 27+680,00 588,64 0,361 7,00 4,14 412,59 411,25 411,29 407,16 410,24 0,60 0,28 1,28 0,52 2,50 410,09 0,60

13 30+400,00 557,61 0,574 7,00 4,11 412,59 411,09 411,25 407,14 412,38 0,80 0,50 1,14 0,58 2,50 410,09 0,36

14 31+520,00 518,59 0,533 7,00 4,09 412,59 411,02 411,09 407,00 412,00 0,70 0,38 1,39 0,61 2,50 410,09 0,30

15 31+520,00 651,87 0,671 7,00 4,09 412,59 411,02 411,09 407,00 412,00 0,80 0,50 1,33 0,64 2,50 410,09 0,20

16 34+000,00 495,18 0,509 6,00 4,25 411,84 410,72 410,84 406,59 411,41 0,70 0,38 1,32 0,59 2,50 409,34 0,80

20 35+800,00 439,57 0,270 6,00 4,16 411,84 410,62 410,66 406,49 410,34 0,50 0,20 1,37 0,51 2,50 409,34 0,81

21 37+760,00 508,65 0,523 6,00 4,15 411,84 410,50 410,62 406,46 411,50 0,70 0,38 1,36 0,60 2,50 409,34 0,58

22 37+760,00 590,34 0,607 6,00 4,15 411,84 410,50 410,62 406,46 411,50 0,80 0,50 1,21 0,60 2,50 409,34 0,48

27 39+300,00 486,00 0,298 3,00 4,01 411,84 410,41 410,47 406,46 410,95 0,50 0,20 1,52 0,57 2,50 409,34 0,56

29 40+520,00 510,63 0,525 3,00 3,96 411,84 410,33 410,38 406,42 412,44 0,70 0,38 1,36 0,61 2,50 409,34 0,34

33 41+800,00 479,92 0,494 3,00 3,89 411,84 410,26 410,29 406,40 410,20 0,70 0,38 1,28 0,58 2,50 409,34 0,25

34 41+800,00 473,33 0,487 3,00 3,89 411,84 410,26 410,29 406,40 410,20 0,70 0,38 1,27 0,57 2,50 409,34 0,25

10
_____________________________________________________________________

Quadro 3.3:Características Hidráulicas das Tomada de Água

TOMADAS D'ÁGUA - CANAL CP0 (km 27,0 até km 42,0)

Cota do Cota do
Nível d'água Cota da 1/2 da base Diâmetro da Cota máxima
fundo do fundo da
Local da dinâmico berma do canal tubulação da geratriz
Tomada Lote Lado Tipo canal tomada b c e
Seção (m) superior na
caixa
A B C D a d

1 11 27680 ELEVADO 411,294 412,59 407,157 410,09 3,5 4,39909 3,75 0,4 2,5 410,66

2 12 27680 ELEVADO 411,294 412,59 407,157 410,09 3,5 4,39909 3,75 0,6 2,5 410,82

3 13 30400 ELEVADO 411,2532 412,59 407,139 410,09 3,5 4,42644 3,75 0,8 2,5 410,82

4 14 31520 ELEVADO 411,09 412,59 406,999 410,09 3,5 4,63651 3,75 0,7 2,5 410,60

5 15 31520 ELEVADO 411,09 412,59 406,999 410,09 3,5 4,63651 3,75 0,8 2,5 410,62

6 16 34000 ELEVADO 410,838 411,84 406,591 409,34 3 4,12408 3,75 0,7 2,5 410,36

7 20 35800 ELEVADO 410,658 411,84 406,493 409,34 3 4,27041 3,75 0,5 2,5 410,14

8 21 37760 ELEVADO 410,616 411,84 406,463 409,34 3 4,31607 3,75 0,7 2,5 410,13

9 22 37760 ELEVADO 410,616 411,84 406,463 409,34 3 4,31607 3,75 0,8 2,5 410,17

10 27 39300 ELEVADO 410,466 411,84 406,46 409,34 1,5 4,32071 3,75 0,5 2,5 409,90

11 29 40520 ELEVADO 410,3808 411,84 406,423 409,34 1,5 4,37486 3,75 0,7 2,5 409,89

12 33 41800 ELEVADO 410,2896 411,84 406,398 409,34 1,5 4,41355 3,75 0,7 2,5 409,82

13 34 41800 ELEVADO 410,2896 411,84 406,398 409,34 1,5 4,41355 3,75 0,7 2,5 409,83

11
_____________________________________________________________________

Quadro 3.4:Dimensões hidráulicas dos bueiros sob o canal CP0

Cota Cota Cota Q Q


Cota Decliv Decliv "e"
Nome da Dreno ou km do "L" total fundo berma fundo TR=25 TR=50 Tipo de DN DN Veloc
terreno crítica adotada parede H/D
obra trecho canal (m) canal canal bueiro anos anos bueiro ou H ou H (m/s)
(m) (m/m) (m/m) (m)
(m) (m) (m) (m³/s) (m³/s)

BU-CP0-14 D-15.4-L4 29+920 72,28 409 407 412,59 404,2 32,79 42,68 BTCC 2 2 0,0062 0,005 0,2 0,95 3,56

BU-CP0-15 D-15.6.1-L3 32+760 69 408,31 406,48 411,84 403,18 44,58 61,98 BDCC 2,5 2,5 0,0058 0,005 0,2 0,96 4,14

BU-CP0-16 D-15.6.3-L3 35+070 69 408 406,43 411,84 403,13 48,97 69,15 BDCC 2,5 2,5 0,0058 0,005 0,2 0,96 4,14

BU-CP0-17 D-15.6.3.1-L3 35+920 71,03 409,01 406,45 411,84 403,15 47,27 64,6 BDCC 2,5 2,5 0,0058 0,005 0,2 0,96 4,14

BU-CP0-18 D-15.6-L5 38+550 68 408,8 406,41 411,84 402,56 137,86 185,36 BQCC 3 3 0,0054 0,005 0,25 0,97 4,68

Quadro 3.5:Dimensionamento Hidráulico do Extravasor de Emergência e Descarregador de Fundo

Nome Nível Nível Nível Decliv Altura Cota Cota


Extravasor e Qmáx Vazão free- Na Decliv. "L" N Altura Comp. Comp. Alt.
da LOCAL DESCARGA BERMA do topo fundo fundo canaleta fundo fundo
descarregador canal extrav board est bueiro tomada Extrav livre canaleta extrav canal
obra fundo galeria comporta (m/M) início canal canal

CANAL OBRA LOCAL m³/s Bueiro TIPO LG HG m³/s NB Fb LT NCO NV HL LT NCO NV HL LC LE I (m/m) HC2 HC1 NC2 NC1

CP0 CP0-EX- 38+550 50 BU-18 BQCC 3 3 4,95 411,84 1 8,14 406,33 411,34 1 8,14 406,33 411,34 1 4,75 12 0,01 0,81 0,76 410,5 410,58
04 3

12
_____________________________________________________________________
3.2 Projeto Geométrico

O Projeto Geométrico do Canal CP-0 no trecho compreendido entre os km 27,00 ao km


42,300 foi desenvolvido considerando a implantação sobre o eixo com as mesmas
coordenadas previstas no Projeto Básico. Os alinhamentos dos eixos previstos e as
respectivas deflexões estão indicados no Quadro 3.6.

Quadro 3.6: Alinhamento do Eixo do Canal CP-0

COORDENADAS
T
PI Km AC R (m) Dc (m)
(m)
N E

PC 33+395,62
28 PI 8.830.555,000 786.564,994 20º55’44” 573,154 209,359 105,859
PT 33+604,98

PC 35+761,03
29 PI 8.828.220,001 786.200,000 47º44’16” 229,250 191,006 101,440
PT 35+952,04

PC 38+444,40
30 PI 8.826.060,002 787.940,000 76º13’47” 229,261 305,023 179,860
PT 38+749,42

PC 39+445,16
31 PI 8.826.499,995 788.880,001 31º37’24” 573,056 316,288 162,285
PT 39+761,45

Destaca-se que, além do alinhamento do eixo, integrou o Projeto Geométrico do CP-0 a


respectiva definição do posicionamento das suas obras adjacentes, condicionadas aos
levantamentos topográficos realizados.
O posicionamento das obras hidráulicas não teve alterações em relação ao Projeto Básico,
considerando que os pontos de tomadas d’água não foram alterados.
O posicionamento das obras destinadas à circulação viária também não teve alterações,
pois a concepção prevista para o arranjo geral e de circulação interna do perímetro não foi
modificado.
No entanto, as obras de drenagem, tais como os bueiros sob o canal CP-0, foram
reposicionadas em função dos levantamentos topográficos. Nesses levantamentos foi
possível escolher o ponto de travessia sob o canal mais adequado para o escoamento das
águas de drenagem.
Além das obras de drenagem, a partir do levantamento topográfico foi possível posicionar
em relação ao eixo do Canal CP-0, a travessia sobre o Riacho Vereda do Lajeado através
da Ponte Canal PC-01. Essa obra, com extensão total prevista em 120,00 m, e início no km
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

42+580 foi reposicionado para ser iniciado no km 42+260 e concluída no km 42+380, local
que se mostrou adequado para formar o paramento de jusante da ponte.

13
_____________________________________________________________________

3.3 Análises e Considerações Geotécnicas

3.3.1 Considerações Prévias


O Projeto do Canal CP-0 foi detalhado a partir do Dimensionamento Hidráulico apresentado
no Projeto Básico e dos Levantamentos Topográficos e Geotécnicos posteriormente
realizados ao longo do seu eixo e das obras singulares previstas no trecho entre o km 27 e o
km 42.

3.3.2 Projeto de Terraplenagem


O Projeto de Terraplenagem do Canal CP-0 foi desenvolvido em conformidade com os
critérios anteriormente estabelecidos pelo Projeto Básico e tendo em conta os ajustes ora
definidos pelo Projeto Geométrico, em nível executivo.
A terraplenagem projetada para o canal contempla os movimentos das terras ao longo da
linha geral do traçado, os quais basicamente englobarão operações de terraplenagem de
cortes e de aterros. As Notas de Serviço apresentam os elementos geométricos e desenhos
das seções transversais, a cada 20m (a cada estaca), que possibilitam a marcação e
implantação da geometria do canal.
Conforme definido pelo Projeto Geométrico, a seção do canal é semi-enterrada na maior
parte da sua extensão, sendo que os materiais procedentes das escavações obrigatórias
deverão ser reaproveitados sempre que possível e desde que se enquadrem nos critérios de
aceitação das Especificações Técnicas.
Devido à ocorrência de materiais granulares na fundação, tipo cascalhos argilosos, ou
ocorrência de rochas brandas, tipo calcáreo (cor esbranquiçada, localmente conhecido
como “calcáreo caatinga”) e suas alterações de rocha, eventualmente com presença de
“cangas lateríticas”, serão necessárias escavações em materiais de 2ª e 3ª categoria. Os
materiais duros, determinados pelo “impenetrável” pelas sondagens realizadas, em
princípio, exigirão desmontes de rocha a céu aberto, com planos de fogo a serem
previamente elaborados pela Construtora. Análises geotécnicas e comentários específicos
estão apresentados nos itens em continuação.
Em face da ocorrência desses materiais granulares e/ou rochas na fundação do canal, foi
definida a necessidade de utilização de drenagem subterrânea praticamente em todo o
fundo do canal, conforme definido em projeto específico. Pelos levantamentos atuais, em
relação aos quantitativos do Projeto Básico, a perspectiva é de uma necessidade maior da
extensão de drenos profundos ao longo da fundação do canal.
Basicamente, quando ocorrer camada rochosa, a terraplenagem deverá considerar a
necessidade de implantação de drenos longitudinais e de camada drenante no fundo do
canal, em toda a sua largura, com espessura não inferior a 0,20m, conforme já indicado nas
Notas de Serviço. Quando no fundo do canal ocorrer somente camada de cascalho, com
características drenantes (permeável), a camada drenante poderá ser dispensada pois,
nestas condições, admitiu-se que a implantação de drenos longitudinais será suficiente para
captação e drenagem eventual das águas de fundação.

3.3.2.1Análise e Considerações Geotécnicas


1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

Como suporte ao projeto de terraplenagem do Canal CP-0, no trecho compreendido entre os


km 27 e 42, foram executadas sondagens complementares ao longo de todo o traçado do
14
_____________________________________________________________________
canal. Os serviços de sondagem a percussão, poços de inspeção e ensaios geotécnicos
encontram-se concluídos.
As sondagens se revelaram necessárias para fins de confirmação dos estudos geotécnicos
anteriores, sendo agora executadas com maior densidade ao longo do eixo do canal. No
projeto básico se tinha um espaçamento médio de cerca de 200m entre furos, sendo
executados ensaios geotécnicos para caracterização a cada 400m de extensão do canal.
Nesta etapa de projeto as sondagens a percussão foram realizadas em obras pontuais
(elevatórias de recalque, pontes, tomada d’água, ponte canal, etc.). No restante do canal
CP-0 foram executados poços de inspeção com espaçamento médio de 100 metros entre
furos. A profundidade dos furos foi definida tendo por base o perfil de fundo do canal, de
forma que fosse prospectado pelo menos cerca de 1 metro abaixo do fundo geométrico
previsto.
Durante as perfurações foram observadas as condições de umidade do solo, sendo
constatado que praticamente todos os furos estavam secos, isto é, sem ocorrência de lençol
freático, com exceção do furo PI-89 na estaca 1.785 (km 35+700) que apresentou indício de
umidade. Observa-se, todavia, que esta constatação de fundação “seca” pode não refletir a
real situação visto que as sondagens foram executadas em época de estiagem, sendo as
últimas chuvas ocorridas há mais de 7 meses. A simples presença de materiais ferruginosos
e/ou cascalhos lateríticos é indicativo da provável presença de níveis d’água flutuantes e
que provavelmente devem existir somente em períodos chuvosos (novembro a
fevereiro/ano).
Em cada sondagem foram coletadas amostras representativas das camadas de solo
perfuradas para execução de ensaios geotécnicos correntes (granulometria e plasticidade),
com os quais foi possível a classificação geotécnica (sistemas HRB). Além destes, foram
realizados ensaios de compactação e I.S.C. (CBR) na energia Proctor Normal (laboratório) e
umidade e densidade natural, in situ. A análise dos resultados é comentada a seguir.

3.3.2.2Análise do Perfil de Fundação


A análise do perfil geotécnico longitudinal da fundação do Canal CP-0, no trecho
considerado, mostra que as escavações obrigatórias da fundação encontrarão materiais de
1ª, 2ª e 3ª categorias. Esta estimativa está baseada nos resultados das prospecções
geotécnicas realizadas (poços de inspeção), conforme apresentado no Relatório dos
Serviços de Campo Complementares – Volume 2: Serviços Geotécnicos (TOMO I e II).
Os segmentos com probabilidade de ocorrência de materiais de 3ª categoria no trecho entre
os km 27 e 42, representados por rochas calcáreas, cangas lateríticas e/ou concreções
lateríticas, estão relacionados no Quadro 3.7 a seguir.
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

15
_____________________________________________________________________
Quadro 3.7: Ocorrência de Material Rochoso na Fundação (km 27 ao km 42)

Profundidade do
Sondagem de
Trecho (km) Impenetrável Tipo de Material
Referência
(m)
29+450 a 29+550 PI-26 (km 29+500) 3,00 Cascalho Laterítico Ferroso (Canga). Impenetrável
30+050 a 30+150 PI-32 (km 30+100) 2,30 Cascalho Laterítico Ferroso (Canga). Impenetrável
30+150 a 30+250 PI-33 (km 30+200) 2,50 Cascalho Laterítico Ferroso (Canga). Impenetrável
30+250 a 30+350 PI-34 (km 30+300) 2,60 Cascalho Laterítico Ferroso (Canga). Impenetrável
30+350 a 30+450 PI-35 (km 30+400) 2,00 Cascalho Laterítico Ferroso (Canga). Impenetrável
30+450 a 30+550 PI-36 (km 30+500) 1,70 Cascalho Laterítico Ferroso (Canga). Impenetrável
30+550 a 30+650 PI-37 (km 30+600) 1,70 Cascalho Laterítico Ferroso (Canga). Impenetrável
30+650 a 30+750 PI-38 (km 30+700) 2,30 Cascalho Laterítico Ferroso (Canga). Impenetrável
30+750 a 30+850 PI-39 (km 30+800) 1,70 Cascalho Laterítico Ferroso (Canga). Impenetrável
30+850 a 30+950 PI-40 (km 30+900) 3,30 Cascalho Laterítico Ferroso (Canga). Impenetrável
30+950 a 31+050 PI-41 (km 31+000) 1,60 Cascalho Laterítico Ferroso (Canga). Impenetrável
31+050 a 31+150 PI-42 (km 31+100) 2,10 Cascalho Laterítico Ferroso (Canga). Impenetrável
31+150 a 31+250 PI-43 (km 31+200) 1,30 Cascalho Laterítico Ferroso (Canga). Impenetrável
31+250 a 31+350 PI-44 (km 31+300) 2,10 Cascalho Laterítico Ferroso (Canga). Impenetrável
31+350 a 31+450 PI-45 (km 31+400) 1,70 Cascalho Laterítico Ferroso (Canga). Impenetrável
31+450 a 31+550 PI-46 (km 31+500) 0,30 Cascalho Laterítico Ferroso (Canga). Impenetrável
31+550 a 31+680 PI-48 (km 31+600) 0,30 Cascalho Laterítico Ferroso (Canga). Impenetrável
31+680 a 31+720 PI-49 (km 31+700) 2,30 Cascalho Laterítico Ferroso (Canga). Impenetrável
31+720 a 31+850 PI-50 (km 31+800) 1,40 Cascalho Laterítico Ferroso (Canga). Impenetrável
31+850 a 31+950 PI-51 (km 31+900) 1,70 Cascalho Laterítico Ferroso (Canga). Impenetrável
31+950 a 32+000 PI-52 (km 32+000) 3,00 Cascalho Laterítico Ferroso (Canga). Impenetrável
32+550 a 32+650 PI-58 (km 32+600) 2,80 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
32+650 a 32+750 PI-59 (km 32+700) 3,00 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
32+750 a 32+850 PI-60 (km 32+800) 1,00 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
33+050 a 33+150 PI-63 (km 33+100) 2,90 Cascalho laterítico argiloso cor vermelho claro
33+150 a 33+250 PI-64 (km 33+200) 1,80 Cascalho laterítico argiloso cor vermelho claro
33+250 a 33+350 PI-65 (km 33+300) 0,70 Cascalho laterítico ferroso (canga)
33+350 a 33+450 PI-66 (km 33+400) 2,40 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
33+450 a 33+550 PI-67 (km 33+500) 2,00 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
33+550 a 33+650 PI-68 (km 33+600) 2,20 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
33+650 a 33+750 PI-69 (km 33+700) 3,90 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
33+750 a 33+850 PI-70 (km 33+800) 0,70 Cascalho laterítico argiloso cor vermelho claro
33+850 a 33+950 PI-71 (km 33+900) 2,20 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
33+950 a 34+050 PI-72 (km 34+000) 1,40 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
34+050 a 34+150 PI-73 (km 34+100) 1,60 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
34+150 a 34+250 PI-74 (km 34+200) 0,80 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
34+250 a 34+350 PI-75 (km 34+300) 1,20 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
34+350 a 34+450 PI-76 (km 34+400) 2,30 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
34+450 a 34+550 PI-77 (km 34+500) 1,60 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
34+550 a 34+650 PI-78 (km 34+600) 0,80 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
34+650 a 34+750 PI-79 (km 34+700) 1,50 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
34+750 a 34+850 PI-80 (km 34+800) 1,60 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
34+850 a 34+950 PI-81 (km 34+900) 2,00 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
34+950 a 35+050 PI-82 (km 35+000) 1,10 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
35+050 a 35+150 PI-83 (km 35+100) 2,00 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
35+150 a 35+250 PI-84 (km 35+200) 1,70 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

35+250 a 35+350 PI-85 (km 35+300) 3,20 Cascalho laterítico argiloso cor vermelho claro

16
_____________________________________________________________________
35+350 a 35+450 PI-86 (km 35+400) 2,10 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
35+450 a 35+550 PI-87 (km 35+500) 0,60 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
35+550 a 35+650 PI-88 (km 35+600) 1,60 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
35+650 a 35+750 PI-89 (km 35+700) 2,40 Cascalho grosseiro (seixo rolado)
35+750 a 35+850 PI-90 (km 35+800) 2,10 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
35+850 a 35+950 PI-91 (km 35+900) 3,20 Argila compacta cor cinza claro (muito dura)
35+950 a 36+050 PI-92 (km 36+000) 2,60 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
36+050 a 36+150 PI-93 (km 36+100) 2,20 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
36+150 a 36+250 PI-94 (km 36+200) 1,10 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
36+250 a 36+350 PI-95 (km 36+300) 1,90 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
36+350 a 36+450 PI-96 (km 36+400) 2,30 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro c/ pedregulho grosseiro
36+450 a 36+550 PI-97 (km 36+500) 2,30 Argila compacta cor cinza claro (muito dura)
36+550 a 36+650 PI-98 (km 36+600) 2,00 Argila compacta cor cinza claro (muito dura)
36+650 a 36+750 PI-99 (km 36+700) 1,60 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
36+750 a 36+850 PI-100 (km 36+800) 1,80 Argila c/ pedregulho cor cinza claro
36+850 a 36+950 PI-101 (km 36+900) 2,20 Argila compacta cor cinza claro (muito dura)
36+950 a 37+050 PI-102 (km 37+000) 2,60 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
37+150 a 37+250 PI-104 (km 37+200) 3,30 Calcário caatinga cor branco
37+250 a 37+350 PI-105 (km 37+300) 4,00 Argila compacta cor cinza claro c/ calcário caatinga cor branco
37+350 a 37+450 PI-106 (km 37+400) 1,40 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
37+450 a 37+550 PI-107 (km 37+500) 2,70 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
37+550 a 37+650 PI-108 (km 37+600) 2,10 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro c/ pedregulhos grosseiros
37+650 a 37+750 PI-109 (km 37+700 2,80 Cascalho laterítico ferroso (canga)
37+750 a 37+850 PI-110 (km 37+800) 2,50 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
37+850 a 37+950 PI-111 (km 37+900) 1,40 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
37+950 a 38+050 PI-112 (km 38+000) 1,60 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
38+050 a 38+150 PI-113 (km 38+100) 2,10 Argila compacta cor cinza claro (muito dura)
38+150 a 38+250 PI-114 (km 38+200) 2,80 Argila compacta cor cinza claro c/ calcário caatinga cor branco
38+250 a 38+350 PI-115 (km 38+300) 2,70 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro c/ pedregulhos grosseiros
38+350 a 38+450 PI-116 (km 38+400) 2,60 Argila compacta cor cinza claro c/ pedregulhos
38+450 a 38+550 PI-117 (km 38+500) 2,40 Argila compacta cor cinza claro (muito dura)
38+550 a 38+650 PI-118 (km 38+600) 2,10 Argila compacta cor cinza claro (muito dura)
38+650 a 38+750 PI-119 (km 38+700) 3,10 Argila compacta cor cinza claro c/ pedregulhos
38+750 a 38+850 PI-120 (km 38+800) 3,40 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
38+850 a 38+950 PI-121 (km 38+900) 2,90 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
38+950 a 39+050 PI-122 (km 39+000) 2,70 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
39+050 a 39+150 PI-123 (km 39+100) 2,80 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
39+150 a 39+250 PI-124 (km 39+200) 3,10 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
39+250 a 39+350 PI-125 (km 39+300) 3,10 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
39+350 a 39+450 PI-126 (km 39+400) 3,90 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
39+450 a 39+550 PI-127 (km 39+500) 3,40 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
39+550 a 39+650 PI-128 (km 39+600) 3,10 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
39+650 a 39+750 PI-129m (km 39+700) 3,00 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
39+750 a 39+850 PI-130 (km 39+800) 3,10 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
39+850 a 39+950 PI-131 (km 39+900) 3,40 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
39+950 a 40+050 PI-132 (km 40+000) 2,90 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

17
_____________________________________________________________________
40+050 a 40+150 PI-133 (km 40+100) 3,30 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
40+150 a 40+250 PI-134 (km 40+200) 3,40 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
40+250 a 40+350 PI-135 (km 40+300) 3,00 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
40+350 a 40+450 PI-136 (km 40+400) 3,60 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
40+450 a 40+550 PI-137 (km 40+500) 3,20 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
40+550 a 40+650 PI-138 (km 40+600) 3,00 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
40+650 a 40+750 PI-139 (km 40+700) 3,40 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
40+750 a 40+850 PI-140 (km 40+800) 3,70 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
40+850 a 40+950 PI-141 (km 40+900) 2,70 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
40+950 a 41+050 PI-142 (km 41+000) 2,90 Argila compacta cor cinza claro c/ pedregulhos
41+050 a 41+150 PI-143 (km 41+100) 2,60 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
41+150 a 41+250 PI-144 (km 41+200) 3,00 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
41+250 a 41+350 PI-145 (km 41+300) 2,90 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
41+350 a 41+450 PI-146 (km 41+400) 3,50 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
41+550 a 41+650 PI-148 (km 41+600) 2,30 Cascalho laterítico argiloso cor cinza claro
Média: 2,32

Da extensão total do segmento prospectado (cerca de 15 km) observa-se que em


praticamente 10,75 km, ou seja, 72% da extensão, aproximadamente, as escavações
obrigatórias da fundação interceptarão material de 3ª categoria (cascalho ou rocha branda).
A profundidade média da ocorrência do topo rochoso neste trecho é da ordem de 2,32 m
(Quadro 3.1), lembrando-se que no trecho entre os km 27 e 32 o impenetrável médio
determinado foi de 1,95m.
Observa-se que, conforme diretriz do projeto básico, toda fundação em rocha deverá ser
executada com camada drenante e sistema de drenagem profunda sob o canal, para alívio
de eventuais pressões hidrostáticas sob o revestimento impermeável. O projeto desta
drenagem profunda é conforme projeto específico já elaborado (desenhos CP0-TER-04 a
CP0-TER-21), inclusive quanto aos pontos de deságües e/ou de esgotamento.
Por outro lado, ao longo da extensão do canal, conforme revelado pelas prospecções
realizadas (ver Desenhos do perfil do projeto geométrico), ocorrem na base do canal
cascalhos lateríticos. Tratam-se de materiais granulares que não poderão ficar em contato
direto com a geomembrana impermeável, sob pena de dano mecânico e/ou perfuração
indesejável da manta. Assim, também nestes segmentos haverá necessidade de
implantação de camada de suporte e regularização e/ou camada de transição com solo
cimento na superfície dos taludes internos do canal. Destaca-se que a presença de camada
de cascalho, com prováveis características drenantes, é indicativo da possibilidade de
existência de nível freático por ocasião de chuvas, razão pela qual se torna necessário, por
precaução, também executar sistema de drenagem profunda ao longo de toda extensão da
fundação do canal no trecho considerado.

3.3.3 Análise dos Ensaios Geotécnicos


Foram analisados os resultados dos ensaios geotécnicos de campo e laboratório,
executados com as amostras coletadas nos furos de sondagem, conforme ilustrado nas
Figuras adiante. No Relatório dos Serviços de Campo Complementares – Volume 2 –
Serviços Geotécnicos apresenta todos os ensaios geotécnicos realizados.
Os ensaios geotécnicos do km 27 ao km 42 mostram que não ocorrem variações
significativas quanto à natureza e gênese dos materiais terrosos existentes na fundação.
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

Abaixo estão descritas as análises realizadas sobre o provável comportamento geotécnico


dos solos da fundação, tanto no seu estado natural quanto à previsibilidade de desempenho

18
_____________________________________________________________________
no caso de reaproveitamento em aterros compactados. Os ensaios geotécnicos de campo
consistiram de ensaios de densidade “in seu” e de determinação do teor de umidade natural.
Nas figuras a seguir apresenta-se, sempre que possível, análises comparativas com os
resultados obtidos nos ensaios geotécnicos executados no trecho entre os km 27 e km 32,
km 32 e km 37 e km 37 e 42, sendo que alguns já foram apresentados anteriormente nos
Relatórios RP-01 e RP-02. Desta forma, é possível visualizar eventuais variações ou
continuidade de comportamento dos materiais conforme o trecho considerado. Basicamente,
as sondagens e ensaios geotécnicos mostram a ocorrência quase que constante de duas
camadas terrosas na fundação: uma superficial constituída de areias argilosas e outra
subjacente de característica mais granular, usualmente representada por camada de
cascalho laterítico argiloso ou alteração de rocha calcárea.
A Figura 3.1 mostra os resultados das análises granulométricas realizadas somente com as
amostras da camada de solo superficial (areia argilosa), para resultados do km 27 ao 32. A
Figura 3.2 resgata para fins comparativos os resultados da mesma camada no trecho do km
32 ao km 37, e da mesma forma a Figura 3.3 para o intervalo do km 37 ao 42, onde
verificam-se que duas amostras (km 37+300 e km 40+600) encontram-se deslocadas no
gráfico. A Figura 3.4 resume os resultados da granulometria apresentados nas Figura 3.1 a
Figura 3.3
A Figura 3.5 mostra os resultados das granulometrias da camada subjacente, constituída de
cascalho laterítico argiloso, cuja textura é mais grosseira, no trecho do km 27 ao km 32.
Para fins comparativos, a Figura 3.6 apresenta os resultados obtidos no km 32 ao km 37, e
da mesma forma para o trecho do km 37 ao km 42, na Figura 3.7. A Figura 3.8 resume os
resultados da granulometria apresentados nas Figura 3.5 a Figura 3.7.
A Figura 3.9 mostra a análise comparativa dos resultados das análises granulométricas
totais, do km 27 ao km 42, onde é possível caracterizar as diferenças de textura de ambos
os materiais, sendo que algumas amostras de cascalho laterítico sobrepõem-se a camada
superficial de solo.
A Figura 3.10 mostra o Gráfico de Trabalhabilidade, com o comparativo das umidades
ótimas versus teor de umidade natural, discretizando-se os resultados dos trechos conforme
comentado acima. Neste gráfico, com a ressalva da época seca em que foram executados
os ensaios de campo, e além de não existir variações conforme o trecho analisado, fica
evidente a baixa umidade natural dos solos amostrados, ou seja, há o indicativo da
necessidade de sua umidificação (teor de umidade natural<teor de umidade ótima) no caso
de reaproveitamentos em aterros compactados.
Observa-se que no trecho em questão não foram encontradas quaisquer evidências de
solos potencialmente colapsíveis, tal como ocorrido na Etapa 1A. Isto pode ser evidenciado
pela simples observação dos resultados de densidade natural, que revelaram condições
satisfatórias de densificação, tipicamente acima de 1,350 g/cm3. Exceção ocorre no
km 38+400, no km 38+500 e no intervalo do km 41+800 ao km 42, onde foram detectados
resultados de 1,30 g/cm3, sendo que estes materiais têm uma porcentagem de material
passante na peneira de nº 200>65% (alta porcentagem de finos), ou seja, não possuem
textura típica de solos potencialmente colapsíveis.
A Figura 3.11 evidencia os resultados da classificação geotécnica HRB (Highway Research
Board) para os solos da camada superficial, sendo observado que cerca de 59,1% das
amostras foram classificadas no grupo A-6, 26,5% no grupo A-4 e as demais nos grupos A-
2-4 e A-2-6. Conforme já comentado anteriormente (Relatórios RP-01 e RP-02), do km 27
ao km 32 a maioria das amostras foi classificada como A-4, ao contrário dos demais trechos
onde a maior parte classifica-se com A-6.
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

19
_____________________________________________________________________
Na Figura 3.12 onde verifica-se a classificação HRB para a camada de cascalho laterítico
argiloso novamente a maior porcentagem (42,1%) de material foi classificada como A-6,
29,3% como A-2-4, 19,6% como A-2-6, e as demais como A-2-7, A-4 e A-7-6. Conforme já
comentado anteriormente (Relatórios RP-01 e RP-02), do km 27 ao km 37 a maioria das
amostras foi classificada como A-2-4, ao contrário do trecho final onde a maior parte
classifica-se como A-6.
Na Figura 3.13 apresenta-se a classificação geotécnia geral das amostras (camada
superficial e cascalho laterítico) do km 27 ao km 42, sobressaindo-se os materiais
classificados como A-6 (50,6%), A-2-4 (19,6%) e A-4 (16,2%).
Importante destacar que os materiais de fundação, principalmente àqueles da camada de
areia argilosa (superficial), apresentam plasticidade média (IP>7), isto é, são solos com
fração argilosa, não expansivos, e que se prestam plenamente para reaproveitamentos em
aterros compactados.
O resultados dos ensaios de Compactação (Proctor Normal) estão sintetizados na Figura
3.14 onde é possível se observar que a umidade ótima de compactação (hót.) varia entre 7
e 15% na maioria dos casos, enquanto as densidades máximas oscilam entre 1,75 e 2,20
g/cm3. Não se constatou variação significativa ao se comparar os sub-trechos considerados.
Quanto à capacidade de suporte, a Figura 3.15 (Gráfico hót. x ISC) resume a totalidade dos
ensaios de Índice Suporte Califórnia (CBR), também se comparando os segmentos
considerados. Neste gráfico se verifica que a resistência das amostras compactadas pode
variar entre ISC=4% e ISC=24%, aproximadamente, não obtendo-se variação significativa
entre os diferentes trechos analisados. Tais resultados confirmam a possibilidade de
reaproveitamentos em aterros compactados, para os materiais que apresentem ISC>5%.
Por fim, a Figura 3.16 mostra a avaliação comparativa quanto aos resultados de expansão,
determinados pela imersão em água das amostras utilizadas no ensaio de ISC. Observa-se
que os resultados indicam baixa expansão (<2%), ou seja, não foram encontrados materiais
expansivos nos segmentos analisados, onde a maioria das amostras apresentou expansão
menor que 1,25%, concentrando-se até um valor de 0,50%. Exceção ocorre em apenas uma
amostra com expansão superior a 2% (2,36%), sendo esta camada superficial localizada na
estaca 1.485 (km 29+700) no intervalo de 0,30 a 2,50m de profundidade.
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

20
_____________________________________________________________________
200 100 60 50 40 30 20 16 10 4 3/8" 1/2" 3/4"1"11/2" 2" 21/2" 4"
100
0

90 10

80 20

30
70
Porcentagem passante (%)

40

Porcentagem retida (%)


60

50
50

60
40

70
30

80
20

Legenda 90
10 Resultados Canal CP-0
km 27+000 ao km 32+000
100

0
0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000
Diâmetro dos grãos (mm)

Areia Areia Areia


Argila Silte Pedregulho Pedra Matacão
Fina Média Grossa

Fonte: NBR6502 - Rochas e Solos (Set/1995)

Figura 3.1: Análise Granulométrica da Areia Argilosa (Camada Superficial)

200 100 60 50 40 30 20 16 10 4 3/8" 1/2" 3/4"1"11/2" 2" 21/2" 4"


100
0

90 10

20
80

30
70
Porcentagem passante (%)

40

Porcentagem retida (%)


60

50
50

60

40
70

30
80

20
Legenda 90

10 Resultados Canal CP-0


km 32+000 ao km 37+000 100

0
0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000
Diâmetro dos grãos (mm)

Areia Areia Areia


Argila Silte Pedregulho Pedra Matacão
Fina Média Grossa

Fonte: NBR6502 - Rochas e Solos (Set/1995)


1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

Figura 3.2: Análise Granulométrica da Areia Argilosa (Camada Superficial)

21
_____________________________________________________________________
200 100 60 50 40 30 20 16 10 4 3/8" 1/2" 3/4"1"11/2" 2" 21/2" 4"
100
0

90 10

20
80

30
70
Porcentagem passante (%)

40

Porcentagem retida (%)


60

50
50

60

40
70

30
80

20
Legenda
90

10 Resultados Canal CP-0


km 37+000 ao km 42+000 100

0
0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000
Diâmetro dos grãos (mm)

Areia Areia Areia


Argila Silte Pedregulho Pedra Matacão
Fina Média Grossa

Fonte: NBR6502 - Rochas e Solos (Set/1995)

Figura 3.3: Análise Granulométrica da Areia Argilosa (Camada Superficial)


200 100 60 50 40 30 20 16 10 4 3/8" 1/2" 3/4"1"11/2" 2" 21/2" 4"
100
0

90 10

80 20

30
70
Porcentagem passante (%)

40

Porcentagem retida (%)


60

50
50

60
40

Legenda 70
30 Resultados Canal CP-0
km 27+000 ao km 32+000
80
Resultados Canal CP-0
20 km 32+000 ao km 37+000

90
Resultados Canal CP-0
10 km 37+000 ao km 42+000
100

0
0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000
Diâmetro dos grãos (mm)

Areia Areia Areia


Argila Silte Pedregulho Pedra Matacão
Fina Média Grossa

Fonte: NBR6502 - Rochas e Solos (Set/1995)

Figura 3.4: Análise Granulométrica da Areia Argilosa (Camada Superficial)


1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

22
_____________________________________________________________________
200 100 60 50 40 30 20 16 10 4 3/8" 1/2" 3/4"1"11/2" 2" 21/2" 4"
100
0

90 10

20
80

30
70
Porcentagem passante (%)

40

Porcentagem retida (%)


60

50
50

60

40
70

30
80

20
Legenda 90
Resultados Canal CP-0
10 km 27+000 ao km 32+000
100

0
0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000
Diâmetro dos grãos (mm)

Areia Areia Areia


Argila Silte Pedregulho Pedra Matacão
Fina Média Grossa

Fonte: NBR6502 - Rochas e Solos (Set/1995)

Figura 3.5: Análise Granulométrica do Cascalho Laterítico Argiloso (2ª camada)

200 100 60 50 40 30 20 16 10 4 3/8" 1/2" 3/4"1"11/2" 2" 21/2" 4"


100
0

90 10

20
80

30
70
Porcentagem passante (%)

40
60 Porcentagem retida (%)

50
50

60

40
70

30
80

20
Legenda 90

10 Resultados Canal CP-0


100
km 32+000 ao km 37+000

0
0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000
Diâmetro dos grãos (mm)

Areia Areia Areia


Argila Silte Pedregulho Pedra Matacão
Fina Média Grossa
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

Fonte: NBR6502 - Rochas e Solos (Set/1995)

Figura 3.6: Análise Granulométrica do Cascalho Laterítico Argiloso (2ª camada)

23
_____________________________________________________________________
200 100 60 50 40 30 20 16 10 4 3/8" 1/2" 3/4"1"11/2" 2" 21/2" 4"
100
0

90 10

20
80

30
70
Porcentagem passante (%)

40

Porcentagem retida (%)


60

50
50

60

40
70

30
80

20
Legenda
90
Resultados Canal CP-0
10 km 37+000 ao km 42+000
100

0
0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000
Diâmetro dos grãos (mm)

Areia Areia Areia


Argila Silte Pedregulho Pedra Matacão
Fina Média Grossa

Fonte: NBR6502 - Rochas e Solos (Set/1995)

Figura 3.7: Análise Granulométrica do Cascalho Laterítico Argiloso (2ª camada)

200 100 60 50 40 30 20 16 10 4 3/8" 1/2" 3/4"1"11/2" 2" 21/2" 4"


100
0

90 10

20
80

30
70
Porcentagem passante (%)

40 Porcentagem retida (%)


60

50
50

60

40
70

30
Legenda
80
Resultados Canal CP-0
km 27+000 ao km 32+000
20
Resultados Canal CP-0 90
km 32+000 ao km 37+000
10
Resultados Canal CP-0 100
km 37+000 ao km 42+000

0
0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000
Diâmetro dos grãos (mm)

Areia Areia Areia


1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

Argila Silte Pedregulho Pedra Matacão


Fina Média Grossa

Figura 3.8: Análise Granulométrica do Cascalho Laterítico Argiloso (2ª camada)

24
_____________________________________________________________________
200 100 60 50 40 30 20 16 10 4 3/8" 1/2" 3/4"1"11/2" 2" 21/2" 4"
100
0

10
90

20
80

30

70
40
Porcentagem passante (%)

Porcentagem retida (%)


60
50

60
50

70
40

80

30

90

20 100
Legenda

Areia Argilosa (Camada Superficial)


10
Cascalho Laterítico Argiloso
(2ª Camada)

0
0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000
Diâmetro dos grãos (mm)

Areia Areia Areia


Argila Silte Pedregulho Pedra Matacão
Fina Média Grossa

Fon te: NBR6502 - Rochas e So los (Set/1995)

Figura 3.9: Análise Granulométrica (Fundação do Canal CP-0 km 27+000 ao km 42+000)

GRÁFICO hót x UMIDADE NATURAL

30
Canal CP-0 - km27+000 ao km 32+000
28 Canal CP-0- km 32+000 ao km 37+000
Canal CP-0- km 37+000 ao km 42+000
26

24

22

20

18
UMIDADE NATURAL (%)

16

14

12

10

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

TEOR DE UMIDADE ÓTIMA - h ót .(%)

Figura 3.10: Gráfico de Trabalhabilidade (Umidade ótima X Umidade campo)

25
_____________________________________________________________________
60

55

50

45

40
OCORRÊNCIA (%)

35
59,09
30

25

20

15

10 26,52

5
9,85
0 3,79
H.R.G.

A-2-4 A-2-6 A-4 A-6

Figura 3.11: Classificação Geotécnica H. R. B – Areia Argilosa (camada superficial)

Cascalho Laterítico Argiloso


50

45

40

35
OCORRÊNCIA (%)

30

25
42,11
20

15 29,32

10 19,55
5
0,75 2,26
6,02
0
H.R.B.

A-2-4 A-2-6 A-2-7 A-4 A-6 A-7-6

Figura 3.12: Classificação Geotécnica H. R. B – Camada de cascalho Laterítico Argiloso


1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

26
_____________________________________________________________________
60
55
50
45
40
OCORRÊNCIA (%)

35
50,57
30
25
20
15
10 19,62
16,23
5 11,7
0,38 1,51
0
H.R.B.

A-2-4 A-2-6 A-2-7 A-4 A-6 A-7-6

Figura 3.13: Classificação Geotécnica H. R. B – Fundação do Canal CP-0 km 27+000 ao km 42+000

2,50

2,00
D Máx. (g/cm3)

1,50
Canal CP-0 - km27+000 ao km32+000

Canal CP-0 - km32+000 ao km37+000

Canal CP-0 - km37+000 ao km42+000

1,00
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22
TEOR DE UMIDADE ÓTIMA - hót (%)

Figura 3.14: Gráfico hot x D. Max. (Compactação Proctor Normal)


1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

27
_____________________________________________________________________
26
Canal CP-0 - km27+00 ao km32+000
24
Canal CP-0 - km32+00 ao km37+000
22
Canal CP-0 - km37+00 ao km42+000
20
18
16
14
ISC (%)

12
10
8
6
4
2
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22
TEOR DE UMIDADE ÓTIMA - hót (%)

Figura 3.15: Gráfico ht x ISC (Índice Suporte Califórnia)

(Determinação no Ensaio de ISC)


2,50
Canal CP-0 - km27+000 ao km32+000
2,25 Canal CP-0 - km32+000 ao km37+000
Canal CP-0 - km37+000 ao km42+000
2,00

1,75

1,50
EXPANSÃO (%)

1,25

1,00

0,75

0,50

0,25

0,00
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22
TEOR DE UMIDADE ÓTIMA - hót (%)

Figura 3.16: Gráfico hót X Expansão (Determinação no Ensaio de ISC)


1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

28
_____________________________________________________________________
3.4 Obras Especiais
3.4.1 Controle de Nível
O controle de nível é a principal obra de regulação de canais de irrigação. É constituída de
estrutura de concreto e comportas metálicas sendo posicionada transversalmente ao fluxo
d’água de tal forma que as comportas se abrem ou fecham de acordo com a necessidade de
manutenção dos níveis d’água a montante ou a jusante das mesmas, permitindo assim a
regulação do sistema hidráulico.
O funcionamento do canal é baseado no princípio de uma regulação mista realizada a partir
de comportas de setor autocomandadas sendo possível instalar várias comportas em
paralelo, a fim de atender as vazões unitárias demandadas.
O comando a partir de níveis a montante e a jusante será realizado por um PLC que enviará
a um mecanismo de manobra, as ordens de fechamento ou abertura de uma ou de várias
comportas, de modo que possa ser mantido um nível operacional desejado. Os níveis da
água quais poderão ser ajustados em função de parâmetros externos (escalonamento das
vazões transitadas, estação, noite e dia, etc.). Esse tipo de regulação permite a
armazenagem de água nas cunhas do canal durante as horas sem irrigação.
Ao longo do trecho compreendido entre o km 27,02 e o km 42,00 será implantado apenas
um controle de nível. O local desta obre é o km 32,100. (O controle anterior foi implantado
no km 22,081 e o posterior será implantado no km 44,600).
A obra de controle de nível compreende basicamente uma estrutura em concreto armado e
um conjunto de comportas de setor. Também faz parte da obra um jogo de dois stop-logs
metálicos (um para montante e outro para jusante), constituídos de peças com altura e
largura correspondente ao da abertura das comportas. Estes equipamentos serão utilizados
para eventual manutenção das comportas.
O manuseio dos stop-logs será realizado através de pórticos móveis, um de montante e
outro de jusante, que se deslocam sobre trilhos dispostos em passarelas de concreto,
transversais à estrutura, até uma distância de 3,50 m além dos limites da obra. Os stop-logs
metálicos serão estocados em local abrigado, próximo do controle de nível.
No paramento frontal da estrutura do controle de nível previu-se, além do trecho
correspondente à fixação das comportas, duas soleiras vertentes, uma de cada lado da
obra. Estas soleiras terão a função de permitir o vertimento de parte da vazão excedente
que venha a ocorrer no canal, para o trecho subseqüente.
A cota da soleira vertente do controle de nível é 5 cm inferior à do extravasor de emergência
do trecho considerado, de modo que ao ocorrerem vazões excedentes, estas escoem
primeiro para o trecho subseqüente do próprio canal antes de escoar para o sistema de
drenagem. As soleiras vertentes foram dimensionadas para escoar no máximo 20% da
vazão a ser extravasada, conforme critérios do Manual de Irrigação (BUREC/CODEVASF).
A comporta prevista na estrutura de controle de nível é de setor, acionada por macaco
hidráulico com central de óleo.
No Quadro 3.8, adiante, são apresentadas as dimensões das comportas propostas para o
controle de nível.
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

29
_____________________________________________________________________

Quadro 3.8:Dimensões das obras e comportas do controle de nível

Vazão Free- Lâmina Base Dimensões


Nº de Vazão Berma NA est NA din Cota Fundo V Nível Nível
p/ board d'água canal (m) comportas (m)
Nome km compo canal Extra- soleira
unid
rt (m³) vasor verted
(m³) M J (m) M J M J M J M J M J L h R (m/s)

406,
CN3 32+100 4 49,5 12,38 412,59 411,84 1,00 411,59 410,84 410,99 410,84 406,95 4,64 4,25 7,00 6,00 2,90 3,00 5,00 1,42 3,00 2,95
59

30
_____________________________________________________________________

3.4.2 Obras de Segurança – Vertedores


Os vertedores (extravasores) de segurança são obrs cuja função é permitir o
extravasamento controlado das eventuais vazões excedentes que venham a ocorrer em
determinado trecho do canal, seja em decorrência de uma má operação da estrutura de
controle de nível, seja por uma pane numa de suas comportas ou por precipitações
excessivas.
Ao longo do trecho do CP-0 situado entre o km 27,02 e o km 42,00 será necessário
implantar apenas uma obra deste tipo denominada CP0-EX-04 situada no km 38,550.
Nesta obra foi instalada uma comporta de fundo para o eventual esvaziamento do respectivo
trecho de canal. Assim, esta estrutura permite servir como dispositivo de segurança e como
dispositivo de limpeza e manutenção do trecho de canal em questão.
O vertedor em questão é uma obra executada em concreto armado que consiste de uma
soleira vertente executada no talude do canal, em cota definida que possibilite remoção e
condução das vazões excedentes. Essa soleira, dividida em dois segmentos que vertem a
vazão excedente para duas caixas coletoras de seções variáveis, que conduzem o fluxo em
sentido contrário, concentrando-o no centro da obra.
A parte central da obra consiste de um poço vertical que recolhe a vazão das caixas
coletoras direcionando-as para o sistema de drenagem. A esse poço conflui também o fluxo
de esvaziamento, originário da descarga de fundo.
A abertura da descarga de fundo é bloqueada por uma comporta plana com acionamento a
partir da passarela construída na parte superior do poço vertical direcionado a uma galerida
do bueiro BU-CP0-18.
Como critério para o dimensionamento dos extravasores, foi considerada a vazão
correspondente a 10% da vazão do canal no trecho ou a vazão da maior tomada no trecho.
Foi adotado o valor maior, conforme recomendação do BUREC/CODEVASF.
Para dimensionamento da comporta de fundo, adotou-se como critério que a vazão de
esvaziamento correspondente ao de água entre dois controles de nível, seja aquela que
permita o rebaixamento do nível d’água num período de aproximadamente 48 horas. A
localização e as principais características destas obras estão no Quadro 3.9 e Quadro 3.10.

Quadro 3.9:Localização do Extravasor e Descarga de Fundo

EXTRAVASOR E SEGMENTO DE VAZÃO MÁXIMA LOCAL DESCARGA


DESCARREGADOR TRABALHO NO TRECHO
CANAL
OBRA LOCAL km km m³/s BUEIRO TIPO SEÇÃO

CP0 CP0-EX-04 38+550 32+100 44+600 49.5 BU-CP0-18 BQCC 3.00 x 3.00

Quadro 3.10:Dimensões do Extravasor CP0-EX-04 e Descarga de Fundo

VAZÃO
EXTRAVASOR E VAZÃO COTA FREE- N.A. NÍVEL LÂM. COMPR COMPR COTA Q
NO
DESCARREGADOR EXTRAV BERMA BOARD ESTÁT EXTRAV VERT NECES ADOT LÂMIN PROJ
TRECHO

OBRA LOCAL m³/s m³/s m m J m m m m m m³/s


1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

CP0-EX-
38+550 49.5 4.95 411.84 1.00 410.8 411.34 0.40 10.87 11.00 411.74 5.0
04

31
_____________________________________________________________________
3.4.3 Tomadas de Água para Lotes, ER e CS-2
3.4.3.1Dimensionamento hidráulico das tomadas d´água de lotes
As Tomadas d’Água dos Lotes foram dimensionadas considerando as demandas hídricas
previstas no Projeto Básico e as características hidráulicas do Canal CP-0 nos pontos de
derivação da água para os lotes.
O Quadro 3.11 apresenta os elementos resultantes do dimensionamento, com as cotas e
níveis a serem adotados nos detalhamentos das obras.

Quadro 3.11: Dimensionamento das Tomadas d’Água

Cota Cota 1/2Base Diâm Cota máx


NA Cota
Fundo Fundo do (b) (c) do (e) geratriz
LOTE SEÇÃO TIPO Dinâm. Berma
Canal Tomada Canal tubo sup. na
(A) (B) (C) (D) (a) (d) caixa

L.121 27+680 Elevado 411,29 412,59 407,16 410,09 3,5 4,40 3,75 0,60 2,5 410,82
L.122 30+400 Elevado 411,25 412,59 407,14 410,09 3,5 4,43 3,75 0,80 2,5 410,82
L.123 31+520 Elevado 411,09 412,59 407,00 410,09 3,5 4,34 3,75 0,70 2,5 410,59
L.124 31+520 Elevado 411,09 412,59 407,00 410,09 3,5 4,64 3,75 0,80 2,5 410,61
L.125 34+000 Elevado 410,84 411,84 406,59 409,34 3,0 4,12 3,75 0,70 2,5 410,36
L.130 35+800 Elevado 410,66 411,84 406,49 409,34 3,0 4,27 3,75 0,50 2,5 410,14
L.131 37+760 Elevado 410,62 411,84 406,46 409,34 3,0 4,32 3,75 0,70 2,5 410,13
L.132 37+760 Elevado 410,62 411,84 406,46 409,34 3,0 4,32 3,75 0,80 2,5 410,17
L.136 39+300 Elevado 410,47 411,84 408,46 409,34 1,5 4,32 3,75 0,50 2,5 409,90
L.138 40+520 Elevado 410,38 411,84 406,42 409,34 1,5 4,37 3,75 0,70 2,5 409,89
L.140 41+800 Elevado 410,29 411,84 406,40 409,34 1,5 4,41 3,75 0,70 2,5 409,82
L.141 41+800 Elevado 410,29 411,84 406,40 409,34 1,5 4,41 3,75 0,70 2,5 409,82

3.4.3.2Tomadas de Água para as Estações de Recalque (ER)


Os projetos das Estações de Recalque (ER´s) foram desenvolvidos a partir das informações
do Projeto Básico, mantendo-se a concepção original. No Capítulo 5 – Estações de
Recalque são detalhadas tanto as obras civis quanto os equipamentos mecânicos utilizados.

3.4.3.3Verificação Hidráulica de Tomada d’Água para o CS-2


A tomada de água para o Canal CS-2 está situada no km 38+300m e foi dimensionada,
conforme o Projeto Básico, para uma vazão de 14,70 m3/s. As características de
escoamento na entrada do CS-2 são as seguintes:
− Q = 14,70 m3/s
− h = 2,554 m (lâmina d’água)
− v = 0,99 m/s
No local da tomada de água o Canal CP-0 apresenta as seguintes características:
− Lote berma = 411,84 m
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

− N.A. dinâmico = 410,468 m

32
_____________________________________________________________________
− Cota de fundo do Canal CP-0: 406,412 m
− h = 4,056 m (lâmina d’água)
O dimensionamento da Tomada de Água consistiu na equiparação das velocidades de
escoamento da Tomada com o Canal CS-2, isto é v= 0,99 m/s. Nessa condição, a Tomada
d’Água terá as seguintes características:
− Base = 5,00 m (2 células de 2,50 m)
− h = 2,96 m
− i = 0,0001 m/m
A cota de fundo da tomada será:
− N.A. din. do CP-0 = 410,468m
− “h” água da Tomada = 2,96m
− Cota Fundo = 407,508m
Para o detalhamento da tomada de água para o CS-2 foram desenvolvidas as seguintes
atividades:
− compatibilização dos níveis do Canal CP-0 com o CS-2 e com as estruturas;
− elaboração dos cálculos estruturais;
− definição das dimensões dos stop-logs e da capacidade da monovia.

3.4.4 Pontes e Passarelas


As pontes são estruturas em concreto destinadas à travessia dos canais de irrigação, em
locais específicos, por veículos e pedestres. Nos locais próximos às estações de recalque e
de agrovilas foram propostas passarela para facilitar a travessia de pedestres que moram ou
trabalham nas proximidades.

3.4.4.1 Pontes
Estas estruturas, em razões das grandes dimensões do canal CP0, foram denominadas
pontes. Por estarem situadas em pontos críticos do sistema viário, é imprescindível que
estas obras de cruzamento apresentem dimensões compatíveis com os veículos e cargas
que circulam no interior do Perímetro Irrigado e que sejam executadas dentro das melhores
técnicas, de forma a garantir o trânsito de veículos e pessoas, em qualquer época.
No trecho do canal CP0 compreendido entre o km 27 e km 42 serão implantadas quatro
pontes cuja localização está mostrada no
Quadro 3.12 a seguir.

Quadro 3.12:Localização e características das pontes

LOCALIZAÇÃO

NOMES DAS OBRAS CANAL km Estaca

CP0-PO-03 CP0 27+100 1355+00,0


1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

CP0-PO-04 CP0 35+050 1752+50,0

33
_____________________________________________________________________

LOCALIZAÇÃO

NOMES DAS OBRAS CANAL km Estaca

CP0-PO-05 CP0 38+280 1914+00,0

CP0-PO-06 CP0 41+750 2087+50,0

As pontes propostas apresentam uma largura da pista igual a 6,0 m, sem acostamento. Seu
comprimento será suficiente para cobrir a boca do canal além de parte da berma, conforme
mostrado nos Desenho VIA-GEM-01, VIA-GEM-04, VIA-GEM-05 e VIA-IMP-04.

3.4.4.2 Passarelas
As passarelas foram localizadas, sempre que possível, próximo às obras das Estações de
Pressurização (EP), tomadas de água e outros locais de provável fluxo significativo de
pessoas, de forma a conciliar a necessidade de atender ao trânsito de pedestres e também
do pessoal de operação e manutenção.
As passarelas são estruturas obrigatórias que tem a função de encurtar distâncias para os
pedestres, presentes em grande número num perímetro irrigado. Como o Perímetro foi
preconizado de forma que as moradias dos irrigantes estarão localizadas no próprio lote
agrícola, as passarelas, junto com as demais estruturas de acesso, permitirão que as
pessoas possam se deslocar mais facilmente no interior do Perímetro de Irrigação.
Considerando que haverá outros pontos de travessia (pontes) foram propostas passarelas
espaçadas de aproximadamente 2.000 m entre si conforme mostrado no Quadro 3.13

Quadro 3.13:Localização e características das passarelas

LOCALIZAÇÃO

NOMES DAS OBRAS CANAL km ESTACA

CP0-PA-03 CP0 29+600 1480+00,0

CP0-PA-03A CP0 31+500 1575+00,0

CP0-PA-04 CP0 34+000 1700+00,0

CP0-PA-05 CP0 35+720 1786+00,0

CP0-PA-06 CP0 40+480 2024+00,0

As dimensões e elevações das passarelas estão mostradas nos Desenhos VIA-GEM-02,


VIA-GEM-03, VIA-IMP-05, VIA-IMP-06 e VIA-IMP-08.

3.5 Drenagem
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

Neste item são abordadas a drenagem profunda (no fundo do canal) e os bueiros sob o
canal.
34
_____________________________________________________________________

3.5.1 Drenagem Profunda


A drenagem profunda tem a função de coletar e direcionar a água que pode se acumular no
fundo do canal (abaixo do revestimento) direcionando-a para pontos de deságue (galerias
de bueiros ou poços coletores).

3.5.1.1 Drenagem Profunda – Detalhamento dos poços coletores


O detalhamento dos Poços Coletores da Drenagem Profunda compreendeu a definição dos
elementos de projeto e de implantação do deságüe do sistema de drenos coletores
subterrâneos da fundação do Canal CP-0 nos locais onde não será possível a livre
drenagem por gravidade. Ou seja, nos segmentos onde houver impossibilidade de deságüe
gravitacional dos drenos profundos em trincheiras drenantes transversais ou em alas de
bueiros, deverá ser implantado um Poço Coletor a ser monitorado e, eventualmente, com
rebaixamento de nível d´água nas situações de canal vazio.
Para tanto, é apresentado a seguir uma verificação e dimensionamento dos drenos
coletores, com estimativa das vazões subterrâneas afluentes no Poço Coletor. Em
continuação, nos Desenhos do Projeto, apresentam-se os elementos de locação e de
implantação destas obras.

3.5.1.1.1 Verificação e Dimensionamento dos Drenos Coletores Profundos


A seguir, estão descritos os itens de geometria, condicionantes topográficos, parâmetros
geotécnicos adotados, metodologia de análise e os resultados obtidos para a estimativa de
vazão subterrânea esperada para o Poço Coletor.

a) Considerações Prévias
Para o detalhamento dos Poços Coletores foi necessário desenvolver inicialmente um
estudo específico quanto às análises do fluxo d´água subterrâneo a ser captado ao longo
dos drenos coletores subterrâneos. Estes elementos de drenagem, conforme o projeto
básico existente, constituem-se de tubo dreno perfurado de DN 100 mm envolto por camada
granular drenante e envelopamento de geotêxtil.
Caso esse sistema de drenagem subterrânea sob o canal não funcione corretamente,
poderiam ocorrer problemas advindos de subpressão hidrostática no fundo do canal e/ou
base dos taludes internos, e conseqüentemente, o possível “levantamento” das placas de
concreto do revestimento. Um dos princípios básicos para que o sistema funcione está
alicerçado no fato de que o local de saída da drenagem profunda seja dotado de livre
drenagem, sem obstáculos ou retenções de fluxo, ou então de poço de drenagem
(denominado de Poço Coletor, no presente caso).

b) Geometria e Parâmetros Geotécnicos Adotados


Para a análise e simulação do fluxo d’água subterrâneo a ser esgotado pelos drenos
profundos foi considerada a geometria da seção transversal do canal CP-0, com largura de
fundo 7,00m, adotando-se parâmetros geotécnicos compatíveis com os resultados das
investigações geológico-geotécnicas.
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

35
_____________________________________________________________________
A seção do canal considerada e as condições de contorno estão apresentadas na Figura
3.17, onde também encontram-se indicados os valores adotados do coeficiente de
permeabilidade (k) dos materiais da fundação, entre eles:
• Solo da berma do canal (aterro compactado): k = 10-6cm/s;
• Solo argilo-arenoso com pedregulhos ou areia argilosa com pedregulhos: k = 10-6
cm/s;
• Cascalho laterítico ou alteração de rocha calcárea: k = 10-5 cm/s.
O desnível adotado entre o topo e o fundo do canal foi de 5,0 m, a largura da berma é de 4,0
m e a inclinação dos taludes internos e externos é de 1:1,5 (v:h). A Figura 3.17 mostra
também o arranjo da malha de elementos finitos considerada nas análises de fluxo,
conforme descrito em continuação.
A seção tipo do dreno profundo encontra-se apresentada na Figura 3.18, onde se considera
que o fluxo de água subterrânea deverá ser captado e coletado no tubo dreno e na camada
drenante de brita Nº 01, direcionando estas águas para Poços Coletores, onde o nível
d’água deverá ser monitorado, especialmente quando o canal estiver vazio ou com baixa
lâmina d´água (altura menor que 2m). Na análise, para a implantação do dreno coletor
profundo, considerou-se uma declividade longitudinal de, no mínimo, 0,1% para não
aprofundar muito as escavações, minimizando a quantidade de poços e o custo dos
serviços.
Projeto Baixio de Irecê
canal de irrigação
km 27 ao 42
32

30
aterro compactado
k=10-6cm/s
28

26 L = 4,0m
N.A. 1,5 T.N.
1,0
24 solo argilo-arenoso
com pedregulhos
cotas (m)

1,5
22 1,0 k=10-6cm/s

fundo canal cascalho laterítico


20
k=10-5cm/s
18

16

14
dreno subterrâneo
12

10
5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

distância (m)
Figura 3.17:Geometria Analisada com Condições de Contorno e Malha de Elementos Finitos
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

36
_____________________________________________________________________

Figura 3.18: Seção Tipo do Dreno Profundo

c) Metodologia de Cálculo das Vazões


Considerando que o fluxo d’água a ser captado pelo sistema de drenagem profunda
basicamente estará condicionado ao regime de águas de fundação, isto é, águas advindas
da flutuação do lençol freático e que este é determinado pela incidência de chuvas na
região, foi adotada como ferramenta de cálculo o Programa SEEP/W.
O software SEEP/W, da GEO-SLOPE, indicado especialmente para simular o fluxo d´água
em taludes e fundações, através de modelagem numérica, permite estimar o
comportamento das redes de fluxo subterrâneas, bem como estimar as vazões em pontos
ou seções pré-estabelecidos, a partir do método de elementos finitos, dado um conjunto de
informações geométricas, dos materiais e das condições de contorno.
A Figura 3.19 apresenta os resultados do processamento e cálculo matemático para a
simulação realizada tendo por base à geometria de meia seção do canal (o problema é
simétrico).
Nessa figura, a seta de cor azul (em destaque no interior da elipse na cor amarela)
representa uma seção onde se deseja conhecer a vazão total d'água percolada nas
fundações do canal e que deverá ser coletada pelo tubo dreno e pela camada drenante de
brita.
Observa-se, ainda, que as gradações de cores ilustradas na Figura 3.19 indicam zonas com
diferentes cargas hidráulicas, ou seja, no topo da berma a carga hidráulica supostamente
seria elevada (cor vermelha) e nas proximidades do dreno profundo a carga hidráulica é
quase nula (cor azul), devido ao alívio de pressões obtido pela presença do dreno.
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

37
_____________________________________________________________________
km 27 ao 42
32

30
aterro compactado
28
k=10-6cm/s

26 L = 4,0m
N.A. 25 1,5 T.N.
1,0
24 24 solo argilo-arenoso
1,5 com pedregulhos
23.5
cotas (m)

22 1,0 k=10-6cm/s

fundo canal cascalho laterítico

23
20
k=10-5cm/s

22

22.5
18
20

20.5

21

21.5
16

14
dreno subterrâneo
12

10
5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

distância (m)

Figura 3.19: Zonas com diferentes cargas hidráulicas

d) Resultados Obtidos
Na Figura 3.20, também obtida pelo processamento do SEEP/W, observa-se que surgem
vetores que representam os caminhos preferenciais para o fluxo d'água subterrâneo.
Verifica-se que o fluxo é mais intenso nas proximidades do dreno profundo, onde as setas
estão com maior tamanho. Como esperado, o fluxo d’água subterrâneo direciona-se para o
dreno profundo, que deverá ser capaz de absorver este fluxo e direcioná-lo aos poços
coletores, sendo melhor detalhado na Figura 3.21.
Projeto Baixio de Irecê
canal de irrigação
km 27 ao 42
32

30
aterro compactado
k=10-6cm/s
28

26 L = 4,0m
N.A. 1,5 T.N.
1,0
24 solo argilo-arenoso
1,5 com pedregulhos
cotas (m)

22 1,0 k=10-6cm/s

fundo canal cascalho laterítico


20
1.0728e-007

k=10-5cm/s
18

16

14
dreno subterrâneo
12

10
5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

distância (m)

Figura 3.20: Resultados da simulação de fluxo d'água subterrâneo numa seção típica
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

38
_____________________________________________________________________

Figura 3.21: Detalhe das linhas de drenagem (verde) com as setas direcionando o fluxo

Observa-se que a vazão total unitária máxima calculada na seção de interesse é de 1,07 x
10-7 m3/s/m (Figura 3.20), ou seja, aproximadamente 0,00642 l/min/m (0,000107 l/s/m), a
qual deverá ser drenada pelo tubo DN 100mm e pela camada drenante. Deste modo,
considerando-se um trecho de comprimento máximo de 500 m, a estimativa de vazão do
fluxo subterrâneo total em um dreno resulta em 500 x 0,000107 = 0,0535 l/s.
Assim sendo, a estimativa de vazão total de chegada dos drenos profundos no Poço
Coletor, considerando quatro tubos, é da ordem de 4 x 0,0535 l/s = 0,214 l/s, o que é
perfeitamente possível de drenar através de um bombeamento provisório (motobombas).
Para o cálculo da vazão possível pela camada drenante que envolve o tubo, considerou-se
a seguinte fórmula:
Q camada drenante = A× k ×i

Onde:
A = área da seção transversal da camada drenante, em m2;
k = condutividade hidráulica do material envolvente do tubo dreno, em m/s;
i = gradiente hidráulico, em m/m.
Ou seja, para o caso em questão:
Qcamada drenante = A × k × i = 0,60m×,30m × 0,01m / s × 0,001m / m = 1,8 × 10 −6 m 3 / s / m
Qcamada drenante = 0,0018L / s / m
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

39
_____________________________________________________________________
Considerando-se que cada trecho deverá ser esgotado pelo dreno profundo, ou seja, para
500 m de extensão, a vazão total possível de percolar pela camada drenante é de 0,90 l/s.
Conforme a Figura 3.22, que apresenta um quadro de vazões e velocidades de fluxo
estimativas para os tubos drenos, em função da declividade média longitudinal, a vazão
drenada por tubo dreno DN 100 mm e declividade média do dreno (m/m) de 0,1 % é de pelo
menos 0,82 l/s. Nesta figura também estão apresentadas as fórmulas básicas utilizadas
nestes cálculos.

Figura 3.22: Estimativa de Vazões e Velocidades de Fluxo em Tubo Dreno Perfurado

Deste modo, a vazão total possível (dreno profundo) resulta em 1,72 l/s, somando-se a
capacidade do tubo dreno (0,82 l/s) e da camada drenante (0,90 l/s).
A estimativa do fator de segurança (FS) quanto ao esgotamento do fluxo subterrâneo pelo
dreno profundo pode ser avaliada pela relação:
Qdreno profundo
FS =
Qfluxo subterrâneo
Considerando-se tão somente a livre drenagem pelo tubo dreno DN 100mm, tem-se:
Qtubo 0,82
FS = = ≈ 15,33
Qfluxo subterrâneo 0,0535
Considerando-se a totalidade da drenagem propiciada pelo tubo dreno mais a camada
drenante, tem-se:
Qcamada drenante + Qtubo 0,90 + 0,82 1,72
FS = = = ≈ 32,15
Qfluxo subterrâneo 0,0535 0,0535
Ou seja, dadas as incertezas das variáveis que cercam o problema (intensidade de chuvas,
período de execução de obras, variações nas condutividades hidráulicas dos materiais da
fundação, etc), bem com a possibilidade de ocorrência de eventos supervenientes (entre os
quais a possibilidade de infiltrações d´água no contato revestimento x fundação, assim como
fluxos concentrados condicionados pelo regime de fraturas da rocha embasante), considera-
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

se aceitável a magnitude da segurança estimada.

40
_____________________________________________________________________
3.5.1.1.2 Detalhes Construtivos dos Poços Coletores
Os Poços Coletores da Drenagem Profunda do CP-0 foram detalhados e constam dos
Desenhos CP0-TER-19, 20 e 21. Os aspectos construtivos foram descritos e estão
detalhados nas Especificações Técnicas ET-00-065.

3.5.2 Bueiros do CP0


Os bueiros sob o canal CP0 ao longo do trecho entre os km 27,02 e km 42,00 foram
mantidos nos mesmos locais indicados no Projeto Básico bem como foi mantido o projeto
hidráulico e, consequentemente, suas dimensões.
Para o dimensionamento hidráulico destes bueiros foram obedecidos os mesmos
procedimentos utilizados para os bueiros do restante do projeto, ou seja, vazões para
TR=25 anos além de uma verificação para vazão para TR=50 anos com o bueiro
funcionando com seção plena e considerando-se os seguintes aspectos:
− carga hidráulica igual ao diâmetro D para bueiros tubulares ou igual a altura (H) da
galeria para o caso dos bueiros celulares;
− cálculo da capacidade da vazão da tubulação;
− verificação com entrada afogada, não permitindo que o nível da água a montante atinja
as bermas dos canais nem a cota do subleito das estradas;
Os bueiros sob o canal nete trecho são todos celulares e suas seções foram calculadas
utilizando-se a seguinte equação:

Q = c . A 2 gh , onde:
− B = base da galeria;
− h = altura da galeria;
− Cd = coeficiente de descarga (0,63).
Os resultados dos cálculos de dimensionamento dos bueiros sob os canais estão
apresentados no Quadro 3.14 a seguir.
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

41
_____________________________________________________________________

Quadro 3.14:Características dos Bueiros sob o Canal CP0 (km 27 até km 42)

Cota Cota Cota


"L" Cota Q TR= Q TR= Decliv Decliv "e"
Nome da Dreno ou km do fundo berma fundo Tipo de DN DN ou Veloc
total terreno 25anos 50anos crítica adotada parede H/D
obra trecho canal canal canal bueiro bueiro ou H H (m/s)
(m) (m) (m³/s) (m³/s) (m/m) (m/m) (m)
(m) (m) (m)

BU-CP0-14 D-15.4-L4 29+920 72,28 409,00 407,00 412,59 404,20 32,79 42,68 BTCC 2,00 2,00 0,0062 0,0050 0,200 0,95 3,56

BU-CP0-15 D-15.6.1-L3 32+760 69,34 408,31 406,48 411,84 403,18 44,58 61,98 BDCC 2,50 2,50 0,0058 0,0050 0,200 0,96 4,14

BU-CP0-16 D-15.6.3-L3 35+070 69,16 408,00 406,43 411,84 403,13 48,97 69,15 BDCC 2,50 2,50 0,0058 0,0050 0,200 0,96 4,14

BU-CP0-17 D-15.6.3.1-L3 35+920 71,03 409,01 406,45 411,84 403,15 47,27 64,60 BDCC 2,50 2,50 0,0058 0,0050 0,200 0,96 4,14

BU-CP0-18 D-15.6-L5 38+550 67,98 408,80 406,41 411,84 402,56 137,86 185,36 BQCC 3,00 3,00 0,0054 0,0050 0,250 0,97 4,68

42
_____________________________________________________________________
3.5.3 Drenos a Jusante de CP0
Os drenos de jusante do Canal CP-0 foram projetados com a finalidade de possibilitar o
afastamento disciplinado das águas de drenagem superficial do corpo da obra do canal,
após a passagem pelos respectivos bueiros previstos no Sistema de Drenagem. Estes
drenos também recebem as vazões de drenagem provenientes das áreas agrícolas situadas
ao longo de seu percurso até um ponto de deságüe em dreno escavado ou em curso d’água
maior.
Para o dimensionamento desses drenos foram empregadas equações convencionais da
hidráulica que determinaram as respectivas seções de escoamento, conforme indicado no
Quadro 3.15 a seguir.

Quadro 3.15:Dimensionamento dos Drenos a Jusante dos Bueiros sob o Canal CP0

Dados de entrada Produtos de cálculo - seção hidráulica

Obras, V
Drenos / Veloc Segmentos (km) L H b B h Am Pm Rh I
Vazão Talude máx
Trechos máx
(m³/s) 1V:1H
(m/s)
Início Fim (m) (m) (m) (m) (m) (m2) (m) (m) (m/m) (m/s)

BU-CP0-14 16,24 1,20 1,00 5.440,0 5.400,0 40,0 2,10 4,50 8,69 2,09 13,81 10,42 1,32 0,00118 1,18

BU-CP0-14 16,24 1,20 1,00 5.400,0 5.380,0 20,0 2,10 4,50 8,69 2,09 13,81 10,42 1,32 0,00118 1,18

D-15.4-L4 19,96 1,00 1,00 5.380,0 5.200,0 180,0 2,81 4,50 10,12 2,81 20,55 12,45 1,65 0,00060 0,98

D-15.4-L4 19,96 1,00 1,00 5.200,0 5.000,0 200,0 2,74 4,50 9,98 2,74 19,85 12,25 1,62 0,00064 1,00

D-15.4-L4 19,96 1,00 1,00 5.000,0 4.800,0 200,0 2,74 4,50 9,98 2,74 19,85 12,25 1,62 0,00064 1,00

D-15.4-L4 19,96 1,00 1,00 4.800,0 4.600,0 200,0 2,74 4,50 9,98 2,74 19,85 12,25 1,62 0,00064 1,00

D-15.4-L4 19,96 1,00 1,00 4.600,0 4.400,0 200,0 2,74 4,50 9,98 2,74 19,85 12,25 1,62 0,00064 1,00

D-15.4-L4 19,96 1,00 1,00 4.400,0 4.200,0 200,0 2,74 4,50 9,98 2,74 19,85 12,25 1,62 0,00064 1,00

D-15.4-L4 19,96 0,75 1,00 4.200,0 4.000,0 200,0 3,35 4,50 11,20 3,35 26,30 13,98 1,88 0,00030 0,75

D-15.4-L4 19,96 0,75 1,00 4.000,0 3.800,0 200,0 3,35 4,50 11,20 3,35 26,30 13,98 1,88 0,00030 0,75

D-15.4-L4 19,96 0,75 1,00 3.800,0 3.600,0 200,0 3,35 4,50 11,20 3,35 26,30 13,98 1,88 0,00030 0,75

D-15.4-L4 19,96 0,75 1,00 3.600,0 3.400,0 200,0 3,35 4,50 11,20 3,35 26,30 13,98 1,88 0,00030 0,75

D-15.4-L4 19,96 0,75 1,00 3.400,0 3.200,0 200,0 3,35 4,50 11,20 3,35 26,30 13,98 1,88 0,00030 0,75

D-15.4-L4 19,96 0,75 1,00 3.200,0 3.000,0 200,0 3,35 4,50 11,20 3,35 26,30 13,98 1,88 0,00030 0,75

D-15.4-L4 19,96 0,75 1,00 3.000,0 2.800,0 200,0 3,35 4,50 11,20 3,35 26,30 13,98 1,88 0,00030 0,75

D-15.4-L4 19,96 0,75 1,00 2.800,0 2.600,0 200,0 3,35 4,50 11,20 3,35 26,30 13,98 1,88 0,00030 0,75

D-15.4-L4 19,96 1,20 1,00 2.600,0 2.400,0 200,0 2,39 4,50 9,27 2,38 16,41 11,24 1,46 0,00108 1,21
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

D-15.4-L4 19,96 1,20 1,00 2.400,0 2.200,0 200,0 2,39 4,50 9,27 2,38 16,41 11,24 1,46 0,00108 1,21

D-15.4-L4 19,96 1,20 1,00 2.200,0 2.000,0 200,0 2,39 4,50 9,27 2,38 16,41 11,24 1,46 0,00108 1,21

43
_____________________________________________________________________
Dados de entrada Produtos de cálculo - seção hidráulica

Obras, V
Drenos / Veloc Segmentos (km) L H b B h Am Pm Rh I
Vazão Talude máx
Trechos máx
(m³/s) 1V:1H
(m/s)
Início Fim (m) (m) (m) (m) (m) (m2) (m) (m) (m/m) (m/s)

D-15.4-L4 19,96 1,20 1,00 2.000,0 1.800,0 200,0 2,39 4,50 9,27 2,38 16,41 11,24 1,46 0,00108 1,21

D-15.4-L4 19,96 1,20 1,00 1.800,0 1.600,0 200,0 2,39 4,50 9,27 2,38 16,41 11,24 1,46 0,00108 1,21

D-15.4-L4 19,96 1,20 1,00 1.600,0 1.400,0 200,0 2,39 4,50 9,27 2,38 16,41 11,24 1,46 0,00108 1,21

D-15.4-L4 19,96 1,20 1,00 1.400,0 1.200,0 200,0 2,39 4,50 9,27 2,38 16,41 11,24 1,46 0,00108 1,21

D-15.4-L4 19,96 1,20 1,00 1.200,0 1.000,0 200,0 2,39 4,50 9,27 2,38 16,41 11,24 1,46 0,00108 1,21

D-15.4-L4 19,96 1,20 1,00 1.000,0 800,0 200,0 2,39 4,50 9,27 2,38 16,41 11,24 1,46 0,00108 1,21

D-15.4-L4 19,96 1,20 1,00 800,0 600,0 200,0 2,39 4,50 9,27 2,38 16,41 11,24 1,46 0,00108 1,21

D-15.4-L4 19,96 1,20 1,00 600,0 400,0 200,0 2,39 4,50 9,27 2,38 16,41 11,24 1,46 0,00108 1,21

D-15.4-L4 19,96 1,00 1,00 400,0 200,0 200,0 2,74 4,50 9,98 2,74 19,85 12,25 1,62 0,00064 1,00

D-15.4-L4 19,96 1,00 1,00 200,0 0,0 200,0 2,74 4,50 9,98 2,74 19,85 12,25 1,62 0,00064 1,00

BU-CP0-15 17,69 1,20 1,00 2.480,0 2.420,0 60,0 2,19 4,50 8,87 2,19 14,62 10,69 1,37 0,00116 1,20

D-15.6.1-L3 19,14 1,20 1,00 2.420,0 2.400,0 20,0 2,32 4,50 9,14 2,32 15,84 11,07 1,43 0,00109 1,20

D-15.6.1-L3 19,14 1,00 1,00 2.400,0 2.200,0 200,0 2,65 4,50 9,80 2,65 18,94 11,99 1,58 0,00067 1,00

D-15.6.1-L3 19,14 0,75 1,00 2.200,0 2.000,0 200,0 3,27 4,50 11,03 3,26 25,34 13,73 1,85 0,00030 0,75

D-15.6.1-L3 19,14 0,50 1,00 2.000,0 1.800,0 200,0 4,32 4,50 13,14 4,32 38,10 16,72 2,28 0,00010 0,50

D-15.6.1-L3 19,14 0,50 1,00 1.800,0 1.600,0 200,0 4,32 4,50 13,14 4,32 38,10 16,72 2,28 0,00010 0,50

D-15.6.1-L3 19,14 0,50 1,00 1.600,0 1.400,0 200,0 4,32 4,50 13,14 4,32 38,10 16,72 2,28 0,00010 0,50

D-15.6.1-L3 19,14 0,50 1,00 1.400,0 1.200,0 200,0 4,32 4,50 13,14 4,32 38,10 16,72 2,28 0,00010 0,50

D-15.6.1-L3 19,14 0,50 1,00 1.240,0 1.200,0 40,0 4,30 4,50 13,10 4,30 37,85 16,67 2,27 0,00010 0,50

D-15.6.1-L3 19,14 0,50 1,00 1.200,0 1.000,0 200,0 4,31 4,50 13,11 4,31 37,92 16,68 2,27 0,00010 0,50

D-15.6.1-L3 19,14 0,50 1,00 1.000,0 800,0 200,0 4,31 4,50 13,12 4,31 38,00 16,70 2,28 0,00010 0,50

D-15.6.1-L3 19,14 0,50 1,00 800,0 600,0 200,0 4,31 4,50 13,12 4,31 37,96 16,69 2,27 0,00010 0,50

D-15.6.1-L3 19,14 0,50 1,00 600,0 400,0 200,0 4,33 4,50 13,15 4,32 38,15 16,73 2,28 0,00010 0,50

D-15.6.1-L3 19,14 0,50 1,00 400,0 200,0 200,0 4,32 4,50 13,13 4,32 38,05 16,71 2,28 0,00010 0,50

D-15.6.1-L3 19,14 0,50 1,00 200,0 0,0 200,0 4,31 4,50 13,11 4,31 37,93 16,68 2,27 0,00010 0,50

D-15.6.1-L3 19,14 0,50 1,00 0,0 0,0 4,30 4,50 13,09 4,29 37,76 16,65 2,27 0,00010 0,50
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

BU-CP0-16 22,21 1,20 1,00 1.980,0 1.920,0 60,0 2,54 5,00 10,08 2,54 19,15 12,18 1,57 0,00091 1,17

44
_____________________________________________________________________
Dados de entrada Produtos de cálculo - seção hidráulica

Obras, V
Drenos / Veloc Segmentos (km) L H b B h Am Pm Rh I
Vazão Talude máx
Trechos máx
(m³/s) 1V:1H
(m/s)
Início Fim (m) (m) (m) (m) (m) (m2) (m) (m) (m/m) (m/s)

D-15.6.3-L3 22,21 1,00 1,00 1.920,0 1.800,0 120,0 2,83 5,00 10,66 2,83 22,14 13,00 1,70 0,00060 0,99

D-15.6.3-L3 22,21 0,75 1,00 1.800,0 1.600,0 200,0 3,47 5,00 11,93 3,46 29,32 14,80 1,98 0,00028 0,75

D-15.6.3-L3 22,21 0,50 1,00 1.600,0 1.400,0 200,0 4,59 5,00 14,18 4,59 44,00 17,98 2,45 0,00009 0,50

D-15.6.3-L3 22,21 0,50 1,00 1.400,0 1.200,0 200,0 4,59 5,00 14,18 4,59 44,00 17,98 2,45 0,00009 0,50

D-15.6.3-L3 22,21 0,50 1,00 1.200,0 1.000,0 200,0 4,59 5,00 14,18 4,59 44,00 17,98 2,45 0,00009 0,50

D-15.6.3-L3 22,21 0,50 1,00 1.000,0 800,0 200,0 4,59 5,00 14,18 4,59 44,00 17,98 2,45 0,00009 0,50

D-15.6.3-L3 22,21 0,50 1,00 800,0 600,0 200,0 4,59 5,00 14,18 4,59 44,00 17,98 2,45 0,00009 0,50

D-15.6.3-L3 22,21 0,50 1,00 600,0 400,0 200,0 4,59 5,00 14,18 4,59 44,00 17,98 2,45 0,00009 0,50

D-15.6.3-L3 22,21 0,50 1,00 400,0 200,0 200,0 4,59 5,00 14,18 4,59 44,00 17,98 2,45 0,00009 0,50

D-15.6.3-L3 22,21 0,50 1,00 200,0 0,0 200,0 4,59 5,00 14,18 4,59 44,00 17,98 2,45 0,00009 0,50

BU-CP0-17 19,84 1,20 1,00 1.280,0 1.220,0 60,0 2,28 5,00 9,56 2,28 16,62 11,45 1,45 0,00105 1,18

D-15.6.3.1-L3 19,84 0,70 1,00 1.220,0 1.200,0 20,0 3,36 5,00 11,71 3,36 28,04 14,49 1,94 0,00025 0,70

D-15.6.3.1-L3 19,84 0,50 1,00 1.200,0 1.000,0 200,0 3,95 6,00 13,89 3,95 39,23 17,16 2,29 0,00010 0,50

D-15.6.3.1-L3 19,84 0,50 1,00 1.000,0 800,0 200,0 3,95 6,00 13,89 3,95 39,23 17,16 2,29 0,00010 0,50

D-15.6.3.1-L3 19,84 0,50 1,00 800,0 600,0 200,0 3,95 6,00 13,89 3,95 39,23 17,16 2,29 0,00010 0,50

D-15.6.3.1-L3 19,84 0,50 1,00 600,0 400,0 200,0 3,95 6,00 13,89 3,95 39,23 17,16 2,29 0,00010 0,50

D-15.6.3.1-L3 19,84 0,50 1,00 400,0 200,0 200,0 3,95 6,00 13,89 3,95 39,23 17,16 2,29 0,00010 0,50

D-15.6.3.1-L3 19,84 0,50 1,00 200,0 0,0 200,0 3,95 6,00 13,89 3,95 39,23 17,16 2,29 0,00010 0,50

D-15.6.3.1-L3 19,84 0,50 1,00 0,0 0,0 3,95 6,00 13,89 3,95 39,23 17,16 2,29 0,00010 0,50

BU-CP0-18 61,38 1,20 1,00 9.060,0 9.000,0 60,0 3,74 10,00 17,47 3,74 51,30 20,56 2,49 0,00052 1,20

D-15.6-L5 61,38 1,20 1,00 9.000,0 8.800,0 200,0 3,74 10,00 17,47 3,74 51,30 20,56 2,49 0,00052 1,20

D-15.6-L5 61,38 0,75 1,00 8.800,0 8.600,0 200,0 5,37 10,00 20,73 5,36 82,41 25,17 3,27 0,00014 0,75

D-15.6-L5 61,38 0,50 1,00 8.600,0 8.400,0 200,0 7,18 10,00 24,35 7,18 123,2 30,30 4,07 0,00005 0,50

D-15.6-L5 61,38 0,50 1,00 8.400,0 8.200,0 200,0 7,18 10,00 24,35 7,18 123,2 30,30 4,07 0,00005 0,50

D-15.6-L5 61,38 0,50 1,00 8.200,0 8.140,0 60,0 7,18 10,00 24,35 7,18 123,2 30,30 4,07 0,00005 0,50

D-15.6-L6 61,79 0,45 1,00 8.140,0 8.000,0 140,0 7,71 10,00 25,42 7,71 136,5 31,80 4,29 0,00004 0,45
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

D-15.6-L6 61,79 0,45 1,00 8.000,0 7.800,0 200,0 7,71 10,00 25,42 7,71 136,5 31,80 4,29 0,00004 0,45

45
_____________________________________________________________________
Dados de entrada Produtos de cálculo - seção hidráulica

Obras, V
Drenos / Veloc Segmentos (km) L H b B h Am Pm Rh I
Vazão Talude máx
Trechos máx
(m³/s) 1V:1H
(m/s)
Início Fim (m) (m) (m) (m) (m) (m2) (m) (m) (m/m) (m/s)

D-15.6-L6 61,79 0,45 1,00 7.800,0 7.600,0 200,0 7,71 10,00 25,42 7,71 136,5 31,80 4,29 0,00004 0,45

D-15.6-L6 61,79 0,45 1,00 7.600,0 7.400,0 200,0 7,71 10,00 25,42 7,71 136,5 31,80 4,29 0,00004 0,45

D-15.6-L6 61,79 0,45 1,00 7.400,0 7.200,0 200,0 7,71 10,00 25,42 7,71 136,5 31,80 4,29 0,00004 0,45

D-15.6-L6 61,79 0,45 1,00 7.200,0 7.000,0 200,0 7,71 10,00 25,42 7,71 136,5 31,80 4,29 0,00004 0,45

D-15.6-L6 61,79 0,45 1,00 7.000,0 6.800,0 200,0 7,71 10,00 25,42 7,71 136,5 31,80 4,29 0,00004 0,45

D-15.6-L6 61,79 0,45 1,00 6.800,0 6.600,0 200,0 7,71 10,00 25,42 7,71 136,5 31,80 4,29 0,00004 0,45

D-15.6-L6 61,79 0,45 1,00 6.600,0 6.400,0 200,0 7,71 10,00 25,42 7,71 136,5 31,80 4,29 0,00004 0,45

D-15.6-L6 61,79 0,45 1,00 6.400,0 6.200,0 200,0 7,71 10,00 25,42 7,71 136,5 31,80 4,29 0,00004 0,45

D-15.6-L6 61,79 0,45 1,00 6.200,0 6.000,0 200,0 7,71 10,00 25,42 7,71 136,5 31,80 4,29 0,00004 0,45

D-15.6-L6 61,79 0,45 1,00 6.000,0 5.800,0 200,0 7,71 10,00 25,42 7,71 136,5 31,80 4,29 0,00004 0,45

D-15.6-L6 61,79 0,45 1,00 5.800,0 5.600,0 200,0 7,71 10,00 25,42 7,71 136,5 31,80 4,29 0,00004 0,45

D-15.6-L7 88,73 0,45 1,00 5.600,0 5.400,0 200,0 9,85 10,00 29,70 9,85 195,5 37,86 5,16 0,00003 0,45

D-15.6-L7 88,73 0,45 1,00 5.400,0 5.200,0 200,0 9,85 10,00 29,70 9,85 195,5 37,86 5,16 0,00003 0,45

D-15.6-L7 88,73 0,45 1,00 5.200,0 5.000,0 200,0 9,85 10,00 29,70 9,85 195,5 37,86 5,16 0,00003 0,45

D-15.6-L7 88,73 0,45 1,00 5.000,0 4.900,0 100,0 9,85 10,00 29,70 9,85 195,5 37,86 5,16 0,00003 0,45

D-15.6-L8 89,54 1,20 1,00 4.900,0 4.800,0 100,0 4,95 10,00 19,90 4,95 74,00 24,00 3,08 0,00039 1,20

D-15.6-L8 89,54 1,20 1,00 4.800,0 4.600,0 200,0 4,95 10,00 19,90 4,95 74,00 24,00 3,08 0,00039 1,20

D-15.6-L8 89,54 1,20 1,00 4.600,0 4.400,0 200,0 4,95 10,00 19,90 4,95 74,00 24,00 3,08 0,00039 1,20

D-15.6-L8 89,54 1,20 1,00 4.400,0 4.200,0 200,0 4,95 10,00 19,90 4,95 74,00 24,00 3,08 0,00039 1,20

D-15.6-L8 89,54 1,20 1,00 4.200,0 4.000,0 200,0 4,95 10,00 19,90 4,95 74,00 24,00 3,08 0,00039 1,20

D-15.6-L8 89,54 1,20 1,00 4.000,0 3.800,0 200,0 4,95 10,00 19,90 4,95 74,00 24,00 3,08 0,00039 1,20

D-15.6-L8 89,54 1,20 1,00 3.800,0 3.600,0 200,0 4,95 10,00 19,90 4,95 74,00 24,00 3,08 0,00039 1,20

D-15.6-L8 89,54 1,20 1,00 3.600,0 3.400,0 200,0 4,95 10,00 19,90 4,95 74,00 24,00 3,08 0,00039 1,20

D-15.6-L8 89,54 1,20 1,00 3.400,0 3.200,0 200,0 4,95 10,00 19,90 4,95 74,00 24,00 3,08 0,00039 1,20

D-15.6-L8 89,54 1,20 1,00 3.200,0 3.000,0 200,0 4,95 10,00 19,90 4,95 74,00 24,00 3,08 0,00039 1,20

D-15.6-L8 89,54 1,20 1,00 3.000,0 2.800,0 200,0 4,95 10,00 19,90 4,95 74,00 24,00 3,08 0,00039 1,20
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

D-15.6-L8 89,54 1,20 1,00 2.800,0 2.700,0 100,0 4,95 10,00 19,90 4,95 74,00 24,00 3,08 0,00039 1,20

46
_____________________________________________________________________
Dados de entrada Produtos de cálculo - seção hidráulica

Obras, V
Drenos / Veloc Segmentos (km) L H b B h Am Pm Rh I
Vazão Talude máx
Trechos máx
(m³/s) 1V:1H
(m/s)
Início Fim (m) (m) (m) (m) (m) (m2) (m) (m) (m/m) (m/s)

D-15.6-L9 100,5 1,20 1,00 2.700,0 2.600,0 100,0 5,41 10,00 20,82 5,41 83,41 25,31 3,30 0,00036 1,19

D-15.6-L9 100,5 1,20 1,00 2.600,0 2.400,0 200,0 5,41 10,00 20,82 5,41 83,41 25,31 3,30 0,00036 1,19

D-15.6-L9 100,5 1,20 1,00 2.400,0 2.200,0 200,0 5,41 10,00 20,82 5,41 83,41 25,31 3,30 0,00036 1,19

D-15.6-L9 100,5 1,20 1,00 2.200,0 2.000,0 200,0 5,41 10,00 20,82 5,41 83,41 25,31 3,30 0,00036 1,19

D-15.6-L9 100,5 1,20 1,00 2.000,0 1.800,0 200,0 5,41 10,00 20,82 5,41 83,41 25,31 3,30 0,00036 1,19

D-15.6-L9 100,5 1,20 1,00 1.800,0 1.600,0 200,0 5,41 10,00 20,82 5,41 83,41 25,31 3,30 0,00036 1,19

D-15.6-L9 100,5 1,20 1,00 1.600,0 1.400,0 200,0 5,41 10,00 20,82 5,41 83,41 25,31 3,30 0,00036 1,19

D-15.6-L9 100,5 1,20 1,00 1.400,0 1.200,0 200,0 5,41 10,00 20,82 5,41 83,41 25,31 3,30 0,00036 1,19

D-15.6-L9 100,5 1,20 1,00 1.200,0 1.000,0 200,0 5,41 10,00 20,82 5,41 83,41 25,31 3,30 0,00036 1,19

D-15.6-L9 100,5 1,20 1,00 1.000,0 800,0 200,0 5,41 10,00 20,82 5,41 83,41 25,31 3,30 0,00036 1,19

D-15.6-L9 100,5 1,20 1,00 800,0 600,0 200,0 5,41 10,00 20,82 5,41 83,41 25,31 3,30 0,00036 1,19

D-15.6-L9 100,5 1,20 1,00 600,0 400,0 200,0 5,41 10,00 20,82 5,41 83,41 25,31 3,30 0,00036 1,19

D-15.6-L9 100,5 1,20 1,00 400,0 200,0 200,0 5,41 10,00 20,82 5,41 83,41 25,31 3,30 0,00036 1,19

D-15.6-L9 100,5 1,20 1,00 200,0 0,0 200,0 5,41 10,00 20,82 5,41 83,41 25,31 3,30 0,00036 1,19

No entanto, para a implantação da seção hidráulica projetada para os drenos será


necessário realizar escavações em material terroso de 1ª e de 2ª categoria. Essas
escavações foram avaliadas e resultariam em grandes volumes de movimentação de
material e considerados excessivos. Esses volumes representam custos muito elevados se
confrontados com a natureza agrícola do projeto.
Destaca-se que o principal objetivo dessas obras é o afastamento das águas de drenagem
das proximidades do Canal CP-0, com a finalidade de evitar qualquer dano erosivo ou de
desestabilização da obra devido ao escoamento ou à saturação do terreno. Como função
adicional, os drenos de jusante fazem parte do Sistema de Drenagem Geral da Área do
Projeto e coletam os excessos do escoamento superficial da Área Agrícola e os conduzem a
uma rede de drenagem que terá por lançamento final os cursos d água maiores (Vereda das
Laajes, Vereda do Lajedo, etc.).
Enfatiza-se que, na prática, esses drenos deverão funcionar com sua seção hidráulica
plena, somente em casos excepcionais, relacionados com as recorrências estatísticas das
precipitações para as quais foram dimensionados (TR=5 anos).
Diante dessas considerações, para o detalhamento dos drenos de jusante foram admitidos
os seguintes critérios, objetivando a minimização dos custos:
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

− a seção hidráulica calculada foi projetada para ser implantada em, pelo menos 300 m de
afastamento do eixo do Canal;

47
_____________________________________________________________________
− a partir de 300 m de distância do eixo do canal, foi admitido que as águas poderiam
extravasar momentaneamente da seção hidráulica, sobre a faixa de domínio do dreno;
− na faixa de domínio do dreno foi previsto a deposição do material escavado na execução
do canal de drenagem, como “bota-fora”, formando estradas para manutenção. Essas
estradas, implantadas lateralmente ao dreno, serão executadas com o próprio material
de escavação do dreno, com o objetivo de formar “pequeno” alteamento do terreno
adjacente, possibilitando empregar a área como local de “bota-fora” e aumentar
lateralmente a seção de escoamento;
− no caso de ocorrerem precipitações que conduzam a escoamentos momentâneos que
ainda extravasam a seção transversal formada, além dos 300 m, não ocorrerão danos às
obras permanentes, pois a inundação temporária recairá somente sobre a área prevista,
afastada de 300 m das obras do Canal CP-0, minimizando os seus efeitos prejudiciais.
Observa-se que a aceitação de inundações temporárias ao longo dos drenos escavados e
causadas por cheias com TR=5 anos considera o tipo de cultivo preconizado no
empreendimento, os graus de tolerância dos cultivos à inundação, o tempo de concentração
e o período que a área permanecerá alagada.
No presente caso, salvo os grandes drenos como a Vereda do Lajedo e similares, o tempo
de concentração será muito curto (no máximo de algumas horas) e, uma vez mantida a
capacidade de escoamento superficial, o efeito do período de transbordamento será
reduzido, não afetando os cultivos de maneira geral, principalmente as plantas perenes.
Como, neste Projeto, foi preconizado o cultivo predominante de frutíferas perenes e cana-
de-açúcar, a influência deste transbordamento será praticamente nula. Os cultivos anuais
(melancia, melão, tomate, etc.) são muito sensíveis ao encharcamento do terreno e, por esta
razão, seu cultivo foi previsto para ser realizado em solos bem drenados e afastados dos
drenos naturais ou artificiais, bem como de áreas sujeitas a alagamentos.
Contudo, após a execução das obras deverão ser tomadas providências para que não
ocorram bolsões alagados como decorrência da implantação dos canais e drenos, através
de aterros em pequenas depressões, com a utilização de materiais de “bota-fora”.
Destaca-se, ainda, que no caso dos drenos de jusante do BU-14 e do BU-15, com faixa de
domínio de 40m, o desenvolvimento do eixo de projeto segue em grande parte por áreas
não irrigáveis ou de preservação ambiental – APP.

3.6 Projeto Estrutural


O projeto estrutural das obras que compõem o Canal CP0 (km 27,02 ao km 42,00) e sua
infraetrutura de irrigação estão apresentados no Volume 5 – Memorial de Cálculo. A seguir
são apresentados os quantitativos referentes às estruturas estudadas.

3.6.1 Controle de Nível


As dimensões do projeto estrutural do controle de nível (CN-03) e da ponte (PO-04) foram
fornecidas pelo projeto hidráulico.
A memória de cálculo e o croqui do projeto estrututal do controle de nível CN-03 está
apresentado no Volume 5 – Memorial de Cálculo.
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

Os quadros (Quadro 3.16 ao Quadro 3.19) a seguir apresentam um resumo do quantitativo


do controle de nível, da ponte e da entrada e saída das transições.

48
_____________________________________________________________________

Quadro 3.16: Resumo do quantitativo da transição de entrada do CN-03

Discriminação Total Unidade

Concreto Estrutural fck=22MPa 208 m³

Concreto de Regularização 29 m³

Formas Planas de Madeira 288 m²

Armadura Aço CA-50 7000 kg

Quadro 3.17: Resumo do quantitativo do controle de nível CN-03

Discriminação Total Unidade

Concreto Estrutural fck=22MPa 370 m³

Concreto de Regularização 20 m³

Formas Planas de Madeira 1020 m²

Armadura Aço CA-50 29000 kg

Veda Junta tipo O-22 40 m

Quadro 3.18: Resumo do quantitativo da ponte PO-04

Discriminação Total Unidade

Concreto Estrutural fck=22MPa 250 m³

Concreto de Regularização fck=9MPa 15 m³

Concreto de Enchimento fck=22MPa 12,50 m³

Formas Planas de Madeira 750 m²

Armadura Aço CA-50 15000 kg

Veda Junta tipo O-22 78 m

Dreno PVC ∅75mm L=0,50m 4 Un

Quadro 3.19: Resumo do quantitativo da transição de saída

Discriminação Total Unidade

Concreto Estrutural fck=22MPa 198 m³

Concreto de Regularização 27,70 m³

Formas Planas de Madeira 230 m²


1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

Armadura Aço CA-50 6800 kg

49
_____________________________________________________________________

3.6.2 Vertedor
O vertedor (extravasor de emergência) está localizado junto ao BU-CP0-18 e seu
dimensionamento estrutural está associado àquela obra.

3.6.3 Tomadas de Água


As tomadas d’água são pequenas estruturas em concreto armado inseridas na lateral do
canal. Para a determinação das armaduras destas estruras verificou-se as paredes verticais.
A memória de cálculo e o croqui do projeto estrututal das tomadas d’água será apresentado
no Volume 5 – Memorial de Cálculo.
Os quadros (Quadro 3.20 ao Quadro 3.22) a seguir apresentam um resumo dos
quantitativos das tomadas d’água dos lotes e o do canal secundário (CS-02).

Quadro 3.20: Resumo do quantitativo das estruturas das tomadas d’água dos lotes 12, 13, 14 e 15

Discriminação Total Unidade

Concreto Estrutural fck=22MPa 5 m³

Concreto de Regularização 0,60 m³

Formas Planas de Madeira 34 m²

Armadura Aço CA-50 390 kg

Quadro 3.21:Resumo do quantitativo das estruturas das tomadas d’água dos lotes 16, 20, 21, 22, 27, 29, 33 e 34

Discriminação Total Unidade

Concreto Estrutural fck=22MPa 106 m³

Concreto de Regularização 11 m³

Formas Planas de Madeira 530 m²

Armadura Aço CA-50 7950 kg

Veda Junta tipo O-22 21 m

Quadro 3.22:Resumo do quantitativo das estruturas das tomadas d’água do canal CS-02

Discriminação Total Unidade

Concreto Estrutural fck=22MPa 180 m³


1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

Concreto de Regularização 16 m³

50
_____________________________________________________________________

Discriminação Total Unidade

Formas Planas de Madeira 650 m²

Armadura Aço CA-50 11500 kg

Veda Junta tipo O-22 17 m

3.6.4 Bueiros
Para o projeto estrutural dos bueiros que atravessam o canal CP 0 (BU-CP0-15, BU-CP0-
15, BU-CP0-16, BU-CP0-17 e BU-CP0-18, foram adotadas as dimensões internas e níveis
de acordo como o projeto hidráulico.
As cargas sobre os bueiros são o peso do aterro máximo dos diques do canal ou a soma de
aterro e tráfego sobre as estradas das margens do canal. Para avaliar as solicitações de
tráfego nas estradas adotou-se o veículo Classe 45 t da norma NBR-7188.
Adotaram-se como fundação direta as próprias lajes de fundo da seção transversal e
admitindo uma capacidade de suporte do terreno de σadm = 1 MPa (1,0 kgf/cm²).
A memória de cálculo e o croqui do projeto estrututal dos bueiros será apresentado no
Volume 5 – Memorial de Cálculo. Os quadros a seguir (Quadro 3.23 ao
Quadro 3.27) apresentam um resumo do quantitativo dos bueiros BU-CP0-14, BU-CP0-15,
BU-CP0-16, BU-CP0-17 e BU-CP0-18, respectivamente.

Quadro 3.23:Resumo do quantitativo das estruturas do BU-CPO-14

Discriminação Total Unidade

Concreto Estrutural fck=20MPa 390 m³

Concreto de Regularização 38 m³

Formas Planas de Madeira 1650 m²

Armadura Aço CA-50 34500 kgf

Veda Junta tipo O-12 130 m

Quadro 3.24:Resumo do quantitativo das estruturas do BU-CPO-15

Discriminação Total Unidade

Concreto Estrutural fck=20MPa 465 m³

Concreto de Regularização 52 m³

Formas Planas de Madeira 1760 m²


1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

Armadura Aço CA-50 36000 kg

Veda Junta tipo O-12 100 m

51
_____________________________________________________________________

Quadro 3.25:Resumo do quantitativo das estruturas do BU-CPO-16

Discriminação Total Unidade

Concreto Estrutural fck=20MPa 460 m³

Concreto de Regularização 51 m³

Formas Planas de Madeira 1760 m²

Veda Junta tipo O-12 100 m

Quadro 3.26: Resumo do quantitativo das estruturas do BU-CPO-17

Discriminação Total Unidade

Concreto Estrutural fck=20MPa 430 m³

Concreto de Regularização 48 m³

Formas Planas de Madeira 1650 m²

Veda Junta tipo O-12 100 m

Quadro 3.27: Resumo do quantitativo das estruturas do BU-CPO-18

Discriminação Total Unidade

Concreto Estrutural fck=20MPa 710 m³

Concreto de Regularização 90 m³

Concreto de Enchimento 2 m³

Formas Planas de Madeira 2620 m²

Armadura Aço CA-50 55000 kg

Veda Junta tipo O-12 2,60 m

3.6.5 Ponte Canal


O projeto completo da ponte-canal sobre a Vereda do Lajedo não é objeto deste estudo.
Entretanto, a transição (emboque) do canal na ponte foi dimensionada possibilitando uma
continuidade na próxima etapa de obras.
Para o projeto estrutural da transição da ponte canal foram utilizadas as dimensões internas
e níveis que foram fornecidas pelo projeto hidráulico.
As cargas sobre a estrutura são o empuxo do aterro e da sobrecarga móvel na beira das
paredes externas, a sobrecarga acidental sobre as passarelas e a sobrecarga móvel da
monovia para operação dos "stop log's".
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

Adotaram-se como fundação direta as próprias lajes de fundo da seção transversal e


admitindo uma capacidade de suporte do terreno de Tadm.=0,1 MPa (1,0kgf/cm2).

52
_____________________________________________________________________
A memória de cálculo e o croqui do projeto estrututal da ponte canal PC-01 será
apresentado no Volume 5 – Memorial de Cálculo.

Quadro 3.28:Resumo do quantitativo da ponte canal PC-01

Discriminação Total Unidade

Concreto Estrutural fck=22MPa 105 m³

Concreto de Regularização 11 m³

Formas Planas de Madeira 520 m²

Armadura Aço CA-50 7900 kg

Veda-junta tipo O-22 21 m


1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

53
_____________________________________________________________________

4 ADUTORAS DAS ESTAÇÕES DE


1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

RECALQUE ER-1 ATÉ ER-5

54
_____________________________________________________________________

4 ADUTORAS DAS ESTAÇÕES DE RECALQUE ER-1 ATÉ


ER-5
Nos itens a seguir são apresentados os resultados dos estudos pedológicos
complementares, revisão do parcelamento da área bem como a definição da vazão e
dimensionamento das adutoras pressurizadas para distribuição da água para os lotes a
partir cãs Estações de Recalque (ER).
4.1 Resultados dos Estudos Pedológicos Complementares
Em decorrência dos estudos pedológicos complementares realizados numa área de
6.495,76 ha situada à direita do canal CP0, aproximadamente entre o km 23,0 e o km 38,0
do mencionado canal houve uma redistribuição das áreas irrigáveis entre os lotes daquela
região. Foram encontradas diversas manchas de terras classificadas como inadequadas
para agricultura irrigada bem como houve a reclassificação de outras manchas o que
provocou a necessidade de se refazer o parcelamento desta área.
Os estudos pedológicos complementares realizados em 6.495,76 hectares de terras
situados na margem direita do canal CP0 e incluídas nos limites da área da Etapa 2 do
Projeto Baixio de Irecê resultaram na distribuição de Unidades de Mapeamento e de
Classes de Terras para Irrigação mostrada no Quadro 4.1 a seguir.

Quadro 4.1:Correlação das Classes de Terra para Irrigação, Unidades de Mapeamento e Classes de
Drenabilidade, Áreas e Porcentagens

Terras para Unidades de Mapeamento Drenabilidade Área (ha) %


irrigação

LAd1 - LAd3 - LVd1 - LVd2 - LVAd B 1879,06 28,93

LAd4 – LAd5 R 714,92 11,01

PVAd - CXbe R 169,73 2,61

LAd6 R 116,05 1,79

PAe1 R 30,52 0,47

LAd2 – LAd7 – LAd8 P 528,04 8,13

Lad9 - LVd3 – PAe2 – PAe3 - CXve C 1950,36 30,03


1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

55
_____________________________________________________________________
Terras para Unidades de Mapeamento Drenabilidade Área (ha) %
irrigação

RLd1 C 199,17 3,07

RLd2 C 907,91 13,98

(*) Drenabilidade: B - Boa; P - Pobre; R: Restrita; C - Crítica

Quanto à possibilidade de uso para agricultura irrigada, a área estudada apresentou as


seguintes quantidades de terras:
− Terras irrigáveis da Classe 3: 1.879,06
− Terras irrigáveis da Classe 4 (L2 e L3): 1.031,22
− Terras não irrigáveis (Classe 6): 3.585,48
A distribuição das classes de terra para irrigação para a área do Levantamento Pedológico
Complementar da Etapa 2 do Projeto Baixio de Irecê está mostrada na Figura 4.1 adiante.
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

56
_____________________________________________________________________
4.2 Revisão do Parcelamento da Área
O parcelamento da área relativa à Etapa 2 do Projeto Baixio de Irecê foi o Projeto Básico
concluído no ano de 2008. De posse dos resultados dos estudos pedológicos
complementares foi realizado um novo parcelamento das terras afetadas pelo mencionado
estudo.
Face à presença de grandes manchas de terras não irrigáveis (Classe 6) as dimensões e
formas dos lotes resultaram muito heterogêneas. A fim de evitar a existência de lotes com
predomínio de terras inaptas para irrigação, decidiu-se pela exclusão das áreas não
irrigáveis que sejam extensas e contínuas. Estas terras não serão atendidas pelo sistema de
irrigação e sugere-se que sejam incorporadas às Áreas de Reserva Legal ou grafadas como
áreas inaptas para irrigação, isolando-as dos lotes de produção.
Desta revisão resultaram três grandes áreas de terras inaptas para irrigação denominadas
cujas áreas somam 3.983,92 ha. As duas áreas inaptas situadas à direita do canal CP-0,
junto aos limites da Reserva Legal da Serra do Rumo, foram incorporadas àquela área de
reserva com a denominação de ARL-01 e ARL-02. A terceira área de terras inaptas,
denominada ANI-01, está situada junto ao canal CS-01 e poderá ter outros usos a serem
definidos futuramente.
Em conseqüência do novo arranjo dos lotes contidos na área do levantamento pedológico
complementar e áreas contíguas, os lotes sofreram alterações em suas áreas originais,
especialmente para aqueles situados nas terras mais altas. Por fim, ajustes no
posicionamento das adutoras das Estações de Recalque ER-3, ER-4 e ER-5 resultaram em
alterações dos limites dos lotes ao longo destas adutoras.
Uma vez definidos estes aspectos gerais foram realizados os ajustes no parcelamento
levando-se em conta, sempre que possível, as premissas básicas do Projeto Básico, quais
sejam:
− a área útil dos lotes será de aproximadamente 500 ha;
− as tomadas de água dos lotes próximos ao canal serão feitas diretamente no mesmo;
− os lotes afastados dos canais de irrigação serão atendidos através de adutoras de baixa
pressão, alimentadas por estações de recalque, localizadas ao longo dos canais; e
− todas as áreas do empreendimento, exceto as três áreas inaptas para agricultura
irrigada e as faixas de domínio de infraestruturas de uso comum, estarão distribuídas
entre os lotes, inclusive pequenas manchas de terras sem aptidão para agricultura
irrigada, as quais poderão ser exploradas com outras atividades, a critério do detentor da
concessão de uso da terra.
Após estabelecidos os critérios de revisão do parcelamento, os limites dos lotes foram
definidos e, através do cruzamento com os limites das novas manchas de classes de terras
para irrigação, foram determinadas as áreas úteis (irrigáveis) de cada lote. Posteriormente,
estas áreas foram utilizadas para determinar as demandas hídricas de cada unidade
agrícola.
O novo parcelamento das terras da Etapa 2 do Projeto Baixio de Irecê está mostrado no
Desenho GER-PAR-01. No mesmo desenho pode ser visualizada a localização das
infraestruturas de apoio (canais, tomadas de água, estações de recalque, adutoras, etc.).
A nova distribuição das áreas dos lotes da Etapa 2 está mostrada no Quadro 4.2, a seguir.
No mesmo quadro está apresentada a distribuição das áreas de terras irrigáveis e não
irrigáveis de cada lote. As áreas inaptas para irrigação e destinadas para Reserva Legal
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

(ARL-01 e ARL-02) bem como a área de terras inaptas para irrigação e destinada para
outros fins (ANI-01) também estão ali caracterizadas.

58
_____________________________________________________________________
O abastecimento dos lotes pertencentes à Etapa 2 será realizado através de tomadas de
água implantadas diretamente no canal CP0 ou através de adutoras pressurizadas
abastecidas por estações de recalque (ER).
No presente capítulo trata-se do abastecimento dos lotes através das adutoras (tubulações
forçadas) denominadas FP-03, FP-04, FS-04.01, FP-05, FP-60 e FP-07. Os lotes atendidos
por tubulações forçadas são os seguintes: L.119, L.120, L.127, L.128, L.129, L.133, L.134,
L.135, L.137 e L.139. Adiante, neste documento, estes lotes serão caracterizados quanto às
demandas hídricas e pressões. O abastecimento dos demais lotes será realizado através de
tomadas implantadas diretamente no canal CP0.

Quadro 4.2: Distribuição das Áreas de Terras da Etapa 2 do Projeto Baixio de Irecê

Áreas não irrigáveis


Lotes / Áreas Inaptas Áreas irrigáveis (ha) Área Total (ha)
(ha)

L.118 382,96 174,31 557,27

L.119 490,38 155,00 645,38

L.120 889,23 187,32 1.076,55

L.121 570,37 26,92 597,29

L.122 610,64 339,41 950,05

L.123 521,68 27,80 549,48

L.124 461,29 124,29 585,58

L.125 489,28 21,50 510,78

L.126 359,98 157,22 517,21

L.127 580,21 72,87 653,09

L.128 470,26 186,65 656,91

L.129 735,00 110,26 845,25

L.130 414,95 90,57 505,52

L.131 204,93 40,01 244,94

L.132 400,85 275,06 675,90

L.133 229,84 118,66 337,67

L.134 551,35 248,54 799,89

L.135 652,26 55,92 708,18

L.136 525,64 100,09 625,73

L.137 664,64 297,99 962,63

L.138 418,83 0,00 418,83

L.139 652,04 117,57 769,62

L.140 505,69 0,00 505,69

L.141 466,18 18,80 484,97

Sub-total 1 12.248,49 2.946,77 15.195,25

ARL-01 750,52 750,52

ARL-02 1.857,89 1.857,89

ANI-02 1.375,51 1.375,51


1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

Sub-total 2 3.983,92 3.983,92

Totais 12.248,49 6.930,69 19.179,17

59
_____________________________________________________________________

4.3 Adutoras das Estações de Recalque ER-1 até ER-5


As adutoras ou tubulações forçadas (F) das Estações de Recalque (ER) iniciam no final dos
barriletes passam pelos equipamentos de proteção e medição geral de vazão e seguem até
os lotes a serem abastecidos. Ao longo de seu caminhamento, serão equipadas com
ventosas e descargas de fundo (expurgos) e, na entrada de cada lote, será instalado um
medidor eletromagnético de vazão. No presente capítulo serão abordados os aspectos
relativos ao projeto destas adutoras.

4.3.1 Demandas Hídricas e Vazões de Dimensionamento das Adutoras


Neste item são apresentadas as demandas hídricas de cada lote, as vazões a serem
transportadas pelas adutoras bem como as características hidráulicas e dimensionais das
mesmas.

4.3.1.1 Aspectos Gerais


O dimensionamento da rede pressurizada foi realizado através da otimização de diâmetros
de forma que as velocidades não excedessem aos limites usuais resultando nos menores
custos possíveis de energia nas estações de recalque (ER).
O traçado do caminhamento das adutoras foi lançado em planta baixa, iniciando no final do
barrilete de cada ER, passando junto ao limite dos lotes até alcançar as tomadas de água a
ser implantada na testada de cada um dos lotes. Neste ponto serão instalados os
equipamentos que constituirão a tomada: registro tipo gaveta e medidor eletromagnético de
vazão. O final desta tubulação será lacrado com flange cego o qual só será retirado para a
instalação dos equipamentos de propriedade de cada usuário.
Ao longo das adutoras foram definidos pontos para maior detalhamento e denominados
“nós”. São constituídos das curvas, derivações, medidores de vazão, tomadas de água,
ventosas, descarga de fundo. Estes nós foram numerados seqüencialmente, detalhados e
suas peças descritas e quantificadas. Os segmentos compreendidos entre dois nós
consecutivos foram denominados de “trechos” da rede.

4.3.1.2 Demandas do Lotes e Vazões nos Trechos das Adutoras


Conforme o Projeto Básico, as demandas hídricas de cada lote é função da área irrigável e
do consumo de água previsto. De acordo com o tipo de ocupação prevista para cada lote os
consumos serão os seguintes:
− lotes cultivados com cana-de-açúcar: 0,98 l/s/ha;
− lotes cultivados com fruteiras: 0,58 l/s/ha
Estas vazões já consideram as eficiências de aplicação e distribuição no interior dos lotes.
Como não há filtragem da água nas estações de recalque, admitiu-se que não há perdas de
vazão ao longo das adutoras e, portanto, a eficiência de adução será de 100%.
Cabe destacar que mesmo os lotes ora destinados à irrigação de fruteiras poderão ser
cultivados com cana-de-açúcar desde que atendidos alguns requisitos técnicos de irrigação
e de manejo das lavouras. Por ocasião da definição das demandas hídricas para a cana-de-
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

açúcar admitiu-se que a irrigação será realizada por aspersão (pivôs centrais ou
equivalentes) e que a planta estará nos mesmos estágios de desenvolvimento em todo o
lote. Isto resulta em demandas hídricas relativamente elevadas. Constata-se que na região

60
_____________________________________________________________________
do empreendimento a colheita é realizada durante um período de aproximadamente seis
meses. Se o produtor irrigante dividir a lavoura (lote) em seis talhões com idades
diferenciadas, haverá uma parcela em colheita com demanda nula enquanto que apenas
uma das demais parcelas do lote estará com a demanda máxima.
Na prática, o produtor irrigante de fruteiras que quiser cultivar cana em seu lote poderá fazê-
lo desde que adote as práticas antes mencionadas e utilize equipamentos de irrigação de
alta eficiência (como tubos gotejadores enterrados). Com isto, a eficiência de irrigação será
muito maior vindo a atender as demandas hídricas da cana-de-açúcar, caso venha a ser
cultivada nestes lotes.
Para a definição das vazões de dimensionamento dos trechos da rede pressurizada, foram
multiplicadas as áreas irrigáveis pela vazão específica para cana-de-açúcar ou fruteiras,
conforme o caso. Por serem lotes de grandes dimensões e destinados unicamente ao
monocultivo (cana-de-açúcar ou fruteiras), calculou-se a vazão a ser fornecida
simplesmente multiplicando a área pela vazão específica. As vazões por trecho de adutora
serão aqueles indicados no Quadro 4.3 a seguir.

Quadro 4.3: Áreas Irrigadas e Vazões Conduzidas pelas Adutoras das ERs

Nome Trechos Compri- Área Vazão Vazão Vazão


Lotes
da da mento Tipo de cultivo irrigada específ no lote adutora
atendidos
adutora adutora (m) (ha) (l/s/ha) (l/s) (l/s)

FP.03 1-2 1.070 L.120 Fruticultura 889,23 0,58 518,1 518,1

0-1 2.234 L.119 Fruticultura 1.379,61 0,58 285,7 803,7

FP.04 1-4 158 L.129 Cana-de-açúcar 735,00 0,98 718,3 718,3

2-3 423 L.128 Fruticultura 470,26 0,58 274,0 274,0

1-2 5 L.126 Fruticultura 1.050,47 0,58 338,0 612,0

0-1 2.165 1.785,47 1.330,3

FP.05 2-3 276 L.135 Cana-de-açúcar 652,26 0,98 637,4 637,4

1-2 1.100 L.134 Cana-de-açúcar 1.203,60 0,98 538,8 1.176,2

0-1 820 L.133 Fruticultura 1.433,45 0,58 133,9 1.310,2

FP.06 0-1 2.940 L.137 Cana-de-açúcar 664,64 0,98 649,5 649,5

FP.07 0-1 2.310 L.139 Cana-de-açúcar 652,04 0,98 637,2 637,2

Subtotais 5.915,21 4.730,9

4.3.1.3 Tomadas de Água para os Lotes


A água será fornecida a cada lote a uma pressão mínima necessária para o acionamento de
eventuais sistemas de proteção e/ou medição, sendo adotada uma pressão mínima da
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

ordem de 7,0 a 10,0 m.c.a. Esta pressão mínima é necessária para permitir o acionamento
de eventuais equipamentos a serem utilizados pelos irrigantes na entrada dos lotes. Como
estes equipamentos serão definidos pelos próprios usuários é necessário haver uma folga
61
_____________________________________________________________________
razoável de pressão no local da tomada. Cada lote terá uma estação de pressurização
própria, a partir da qual a água será pressurizada e distribuída de acordo com as
necessidades de cada caso, em função do equipamento a ser utilizado e da topografia do
terreno.
As vazões bombeadas pelas estações de recalque serão medidas num ponto da adutora
situado imediatamente a jusante do barrilete. Neste local será instalado um medidor
eletromagnético de vazão (macromedição) que permitirá confrontar as vazões bombeadas
com o somatório das vazões medidas em cada tomada de lote.
Toda a água fornecida a cada lote será quantificada através de medidor eletromagnético a
ser instalado em abrigo junto ao limite do lote. Imediatamente antes de cada tomada de
água serão instalados um registro gaveta e uma ventosa. As características dos medidores
eletromagnéticos são discutidas com mais detalhes, adiante, no item 3.2.6.
As características hidráulicas das tomadas de água dos lotes abastecidos pelas adutoras
estão mostradas no Quadro 4.4 a seguir.

Quadro 4.4: Características Hidráulicas dos Equipamentos de Medição de Vazões nas Adutoras e nas Tomadas
de Água dos Lotes

Macromedição Medição Lotes


Vazão
Nome da
Máx. Lotes
adutora Adutora Medição Veloc. Vazão Medidor Velocid.
(m³/s)
(mm) (mm) (m/s) (m³/s) (mm) (m³/s)

FP.03 0,804 800 500 4,09 L.120 0,29 400 2,27

L.119 0,29 400 2,27

FP.04 1,330 1.000 700 3,46 L.129 0,72 500 3,66

L.126 0,34 400 2,69

L.128 0,27 400 2,18

FP.05 1,310 900 700 3,40 L.133 0,13 250 2,73

L.135 0,64 500 3,25

L.134 0,54 500 2,74

FP.06 0,650 700 500 3,31 L.137 0,65 500 3,31

FP.07 0,637 800 500 3,25 L.139 0,64 500 3,25

Os diâmetros dos registros e dos medidores de vazão serão iguais aos diâmetros das
tubulações de derivação da tomada. Os diâmetros das tomadas foram reduzidos de forma a
minimizar os custos das peças até que as velocidades neste pontos não excedam a 4,0 m/s.
Os diâmetros das ventosas (Dv) instaladas nas tomadas de água foram escolhidos a partir
de catálogos do fabricante de forma que o diferencial de pressão entre o interior da ventosa
e a atmosfera ficasse entre 2,0 e 4,0 m.c.a. Resultaram diâmetros iguais ou maiores que
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

1/6.DN, onde DN é o diâmetro do trecho da adutora. Os arranjos das tomadas bem como as
características dimensionais das peças estão mostradas no Desenho LRE-HID-04.

62
_____________________________________________________________________
Conforme indicado no Desenho LRE-HID-04, os registros e as ventosas das tomadas de
água serão instalados ao tempo para facilitar as operações de manobra e operação da
adutora e das tomadas de água. A caixa de proteção do medidor eletromagnético será
construída em alvenaria de concreto e assentada sobre o terreno a fim de facilitar as
operações de manobra e a drenagem.

4.3.1.4 Escolha dos Materiais das Adutoras


Em razão das grandes dimensões dos lotes, resultaram elevadas vazões a serem
conduzidas pelas adutoras. A vazão mínima será da ordem de 275 l/s e a máxima de
aproximadamente 1.430 l/s. Em razão das vazões, os diâmetros resultantes das tubulações
serão maiores que 300 mm e excedem os diâmetros usualmente adotados para PVC.
Portanto, as tubulações deverão ser, de preferência, de ferro fundido, aço ou PRFV. As
classes de rigidez e pressões de serviço estão indicadas na Especificação Técnica ET-07-
300.
Qualquer destes materiais é adequado em termos hidráulicos. O FºFº apresenta maiores
facilidades de montagem, não demandando proteção catódica. Entretanto, uma vez
atendidas as especificações de fornecimento e de assentamento, qualquer das soluções é
adequada e caberá à Codevasf escolher, via licitação, a mais adequada.
As conexões entre tubos deverão ser realizadas, salvo indicação expressa em contrário,
com junta elástica. Quanto às conexões, deverão ser utilizadas do mesmo tipo de material
das tubulações, exceto em casos especiais, onde foram utilizadas conexões de aço.
Cabe salientar que estes materiais foram indicados por apresentarem condições técnicas
adequadas e preços competitivos. Todavia, na época de sua aquisição, novos materiais
poderão ser utilizados, desde que tecnicamente adequados às condições do projeto. Os
equipamentos das adutoras (válvulas, ventosas, etc.) deverão ser de ferro fundido ou em
aço.

4.3.1.5 Dimensionamento Hidráulico da Rede


A escolha das tubulações e equipamentos bem como o dimensionamento hidráulico das
adutoras foram realizadas conforme descrito em sequência.

4.3.1.5.1 Escolha dos Diâmetros das Tubulações


Em função da vazão de cada trecho da rede, escolhe-se um diâmetro para a tubulação,
admitindo-se, que o diâmetro interno seja igual ao nominal, dado em milímetros. Isto se
deve ao fato de que poderão ser instaladas tubulações de diversos materiais e cujos
diâmetros internos diferem para cada material.
Preliminarmente, procura-se indicar o menor diâmetro compatível com a vazão no trecho, de
forma a ter-se uma velocidade aceitável. A velocidade adotada nas tubulações foi de 2,0
m/s. Excepcionalmente, quando há pressão disponível, esta velocidade poderá alcançar 3,0
m/s.

4.3.1.5.2 Dimensionamento Hidráulico das Adutoras


A perda de carga por atrito em cada trecho foi calculada pela fórmula de Hazen-Williams,
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

conforme recomendação constante na obra de José M. de Azevedo Netto - "Manual de


Hidráulica":

63
_____________________________________________________________________

onde:
− Q = vazão em m³/s;
− D = diâmetro interno em metros;
− C = 130 para ferro fundido ou aço.
A cada trecho (L) da tubulação, em metros, corresponde uma perda de carga igual a:

Com as informações acumuladas até cada trecho da adutora, é possível calcular o nível
piezométrico resultante em cada nó, enquanto a ER pressuriza a água na extremidade de
montante da rede com o valor mínimo exigido em cada lote. As cotas piezométricas bem co
mo as demais características hidráulicas de cada adutora estão indicadas nas planilhas do
Capítulo 8 - Anexos.
Como o FºFº apresenta coeficiente de rugosidade semelhante (normalmente maior) que o
aço, adotou-se por segurança este material no presente dimensionamento. Por ocasião da
aquisição das tubulações, e caso se opte por outro material, será necessário rever o cálculo
das perdas de carga e verificar o efeito sobre o sistema de bombeamento.

4.3.2 Escolha dos Equipamentos Complementares


O traçado dos perfis longitudinais das adutoras, conforme mostrado no Desenho LR1-HID-
01 ao Desenho LR5-HID-04, permitiu a locação dos equipamentos complementares para
segurança e manutenção e operação das adutoras. Foram previstos medidores
eletromagnéticos, registros junto às tomadas dos lotes, ventosas e registros de descarga
(expurgo) de fundo.
No início de cada adutora, nas proximidades da ER, será instalado um medidor
eletromagnético geral que terá a finalidade de totalizar e aferir os volumes medidos pelos
medidores individuais de cada lote. Serão instalados em abrigos enterrados e seus painéis
de controle serão instalados em abrigo aéreo (de preferência junto ao poste de fornecimento
de energia).

4.3.2.1 Ventosas
A fim de proteger as adutoras contra a formação de bolsões de ar bem como a formação de
vácuo durante as operações cotidianas, foram preconizadas ventosas de tríplice função.
Elas terão as seguintes funções:
− expelir o ar deslocado pela água durante o enchimento da linha;
− admitir quantidade suficiente de ar durante o esvaziamento da linha a fim de evitar
depressões e o conseqüente colapso de rede;
− expelir o ar proveniente da pressurização da rede através das bombas.
O ar presente no interior de uma tubulação forçada é arrastado pela água em movimento,
podendo percorrer distâncias grandes, até se acumular em pontos elevados da tubulação,
onde o empuxo sobre as bolhas de ar for maior que a capacidade de arraste da bolha pela
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

água. Foram previstos estes equipamentos em todos os pontos altos do perfil da rede.
Quando o perfil é muito uniforme (plano, ascendente ou descendente) foram preconizadas

64
_____________________________________________________________________
ventosas a cada distância de, no máximo, 500 m. De maneira esquemática, estes
equipamentos serão instalados conforme mostrado na Figura 4.2.
No presente projeto adotaram-se as recomendações de fabricantes, admitindo-se que o
diferencial de pressão entre o interior da ventosa e a atmosfera é da ordem de 2,0 a 4,0
m.c.a. De posse das vazões dos trechos das adutoras e através de ábaco específico
escolheram-se os diâmetros dos equipamentos.

Figura 4.2: Esquema de Instalação de Ventosa de Tríplice Função

A partir do dimensionamento das adutoras de cada estação de recalque (ER) e do perfil


longitudinal das mesmas obtiveram-se as ventosas indicadas no Quadro 4.5.

Quadro 4.5: Características Hidráulicas das Ventosas das Adutoras

Características das adutoras


Trechos Diâmetro
Nome da
da ventosas
adutora Compr. Vazão Diâm. Veloc. Pressão
adutora (mm)
(m) (l/s) (mm) (m/s) (mca)

FP.03 1-2 1.070 518,1 600,0 1,83 28,16 100,0

0-1 2.234 803,7 800,0 1,60 30,20 150,0

FS.04.01 1-4 158 718,3 700,0 1,87 11,79 150,0

FP.04 2-3 423 274,0 600,0 0,97 21,00 100,0

1-2 5 612,0 700,0 1,59 21,00 150,0

0-1 2.165 1.330,3 1.000,0 1,69 29,50 200,0

FP.05 2-3 276 637,4 600,0 2,25 16,30 100,0


1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

1-2 1.100 1.176,2 900,0 1,85 16,40 150,0

65
_____________________________________________________________________

Características das adutoras


Trechos Diâmetro
Nome da
da ventosas
adutora Compr. Vazão Diâm. Veloc. Pressão
adutora (mm)
(m) (l/s) (mm) (m/s) (mca)

0-1 820 1.310,2 900,0 2,06 18,00 150,0

FP.06 0-1 2.940 649,5 700,0 1,69 16,00 150,0

FP.07 0-1 2.310 637,2 800,0 1,27 16,50 150,0

As ventosas das adutoras serão instaladas ao longo do caminhamento das tubulações,


sendo que também serão assentadas junto às tomadas de água, imediatamente antes dos
medidores eletromagnéticos dos lotes.
As ventosas propostas são peças flangeadas e, normalmente, instaladas no interior de
caixas de alvenaria de concreto. As ventosas instaladas junto às tomadas de água serão
instaladas ao tempo. A instalação destes equipamentos está detalhada no Desenho LRE-
HID-01.

4.3.2.2 Registros de Descarga (Expurgo)


Estes equipamentos têm a função de permitir o completo esvaziamento das adutoras por
ocasião de eventuais operações de manutenção. Os diâmetros adotados para os registros
obedeceram aos seguintes critérios:
− para tubulações com diâmetro até 500mm: DN 100;
− para tubulações com diâmetro maior que 500mm: DN 150.
Estes registros serão flangeados e instalados no interior de caixas de alvenaria. Estas
caixas estarão enterradas. Para o seu completo esvaziamento, em alguns casos, serão
instalados tubos de drenagem até o talvegue ou bueiro mais próximo, conforme o caso. Nos
demais casos, distantes de locais adequados de drenagem, as caixas transbordarão os
volumes drenados e será necessário utilizar bombas para o completo esvaziamento das
caixas.
O arranjo da instalação e as quantidades destes equipamentos estão mostradas no
Desenho LRE-HID-02. As características dimensionais dos registros de descarga para cada
adutora estão apresentadas no Quadro 4.6 a seguir.

Quadro 4.6: Características Dimensionais das Descargas de Fundo das Adutoras

Características das adutoras


DN expurgos (mm)
Nome Trechos Vazão (l/s) Diâm. (mm)
FP.03 1-2 518,1 600 150
0-1 803,7 800 150
FS.04.01 1-4 718,3 700 150
FP.04 2-3 274,0 600 150
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

1-2 612,0 700 150


0-1 1.330,3 1.000 150

66
_____________________________________________________________________

Características das adutoras


DN expurgos (mm)
Nome Trechos Vazão (l/s) Diâm. (mm)
FP.05 2-3 637,4 600 150
1-2 1.176,2 900 150
0-1 1.310,2 900 150
FP.06 0-1 649,5 700 150
FP.07 0-1 637,2 800 150

4.3.2.3 Registros de Manobra


Os registros de manobra das adutoras pressurizadas destinam-se, usualmente, ao
fechamento de ramais de derivação para execução de atividades de manutenção. As
adutoras das estações de recalque (ER) da Etapa 2 deste Projeto não possuem ramais com
exceção da adutora FP-04 que possui um único ramal (FS.04.01) que deriva água para o
lote L.129.
Na entrada de cada lote há um registro que permite interromper o fluxo de água para a
unidade de produção, permitindo as atividades de manutenção do medidor de vazão ou a
interrupção do fornecimento de água, caso necessário.
Assim, não há necessidade de instalação de registros de manobra ao longo das adutoras.
Caso houver necessidade de manutenção destas tubulações e de seus acessórios será
necessário interromper temporariamente o bombeamento para efetuais eventuais reparos.

4.3.2.4Blocos de Ancoragem das Conexões da Rede


Nas adutoras pressurizadas ocorrem tensões longitudinais (em relação ao eixo do tubo) que
se manifestam quando houver uma alteração na seção do tubo que pode ser provocada por:
− um fechamento total ou parcial decorrente do acionamento de registros, válvulas ou um
estreitamento no diâmetro das tubulações; e
− uma mudança de direção de fluxo, que é o caso de curvas e tês.
Dessa forma, para resistir a estes esforços longitudinais resultantes na tubulação, foram
previstos blocos de ancoragem para resistir a estas solicitações transferindo-as para o solo.
Este dispositivo se constitui de um bloco de concreto, localizado em posição e com
dimensões adequadas para absorver esses esforços.
Os empuxos resultantes nos nós da rede de distribuição foram calculados através da
seguinte expressão: F= k. P. S, onde:

⋅ F: empuxo resultante, em kgf;


⋅ k: coeficiente função da geometria da peça;
⋅ P: pressão interna máxima, Kgf/cm²;
⋅ S: seção transversal, em cm², definida a partir do diâmetro maior da peça.
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

No Quadro 4.7 são apresentados os valores de k (coeficiente função da geometria da peça)


para as diversas demandas previstas na rede pressurizada.

67
_____________________________________________________________________

Quadro 4.7: Valor de “k” dos Blocos de Ancoragem

Peças das Adutoras Trechos

Tês e caps 1,000

Curvas de 90°, 1,414

Curvas de 45°, 0,765

Curvas de 22°30’ 0,390

Curvas de 11°15’ 0,196

Reduções (S'= seção do menor diâmetro) =1- S' / S

Admitindo-se uma taxa de esforços no terreno no sentido vertical de 2 kgf/cm² e na


horizontal de 1,0 kgf/cm², e como coeficiente de segurança, aumentando em 50% o empuxo
calculado pela expressão anteriormente definida, pôde-se calcular a área de contato com o
solo necessária para resistir a tais esforços.
Os cálculos realizados bem como as características dimensionais dos blocos de ancoragem
previstos para as adutoras estão apresentadas no Capítulo 8 - ANEXOS e estão
representados graficamente no Desenho LRE-FOR-01. No mesmo item estão mostrados os
empuxos hidráulicos para diversas peças das adutoras das Estações de Recalque ER1 até
ER5.

4.3.2.5Assentamento das Tubulações


A implantação das adutoras pressurizadas demanda inicialmente o desmatamento da faixa
de domínio das estradas principais (de manutenção e acesso aos lotes) que acompanham o
caminhamento das adutoras. Em seqüência, as adutoras serão locadas e terão início as
escavações das valas para o assentamento das tubulações.
Este serviço será realizado através da utilização de escavadeiras mecânicas e,
eventualmente, rompedores e explosivos. O material escavado deverá ser depositado
lateralmente às cavas. De acordo com as sondagens geotécnicas realizadas, grande parte
deste material poderá ser reaproveitada para reaterro.
Os volumes de escavação de materiais de 1ª categoria foram calculados a partir das
profundidades definidas pelas sondagens realizadas ao longo do caminhamento das
adutoras. As sondagens consistiram de poços de inspeção escavados manualmente ou com
auxílio de retroescavaderia, e alcançaram a profundidade de 2,0 m ou até o impenetrável.
Estas sondagens estão apresentadas nos desenhos dos perfis das adutoras permitindo uma
confrontação dos aspectos geotécnicos do terreno nas profundidades a serem escavadas.
As sondagens foram realizadas a espaçamentos de 100 m entre si, com exceção da adutora
FP.05 que percorre terreno plano e visualmente homogêneo. Nesta adutora adotou-se
espaçamentos da ordem de 400 m. Admitiu-se que a influência de cada sondagem alcança
uma distância igual ao espaçamento entre os poços de inspeção e que neste intervalo as
características geotécnicas do terreno são constantes.
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

Para efeito de cálculo dos volumes de movimentos de terra, foram considerados materiais
de 1ª categoria os solos ou agregados que não necessitam de escarificação para

68
_____________________________________________________________________
escavação. Neste sentido, as valas para assentamento das adutoras apresentarão materiais
de 1ª categoria até, pelo menos, a profundidade amostrada.
Foram considerados como materiais de 2ª categoria as rochas brandas ou agregados que
necessitam de escarificação para escavação. A espessura desta camada poderá variar para
cada trecho e, como os poços de inspeção são compatíveis apenas com materiais de 1ª
categoria, admitiu-se que estas camadas alcançarão 0,50 metros, em média. Esta
espessura é frequentemente constatada em escavações para este tipo de obra.
Os materiais de 3ª categoria são representados pelas rochas muito duras ou rochas sãs,
que necessitam de explosivos ou rompedores para escavação. Admitiu-se que estes
materiais ocorrerão a partir da camada de material de 2ª categoria, uma vez que não foram
constatados nas inspeções realizadas.
A profundidade das valas será a necessária para permitir a colocação da tubulação na
situação e cotas indicadas no projeto, de forma que a espessura mínima de reaterro acima
da geratriz seja maior ou igual a 1,00 m. Esta profundidade decorre do atendimento dos
seguintes premissas: poderá haver carga rodante (sob acostamento da estrada), tubulação
de FºFº (k7), reaterro Tipo 3 e solo Tipo C.
O fundo da vala que receberá a tubulação deverá ser regular e uniforme, sem pontos que
possam resultar em forças desiguais sobre a tubulação. As valas terão sempre um leito de
areia ou material granular com espessura média de 15 cm.
As valas escavadas terão o gabarito conforme o esquema a seguir, que também indica a
forma de preenchimento das cavas.

Material compactado
≥ 1,00
mecanicamente

Material compactado
manualmente

Camada de
DE
assentamento

0,15

1,2DE+0,60

Quanto às tubulações e conexões, estas deverão ser assentadas depois que as valas
estiverem prontas e a camada de assentamento devidamente regularizada bem como
verificadas todas as interferências. Quando a montagem for concluída, deverão ser
realizados os testes de estanqueidade e, posteriormente, iniciado o preenchimento das
valas.
Todos os serviços a serem realizados para o assentamento das tubulações das adutoras
devem atender as Especificações Técnicas pertinentes. Entre outras, são as seguintes:
− ET-00-008 – Escavação de valas para assentamento de tubulações;
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

− ET-00-011 – Reaterros;
− ET-00-038 – Assentamento de tubulações tipo ponta e bolsa.

69
_____________________________________________________________________
4.3.2.6Medidor Eletromagnético de Vazão
No início da adutora será instalado um medidor de vazão, do tipo eletromagnético, um
transmissor de sinal de medição de 4 20 mA. Este sinal será utilizado para controle da
vazão instantânea ou acumulada num determinado período.
O sensor eletromagnético de vazão será à prova de tempo e instalado em caixa de concreto
implantada sob o nível do terreno. Será alimentado a partir do conversor de sinal instalado
junto ao Quadro Geral de Baixa Tensão da Estação de Recalque (ER). Para tal será
utilizado cabo de cobre, fornecido pelo fabricante do equipamento. O conversor de sinal será
alimentado a partir da tensão de comando em 220Vca.
Este sinal, juntamente com as informações de pressão no sistema adutor, serão utilizados
para o controle automático de variação da velocidade e também para regular, conforme as
necessidades momentâneas, a disponibilização de água aos usuários.

4.3.3 Proteção das Adutoras contra Transientes


A Etapa 2 do Projeto Baixio de Irecê prevê a implantação de cinco estações de recalque
(ER-1 até ER-5). Cada estação abastecerá uma adutora de ferro fundido que, por sua vez,
abastecerá de um a três lotes. As características de cada estação de recalque estão
indicadas no Quadro 4.8 a seguir.

Quadro 4.8:Vazões e pressões das estações de recalque

Estação de Velocidade Comprimento Desnível AMT Bombas


Vazão (l/s)
Recalque adutora (m/s) adutora (m) geométrico (m) (m.c.a)

ER-1 840 1,60 3.304 10,6 32,00

ER-2 1.350 1,69 2.751 14,6 31,50

ER-3 1.320 2,06 2.196 0,3 20,50

ER-4 660 1,69 2.940 -2,1 19,00

ER-5 660 1,27 2.310 5,8 19,00

O quadro anterior indica que as adutoras são relativamente curtas, os desníveis geométricos
e as AMT também são pequenos. As velocidades estão dentro dos limites usualmente
utilizados em adutoras para irrigação.
A proteção contra transientes hidráulicos das ERs será realizada através da instalação de
Válvulas de Retenção tipo Clasar, não sendo necessária a implantação nas ERs de
Tanques Unidirecional de Alimentação (TAU).
As adutoras serão de ferro fundido e os barriletes em aço. Os equipamentos de segurança
antes apresentados permitirão uma proteção adequada para as adutoras e barriletes se
construídos com estes materiais. Caso venham ser utilizados outros tipos de materiais,
recomenda-se a realização de estudos de transientes hidráulicos para verificar a
necessidade da instalação de equipamentos de proteção adicionais para as mesmas.
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

70
_____________________________________________________________________
4.3.4 Quantidades de Materiais e Serviços
Os materiais e serviços necessários para a implantação das obras civis, fornecimento e
assentamento das tubulações e equipamentos das adutoras pressurizadas foram definidos
para cada componente das obras. As quantidades assim obtidas bem como os seus custos
estão apresentadas no Volume 4 – Quantitativos e Orçamentos.
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

71
_____________________________________________________________________

5 ADEQUAÇÃO DOS PROJETOS HIDRÁULICO E,


1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

MECÂNICO DAS ESTAÇÕES DE RECALQUE

72
_____________________________________________________________________

5 ADEQUAÇÃO DOS PROJETOS HIDRÁULICO E,


MECÂNICO DAS ESTAÇÕES DE RECALQUE
As Estações de Recalque são estruturas destinadas à captação de água no canal CP0 e
pressurização da mesma para sua distribuição aos lotes situados afastados da margem do
mencionado canal.
Conforme definições resultantes do Projeto Básico foram indicadas cinco ER (ER-1 até ER-
5) cuja localização foi mantida. Em função de Estudo Pedológico complementar de grande
parte das áreas atendidas por estas ERs houve a necessidade de redefinir as demandas
agrícolas o que afetou as vazões bombeadas por algumas destas elevatórias conforme
descrito adiante neste capítulo.

5.1 Critérios Básicos para a Adequação dos Projetos das Estações


de Recalque
A adequação dos projetos hidráulicos e mecânicos das estações de recalque (ER-1 a ER-5)
foi necessária para o perfeito atendimento das demandas de cada adutora no que concerne
à vazão e pressão. Conforme indicado no Capítulo 2 deste documento, os levantamentos
pedológicos complementares resultaram na mudança de limites e de área de diversos lotes
o que afetou o caminhamento, a extensão e as demandas das adutoras e estações de
recalque.
O novo arranjo dos lotes da Etapa 2 do Projeto Baixio de Irecê está mostrado no Desenho
GER-PAR-01 onde também pode ser visualizada a localização das infraestruturas do
empreendimento (canais, adutoras, drenos, etc.).
Conforme mostrado em seqüência, apesar das mudanças ocorridas, as estações de
recalque mantiveram a maior parte de suas características mecânicas. Os equipamentos
elétricos da ER-4 e ER-5 sofreram mudanças significativas e seu novo projeto está
mostrado adiante neste capítulo. As características dimensionais e estruturais dos prédios e
obras civis das estações de recalque ficaram preservadas.
O trabalho realizado a seguir refere-se à adequação dos projetos das estações de recalque
anteriormente elaborados pela Magna Engenharia, em função do reparcelamento da Área
Irrigada da Etapa 2 do Projeto de Irrigação do Baixio de Irecê. Esta etapa abrange o Canal
Principal (CP0) entre o km 27,02 e o km 42,00 e de seu perímetro irrigado.
Considerando que o projeto hidráulico e estrutural das obras civis do canal e das estações
de recalque ER-1 até ER-5 não sofrerem modificações, o critério básico da adequação foi o
da revisão do projeto hidráulico e mecânico anteriormente realizado. Verificou-se o que pode
tecnicamente ser mantido nos projetos eletromecânicos destas estações de recalque e o
que deve ser alterado para o atendimento das novas condições operacionais definidas após
o reparcelamento da área irrigada.

5.2 Adequação do Dimensionamento e Detalhamento dos


Equipamentos Hidromecânicos
5.2.1 Diretrizes de Projeto das ERs
As características topográficas do local de implantação das ERs estão apresentadas no
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

Quadro 5.1, as quais permanecem inalteradas mesmo após o reparcelamento da área


irrigada.

73
_____________________________________________________________________
Para o projeto das ERs foram consideradas as características hidráulicas indicas no Quadro
5.2 válidas após o reparcelamento da área irrigada. Porém não consideram as perdas de
cargas internas nas ERs as quais serão calculadas adiante para obtenção da AMT.

Quadro 5.1: Características do Local de Implantação das ERs

Desnível Geométrico
Cota entre terreno e N.A.
Fundo N.A. N.A Cota
Estaca Berma do Dinâmico
Canal Dinâmico Estático Terreno
ER Canal

km (m) (m) (m) (m) (m) (m)

1 27 + 000 407,12 411,29 411,59 412,59 410,40 -0,89

2 35 + 100 406,43 410,66 410,84 411,84 411,50 0,84

3 38 + 160 406,37 410,48 410,84 411,84 409,58 -0,90

4 39 + 720 406,40 410,38 410,84 411,84 411,42 1,04

5 41 + 240 406,37 410,29 410,84 411,84 410,18 -0,10

Quadro 5.2:Características Hidráulicas a serem Atendidas pelas ERs

Pressão
Perdas de Perdas Perdas
Vazão Desnível Pressão no inicio
ER carga tomada de macrome-
(l/s) Geométrico lote (mca) adutora
adutora água (mca) dição (mca)
(mca)

1 840 10,60 9,2 10,4 0,26 0,83 31,29

2 1.360 14,60 4,8 10,2 0,66 0,59 30,75

3 1.320 0,30 7,5 10,2 0,52 0,57 19,10

4 660 -2,10 8,8 10,3 0,54 0,52 18,06

5 660 5,80 3,5 7,7 0,54 0,52 18,06

• Diretrizes Operacionais para as ERs


− As ERs deverão, em qualquer tempo, garantir o atendimento de no mínimo 80% da
vazão demandada.
− Um dos grupos elevatórios da ER estará dotado de variador de velocidades para
atendimento de pequenas vazões intermediárias entre as vazões nominais de cada
bomba. Terá a função de atender faixas de pequenas demandas no início e no final do
período de irrigação diário, como também para garantir a estabilidade da pressão do
sistema independentemente das demandas variáveis. Evidentemente que para o
funcionamento do sistema de irrigação será necessário que exista uma demanda
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

mínima, que dependerá da bomba a ser adquirida pela CODEVASF, mas que deve
corresponder a, pelo menos, em torno de 20% da vazão prevista para a ER. Essa

74
_____________________________________________________________________
solução indica que o sistema de bombeamento previsto apresenta uma flexibilidade
equivalente a um sistema composto por 5 (cinco) grupos elevatórios.
− A operação das ERs será automatizada a partir da partida inicial do dia e responderá à
demanda da adutora interligada a ela. No entanto, terá um telecomando que possibilitará
o seu desligamento a partir de um Centro Secundário de Teletransmissão.

Quadro 5.3: Características a serem atendidas pelas bombas das ERs

ER Vazão Total ER (l/s) Nº de Grupos Vazão Bomba (l/s) AMT Bomba (mca)

1 840 3 280 32,0

2 1.360 3 450 31,5

3 1.320 3 440 20,5

4 660 3 220 19,0

5 660 3 220 19,0

Entre as curvas de desempenho dos grupos elevatórios dos fornecedores analisados, foi
confirmada para efeito de desenvolvimento do projeto as bombas tipo MN da Worthington,
que de um modo geral apresentam melhor rendimento nos pontos operacionais, instalada
no sentido vertical associado a um motor vertical, o que permitiu diminuir as dimensões da
edificação das Estações de Recalque. Destaca-se que a escolha da bomba da Worthington
objetivou exclusivamente a adoção de um equipamento como paradigma de projeto.
De qualquer maneira, a seleção definitiva do grupo elevatório a ser implantado, será
posteriormente realizada pela CODEVASF através de processo licitatório.
Para o grupo a ser implantado, que deverá atender às características hidráulicas previstas,
deverão ser ajustadas as dimensões e as bitolas de acoplamento dos equipamentos com as
tubulações de sucção e recalque

5.2.2 Dimensionamento das Peças e Tubulações da Sucção, Descarga


e Barrilete dos Grupos Elevatórios
As peças e tubulações da sucção e da descarga dos grupos elevatórios foram
dimensionadas pelas velocidades admitidas segundo as recomendações das normas
brasileiras (NB 590/90), conforme segue, adotando-se o correspondente diâmetro interno
como seção de escoamento. Para efeito de dimensionamento, foi adotado o diâmetro
interno de tubos de aço, com espessura de 3/8” (9,53mm) para tubos DN>300mm.
⋅ Vmáx sucção φ ≥400mm = 1,50m/s;
⋅ Vmín sucção = 0,45m/s;
⋅ Vmáx descarga = 2,60m/s;
⋅ Vmáx barrilete = 3,00m/s (Vmáx desejável = 2,60m/s);
⋅ Vmín barrilete = 0,60m/s.
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

Os diâmetros selecionados para cada ER estão indicados no Quadro 5.4, no qual constam
as novas vazões após o reparcelamento da área irrigada, com os novos valores das
velocidades correspondentes, as quais estão dentro das Normas Brasileiras.

75
_____________________________________________________________________
Desta forma será mantido o projeto das instalações mecânicas, inclusive todas as
tubulações anteriormente projetadas, independentemente das alterações havidas com as
vazões.

Quadro 5.4: Diâmetros das Tubulações de Sucção e Descarga das ERs

ER Sucção Descarga Barrilete

Q DN Di V Q DN Di V Q DN Di V

(l/s) (mm) (mm) (m/s) (l/s) (mm) (mm) (m/s) (l/s) (mm) (mm) (m/s)

1 280 700 692 0,74 280 500 489 1,49 840 900 895 1,34

2 450 700 692 1,20 450 600 591 1,64 1.360 1.000 996 1,73

3 440 700 692 1,17 440 500 489 2,34 1.320 900 895 2,10

4 220 500 489 1,17 220 400 387 1,87 660 600 591 2,41

5 220 500 489 1,17 220 400 387 1,87 660 600 591 2,41

• Perdas de Carga Internas nas ERs


No valor da pressão necessária no início da adutora, na saída das ERs, apresentado
anteriormente, não estão consideradas as perdas de carga internas nas tubulações de
sucção, descarga e barrilete.
Para a definição da altura manométrica máxima de operação das bombas selecionadas,
após o reparcelamento da área irrigada, estes valores foram determinados e acrescidos à
pressão definida na saída das ERs.
As perdas de carga foram definidas pela expressão: λs=ΣK(v²/2g). Os valores de K estão
definidos na NB 590/90 ou em literatura especializada, conforme apresentado no Quadro
5.5, Quadro 5.6 e Quadro 5.7.

Quadro 5.5: Valores de K nas Peças de Sucção

Peças ER-1 ER-2 ER-3 ER-4 ER-5

Válvula Borboleta 0,24 0,24 0,24 0,24 0,24

Redução Excêntrica 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20

Subtotais 0,44 0,44 0,44 0,44 0,44


1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

76
_____________________________________________________________________
Quadro 5.6: Valores de K nas Peças de Descarga

Peças ER-1 ER-2 ER-3 ER-4 ER-5

Válvula Borboleta 0,24 0,24 0,24 0,24 0,24

Válvula de Retenção 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50

Redução Concêntrica 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20

Curva 45º 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20

Subtotais 3,14 3,14 3,14 3,14 3,14

Quadro 5.7: Valores de K nas Peças da Adutora próximo a Descarga

Peças ER-1 ER-2 ER-3 ER-4 ER-5

Curva 45º 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20

Junção 45º pas. lateral 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30

Válvula Borboleta 0,24 0,24 0,24 0,24 0,24

Te 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20

Subtotais 0,94 0,94 0,94 0,94 0,94

Quadro 5.8: Perdas de Cargas Internas nas ERs

ER Sucção (mca) Descarga (mca) Barrilete (mca) Total (mca)

1 0,01 0,36 0,09 0,46

2 0,03 0,43 0,14 0,60

3 0,03 0,88 0,21 1,12

4 0,03 0,56 0,28 0,87

5 0,03 0,56 0,28 0,87

Os valores das velocidades correspondentes à vazão nominal que passa nas tubulações,
após o reparcelamento da área irrigada, estão indicados no Quadro 5.4 apresentado
anteriormente.

• Altura Manométrica Total


A Altura Manométrica Total é dada pelo somatório da pressão necessária na saída das ERs
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

mais as perdas de carga de todo o conjunto, inclusive nos medidores de vazão. O Quadro
5.9 resume os resultados obtidos.

77
_____________________________________________________________________
Quadro 5.9: Alturas Manométricas Adotadas das ERs

Pressão no Início Perda Carga Perda de carga total AMT Adotada


ER
da Adutora m.c.a. Internas m.c.a. m.c.a. m.c.a.

1 31,29 0,46 31,75 32,0

2 30,75 0,60 31,35 31,5

3 19,09 1,12 20,21 20,5

4 18,06 0,87 18,93 19,0

5 18,06 0,87 18,93 19,0

• Características Nominais dos Grupos Elevatórios


A partir das Vazões e das Alturas Manométricas adotadas para o dimensionamento das
bombas foram verificados os respectivos rendimentos através das Curvas de Desempenho
e calculadas as potências dos motores necessários para cada uma das Elevatórias de
Recalque. Os valores calculados e as características nominais dos Grupos elevatórios estão
apresentados no Quadro 5.10.

Quadro 5.10: Características Nominais dos Grupos Elevatórios

Qtde Vazão Vazão Bomba AMT Bomba Rendim. Potência Potência


ER
bombas Bomba l/s (m³/h) (m.c.a.) %)
Bomba (% BHP Motor (cv)

1 3 280 1.008 32,0 85 140,6 200

2 3 450 1.620 31,5 84 225,0 250

3 3 440 1.584 20,5 84 143,2 250

4 3 220 792 19,0 85 65,6 75

5 3 220 792 19,0 85 65,6 75

5.2.3 Características Principais dos Grupos Elevatórios Selecionados


As características principais dos grupos motor-bomba selecionados para as ERs, após o
reparcelamento da área irrigada, permaneceram com poucas alterações em relação ao
projeto anteriormente desenvolvido: Assim:
− A Flowserve é a empresa que projeta, fabrica e comercializa as bombas e peças
sobressalentes da Worthington no Brasil.
− Os modelos das bombas Worthington tipo MN permaneceram os mesmos em cada uma
das ER, tendo sido alterados apenas os rotores das bombas, para o atendimento das
novas condições de vazão e altura manométrica; e
− As potências dos motores poderão permanecer inalteradas para as ER-1, ER-2, ER-3 e
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

ER-5, sendo alteradas apenas as potências dos motores da ER-4, os quais passarão a
ser de 75 CV.

78
_____________________________________________________________________
Apresenta-se a seguir as características principais dos grupos motor-bomba selecionados
para as ERs após o reparcelamento da área irrigada.
a) ER-1
Grupo:
Bomba de fabricação Worthington, tipo MN, instalada na vertical e acionada por motor
vertical, sendo o modelo da bomba 12 MNC 19 “A”.
Condições operacionais:
− Vazão = 280 l/s (1.008 m³/h);
− AMT = 32,0 m.c.a.;
− Rendimento da Bomba = 85%;
− Potência do motor = 200 CV;
− Rotação 1150 rpm; 60 Hertz.
Obs.: A potência do motor projetada antes do reparcelamento da área irrigada foi, portanto,
mantida.
b) ER-2
Grupo:
Bomba de fabricação Worthington, tipo MN, instalada na vertical e acionada por motor
vertical, sendo o modelo da bomba 14 MNC 24 “A”.
Condições operacionais:
− Vazão = 450 l/s(1.620 m³/h);
− AMT = 31,5 m.c.a.;
− Rendimento da Bomba = 84%;
− Potência do motor = 250 CV;
− Rotação 875 rpm; 60 Hertz.
Obs.: A potência do motor projetada antes do reparcelamento da área irrigada foi, portanto,
mantida.
c) ER-3
Grupo:
Bomba de fabricação Worthington, tipo MN, instalada na vertical e acionada por motor
vertical, sendo o modelo da bomba 14 MNC 24 “A”.
Condições operacionais:
− Vazão = 440 l/s (1.584 m3/h);
− AMT = 20,5 m.c.a.;
− Rendimento da Bomba = 84%;
− Potência do motor = 250 CV;
− Rotação 875 rpm; 60 Hertz.
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

Obs.: A potência do motor projetada antes do reparcelamento da área irrigada portanto foi
mantida.

79
_____________________________________________________________________
d) ER-4
Grupo:
Bomba de fabricação Worthington, tipo MN, instalada na vertical e acionada por motor
vertical, sendo o modelo da bomba 12 MNC 19 “A”.
Condições operacionais:
− Vazão = 220 l/s (792 m3/h);
− AMT = 19,0 m.c.a.;
− Rendimento da Bomba = 85%;
− Potência do motor = 75 CV;
− Rotação 865 rpm; 60 Hertz.
Obs.: A potência do motor projetada antes do reparcelamento da área irrigada (40 CV) foi
alterada para 75 CV.
e) ER-5
Grupo:
Bomba de fabricação Worthington, tipo MN, instalada na vertical e acionada por motor
vertical, sendo o modelo da bomba 12 MNC 19 “A”.
Condições operacionais:
− Vazão = 220 l/s (792 m3/h);
− AMT = 19,0 m.c.a.;
− Rendimento da Bomba = 85%;
− Potência do motor = 75 CV;
− Rotação 865 rpm; 60 Hertz.
Obs.1: A potência do motor projetada antes do reparcelamento da área irrigada portanto foi
mantida.
Obs.2: Os grupos motor-bomba da ER-5 são idênticos aos grupos da ER-4, inclusive o rotor
da bomba e motor elétrico.
Apresenta-se a seguir as curvas características das bombas selecionadas para as ERs,
após o reparcelamento da área irrigada, onde estão caracterizados, para cada caso, o
respectivo ponto de operação.
Convém salientar que as curvas características das bombas pertinentes as elevatórias ER-4
e ER-5 são exatamente iguais, inclusive o rotor e o ponto de operação.
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

80
_____________________________________________________________________

Figura 5.1: Curvas características dos conjuntos motor-bombas da Estação de Recalque 1 (ER-1)
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

Figura 5.2: Curvas características dos conjuntos motor-bombas da Estação de Recalque 2 (ER-2)

81
_____________________________________________________________________

Figura 5.3: Curvas características dos conjuntos motor-bombas da Estação de Recalque 3 (ER-3)
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

Figura 5.4: Curvas características dos conjuntos motor-bombas da Estação de Recalque 4 (ER-4)

82
_____________________________________________________________________

Figura 5.5: Curvas características dos conjuntos motor-bombas da Estação de Recalque 5 (ER-5)
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

83
_____________________________________________________________________
5.2.4 Cálculo do NPSH das Elevatórias
A análise dos sistemas de recalque e das curvas de desempenho dos grupos elevatórios
selecionados permitiram verificar a condição de funcionamento das bombas para cada uma
das Elevatórias de Recalque através do comparativo do NPSH requerido com o NPSH
disponível.
O NPSH requerido é uma característica da bomba e o NPSH disponível é uma característica
da instalação.
a) ER-1
Para a ER-1, no ponto de operação, o NPSH requerido é de 7,00m.
O NPSH disponível é obtido através da relação:
− NPSHdisp = Z + Pa - Pv – hf; onde:
− Ζ = (411,29 – 408,07 – 0,35) = + 2,87m
− Pa = 10,33 mca
− Pv = (30ºC) = 0,43 mca
− hf = 0,02 mca
NPSHdisp = 12,75 m maior que 7,00m (condição Ok))
b) ER-2
Para a ER-2, no ponto de operação, o NPSH requerido é de 6,00m.
O NPSH disponível é obtido através da relação:
− NPSHdisp = Z + Pa - Pv – hf; onde:
− Ζ = (410,66 – 407,29 – 0,35) = + 3,02m
− Pa = 10,33 mca
− Pv = (30ºC) = 0,43 mca
− hf = 0,03 mca
NPSHdisp = 12,89 m maior que 6,00m (condição Ok)
c) ER-3
Para a ER-3, no ponto de operação, o NPSH requerido é de 7,00m.
O NPSH disponível é obtido através da relação:
− NPSHdisp = Z + Pa - Pv – hf; onde:
− Ζ = (410,48 – 407,23 – 0,35) = + 2,90m
− Pa = 10,33 mca
− Pv = (30ºC) = 0,43 mca
− hf = 0,03 mca
NPSHdisp = 12,77 m maior que 7,00m (condição Ok).
d) ER-4
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

Para a ER-4, no ponto de operação, o NPSH requerido é de 4,00m.


O NPSH disponível é obtido através da relação:

84
_____________________________________________________________________
− NPSHdisp = Z + Pa - Pv – hf; onde:
− Ζ = (410,38 – 407,35 – 0,25) = + 2,78m
− Pa = 10,33 mca
− Pv = (30ºC) = 0,43 mca
− hf = 0,02 mca
NPSHdisp = 12,66 m maior que 4,00m (condição Ok)
e) ER-5
Para a ER-5, no ponto de operação, o NPSH requerido é de 4,00m.
O NPSH disponível é obtido através da relação:
− NPSHdisp = Z + Pa - Pv – hf; onde:
− Ζ = (410,29 – 407,33 – 0,25) = + 2,71m
− Pa = 10,33 mca
− Pv = (30ºC) = 0,43 mca
− hf = 0,02 mca
NPSHdisp = 12,59 m maior que 4,00m (condição Ok)

5.2.5 Equipamento de Proteção contra Transientes Hidráulicos


No Projeto foram apresentados os perfis longitudinais das adutoras, onde se pode verificar
que os terrenos onde as tubulações serão implantadas apresentam topografia
extremamente plana; sendo assim, não ocorrendo depressões no terreno, a Linha de Cotas
Piezométricas estará sempre acima da linha de Cotas do Terreno e não ocorrerão
subpressões. Portanto, não é necessário qualquer dispositivo para a proteção contra as
subpressões, exceto a previsão de ventosas, como foi indicado no Projeto, para propiciar o
esvaziamento e o enchimento da tubulação, com a expulsão de ar.
No que se refere às sobrepressões, destaca-se que as Alturas Manométricas previstas nas
ERs são relativamente baixas (ER-1=32 mca; ER-2=31,50 mca; ER-3=20,50 mca; ER-
4=19,0 mca; e ER-5=19,0 mca). Considerando que uma onda transitória, na primeira ou
segunda oscilação, possa chegar ao dobro da pressão de saída da bomba (AMT), as
sobrepressões, também não seriam altas e apresentariam valores inferiores a 100 mca (10
Kgf/cm2). Esse valor está abaixo do valor da pressão de trabalho admissível pelos materiais
considerados nos projetos das adutoras (Ferro Fundido, e Aço).
Quanto à utilização de Válvula de Retenção tipo Clasar, se justifica seu emprego pelo
desempenho desse equipamento frente às características de fluxos que ocorrem em
Saneamento e na Irrigação. Sua característica de "fechamento rápido", pelas mudanças
operacionais devido às variações de consumos e demandas, resulta na limitação do refluxo,
reduzindo a sobrepressão e o próprio impacto do refluxo (golpe de aríete). Essas válvulas
estão testadas e consagradas nessas aplicações por apresentarem, em testes e
observações, ausência de batidas e choques de fechamento, durabilidade e resistência aos
serviços submetidos, total estanqueidade na posição fechada, e ausência de desgastes,
após longos períodos de serviços. Outros tipos de Válvulas de Retenção, em comparação
com as do tipo Clasar, apresentam desempenhos inferiores em um ou outro quesito de
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

comparação.

85
_____________________________________________________________________
5.2.6 Redutor de Velocidade
Em função do regime de consumo de água nos projetos de irrigação, caracterizado por
variações horossazonais, as entidades responsáveis pela implantação, operação e
manutenção dos perímetros irrigados vêm experimentando com êxito a aplicação de
equipamentos redutores de velocidades nos grupos elevatórios, especialmente nos de
pressurização das redes de distribuição de água.
O emprego de equipamentos com variador de velocidades tem por objetivo não só o
atendimento de demandas intermediárias, mas principalmente, garantir a estabilidade da
pressão do sistema independentemente das demandas variáveis, o que garante a máxima
eficiência energética global da ER e por conseqüência a otimização dos custos
operacionais.
Além da redução dos custos de energia, podem ser destacadas as seguintes vantagens de
um equipamento com redutor de velocidades:
− Evita a operação das bombas em pontos e sobrepressões desnecessárias;
− Diminui a freqüência e o aparecimento dos efeitos danosos dos transientes hidráulicos
provocados pela sistemática atividade “liga/desliga” das bombas. A partida e o
desligamento das bombas com redutor de velocidades ocorre de forma suave e gradual;
− Diminui o desgaste dos equipamentos eletromecânicos, aumentando significativamente
a vida útil dos mesmos; e, por conseqüência, ocorre diminuição dos custos de
manutenção dos equipamentos.
Tendo em vista as vantagens técnicas da solução com equipamentos de atuação eletrônica
como redutores de velocidade, foi adotado a solução de inversores de freqüência para
otimizar a operação da estação de pressurização.
O inversor de freqüência, além de ser o mais indicado em todas as situações referidas
acima, tem adicionalmente a vantagem de eliminar todo o sistema de partida do motor (auto
transformador, contatores, etc.).
Condições Especiais de Operação dos Grupos Elevatórios
a) ER-1
Pela análise da Curva de Performance da Bomba para a ER-1, apresentada anteriormente,
pode-se detectar que os grupos elevatórios, quando operarem isoladamente, poderão atuar
com AMT mínima de até 22,0 mca (η=80%). Nessa condição o grupo poderá fornecer até
422 l/s (1.520 m3/h) na rotação de 1150 RPM e freqüência de 60Hz. Abaixo dessa pressão,
o grupo deverá ser desligado ou o atendimento das vazões deverá ser suprido pelo grupo
com inversor de freqüência.
Da mesma forma, os grupos elevatórios poderão operar com AMT máxima de até 34,5 mca
(η=80%). Nessa condição o grupo poderá fornecer até 228 l/s (820 m3/h) na rotação de 1150
RPM e freqüência de 60Hz.
O grupo com inversor de freqüência poderá atender menores vazões com a diminuição da
rotação, limitando se a freqüência em 35Hz. Nesse caso, com o inversor de freqüência, a
rotação da bomba será de 700 RPM.
120 x f 120 x 35
RPM = = = 700
6 6
Assim, a vazão mínima correspondente será de 170 l/s (610 m3/h) fornecida pela relação:
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

280 1150
=
Q 700

86
_____________________________________________________________________
As faixas de operação das bombas da ER-1 estarão compreendidas portanto, pelas
seguintes vazões:
− bomba operando com inversor de frequência: de 170 l/s (610 m3/h) a 280 l/s (1.008
m3/h), sempre com 32 mca e rotação de 700 a 1150 RPM;
− bomba operando sem inversor de frequência: 228 l/s (820 m3/h) para 34,5 mca até 422
l/s (1.520 m3/h) para 22,0 mca.
b) ER-2
Pela análise da Curva de Performance da Bomba para a ER-2, apresentada anteriormente,
pode-se detectar que os grupos elevatórios, quando operarem isoladamente, poderão atuar
com AMT mínima de até 24,5 mca (η=80%). Nessa condição o grupo poderá fornecer até
633 l/s (2.280 m3/h) na rotação de 875 RPM e freqüência de 60Hz. Abaixo dessa pressão, o
grupo deverá ser desligado ou o atendimento das vazões deverá ser suprido pelo grupo com
inversor de freqüência.
Da mesma forma, os grupos elevatórios poderão operar com AMT máxima de até 34,0 mca
(η=80%). Nessa condição o grupo poderá fornecer até 366 l/s (1.320 m3/h) na rotação de
875 RPM e freqüência de 60Hz.
O grupo com inversor de freqüência poderá atender menores vazões com a diminuição da
rotação, limitando se a freqüência em 35Hz. Nesse caso, com o inversor de freqüência, a
rotação da bomba será de 525 RPM.
120 x f 120 x 35
RPM = = = 525
8 8
Assim, a vazão mínima correspondente será 270 l/s (970 m3/h) fornecida pela relação:
450 875
=
Q 525
As faixas de operação das bombas da ER-2 estarão compreendidas portanto, pelas
seguintes vazões:
− bomba operando com inversor de frequência: de 270 l/s (970 m3/h) a 450 l/s (1.620
m3/h), sempre com 31,5 mca e rotação de 525 a 875 RPM;
− bomba operando sem inversor de frequência: 366 l/s (1.320 m3/h) para 34,0 mca até 633
l/s (2.280 m3/h) para 24,5 mca.
c) ER-3
Pela análise da Curva de Performance da Bomba para a ER-3, apresentada anteriormente,
pode-se detectar que os grupos elevatórios, quando operarem isoladamente, poderão atuar
com AMT mínima de até 17,0 mca (η=80%). Nessa condição o grupo poderá fornecer até
533 l/s (1.920 m3/h) na rotação de 875 RPM e freqüência de 60Hz. Abaixo dessa pressão, o
grupo deverá ser desligado ou o atendimento das vazões deverá ser suprido pelo grupo com
inversor de freqüência.
Da mesma forma, os grupos elevatórios poderão operar com AMT máxima de até 23,5 mca
(η=80%). Nessa condição o grupo poderá fornecer até 344 l/s (1.240 m3/h) na rotação de
875 RPM e freqüência de 60Hz.
O grupo com inversor de freqüência poderá atender menores vazões com a diminuição da
rotação, limitando se a freqüência em 35Hz. Nesse caso, com o inversor de freqüência, a
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

rotação da bomba será de 525 RPM, conforme cálculo apresentado para a ER-2.
Assim, a vazão mínima correspondente será 264 l/s (950 m3/h) fornecida pela relação:

87
_____________________________________________________________________
440 875
=
Q 525
As faixas de operação das bombas da ER-3 estarão compreendidas portanto, pelas
seguintes vazões:
− bomba operando com inversor de frequência: de 264 l/s (950 m3/h), a 440 l/s (1.584
m3/h), sempre com 20,5 mca e rotação de 525 a 875 RPM;
− bomba operando sem inversor de freqüência: 344 l/s (1.240 m3/h) para 23,5 mca até
533 l/s (1.920 m3/h) para 17,0 mca;
d) ER-4 e ER-5
Inicialmente convém salientar que as condições operacionais da ER-4 e da ER-5 são
exatamente iguais e consequentemente os grupos motor-bomba também o são.
Pela análise da Curva de Performance da Bomba para a ER-4, apresentada anteriormente
(válida também para a ER-5), pode-se detectar que, nos dois casos, os grupos elevatórios,
quando operarem isoladamente, poderão atuar com AMT mínima de até 13,8 mca (η=80%).
Nessa condição o grupo poderá fornecer até 322 l/s (1.160 m3/h) na rotação de 865 RPM e
freqüência de 60Hz. Abaixo dessa pressão, o grupo deverá ser desligado ou o atendimento
das vazões deverá ser suprido pelo grupo com inversor de freqüência.
Da mesma forma, os grupos elevatórios poderão operar com AMT máxima de até 20,4 mca
(η=80%). Nessa condição o grupo poderá fornecer até 178 l/s, s (640 m3/h) na rotação de
865 RPM e freqüência de 60Hz.
O grupo com inversor de freqüência poderá atender menores vazões com a diminuição da
rotação, limitando se a freqüência em 35Hz. Nesse caso, com o inversor de freqüência, a
rotação da bomba será de 525 RPM, conforme cálculo apresentado para a ER-2
Assim, a vazão mínima correspondente será 134 l/s (480 m3/h), fornecida pela relação:
220 865
=
Q 525
As faixas de operação, tanto das bombas da ER-4 como da ER-5, estarão compreendidas,
portanto, pelas seguintes vazões:
− bomba operando com inversor de frequência: de 134 l/s (480 m3/h) a 220 l/s (792 m3/h),
sempre com 19 mca e rotação de 525 a 865 RPM;
− bomba operando sem inversor de frequência: 178 l/s (640 m3/h) para 20,4 mca até 322
l/s (1.160 m3/h) para 13,8 mca.

5.2.7 Descrição dos Procedimentos Operacionais das ER’s


As ERs foram projetadas para operarem de forma automática a partir do momento inicial da
sua energização diária. A partida inicial ocorrerá quando a ER for ligada pela primeira vez e
quando a tubulação da Adutora de água não estiver com a seção completamente cheia, o
que poderá também acontecer após ter sido realizada alguma manutenção no sistema.
A energização da ER ocorrerá diariamente no início do período de irrigação previsto, quando
o sistema deverá estar à disposição para atender às necessidades hídricas dos lotes a
serem abastecidos. O controle para comando dos grupos motor bombas se dará através de
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

transdutores de pressão instalados no barrilete, a jusante da ligação das bombas, e através


de Comando Lógico Programável (CLP).

88
_____________________________________________________________________
Para o controle do nível no Poço de Sucção das Bombas foi previsto um eletrodo de
medição de nível que envia sinal ao CLP, bloqueando a sucção caso o nível esteja abaixo
do mínimo desejável.
Adicionalmente, foram instalados pressostatos de segurança (redundantes com o transdutor
de pressão) que desligam ou impedem o bombeamento de água caso a pressão ultrapasse
o valor de máxima pressão sobrepressão na adutora ou caia abaixo do valor de mínima
pressão adutora rompida.
• Partida Inicial das ER’s
a) Estado Inicial
Na partida inicial a adutora será encontrada com a tubulação sem água ou parcialmente
cheia. O pressostato de mínima e o transdutor de pressão estarão indicando pressões com
valores menores dos que os indicados no Quadro 5.11.

Quadro 5.11: Pressão Mínima de Partida das ER’s

ER Pressão Mínima (mca)

1 22,0

2 24,5

3 17,0

4 13,8

5 13,8

registro instantâneo do Hidrômetro vazão nula


grupos motor bombas desligados
válvulas borboletas da descarga das bombas (comando elétrico) fechadas
chave geral do painel de comando e controle ligada
chave/botão de acionamento de cada grupo elevatório posição: manual
situação: desligada
registros das tomadas de água parcelares fechados

b) Procedimentos para Partida Inicial


− ligar manualmente (local);
− ligar manualmente o botão de acionamento do grupo elevatório com inversor de
freqüência (grupo nº 1). A rotação do grupo motor bomba irá aumentar gradativamente e
a válvula borboleta da descarga irá abrir-se suavemente. O ar existente na tubulação
será expulso pelas ventosas existentes a jusante do barrilete e pelas ventosas existentes
ao longo da Adutora. O grupo elevatório irá funcionar até que as tubulações estejam
cheias e pressurizadas. O transdutor de pressão do barrilete deverá indicar as pressões
apresentadas no Quadro 5.11, apresentado anteriormente.
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

Quando as tubulações estiverem cheias, a rotação do grupo elevatório irá diminuir até que
sejam atingidas as condições operacionais mínimas indicadas no Quadro 5.12.

89
_____________________________________________________________________

Quadro 5.12: Condições Operacionais Mínimas (Rotação e Freqüência)

ER 1 2 3 4 5

Freqüência (Hz) 35 35 35 35 35

Rotação do Grupo (RPM) 700 525 525 525 525

Nessas condições o grupo elevatório com inversor de freqüência será desligado e as


tubulações estarão cheias e pressurizadas, prontas para operação normal. A válvula
borboleta da descarga será fechada.
• Energização Diária das ER’s
a) Estado Inicial
Para a energização diária das ER’s o sistema de pressurização estará no seguinte estado:
rede de distribuição pressurizada ou
parcialmente cheia
grupos motor bombas desligados
válvula borboleta da descarga das bombas (comando elétrico) fechadas
chave geral do Painel de Comando e Controle ligada
chave/botão de acionamento de cada grupo elevatório posição:automático
situação:desligada
registros das tomadas d’água parcelares fechadas
b) Procedimentos para Energização Diária
− ligar manualmente (local ou à distância).
Opcionalmente este comando poderá ser realizado automaticamente através de timer
adicionado à lógica do CLP, comandando a operação de ligação dos grupos na hora
desejada. Nas partidas diárias, o CLP deverá inibir a operação do transdutor de pressão e
do pressostato de mínima pressão até que o tempo para a pressurização da adutora seja
atingido.
c) Operação Normal da ER’s
A operação normal das ER’s ocorrerá segundo as seguintes ações:
− a chave geral do Painel de Comando e Controle estará ligada (energizada);
− caso a Adutora não esteja pressurizada (por estar parcialmente cheia, por ter ocorrido
perda d’água ou porque algum agricultor não fechou o registro da tomada d’água da sua
parcela, ou ainda porque algum agricultor já tenha aberto o registro da tomada d’água da
sua parcela antes do acionamento da ER), o grupo motor bomba que dispõe de inversor
de freqüência entrará em operação. A rotação do grupo elevatório irá gradativamente
aumentando e a válvula borboleta da descarga será aberta. A rotação do grupo
elevatório irá aumentar até atingir os valores apresentados no Quadro 5.13.
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

90
_____________________________________________________________________
Quadro 5.13: Condições Operacionais Normais (Rotação e Freqüência)

ER 1 2 3 4 5

Freqüência (Hz) 60 60 60 60 60

Rotação do Grupo (RPM) 1150 875 875 865 865

Nessa situação, caso a pressão nominal não tenha sido atingida, um 2º grupo motor bomba
entrará em operação. Após algum tempo de operação do 2º grupo, caso a pressão nominal
não tenha sido atingida, o 3º grupo motor bomba entrará em operação. Dessa forma o
sistema estará com 1, 2 ou 3 grupos motor-bomba em operação e a pressão nominal será
atingida. Caso essa situação não seja configurada (1, 2 ou 3 grupos em operação na
pressão nominal) poderá ter ocorrido o rompimento da rede de distribuição. Os grupos
motor-bombas deverão ser desligados caso a pressão marcada no transdutor de pressão
indicar valores abaixo dos indicados no Quadro 5.11, apresentado anteriormente:
− quando o 2º grupo elevatório entrar em operação, o grupo motor-bomba com inversor de
freqüência irá diminuir a rotação para que seja atingido o equilíbrio operacional dos
grupos com a pressão nominal da ER.
− caso a rotação do grupo com inversor de freqüência atinja valores mínimos, o 2° grupo
será desligado e o 1º grupo (com inversor) buscará a nova configuração do sistema
hidráulico, passando a operar na faixa de pressões indicada no Quadro 5.14.

Quadro 5.14: Faixa de Pressões Operacionais

ER’s Pressão Mínima (mca) Pressão Nominal (mca)

1 22,0 32,0

2 24,5 31,5

3 17,0 20,5

4 13,8 19,0

5 13,8 19,0

− quando as pressões forem menores que a mínima, os demais grupos motor-bomba


deverão ser ligados, um a um até o 3º grupo e, se persistir, desligar todos;
− quando as pressões forem maiores que a máxima, os demais grupos motor bomba
deverão ser desligados, um a um;
− o primeiro grupo a ser ligado e o último a ser desligado será sempre o grupo motor
bomba com inversor de freqüência.
d) Proteções Elétricas
Todo o funcionamento das ER’s será supervisionado e comandado através de um autônomo
(CLP) que será o responsável pela lógica operacional da Estação de Recalque. Como
proteções adicionais foram previstos sensores de máxima e mínima pressão, transdutor de
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

pressão com sinal de saída analógico de 4-20 mA, relé de falta e de desbalanço de fase,
além dos sensores de bloqueio na sucção. O CLP também será o responsável pelo envio à
distância de informações de falha de motores ou na abertura ou fechamento de válvulas, da
91
_____________________________________________________________________
potência consumida pela estação, pressões do sistema, bem como receber comandos de
liga/desliga à distância apropriados nas mudanças de direção. Os condutores dos circuitos
de iluminação e tomadas serão de cobre rígido, singelos, isolados em PVC 750 V, seção 2,5
mm²

5.2.8 Quantidades e Custos


As quantidades de materiais e de serviços necessários para a implantação das obras civis,
fornecimento e assentamento dos equipamentos mecânicos das estações de pressurização
bem como os seus custos estão apresentados no Volume 4 – Quantitativos e Orçamentos.

5.3 Projeto Elétrico das Estações de Recalque


Neste item são caracterizados os equipamentos elétricos que serão instalados nas Estações
de Recalque (ER-1 até ER-5).
Em razão dos estudos pedológicos complementares em área da Etapa 2 houve um
reparcelamento de terras e, consequentemente, um redimensionamento das adutoras e das
estações de recalque em relação ao Projeto Básico. As revisões dos dimensionamentos
hidráulicos e mecânicos realizados permitiram concluir que nas estações de recalque ER-1,
ER-2 e ER-3 não houve necessidade de mudanças nos equipamentos eletromecânicos.
Entretanto, nas estações de recalque ER-4 e ER-5, embora foi possível manter os
equipamentos mecânicos antes escolhidos, houve necessidade de redimensionar os
equipamentos elétricos de forma a atender as novas necessidades.
As instalações elétricas de cada estação de recalque estão caracterizadas nos itens
apresentados a seguir.

5.3.1 Instalações Elétricas da ER-1

5.3.1.1 Dados Básicos e Normas Técnicas


Para a elaboração do projeto elétrico foram utilizados os dados básicos fornecidos pelos
projetos hidráulicos, mecânicos e arquitetônicos, sendo o mesmo consubstanciado nas
recomendações de projeto da CODEVASF, bem como nas prescrições das seguintes
entidades nacionais ou estrangeiras, onde aplicáveis:
• ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
• COELBA Companhia de Energia da Bahia
• ANSI American National Standard Institute
• NEMA National Electrical Manufacturers Association
• NEC National Electrical Code
• IEC International Eletrotechnical Commission
Em especial, deverão ser respeitadas as características fixadas nas seguintes normas
técnicas, exigíveis na aceitação e/ou recebimento dos materiais e equipamentos:
• NBR IEC 60.439/03 Conjuntos de manobra e controle de baixa tensão;
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

• NBR IEC 60529/09 Graus de proteção para invólucros de equipamentos


elétricos (código IP);

92
_____________________________________________________________________
• NBR 7288/94 Cabos de potência com isolação sólida extrudada de
cloreto de polivinila (PVC) ou polietileno (PE) para
tensões de 1 kV a 6 KV;
• NBR 15.465/08 Sistemas de eletrodutos plásticos para instalações
elétricas de baixa tensão - Requisitos de desempenho;
• NBR 6689/81 Requisitos gerais para condutos de instalações elétricas
prediais;
• NBR IEC 60.497-2/98 Dispositivos de manobra e comando de baixa tensão;
• NBR IEC 60670-1/05 Caixas e invólucros para acessórios elétricos para
instalações elétricas fixas domésticas e análogas;
• NBR 15626-1/08 Máquinas Elétricas Girantes - motores de indução;
• NBR 14136/08 Plugues e tomadas para uso doméstico e análogo até
20 A/250 V em corrente alternada – Padronização.

5.3.1.2 Suprimento de Energia


A Estação de Recalque ER-1 será suprida de energia elétrica a partir das redes de
distribuição de energia elétrica primária da Concessionária de Energia local na tensão de
13.800 V, através de circuito trifásico com cabos de alumínio sem alma de aço, bitola 2
AWG. No poste de ancoragem das redes aéreas serão instalados os dispositivos de
proteção, constituídos de pára-raios com desligadores automáticos e chaves fusíveis.
Os pára-raios serão tipo resistor não linear de óxido de zinco, poliméricos, e terão
capacidade de ruptura de 10 kA para uma tensão de 30 kV. As chaves fusíveis, serão para
300 A, constituídas de base “C” e cartucho porta fusível com elo 15k.
Para o atendimento das novas cargas, será necessária a instalação de uma subestação
transformadora de energia do tipo abrigada, conforme a padronização da concessionária.
Será executada subestação transformadora auxiliar em poste, de 34,5 kVA de potência,
para atendimento das cargas auxiliares de iluminação e tomadas e bombas de drenagem de
0,5 cv de potência.
Foram considerados os seguintes parâmetros básicos das redes:

• Fornecimento de Energia: ................................................. 34,5 kV


• Tensão de Distribuição de Força: ...................................... 380/220 V
• Freqüência: ....................................................................... 60 Hz
• Cálculo de Curto-circuito na Baixa Tensão:

Considerando-se o pior caso, ou seja, uma barra infinita na entrada dos bornes de M.T. do
transformador, temos:
Para a subestação de 750 kVA
Dados:
1. Barra infinita na entrada da instalação;
2. Z% do transformador: 4,5%
3. Potência do transformador: 750 kVA
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

1 750kVA
Icc = x = 25.322,38 A
0,045 3 x0,38kV

93
_____________________________________________________________________
Para a subestação de 15 kVA
Dados:
4. Barra infinita na entrada da instalação;
5. Z% do transformador: 4,5%
6. Potência do transformador: 15 kVA

1 15kVA
Icc = x = 506,44 A
0,045 3 x0,38kV

5.3.1.3 Diretrizes de Projeto


a) Potência Instalada - Demandas
No sistema elétrico da Estação de Recalque ER-1 foram consideradas todas as potências
dos motores principais para dimensionamento da subestação abrigada e dos equipamentos
de iluminação e pontos de tomadas destinadas à utilização geral e eventual, além das
bombas de drenagem do poço de bombas e da bomba de recalque da caixa d’água, ambas
de 0,5 cv de potência e de uso esporádico.
As demandas foram determinadas considerando-se as condições de uso de cada
equipamento, na situação mais desfavorável, tendo sido adotada, em cada caso, a demanda
máxima provável da unidade como base para o dimensionamento dos componentes.

b) Circuitos de Distribuição
As cargas dos equipamentos foram divididas em circuitos, de acordo com os seguintes
critérios:
• O circuito terminal do motor será unitário – admitindo-se uma queda de tensão total de
7% a partir do transformador até os bornes do motor.
• Os circuitos terminais de iluminação de uso geral serão coletivos, com acionamento da
iluminação através de interruptor instalado em local estratégico – admitindo-se uma
queda de tensão total de 7% a partir do transformador até os equipamentos.

c) Proteções
c1) Contra Sobrecorrentes
Cada circuito (convencional ou de emergência) será protegido individualmente contra as
sobrecorrentes provocadas por sobrecargas prolongadas ou curtos-circuitos, por meio de
dispositivo (disjuntor termomagnético ou fusível), instalado a montante do ponto de
consumo.

c2) Aterramento
O neutro do sistema de distribuição de baixa tensão e todos os componentes metálicos das
instalações não integrantes dos circuitos elétricos, (armários dos quadros de distribuição de
força, etc), serão ligados à malha de aterramento.
No QGBT será instalado o BEP (barramento equipotencial principal) de onde partirão todos
os aterramentos das instalações.
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

c3) Proteção Contra Surtos

94
_____________________________________________________________________
O sistema de força e comando deverá ser protegido contra sobrecargas prolongadas e/ou
surtos de manobras através de dispositivos de proteção contra surtos – DPS, instalados na
entrada do Quadro Geral de Baixa Tensão. O DSP deverá ser instalado para a proteção das
três fases e neutro através de dispositivo capaz de interromper uma sobretensão de frente
de onda na forma 10/50 em 350 µs – classe I combinado com a classe II – tecnologia AEC
da Phoenix (ou similar), com capacidade mínima de 40 kA por fase e tensão residual de 900
V.
Na entrada do Painel de Automação e Controle – P.A.C., também deverá ser instalado DPS
classe II, capacidade de 20 kA e tensão residual de 900 V.
A tensão nominal dos DPSs deverá ser de para uma tensão trifásica de 380V para o QGBT
e para uma tensão de 220V monofásico para o Painel de Automação e Controle – P.A.C.
Formas de Instalação
Os condutores dos circuitos serão instalados em eletrodutos aparentes ou embutidos,
conforme detalhado no projeto, com caixas terminais e de passagem onde necessários. Nas
instalações externas, a tubulação será subterrânea com eletrodutos de PVC corrugado de
alta densidade entre caixas de passagem, envelopados em concreto.
Nas ligações entre as caixas de passagem subterrâneas e os quadros de distribuição serão
utilizados eletrodutos e curvas de PVC rígido roscáveis, com buchas e arruelas de alumínio
para fixação e acabamento nos quadros.

5.3.1.4 Execução das Instalações


Para execução dos serviços deverão ser obedecidas rigorosamente as especificações da
ABNT aplicáveis e em especial os seguintes pontos:
• Os condutores deverão ser instalados de tal forma que os isente de esforços mecânicos
incompatíveis com a sua resistência ou com a do seu isolamento;
• As emendas e derivações deverão ser executadas de modo a assegurar resistência
mecânica adequada e contato elétrico perfeito, utilizando-se de conectores e acessórios
adequados;
• O condutor de aterramento/proteção deverá ser facilmente identificável em toda sua
extensão, devendo ser devidamente protegido nos trechos onde possa vir a sofrer
danificações mecânicas;
• O condutor de aterramento deverá ser preso aos equipamentos por meios mecânicos,
tais como braçadeiras, orelhas, conectores e semelhantes e nunca com dispositivos de
solda a base de estanho, nem apresentar dispositivos de interrupção, tais como chaves,
fusíveis, etc., Ou ser descontínuo, utilizando carcaças metálicas como conexão;
• Os condutores somente deverão ser lançados depois de estarem completamente
concluídos todos os serviços de construção que possam vir a danificá-los;
• Somente poderão ser utilizados materiais de primeira qualidade, fornecidos por
fabricantes idôneos e de reconhecido conceito no mercado;
• Todas as instalações deverão ser executadas com esmero e bom acabamento,
conforme recomenda a boa técnica.

5.3.1.5 Etapas da Obra


1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

As instalações elétricas da Estação de Recalque ER-1 compreendem as seguintes Etapas:


• Alimentação de energia elétrica - redes aéreas e medição de energia;

95
_____________________________________________________________________
• Subestações Transformadoras;
• Quadro Geral de Baixa Tensão – QGBT/CCMs - (sistema de proteção, partida e
controle);
• Quadro de Serviços Auxiliares – QSA (sistemas auxiliares e de iluminação e tomadas);
• Distribuição de força, comando/controle e iluminação;
• Sistema de Automação;
• Sistemas de aterramentos.

5.3.1.6 Serviços Elétricos


Os serviços elétricos compreendem basicamente:
• Lançamento de cabos de força, comando e controle, bem como suas conexões, com os
equipamentos dos quais fazem parte;
• Ligação e execução da medição de energia e redes externas;
• Abertura de valas, colocação de eletrodutos e reaterro;
• Confecção de canaletas ou muretas em concreto ou alvenaria para cabos de potência e
comando, reconstituição do piso;
• Confecção de caixas de passagem;
• Instalação do sistema de aterramento geral das unidades;
• Testes gerais, posta em marcha e operação assistida.

5.3.1.7 Procedimentos de Projeto


a) Caixas de Passagem
As caixas de passagem terão as dimensões indicadas no projeto.
Serão executadas em alvenaria conforme desenhos ilustrativos apresentados em prancha.
Todas as caixas terão drenagem, ou seja, através de tubulação em PVC ou manilha
conforme apresentado em projeto.
Tendo em vista as localizações das unidades, bem como, no sentido de evitar-se acidentes
ou danos nos condutores elétricos, as caixas de passagem deverão ter as respectivas
tampas fixadas e vedadas através de massa apropriada e deverão apresentar elevada
resistência mecânica.
b) Padrões de Identificação
Todos os equipamentos e dispositivos necessários para a operação deverão ter suas
funções indicadas em placa de acrílico preta colada. Incluem-se neste caso, painéis,
botoeiras, chaves de comando e comutação, sinalizadores e proteções.
Os condutores deverão ser identificados em ambas as extremidades, com marcadores de
PVC flexível.

c) Código de Cores para Condutores


1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

Aplicação Tensão Cor Seção Mínima (mm2)

Potência 220 V Preto 2,5

96
_____________________________________________________________________

Aplicação Tensão Cor Seção Mínima (mm2)

127 V Branco
Neutro Azul
Sinalização, comando e
Terra Verde 1,0
controle
24 Vcc Vermelho
GND Cinza
Tc’s, tp’s e proteção - Preto 2,5
Terra - Verde 2,5
Instrumentação (blindado) - Preto 1,0

Aplicação Tensão Cor Seção Mínima (mm2)


Potência 380 V Preto 2,5
220 V Branco
Neutro Azul
Sinalização, comando e 1,0
Terra Verde
controle
24 Vcc Vermelho
GND Cinza
Tc’s, tp’s e proteção - Preto 2,5
Terra - Verde 2,5
Instrumentação (blindado) - Preto 1,0

d) Circuitos de Distribuição
As cargas dos equipamentos foram divididas em circuitos, de acordo com os seguintes
critérios:
Os circuitos terminais de motores, tomadas e esperas de uso específico (aquecimento,
manutenção etc.), serão unitários.
Os circuitos terminais de iluminação externa quando existentes serão específicos, com
acionamento através de fotocélula.

e) Código de Cores para Sinalizadores


Verde: ......................... Equipamento parado;
Vermelho: ................... Equipamento em operação;
Amarelo: ..................... Falha.

f) Código de Cores para Botões de Comando


1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

Verde: ......................... partir, ligar, abrir;


Vermelho: ................... desligar, parar, emergência.

97
_____________________________________________________________________
g) Código de Cores para Barramentos
Fase A: ....................... Azul escuro;
Fase B: ....................... Branco;
Fase C: ....................... Lilás;
Neutro: ........................ Azul Claro;
Terra: .......................... Verde.

h) Procedimento de Montagem de Painéis


Todos os painéis deverão ser montados de acordo com as especificações descritas a
seguir:
• Os cabos internos deverão ser conduzidos em calhas de PVC rígido, ranhuradas,
dimensionadas de forma que a seção ocupada não seja superior a 60% da seção reta.
• Os condutores não poderão conter emendas e derivações e deverão possuir
identificação e terminais apropriados para a conexão a ser realizada em ambas as
extremidades.
• Os condutores que atravessarem chapas metálicas deverão ter sua isolação protegida
por meio de gaxetas de borracha na furação.
• Cada componente dos painéis deverá ter condutor de aterramento independente até o
barramento de terra do painel.
• Todas as conexões entre condutores deverão ser realizadas por bornes identificados do
tipo de estrutura isolante de material termoplástico poliamida e conexão apropriada para
cada tipo de terminal.
• Os bornes não podem ter mais de dois terminais conectados em suas extremidades.
• As réguas de bornes de comando deverão ser separadas das réguas de bornes de força
através de placas de separação. Esta separação deverá ser fisicamente visível no
painel.
• As réguas de bornes devem ser localizadas de modo a facilitar a entrada, distribuição e
conexão das interligações dos equipamentos instalados interna e externamente aos
quadros.
• Deve ser prevista uma reserva de 30% nos bornes dos painéis.

i) Fixação de Dispositivos e Equipamentos


Bornes: .................................................. trilhos tipo “C” simétrico ou assimétrico.
Dispositivos e equipamentos em geral: . trilho guia 35x7,5mm.
Barramentos de cobre: .......................... isoladores Premix dimensionados para esforços
térmicos e magnéticos de corrente de curto circuito.
Equipamentos de grande porte: ............. perfil de aço tipo “C” ou parafusos.
Não é permitida a utilização de rebites ou parafusos com porca para a fixação de trilhos,
equipamentos e dispositivos.

j) Espaçamento Entre Dispositivos e Equipamentos


1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

A montagem e a conexão de todos os equipamentos devem ser executadas de modo que,


em caso de manutenção permita o acesso ao mesmo sem obstruções.

98
_____________________________________________________________________
A distribuição dos equipamentos deve ser feita de modo a aproveitar ao máximo a área
disponível e permitir futuras expansões do sistema.
Devem ser observadas as seguintes distâncias mínimas entre os equipamentos:
entre contatores e relés auxiliares: ............................. 5mm;
entre contatores ou relés e calhas .............................. 35mm;
entre régua de bornes e calhas: ................................. 35mm;
entre régua de bornes horizontal e flange: .................. 150mm;
entre controladores (parte inferior e superior) e calhas: 35mm.

l) Barramentos de Cobre
As barras de cobre deverão ser constituídas de cobre eletrolítico, têmpera dura, tratado com
decapante e camada de proteção a base de prata por decomposição química.
Devem ser dimensionados para suportar esforços magnéticos e efeitos térmicos da corrente
de curto-circuito trifásico calculada.
As conexões entre barramentos ou entre barramentos e condutores devem ser realizadas
em parafusos de aço bicromatizado/cadmiado com cabeça sextavada, porca sextavada,
arruelas lisas e arruelas de pressão e terminais apropriados nos cabos.
O barramento de terra deve ser montado na parte inferior dos gabinetes e os demais
barramentos preferencialmente na parte superior.
Os barramentos em toda sua extensão deverão ser protegidos do contato direto por placa
de acrílico transparente com fixações independentes e isoladas.

5.3.1.8 Detalhamento das Instalações Elétricas da ER-1


O detalhamento das instalações elétricas da Estação de Recalque ER-1 abrange as obras
da Subestação Transformadora, intertravamentos elétricos, alimentação de força para o
QGBT/CCM, alimentação de força para o QSA, alimentações de força e comando para os
motores e quadros de distribuição de força, iluminação interna e externa, automação e
aterramentos.

5.3.1.8.1 Ramal de Ligação de Energia


Todo o sistema elétrico da Estação de Recalque ER-1 será suprido de energia a partir das
Subestações Rebaixadoras de Energia Elétrica Principal e Auxiliar, que serão alimentadas
na tensão primária nominal de 34,5 kV, rebaixando esta tensão para 380/220 V através de
transformador rebaixador de 750 kVA e 15 kVA de potência, respectivamente.
O ramal de ligação de energia é aéreo com cabos de alumínio na bitola 2 AWG-CAA,
ancorando nas estruturas de ancoragem no poste da concessionária. Nesta estrutura estão
instalados os pára-raios de distribuição tipo resistor não linear, com capacidade destrutiva
de 10 kA equipados com desligadores automáticos, isolação 30 kV.

5.3.1.8.2 Subestação Transformadora Principal - 750 kVA


1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

A subestação transformadora principal de energia é do tipo abrigada, contendo em seu


interior um transformador rebaixador de força de 750 kVA de potência nominal, e tensão
secundária nominal de 380/220 V.

99
_____________________________________________________________________
As paredes da subestação serão de alvenaria de tijolos maciços, rebocadas e pintadas de
acordo com o padrão da arquitetura. O piso e a laje de cobertura serão de concreto armado,
impermeabilizados.
Haverá um cubículo para medição em A.T. fechado por paredes de alvenaria e tela tipo otis
com porta de acesso e dispositivo para cadeado e lacre com chave mestra. Neste cubículo
serão instalados os transformadores de potencial e de corrente para medições em tensão
primária de distribuição. Na porta de acesso será fixada placa de advertência "PERIGO DE
MORTE - ALTA TENSÃO".
A interligação entre os equipamentos de M.T. será feita por meio de vergalhão de cobre
eletrolítico, ligados aos equipamentos através de terminais tipo sapata com parafusos de
aperto, de bronze fosforoso, e suportados através de isoladores de pedestal classe 34,5 kV,
fixados nas paredes dos cubículos através de chapas metálicas próprias.
O transformador de força possuirá tensão primária nominal 34,5 kV e tensão secundária
nominal de 380/220 V, com neutro acessível e solidamente aterrado. Será instalado
diretamente sobre o piso acabado do cubículo de força da subestação.
Será instalada chave seccionadora geral de A.T., no cubículo de proteção, com capacidade
para 400 A de corrente nominal, classe de tensão 34,5 kV, tripolar com acionamento
simultâneo nas três fases através de punho de manobra fixado na tela de proteção.
Também será instalado um disjuntor geral de média tensão, isolado a gás SF6, seccionando
o barramento da subestação. Será equipado com relé microprocessado (incorporados ao
disjuntor) com proteção ANSI 50/51 e 50/51N. Também possuirá bobina de disparo na
tensão de 220V. Os TCs serão externos e fixados na parede do cubículo de proteção sob a
chave seccionadora. Para o seu dimensionamento a concessionária de energia deverá ser
contatada para fornecimento das correntes de curto-circuito.
A interligação elétrica entre o transformador e o quadro de distribuição de força – QGBT
será executada através de cabos de cobre eletrolítico, singelos, isolados em EPR antichama
classe de temperatura 90°C, classe de tensão 0,6/1 kV, 3x240mm² para cada uma das fases
e para o neutro e 3x120mm² para o condutor de proteção. Serão instalados no interior de
eletrodutos corrugados seção 4”.
Na área de circulação será instalado o quadro de Medição em AT com caixa para medição
do padrão COELBA, constituído por caixa metálica de instalação embutida na parede com
abertura voltada para o lado externo da subestação.
Também na área de circulação será instalado o Quadro de Comando e Proteção da
Subestação, metálico, de instalação de sobrepor, contendo no seu interior o No Break com
autonomia de 2 h e as proteções dos circuitos iluminação, tomadas e de comando e
intertravamentos elétricos.
Da área de circulação será também acessível a alavanca de acionamento da chave
seccionadora geral de A.T., através de recorte na tela de proteção do cubículo de proteção.
Ao pé do acionamento será colocado tapete de borracha de 0,50x0,50 m, isolação 34,5 kV.
Para pronto acesso ao cubículo de força foi projetado portão de acesso executado em
armação metálica com tela tipo Otis de arame bitola 12 BWG, zincado e pintado, com
dispositivo para cadeado e placa de advertência semelhante à fixada à porta de acesso ao
cubículo de proteção.
Junto à porta de acesso à subestação, do lado de fora, será instalado extintor de incêndio
de CO2 ou pó químico de 6 kg.
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

Para aterramento da subestação transformadora será executada uma malha de terra


constituída de hastes de aterramento de 19 mm de diâmetro por 3,0 m de comprimento, de
aço cobreado, interligadas por cabos de cobre nu, seção 95 mm², diretamente enterradas na

100
_____________________________________________________________________
área lateral externa a subestação. Deverão ser utilizadas tantas hastes quantas necessárias
para que a resistência de aterramento seja inferior a 10 ohms em qualquer época do ano.
Haverá poços de inspeção constituídos por manilhas de grês, com diâmetro de 300 mm e
profundidade de 600 mm, com tampa de concreto, para inspeção e medição periódica da
resistência do aterramento, em todas as hastes instaladas.
A carcaça do transformador, portões, telas, venezianas, suportes e demais partes metálicas
da subestação não destinadas à condução de corrente elétrica deverão ser solidamente
interligadas à malha geral de aterramento através de cabo de cobre nu 25 mm². O neutro do
transformador será aterrado com cabo de cobre nu de seção 95 mm².
A iluminação artificial da subestação transformadora será de instalação aparente utilizando
lâmpadas fluorescentes compactas de 26W de potência montadas no interior de luminárias
blindadas a prova de tempo e pós. O interruptor de comando da iluminação será montado
no interior de uma caixa de passagem tipo condulete, a uma altura de 1,3m do piso e terá
capacidade mínima de condução de corrente de 10A em 250 V.
Também será instalada tomada de energia a uma altura de 30 cm do piso acabado,
alinhada ao interruptor de luz. Terá capacidade para condução de corrente mínima de 15A
em 250 V e será do tipo universal 2P+T.
O Quadro de Comando e Proteção da Subestação Transformadora será alimentado a partir
de um transformador de potencial de 500VA de potência nominal. Este TP será alimentado a
partir do barramento da subestação, logo após a chave seccionadora geral, e será protegido
na BT por minidisjuntor com corrente nominal de 16 A.
Será instalado sistema de iluminação de emergência, com autonomia mínima de duas
horas, que ascenderá assim que for sentido a falta da energia comercial. Também deverá
ser instalado na subestação transformadora o diagrama unifilar contendo todas as proteções
e características das instalações.
− Características do Transformador a Instalar:
• Potência nominal: 750 kVA
• Classe de tensão:34,5 kV
• Tensão secundária nominal: 380/220 V
• Ligação: triângulo (A.T.)/estrela aterrada (B.T.)
• Impedância percentual: 4,5 %
• Líquido isolante: óleo mineral parafínico
• Freqüência nominal: 60 Hz
• Número de fases: 03
• Normas e ensaios aplicáveis: NBR 5356

5.3.1.8.3 Subestação Transformadora Auxiliar - 15 kVA em Poste


A Subestação Transformadora será ao tempo, com transformador rebaixador trifásico de
15 kVA montado em poste de concreto de 11 m de comprimento, equipado com base
concretada para suportar os esforços produzidos pela tração dos cabos do circuito aéreo de
AT.
A entrada de energia será aérea, através de ramal suportado por estruturas de cruzetas, nas
quais serão instalados 03 pára-raios tipo resistor não linear com desligadores automáticos,
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

tensão nominal de 30 kV e capacidade de corrente para 10 kA, tipo poliméricos.


O cabo geral de B.T. será de cobre, bitola 6mm² para as fases e 6mm² para o neutro, com
isolação em PVC, classe 750 V, tipo antichama, será instalado em eletroduto de aço
101
_____________________________________________________________________
zincado, roscável DN 25 mm (Ø1”), no trecho entre o transformador e o quadro de
medidores. Os cabos de baixa tensão deverão conter em todas as extremidades terminais
sapata de bronze fosforoso, adequados à bitola dos cabos e serão identificados quanto às
fases em todas as extremidades.
Para aterramento da subestação será instalada uma haste de aterramento de aço cobreada
Ø 19 mm e comprimento 3,0 m, diretamente enterrado no solo. Serão utilizadas tantas
hastes quantas necessárias para que a resistência de aterramento seja inferior a 10 ohms
em qualquer época do ano.
Haverá poço de inspeção constituído por manilha de grês com tampa removível, para
medição da resistência de aterramento, sendo utilizado em todas as hastes instaladas,
conforme detalhe em planta. Esta malha de aterramento deverá ser interligada com a malha
da Subestação através de cabo de cobre nu seção 25mm².
A carcaça do transformador, o seu neutro, pára-raios e demais partes metálicas não
destinadas a condução de corrente elétrica serão interligados ao aterramento por cabo de
cobre nu seção 25 mm².
O Quadro de Medição constituído por caixa metálica de instalação embutida na mureta de
proteção, com acesso pela parte frontal, será instalado a uma altura de 1.600 mm do piso ao
topo da caixa. Conterá os equipamentos de medição indireta de B.T., de fornecimento e
montagem a cargo da COELBA.
Juntamente ao Quadro de Medição será instalado um compartimento para proteção geral da
B.T., constituído por caixa metálica de instalação aparente com acesso pela parte frontal,
onde será instalado um minidisjuntor com disparador fixo termomagnético, tripolar, de
corrente nominal 25 amperes e capacidade de interrupção mínima de 10 kA simétrico em
380 V.
A partir do compartimento do disjuntor geral, o circuito de B.T. seguirá em caminhamento
aparente até o QSA, instalado na Estação de Recalque ER-1.

− Características do Transformador a Instalar:


• Potência nominal: 15 kVA
• Classe de tensão:34,5 kV
• Tensão secundária nominal: 380/220 V
• Ligação: triângulo (A.T.)/estrela aterrada (B.T.)
• Impedância percentual: 4,5 %
• Líquido isolante: óleo mineral parafínico
• Freqüência nominal: 60 Hz
• Número de fases: 03
• Normas e ensaios aplicáveis: NBR 5356

5.3.1.8.4 Quadro Geral de Baixa Tensão– QGBT


O Quadro Geral de Baixa Tensão será instalado na Sala de Comando da ER-1, e será o
responsável pela alimentação de força dos motores principais e dos atuadores das válvulas
de descarga dos grupos. Nele serão instalados os demarradores dos motores de recalque
de água e dos motores das válvulas motorizadas.
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

A partida dos motores principais será através de chave tipo conversores de freqüência e
para os motores dos atuadores elétricos será utilizada partida tipo reversora. O acionamento

102
_____________________________________________________________________
e desligamento dos grupos motor-bomba poderá ser local ou remota, dependendo da
seleção. Quando selecionados para funcionamento de forma remota, os motores deverão
operar conforme as premissas do programa de supervisão e controle ou através de
comandos manuais do operador. Quando selecionado para operação local os motores
somente deverão operar através dos comandos de liga/desliga na estação. Após comando
de liga a rotação deverá ser ajustada conforme parâmetros previamente definidos na lógica
de cada inversor e conforme os níveis de pressão no barrilete.
A abertura e fechamento dos atuadores poderá ser local ou remota, dependendo da seleção
do operador. Quando selecionados para funcionamento de forma remota, os atuadores
deverão operar conforme as premissas do programa de supervisão e controle ou através de
comandos manuais do operador. Quando selecionado para operação local os atuadores
poderão, ainda, operarem de forma manual ou automática e de forma individual. Se os
atuadores estiverem selecionados para operar de forma automática, assim que o motor
principal partir, os atuadores iniciam o processo de abertura da válvula. Se os atuadores
estiverem selecionados para operarem de forma manual, a abertura e o fechamento de cada
atuador somente se dará através de comandos existentes nas portas do QGBT/CCMs.
Sempre que um motor principal for desligado, a sua válvula de descargas correspondente,
será imediatamente fechada através do comando do atuador elétrico, sempre este atuador
estiver com a chave de seleção manual/automárico ajustado para operação na condição de
automático.

5.3.1.8.5 Quadro de Serviços Auxiliares - QSA


O Quadro de Serviços Auxiliares será instalado na Sala de Comando da ER1, em fixação
aparente e será o responsável pela alimentação de força de todos os serviços auxiliares da
ER-1, tais como: ponte rolante, motor de drenagem do poço de bombas, motor de recalque
de água para a caixa d’água do prédio, tomada trifásica, iluminação externa e sistema de
iluminação e tomadas do prédio.
Será um quadro metálico de sobrepor e conterá em seu interior as chaves de proteção por
minidisjuntores dos circuitos de cargas não motoras e 2 partidas diretas compostas por
disjuntores motores e contatores categoria AC3 para uma potência de 0,5 CV.
5.3.1.8.6 Distribuição de Força, Comando e Iluminação Interna
A entrada de energia no QGBT será através de cabos de cobre eletrolíticos, isolados em
EPR antichama com capa externa em PVC antichama, na seção 3x240mm² para as fases e
para o neutro e 3x120mm² para o condutor de proteção, desde a subestação transformadora
principal, até a entrada de energia no Quadro.
O circuto alimentador do QGBT será instalado no interior de eletroduto de PVC, bitola Ø 4”,
instalado no interior de envelope de concreto no trajeto externo e embutido no piso da Sala
de Comando e aflorando sob o cubículo de entrada.
A entrada de energia no QSA será através de cabos de cobre eletrolíticos, isolados em EPR
antichama com capa externa em PVC antichama, na seção 6mm² para as fases e 6mm²
para o neutro, desde a subestação transformadora auxiliar.
O circuto alimentador do QSA será instalado no interior de eletroduto de PVC, bitola Ø 4”,
instalado no interior de envelope de concreto no trajeto externo e também no interior de
eletroduto de PVC, bitola 1”, instalado embutido no piso da Sala de Comando e aflorando
sob o QSA. Na primada da parede o eletroduto deverá ser firmemente fixado com
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

braçadeiras tipo “D”.


A alimentação de força para os motores principais será através de condutores de cobre,
isolação em EPR 1kV, seção 150mm², instalados em leitos metálicos e canaletas de piso.

103
_____________________________________________________________________
Para interligação entre as partes rígidas da instalação e o motor, os cabos ficarão montados
no interior de eletrodutos flexíveis de aço com cobertura em PVC, aéreos, seção Ø 3”.
A alimentação de força para os demais motores dos atuadores elétricos e bombas de
recalque de águas de drenagem de consumo local será através de condutores de cobre,
isolação em PVC 1kV, seção 4x2,5 mm², instalados em eletrodutos de PVC rígidos de
montagem aparente.
Para interligação entre as partes rígidas da instalação e o motor, os cabos ficarão montados
no interior de eletrodutos flexíveis de aço com cobertura em PVC, aéreos, seção Ø 3/4”.
O sistema de iluminação interna na Casa de Bombas (pavimento superior) será composto
por luminárias para duas lâmpadas fluorescentes tubulares de 32W equipadas com reatores
de alto fator de potência, eletrônicos para partida rápida, em instalação pendente, na Sala
de Comando. Demais luminárias serão do tipo blindada, de instalação arandela com ângulo
de 45° com a parede, utilizando lâmpadas fluorescen tes compactas de partida rápida de
26W.
A tubulação será de PVC roscável em montagem aparente, com conduletes de alumínio
apropriados nas mudanças de direção. Os condutores dos circuitos de iluminação e
tomadas serão de cobre rígido, singelos, isolados em PVC 750 V, seção 2,5 mm².

5.3.1.9 Automação e Comando da ER-1

5.3.1.9.1 Introdução
O sistema de automação – PAC – Painel de Automação e Controle, juntamente com o
sistema supervisório, tem por objetivo proporcionar o comando à distância do sistema de
recalque. O PAC será instalado ao lado do QGBT, de onde todo sistema de recalque será
controlado.
Com o objetivo de controlar a distância, será instalado sistema de rádio comunicação que
deverá comunicar-se com o sistema Supervisório que ficará montado em local remoto.

5.3.1.9.2 Descrição do Sistema de Automatização da Estação R1


Todos os pontos de coleta de dados e de comando estarão comunicando-se com o Painel
de Automação e Controle – PAC, de forma a regular e contínua. Esta comunicação permite
comandar automaticamente o sistema de recalque da ER-1. Para tanto será necessário
instalar diversos sistemas de coleta e gerenciamento de dados, como sensores de nível,
contatores auxiliares, etc.
A interligação entre os sistemas de coleta de dados e o CLP instalado no Painel de
Automação e Controle – P.A.C. será através de cabos de cobre com capa externa isolante,
para sinais digitais. Quando os sinais forem analógicos – 4-20 mA, estes cabos deverão ser
tipo par trançado com malha externa para aterramento e eliminação de interferências
eletromagnéticas.

5.3.1.9.3 Controle Local


O sistema de automação instalado na ER-1 será instalado objetivando controlar a pressão
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

na adutora, bem como controlar todo o sistema elétrico da estação de recalque de água.
Deverão ser controladas as seguintes variáveis de sistema, a saber:

104
_____________________________________________________________________
− Nível mínimo de água em cada câmara de sucção – chave bóia;
− Status dos motores (ligados/desligados/defeito);
− Rodízio automático dos grupos motor-bomba através do número de horas operativas;
− Status das válvulas motorizadas (abertas/fechadas/defeitos);
− Comando automático dos atuadores elétricos;
− Tensão, corrente, potências ativa e reativa no barramento do QGBT;
− Medição de Vazão da Estação de Recalque ER-1;
− Pressão na Adutora – máxima e mínima;
− Presença indesejável da Estação de Recalque – sensores contra intrusão;
− Presença de fumaça – sensores de fumaça no Poço de Bombas e Sala Painéis;
− Nível de água no Poço de Bombas acima do nível permitido – Nível de inundação.
− Deverão ser comandados a distância:
 Abertura e fechamento de válvulas motorizadas;
 Partida e parada dos motores de recalque.

5.3.1.9.4 Seqüência de partida / parada - PAC


O sistema de recalque deve seguir, no mínimo a seguinte lógica operacional:
a) A partida dos grupos motor-bomba deverá ser desenvolvido de forma escalonar, ou seja,
não deverão partir, em hipótese alguma, duas bombas ao mesmo tempo. Na
necessidade de efetuar a partida de mais de uma bomba de recalque de água, este
procedimento deverá ser realizado de forma que a segunda bomba receba permissão de
partida somente no término da partida da primeira e após a entrada em regime de
operação com tempo pré-estabelecido pela equipe de operação da CODEVASF com
tempo mínimo de 1 minuto entre partidas. Este intertravamento deverá ser implementado
através da lógica operacional do Controlador Programável no P.A.C.. Quando em
comando manual este procedimento deverá ser realizado pelo operador da Estação;
b) O Controlador Programável deverá manter registros do número de partidas e paradas de
cada grupo motor-bomba, bem como a quantidade de horas que cada grupo
permaneceu ligado;
c) Será instalado “timer” que impedirá a operação da ER-1 durante os períodos de ponta;
d) O controle da variação de freqüência para os grupos motor-bomba será a partir de um
sensor de pressão do tipo inserção que ficará instalado na adutora. Sempre que o nível
da pressão de recalque estiver fora dos parâmetros previstos (acima do máximo ou
abaixo do mínimo) deverá indicar ao operador do sistema, situação de perigo na Estação
e desligá-la totalmente.
e) O sistema deverá monitorar continuamente as correntes de consumo e tensão no QGBT;
f) O sistema de automação deverá receber todas as informações de posição das chaves
de comando automático/manual e bloqueio geral de comando;
g) O sistema de automação estará continuamente verificando o nível no poço de sucção e
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

implementar as partidas/paradas das bombas conforme o comportamento do nível no


interior do mesmo, ou seja, caso o nível no interior do poço de sucção da bomba estiver
no mínimo a operação desta bomba deverá ser bloqueada. Se o nível de água estiver

105
_____________________________________________________________________
acima do mínimo a operação de recalque desta bomba está liberada;
h) A variação de velocidade das bombas será dada conforme a variação de pressão na
descarga, ou seja, quando a pressão no interior da tubulação de descarga tender a cair
o sistema comanda um incremento na rotação do motor de forma a comandar maior
recalque de água. Assim deverá proceder até a máxima velocidade possível para o
motor, quando o sistema partirá, então, outra bomba e tenderá ajustar-se a nova
situação;
Para o processo de desligamento o sistema deverá proceder de forma inversa daquela
descrita no item anterior, ou seja, quando a pressão no interior da tubulação de descarga
tender a aumentar, o sistema incrementa variação de velocidade no motor para baixo, até
que o mesmo atinja a rotação mínima e permitida desligar um dos motores operativos
(quando estiverem mais de um motor funcionando) ou desligamento total do recalque de
água quando a rotação mínima prevista para um motor operando for atingida e
ultrapassada.

5.3.2 Instalações Elétricas da ER-2

5.3.2.1 Dados Básicos e Normas Técnicas


Para a elaboração do projeto elétrico foram utilizados os dados básicos fornecidos pelos
projetos hidráulicos, mecânicos e arquitetônicos, sendo o mesmo consubstanciado nas
recomendações de projeto da CODEVASF, bem como nas prescrições das seguintes
entidades nacionais ou estrangeiras, onde aplicáveis:
• ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
• COELBA Companhia de Energia da Bahia
• ANSI American National Standard Institute
• NEMA National Electrical Manufacturers Association
• NEC National Electrical Code
• IEC International Eletrotechnical Commission
Em especial, deverão ser respeitadas as características fixadas nas seguintes normas
técnicas, exigíveis na aceitação e/ou recebimento dos materiais e equipamentos:
• NBR IEC 60.439/03 Conjuntos de manobra e controle de baixa tensão;
• NBR IEC 60529/09 Graus de proteção para invólucros de equipamentos
elétricos (código IP);
• NBR 7288/94 Cabos de potência com isolação sólida extrudada de
cloreto de polivinila (PVC) ou polietileno (PE) para
tensões de 1 kV a 6 KV;
• NBR 15.465/08 Sistemas de eletrodutos plásticos para instalações
elétricas de baixa tensão - Requisitos de desempenho;
• NBR 6689/81 Requisitos gerais para condutos de instalações elétricas
prediais;
• NBR IEC 60.497-2/98 Dispositivos de manobra e comando de baixa tensão;
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

• NBR IEC 60670-1/05 Caixas e invólucros para acessórios elétricos para


instalações elétricas fixas domésticas e análogas;

106
_____________________________________________________________________
• NBR 15626-1/08 Máquinas Elétricas Girantes - motores de indução;
• NBR 14136/08 Plugues e tomadas para uso doméstico e análogo até
20 A/250 V em corrente alternada – Padronização.

5.3.2.2Suprimento de Energia
A Estação de Recalque ER-2 será suprida de energia elétrica a partir das redes de
distribuição de energia elétrica primária da Concessionária de Energia local na tensão de
34.500 V, através de circuito trifásico com cabos de alumínio sem alma de aço, bitola 2
AWG. No poste de ancoragem das redes aéreas serão instalados os dispositivos de
proteção, constituídos de pára-raios com desligadores automáticos e chaves fusíveis.
Os pára-raios serão tipo resistor não linear de óxido de zinco, poliméricos, e terão
capacidade de ruptura de 10 kA para uma tensão de 30 kV. As chaves fusíveis, serão para
300 A, constituídas de base “C” e cartucho porta fusível com elo 15K.
Para o atendimento das novas cargas, será necessária a instalação de uma subestação
transformadora de energia do tipo abrigada, conforme a padronização da concessionária.
Será executada subestação transformadora auxiliar em poste, de 15 kVA de potência, para
atendimento das cargas auxiliares de iluminação e tomadas e bombas de drenagem de 0,5
cv de potência.
Foram considerados os seguintes parâmetros básicos das redes:

• Fornecimento de Energia: ................................................. 34,5 kV


• Tensão de Distribuição de Força: ...................................... 380/220 V
• Freqüência: ....................................................................... 60 Hz
• Cálculo de Curto-circuito na Baixa Tensão:

Considerando-se o pior caso, ou seja, uma barra infinita na entrada dos bornes de M.T. do
transformador, temos:
Para a subestação de 750 kVA
Dados:
7. Barra infinita na entrada da instalação;
8. Z% do transformador: 4,5%
9. Potência do transformador: 750 kVA

1 750kVA
Icc = x = 25.322,38 A
0,045 3 x0,38kV
Para a subestação de 15 kVA
Dados:
10. Barra infinita na entrada da instalação;
11. Z% do transformador: 4,5%
12. Potência do transformador: 15 kVA

1 15kVA
Icc = x = 506,44 A
0,045 3 x0,38kV
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

107
_____________________________________________________________________
5.3.2.3 Diretrizes de Projeto
a) Potência Instalada - Demandas
No sistema elétrico da Estação de Recalque ER-2 foram consideradas todas as potências
dos motores principais para dimensionamento da subestação abrigada e dos equipamentos
de iluminação e pontos de tomadas destinadas à utilização geral e eventual, além das
bombas de drenagem do poço de bombas e da bomba de recalque da caixa d’água, ambas
de 0,5 cv de potência e de uso esporádico.
As demandas foram determinadas considerando-se as condições de uso de cada
equipamento, na situação mais desfavorável, tendo sido adotada, em cada caso, a demanda
máxima provável da unidade como base para o dimensionamento dos componentes.

b) Circuitos de Distribuição
As cargas dos equipamentos foram divididas em circuitos, de acordo com os seguintes
critérios:
• O circuito terminal do motor será unitário – admitindo-se uma queda de tensão total de
7% a partir do transformador até os bornes do motor.
• Os circuitos terminais de iluminação de uso geral serão coletivos, com acionamento da
iluminação através de interruptor instalado em local estratégico – admitindo-se uma
queda de tensão total de 7% a partir do transformador até os equipamentos.

c) Proteções
c1) Contra Sobrecorrentes
Cada circuito (convencional ou de emergência) será protegido individualmente contra as
sobrecorrentes provocadas por sobrecargas prolongadas ou curtos-circuitos, por meio de
dispositivo (disjuntor termomagnético ou fusível), instalado a montante do ponto de
consumo.

c2) Aterramento
O neutro do sistema de distribuição de baixa tensão e todos os componentes metálicos das
instalações não integrantes dos circuitos elétricos, (armários dos quadros de distribuição de
força, etc), serão ligados à malha de aterramento.
No QGBT será instalado o BEP (barramento equipotencial principal) de onde partirão todos
os aterramentos das instalações.
c3) Proteção Contra Surtos
O sistema de força e comando deverá ser protegido contra sobrecargas prolongadas e/ou
surtos de manobras através de dispositivos de proteção contra surtos – DPS, instalados na
entrada do Quadro Geral de Baixa Tensão. O DSP deverá ser instalado para a proteção das
três fases e neutro através de dispositivo capaz de interromper uma sobretensão de frente
de onda na forma 10/50 em 350 µs – classe I combinado com a classe II – tecnologia AEC
da Phoenix (ou similar), com capacidade mínima de 40 kA por fase e tensão residual de 900
V.
Na entrada do Painel de Automação e Controle – P.A.C., também deverá ser instalado DPS
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

classe II, capacidade de 20 kA e tensão residual de 900 V.


A tensão nominal dos DPSs deverá ser de para uma tensão trifásica de 380V para o QGBT
e para uma tensão de 220V monofásico para o Painel de Automação e Controle – P.A.C.

108
_____________________________________________________________________
Formas de Instalação
Os condutores dos circuitos serão instalados em eletrodutos aparentes ou embutidos,
conforme detalhado no projeto, com caixas terminais e de passagem onde necessários. Nas
instalações externas, a tubulação será subterrânea com eletrodutos de PVC corrugado de
alta densidade entre caixas de passagem, envelopados em concreto.
Nas ligações entre as caixas de passagem subterrâneas e os quadros de distribuição serão
utilizados eletrodutos e curvas de PVC rígido roscáveis, com buchas e arruelas de alumínio
para fixação e acabamento nos quadros.

5.3.2.4 Execução das Instalações


Para execução dos serviços deverão ser obedecidas rigorosamente as especificações da
ABNT aplicáveis e em especial os seguintes pontos:
• Os condutores deverão ser instalados de tal forma que os isente de esforços mecânicos
incompatíveis com a sua resistência ou com a do seu isolamento;
• As emendas e derivações deverão ser executadas de modo a assegurar resistência
mecânica adequada e contato elétrico perfeito, utilizando-se de conectores e acessórios
adequados;
• O condutor de aterramento/proteção deverá ser facilmente identificável em toda sua
extensão, devendo ser devidamente protegido nos trechos onde possa vir a sofrer
danificações mecânicas;
• O condutor de aterramento deverá ser preso aos equipamentos por meios mecânicos,
tais como braçadeiras, orelhas, conectores e semelhantes e nunca com dispositivos de
solda a base de estanho, nem apresentar dispositivos de interrupção, tais como chaves,
fusíveis, etc., Ou ser descontínuo, utilizando carcaças metálicas como conexão;
• Os condutores somente deverão ser lançados depois de estarem completamente
concluídos todos os serviços de construção que possam vir a danificá-los;
• Somente poderão ser utilizados materiais de primeira qualidade, fornecidos por
fabricantes idôneos e de reconhecido conceito no mercado;
• Todas as instalações deverão ser executadas com esmero e bom acabamento,
conforme recomenda a boa técnica.

5.3.2.5 Etapas da Obra


As instalações elétricas da Estação de Recalque ER-2 compreendem as seguintes Etapas:
• Alimentação de energia elétrica - redes aéreas e medição de energia;
• Subestações Transformadoras;
• Quadro Geral de Baixa Tensão – QGBT/CCMs - (sistema de proteção, partida e
controle);
• Quadro de Serviços Auxiliares – QSA (sistemas auxiliares e de iluminação e tomadas);
• Distribuição de força, comando/controle e iluminação;
• Sistema de Automação;
• Sistemas de aterramentos.
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

109
_____________________________________________________________________
5.3.2.6 Serviços Elétricos
Os serviços elétricos compreendem basicamente:
• Lançamento de cabos de força, comando e controle, bem como suas conexões, com os
equipamentos dos quais fazem parte;
• Ligação e execução da medição de energia e redes externas;
• Abertura de valas, colocação de eletrodutos e reaterro;
• Confecção de canaletas ou muretas em concreto ou alvenaria para cabos de potência e
comando, reconstituição do piso;
• Confecção de caixas de passagem;
• Instalação do sistema de aterramento geral das unidades;
• Testes gerais, posta em marcha e operação assistida.

5.3.2.7 Procedimentos de Projeto


a) Caixas de Passagem
As caixas de passagem terão as dimensões indicadas no projeto.
Serão executadas em alvenaria conforme desenhos ilustrativos apresentados em prancha.
Todas as caixas terão drenagem, ou seja, através de tubulação em PVC ou manilha
conforme apresentado em projeto.
Tendo em vista as localizações das unidades, bem como, no sentido de evitar-se acidentes
ou danos nos condutores elétricos, as caixas de passagem deverão ter as respectivas
tampas fixadas e vedadas através de massa apropriada e deverão apresentar elevada
resistência mecânica.
b) Padrões de Identificação
Todos os equipamentos e dispositivos necessários para a operação deverão ter suas
funções indicadas em placa de acrílico preta colada. Incluem-se neste caso, painéis,
botoeiras, chaves de comando e comutação, sinalizadores e proteções.
Os condutores deverão ser identificados em ambas às extremidades, com marcadores de
PVC flexível.

c) Código de Cores para Condutores

Seção Mínima
Aplicação Tensão Cor
(mm2)
Potência 220 V Preto 2,5
127 V Branco
Neutro Azul
Sinalização, comando e
Terra Verde 1,0
controle
24 Vcc Vermelho
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

GND Cinza
Tc’s, TP’s e proteção - Preto 2,5

110
_____________________________________________________________________

Seção Mínima
Aplicação Tensão Cor
(mm2)
Terra - Verde 2,5
Instrumentação (blindado) - Preto 1,0

Seção Mínima
Aplicação Tensão Cor
(mm2)
Potência 380 V Preto 2,5
220 V Branco
Neutro Azul
Sinalização, comando e 1,0
Terra Verde
controle
24 Vcc Vermelho
GND Cinza
Tc’s, tp’s e proteção - Preto 2,5
Terra - Verde 2,5
Instrumentação (blindado) - Preto 1,0

d) Circuitos de Distribuição
As cargas dos equipamentos foram divididas em circuitos, de acordo com os seguintes
critérios:
Os circuitos terminais de motores, tomadas e esperas de uso específico (aquecimento,
manutenção etc.), serão unitários.
Os circuitos terminais de iluminação externa quando existentes serão específicos, com
acionamento através de fotocélula.

e) Código de Cores para Sinalizadores


Verde: ......................... Equipamento parado;
Vermelho: ................... Equipamento em operação;
Amarelo: ..................... Falha.

f) Código de Cores para Botões de Comando


Verde: ......................... partir, ligar, abrir;
Vermelho: ................... desligar, parar, emergência.

g) Código de Cores para Barramentos


1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

Fase A: ....................... Azul escuro;


Fase B: ....................... Branco;

111
_____________________________________________________________________
Fase C: ....................... Lilás;
Neutro: ........................ Azul Claro;
Terra: .......................... Verde.

h) Procedimento de Montagem de Painéis


Todos os painéis deverão ser montados de acordo com as especificações descritas a
seguir:
• Os cabos internos deverão ser conduzidos em calhas de PVC rígido, ranhuradas,
dimensionadas de forma que a seção ocupada não seja superior a 60% da seção reta.
• Os condutores não poderão conter emendas e derivações e deverão possuir
identificação e terminais apropriados para a conexão a ser realizada em ambas as
extremidades.
• Os condutores que atravessarem chapas metálicas deverão ter sua isolação protegida
por meio de gaxetas de borracha na furação.
• Cada componente dos painéis deverá ter condutor de aterramento independente até o
barramento de terra do painel.
• Todas as conexões entre condutores deverão ser realizadas por bornes identificados do
tipo de estrutura isolante de material termoplástico poliamida e conexão apropriada para
cada tipo de terminal.
• Os bornes não podem ter mais de dois terminais conectados em suas extremidades.
• As réguas de bornes de comando deverão ser separadas das réguas de bornes de força
através de placas de separação. Esta separação deverá ser fisicamente visível no
painel.
• As réguas de bornes devem ser localizadas de modo a facilitar a entrada, distribuição e
conexão das interligações dos equipamentos instalados interna e externamente aos
quadros.
• Deve ser prevista uma reserva de 30% nos bornes dos painéis.

i) Fixação de Dispositivos e Equipamentos


Bornes: .................................................. trilhos tipo “C” simétrico ou assimétrico.
Dispositivos e equipamentos em geral: . trilho guia 35x7,5mm.
Barramentos de cobre: .......................... isoladores Premix dimensionados para esforços
térmicos e magnéticos de corrente de curto circuito.
Equipamentos de grande porte: ............. perfil de aço tipo “C” ou parafusos.
Não é permitida a utilização de rebites ou parafusos com porca para a fixação de trilhos,
equipamentos e dispositivos.

j) Espaçamento Entre Dispositivos e Equipamentos


A montagem e a conexão de todos os equipamentos devem ser executadas de modo que,
em caso de manutenção permita o acesso ao mesmo sem obstruções.
A distribuição dos equipamentos deve ser feita de modo a aproveitar ao máximo a área
disponível e permitir futuras expansões do sistema.
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

Devem ser observadas as seguintes distâncias mínimas entre os equipamentos:


entre contatores e relés auxiliares: ............................. 5mm;
112
_____________________________________________________________________
entre contatores ou relés e calhas .............................. 35mm;
entre régua de bornes e calhas: ................................. 35mm;
entre régua de bornes horizontal e flange: .................. 150mm;
entre controladores (parte inferior e superior) e calhas: 35mm.

l) Barramentos de Cobre
As barras de cobre deverão ser constituídas de cobre eletrolítico, têmpera dura, tratado com
decapante e camada de proteção a base de prata por decomposição química.
Devem ser dimensionados para suportar esforços magnéticos e efeitos térmicos da corrente
de curto-circuito trifásico calculada.
As conexões entre barramentos ou entre barramentos e condutores devem ser realizadas
em parafusos de aço bicromatizado/cadmiado com cabeça sextavada, porca sextavada,
arruelas lisas e arruelas de pressão e terminais apropriados nos cabos.
O barramento de terra deve ser montado na parte inferior dos gabinetes e os demais
barramentos preferencialmente na parte superior.
Os barramentos em toda sua extensão deverão ser protegidos do contato direto por placa
de acrílico transparente com fixações independentes e isoladas.

5.3.2.8Detalhamento das Instalações Elétricas da ER-2


O detalhamento das instalações elétricas da Estação de Recalque ER-2 abrange as obras
da Subestação Transformadora, intertravamentos elétricos, alimentação de força para o
QGBT/CCM, alimentação de força para o QSA, alimentações de força e comando para os
motores e quadros de distribuição de força, iluminação interna e externa, automação e
aterramentos.

5.3.2.8.1 Ramal de Ligação de Energia


Todo o sistema elétrico da Estação de Recalque ER-2 será suprido de energia a partir das
Subestações Rebaixadoras de Energia Elétrica Principal e Auxiliar, que serão alimentadas
na tensão primária nominal de 34,5 kV, rebaixando esta tensão para 380/220 V através de
transformador rebaixador de 750 kVA e 15 kVA de potência, respectivamente.
O ramal de ligação de energia é aéreo com cabos de alumínio na bitola 2 AWG-CAA,
ancorando nas estruturas de ancoragem no poste da concessionária. Nesta estrutura estão
instalados os pára-raios de distribuição tipo resistor não linear, com capacidade destrutiva
de 10 kA equipados com desligadores automáticos, isolação 12 kV.

5.3.2.8.2 Subestação Transformadora Principal - 750 kVA


A subestação transformadora principal de energia é do tipo abrigada, contendo em seu
interior um transformador rebaixador de força de 750 kVA de potência nominal, e tensão
secundária nominal de 380/220 V.
As paredes da subestação serão de alvenaria de tijolos maciços, rebocadas e pintadas de
acordo com o padrão da arquitetura. O piso e a laje de cobertura serão de concreto armado,
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

impermeabilizados.

113
_____________________________________________________________________
Haverá um cubículo para medição em A.T. fechado por paredes de alvenaria e tela tipo otis
com porta de acesso e dispositivo para cadeado e lacre com chave mestra. Neste cubículo
serão instalados os transformadores de potencial e de corrente para medições em tensão
primária de distribuição. Na porta de acesso será fixada placa de advertência "PERIGO DE
MORTE - ALTA TENSÃO".
A interligação entre os equipamentos de M.T. será feita por meio de vergalhão de cobre
eletrolítico, ligados aos equipamentos através de terminais tipo sapata com parafusos de
aperto, de bronze fosforoso, e suportados através de isoladores de pedestal classe 34,5 kV,
fixados nas paredes dos cubículos através de chapas metálicas próprias.
O transformador de força possuirá tensão primária nominal 34,5 kV e tensão secundária
nominal de 380/220 V, com neutro acessível e solidamente aterrado. Será instalado
diretamente sobre o piso acabado do cubículo de força da subestação.
Será instalada chave seccionadora geral de A.T., no cubículo de proteção, com capacidade
para 400 A de corrente nominal, classe de tensão 34,5 kV, tripolar com acionamento
simultâneo nas três fases através de punho de manobra fixado na tela de proteção.
Também será instalado um disjuntor geral de média tensão, isolado a gás SF6, seccionando
o barramento da subestação. Será equipado com relé microprocessado (incorporados ao
disjuntor) com proteção ANSI 50/51 e 50/51N. Também possuirá bobina de disparo na
tensão de 220V. Os TCs serão externos e fixados na parede do cubículo de proteção sob a
chave seccionadora. Para o seu dimensionamento a concessionária de energia deverá ser
contatada para fornecimento das correntes de curto-circuito.
A interligação elétrica entre o transformador e o quadro de distribuição de força – QGBT
será executada através de cabos de cobre eletrolíticos, singelos, isolados em EPR
antichama classe de temperatura 90°C, classe de ten são 0,6/1 kV, 3x240mm² para cada
uma das fases e para o neutro e 3x120mm² para o condutor de proteção. Serão instalados
no interior de eletrodutos corrugados seção DN 110mm (Ø 4”).
Na área de circulação será instalado o quadro de Medição em AT com caixa para medição
do padrão COELBA, constituído por caixa metálica de instalação embutida na parede com
abertura voltada para o lado externo da subestação.
Também na área de circulação será instalado o Quadro de Comando e Proteção da
Subestação, metálico, de instalação de sobrepor, contendo no seu interior o No Break com
autonomia de 2 h e as proteções dos circuitos iluminação, tomadas e de comando e
intertravamentos elétricos.
Da área de circulação será também acessível à alavanca de acionamento da chave
seccionadora geral de A.T., através de recorte na tela de proteção do cubículo de proteção.
Ao pé do acionamento será colocado tapete de borracha de 0,50x0,50 m, isolação 34,5 kV.
Para pronto acesso ao cubículo de força foi projetado portão de acesso executado em
armação metálica com tela tipo Otis de arame bitola 12 BWG, zincado e pintado, com
dispositivo para cadeado e placa de advertência semelhante à fixada à porta de acesso ao
cubículo de proteção.
Junto à porta de acesso à subestação, do lado de fora, será instalado extintor de incêndio
de CO2 ou pó químico de 6 kg.
Para aterramento da subestação transformadora será executada uma malha de terra
constituída de hastes de aterramento de 19 mm de diâmetro por 3,0 m de comprimento, de
aço cobreado, interligadas por cabos de cobre nu, seção 95 mm², diretamente enterradas na
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

área lateral externa a subestação. Deverão ser utilizadas tantas hastes quantas necessárias
para que a resistência de aterramento seja inferior a 10 ohms em qualquer época do ano.
Haverá poços de inspeção constituídos por manilhas de grês, com diâmetro de 300 mm e

114
_____________________________________________________________________
profundidade de 600 mm, com tampa de concreto, para inspeção e medição periódica da
resistência do aterramento, em todas as hastes instaladas.
A carcaça do transformador, portões, telas, venezianas, suportes e demais partes metálicas
da subestação não destinadas à condução de corrente elétrica deverão ser solidamente
interligadas à malha geral de aterramento através de cabo de cobre nu 25 mm². O neutro do
transformador será aterrado com cabo de cobre nu de seção 95 mm².
A iluminação artificial da subestação transformadora será de instalação aparente utilizando
lâmpadas fluorescentes compactas de 26W de potência montadas no interior de luminárias
blindadas a prova de tempo e pós. O interruptor de comando da iluminação será montado
no interior de uma caixa de passagem tipo condulete, a uma altura de 1,3m do piso e terá
capacidade mínima de condução de corrente de 10A em 250 V.
Também será instalada tomada de energia a uma altura de 30 cm do piso acabado,
alinhada ao interruptor de luz. Terá capacidade para condução de corrente mínima de 15A
em 250 V e será do tipo universal 2P+T.
O Quadro de Comando e Proteção da Subestação Transformadora será alimentado a partir
de um transformador de potencial de 500VA de potência nominal. Este TP será alimentado a
partir do barramento da subestação, logo após a chave seccionadora geral, e será protegido
na BT por minidisjuntor com corrente nominal de 16 A.
Será instalado sistema de iluminação de emergência, com autonomia mínima de duas
horas, que ascenderá assim que for sentido a falta da energia comercial. Também deverá
ser instalado na subestação transformadora o diagrama unifilar contendo todas as proteções
e características das instalações.

− Características do Transformador a Instalar:


• Potência nominal: .................................. 750 kVA
• Classe de tensão: .................................. 34,5 kV
• Tensão secundária nominal: .................. 380/220 V
• Ligação: ................................................. triângulo (A.T.)/estrela aterrada (B.T.)
• Impedância percentual: .......................... 4,5 %
• Líquido isolante: ..................................... óleo mineral parafínico
• Freqüência nominal:............................... 60 Hz
• Número de fases:................................... 03
• Normas e ensaios aplicáveis: ................. NBR 5356

5.3.2.8.3 Subestação Transformadora Auxiliar - 15 kVA em Poste


A Subestação Transformadora será ao tempo, com transformador rebaixador trifásico de
15 kVA montado em poste de concreto de 11 m de comprimento, equipado com base
concretada para suportar os esforços produzidos pela tração dos cabos do circuito aéreo de
AT.
A entrada de energia será aérea, através de ramal suportado por estruturas de cruzetas, nas
quais serão instalados 03 pára-raios tipo resistor não linear com desligadores automáticos,
tensão nominal de 30 kV e capacidade de corrente para 10 kA, tipo poliméricos.
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

O cabo geral de B.T. será de cobre, bitola 6mm² para as fases e 6mm² para o neutro, com
isolação em PVC, classe 750 V, tipo antichama, será instalado em eletroduto de aço
zincado, roscável DN 25 mm (Ø 1”), no trecho entre o transformador e o quadro de

115
_____________________________________________________________________
medidores. Os cabos de baixa tensão deverão conter em todas as extremidades terminais
sapata de bronze fosforoso, adequados à bitola dos cabos e serão identificados quanto às
fases em todas as extremidades.
Para aterramento da subestação será instalada uma haste de aterramento de aço cobreada
Ø 19 mm e comprimento 3,0 m, diretamente enterrado no solo. Serão utilizadas tantas
hastes quantas necessárias para que a resistência de aterramento seja inferior a 10 ohms
em qualquer época do ano.
Haverá poço de inspeção constituído por manilha de grês com tampa removível, para
medição da resistência de aterramento, sendo utilizado em todas as hastes instaladas,
conforme detalhe em planta. Esta malha de aterramento deverá ser interligada com a malha
da Subestação através de cabo de cobre nu seção 25mm².
A carcaça do transformador, o seu neutro, pára-raios e demais partes metálicas não
destinadas à condução de corrente elétrica serão interligados ao aterramento por cabo de
cobre nu seção 25 mm².
O Quadro de Medição constituído por caixa metálica de instalação embutida na mureta de
proteção, com acesso pela parte frontal, será instalado a uma altura de 1.600 mm do piso ao
topo da caixa. Conterá os equipamentos de medição indireta de B.T., de fornecimento e
montagem a cargo da COELBA.
Juntamente ao Quadro de Medição será instalado um compartimento para proteção geral da
B.T., constituído por caixa metálica de instalação aparente com acesso pela parte frontal,
onde será instalado um minidisjuntor com disparador fixo termomagnético, tripolar, de
corrente nominal 25 amperes e capacidade de interrupção mínima de 10 kA simétrico em
380 V.
A partir do compartimento do disjuntor geral, o circuito de B.T. seguirá em caminhamento
aparente até o QSA, instalado na Estação de Recalque ER-2.

− Características do Transformador a Instalar:


• Potência nominal: .................................. 15 kVA
• Classe de tensão: .................................. 34,5 kV
• Tensão secundária nominal: .................. 380/220 V
• Ligação: ................................................. triângulo (A.T.)/estrela aterrada (B.T.)
• Impedância percentual: .......................... 4,5 %
• Líquido isolante: ..................................... óleo mineral parafínico
• Freqüência nominal:............................... 60 Hz
• Número de fases:................................... 03
• Normas e ensaios aplicáveis: ................. NBR 5356

5.3.2.8.4 Quadro Geral de Baixa Tensão– QGBT


O Quadro Geral de Baixa Tensão será instalado na Sala de Comando da ER-2, e será o
responsável pela alimentação de força dos motores principais e dos atuadores das válvulas
de descarga dos grupos. Nele serão instalados os demarradores dos motores de recalque
de água e dos motores das válvulas motorizadas.
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

A partida dos motores principais será através de chave tipo conversores de freqüência e
para os motores dos atuadores elétricos será utilizada partida tipo reversora. O acionamento
e desligamento dos grupos motor-bomba poderá ser local ou remota, dependendo da

116
_____________________________________________________________________
seleção. Quando selecionados para funcionamento de forma remota, os motores deverão
operar conforme as premissas do programa de supervisão e controle ou através de
comandos manuais do operador. Quando selecionado para operação local os motores
somente deverão operar através dos comandos de liga/desliga na estação. Após comando
de liga a rotação deverá ser ajustada conforme parâmetros previamente definidos na lógica
de cada inversor e conforme os níveis de pressão no barrilete.
A abertura e fechamento dos atuadores poderá ser local ou remota, dependendo da seleção
do operador. Quando selecionados para funcionamento de forma remota, os atuadores
deverão operar conforme as premissas do programa de supervisão e controle ou através de
comandos manuais do operador. Quando selecionado para operação local os atuadores
poderão, ainda, operarem de forma manual ou automática e de forma individual. Se os
atuadores estiverem selecionados para operar de forma automática, assim que o motor
principal partir, os atuadores iniciam o processo de abertura da válvula. Se os atuadores
estiverem selecionados para operarem de forma manual, a abertura e o fechamento de cada
atuador somente se dará através de comandos existentes nas portas do QGBT/CCMs.
Sempre que um motor principal for desligado, a sua válvula de descargas correspondente,
será imediatamente fechada através do comando do atuador elétrico, sempre este atuador
estiver com a chave de seleção manual/automárico ajustado para operação na condição de
automático.

5.3.2.8.5 Quadro de Serviços Auxiliares - QSA


O Quadro de Serviços Auxiliares será instalado na Sala de Comando da ER-2, em fixação
aparente e será o responsável pela alimentação de força de todos os serviços auxiliares da
ER-2, tais como: ponte rolante, motor de drenagem do poço de bombas, motor de recalque
de água para a caixa d’água do prédio, tomada trifásica, iluminação externa e sistema de
iluminação e tomadas do prédio.
Será um quadro metálico de sobrepor e conterá em seu interior as chaves de proteção por
minidisjuntores dos circuitos de cargas não motoras e 2 partidas diretas compostas por
disjuntores motores e contatores categoria AC3 para uma potência de 0,5 CV.

5.3.2.8.6 Distribuição de Força, Comando e Iluminação Interna


A entrada de energia no QGBT será através de cabos de cobre eletrolíticos, isolados em
EPR antichama com capa externa em PVC antichama, na seção 3x240mm² para as fases e
para o neutro e 3x120mm² para o condutor de proteção, desde a subestação transformadora
principal, até a entrada de energia no Quadro.
O circuito alimentador do QGBT será instalado no interior de eletroduto de PVC corrugado,
bitola Ø 4”, instalado no interior de envelope de concreto no trajeto externo e eletroduto de
PVC rígido, bitola Ø 4”, embutido no piso da Sala de Comando, aflorando sob o cubículo de
entrada.
A entrada de energia no QSA será através de cabos de cobre eletrolíticos, isolados em EPR
antichama com capa externa em PVC antichama, na seção 6mm² para as fases e 6mm²
para o neutro, desde a subestação transformadora auxiliar.
O circuito alimentador do QSA será instalado no interior de eletroduto de PVC corrugado,
bitola Ø 4”, instalado no interior de envelope de concreto no trajeto externo e no trajeto
interno na Sala de Comando através de eletroduto de PVC rígido, bitola Ø 1”, instalado
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

embutido no piso da Sala de Comando e aflorando sob o QSA. Na prumada da parede o


eletroduto deverá ser firmemente fixado com braçadeiras tipo “D”.

117
_____________________________________________________________________
A alimentação de força para os motores principais será através de condutores de cobre,
isolação em EPR 1kV, seção 2x120mm², instalados em leitos metálicos e canaletas de piso.
Para interligação entre as partes rígidas da instalação e o motor, os cabos ficarão montados
no interior de eletrodutos flexíveis de aço com cobertura em PVC, aéreos, seção Ø 3”.
A alimentação de força para os demais motores dos atuadores elétricos e bombas de
recalque de águas de drenagem de consumo local será através de condutores de cobre,
isolação em PVC 1kV, seção 4x2,5 mm², instalados em eletrodutos de PVC rígidos de
montagem aparente.
Para interligação entre as partes rígidas da instalação e o motor, os cabos ficarão montados
no interior de eletrodutos flexíveis de aço com cobertura em PVC, aéreos, seção Ø 3/4”.
O sistema de iluminação interna na Casa de Bombas (pavimento superior) será composto
por luminárias para duas lâmpadas fluorescentes tubulares de 32W equipadas com reatores
de alto fator de potência, eletrônicos para partida rápida, em instalação plafonier, na Sala de
Comando. Demais luminárias serão do tipo blindada, de instalação arandela com ângulo de
45° com a parede, utilizando lâmpadas fluorescentes compactas de partida rápida de 26W.
A tubulação será de PVC roscável em montagem aparente, com conduletes de alumínio
apropriados nas mudanças de direção. Os condutores dos circuitos de iluminação e
tomadas serão de cobre rígido, singelos, isolados em PVC 750 V, seção 2,5 mm².

5.3.2.9Automação e Comando da ER-2


5.3.2.9.1 Introdução
O sistema de automação – PAC – Painel de Automação e Controle, juntamente com o
sistema supervisório, tem por objetivo proporcionar o comando à distância do sistema de
recalque. O PAC será instalado ao lado do QGBT, de onde todo sistema de recalque será
controlado.
Com o objetivo de controlar a distância, será instalado sistema de rádio comunicação que
deverá comunicar-se com o sistema Supervisório que ficará montado em local remoto.

5.3.2.9.2 Descrição do Sistema de Automatização da Estação R2


Todos os pontos de coleta de dados e de comando estarão comunicando-se com o Painel
de Automação e Controle – PAC, de forma a regular e contínua. Esta comunicação permite
comandar automaticamente o sistema de recalque da ER-2. Para tanto será necessário
instalar diversos sistemas de coleta e gerenciamento de dados, como sensores de nível,
contatores auxiliares, etc.
A interligação entre os sistemas de coleta de dados e o CLP instalado no Painel de
Automação e Controle – P.A.C. será através de cabos de cobre com capa externa isolante,
para sinais digitais. Quando os sinais forem analógicos – 4-20 mA, estes cabos deverão ser
tipo par trançado com malha externa para aterramento e eliminação de interferências
eletromagnéticas.

5.3.2.9.3 Controle Local


O sistema de automação instalado na ER-2 será instalado objetivando controlar a pressão
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

na adutora, bem como controlar todo o sistema elétrico da estação de recalque de água.
Deverão ser controladas as seguintes variáveis de sistema, a saber:

118
_____________________________________________________________________
− Nível mínimo de água em cada câmara de sucção – chave bóia;
− Status dos motores (ligados/desligados/defeito);
− Rodízio automático dos grupos motor-bomba através do número de horas operativas;
− Status das válvulas motorizadas (abertas/fechadas/defeitos);
− Comando automático dos atuadores elétricos;
− Tensão, corrente, potências ativa e reativa no barramento do QGBT;
− Medição de Vazão da Estação de Recalque ER-2;
− Pressão na Adutora – máxima e mínima;
− Presença indesejável da Estação de Recalque – sensores contra intrusão;
− Presença de fumaça – sensores de fumaça no Poço de Bombas e Sala Painéis;
− Nível de água no Poço de Bombas acima do nível permitido – Nível de inundação.
Deverão ser comandados a distância:
− Abertura e fechamento de válvulas motorizadas;
− Partida e parada dos motores de recalque.

5.3.2.9.4 Seqüência de partida / parada - PAC


O sistema de recalque deve seguir, no mínimo a seguinte lógica operacional:
i) A partida dos grupos motor-bomba deverá ser desenvolvido de forma escalonar, ou seja,
não deverão partir, em hipótese alguma, duas bombas ao mesmo tempo. Na
necessidade de efetuar a partida de mais de uma bomba de recalque de água, este
procedimento deverá ser realizado de forma que a segunda bomba receba permissão de
partida somente no término da partida da primeira e após a entrada em regime de
operação com tempo pré-estabelecido pela equipe de operação da CODEVASF com
tempo mínimo de 1 minuto entre partidas. Este intertravamento deverá ser implementado
através da lógica operacional do Controlador Programável no P.A.C. Quando em
comando manual este procedimento deverá ser realizado pelo operador da Estação;
j) O Controlador Programável deverá manter registros do número de partidas e paradas de
cada grupo motor-bomba, bem como a quantidade de horas que cada grupo
permaneceu ligado;
k) Será instalado “timer” que impedirá a operação da ER-2 durante os períodos de ponta;
l) O controle da variação de freqüência para os grupos motor-bomba será a partir de um
sensor de pressão do tipo inserção que ficará instalado na adutora. Sempre que o nível
da pressão de recalque estiver fora dos parâmetros previstos (acima do máximo ou
abaixo do mínimo) deverá indicar ao operador do sistema, situação de perigo na Estação
e desligá-la totalmente.
m) O sistema deverá monitorar continuamente as correntes de consumo e tensão no QGBT;
n) O sistema de automação deverá receber todas as informações de posição das chaves
de comando automático/manual e bloqueio geral de comando;
o) O sistema de automação estará continuamente verificando o nível no poço de sucção e
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

implementar as partidas/paradas das bombas conforme o comportamento do nível no


interior do mesmo, ou seja, caso o nível no interior do poço de sucção da bomba estiver
no mínimo a operação desta bomba deverá ser bloqueada. Se o nível de água estiver

119
_____________________________________________________________________
acima do mínimo à operação de recalque desta bomba está liberada;
p) A variação de velocidade das bombas será dada conforme a variação de pressão na
descarga, ou seja, quando a pressão no interior da tubulação de descarga tender a cair
o sistema comanda um incremento na rotação do motor de forma a comandar maior
recalque de água. Assim deverá proceder até a máxima velocidade possível para o
motor, quando o sistema partirá, então, outra bomba e tenderá ajustar-se a nova
situação;
q) Para o processo de desligamento o sistema deverá proceder de forma inversa daquela
descrita no item anterior, ou seja, quando a pressão no interior da tubulação de descarga
tender a aumentar, o sistema incrementa variação de velocidade no motor para baixo,
até que o mesmo atinja a rotação mínima e permitida desligar um dos motores
operativos (quando estiverem mais de um motor funcionando) ou desligamento total do
recalque de água quando a rotação mínima prevista para um motor operando for
atingida e ultrapassada.

5.3.3 Instalações Elétricas da ER-3


5.3.3.1 Dados Básicos e Normas Técnicas
Para a elaboração do projeto elétrico foram utilizados os dados básicos fornecidos pelos
projetos hidráulicos, mecânicos e arquitetônicos, sendo o mesmo consubstanciado nas
recomendações de projeto da CODEVASF, bem como nas prescrições das seguintes
entidades nacionais ou estrangeiras, onde aplicáveis:
• ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
• COELBA Companhia de Energia da Bahia
• ANSI American National Standard Institute
• NEMA National Electrical Manufacturers Association
• NEC National Electrical Code
• IEC International Eletrotechnical Commission
Em especial, deverão ser respeitadas as características fixadas nas seguintes normas
técnicas, exigíveis na aceitação e/ou recebimento dos materiais e equipamentos:
• NBR IEC 60.439/03 Conjuntos de manobra e controle de baixa tensão;
• NBR IEC 60529/09 Graus de proteção para invólucros de equipamentos
elétricos (código IP);
• NBR 7288/94 Cabos de potência com isolação sólida extrudada de
cloreto de polivinila (PVC) ou polietileno (PE) para
tensões de 1 kV a 6 KV;
• NBR 15.465/08 Sistemas de eletrodutos plásticos para instalações
elétricas de baixa tensão - Requisitos de desempenho;
• NBR 6689/81 Requisitos gerais para condutos de instalações elétricas
prediais;
• NBR IEC 60.497-2/98 Dispositivos de manobra e comando de baixa tensão;
• NBR IEC 60670-1/05 Caixas e invólucros para acessórios elétricos para
instalações elétricas fixas domésticas e análogas;
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

• NBR 15626-1/08 Máquinas Elétricas Girantes - motores de indução;


• NBR 14136/08 Plugues e tomadas para uso doméstico e análogo até
20 A/250 V em corrente alternada – Padronização.

120
_____________________________________________________________________

5.3.3.2 Suprimento de Energia


A Estação de Recalque ER-3 será suprida de energia elétrica a partir das redes de
distribuição de energia elétrica primária da Concessionária de Energia local na tensão de
34.500 V, através de circuito trifásico com cabos de alumínio sem alma de aço, bitola 2
AWG. No poste de ancoragem das redes aéreas serão instalados os dispositivos de
proteção, constituídos de pára-raios com desligadores automáticos e chaves fusíveis.
Os pára-raios serão tipo resistor não linear de óxido de zinco, poliméricos, e terão
capacidade de ruptura de 10 kA para uma tensão de 30 kV. As chaves fusíveis, serão para
300 A, constituídas de base “C” e cartucho porta fusível com elo 15K.
Para o atendimento das novas cargas, será necessária a instalação de uma subestação
transformadora de energia do tipo abrigada, conforme a padronização da concessionária.
Será executada subestação transformadora auxiliar em poste, de 15 kVA de potência, para
atendimento das cargas auxiliares de iluminação e tomadas e bombas de drenagem de 0,5
cv de potência.
Foram considerados os seguintes parâmetros básicos das redes:

• Fornecimento de Energia: ................................................. 34,5 kV


• Tensão de Distribuição de Força: ...................................... 380/220 V
• Freqüência: ....................................................................... 60 Hz
• Cálculo de Curto-circuito na Baixa Tensão:

Considerando-se o pior caso, ou seja, uma barra infinita na entrada dos bornes de M.T. do
transformador, temos:
Para a subestação de 750 kVA
Dados:
13. Barra infinita na entrada da instalação;
14. Z% do transformador: 4,5%
15. Potência do transformador: 750 kVA

1 750kVA
Icc = x = 25.322,38 A
0,045 3 x0,38kV
Para a subestação de 15 kVA
Dados:
16. Barra infinita na entrada da instalação;
17. Z% do transformador: 4,5%
18. Potência do transformador: 15 kVA

1 15kVA
Icc = x = 506,44 A
0,045 3 x0,38kV

5.3.3.3 Diretrizes de Projeto


1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

a) Potência Instalada - Demandas


No sistema elétrico da Estação de Recalque ER-3 foram consideradas todas as potências
dos motores principais para dimensionamento da subestação abrigada e dos equipamentos
121
_____________________________________________________________________
de iluminação e pontos de tomadas destinadas à utilização geral e eventual, além das
bombas de drenagem do poço de bombas e da bomba de recalque da caixa d’água, ambas
de 0,5 cv de potência e de uso esporádico.
As demandas foram determinadas considerando-se as condições de uso de cada
equipamento, na situação mais desfavorável, tendo sido adotada, em cada caso, a demanda
máxima provável da unidade como base para o dimensionamento dos componentes.

b) Circuitos de Distribuição
As cargas dos equipamentos foram divididas em circuitos, de acordo com os seguintes
critérios:
• O circuito terminal do motor será unitário – admitindo-se uma queda de tensão total de
7% a partir do transformador até os bornes do motor.
• Os circuitos terminais de iluminação de uso geral serão coletivos, com acionamento da
iluminação através de interruptor instalado em local estratégico – admitindo-se uma
queda de tensão total de 7% a partir do transformador até os equipamentos.

c) Proteções
c1) Contra Sobrecorrentes
Cada circuito (convencional ou de emergência) será protegido individualmente contra as
sobrecorrentes provocadas por sobrecargas prolongadas ou curtos-circuitos, por meio de
dispositivo (disjuntor termomagnético ou fusível), instalado a montante do ponto de
consumo.

c2) Aterramento
O neutro do sistema de distribuição de baixa tensão e todos os componentes metálicos das
instalações não integrantes dos circuitos elétricos, (armários dos quadros de distribuição de
força, etc), serão ligados à malha de aterramento.
No QGBT será instalado o BEP (barramento equipotencial principal) de onde partirão todos
os aterramentos das instalações.
c3) Proteção Contra Surtos
O sistema de força e comando deverá ser protegido contra sobrecargas prolongadas e/ou
surtos de manobras através de dispositivos de proteção contra surtos – DPS, instalados na
entrada do Quadro Geral de Baixa Tensão. O DSP deverá ser instalado para a proteção das
três fases e neutro através de dispositivo capaz de interromper uma sobretensão de frente
de onda na forma 10/50 em 350 µs – classe I combinado com a classe II – tecnologia AEC
da Phoenix (ou similar), com capacidade mínima de 40 kA por fase e tensão residual de 900
V.
Na entrada do Painel de Automação e Controle – P.A.C., também deverá ser instalado DPS
classe II, capacidade de 20 kA e tensão residual de 900 V.
A tensão nominal dos DPSs deverá ser de para uma tensão trifásica de 380V para o QGBT
e para uma tensão de 220V monofásico para o Painel de Automação e Controle – P.A.C.
Formas de Instalação
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

Os condutores dos circuitos serão instalados em eletrodutos aparentes ou embutidos,


conforme detalhado no projeto, com caixas terminais e de passagem onde necessários. Nas

122
_____________________________________________________________________
instalações externas, a tubulação será subterrânea com eletrodutos de PVC corrugado de
alta densidade entre caixas de passagem, envelopados em concreto.
Nas ligações entre as caixas de passagem subterrâneas e os quadros de distribuição serão
utilizados eletrodutos e curvas de PVC rígido roscáveis, com buchas e arruelas de alumínio
para fixação e acabamento nos quadros.

5.3.3.4 Execução das Instalações


Para execução dos serviços deverão ser obedecidas rigorosamente as especificações da
ABNT aplicáveis e em especial os seguintes pontos:
• Os condutores deverão ser instalados de tal forma que os isente de esforços mecânicos
incompatíveis com a sua resistência ou com a do seu isolamento;
• As emendas e derivações deverão ser executadas de modo a assegurar resistência
mecânica adequada e contato elétrico perfeito, utilizando-se de conectores e acessórios
adequados;
• O condutor de aterramento/proteção deverá ser facilmente identificável em toda sua
extensão, devendo ser devidamente protegido nos trechos onde possa vir a sofrer
danificações mecânicas;
• O condutor de aterramento deverá ser preso aos equipamentos por meios mecânicos,
tais como braçadeiras, orelhas, conectores e semelhantes e nunca com dispositivos de
solda a base de estanho, nem apresentar dispositivos de interrupção, tais como chaves,
fusíveis, etc., Ou ser descontínuo, utilizando carcaças metálicas como conexão;
• Os condutores somente deverão ser lançados depois de estarem completamente
concluídos todos os serviços de construção que possam vir a danificá-los;
• Somente poderão ser utilizados materiais de primeira qualidade, fornecidos por
fabricantes idôneos e de reconhecido conceito no mercado;
• Todas as instalações deverão ser executadas com esmero e bom acabamento,
conforme recomenda a boa técnica.

5.3.3.5 Etapas da Obra


As instalações elétricas da Estação de Recalque ER-3 compreendem as seguintes Etapas:
• Alimentação de energia elétrica - redes aéreas e medição de energia;
• Subestações Transformadoras;
• Quadro Geral de Baixa Tensão – QGBT/CCMs - (sistema de proteção, partida e
controle);
• Quadro de Serviços Auxiliares – QSA (sistemas auxiliares e de iluminação e tomadas);
• Distribuição de força, comando/controle e iluminação;
• Sistema de Automação;
• Sistemas de aterramentos.

5.3.3.6 Serviços Elétricos


Os serviços elétricos compreendem basicamente:
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

• Lançamento de cabos de força, comando e controle, bem como suas conexões, com os
equipamentos dos quais fazem parte;

123
_____________________________________________________________________
• Ligação e execução da medição de energia e redes externas;
• Abertura de valas, colocação de eletrodutos e reaterro;
• Confecção de canaletas ou muretas em concreto ou alvenaria para cabos de potência e
comando, reconstituição do piso;
• Confecção de caixas de passagem;
• Instalação do sistema de aterramento geral das unidades;
• Testes gerais, posta em marcha e operação assistida.

5.3.3.7 Procedimentos de Projeto


a) Caixas de Passagem
As caixas de passagem terão as dimensões indicadas no projeto.
Serão executadas em alvenaria conforme desenhos ilustrativos apresentados em prancha.
Todas as caixas terão drenagem, ou seja, através de tubulação em PVC ou manilha
conforme apresentado em projeto.
Tendo em vista as localizações das unidades, bem como, no sentido de evitar-se acidentes
ou danos nos condutores elétricos, as caixas de passagem deverão ter as respectivas
tampas fixadas e vedadas através de massa apropriada e deverão apresentar elevada
resistência mecânica.
b) Padrões de Identificação
Todos os equipamentos e dispositivos necessários para a operação deverão ter suas
funções indicadas em placa de acrílico preta colada. Incluem-se neste caso, painéis,
botoeiras, chaves de comando e comutação, sinalizadores e proteções.
Os condutores deverão ser identificados em ambas às extremidades, com marcadores de
PVC flexível.
c) Código de Cores para Condutores

Seção Mínima
Aplicação Tensão Cor
(mm2)
Potência 220 V Preto 2,5
127 V Branco
Neutro Azul
Sinalização, comando e
Terra Verde 1,0
controle
24 Vcc Vermelho
GND Cinza
Tc’s, TP’s e proteção - Preto 2,5
Terra - Verde 2,5
Instrumentação (blindado) - Preto 1,0
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

124
_____________________________________________________________________

Seção Mínima
Aplicação Tensão Cor
(mm2)
Potência 380 V Preto 2,5
220 V Branco
Neutro Azul
Sinalização, comando e 1,0
Terra Verde
controle
24 Vcc Vermelho
GND Cinza
Tc’s, tp’s e proteção - Preto 2,5
Terra - Verde 2,5
Instrumentação (blindado) - Preto 1,0

d) Circuitos de Distribuição
As cargas dos equipamentos foram divididas em circuitos, de acordo com os seguintes
critérios:
Os circuitos terminais de motores, tomadas e esperas de uso específico (aquecimento,
manutenção etc.), serão unitários.
Os circuitos terminais de iluminação externa quando existentes serão específicos, com
acionamento através de fotocélula.

e) Código de Cores para Sinalizadores


Verde: ......................... Equipamento parado;
Vermelho: ................... Equipamento em operação;
Amarelo: ..................... Falha.

f) Código de Cores para Botões de Comando


Verde: ......................... partir, ligar, abrir;
Vermelho: ................... desligar, parar, emergência.

g) Código de Cores para Barramentos


Fase A: ....................... Azul escuro;
Fase B: ....................... Branco;
Fase C: ....................... Lilás;
Neutro: ........................ Azul Claro;
Terra: .......................... Verde.
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

125
_____________________________________________________________________
h) Procedimento de Montagem de Painéis
Todos os painéis deverão ser montados de acordo com as especificações descritas a
seguir:
• Os cabos internos deverão ser conduzidos em calhas de PVC rígido, ranhuradas,
dimensionadas de forma que a seção ocupada não seja superior a 60% da seção reta.
• Os condutores não poderão conter emendas e derivações e deverão possuir
identificação e terminais apropriados para a conexão a ser realizada em ambas as
extremidades.
• Os condutores que atravessarem chapas metálicas deverão ter sua isolação protegida
por meio de gaxetas de borracha na furação.
• Cada componente dos painéis deverá ter condutor de aterramento independente até o
barramento de terra do painel.
• Todas as conexões entre condutores deverão ser realizadas por bornes identificados do
tipo de estrutura isolante de material termoplástico poliamida e conexão apropriada para
cada tipo de terminal.
• Os bornes não podem ter mais de dois terminais conectados em suas extremidades.
• As réguas de bornes de comando deverão ser separadas das réguas de bornes de força
através de placas de separação. Esta separação deverá ser fisicamente visível no
painel.
• As réguas de bornes devem ser localizadas de modo a facilitar a entrada, distribuição e
conexão das interligações dos equipamentos instalados interna e externamente aos
quadros.
• Deve ser prevista uma reserva de 30% nos bornes dos painéis.

i) Fixação de Dispositivos e Equipamentos


Bornes: .................................................. trilhos tipo “C” simétrico ou assimétrico.
Dispositivos e equipamentos em geral: . trilho guia 35x7,5mm.
Barramentos de cobre: .......................... isoladores Premix dimensionados para esforços
térmicos e magnéticos de corrente de curto circuito.
Equipamentos de grande porte: ............. perfil de aço tipo “C” ou parafusos.
Não é permitida a utilização de rebites ou parafusos com porca para a fixação de trilhos,
equipamentos e dispositivos.

j) Espaçamento Entre Dispositivos e Equipamentos


A montagem e a conexão de todos os equipamentos devem ser executadas de modo que,
em caso de manutenção permita o acesso ao mesmo sem obstruções.
A distribuição dos equipamentos deve ser feita de modo a aproveitar ao máximo a área
disponível e permitir futuras expansões do sistema.
Devem ser observadas as seguintes distâncias mínimas entre os equipamentos:
entre contatores e relés auxiliares: ............................. 5mm;
entre contatores ou relés e calhas .............................. 35mm;
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

entre régua de bornes e calhas: ................................. 35mm;


entre régua de bornes horizontal e flange: .................. 150mm;

126
_____________________________________________________________________
entre controladores (parte inferior e superior) e calhas: 35mm.

l) Barramentos de Cobre
As barras de cobre deverão ser constituídas de cobre eletrolítico, têmpera dura, tratado com
decapante e camada de proteção a base de prata por decomposição química.
Devem ser dimensionados para suportar esforços magnéticos e efeitos térmicos da corrente
de curto-circuito trifásico calculada.
As conexões entre barramentos ou entre barramentos e condutores devem ser realizadas
em parafusos de aço bicromatizado/cadmiado com cabeça sextavada, porca sextavada,
arruelas lisas e arruelas de pressão e terminais apropriados nos cabos.
O barramento de terra deve ser montado na parte inferior dos gabinetes e os demais
barramentos preferencialmente na parte superior.
Os barramentos em toda sua extensão deverão ser protegidos do contato direto por placa
de acrílico transparente com fixações independentes e isoladas.

5.3.3.8 Detalhamento das Instalações Elétricas da ER-3


O detalhamento das instalações elétricas da Estação de Recalque ER-3 abrange as obras
da Subestação Transformadora, intertravamentos elétricos, alimentação de força para o
QGBT/CCM, alimentação de força para o QSA, alimentações de força e comando para os
motores e quadros de distribuição de força, iluminação interna e externa, automação e
aterramentos.

5.3.3.8.1 Ramal de Ligação de Energia


Todo o sistema elétrico da Estação de Recalque ER-3 será suprido de energia a partir das
Subestações Rebaixadoras de Energia Elétrica Principal e Auxiliar, que serão alimentadas
na tensão primária nominal de 34,5 kV, rebaixando esta tensão para 380/220 V através de
transformador rebaixador de 750 kVA e 15 kVA de potência, respectivamente.
O ramal de ligação de energia é aéreo com cabos de alumínio na bitola 2 AWG-CAA,
ancorando nas estruturas de ancoragem no poste da concessionária. Nesta estrutura estão
instalados os pára-raios de distribuição tipo resistor não linear, com capacidade destrutiva
de 10 kA equipados com desligadores automáticos, isolação 30 kV.

5.3.3.8.2 Subestação Transformadora Principal - 750 kVA


A subestação transformadora principal de energia é do tipo abrigada, contendo em seu
interior um transformador rebaixador de força de 750 kVA de potência nominal, e tensão
secundária nominal de 380/220 V.
As paredes da subestação serão de alvenaria de tijolos maciços, rebocadas e pintadas de
acordo com o padrão da arquitetura. O piso e a laje de cobertura serão de concreto armado,
impermeabilizados.
Haverá um cubículo para medição em A.T. fechado por paredes de alvenaria e tela tipo otis
com porta de acesso e dispositivo para cadeado e lacre com chave mestra. Neste cubículo
serão instalados os transformadores de potencial e de corrente para medições em tensão
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

primária de distribuição. Na porta de acesso será fixada placa de advertência "PERIGO DE


MORTE - ALTA TENSÃO".

127
_____________________________________________________________________
A interligação entre os equipamentos de M.T. será feita por meio de vergalhão de cobre
eletrolítico, ligados aos equipamentos através de terminais tipo sapata com parafusos de
aperto, de bronze fosforoso, e suportados através de isoladores de pedestal classe 34,5 kV,
fixados nas paredes dos cubículos através de chapas metálicas próprias.
O transformador de força possuirá tensão primária nominal 34,5 kV e tensão secundária
nominal de 380/220 V, com neutro acessível e solidamente aterrado. Será instalado
diretamente sobre o piso acabado do cubículo de força da subestação.
Será instalada chave seccionadora geral de A.T., no cubículo de proteção, com capacidade
para 400 A de corrente nominal, classe de tensão 34,5 kV, tripolar com acionamento
simultâneo nas três fases através de punho de manobra fixado na tela de proteção.
Também será instalado um disjuntor geral de média tensão, isolado a gás SF6, seccionando
o barramento da subestação. Será equipado com relé microprocessado (incorporados ao
disjuntor) com proteção ANSI 50/51 e 50/51N. Também possuirá bobina de disparo na
tensão de 220V. Os TCs serão externos e fixados na parede do cubículo de proteção sob a
chave seccionadora. Para o seu dimensionamento a concessionária de energia deverá ser
contatada para fornecimento das correntes de curto-circuito.
A interligação elétrica entre o transformador e o quadro de distribuição de força – QGBT
será executada através de cabos de cobre eletrolíticos, singelos, isolados em EPR
antichama classe de temperatura 90°C, classe de ten são 0,6/1 kV, 3x240mm² para cada
uma das fases e para o neutro e 3x120mm² para o condutor de proteção. Serão instalados
no interior de eletrodutos corrugados seção DN 110mm (Ø 4”).
Na área de circulação será instalado o quadro de Medição em AT com caixa para medição
do padrão COELBA, constituído por caixa metálica de instalação embutida na parede com
abertura voltada para o lado externo da subestação.
Também na área de circulação será instalado o Quadro de Comando e Proteção da
Subestação, metálico, de instalação de sobrepor, contendo no seu interior o No Break com
autonomia de 2 h e as proteções dos circuitos iluminação, tomadas e de comando e
intertravamentos elétricos.
Da área de circulação será também acessível à alavanca de acionamento da chave
seccionadora geral de A.T., através de recorte na tela de proteção do cubículo de proteção.
Ao pé do acionamento será colocado tapete de borracha de 0,50x0,50 m, isolação 34,5 kV.
Para pronto acesso ao cubículo de força foi projetado portão de acesso executado em
armação metálica com tela tipo Otis de arame bitola 12 BWG, zincado e pintado, com
dispositivo para cadeado e placa de advertência semelhante à fixada à porta de acesso ao
cubículo de proteção.
Junto à porta de acesso à subestação, do lado de fora, será instalado extintor de incêndio
de CO2 ou pó químico de 6 kg.
Para aterramento da subestação transformadora será executada uma malha de terra
constituída de hastes de aterramento de 19 mm de diâmetro por 3,0 m de comprimento, de
aço cobreado, interligadas por cabos de cobre nu, seção 95 mm², diretamente enterradas na
área lateral externa a subestação. Deverão ser utilizadas tantas hastes quantas necessárias
para que a resistência de aterramento seja inferior a 10 ohms em qualquer época do ano.
Haverá poços de inspeção constituídos por manilhas de grês, com diâmetro de 300 mm e
profundidade de 600 mm, com tampa de concreto, para inspeção e medição periódica da
resistência do aterramento, em todas as hastes instaladas.
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

A carcaça do transformador, portões, telas, venezianas, suportes e demais partes metálicas


da subestação não destinadas à condução de corrente elétrica deverão ser solidamente

128
_____________________________________________________________________
interligadas à malha geral de aterramento através de cabo de cobre nu 25 mm². O neutro do
transformador será aterrado com cabo de cobre nu de seção 95 mm².
A iluminação artificial da subestação transformadora será de instalação aparente utilizando
lâmpadas fluorescentes compactas de 26W de potência montadas no interior de luminárias
blindadas a prova de tempo e pós. O interruptor de comando da iluminação será montado
no interior de uma caixa de passagem tipo condulete, a uma altura de 1,3m do piso e terá
capacidade mínima de condução de corrente de 10A em 250 V.
Também será instalada tomada de energia a uma altura de 30 cm do piso acabado,
alinhada ao interruptor de luz. Terá capacidade para condução de corrente mínima de 15A
em 250 V e será do tipo universal 2P+T.
O Quadro de Comando e Proteção da Subestação Transformadora será alimentado a partir
de um transformador de potencial de 500VA de potência nominal. Este TP será alimentado a
partir do barramento da subestação, logo após a chave seccionadora geral, e será protegido
na BT por minidisjuntor com corrente nominal de 16 A.
Será instalado sistema de iluminação de emergência, com autonomia mínima de duas
horas, que ascenderá assim que for sentido a falta da energia comercial. Também deverá
ser instalado na subestação transformadora o diagrama unifilar contendo todas as proteções
e características das instalações.
− Características do Transformador a Instalar:
• Potência nominal: .................................. 750 kVA
• Classe de tensão: .................................. 34,5 kV
• Tensão secundária nominal: .................. 380/220 V
• Ligação: ................................................. triângulo (A.T.)/estrela aterrada (B.T.)
• Impedância percentual: .......................... 4,5 %
• Líquido isolante: ..................................... óleo mineral parafínico
• Freqüência nominal:............................... 60 Hz
• Número de fases:................................... 03
• Normas e ensaios aplicáveis: ................. NBR 5356

5.3.3.8.3 Subestação Transformadora Auxiliar - 15 kVA em Poste


A Subestação Transformadora será ao tempo, com transformador rebaixador trifásico de
15 kVA montado em poste de concreto de 12 m de comprimento, equipado com base
concretada para suportar os esforços produzidos pela tração dos cabos do circuito aéreo de
AT.
A entrada de energia será aérea, através de ramal suportado por estruturas de cruzetas, nas
quais serão instalados 03 pára-raios tipo resistor não linear com desligadores automáticos,
tensão nominal de 30 kV e capacidade de corrente para 10 kA, tipo poliméricos.
O cabo geral de B.T. será de cobre, bitola 6mm² para as fases e 6mm² para o neutro, com
isolação em PVC, classe 750 V, tipo antichama, será instalado em eletroduto de aço
zincado, roscável DN 25 mm (Ø 1”), no trecho entre o transformador e o quadro de
medidores. Os cabos de baixa tensão deverão conter em todas as extremidades terminais
sapata de bronze fosforoso, adequados à bitola dos cabos e serão identificados quanto às
fases em todas as extremidades.
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

Para aterramento da subestação será instalada uma haste de aterramento de aço cobreada
Ø 19 mm e comprimento 3,0 m, diretamente enterrado no solo. Serão utilizadas tantas

129
_____________________________________________________________________
hastes quantas necessárias para que a resistência de aterramento seja inferior a 10 ohms
em qualquer época do ano.
Haverá poço de inspeção constituído por manilha de grês com tampa removível, para
medição da resistência de aterramento, sendo utilizado em todas as hastes instaladas,
conforme detalhe em planta. Esta malha de aterramento deverá ser interligada com a malha
da Subestação através de cabo de cobre nu seção 25mm².
A carcaça do transformador, o seu neutro, pára-raios e demais partes metálicas não
destinadas à condução de corrente elétrica serão interligados ao aterramento por cabo de
cobre nu seção 25 mm².
O Quadro de Medição constituído por caixa metálica de instalação embutida na mureta de
proteção, com acesso pela parte frontal, será instalado a uma altura de 1.600 mm do piso ao
topo da caixa. Conterá os equipamentos de medição indireta de B.T., de fornecimento e
montagem a cargo da COELBA.
Juntamente ao Quadro de Medição será instalado um compartimento para proteção geral da
B.T., constituído por caixa metálica de instalação aparente com acesso pela parte frontal,
onde será instalado um minidisjuntor com disparador fixo termomagnético, tripolar, de
corrente nominal 25 amperes e capacidade de interrupção mínima de 10 kA simétrico em
380 V.
A partir do compartimento do disjuntor geral, o circuito de B.T. seguirá em caminhamento
aparente até o QSA, instalado na Estação de Recalque ER-3.

− Características do Transformador a Instalar:


• Potência nominal: .................................. 15 kVA
• Classe de tensão: .................................. 34,5 kV
• Tensão secundária nominal: .................. 380/220 V
• Ligação: ................................................. triângulo (A.T.)/estrela aterrada (B.T.)
• Impedância percentual: .......................... 4,5 %
• Líquido isolante: ..................................... óleo mineral parafínico
• Freqüência nominal:............................... 60 Hz
• Número de fases:................................... 03
• Normas e ensaios aplicáveis: ................. NBR 5356

5.3.3.8.4 Quadro Geral de Baixa Tensão– QGBT


O Quadro Geral de Baixa Tensão será instalado na Sala de Comando da ER-3, e será o
responsável pela alimentação de força dos motores principais e dos atuadores das válvulas
de descarga dos grupos. Nele serão instalados os demarradores dos motores de recalque
de água e dos motores das válvulas motorizadas.
A partida dos motores principais será através de chave tipo conversores de freqüência e
para os motores dos atuadores elétricos será utilizada partida tipo reversora. O acionamento
e desligamento dos grupos motor-bomba poderá ser local ou remota, dependendo da
seleção. Quando selecionados para funcionamento de forma remota, os motores deverão
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

operar conforme as premissas do programa de supervisão e controle ou através de


comandos manuais do operador. Quando selecionado para operação local os motores
somente deverão operar através dos comandos de liga/desliga na estação. Após comando

130
_____________________________________________________________________
de liga a rotação deverá ser ajustada conforme parâmetros previamente definidos na lógica
de cada inversor e conforme os níveis de pressão no barrilete.
A abertura e fechamento dos atuadores poderá ser local ou remota, dependendo da seleção
do operador. Quando selecionados para funcionamento de forma remota, os atuadores
deverão operar conforme as premissas do programa de supervisão e controle ou através de
comandos manuais do operador. Quando selecionado para operação local os atuadores
poderão, ainda, operarem de forma manual ou automática e de forma individual. Se os
atuadores estiverem selecionados para operar de forma automática, assim que o motor
principal partir, os atuadores iniciam o processo de abertura da válvula. Se os atuadores
estiverem selecionados para operarem de forma manual, a abertura e o fechamento de cada
atuador somente se dará através de comandos existentes nas portas do QGBT/CCMs.
Sempre que um motor principal for desligado, a sua válvula de descargas correspondente,
será imediatamente fechada através do comando do atuador elétrico, sempre este atuador
estiver com a chave de seleção manual/automárico ajustado para operação na condição de
automático.

5.3.3.8.5 Quadro de Serviços Auxiliares - QSA


O Quadro de Serviços Auxiliares será instalado na Sala de Comando da ER-3, em fixação
aparente e será o responsável pela alimentação de força de todos os serviços auxiliares da
ER-3, tais como: ponte rolante, motor de drenagem do poço de bombas, motor de recalque
de água para a caixa d’água do prédio, tomada trifásica, iluminação externa e sistema de
iluminação e tomadas do prédio.
Será um quadro metálico de sobrepor e conterá em seu interior as chaves de proteção por
minidisjuntores dos circuitos de cargas não motoras e 2 partidas diretas compostas por
disjuntores motores e contatores categoria AC3 para uma potência de 0,5 CV.

5.3.3.8.6 Distribuição de Força, Comando e Iluminação Interna


A entrada de energia no QGBT será através de cabos de cobre eletrolíticos, isolados em
EPR antichama com capa externa em PVC antichama, na seção 3x240mm² para as fases e
para o neutro e 3x120mm² para o condutor de proteção, desde a subestação transformadora
principal, até a entrada de energia no Quadro.
O circuito alimentador do QGBT será instalado no interior de eletroduto de PVC corrugado,
bitola Ø 4”, instalado no interior de envelope de concreto no trajeto externo e eletroduto de
PVC rígido, bitola Ø 4, embutido no piso da Sala de Comando, aflorando sob o cubículo de
entrada.
A entrada de energia no QSA será através de cabos de cobre eletrolíticos, isolados em EPR
antichama com capa externa em PVC antichama, na seção 6mm² para as fases e 6mm²
para o neutro, desde a subestação transformadora auxiliar.
O circuito alimentador do QSA será instalado no interior de eletroduto de PVC corrugado,
bitola Ø 4”, instalado no interior de envelope de concreto no trajeto externo e no trajeto
interno na Sala de Comando através de eletroduto de PVC rígido, bitola Ø 1”, instalado
embutido no piso da Sala de Comando e aflorando sob o QSA. Na prumada da parede o
eletroduto deverá ser firmemente fixado com braçadeiras tipo “D”.
A alimentação de força para os motores principais será através de condutores de cobre,
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

isolação em EPR 1kV, seção 2x120mm², instalados em leitos metálicos e canaletas de piso.
Para interligação entre as partes rígidas da instalação e o motor, os cabos ficarão montados
no interior de eletrodutos flexíveis de aço com cobertura em PVC, aéreos, seção Ø 3”.

131
_____________________________________________________________________
A alimentação de força para os demais motores dos atuadores elétricos e bombas de
recalque de águas de drenagem de consumo local será através de condutores de cobre,
isolação em PVC 1kV, seção 4x2,5 mm², instalados em eletrodutos de PVC rígidos de
montagem aparente.
Para interligação entre as partes rígidas da instalação e o motor, os cabos ficarão montados
no interior de eletrodutos flexíveis de aço com cobertura em PVC, aéreos, seção Ø 3/4”.
O sistema de iluminação interna na Casa de Bombas (pavimento superior) será composto
por luminárias para duas lâmpadas fluorescentes tubulares de 32W equipadas com reatores
de alto fator de potência, eletrônicos para partida rápida, em instalação plafonier, na Sala de
Comando. Demais luminárias serão do tipo blindada, de instalação arandela com ângulo de
45° com a parede, utilizando lâmpadas fluorescentes compactas de partida rápida de 26W.
A tubulação será de PVC roscável em montagem aparente, com conduletes de alumínio
apropriados nas mudanças de direção. Os condutores dos circuitos de iluminação e
tomadas serão de cobre rígido, singelos, isolados em PVC 750 V, seção 2,5 mm².

5.3.3.9 Automação e Comando da ER-3


5.3.3.9.1 Introdução
O sistema de automação – PAC – Painel de Automação e Controle, juntamente com o
sistema supervisório, tem por objetivo proporcionar o comando à distância do sistema de
recalque. O PAC será instalado ao lado do QGBT, de onde todo sistema de recalque será
controlado.
Com o objetivo de controlar a distância, será instalado sistema de rádio comunicação que
deverá comunicar-se com o sistema Supervisório que ficará montado em local remoto.

5.3.3.9.2 Descrição do Sistema de Automatização da Estação ER-3


Todos os pontos de coleta de dados e de comando estarão comunicando-se com o Painel
de Automação e Controle – PAC, de forma a regular e contínua. Esta comunicação permite
comandar automaticamente o sistema de recalque da ER-3. Para tanto será necessário
instalar diversos sistemas de coleta e gerenciamento de dados, como sensores de nível,
contatores auxiliares, etc.
A interligação entre os sistemas de coleta de dados e o CLP instalado no Painel de
Automação e Controle – P.A.C. será através de cabos de cobre com capa externa isolante,
para sinais digitais. Quando os sinais forem analógicos – 4-20 mA, estes cabos deverão ser
tipo par trançado com malha externa para aterramento e eliminação de interferências
eletromagnéticas.

5.3.3.9.3 Controle Local


O sistema de automação instalado na ER-3 será instalado objetivando controlar a pressão
na adutora, bem como controlar todo o sistema elétrico da estação de recalque de água.
Deverão ser controladas as seguintes variáveis de sistema, a saber:
− Nível mínimo de água em cada câmara de sucção – chave bóia;
− Status dos motores (ligados/desligados/defeito);
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

− Rodízio automático dos grupos motor-bomba através do número de horas operativas;


− Status das válvulas motorizadas (abertas/fechadas/defeitos);
132
_____________________________________________________________________
− Comando automático dos atuadores elétricos;
− Tensão, corrente, potências ativa e reativa no barramento do QGBT.
Deverão ser comandados a distância:
− Abertura e fechamento de válvulas motorizadas;
− Partida e parada dos motores de recalque.

5.3.3.9.4 Seqüência de partida / parada - PAC


O sistema de recalque deve seguir, no mínimo a seguinte lógica operacional:
r) A partida dos grupos motor-bomba deverá ser desenvolvido de forma escalonar, ou seja,
não deverão partir, em hipótese alguma, duas bombas ao mesmo tempo. Na
necessidade de efetuar a partida de mais de uma bomba de recalque de água, este
procedimento deverá ser realizado de forma que a segunda bomba receba permissão de
partida somente no término da partida da primeira e após a entrada em regime de
operação com tempo pré-estabelecido pela equipe de operação da CODEVASF com
tempo mínimo de 1 minuto entre partidas. Este intertravamento deverá ser implementado
através da lógica operacional do Controlador Programável no P.A.C. Quando em
comando manual este procedimento deverá ser realizado pelo operador da Estação;
s) O Controlador Programável deverá manter registros do número de partidas e paradas de
cada grupo motor-bomba, bem como a quantidade de horas que cada grupo
permaneceu ligado;
t) Será instalado “timer” que impedirá a operação da ER-3 durante os períodos de ponta;
u) O controle da variação de freqüência para os grupos motor-bomba será a partir de um
sensor de pressão do tipo inserção que ficará instalado na adutora. Sempre que o nível
da pressão de recalque estiver fora dos parâmetros previstos (acima do máximo ou
abaixo do mínimo) deverá indicar ao operador do sistema, situação de perigo na Estação
e desligá-la totalmente.
v) O sistema deverá monitorar continuamente as correntes de consumo e tensão no QGBT;
w) O sistema de automação deverá receber todas as informações de posição das chaves
de comando automático/manual e bloqueio geral de comando;
x) O sistema de automação estará continuamente verificando o nível no poço de sucção e
implementar as partidas/paradas das bombas conforme o comportamento do nível no
interior do mesmo, ou seja, caso o nível no interior do poço de sucção da bomba estiver
no mínimo a operação desta bomba deverá ser bloqueada. Se o nível de água estiver
acima do mínimo à operação de recalque desta bomba está liberada;
y) A variação de velocidade das bombas será dada conforme a variação de pressão na
descarga, ou seja, quando a pressão no interior da tubulação de descarga tender a cair
o sistema comanda um incremento na rotação do motor de forma a comandar maior
recalque de água. Assim deverá proceder até a máxima velocidade possível para o
motor, quando o sistema partirá, então, outra bomba e tenderá ajustar-se a nova
situação;
z) Para o processo de desligamento o sistema deverá proceder de forma inversa daquela
descrita no item anterior, ou seja, quando a pressão no interior da tubulação de descarga
tender a aumentar, o sistema incrementa variação de velocidade no motor para baixo,
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

até que o mesmo atinja a rotação mínima e permitida desligar um dos motores
operativos (quando estiverem mais de um motor funcionando) ou desligamento total do
recalque de água quando a rotação mínima prevista para um motor operando for

133
_____________________________________________________________________
atingida e ultrapassada.

5.3.4 Instalações Elétricas da ER-4


5.3.4.1Dados Básicos e Normas Técnicas
Para a elaboração do projeto elétrico foram utilizados os dados básicos fornecidos pelos
projetos hidráulicos, mecânicos e arquitetônicos, sendo o mesmo consubstanciado nas
recomendações de projeto da CODEVASF, bem como nas prescrições das seguintes
entidades nacionais ou estrangeiras, onde aplicáveis:
• ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
• COELBA Companhia de Energia da Bahia
• ANSI American National Standard Institute
• NEMA National Electrical Manufacturers Association
• NEC National Electrical Code
• EC International Eletrotechnical Commission
Em especial, deverão ser respeitadas as características fixadas nas seguintes normas
técnicas, exigíveis na aceitação e/ou recebimento dos materiais e equipamentos:
• NBR IEC 60.439/03 Conjuntos de manobra e controle de baixa tensão;
• NBR IEC 60529/09 Graus de proteção para invólucros de
equipamentos elétricos (código IP);
• NBR 7288/94 Cabos de potência com isolação sólida
extrudada de cloreto de polivinila (PVC) ou polietileno
(PE) para tensões de 1 kV a 6 KV;
• NBR 15.465/08 Sistemas de eletrodutos plásticos para
instalações elétricas de baixa tensão - Requisitos de
desempenho;
• NBR 6689/81 Requisitos gerais para condutos de instalações elétricas
prediais;
• NBR IEC 60.497-2/98 Dispositivos de manobra e comando de baixa tensão;
• NBR IEC 60670-1/05 Caixas e invólucros para acessórios elétricos para
instalações elétricas fixas domésticas e análogas;
• NBR 15626-1/08 Máquinas Elétricas Girantes - motores de indução;
• NBR 14136/08 Plugues e tomadas para uso doméstico e
análogo até 20 A/250 V em corrente alternada –
Padronização.

5.3.4.2Suprimento de Energia
A Estação de Recalque ER-4 será suprida de energia elétrica a partir das redes de
distribuição de energia elétrica primária da Concessionária de Energia local na tensão de
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

34.500 V, através de circuito trifásico com cabos de alumínio sem alma de aço, bitola 2
AWG. No poste de ancoragem das redes aéreas serão instalados os dispositivos de
proteção, constituídos de pára-raios com desligadores automáticos e chaves fusíveis.

134
_____________________________________________________________________
Os pára-raios serão tipo resistor não linear de óxido de zinco, poliméricos, e terão
capacidade de ruptura de 10 kA para uma tensão de 30 kV. As chaves fusíveis, serão para
300 A, constituídas de base “C” e cartucho porta fusível com elo 6K.
Para o atendimento das novas cargas, será necessária a instalação de uma subestação
transformadora de energia do tipo em poste, de 225 kVA de potência.
Foram considerados os seguintes parâmetros básicos das redes:
• Fornecimento de Energia: 34,5 kV
• Tensão de Distribuição de Força: 380/220 V
• Freqüência: 60 Hz
• Cálculo de Curto-circuito na Baixa Tensão:
Considerando-se o pior caso, ou seja, uma barra infinita na entrada dos bornes de M.T. do
transformador, temos:
Para a subestação de 225 kVA
Dados:
1. Barra infinita na entrada da instalação;
2. Z% do transformador: 4,5%
3. Potência do transformador: 225 kVA
1 225kVA
Icc = x = 7.596,71A
0,045 3 x0,38kV

5.3.4.3Diretrizes de Projeto
a) Potência Instalada - Demandas
No sistema elétrico da Estação de Recalque ER-4 foram consideradas todas as potências
dos motores principais para dimensionamento da subestação e dos equipamentos de
iluminação e pontos de tomadas destinadas à utilização geral e eventual, além das bombas
de drenagem do poço de bombas e da bomba de recalque da caixa d’água, ambas de 0,5 cv
de potência e de uso esporádico.
As demandas foram determinadas considerando-se as condições de uso de cada
equipamento, na situação mais desfavorável, tendo sido adotada, em cada caso, a demanda
máxima provável da unidade como base para o dimensionamento dos componentes.

b) Circuitos de Distribuição
As cargas dos equipamentos foram divididas em circuitos, de acordo com os seguintes
critérios:
• O circuito terminal do motor será unitário – admitindo-se uma queda de tensão total
de 7% a partir do transformador até os bornes do motor.
• Os circuitos terminais de iluminação de uso geral serão coletivos, com acionamento
da iluminação através de interruptor instalado em local estratégico – admitindo-se
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

uma queda de tensão total de 7% a partir do transformador até os equipamentos.

135
_____________________________________________________________________
c) Proteções
c1) Contra Sobrecorrentes
Cada circuito (convencional ou de emergência) será protegido individualmente contra as
sobrecorrentes provocadas por sobrecargas prolongadas ou curtos-circuitos, por meio de
dispositivo (disjuntor termomagnético ou fusível), instalado a montante do ponto de
consumo.
c2) Aterramento
O neutro do sistema de distribuição de baixa tensão e todos os componentes metálicos das
instalações não integrantes dos circuitos elétricos, (armários dos quadros de distribuição de
força, etc), serão ligados à malha de aterramento.
No QGBT será instalado o BEP (barramento equipotencial principal) de onde partirão todos
os aterramentos das instalações.
c3) Proteção Contra Surtos
O sistema de força e comando deverá ser protegido contra sobrecargas prolongadas e/ou
surtos de manobras através de dispositivos de proteção contra surtos – DPS, instalados na
entrada do Quadro Geral de Baixa Tensão. O DSP deverá ser instalado para a proteção das
três fases e neutro através de dispositivo capaz de interromper uma sobretensão de frente
de onda na forma 10/50 em 350 µs – classe I combinado com a classe II – tecnologia AEC
da Phoenix (ou similar), com capacidade mínima de 40 kA por fase e tensão residual de 900
V.
Na entrada do Painel de Automação e Controle – P.A.C., também deverá ser instalado DPS
classe II, capacidade de 20 kA e tensão residual de 900 V.
A tensão nominal dos DPSs deverá ser de para uma tensão trifásica de 380V para o QGBT
e para uma tensão de 220V monofásico para o Painel de Automação e Controle – P.A.C.
Formas de Instalação
Os condutores dos circuitos serão instalados em eletrodutos aparentes ou embutidos,
conforme detalhado no projeto, com caixas terminais e de passagem onde necessários. Nas
instalações externas, a tubulação será subterrânea com eletrodutos de PVC corrugado de
alta densidade entre caixas de passagem, envelopados em concreto.
Nas ligações entre as caixas de passagem subterrâneas e os quadros de distribuição serão
utilizados eletrodutos e curvas de PVC rígido roscáveis, com buchas e arruelas de alumínio
para fixação e acabamento nos quadros.

5.3.4.4Execução das Instalações


Para execução dos serviços deverão ser obedecidas rigorosamente as especificações da
ABNT aplicáveis e em especial os seguintes pontos:
• Os condutores deverão ser instalados de tal forma que os isente de esforços
mecânicos incompatíveis com a sua resistência ou com a do seu isolamento;
• As emendas e derivações deverão ser executadas de modo a assegurar resistência
mecânica adequada e contato elétrico perfeito, utilizando-se de conectores e
acessórios adequados;
• O condutor de aterramento/proteção deverá ser facilmente identificável em toda sua
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

extensão, devendo ser devidamente protegido nos trechos onde possa vir a sofrer
danificações mecânicas;

136
_____________________________________________________________________
• O condutor de aterramento deverá ser preso aos equipamentos por meios
mecânicos, tais como braçadeiras, orelhas, conectores e semelhantes e nunca com
dispositivos de solda a base de estanho, nem apresentar dispositivos de interrupção,
tais como chaves, fusíveis, etc., Ou ser descontínuo, utilizando carcaças metálicas
como conexão;
• Os condutores somente deverão ser lançados depois de estarem completamente
concluídos todos os serviços de construção que possam vir a danificá-los;
• Somente poderão ser utilizados materiais de primeira qualidade, fornecidos por
fabricantes idôneos e de reconhecido conceito no mercado;
• Todas as instalações deverão ser executadas com esmero e bom acabamento,
conforme recomenda a boa técnica.

5.3.4.5Etapas da Obra
As instalações elétricas da Estação de Recalque ER-4 compreendem as seguintes Etapas:
• Alimentação de energia elétrica - redes aéreas e medição de energia;
• Subestação Transformadora;
• Quadro Geral de Baixa Tensão – QGBT/CCMs - (sistema de proteção, partida e
controle);
• Quadro de Serviços Auxiliares – QSA (sistemas auxiliares e de iluminação e
tomadas);
• Distribuição de força, comando/controle e iluminação;
• Sistema de Automação;
• Sistemas de aterramentos.

5.3.4.6Serviços Elétricos
Os serviços elétricos compreendem basicamente:
• Lançamento de cabos de força, comando e controle, bem como suas conexões, com
os equipamentos dos quais fazem parte;
• Ligação e execução da medição de energia e redes externas;
• Abertura de valas, colocação de eletrodutos e reaterro;
• Confecção de canaletas ou muretas em concreto ou alvenaria para cabos de
potência e comando, reconstituição do piso;
• Confecção de caixas de passagem;
• Instalação do sistema de aterramento geral das unidades;
• Testes gerais, posta em marcha e operação assistida.

5.3.4.7Procedimentos de Projeto
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

a) Caixas de Passagem
As caixas de passagem terão as dimensões indicadas no projeto.

137
_____________________________________________________________________
Serão executadas em alvenaria conforme desenhos ilustrativos apresentados em prancha.
Todas as caixas terão drenagem, ou seja, através de tubulação em PVC ou manilha
conforme apresentado em projeto.
Tendo em vista as localizações das unidades, bem como, no sentido de evitar-se acidentes
ou danos nos condutores elétricos, as caixas de passagem deverão ter as respectivas
tampas fixadas e vedadas através de massa apropriada e deverão apresentar elevada
resistência mecânica.

b) Padrões de Identificação
Todos os equipamentos e dispositivos necessários para a operação deverão ter suas
funções indicadas em placa de acrílico preta colada. Incluem-se neste caso, painéis,
botoeiras, chaves de comando e comutação, sinalizadores e proteções.
Os condutores deverão ser identificados em ambas às extremidades, com marcadores de
PVC flexível.

c) Código de Cores para Condutores

Aplicação Tensão Cor Seção Mínima (mm2)

Potência 220 V Preto 2,5

127 V Branco

Neutro Azul

Sinalização, comando e
Terra Verde 1,0
controle
24 Vcc Vermelho

GND Cinza

Tc’s, TP’s e proteção - Preto 2,5

Terra - Verde 2,5

Instrumentação (blindado) - Preto 1,0

Potência 380 V Preto 2,5

220 V Branco

Neutro Azul

Sinalização, comando e
Terra Verde 1,0
controle

24 Vcc Vermelho
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

GND Cinza

Tc’s, tp’s e proteção - Preto 2,5

138
_____________________________________________________________________

Aplicação Tensão Cor Seção Mínima (mm2)

Terra - Verde 2,5

Instrumentação (blindado) - Preto 1,0

d) Circuitos de Distribuição
As cargas dos equipamentos foram divididas em circuitos, de acordo com os seguintes
critérios:
Os circuitos terminais de motores, tomadas e esperas de uso específico (aquecimento,
manutenção etc.), serão unitários.
Os circuitos terminais de iluminação externa quando existentes serão específicos, com
acionamento através de fotocélula.

e) Código de Cores para Sinalizadores


Verde: Equipamento parado;
Vermelho: Equipamento em operação;
Amarelo: Falha.

f) Código de Cores para Botões de Comando


Verde: partir, ligar, abrir;
Vermelho: desligar, parar, emergência.

g) Código de Cores para Barramentos


Fase A: Azul escuro;
Fase B: Branco;
Fase C: Lilás;
Neutro: Azul Claro;
Terra: Verde.

h) Procedimento de Montagem de Painéis


Todos os painéis deverão ser montados de acordo com as especificações descritas a
seguir:
• Os cabos internos deverão ser conduzidos em calhas de PVC rígido, ranhuradas,
dimensionadas de forma que a seção ocupada não seja superior a 60% da seção
reta.
• Os condutores não poderão conter emendas e derivações e deverão possuir
identificação e terminais apropriados para a conexão a ser realizada em ambas as
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

extremidades.

139
_____________________________________________________________________
• Os condutores que atravessarem chapas metálicas deverão ter sua isolação
protegida por meio de gaxetas de borracha na furação.
• Cada componente dos painéis deverá ter condutor de aterramento independente até
o barramento de terra do painel.
• Todas as conexões entre condutores deverão ser realizadas por bornes identificados
do tipo de estrutura isolante de material termoplástico poliamida e conexão
apropriada para cada tipo de terminal.
• Os bornes não podem ter mais de dois terminais conectados em suas extremidades.
• As réguas de bornes de comando deverão ser separadas das réguas de bornes de
força através de placas de separação. Esta separação deverá ser fisicamente visível
no painel.
• As réguas de bornes devem ser localizadas de modo a facilitar a entrada, distribuição
e conexão das interligações dos equipamentos instalados interna e externamente
aos quadros.
• Deve ser prevista uma reserva de 30% nos bornes dos painéis.

i) Fixação de Dispositivos e Equipamentos


Bornes: trilhos tipo “C” simétrico ou assimétrico.
Dispositivos e equipamentos em geral: trilho guia 35x7,5mm.
Barramentos de cobre: isoladores Premix dimensionados para
esforços térmicos e magnéticos de corrente de
curto circuito.
Equipamentos de grande porte: perfil de aço tipo “C” ou parafusos.
Não é permitida a utilização de rebites ou parafusos com porca para a fixação de trilhos,
equipamentos e dispositivos.

j) Espaçamento Entre Dispositivos e Equipamentos


A montagem e a conexão de todos os equipamentos devem ser executadas de modo que,
em caso de manutenção permita o acesso ao mesmo sem obstruções.
A distribuição dos equipamentos deve ser feita de modo a aproveitar ao máximo a área
disponível e permitir futuras expansões do sistema.
Devem ser observadas as seguintes distâncias mínimas entre os equipamentos:
⋅ entre contatores e relés auxiliares: 5mm;
⋅ entre contatores ou relés e calhas 35mm;
⋅ entre régua de bornes e calhas: 35mm;
⋅ entre régua de bornes horizontal e flange: 150mm;
⋅ entre controladores (parte inferior e superior) e calhas: 35mm.

k) Barramentos de Cobre
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

As barras de cobre deverão ser constituídas de cobre eletrolítico, têmpera dura, tratado com
decapante e camada de proteção a base de prata por decomposição química.

140
_____________________________________________________________________
Devem ser dimensionados para suportar esforços magnéticos e efeitos térmicos da corrente
de curto-circuito trifásico calculada.
As conexões entre barramentos ou entre barramentos e condutores devem ser realizadas
em parafusos de aço bicromatizado/cadmiado com cabeça sextavada, porca sextavada,
arruelas lisas e arruelas de pressão e terminais apropriados nos cabos.
O barramento de terra deve ser montado na parte inferior dos gabinetes e os demais
barramentos preferencialmente na parte superior.
Os barramentos em toda sua extensão deverão ser protegidos do contato direto por placa
de acrílico transparente com fixações independentes e isoladas.

5.3.4.8 Detalhamento das Instalações Elétricas da ER-4


O detalhamento das instalações elétricas da Estação de Recalque ER-4 abrange as obras
da Subestação Transformadora, intertravamentos elétricos, alimentação de força para o
QGBT/CCM, alimentação de força para o QSA, alimentações de força e comando para os
motores e quadros de distribuição de força, iluminação interna e externa, automação e
aterramentos.

5.3.4.8.1 Ramal de Ligação de Energia


Todo o sistema elétrico da Estação de Recalque ER-4 será suprido de energia a partir da
Subestação Rebaixadora de Energia Elétrica, alimentada na tensão primária nominal de
34,5 kV, rebaixando esta tensão para 380/220 V através de transformador rebaixador de
225 kVA de potência.
O ramal de ligação de energia é aéreo com cabos de alumínio na bitola 2 AWG-CAA,
ancorando nas estruturas de ancoragem no poste da concessionária. Nesta estrutura estão
instalados os pára-raios de distribuição tipo resistor não linear, com capacidade destrutiva
de 10 kA equipados com desligadores automáticos, isolação 30 kV.

5.3.4.8.2 Subestação Transformadora - 225 kVA em Plataforma


A Subestação Transformadora será ao tempo, com transformador rebaixador trifásico de
225 kVA montado em poste de concreto de 12 m de comprimento, equipado com base
concretada para suportar os esforços produzidos pela tração dos cabos do circuito aéreo de
AT.
A entrada de energia será aérea, através de ramal suportado por estruturas de cruzetas, nas
quais serão instalados 03 pára-raios tipo resistor não linear com desligadores automáticos,
tensão nominal de 30 kV e capacidade de corrente para 10 kA, tipo poliméricos.
O cabo geral de B.T. será de cobre, bitola 185mm² para as fases e 185mm² para o neutro,
com isolação em EPR, classe 1 kV, tipo antichama, será instalado em eletroduto de aço
zincado, roscável DN 76 mm (Ø 3”), no trecho entre o transformador e o quadro de
medidores. Os cabos de baixa tensão deverão conter em todas as extremidades terminais
sapata de bronze fosforoso, adequados à bitola dos cabos e serão identificados quanto às
fases em todas as extremidades.
Para aterramento da subestação será instalada uma haste de aterramento de aço cobreada
Ø 19 mm e comprimento 3,0 m, diretamente enterrado no solo. Serão utilizadas tantas
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

hastes quantas necessárias para que a resistência de aterramento seja inferior a 10 ohms
em qualquer época do ano.

141
_____________________________________________________________________
Haverá poço de inspeção constituído por manilha de grês com tampa removível, para
medição da resistência de aterramento, sendo utilizado em todas as hastes instaladas,
conforme detalhe em planta. Esta malha de aterramento deverá ser interligada com a malha
da Subestação através de cabo de cobre nu seção 25mm².
A carcaça do transformador, o seu neutro, pára-raios e demais partes metálicas não
destinadas à condução de corrente elétrica serão interligados ao aterramento por cabo de
cobre nu seção 35 mm².
O Quadro de Medição constituído por caixa metálica de instalação embutida na mureta de
proteção, com acesso pela parte frontal, será instalado a uma altura de 2.200 mm do piso ao
topo da caixa. Conterá os equipamentos de medição indireta de B.T., de fornecimento e
montagem a cargo da COELBA.
Juntamente ao Quadro de Medição será instalado um compartimento para proteção geral da
B.T., constituído por caixa metálica de instalação aparente com acesso pela parte frontal,
onde será instalado um minidisjuntor com disparador fixo termomagnético, tripolar, de
corrente nominal 400 amperes e capacidade de interrupção mínima de 10 kA simétrico em
380 V com regulagem do disparador térmico entre 0,8 a 1 In.
A partir do compartimento do disjuntor geral, o circuito de B.T. seguirá em caminhamento
subterrâneo até o QGBT, instalado na Estação de Recalque ER-4.
− Características do Transformador a Instalar:
• Potência nominal: 225 kVA
• Classe de tensão: 34,5 kV
• Tensão secundária nominal: 380/220 V
• Ligação: triângulo (A.T.)/estrela aterrada (B.T.)
• Impedância percentual: 4,5 %
• Líquido isolante: óleo mineral parafínico
• Freqüência nominal: 60 Hz
• Número de fases: 03
• Normas e ensaios aplicáveis: NBR 5356

5.3.4.8.3 Quadro Geral de Baixa Tensão– QGBT


O Quadro Geral de Baixa Tensão será instalado na Sala de Comando da ER-4, e será o
responsável pela alimentação de força dos motores principais e dos atuadores das válvulas
de descarga dos grupos. Nele serão instalados os demarradores dos motores de recalque
de água e dos motores das válvulas motorizadas.
A partida dos motores principais será através de chave tipo conversores de freqüência e
para os motores dos atuadores elétricos será utilizada partida tipo reversora. O acionamento
e desligamento dos grupos motor-bomba poderá ser local ou remota, dependendo da
seleção. Quando selecionados para funcionamento de forma remota, os motores deverão
operar conforme as premissas do programa de supervisão e controle ou através de
comandos manuais do operador. Quando selecionado para operação local os motores
somente deverão operar através dos comandos de liga/desliga na estação. Após comando
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

de liga a rotação deverá ser ajustada conforme parâmetros previamente definidos na lógica
de cada inversor e conforme os níveis de pressão no barrilete.

142
_____________________________________________________________________
A abertura e fechamento dos atuadores poderá ser local ou remota, dependendo da seleção
do operador. Quando selecionados para funcionamento de forma remota, os atuadores
deverão operar conforme as premissas do programa de supervisão e controle ou através de
comandos manuais do operador. Quando selecionado para operação local os atuadores
poderão, ainda, operarem de forma manual ou automática e de forma individual. Se os
atuadores estiverem selecionados para operar de forma automática, assim que o motor
principal partir, os atuadores iniciam o processo de abertura da válvula. Se os atuadores
estiverem selecionados para operarem de forma manual, a abertura e o fechamento de cada
atuador somente se dará através de comandos existentes nas portas do QGBT/CCMs.
Sempre que um motor principal for desligado, a sua válvula de descargas correspondente,
será imediatamente fechada através do comando do atuador elétrico, sempre este atuador
estiver com a chave de seleção manual/automárico ajustado para operação na condição de
automático.

5.3.4.8.4 Quadro de Serviços Auxiliares - QSA


O Quadro de Serviços Auxiliares será instalado na Sala de Comando da ER-4, em fixação
aparente e será o responsável pela alimentação de força de todos os serviços auxiliares da
ER-4, tais como: ponte rolante, motor de drenagem do poço de bombas, motor de recalque
de água para a caixa d’água do prédio, tomada trifásica, iluminação externa e sistema de
iluminação e tomadas do prédio.
Será um quadro metálico de sobrepor e conterá em seu interior as chaves de proteção por
minidisjuntores dos circuitos de cargas não motoras e 2 partidas diretas compostas por
disjuntores motores e contatores categoria AC3 para uma potência de 0,5 CV.

5.3.4.8.5 Distribuição de Força, Comando e Iluminação Interna


A entrada de energia no QGBT será através de cabos de cobre eletrolíticos, isolados em
EPR antichama com capa externa em PVC antichama, na seção 11x185mm² para cada uma
das fases e para o neutro e 95mm² para o condutor de proteção, desde a subestação
transformadora principal, até a entrada de energia no Quadro.
O circuito alimentador do QGBT será instalado no interior de eletroduto de PVC corrugado,
bitola Ø 4”, instalado no interior de envelope de concreto no trajeto externo e eletroduto de
PVC rígido, bitola Ø 4, embutido no piso da Sala de Comando, aflorando sob o cubículo de
entrada.
A entrada de energia no QSA será através de cabos de cobre eletrolíticos, isolados em EPR
antichama com capa externa em PVC antichama, na seção 6mm² para as fases e 6mm²
para o neutro, desde o QGBT.
O circuito alimentador do QSA será instalado no interior de eletroduto de PVC corrugado,
bitola Ø 4”, instalado no interior de envelope de concreto no trajeto externo e no trajeto
interno na Sala de Comando através de eletroduto de PVC rígido, bitola Ø 1”, instalado
embutido no piso da Sala de Comando e aflorando sob o QSA. Na prumada da parede o
eletroduto deverá ser firmemente fixado com braçadeiras tipo “D”.
A alimentação de força para os motores principais será através de condutores de cobre,
isolação em EPR 1kV, seção 50mm², instalados em leitos metálicos e canaletas de piso.
Para interligação entre as partes rígidas da instalação e o motor, os cabos ficarão montados
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

no interior de eletrodutos flexíveis de aço com cobertura em PVC, aéreos, seção Ø 2”.
A alimentação de força para os demais motores dos atuadores elétricos e bombas de
recalque de águas de drenagem de consumo local será através de condutores de cobre,

143
_____________________________________________________________________
isolação em PVC 1kV, seção 4x2,5 mm², instalados em eletrodutos de PVC rígidos de
montagem aparente.
Para interligação entre as partes rígidas da instalação e o motor, os cabos ficarão montados
no interior de eletrodutos flexíveis de aço com cobertura em PVC, aéreos, seção Ø 3/4”.
O sistema de iluminação interna na Casa de Bombas (pavimento superior) será composto
por luminárias para duas lâmpadas fluorescentes tubulares de 32W equipadas com reatores
de alto fator de potência, eletrônicos para partida rápida, em instalação plafonier, na Sala de
Comando. Demais luminárias serão do tipo blindada, de instalação arandela com ângulo de
45° com a parede, utilizando lâmpadas fluorescentes compactas de partida rápida de 26W.
A tubulação será de PVC roscável em montagem aparente, com conduletes de alumínio
apropriados nas mudanças de direção. Os condutores dos circuitos de iluminação e
tomadas serão de cobre rígido, singelos, isolados em PVC 750 V, seção 2,5 mm².

5.3.4.9 Automação e Comando da ER-4


5.3.4.9.1 Introdução
O sistema de automação – PAC – Painel de Automação e Controle, juntamente com o
sistema supervisório, tem por objetivo proporcionar o comando à distância do sistema de
recalque. O PAC será instalado ao lado do QGBT, de onde todo sistema de recalque será
controlado.
Com o objetivo de controlar a distância, será instalado sistema de rádio comunicação que
deverá comunicar-se com o sistema Supervisório que ficará montado em local remoto.

5.3.4.9.2 Descrição do Sistema de Automatização da Estação ER-4


Todos os pontos de coleta de dados e de comando estarão comunicando-se com o Painel
de Automação e Controle – PAC, de forma a regular e contínua. Esta comunicação permite
comandar automaticamente o sistema de recalque da ER-4. Para tanto será necessário
instalar diversos sistemas de coleta e gerenciamento de dados, como sensores de nível,
contatores auxiliares, etc.
A interligação entre os sistemas de coleta de dados e o CLP instalado no Painel de
Automação e Controle – P.A.C. será através de cabos de cobre com capa externa isolante,
para sinais digitais. Quando os sinais forem analógicos – 4-20 mA, estes cabos deverão ser
tipo par trançado com malha externa para aterramento e eliminação de interferências
eletromagnéticas.

5.3.4.9.3 Controle Local


O sistema de automação instalado na ER-4 será instalado objetivando controlar a pressão
na adutora, bem como controlar todo o sistema elétrico da estação de recalque de água.
Deverão ser controladas as seguintes variáveis de sistema, a saber:
− Nível mínimo de água em cada câmara de sucção – chave bóia;
− Status dos motores (ligados/desligados/defeito);
− Rodízio automático dos grupos motor-bomba através do número de horas
operativas;
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

− Status das válvulas motorizadas (abertas/fechadas/defeitos);


− Comando automático dos atuadores elétricos;

144
_____________________________________________________________________
− Tensão, corrente, potências ativa e reativa no barramento do QGBT.
Deverão ser comandados a distância:
− Abertura e fechamento de válvulas motorizadas;
− Partida e parada dos motores de recalque.

5.3.4.9.4 Seqüência de partida / parada - PAC


O sistema de recalque deve seguir, no mínimo a seguinte lógica operacional:
a) A partida dos grupos motor-bomba deverá ser desenvolvido de forma escalonar, ou seja,
não deverão partir, em hipótese alguma, duas bombas ao mesmo tempo. Na necessidade
de efetuar a partida de mais de uma bomba de recalque de água, este procedimento deverá
ser realizado de forma que a segunda bomba receba permissão de partida somente no
término da partida da primeira e após a entrada em regime de operação com tempo pré-
estabelecido pela equipe de operação da CODEVASF com tempo mínimo de 1 minuto entre
partidas. Este intertravamento deverá ser implementado através da lógica operacional do
Controlador Programável no P.A.C. Quando em comando manual este procedimento deverá
ser realizado pelo operador da Estação;
b) O Controlador Programável deverá manter registros do número de partidas e paradas de
cada grupo motor-bomba, bem como a quantidade de horas que cada grupo permaneceu
ligado;
c) Será instalado “timer” que impedirá a operação da ER-4 durante os períodos de ponta;
d) O controle da variação de freqüência para os grupos motor-bomba será a partir de um
sensor de pressão do tipo inserção que ficará instalado na adutora. Sempre que o nível da
pressão de recalque estiver fora dos parâmetros previstos (acima do máximo ou abaixo do
mínimo) deverá indicar ao operador do sistema, situação de perigo na Estação e desligá-la
totalmente.
e) O sistema deverá monitorar continuamente as correntes de consumo e tensão no QGBT;
f) O sistema de automação deverá receber todas as informações de posição das chaves de
comando automático/manual e bloqueio geral de comando;
g) O sistema de automação estará continuamente verificando o nível no poço de sucção e
implementar as partidas/paradas das bombas conforme o comportamento do nível no
interior do mesmo, ou seja, caso o nível no interior do poço de sucção da bomba estiver no
mínimo a operação desta bomba deverá ser bloqueada. Se o nível de água estiver acima do
mínimo à operação de recalque desta bomba está liberada;
h) A variação de velocidade das bombas será dada conforme a variação de pressão na
descarga, ou seja, quando a pressão no interior da tubulação de descarga tender a cair o
sistema comanda um incremento na rotação do motor de forma a comandar maior recalque
de água. Assim deverá proceder até a máxima velocidade possível para o motor, quando o
sistema partirá, então, outra bomba e tenderá ajustar-se a nova situação;
i) Para o processo de desligamento o sistema deverá proceder de forma inversa daquela
descrita no item anterior, ou seja, quando a pressão no interior da tubulação de descarga
tender a aumentar, o sistema incrementa variação de velocidade no motor para baixo, até
que o mesmo atinja a rotação mínima e permitida desligar um dos motores operativos
(quando estiverem mais de um motor funcionando) ou desligamento total do recalque de
água quando a rotação mínima prevista para um motor operando for atingida e
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

ultrapassada.

145
_____________________________________________________________________
5.3.5 Instalações Elétricas da ER-5
5.3.5.1 Dados Básicos e Normas Técnicas
Para a elaboração do projeto elétrico foram utilizados os dados básicos fornecidos pelos
projetos hidráulicos, mecânicos e arquitetônicos, sendo o mesmo consubstanciado nas
recomendações de projeto da CODEVASF, bem como nas prescrições das seguintes
entidades nacionais ou estrangeiras, onde aplicáveis:
• ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
• COELBA Companhia de Energia da Bahia
• ANSI American National Standard Institute
• NEMA National Electrical Manufacturers Association
• NEC National Electrical Code
• IEC International Eletrotechnical Commission
Em especial, deverão ser respeitadas as características fixadas nas seguintes normas
técnicas, exigíveis na aceitação e/ou recebimento dos materiais e equipamentos:
• NBR IEC 60.439/03 Conjuntos de manobra e controle de baixa tensão;
• NBR IEC 60529/09 Graus de proteção para invólucros de equipamentos
elétricos (código IP);
• NBR 7288/94 Cabos de potência com isolação sólida extrudada de
cloreto de polivinila (PVC) ou polietileno (PE) para
tensões de 1 kV a 6 KV;
• NBR 15.465/08 Sist.de eletrodutos plásticos para instalações elétricas
de baixa tensão - Requisito de desempenho
• NBR 6689/81 Requisitos gerais para condutos de instalações elétricas
prediais;
• NBR IEC 60.497-2/98 Dispositivos de manobra e comando de baixa tensão;
• NBR IEC 60670-1/05 Caixas e invólucros para acessórios elétricos
para instalações elétricas fixas domésticas e análogas;
• NBR 15626-1/08 Máquinas Elétricas Girantes - motores de indução;
• NBR 14136/08 Plugues e tomadas para uso doméstico e análogo até
20 A/250 V em corrente alternada – Padronização.

5.3.5.2 Suprimento de Energia


A Estação de Recalque ER-5 será suprida de energia elétrica a partir das redes de
distribuição de energia elétrica primária da Concessionária de Energia local na tensão de
34.500 V, através de circuito trifásico com cabos de alumínio sem alma de aço, bitola 2
AWG. No poste de ancoragem das redes aéreas serão instalados os dispositivos de
proteção, constituídos de pára-raios com desligadores automáticos e chaves fusíveis.
Os pára-raios serão tipo resistor não linear de óxido de zinco, poliméricos, e terão
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

capacidade de ruptura de 10 kA para uma tensão de 30 kV. As chaves fusíveis, serão para
300 A, constituídas de base “C” e cartucho porta fusível com elo 6K.

146
_____________________________________________________________________
Para o atendimento das novas cargas, será necessária a instalação de uma subestação
transformadora de energia do tipo em poste, de 225 kVA de potência.
Foram considerados os seguintes parâmetros básicos das redes:
• Fornecimento de Energia: 34,5 kV
• Tensão de Distribuição de Força: 380/220 V
• Freqüência: 60 Hz
• Cálculo de Curto-circuito na Baixa Tensão:
Considerando-se o pior caso, ou seja, uma barra infinita na entrada dos bornes de M.T. do
transformador, temos:
Para a subestação de 225 kVA
Dados:
4. Barra infinita na entrada da instalação;
5. Z% do transformador: 4,5%
6. Potência do transformador: 225 kVA
1 225kVA
Icc = x = 7.596,71A
0,045 3 x0,38kV
5.3.5.3 Diretrizes de Projeto
a) Potência Instalada - Demandas
No sistema elétrico da Estação de Recalque ER-5 foram consideradas todas as potências
dos motores principais para dimensionamento da subestação e dos equipamentos de
iluminação e pontos de tomadas destinadas à utilização geral e eventual, além das bombas
de drenagem do poço de bombas e da bomba de recalque da caixa d’água, ambas de 0,5 cv
de potência e de uso esporádico.
As demandas foram determinadas considerando-se as condições de uso de cada
equipamento, na situação mais desfavorável, tendo sido adotada, em cada caso, a demanda
máxima provável da unidade como base para o dimensionamento dos componentes.

b) Circuitos de Distribuição
As cargas dos equipamentos foram divididas em circuitos, de acordo com os seguintes
critérios:
• O circuito terminal do motor será unitário – admitindo-se uma queda de tensão total
de 7% a partir do transformador até os bornes do motor.
• Os circuitos terminais de iluminação de uso geral serão coletivos, com acionamento
da iluminação através de interruptor instalado em local estratégico – admitindo-se
uma queda de tensão total de 7% a partir do transformador até os equipamentos.

c) Proteções
c1) Contra Sobrecorrentes
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

Cada circuito (convencional ou de emergência) será protegido individualmente contra as


sobrecorrentes provocadas por sobrecargas prolongadas ou curtos-circuitos, por meio de

147
_____________________________________________________________________
dispositivo (disjuntor termomagnético ou fusível), instalado a montante do ponto de
consumo.
c2) Aterramento
O neutro do sistema de distribuição de baixa tensão e todos os componentes metálicos das
instalações não integrantes dos circuitos elétricos, (armários dos quadros de distribuição de
força, etc), serão ligados à malha de aterramento.
No QGBT será instalado o BEP (barramento equipotencial principal) de onde partirão todos
os aterramentos das instalações.
c3) Proteção Contra Surtos
O sistema de força e comando deverá ser protegido contra sobrecargas prolongadas e/ou
surtos de manobras através de dispositivos de proteção contra surtos – DPS, instalados na
entrada do Quadro Geral de Baixa Tensão. O DSP deverá ser instalado para a proteção das
três fases e neutro através de dispositivo capaz de interromper uma sobretensão de frente
de onda na forma 10/50 em 350 µs – classe I combinado com a classe II – tecnologia AEC
da Phoenix (ou similar), com capacidade mínima de 40 kA por fase e tensão residual de 900
V.
Na entrada do Painel de Automação e Controle – P.A.C., também deverá ser instalado DPS
classe II, capacidade de 20 kA e tensão residual de 900 V.
A tensão nominal dos DPSs deverá ser de para uma tensão trifásica de 380V para o QGBT
e para uma tensão de 220V monofásico para o Painel de Automação e Controle – P.A.C.
Formas de Instalação
Os condutores dos circuitos serão instalados em eletrodutos aparentes ou embutidos,
conforme detalhado no projeto, com caixas terminais e de passagem onde necessários. Nas
instalações externas, a tubulação será subterrânea com eletrodutos de PVC corrugado de
alta densidade entre caixas de passagem, envelopados em concreto.
Nas ligações entre as caixas de passagem subterrâneas e os quadros de distribuição serão
utilizados eletrodutos e curvas de PVC rígido roscáveis, com buchas e arruelas de alumínio
para fixação e acabamento nos quadros.

5.3.5.4 Execução das Instalações


Para execução dos serviços deverão ser obedecidas rigorosamente as especificações da
ABNT aplicáveis e em especial os seguintes pontos:
• Os condutores deverão ser instalados de tal forma que os isente de esforços
mecânicos incompatíveis com a sua resistência ou com a do seu isolamento;
• As emendas e derivações deverão ser executadas de modo a assegurar resistência
mecânica adequada e contato elétrico perfeito, utilizando-se de conectores e
acessórios adequados;
• O condutor de aterramento/proteção deverá ser facilmente identificável em toda sua
extensão, devendo ser devidamente protegido nos trechos onde possa vir a sofrer
danificações mecânicas;
• O condutor de aterramento deverá ser preso aos equipamentos por meios
mecânicos, tais como braçadeiras, orelhas, conectores e semelhantes e nunca com
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

dispositivos de solda a base de estanho, nem apresentar dispositivos de interrupção,


tais como chaves, fusíveis, etc., Ou ser descontínuo, utilizando carcaças metálicas
como conexão;

148
_____________________________________________________________________
• Os condutores somente deverão ser lançados depois de estarem completamente
concluídos todos os serviços de construção que possam vir a danificá-los;
• Somente poderão ser utilizados materiais de primeira qualidade, fornecidos por
fabricantes idôneos e de reconhecido conceito no mercado;
• Todas as instalações deverão ser executadas com esmero e bom acabamento,
conforme recomenda a boa técnica.

5.3.5.5 Etapas da Obra


As instalações elétricas da Estação de Recalque ER-5 compreendem as seguintes Etapas:
• Alimentação de energia elétrica - redes aéreas e medição de energia;
• Subestação Transformadora;
• Quadro Geral de Baixa Tensão – QGBT/CCMs - (sistema de proteção, partida e
controle);
• Quadro de Serviços Auxiliares – QSA (sistemas auxiliares e de iluminação e
tomadas);
• Distribuição de força, comando/controle e iluminação;
• Sistema de Automação;
• Sistemas de aterramentos.

5.3.5.6 Serviços Elétricos


Os serviços elétricos compreendem basicamente:
• Lançamento de cabos de força, comando e controle, bem como suas conexões, com
os equipamentos dos quais fazem parte;
• Ligação e execução da medição de energia e redes externas;
• Abertura de valas, colocação de eletrodutos e reaterro;
• Confecção de canaletas ou muretas em concreto ou alvenaria para cabos de
potência e comando, reconstituição do piso;
• Confecção de caixas de passagem;
• Instalação do sistema de aterramento geral das unidades;
• Testes gerais, posta em marcha e operação assistida.

5.3.5.7 Procedimentos de Projeto


a) Caixas de Passagem
As caixas de passagem terão as dimensões indicadas no projeto.
Serão executadas em alvenaria conforme desenhos ilustrativos apresentados em prancha.
Todas as caixas terão drenagem, ou seja, através de tubulação em PVC ou manilha
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

conforme apresentado em projeto.

149
_____________________________________________________________________
Tendo em vista as localizações das unidades, bem como, no sentido de evitar-se acidentes
ou danos nos condutores elétricos, as caixas de passagem deverão ter as respectivas
tampas fixadas e vedadas através de massa apropriada e deverão apresentar elevada
resistência mecânica.
b) Padrões de Identificação
Todos os equipamentos e dispositivos necessários para a operação deverão ter suas
funções indicadas em placa de acrílico preta colada. Incluem-se neste caso, painéis,
botoeiras, chaves de comando e comutação, sinalizadores e proteções.
Os condutores deverão ser identificados em ambas às extremidades, com marcadores de
PVC flexível.

c) Código de Cores para Condutores

Aplicação Tensão Cor Seção Mínima (mm2)

Potência 220 V Preto 2,5

127 V Branco

Neutro Azul

Sinalização, comando e
Terra Verde 1,0
controle

24 Vcc Vermelho

GND Cinza

Tc’s, TP’s e proteção - Preto 2,5

Terra - Verde 2,5

Instrumentação (blindado) - Preto 1,0

Potência 380 V Preto 2,5

220 V Branco

Neutro Azul

Sinalização, comando e
Terra Verde 1,0
controle

24 Vcc Vermelho

GND Cinza

Tc’s, tp’s e proteção - Preto 2,5

Terra - Verde 2,5

Instrumentação (blindado) - Preto 1,0


1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

d) Circuitos de Distribuição

150
_____________________________________________________________________
As cargas dos equipamentos foram divididas em circuitos, de acordo com os seguintes
critérios:
Os circuitos terminais de motores, tomadas e esperas de uso específico (aquecimento,
manutenção etc.), serão unitários.
Os circuitos terminais de iluminação externa quando existentes serão específicos, com
acionamento através de fotocélula.

e) Código de Cores para Sinalizadores


Verde: Equipamento parado;
Vermelho: Equipamento em operação;
Amarelo: Falha.

f) Código de Cores para Botões de Comando


Verde: partir, ligar, abrir;
Vermelho: desligar, parar, emergência.

g) Código de Cores para Barramentos


Fase A: Azul escuro;
Fase B: Branco;
Fase C: Lilás;
Neutro: Azul Claro;
Terra: Verde.

h) Procedimento de Montagem de Painéis


Todos os painéis deverão ser montados de acordo com as especificações descritas a
seguir:
• Os cabos internos deverão ser conduzidos em calhas de PVC rígido, ranhuradas,
dimensionadas de forma que a seção ocupada não seja superior a 60% da seção
reta.
• Os condutores não poderão conter emendas e derivações e deverão possuir
identificação e terminais apropriados para a conexão a ser realizada em ambas as
extremidades.
• Os condutores que atravessarem chapas metálicas deverão ter sua isolação
protegida por meio de gaxetas de borracha na furação.
• Cada componente dos painéis deverá ter condutor de aterramento independente até
o barramento de terra do painel.
• Todas as conexões entre condutores deverão ser realizadas por bornes identificados
do tipo de estrutura isolante de material termoplástico poliamida e conexão
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

apropriada para cada tipo de terminal.


• Os bornes não podem ter mais de dois terminais conectados em suas extremidades.

151
_____________________________________________________________________
• As réguas de bornes de comando deverão ser separadas das réguas de bornes de
força através de placas de separação. Esta separação deverá ser fisicamente visível
no painel.
• As réguas de bornes devem ser localizadas de modo a facilitar a entrada, distribuição
e conexão das interligações dos equipamentos instalados interna e externamente
aos quadros.
• Deve ser prevista uma reserva de 30% nos bornes dos painéis.

i) Fixação de Dispositivos e Equipamentos


Bornes: trilhos tipo “C” simétrico ou assimétrico.
Dispositivos e equipamentos em geral: trilho guia 35x7,5mm.
Barramentos de cobre: isoladores Premix dimensionados para
esforços térmicos e magnéticos de corrente de
curto circuito.
Equipamentos de grande porte: perfil de aço tipo “C” ou parafusos.
Não é permitida a utilização de rebites ou parafusos com porca para a fixação de trilhos,
equipamentos e dispositivos.

j) Espaçamento Entre Dispositivos e Equipamentos


A montagem e a conexão de todos os equipamentos devem ser executadas de modo que,
em caso de manutenção permita o acesso ao mesmo sem obstruções.
A distribuição dos equipamentos deve ser feita de modo a aproveitar ao máximo a área
disponível e permitir futuras expansões do sistema.
Devem ser observadas as seguintes distâncias mínimas entre os equipamentos:
⋅ entre contatores e relés auxiliares: 5mm;
⋅ entre contatores ou relés e calhas 35mm;
⋅ entre régua de bornes e calhas: 35mm;
⋅ entre régua de bornes horizontal e flange: 150mm;
⋅ entre controladores (parte inferior e superior) e calhas: 35mm.

k) Barramentos de Cobre
As barras de cobre deverão ser constituídas de cobre eletrolítico, têmpera dura, tratado com
decapante e camada de proteção a base de prata por decomposição química.
Devem ser dimensionados para suportar esforços magnéticos e efeitos térmicos da corrente
de curto-circuito trifásico calculada.
As conexões entre barramentos ou entre barramentos e condutores devem ser realizadas
em parafusos de aço bicromatizado/cadmiado com cabeça sextavada, porca sextavada,
arruelas lisas e arruelas de pressão e terminais apropriados nos cabos.
O barramento de terra deve ser montado na parte inferior dos gabinetes e os demais
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

barramentos preferencialmente na parte superior.


Os barramentos em toda sua extensão deverão ser protegidos do contato direto por placa
de acrílico transparente com fixações independentes e isoladas.
152
_____________________________________________________________________

5.3.5.8 Detalhamento das Instalações Elétricas da ER-5


O detalhamento das instalações elétricas da Estação de Recalque ER-5 abrange as obras
da Subestação Transformadora, intertravamentos elétricos, alimentação de força para o
QGBT/CCM, alimentação de força para o QSA, alimentações de força e comando para os
motores e quadros de distribuição de força, iluminação interna e externa, automação e
aterramentos.

5.3.5.8.1 Ramal de Ligação de Energia


Todo o sistema elétrico da Estação de Recalque ER-5 será suprido de energia a partir da
Subestação Rebaixadora de Energia Elétrica, alimentada na tensão primária nominal de
34,5 kV, rebaixando esta tensão para 380/220 V através de transformador rebaixador de
225 kVA de potência.
O ramal de ligação de energia é aéreo com cabos de alumínio na bitola 2 AWG-CAA,
ancorando nas estruturas de ancoragem no poste da concessionária. Nesta estrutura estão
instalados os pára-raios de distribuição tipo resistor não linear, com capacidade destrutiva
de 10 kA equipados com desligadores automáticos, isolação 30 kV.

5.3.5.8.2 Subestação Transformadora - 225 kVA em Plataforma


A Subestação Transformadora será ao tempo, com transformador rebaixador trifásico de
225 kVA montado em poste de concreto de 12 m de comprimento, equipado com base
concretada para suportar os esforços produzidos pela tração dos cabos do circuito aéreo de
AT.
A entrada de energia será aérea, através de ramal suportado por estruturas de cruzetas, nas
quais serão instalados 03 pára-raios tipo resistor não linear com desligadores automáticos,
tensão nominal de 30 kV e capacidade de corrente para 10 kA, tipo poliméricos.
O cabo geral de B.T. será de cobre, bitola 185mm² para as fases e 185mm² para o neutro,
com isolação em EPR, classe 1 kV, tipo antichama, será instalado em eletroduto de aço
zincado, roscável DN 76 mm (Ø 3”), no trecho entre o transformador e o quadro de
medidores. Os cabos de baixa tensão deverão conter em todas as extremidades terminais
sapata de bronze fosforoso, adequados à bitola dos cabos e serão identificados quanto às
fases em todas as extremidades.
Para aterramento da subestação será instalada uma haste de aterramento de aço cobreada
Ø 19 mm e comprimento 3,0 m, diretamente enterrado no solo. Serão utilizadas tantas
hastes quantas necessárias para que a resistência de aterramento seja inferior a 10 ohms
em qualquer época do ano.
Haverá poço de inspeção constituído por manilha de grês com tampa removível, para
medição da resistência de aterramento, sendo utilizado em todas as hastes instaladas,
conforme detalhe em planta. Esta malha de aterramento deverá ser interligada com a malha
da Subestação através de cabo de cobre nu seção 25mm².
A carcaça do transformador, o seu neutro, pára-raios e demais partes metálicas não
destinadas à condução de corrente elétrica serão interligados ao aterramento por cabo de
cobre nu seção 35 mm².
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

O Quadro de Medição constituído por caixa metálica de instalação embutida na mureta de


proteção, com acesso pela parte frontal, será instalado a uma altura de 2.200 mm do piso ao

153
_____________________________________________________________________
topo da caixa. Conterá os equipamentos de medição indireta de B.T., de fornecimento e
montagem a cargo da COELBA.
Juntamente ao Quadro de Medição será instalado um compartimento para proteção geral da
B.T., constituído por caixa metálica de instalação aparente com acesso pela parte frontal,
onde será instalado um minidisjuntor com disparador fixo termomagnético, tripolar, de
corrente nominal 400 amperes e capacidade de interrupção mínima de 10 kA simétrico em
380 V com regulagem do disparador térmico entre 0,8 a 1 In.
A partir do compartimento do disjuntor geral, o circuito de B.T. seguirá em caminhamento
subterrâneo até o QGBT, instalado na Estação de Recalque ER-5.
− Características do Transformador a Instalar:
• Potência nominal: 225 kVA
• Classe de tensão: 34,5 kV
• Tensão secundária nominal: 380/220 V
• Ligação: triângulo (A.T.)/estrela aterrada (B.T.)
• Impedância percentual: 4,5 %
• Líquido isolante: óleo mineral parafínico
• Freqüência nominal: 60 Hz
• Número de fases: 03
• Normas e ensaios aplicáveis: NBR 5356

5.3.5.8.3 Quadro Geral de Baixa Tensão– QGBT


O Quadro Geral de Baixa Tensão será instalado na Sala de Comando da ER-5, e será o
responsável pela alimentação de força dos motores principais e dos atuadores das válvulas
de descarga dos grupos. Nele serão instalados os demarradores dos motores de recalque
de água e dos motores das válvulas motorizadas.
A partida dos motores principais será através de chave tipo conversores de freqüência e
para os motores dos atuadores elétricos será utilizada partida tipo reversora. O acionamento
e desligamento dos grupos motor-bomba poderá ser local ou remota, dependendo da
seleção. Quando selecionados para funcionamento de forma remota, os motores deverão
operar conforme as premissas do programa de supervisão e controle ou através de
comandos manuais do operador. Quando selecionado para operação local os motores
somente deverão operar através dos comandos de liga/desliga na estação. Após comando
de liga a rotação deverá ser ajustada conforme parâmetros previamente definidos na lógica
de cada inversor e conforme os níveis de pressão no barrilete.
A abertura e fechamento dos atuadores poderá ser local ou remota, dependendo da seleção
do operador. Quando selecionados para funcionamento de forma remota, os atuadores
deverão operar conforme as premissas do programa de supervisão e controle ou através de
comandos manuais do operador. Quando selecionado para operação local os atuadores
poderão, ainda, operarem de forma manual ou automática e de forma individual. Se os
atuadores estiverem selecionados para operar de forma automática, assim que o motor
principal partir, os atuadores iniciam o processo de abertura da válvula. Se os atuadores
estiverem selecionados para operarem de forma manual, a abertura e o fechamento de cada
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

atuador somente se dará através de comandos existentes nas portas do QGBT/CCMs.

154
_____________________________________________________________________
Sempre que um motor principal for desligado, a sua válvula de descargas correspondente,
será imediatamente fechada através do comando do atuador elétrico, sempre este atuador
estiver com a chave de seleção manual/automárico ajustado para operação na condição de
automático.

5.3.5.8.4 Quadro de Serviços Auxiliares - QSA


O Quadro de Serviços Auxiliares será instalado na Sala de Comando da ER-5, em fixação
aparente e será o responsável pela alimentação de força de todos os serviços auxiliares da
ER-5, tais como: ponte rolante, motor de drenagem do poço de bombas, motor de recalque
de água para a caixa d’água do prédio, tomada trifásica, iluminação externa e sistema de
iluminação e tomadas do prédio.
Será um quadro metálico de sobrepor e conterá em seu interior as chaves de proteção por
minidisjuntores dos circuitos de cargas não motoras e 2 partidas diretas compostas por
disjuntores motores e contatores categoria AC3 para uma potência de 0,5 CV.

5.3.5.8.5 Distribuição de Força, Comando e Iluminação Interna


A entrada de energia no QGBT será através de cabos de cobre eletrolíticos, isolados em
EPR antichama com capa externa em PVC antichama, na seção 11x185mm² para cada uma
das fases e para o neutro e 95mm² para o condutor de proteção, desde a subestação
transformadora principal, até a entrada de energia no Quadro.
O circuito alimentador do QGBT será instalado no interior de eletroduto de PVC corrugado,
bitola Ø 4”, instalado no interior de envelope de concreto no trajeto externo e eletroduto de
PVC rígido, bitola Ø 4, embutido no piso da Sala de Comando, aflorando sob o cubículo de
entrada.
A entrada de energia no QSA será através de cabos de cobre eletrolíticos, isolados em EPR
antichama com capa externa em PVC antichama, na seção 6mm² para as fases e 6mm²
para o neutro, desde o QGBT.
O circuito alimentador do QSA será instalado no interior de eletroduto de PVC corrugado,
bitola Ø 4”, instalado no interior de envelope de concreto no trajeto externo e no trajeto
interno na Sala de Comando através de eletroduto de PVC rígido, bitola Ø 1”, instalado
embutido no piso da Sala de Comando e aflorando sob o QSA. Na prumada da parede o
eletroduto deverá ser firmemente fixado com braçadeiras tipo “D”.
A alimentação de força para os motores principais será através de condutores de cobre,
isolação em EPR 1kV, seção 50mm², instalados em leitos metálicos e canaletas de piso.
Para interligação entre as partes rígidas da instalação e o motor, os cabos ficarão montados
no interior de eletrodutos flexíveis de aço com cobertura em PVC, aéreos, seção Ø 2”.
A alimentação de força para os demais motores dos atuadores elétricos e bombas de
recalque de águas de drenagem de consumo local será através de condutores de cobre,
isolação em PVC 1kV, seção 4x2,5 mm², instalados em eletrodutos de PVC rígidos de
montagem aparente.
Para interligação entre as partes rígidas da instalação e o motor, os cabos ficarão montados
no interior de eletrodutos flexíveis de aço com cobertura em PVC, aéreos, seção Ø 3/4”.
O sistema de iluminação interna na Casa de Bombas (pavimento superior) será composto
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

por luminárias para duas lâmpadas fluorescentes tubulares de 32W equipadas com reatores
de alto fator de potência, eletrônicos para partida rápida, em instalação plafonier, na Sala de
Comando. Demais luminárias serão do tipo blindada, de instalação arandela com ângulo de
45° com a parede, utilizando lâmpadas fluorescentes compactas de partida rápida de 26W.
155
_____________________________________________________________________
A tubulação será de PVC roscável em montagem aparente, com conduletes de alumínio
apropriados nas mudanças de direção. Os condutores dos circuitos de iluminação e
tomadas serão de cobre rígido, singelos, isolados em PVC 750 V, seção 2,5 mm².

5.3.5.9 Automação e Comando da ER-5


5.3.5.9.1 Introdução
O sistema de automação – PAC – Painel de Automação e Controle, juntamente com o
sistema supervisório, tem por objetivo proporcionar o comando à distância do sistema de
recalque. O PAC será instalado ao lado do QGBT, de onde todo sistema de recalque será
controlado. Com o objetivo de controlar a distância, será instalado sistema de rádio
comunicação que deverá comunicar-se com o sistema Supervisório que ficará montado em
local remoto.

5.3.5.9.2 Descrição do Sistema de Automatização da Estação ER-5


Todos os pontos de coleta de dados e de comando estarão comunicando-se com o Painel
de Automação e Controle – PAC, de forma a regular e contínua. Esta comunicação permite
comandar automaticamente o sistema de recalque da ER-5. Para tanto será necessário
instalar diversos sistemas de coleta e gerenciamento de dados, como sensores de nível,
contatores auxiliares, etc.
A interligação entre os sistemas de coleta de dados e o CLP instalado no Painel de
Automação e Controle – P.A.C. será através de cabos de cobre com capa externa isolante,
para sinais digitais. Quando os sinais forem analógicos – 4-20 mA, estes cabos deverão ser
tipo par trançado com malha externa para aterramento e eliminação de interferências
eletromagnéticas.

5.3.5.9.3 Controle Local


O sistema de automação instalado na ER-5 será instalado objetivando controlar a pressão
na adutora, bem como controlar todo o sistema elétrico da estação de recalque de água.
Deverão ser controladas as seguintes variáveis de sistema, a saber:
− Nível mínimo de água em cada câmara de sucção – chave bóia;
− Status dos motores (ligados/desligados/defeito);
− Rodízio automático dos grupos motor-bomba através do número de horas
operativas;
− Status das válvulas motorizadas (abertas/fechadas/defeitos);
− Comando automático dos atuadores elétricos;
− Tensão, corrente, potências ativa e reativa no barramento do QGBT.
Deverão ser comandados a distância:
− Abertura e fechamento de válvulas motorizadas;
− Partida e parada dos motores de recalque.
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

5.3.5.9.4 Seqüência de partida / parada - PAC


O sistema de recalque deve seguir, no mínimo a seguinte lógica operacional:

156
_____________________________________________________________________
a) A partida dos grupos motor-bomba deverá ser desenvolvido de forma escalonar, ou seja,
não deverão partir, em hipótese alguma, duas bombas ao mesmo tempo. Na necessidade
de efetuar a partida de mais de uma bomba de recalque de água, este procedimento deverá
ser realizado de forma que a segunda bomba receba permissão de partida somente no
término da partida da primeira e após a entrada em regime de operação com tempo pré-
estabelecido pela equipe de operação da CODEVASF com tempo mínimo de 1 minuto entre
partidas. Este intertravamento deverá ser implementado através da lógica operacional do
Controlador Programável no P.A.C. Quando em comando manual este procedimento deverá
ser realizado pelo operador da Estação;
b) O Controlador Programável deverá manter registros do número de partidas e paradas de
cada grupo motor-bomba, bem como a quantidade de horas que cada grupo permaneceu
ligado;
c) Será instalado “timer” que impedirá a operação da ER-5 durante os períodos de ponta;
d) O controle da variação de freqüência para os grupos motor-bomba será a partir de um
sensor de pressão do tipo inserção que ficará instalado na adutora. Sempre que o nível da
pressão de recalque estiver fora dos parâmetros previstos (acima do máximo ou abaixo do
mínimo) deverá indicar ao operador do sistema, situação de perigo na Estação e desligá-la
totalmente.
e) O sistema deverá monitorar continuamente as correntes de consumo e tensão no QGBT;
f) O sistema de automação deverá receber todas as informações de posição das chaves de
comando automático/manual e bloqueio geral de comando;
g) O sistema de automação estará continuamente verificando o nível no poço de sucção e
implementar as partidas/paradas das bombas conforme o comportamento do nível no
interior do mesmo, ou seja, caso o nível no interior do poço de sucção da bomba estiver no
mínimo a operação desta bomba deverá ser bloqueada. Se o nível de água estiver acima do
mínimo à operação de recalque desta bomba está liberada;
h) A variação de velocidade das bombas será dada conforme a variação de pressão na
descarga, ou seja, quando a pressão no interior da tubulação de descarga tender a cair o
sistema comanda um incremento na rotação do motor de forma a comandar maior recalque
de água. Assim deverá proceder até a máxima velocidade possível para o motor, quando o
sistema partirá, então, outra bomba e tenderá ajustar-se a nova situação;
i) Para o processo de desligamento o sistema deverá proceder de forma inversa daquela
descrita no item anterior, ou seja, quando a pressão no interior da tubulação de descarga
tender a aumentar, o sistema incrementa variação de velocidade no motor para baixo, até
que o mesmo atinja a rotação mínima e permitida desligar um dos motores operativos
(quando estiverem mais de um motor funcionando) ou desligamento total do recalque de
água quando a rotação mínima prevista para um motor operando for atingida e
ultrapassada.

5.4 Projeto Estrutural


As Estações de Recalque, integrantes do Projeto Baixio Irecê, serão contruídas em concreto
armado e enterradas a uma profundidade aproximada de 6,0m. As dimensões de referência
foram obtidas do projeto mecânico, assim como as informações sobre solicitações
hidráulicas e de equipamento. (monovias, etc.). O projeto foi executado seguindo as
prescrições das normas brasileiras, em especial a NBR- 6118.
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

As cargas sobre a estrutura são o empuxo do aterro e empuxo hidráulico, a sobrecarga


acidental sobre as passarelas e áreas de serviço. Sobrecarga acidental na área de
estocagem dos “stop logs”, de carga e descarga. Sobrecarga móvel da monovia para
157
_____________________________________________________________________
operação dos "stop log's" e da ponte rolante. Adotaram-se como fundação direta as próprias
lajes de fundo da estação de recalque, admitindo uma capacidade de suporte do terreno de
Tadm.=0,1 Mpa (1,0kgf/cm2).
Para as sobrecargas nas lajes, o cálculo das solicitações foi realizado com programa de
análise estrutural que leva em conta automaticamente o peso próprio, portanto,
determinamos apenas o peso das sobrecargas.atuantes.
Também fazem parte do conjunto de obras de cada estação de recalque os prédios das
subestações das ER1, ER2 e ER3 destinados a abrigar os equipamentos de rebaixamento e
de medição da energia. As memórias de cálculo e os croquis do projeto estrututal das
Estações de Recalque e dos prédios das subestações estão apresentados no Volume 5 –
Memorial de Cálculo.
Os quadros (Quadro 5.15 ao Quadro 5.19) a seguir apresentam um resumo do quantitativo
de cada Estação de Recalque. O Quadros 4.20 apresenta um resumo das principais
quantidades das subestações da ER-1, ER-2 e ER-3.

Quadro 5.15: Resumo do quantitativo da ER-1

Discriminação Total Unidade

Concreto Estrutural fck=20MPa 300,00 m³

Concreto de Regularização 30,00 m³

Concreto de Simples de Enchimento 10,00 m³

Formas Planas de Madeira 1.420.00 m²

Quadro 5.16: Resumo do quantitativo da ER-02

Discriminação Total Unidade

Concreto Estrutural fck=22MPa 300,00 m³

Concreto de Regularização 30,00 m³

Concreto de Enchimento 10,00 m³

Formas Planas de Madeira 1420.00 m²

Armadura Aço CA-50 30.000 kg

Quadro 5.17: Resumo do quantitativo da ER-03

Discriminação Total Unidade

Concreto Estrutural fck=22MPa 300,00 m³

Concreto de Regularização 30,00 m³

Concreto de Enchimento 10,00 m³


1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

Formas Planas de Madeira 1420.00 m²

Armadura Aço CA-50 30.000 kg

158
_____________________________________________________________________

Quadro 5.18: Resumo do quantitativo da ER-04

Discriminação Total Unidade

Concreto Estrutural fck=22MPa 300,00 m³

Concreto de Regularização 30,00 m³

Concreto de Enchimento 10,00 m³

Formas Planas de Madeira 1420.00 m²

Armadura Aço CA-50 30.000 kg

Quadro 5.19: Resumo do quantitativo da ER-05

Discriminação Total Unidade

Concreto Estrutural fck=22MPa 300,00 m³

Concreto de Regularização 30,00 m³

Concreto de Enchimento 10,00 m³

Formas Planas de Madeira 1420.00 m²

Armadura Aço CA-50 30.000 kg

Quadro 5.20: Resumo dos quantitativos das subestações das estações de recalque ER1, ER-2 e ER3

Discriminação Unidade SE-ER1 SE-ER2 SE-ER3 Total

Concreto Estrutural fck=22MPa m³ 25 25 25 75


Concreto de Regularização m³ 4 4 4 12
Concreto de Enchimento m³ 6 6 6 18
Formas Planas de Madeira m² 215 215 215 645
Armadura Aço CA-50 kg 2.100 2.100 2.100 6.300
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

159
_____________________________________________________________________

6 MACRODRENAGEM DA
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

ÁREA AGRÍCOLA

160
_____________________________________________________________________

6 MACRODRENAGEM DA ÁREA AGRÍCOLA


Neste item é apresentado o sistema de macrodrenagem das áreas situadas na margem
direita do canal CP0, entre os km 27,02 e km 42,00. É apresentada uma descrição bem
como um Arranjo Geral, o dimensionamento hidráulico e as quantidades de materiais e
serviços para a sua implantação.

6.1 Apresentação
O presente estudo tem o objetivo de revisar o sistema de macrodrenagem de área situada
ao sul do canal CP0, aproximadamente entre a Serra do Rumo e o Riacho das Lajes bem
como realizar o projeto executivo dos drenos e suas obras de arte. A necessidade deste
dimensionamento decorre dos levantamentos topográficos e pedológicos complementares
para a área situada ao sul dos antigos limites do Projeto, abrangendo terras mais altas.
Neste estudo foram mantidos os critérios de projeto adotados por ocasião da elaboração
dos estudos do Projeto Básico.
Numa fase anterior, foi realizada uma restituição aerofotogramétrica da área bem como um
novo levantamento pedológico detalhado com o objetivo de estudar a possibilidade de
incorporar estas terras mais altas ao empreendimento. A área de abrangência da Etapa 2,
inclusive a área dos estudos complementares de Pedologia, está mostrada no Desenho
GER-DRE-01.
Conforme mostrado, estes levantamentos abrangeram, total ou parcialmente, os seguintes
lotes: L.118, L.119, L.120, L.129, L.121, L.123, L.125, L.126, L.127, L.128, L.130, L.131,
L.133 e L.136. Os levantamentos pedológicos indicaram a existência de manchas de terras
inaptas para a agricultura irrigada, havendo a necessidade de redefinir os limites de alguns
lotes bem como a exclusão de áreas inaptas (descartadas para fins de irrigação) resultando
em nas áreas A ina-01 e A ina-03.
Como conseqüência destes resultados pedológicos, as adutoras abastecidas pelas estações
de recalque (ER-1 até ER-5) foram, total ou parcialmente, reposicionadas e em decorrência
deste novo arranjo, alguns drenos e bueiros deixaram de ser necessários e foram
eliminados.
A justaposição dos mapas dos antigos estudos pedológicos e topográficos com os
levantamentos topográficos e pedológicos complementares permitiu a redefinição dos limites
das bacias de drenagem e das áreas a ser efetivamente drenadas.
Este novo estudo foi elaborado buscando soluções que permitam a realização da drenagem
superficial das áreas cultivadas e dar condições para a implantação futura de drenagem
subterrânea, caso ela venha a se fazer necessária. Simultaneamente, estes drenos deverão
contribuir para proteger as obras de infra-estrutura, especialmente os canais e estradas.
Os drenos situados a montante dos bueiros, destinados à remoção do excedente hídrico das
áreas agrícolas e à proteção das obras do canal CP0, foram dimensionados como canais
abertos para a remoção das vazões resultantes de chuvas com TR=5 anos.
Preconizou-se que a seção escavada permitir o escoamento das vazões sem a necessidade
de profundidades de escavações excessivas. Adicionalmente, por segurança, foram
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

utilizadas alturas de bordo livre, variáveis para cada faixa de vazão, de forma que o
incremento da área de escoamento fosse da ordem de 30 a 40%. Com isto a capacidade
dos drenos fica aumentada, permitindo o escoamento de vazões com TR>5,0 anos.

161
_____________________________________________________________________
O terreno natural ao longo do canal CP0 está situado abaixo do nível da berma salvo casos
excepcionais nos pontos mais elevados, onde as vazões serão menores. Assim, caso algum
trecho destes drenos venha a transbordar, numa situação excepcional, não colocará em
risco a segurança do canal de irrigação.
Estes drenos permitirão também a remoção de vazões provenientes do deságüe de drenos
(abertos ou subterrâneos) a ser eventualmente implantados no interior dos lotes. O sistema
foi projetado de forma que todas as parcelas disponham de, pelo menos, um ponto de
drenagem, por onde as águas poderão ser removidas.
Os bueiros sob o canal CP0 ou sob as estradas ao longo das adutoras foram dimensionados
para permitir a remoção das vazões com TR=25 anos sendo verificados para vazões com
TR=50 anos. Os trechos de drenos situados imediatamente a jusante destas obras foram
dimensionados para permitir a remoção destas vazões.

6.2 Aspectos Climáticos e Pedológicos


Os dados climatológicos utilizados e equação das chuvas utilizados neste estudo
complementar foram os mesmos do Projeto Básico. Quanto aos aspectos pedológicos,
foram utilizados os mapas resultantes do levantamento recente realizado para as terras
mais altas bem como os mapas existentes para as demais áreas.

6.2.1 Chuvas
Conforme já mostrado nos textos do Projeto Básico, a determinação das alturas de chuvas
em determinados tempos foi realizada utilizando-se a equação indicada a seguir, derivada
do tratamento dado às observações diárias, em estudo realizado pela PROTECS (Baixio de
Irecê - Estudo das condições de drenabilidade subterrânea das áreas irrigáveis e Prof.
Jaime Taborga Torrico - Práticas Hidrológicas – 1975) em 1981.

onde:
− P= altura da chuva (mm);
− t = duração da chuva em minutos;
− a = 23,7;
− b = 0,895;
− K = f(T);
− T = período de retorno (anos).
A aplicação da fórmula anterior, a partir dos dados calculados sobre 24 h, permite a
determinação de “K”, resultando:

Os valores calculados para K, para diversos períodos de retorno são apresentados no


1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

Quadro 6.1.

162
_____________________________________________________________________
Quadro 6.1: Valores de K=f(T)

Período de Retorno (T), em Anos K

2 30,07

5 40,76

10 47,85

20 54,57

25 55,56

50 63,31

100 68,89

6.2.2 Aspectos Pedológicos


Conforme estudos pedológicos anteriores e complementados recentemente, os solos da
área do empreendimento originaram-se, basicamente, dos calcários da formação caatinga e
das coberturas detríticas inconsolidadas, eventualmente laterizadas, denominadas
Formação Vazantes.
Os cambissolos e vertissolos oriundos daquela formação e latossolos e podzólicos
derivados da Formação Vazantes apresentam, de maneira resumida, as seguintes
características sob o ponto de vista da drenagem:
− cambissolos: possuem caráter carbonático e pequenas limitações de drenagem;
− podzólicos arenosos: não apresentam limitações por excesso ou deficiência de
drenagem;
− latossolos: têm textura variando de arenosa a média arenosa, não apresentando
nenhuma restrição de drenagem;
− vertissolos: apresentam baixas taxas de infiltração, textura argilosa e apresentam
limitações de drenagem; e
− cambissolos vérticos: apresentam um horizonte vértico subsuperficial com baixas taxas
de infiltração, textura argilosa e dessa maneira, praticamente inviabilizam
economicamente a implantação da drenagem subterrânea do perfil, sendo assim, em
sua grande maioria, descartados para uso sob irrigação.
Mantendo os critérios de drenagem adotados no Projeto Básico, os solos da área foram
divididos em dois grandes grupos, segundo suas características de drenabilidade:
− Grupo 1: os solos com textura predominantemente arenosa ou franca, compreendendo
as três primeiras classes listadas anteriormente; e
− Grupo 2: os solos vérticos, com textura argilosa ou franco-argilosa.
Os solos arenosos do primeiro grupo se concentram em uma pequena área situada nas
proximidades do início do canal CS1 enquanto que os demais solos deste grupo são
encontrados em manchas dispersas na área do Projeto. Da mesma forma, os solos do
segundo grupo são encontrados em praticamente toda a área do projeto, distribuídos em
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

grandes manchas.

163
_____________________________________________________________________
6.3 Parâmetros de Drenagem
O sistema de drenagem proposto para o empreendimento é composto de drenos naturais
(não escavados) e drenos artificiais (escavados). Os drenos escavados deverão apresentar
seções suficientes para permitir a remoção dos escoamentos excedentes das áreas
cultivadas, dentro de períodos que as plantas não venham a sofrer danos significativos.
Admite-se que trechos de drenos escavados situados em talvegues, tenham seção
suficiente para permitir a drenagem agrícola, porém transbordem durante o escoamento de
enxurradas.
Os drenos de proteção do canal CP0 serão escavados ao longo do lado direito do mesmo a
uma distância média de 30 metros do seu eixo. Terão seção suficiente para remover os
escoamentos com TR=5 anos, taludes 1,0(v):1,5(h) e declividade mínima possível. As
velocidades poderão variar de 0,40 a 1,2 m/s sendo que foram indicadas quedas hidráulicas
sempre que necessário para manter a velocidade dentro dos limites estabelecidos.

6.3.1 Condicionantes Hidrológicos da Drenagem


Os condicionantes hidrológicos indicados a seguir são os mesmos utilizados na elaboração
do Projeto Básico e foram mantidos para este Projeto Executivo.
Levando-se em conta as vantagens e limitações dos diversos métodos empíricos estudados,
para essa estimativa de vazões foram adotados os seguintes critérios para a determinação
das vazões em cada trecho de dreno e para cada bueiro:
− áreas de até 100 ha: Método Racional;
− áreas superiores a 100 ha: Soil Conservation Service (SCS), também conhecido como
Curva Número.
a) Bacias com até 100 ha
A vazão foi definida pela seguinte expressão:

onde:
− Qp: vazão de pico, em m³/s;
− C: coeficiente adimensional, relacionado com a parcela de chuva total que se transforma
em chuva excedente;
− I: intensidade da chuva em mm/h, considerada constante durante sua duração;
− A: área da bacia, em km²; e
− k: coeficiente de redução da área sendo k=1 para A<0,30ha, k=0,95 para 30ha<A<50ha
e k=0,9 para A>50ha.
O coeficiente adimensional “C”, chamado de coeficiente de escoamento superficial é função
de uma série de fatores, entre os quais a textura do solo, forma de ocupação da área e
declividade do terreno. Os coeficientes utilizados para as diferentes situações encontradas
estão mostrados no Quadro 6.2 adiante.
A intensidade da chuva (I) foi definida pela relação I=P/Tc, onde P é a precipitação em
mm/24h e Tc é o tempo de concentração. O Tc representa o tempo necessário para que, a
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

partir do início de uma chuva, todos os pontos da bacia de drenagem passem a contribuir
para uma dada seção.

164
_____________________________________________________________________
Para o cálculo do tempo de concentração utilizou-se o método preconizado pelo DNOS (o
qual fornece valores maiores que o método de Kirpich) e é apresentado a seguir.

onde:
− A: área da bacia, em km²;
− L: comprimento do talvegue, em km;
− I: declividade do talvegue, em m/m; e
− k = coeficiente característico do solo e da cobertura vegetal.
Os valores adotados foram os seguintes: k=3,0 para terreno comum, coberto de vegetação,
absorção apreciável, representados pelos arenosos e k=4,0 para terreno argiloso, coberto
de vegetação, absorção média reapresentados pelos solos franco-argilosos a argilosos.
b) Bacias com áreas maiores que 100 ha.
As vazões resultantes da drenagem de áreas maiores que 100 ha foram calculadas através
do método pelo Soil Conservation Service (SCS). O valor para a Curva-Número (CN) foi
determinado para as diversas condições de drenagem de solos que fazem parte das bacias
de drenagem externas e internas à áreas do empreendimento.
Avaliaram-se as condições de drenagem das diversas topologias e agruparam-se os
diferentes tipos de solos, coberturas vegetais e declividades predominantes nas diversas
porções das bacias de drenagem, obtendo-se os valores mostrados no Quadro 6.2.

Quadro 6.2: Coeficientes de Escoamento C e Valores das Curvas-Número CN para Estimativa das Vazões de
Drenagem do Projeto Baixio de Irecê

Bacias e sub- Textura Localização Método Bacias e sub-


Textura Ocupação
bacias (D) média do solo das áreas Racional bacias (D)

i = 0 a 5%:
1
0,10(1)
Externas ao
1 CN = 32 (4)
projeto
Arenosa a i = 5 a 10%:
D-14 (parte) (*) 2
areno-argilosa 0,20(1)

Internas ao i = 0 a 5%:
1 3 CN = 58 (5)
projeto 0,30(2)

i = 0 a 5%:
1
0,30(3)
Externas ao
2 CN = 56,5 (6)
projeto
D-14 (parte) e Argilo-arenosa i =5 a 10%:
2
demais drenos a argilosa 0,35(3)

Internas ao i = 0 a 5%:
2 3 CN = 71,2 (7)
projeto 0,40(3)

(*) – As obras relativas às bacias D-12, D-13 e D14 (parte) fazem parte do projeto executivo da Etapa 1ª, já implantado.
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

Os indicadores apontados no quadro anterior consideraram os seguintes aspectos:

165
_____________________________________________________________________
− (1) solos com textura arenosa, com cobertura vegetal tipo pastagens extensivas (50%)
ou floresta (50%);
− (2) solos com textura arenosa e cultivados;
− (3) solos com textura franca e cultivados;
− (4) solos do grupo hidrológico "A" ocupados com pastagens extensivas (50% da área)
com condição hidrológica boa (CN = 39) e com floresta (50% da área) com condição
hidrológica boa (CN=25), resultando um CN médio de 32;
− (5) solos do grupo hidrológico "A" ocupados com cultivos em fileiras estreitas em
contorno (CN=61) e com cultivos anuais em contorno (CN=55) com condição hidrológica
boa, resultando um CN médio igual a 58;
− (6) solos dos grupos hidrológico predominante "B" (terras mais elevadas e presença de
solos podzólicos) ocupados com pastagens nativas (50%) c/ CN=58 e com florestas
(50%) c/ CN=55, com condição hidrológica boa, resultando em CN=56,5;
− (7) solos dos grupos hidrológicos "B" e "C" ocupados cultivos em fileiras em contorno
(CN 73 a 81), com gramíneas/forrageiras (cana-de-açúcar) ou equivalente a pastagens
(CN 69 a 78) em 80% da área e com floresta em 20% da área (CN=55) com condição
hidrológica boa, resultando em CN=71,2.

6.3.2 Função e Localização dos Drenos


A rede de macrodrenagem proposta permite que cada lote agrícola disponha de pelo menos
um ponto de recepção e escoamento das águas da drenagem agrícola interna. Por este
ponto poderão ser escoadas as vazões decorrentes do escoamento superficial e,
eventualmente, da drenagem subterrânea (caso venha a ocorrer este tipo de demanda).
Cabe salientar que a drenagem interna dos lotes deverá ser de responsabailidade dos
irrigantes / proprietários dos mesmos. A definição, localização e implantação destes drenos
ficará, portanto, sob seu encargo. Quanto à oportunidade de implantação dos drenos
internos dos lotes caberá ao irrigante definir as prioridades em função dos cultivos
implantados e da necessidade de implantação destas infraestruturas.
Da mesma forma, os tipos de drenos bem como a intensidades de drenagem necessária
para cada lote decorre da distribuição dos tipos de solos na parcela (ao nível detalhado),
dos tipos de cultivos, dos métodos de irrigação utilizados e sistema de produção agrícola
adotado.
A eventual implantação de drenos complementares nos pontos mais baixos dos lotes,
essenciais para a remoção de vazões para os drenos escavados ora propostos ou para
drenos naturais (talvegues), poderá ser realizada no futuro, quando e onde a demanda de
drenagem venha a se manifestar. Para a implantação destes drenos é fundamental a
existência de cláusula no contrato de cessão de uso da área, que defina as condições de
acesso à área, restrições de ocupação e atividades para implantação e manutenção.
A implantação imediata de drenos de contorno ou de interceptação de vazões externas ao
empreendimento ou provenientes de lotes situados a montante não é recomendada. Isto
demandaria a implantação de grandes extensões de canais e respectivas obras de
dissipação (quedas) sem garantias de suas reais necessidades. As formas de cultivo das
terras, as obras de proteção contra a erosão das lavouras, a presença de eventuais áreas
inaptas ou preservadas em cada lote interferem nos volumes de água que escoam para
jusante. Portanto, recomenda-se que as obras de captação e de condução destas vazões só
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

sejam projetadas e implantadas após manifestada sua real necessidade.


A desconsideração destes aspectos demandaria a construção imediata de coletores de
contorno (de interceptação) na divisa dos lotes localizados nas encostas, com um provável
166
_____________________________________________________________________
superdimensionamento para receber toda a água proveniente da seja de lotes vizinhos seja
do restante da bacia contribuinte situado fora dos limites do projeto.
Pelo exposto, as obras de drenagem dimensionadas neste Projeto Executivo referem-se aos
drenos que permitam a operação da infraestrutura de irrigação (canais, estradas e adutoras
pressurizadas) bem como para fornecer pelo menos um ponto de macrodrenagem a cada
lote agrícola. A localização dos drenos antes descritos está indicada no Desenho GER-DRE-
01.

6.3.3 Características dos Drenos


Conforme os critérios definidos no Projeto Básico, procurou-se minimizar as intervenções
nas veredas bem como nos talvegues bem definidos. Neste sentido, as alterações
promovidas na calha das veredas serão aquelas estritamente necessárias para descarga
dos bueiros nos locais de travessia dos canais e estradas. Nos demais drenos, procurou-se
evitar escavações excessivas, utilizando-se ao máximo as condições naturais de drenagem.
A fim de atender a legislação vigente quanto à ocupação das margens dos cursos d’água e
para garantir as futuras condições de escoamento superficial e nos drenos, decorrente tanto
da chuva quanto das descargas eventuais do Projeto, previram-se faixas livres de ocupação,
com larguras variáveis, conforme descrito a seguir.
− A Vereda do Lajedo, não terá bueiros ou obras de porte nesta fase do projeto e,
portanto, não sofrerá intervenções na sua calha. Sua faixa de domínio terá largura
mínima de 80 m.
− Nas veredas e talvegues com calha bem definida e com presença de faixa de terras
inaptas para o cultivo não haverá intervenções na calha e será preservada uma faixa
com pelo menos 40 metros de largura. Estes talvegues poderão sofrer intervenções ao
longo de sua calha num trecho curto imediatamente a montante e a jusante dos bueiros
(até o fundo do dreno atingir a superfície do terreno).
− Nos talvegues mal definidos ou muito rasos, externos aos lotes ou essenciais para
permitir o escoamento da drenagem interna do lote, foram preconizados drenos que
serão escavados com seções suficientes para a remoção das vazões resultantes das
chuvas com TR=5 anos. A profundidade mínima destes drenos será da ordem de 1,5
metros (para permitir a drenagem superficial e, eventualmente, subterrânea das
parcelas). Admite-se que, em alguns trechos, as seções dos drenos não apresentem
capacidade para a remoção da vazão calculada apesar da profundidade do dreno ser
significativa (≥ 2,0 metros) evitando-se assim cortes excessivos. Será reservada uma
faixa de domínio de, pelo menos, 40 metros de largura, onde será implantado o dreno e
estrada de manutenção. A vegetação existente deverá ser preservada ao máximo
possível.
− Ao longo dos canais de irrigação e de alguns trechos de estradas de acesso aos lotes
serão implantados drenos de proteção, os quais foram dimensionados para permitir a
remoção das vazões resultantes das chuvas com TR=5 anos. Serão implantados dentro
dos limites da faixa de domínio dos canais e estradas e, sempre que possível,
apresentarão profundidade mínima de 1,5 metros para permitir a drenagem de parcela
adjacente. Admite-se que estes drenos possam transbordar nos trechos mais baixos,
desde que não interfiram na segurança dos canais e na operacionalidade das estradas.
Nos drenos implantados em talvegues mal definidos ou muito rasos, como é o caso do D-
15.6 e trechos do D-15.9), que apresentam elevadas vazões foram indicadas seções apenas
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

suficientes para orientar o fluxo da água e permitir a implantação futura de eventuais


sistemas de drenagem subterrânea. A profundidade mínima nestes trechos de dreno será

167
_____________________________________________________________________
da ordem de 1,5 metros enquanto que nos trechos a jusante dos bueiros esta profundidade
deverá ser suficiente para permitir a operação destas obras para TR=25 anos.
Nestes casos específicos, a seção projetada será menor que a necessária para remover a
vazão com TR=5 anos. Em conseqüência, eles transbordam durante os períodos de pico de
cheia. Mesmo assim, as seções dos drenos propostas permitem a remoção dos excedentes
hídricos dentro de um prazo compatível com a tolerância das culturas ficando a cargo da
calha dos talvegues naturais a condução das vazões que excederem à capacidade da seção
escavada. Neste sentido, conforme mencionado, será reservada uma faixa com, pelo
menos, 40 metros de largura como área de preservação permanente a qual servirá também
de faixa de escoamento de vazões excepcionais. Salienta-se que as áreas cultivadas
estarão situadas além desta faixa.
Pelas características naturais dos talvegues associadas à implantação dos drenos
propostos, o transbordamento não se estenderá por períodos significativos. Como os
tempos de concentração são relativamente curtos (menores que seis horas), a
macrodrenagem mostra-se razoavelmente eficiente, estimando-se que o período de
alagamento das faixas marginais aos drenos não excederá a um período de 12 a 24 horas.
Este período é tolerado pelas culturas preconizadas no plano agrícola, especialmente a
cana-de-açúcar.
Além destes tipos de drenos, poderá haver necessidade de implantar no futuro outros
drenos, à medida que ocorrerem demandas pontuais de drenagem (alagamentos,
encharcamentos, salinização, etc.) nos lotes. Estes drenos terão a função de remover
excessos hídricos através de lotes vizinhos ou áreas de terceiros até os drenos coletores de
uso comum.
Para a implantação destes drenos complementares será deixada uma faixa com, pelo
menos, 10 metros de largura, num dos limites ou nos locais de cotas mais baixas das
parcelas. Esta faixa será demarcada como área de domínio do perímetro, onde será vetado
o cultivo de bens de raiz e edificações de qualquer natureza.
No caso do dreno ter como objetivo atender necessidades de drenagem de áreas
alagadiças, a profundidade do dreno não deverá exceder de 2,0 m em relação ao limite da
depressão. Eventualmente, o fundo do dreno poderá aflorar nestas depressões, limitando-se
o esgotamento ao obtido por essa profundidade.
A partir destes critérios e utilizando-se a cartografia apresentada no Arranjo Geral do
Sistema de Drenagem da área com pedologia complementar posicionaram-se os diversos
tipos de drenos e respectivas faixas de domínio, resultando nas seguintes tipos:
− drenos naturais, sem intervenção na sua calha: D.14, D-15.6.1, D-15.6.3 (parcial);
− drenos agrícolas com seção escavada e com faixa de domínio de 40 m e implantação
com demais infraestruturas: D-15.4, D-15.6.3.1, D-15.6.3 (trechos a montante e a jusante
dos bueiros), D-15.6.6 e D-15.6 (trechos L3 e L4) e D-15.9;
− drenos de proteção do canal CP-0, a serem implantados total ou parcialmente na faixa
de domínio do canal, e
− valas de proteção das estradas ao longo das adutoras, com largura variável (1,0 a
2,0 m), a serem implantadas na faixa de domínio das estradas.
As quantidades (extensões) de drenos de cada tipo são as seguintes:
− drenos naturais (sem intervenções em sua calha): 8970 m;
− drenos agrícolas com seção escavada: 14.060 m;
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

− drenos de proteção do canal CP-0: 13.680 m;


− valas de proteção das estradas ao longo das adutoras: 15.485 m.

168
_____________________________________________________________________
As seções das calhas dos drenos naturais bem como dos drenos indicados para
implantação futura (se houver necessidade) não foram dimensionadas, apenas indicando
suas faixas de preservação de suas margens. As seções típicas destes drenos estão
mostradas no Desenho CAN-DRE-01.

6.4 Metodologia de Cálculo


Nos itens a seguir é apresentada a metodologia de cálculo hidráulico utilizada para definir as
vazões a serem removidas bem como as seções dos drenos a serem implantados.

6.4.1 Aspectos Gerais


A determinação das vazões para o dimensionamento dos drenos, bueiros e obras correlatas
do sistema de drenagem superficial foi realizada considerando os seguintes critérios
relativos aos aspectos pluviométricos:
− Tr = 5 anos para dimensionamento dos drenos agrícolas e de proteção dos canais;
− Tr = 25 anos para dimensionamento de bueiros e proteção de obras de concreto;
− Tr = 50 anos para verificação do funcionamento dos bueiros como orifício.
Sucintamente, o sistema de drenagem prevê os seguintes tipos de estruturas:
− drenos naturais (não escavados);
− drenos escavados para drenagem agrícola e de proteção dos canais;
− quedas hidráulicas para promover a dissipação de energia e manutenção da velocidade
de escoamento dentro dos limites estabelecidos;
− bueiros sob os canais e sob as estradas;
As bacias de drenagem contribuintes a cada trecho de dreno e a cada bueiro foram
delimitadas e suas áreas, distâncias e elevações determinadas a partir da cartografia do
Arranjo Geral do Projeto apresentada na escala 1:30.000. Para a estimativa das superfícies,
distâncias e desníveis das áreas externas ao empreendimento foram empregados os mapas
na escala de 1:100.000.
Para a denominação dos drenos desta área de estudos (área afetada pela complementação
dos estudos pedológicos), manteve-se a nomenclatura dos drenos a implantar indicada no
Projeto Básico e excluíram-se aqueles que não serão mais implantados. A presente etapa
de projeto inicia no dreno D-14 (dreno natural, não escavado) que desemboca no BU-CPO-
13 e vai até o km 42 do canal situado na margem esquerda da Vereda do Lajedo. Os
drenos situados na margem direita do canal CP0 desde o BU-CP0-13 até a Vereda do
Lajedo sofreram revisão no seu caminhamento e, em alguns casos de suas áreas de
drenagem. Os drenos a jusante do canal já foram implantados obedecendo as vazões e
caminhamentos propostos no Projeto Básico.
Os drenos, bueiros e outras obras foram representados no Desenho GER-DRE-01 onde
também estão mostradas as principais infraestruturas (canais e estradas) bem como as
bacias de drenagem. As áreas de drenagem, as características dos talvegues e vazões
obtidas para TR=5 anos utilizada para cálculo das seções dos drenos estão mostradas no
Voume 5 – Memorial de Cálculo.
As áreas de drenagem bem como as vazões correspondentes com TR= 5 anos, TR=25
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

anos e TR=50 anos que passam nos bueiros sob o canal (BU) e estradas (BUE) estão
apresentadas no Volume 5 – Memorial de Cálculo.

169
_____________________________________________________________________
6.4.2 Dimensionamento dos Drenos e Quedas
Os procedimentos de cálculo utilizados neste estudo foram, de maneira geral, os mesmos
adotados no Projeto Básico e são reapresentados a seguir, com eventuais ajustes nos
aspectos julgados necessários para o presente caso.

6.4.2.1 Definição das Seções dos Drenos


Na fase de Projeto Básico, para dimensionamento da seção dos drenos escavados adotou-
se taludes com inclinação de 1,0:1,0 (V:H) para solos franco-argilosos a argilosos,
encontráveis na área estudada. Porém, nesta fase de Projeto Executivo, frente à frequente
erosão de taludes escavados em decorrência das enxurradas optou-se por utilizar taludes
mais abatidos nos cortes dos drenos. Por esta razão, aumenaram-se os níveis de
segurança, adotando-se taludes com inclinação de, no máximo, 1,0:1,5 (V:H).
Quanto às velocidades máximas admissíveis de escoamento nos drenos , em função do
predomínio dos solos franco-argilosos, adotou-se v≤1,20 m/s. Procurou-se utilizar
velocicades na faixa de 0,5 m/s até 1,0 m/s, alcançando 1,20 m/s somente em casos
excepcionais. As velocidades mínimas adotadas foram de 0,40 m/s.
As vazões e seus incrementos foram calculados para trechos definidos pelas confluências
de drenos, incremento de área drenada, pela mudança brusca de declive, presença de
obras (bueiros), etc. Admitiu-se que a vazão será constante para cada trecho assim definido.
Para o dimensionamento da seção do dreno utilizou-se fórmula de Manning adotando-se o
coeficiente de rugosidade “n” igual a 0,035, adequado para o dimensionamento dos canais
de drenagem abertos e escavados em terra.
As larguras das bases menores dos drenos foram definidas em função das vazões a serem
conduzidas por cada trecho de canal. Sempre que necessário estas larguras foram
modificadas para que as alturas de água nos drenos fossem muito pequenas que venham a
dificultar futuras eventuais obras para drenagem subterrânea. Buscou-se obter
profundidades da ordem de 1,0 a 1,5 metros.
A produndidade a ser escavada nos drenos foi definida pela altura da lâmina de água
acrescida de um bordo livre (“free-board”). A previsão de bordo livre nestes drenos se
justifica pela necessidade de incrementar a segurança drenagem agrícola que utiliza
vazões com TR=5 anos. O incremento de seção proporcionado pelo bordo livre é da ordem
de 30% a 40%, suficiente para melhorar significativamente a capacidade do sistema de
drenagem. A altura adotada do bordo livre foi proporcional às vazões para cada trecho de
canal, conforme mostrado no Quadro 6.3 a seguir.

Quadro 6.3: Dimensões da base menor e bordo livre dos drenos para diferentes classes de vazões

Faixas de vazões (m³/s) Base menor "b" (m) Bordo livre ("fb" (m)

0,0 1,0 1,0 0,15

1,0 2,0 1,0 0,15

2,0 4,0 1,5 0,25


1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

4,0 8,0 4,0 0,30

8,0 12,0 6,0 0,35

170
_____________________________________________________________________

Faixas de vazões (m³/s) Base menor "b" (m) Bordo livre ("fb" (m)

12,0 18,0 8,0 0,40

18,0 30,0 12,0 0,45

>30,0 12,0 0,60

As elevações do terreno ao longo dos drenos foram obtidas através de levantamento


topográfico específico. Assim, foi possível obter as dimensões das seções do dreno para
para cada trecho e, em seguida, calcular os volumes de movimento de terra, áreas
desmatadas e quantidades de materisis para a confecção das quedas.
Os drenos cujo talvegue é bem definido (“encaixado”) e cujas margens não serão cultivadas
por serem terras são inaptas para agricultura irrigada (drenos D-15.6.1 e D-15.6.3) serão
sua seção mantida inalterada. Propõe-se intervenções somente em pequenos trechos (50-
100 m) nos trechos situados a montante e a jusante dos bueiros. O dreno D-15.6. por
conduzir vazões muito elevadas (±50 m³/s) ao longo de talvegue aberto e relativamente
plano, sofrerá intervenção parcial, através da implantação de seção com cerca de 2,0 m de
profundidade que permitirá o transporte de cerca de 20% da vazão com TR=50 anos e
transbordará por ocasião das enxurradas. Como suas velocidades serão baixas e suas
margens vegetadas não deverá sofrer danos siginifcativos. Os demais drenos serão
escavados com seção suficiente para conduzir as vazões com TR=5 anos mais um “free-
board”.
A implantação dos drenos obedecerá, em princípio, aos seguintes procedimentos:
− Definição da faixa de off-set da seção de projeto de cada dreno, variável, trecho a
trecho, à medida que muda a vazão de drenagem e a distância em relação pontos
notáveis (quedas e bueiros). O eixo desta faixa será o eixo do dreno e seu ponto inicial
será o vértice mais a montante de seu traçado.
− A faixa de “off-set” envolverá a largura da seção (boca) do dreno, a largura da estrada de
manutenção (4,0 m), uma faixa suplementar mínima de 1,5 m entre o bordo da seção
escavada e o bordo da estrada. Além disto, será reservada uma faixa adicional de 5,0 m
ao longo da margem oposta à estrada, destinada a servir como área de depósito
temporário dos materiais escavados, para posterior remoção até locais de bota-fora.
− Desmatamento e limpeza em toda a largura da faixa de “off-set” e da faixas adicionais
(estrada de manutenção, faixa suplementar e faixa adicional). As faixas adicionais
somam, em média, 12 metros
− Reimplantação do eixo e marcação das faixas de off-set de escavação do dreno. Nesta
fase dos trabalhos, a faixa lateral excedente servirá como caminho de serviço para a
execução das obras.
− Escavação dos drenos, implantação da estrada de serviços (através da reutilização de
materiais escavados no dreno) e remoção do material excedente para os locais de bota-
fora.
− Proteção vegetal dos taludes e faixa no topo dos cortes através da utilização de plantas
de baixo porte (de preferência gramíneas) e de alta resistências às secas.
− Transporte, disposição e espalhamento do material de bota-fora em áreas previamente
escolhidas.
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

Para a proteção vegetal dos taludes dos drenos bem como para a vegetação das faixas
situadas ao longo do topo de corte dos mesmos poderá ser utilizado o capim “buffel” ou

171
_____________________________________________________________________
similar, semeado em pequenas covas (escarificações) nos taludes e a lanço nas faixas.
Outros tipos de vegetação altamente resistente à falta de água poderão ser utilizados de
forma complementar.
Os solos a serem protegidos deverão receber adubação orgânica e/ou química em
quantidade suficiente a fim de facilitar a consolidação da vegetação. A fim de proteger a
superficie do solo, permitir a manutenção de umidade e facilitar a germinação das sementes
bem como o desenvolvimento inicial das plantas poderão ser utilizados em locais mais
críticos proteções baseadas em geotexteis, “esteiras” de capim (nativo ou não) ou soluções
similares devidamente fixadas aos taludes,
As características antes apresentadas para as seções dos drenos são usualmente utilizadas
em sistemas de drenagem agrícola e de drenagem para proteção de obras hidráulicas.
Drenos assim implantados tem se comportado razoavelmente bem em diferentes perímetros
de irrigação. Se, apesar da proteção vegetal implantada, venham a ocorrer danos aos
taludes dos cortes, poderão ser utilizadas obras complementares de drenagem as quais
terão a finalidade de captar as vazões de forma parcelada e direcionar as mesmas até o
fundo dos drenos sem erodir os taludes. Estas obras são esquematicamennte mostradas na
Figura 6.1 e podem ser assim descritas:
− valetas de drenagem ao longo dos caminhos de manutenção ou ao logo do topo da
escavação, constituindo-se “drenos de topo”;
− rampas (em degraus ou lisas), em concreto armado ou ciclópico, para a condução com
segurança da água desde o topo da escavação até o fundo do dreno;
− obra de aproximação da água (passagem molhada, bueiro ou similar) para o início da
rampa e proteções em pedra argamassada, de acordo com as condições específicas de
cada caso.
Em razão das seções avantajadas necessárias para a condução das vazões esperadas na
área da Etapa 2 propõe-se que a implantação dos drenos que conduzem as vazões em
direção aos bueiros sob o canal CP0 seja hierarquizada e realizada de acordo com o grau
de importância e de urgência de cada dreno.
Propõe-se que os drenos sejam implantados de forma concomitante com a implantação das
obras de uso comum (canais de irrigação, estradas e bueiros) e com a efetiva ocupação das
terras com lavouras obedecendo a seguinte sequência de prioridade:
1) drenos de proteção ao canal CP0;
2) valetas de proteção das estradas;
3) trechos de drenos imediatamente a montante e a jusante dos bueiros;
4) drenos agrícolas D-15.4, D-15.6.6 e D-15.9; E
5) drenos agrícolas D-15.6.3.1 e D-15.6 (trechos L3 e L4).
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

172
_____________________________________________________________________

Figura 6.1: Alternativas de proteção de taludes dos drenos escavados nos pontos de desemboque de
enxurradas

6.4.2.2 Características das Quedas Hidráulicas


Com o objetivo de manter o escoamento das águas nos drenos escavados dentro dos
limites de velocidade permissíveis foram propostas estruturas para quedas hidráulicas.
Estas estruturas permitem a dissipação da energia decorrente da mudança brusca de nível
e fornecem condições para uma transição tranqüila entre os trechos de montante e de
jusante do dreno no local onde ocorre a queda.
Estas estruturas serão construídas em concreto armado e concreto ciclópico. Para proteção
dos taludes dos drenos nos trechos situados imediatamente a montante e a jusante das
quedas será utilizada alvenaria de pedra argamassada e, eventualemnte, pedra-de-mão
arrumada.
As alturas das quedas serão variáves e definidads de forma a dissipar com eficiência o
excesso de energia. A altura mínima de que da será de 0,50 m podendo alcançar cerca de
2,0 em casos excepcionais.
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

Os procedimentos de projeto são dependentes das consições particulares de cada local e


dependem, de maneira geral, dos procedimentos descritos a seguir. Para a definição das

173
_____________________________________________________________________
dimensões das quedas foi utilizada a metodologia proposta por Gary P. Merkley1 com
pequenos ajustes às condições locais de projeto.
As características dimensionais das quedas estão representadas na Figura 6.2 seguir sendo
que os valores das variáveis foram obtidos conforme descritos na sequência.

Figura 6.2: Características hidráulicas de queda hidráulica

A metodologia adotada para cálculo das quedas é a seguinte:


− definição das vazões (Q) de projeto para cada trecho dos drenos;
− definição dos desníveis disponíveis para a implantação das quedas em cada local
previsto;
− cálculo da altura da lâmina (hd) de água no canal a jusante da queda em função das
seção, declividade, rugosidade, etc.) usando a equação de Manning;
− definição da largura da base da queda (Bq), adotando-se Bq = b +Hd, onde “b” é base
menor do dreno e “Hd” é a profundidade do dreno imediatamente a montante da queda a
qual inclui um bordo livre (“fb”);
− cálculo da profundidade crítica da água (hc):

− cálculo da profundidade do colchão de amortecimento (yc):

− cálculo da altura total da água no interior da bacia de dissipação (ht):

onde “hd” é a altura da lâmina de água a jusante da queda. Se o valor de ht calculado não
atende a relação ht≥2,15hc aumentar a largura da queda (Bq) e recalcular a altura crítica (hc).
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

1
Gary P. Merkley - Irrigation Conveyance and Control: Flow Measuremente and Structure Design – Lecture Note 26 –
Energy Dissipation Structures – Utah State University

174
_____________________________________________________________________
− a profundidade da queda (yq) é calculada com base na variação do nível do fundo do
canal sendo que o valor obtido poderá ser menor que zero. Se yq>0 pode-se aumentar a
cota do vertedouro (topo da queda) criando uma parede no fundo do dreno.
− distância da “veia líquida” a partir da parede da queda (xf) para a situação sem bacia de
amortecimento será:

− distância ao ponto de contato com o nível da água na bacia de dissipação (xt):

− distância de contato da “veia líquida” com o fundo da bacia, na hipótese de haver bacia
de amortecimento (xs):

− distância média de contato da “veia líquida” com o fundo da bacia (xa) medido a partir da
parede de montante:

− distância desde o ponto de contato definido por “xa” até a face de montante dos blocos
de dissipação no fundo da bacia (xb):

− distância desde a face de montante dos blocos até o final da bacia de dissipação (xc):

− comprimento da bacia de dissipação (L):

− altura dos blocos (hb):


− largura dos blocos (wb):
− comprimento dos blocos (Lb):
− altura da parede de montante (hpm): , onde o coeficiente 1,1 é um
incremento de altura para permitir um bordo livre sobre o terreno.
Nos locais junto às quedas, onde os drenos são mais rasos, poderão ocorrer
transbordamentos por ocasião de chuvas excepcionais. A fim de reduzir os riscos para as
estruturas, poderão ser construídos diques para desviar as vazões excedentes para locais
com taludes protegidos com pedras argamassadas (ou material equivalente) orientando-as
através de “bypass”, para jusante, conforme mostrado na Figura 6.3 a seguir.
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

175
_____________________________________________________________________

Figura 6.3: Queda Hidráulica com Dique Transversal e Desvio de Emergência (“Bypass”)

Os corpos das quedas (paredes verticais e fundo) serão construídos em concreto armado
enquanto que as paredes e fundos das transições das entradas e saída serão construídas
em concreto ciclópico. Os taludes e fundos dos drenos, imediatamente a montante e a
jusante das quedas serão protegidos com alvenaria de pedra argamassada numa espessura
média de 0,20 m.
Foram definidas três classes de espessuras das paredes e das lajes destas obras em
função das alturas máximas das paredes. Estas dimensões estão mostradas no Quadro 6.4
a seguir.
Quadro 6.4: Espessuras das paredes e lajes da queda

Altura max parede (m) "e" parede estrut (m) "e" parede ciclóp. (m) "e" laje ciclóp. (m)

"H"<1,5m 0,15 0,20 0,15

"H" >3,0m 0,20 0,30 0,20

1,5m<"H"<3,0m 0,20 0,25 0,20

O Desenho CAN-DRE-47 mostra as características hidráulicas e dimensões das quedas


propostas.
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

6.4.2.3 Rampas de Descida até a Entrada dos Bueiros sob o Canal CP0
Os bueiros sob o canal principal CP0 tiveram suas galerias implantadas em níveis muito
profundos em relação aos níveis do terreno natural. Isto demandou o projeto de estruturas
176
_____________________________________________________________________
especiais para conduzir as vazões afluentes com segurança desde o final dos drenos até as
transições de entrada daqueles bueiros.
O final de alguns drenos que concorrem para os bueiros acima poderá demandar queda ou
rampa de descida (em degraus) para alcançar a cota de entrada dos bueiros. Quando o
desnível entre o final do dreno e o fundo do bueiro era maior que 2,0 m utilizaram-se rampas
em degraus.
O Quadro 6.5 a seguir relaciona o tipo de obra demandada em cada situação.

Quadro 6.5: Quedas Hidráulicas e rampas nas entradas dos bueiros sob o canal CP0

Nome do Bueiro Nome do Dreno Vazão (m3/s) Tipo de Obra Desnível (m)

BU-CP0-14 D-15.4.1 4,09 Queda 1,8

D-15.4.2 1,98 Queda 1,0

D-15.4 16,21 Queda 1,6

BU-CP0-15 D-15.6.1.1 1,97 Queda 2,5

D-15.6.1.2 3,06 Rampa c/ degraus 4,0

D-15.6.1 12,26 Queda 1,6

BU-CP0-16 D-15.6.3.2 1,36 Rampa c/ degraus 5,0

D-15.6.3.3 0,78 Rampa c/ degraus 4,4

D-15.6.3 10,39 Rampa c/ degraus 3,9

BU-CP0-17 D-15.6.3.1.1 0,61 Rampa c/ degraus 4,7

D-15.6.3.1.2 3,17 Rampa c/ degraus 4,9

D-15.6.3.1 17,29 Rampa c/ degraus 4,0

BU-CP0-18 D-15.6.5 2,30 Rampa c/ degraus 4,0

D-15.6 59,70 Queda 1,9

As quedas junto às entradas dos bueiros foram dimensionadas conforme descrito


anteriormente. Estas quedas, pelo fato de descarregarem junto à entrada dos bueiros e
sobre terreno revestido com pedra argamassada podem prescindir de “colchão de
amortecimento” e suas transições de saída poderão ser em canal retangular, sem prejuízo
de seu funcionamento.
As dimensões das rampas em degraus foram definidas conforme preconizado pelo DNIT. As
alturas e larguras dos degraus utilizados foram de 0,40 m e 0,60 m, respectivamente. As
rampas terão uma declividade de 1,0:1,5 e seu comprimento foi calculado considerando esta
taxa e o desnível entre o fundo do dreno e a cota de fundo do bueiro.
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

Para definir a largura da rampa foi utilizado o seguinte critério: foram definidas as
características dos bueiros que seriam necessários para conduzir as vazões transportadas
pelos drenos que deságuam nas rampas. De posse destas características (p. ex. BDTC

177
_____________________________________________________________________
ø=120) entrou-se na tabela do DNIT que fornece a largura da rampa (“a”) e a altura útil
sobre o degrau (“b”). A rampa descarregará as vazões diretamente sobre o fundo em pedra
argamassada da grande “caixa coletora” a ser construída em frente à embocadura do
bueiro.
As rampas serão construídas em concreto armado com exceção das transições das suas
entradas que serão construídas em concreto ciclópico.
As dimensões das quedas e das rampas que descarregam nos bueiros BU-14 até BU-18
estão mostradas nos desenhos CAN-DRE-47 até CAN-DRE-52 (plantas) e CAN-DRE-54 até
CAN-DRE-58 (cortes).

6.4.3 Dimensionamento dos Bueiros


No Projeto Baixio de Irecê foi prevista a implantação destas obras nos locais de cruzamento
dos drenos (naturais ou escavados) com canais de irrigação e com as estradas principais,
sendo previstos bueiros tubulares e celulares.
Os bueiros sob o canal CP0, onde deságuam os drenos implantados nas terras da margem
direita do canal CP-0 já foram implantados a partir das características hidráulicas definidas
no Projeto Básico. Portanto, neste Projeto Executivo, foram redefinidos e detalhados bueiros
somente para os locais de travessia das estradas principais, sendo identificados apenas
cinco: BUE-01, BUE-02, BUE-2.1 BU-CS2-01 e BUE-06. Os nomes dos bueiros indicados
no Projeto Básico foram mantidos para facilitar eventuais futuras comparações. As obras
novas receberam denominação específica.
Em função das elevadas vazões que passam por estes locais será necessário implantar
bueiros celulares cujas dimensões foram determinadas conforme os seguintes critérios:
− vazão de dimensionamento para TR=25 anos, definida a partir do cálculo de vazões
conforme critérios de drenagem já mencionados;
− declividade longitudinal do bueiro igual ou inferior à declividade crítica;
− coeficiente de Manning (n) para concreto igual a 0,015;
− relação H = d/0,80, com uma folga mínima de 0,25d;
− velocidade máxima igual a 4,0 m/s.
No caso dos bueiros BUE2.1 e BUE-6, face à impossibilidade de utilizar aterros de
recobrimento adequados, embora as vazões não muito elevadas, optou-se por utilizar
galerias de concreto. Desta forma, caso necessário, a laje superior do bueiro poderá ser
utilizada como pista, sem prejuízo à estrutura.
De posse dos valores de Q, I e n calcula-se KQ, determinando-se B e d simultaneamente.

De posse dos valores de B e d, obtém-se Kv e, conseqüentemente, v para o regime crítico:


1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

178
_____________________________________________________________________

As vazões obtidas estão mostradas no Quadro 6.6 enquanto que as características


hidráulicas dos bueiros estão indicadas no Quadro 6.7, a seguir.

Quadro 6.6: Vazões Afluentes aos Bueiros das Estradas ao Longo das Adutoras

“L”
Dreno Desnív. Área Declivi- Valor C Valor Vazão Vazão Vazão
Nome da talve-
(trecho a talve- drenagem dade (Mét. CN TR=5 TR=25 TR=50
obra gue
jusante) gue (m) (ha) (m/m) Racional) (SCS) (m3/s) (m3/s) (m3/s)
(m)

BU-CS2- D-15.6.6-
1.080 1,0 1.011 0,0009 0,25 71,20 12,14 24,69 32,45
01 L4

BUE-01 D-15.4-L2 2.880 24,5 336 0,0085 0,25 71,20 5,34 11,43 15,27

D-15.6.3-
BUE-02 15.810 98,5 1.760 0,0062 0,25 66,60 8,16 21,28 29,80
L2

BUE-2.1 D-15.6.3.3 640 8,5 7 0,0133 0,25 71,20 0,45 0,61 0,70

BUE-06 D-15.9-L2 4.360 7,5 369 0,0017 0,25 65,54 4,35 8,85 11,62

Quadro 6.7: Características Hidráulicas dos Bueiros das Estradas Principais

Local Cota
"L" Cota terr Decliv. Veloc.
Nome do Nome do (km) fundo Tipo de Nº “B” “H”
total mont Tipo
Bueiro Dreno do no eixo bueiro Cél. Cel. Cel. (m/m) (m/s)
(m) (m)
dreno (m)

BU-CS2-01 D-15.6.6 0,255 9,00 411,00 408,80 BDCC C 2 2,0 2,0 0,0060 3,90

BUE-01 D-15.4 2,650 9,00 415,45 413,80 BDCC C 2 1,5 1,5 0,0060 3,20

BUE-02 D-15.6.3 2,585 9,00 416,70 414,50 BDCC C 2 2,0 2,0 0,0055 3,73

BUE-2.1 D-15.6.3.3 0,100 6,00 409,00 407,90 BSCC C 1 1,0 0,7 0,0055 2,29

BUE-06 D-15.9 4,510 8,00 410,84 409,19 BDCC C 2 1,5 1,0 0,0055 3,04

As entradas e saídas dos bueiros serão protegidas por transições (bocas) de concreto, de
forma a ajustar a seção trapezoidal dos drenos para a seção do bueiro. Adicionalmente, foi
preconizada a proteção em pedra argamassada dos taludes escavados a montante e a
jusante dos bueiros.
A seção escavada dos drenos imediatamente a montante ou a jusante dos bueiros será
revestida de pedra argamassada numa extensão de, no mínimo, 2,5 vezes a altura da
lâmina de água do dreno, conforme “Small Canal Structures, Chapter VII”.
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

179
_____________________________________________________________________
6.5 Planilhas de Dimensionamento e Quantidades
A visualização do caminhamento dos drenos bem como de suas diversas interferências
estão identificadas na Planta de Arranjo Geral (Desenho GER-DRE-01).
Os perfis longitudinais dos drenos foram obtidos utilizando-se as informações topográficas e
os perfis geotécnicos. A localização das quedas, a posição do fundo dos drenos, da linha do
terreno e linha da água foi calculada tendo por base as vazões, as seções hidráulicas e o
perfil do terreno. Estas informações estão apresentadas em tabelas no Volume 5 – Memorial
de Cálculo bem como nos desenhos dos drenos.
Para determinar as quantidades de desmatamento, considerou-se que as faixas de
vegetação a serem removidas serão aquelas correspondentes à boca do canal além de 5,0
metros de cada lado do dreno. Estas faixas servirão para implantação da estrada de
manutenção e/ou espaço para depósito temporário de materiais escavados e, ainda, para
trânsito de máquinas e equipamentos.
Para a estimativa dos volumes de escavação de materiais de 1ª categoria utilizou-se como
base as profundidades definidas pelas sondagens realizadas ao longo dos drenos. Para os
drenos de proteção do canal CP0 foram utilizadas as sondagens realizadas para a
implantação do mesmo, uma vez que os drenos serão implantados junto ao limite da faixa
de domínio do canal, a cerca de 30 m do seu eixo. Para os drenos que fluem em direção
aos bueiros sob o canal CP0 foram realizadas sondagens ao longo de seus caminhamentos
através de poços de inspeção que alcançaram a produndidade de 2,0 m ou até o
impenetrável.
O dreno D-15.6.6, que cruza a adutora FP-04, foi a exceção à regra. Ele teve suas
características geotécnicas determinadas a partir das sondagens realizadas ao longo do
eixo da mencionada adutora uma vez que o terreno é plano, homogêneo sob os aspectos
pedológicos e cobertura vegetal, não havendo indícios visuais de alterações geológico-
geotécnicas (dolinas, afloramentos, etc.). As sondagens realizadas indicaram que o terreno
se apresentou impenetrável a uma profundiade média de 0,95 m a qual foi adotada como
limite de transição de materiais de 1ª e 2ª categoria ao longo do perfil deste dreno.
As sondagens realizadas estão apresentadas nos desenhos dos perfis de todos os drenos
que serão escavados permitindo uma confrontação dos tipos de materiais encontrados com
as profundidades de escavação necessárias.
As sondagens foram realizadas a espaçamentos variáveis, em função do gau de
importância das obras e de inspeções de campo. Nos drenos ao longo do canal dispõe-se
de sondagens muito próximas entre si (da ordem de 100 m ou menos). O espaçamento
entre as sondagens adotado ao longo dos demais drenos foi maior, podendo variar desde
100 m nos drenos nos drenos onde as inspeções visuais indicaram maior heterogeneidade
até 400-500 m nos terrenos que se apresentaram visualmente mais homogêneos.
Admitiu-se que a influência de cada sondagem alcança uma distância igual ao espaçamento
entre os poços de inspeção e que neste intervalo as características geotécnicas do terreno
se mantém constantes.
Para efeito de cálculo dos volumes de movimentos de terra, foram considerados materiais
de 1ª categoria os solos ou agregados que não necessitam de escarificação para
escavação. Neste sentido, os drenos apresentarão materiais de 1ª categoria até, pelo
menos, a profundidade amostrada.
Considerou-se que os materiais de 2ª categoria as rochas brandas ou agregados que
necessitam de escarificação para escavação. Sua espessura variará para cada trecho e,
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

como as sondagens realizadas através de poços de inspeção são compatíveis apenas com
materiais de 1ª categoria, admitiu-se que as camadas de solos de 2ª categoria alcançarão

180
_____________________________________________________________________
0,50 metros em média. Esta espessura é frequentemente constatada em escavações para
este tipo de obra.
Os materiais de 3ª categoria são representados pelas rochas muito duras ou rochas sãs,
que necessitam de explosivos ou rompedores para escavação. Admitiu-se que estes
materiais ocorrerão a partir da camada de material de 2ª categoria, uma vez que não foram
constatados nas inspeções realizadas.
A estimativa das quantidades de serviços para implantação dos drenos considerou a
escavação, carga e transporte dos materiais de 1ª, 2ª e 3ª categorias, até a distância de 1,0
km. Considerou-se também uma distância média para momento extraordinário de
transporte, até os locais de utilização ou de bota-fora estimadas em 5,0 km. Admitiu-se que
20% dos volumes escavados serão utilizados a distâncias de até 1,0 km do local de
escavação (principalmente para conformar a estrada de manutenção dos drenos) e que 80%
dos volumes serão transportados por mais 5,0 km até os demais locais de uso ou de bota-
fora.
Para a determinação das quantidades de serviços e de materiais necessários para a
implantação das quedas hidráulicas calcularam-se os volumes adicionais de escavação
mecânica, regularização de taludes e materiais para a confecção das quedas em concreto
armado, pedra argamassada e pedra arrumada.
Da mesma forma, para a determinação das quantidades de materiais e serviços necessários
para a implantação dos bueiros consideraram-se os volumes de escavação de materiais de
1ª, 2ª e 3ª categoria, reutilização de 20% dos materiais escavados até a distância de 1,0 Km
e o transporte para até mais 2,0 km dos demais volumes escavados. As quantidades de
materiais para os bueiros foram determinadas para cada.
No Volume 5 – Memorial de Cálculo são apresentadas as planilhas de dimensionamento
hidráulico dos canais de drenagem, das estruturas de quedas bem como as planilhas com
os quantitativos de movimentos de terra e de obras (quedas e bueiros).
Um resumo das quantidades de serviços para a implantação dos drenos é mostrado no
Quadro 6.8 enquanto que as quantidades de materiais e serviços para as quedas hidráulicas
estão indicadas no quadro Quadro 6.9 a seguir.

Quadro 6.8: Quantidades de serviços para a implantação dos drenos da Etapa 2 a montante do canal CP0

Serviços Unit. Quant

Desmatamento e limpeza da área m² 580.952

Escavação de valas em mat 1a. cat. e DMT até 1000m m³ 260.715

Escavação de valas em mat 2a. cat. e DMT até 1000m m³ 37.495

Escavação de valas em mat 3a. cat. e DMT até 1000m m³ 30.217

Momento extraordinário de transporte de mat. de 1ª e 2ª cat m³.km 1.192.838

Momento extraordinário de transporte de mat. 3ª cat m³.km 120.868

Regularização de taludes de valas m² 166.265

Proteção vegetal de taludes e topo dos cortes m² 249.284


1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

181
_____________________________________________________________________
Quadro 6.9: Quantidades de materiais e serviços para a implantação das quedas nos drenos a montante do
canal CP0

Materiais e serviços Unid. Quant.

Escav mecân de valas em mat de 1ª cat, DMT=1000m m³ 4.207,71

Escav mecân de valas em mat de 2ª cat, DMT=1000m m³ 807,14

Escav mecân de valas em mat de 3ª cat, DMT=1000m m³ 945,90

Regulalrização (e=5cm) de taludes e fundo de valas, com deposição lateral m² 7.861,22

Reaterro com material local, compactado manualmente m³ 3.699,56

Fornecimento e execução de enrocamento de pedra arrumada m³ 0,00

Fornecimento e execução de alvenaria de pedra argamassada m³ 768,82

Concreto de regularização, fck = 9 MPa m³ 200,86

Concreto estrutural, fck = 20 MPa m³ 871,63

Concreto ciclópico m³ 577,25

Formas planas de compensado, inclusive transporte m² 7.212,69

Armaduras com vergalhões de aço CA-50 (fornec, dobra e colocação) kg 68.219,45

6.6 Quantidades e Custos


As quantidades de materiais e de serviços necessários para a implantação dos drenos e
suas obras de arte bem como os seus custos estão apresentados no Volume 4 –
Quantitativos e Orçamentos.
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

182
_____________________________________________________________________

7 REDE VIÁRIA
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

183
_____________________________________________________________________

7 REDE VIÁRIA
A Rede Viária da Etapa 2 do Projeto Baixio de Irecê consiste de um conjunto de estradas de
operação e manutenção a serem implantadas ao longo do canal CP-0 bem como ao longo
das adutoras pressurizadas.

7.1 Estradas Laterais do CP-0


Ao longo do CP-0 foram previstos estradas laterais que possibilitarão a circulação no
perímetro irrigado, bem como a operação e manutenção das obras.

7.1.1 Generalidades
Essas estradas deverão ser executadas, sempre que possível com greide colante ao terreno
natural. No entanto, devem ter características geométricas mínimas que possibilitam o
tráfego, tanto no que se refere à seção geométrica transversal, como em relação ao seu
perfil longitudinal.
Com esses objetivos, as seções destas estradas laterais foram detalhadas conforme
apresentado nos Desenhos CP0-TER-02, CP0-TER-03 e GER-VIA-02.
Os pontos definidos como “Interseções” correspondem às obras previstas ao longo do Canal
CP-0 e que estão detalhadas em desenhos específicos.

7.1.2 Projeto Estrutural


As passarelas sobre o canal CP0, são destinadas ao tráfego de pedestres. O cálculo das
solicitações foi realizado com programa de análise estrutural que leva em conta
automaticamente o peso próprio, portanto serão levantadas apenas as sobrecargas.
Na fundação foi adotada uma tensão admissível de σadm = 2,0kgf/cm² para carregamento
excepcional e σadm = 1,5kgf/cm² para normal.
Os Quadros a seguir (Quadro 7.1 aoQuadro 7.5) apresentam um resumo do quantitativo das
passarelas PA-03, PA-03A, PA-04, PA-05 e PA-06, respectivamente.

Quadro 7.1: Resumo do quantitativo da passarela PA-03

Discriminação Total Unidade

Concreto Estrutural fck=22MPa 17 m³

Concreto de Regularização 0,80 m³

Formas Planas de Madeira 114 m2

Aço CA-50 1470 kg

Apóio de neoprene 100<100<2mm 4 Un


1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

184
_____________________________________________________________________

Quadro 7.2: Resumo do quantitativo da passarela PA-03A

Discriminação Total Unidade

Concreto Estrutural fck=22MPa 17 m³

Concreto de Regularização 0,80 m³

Formas Planas de Madeira 115 m2

Aço CA-50 1480 kg

Apóio de neoprene 100<100<2mm 4 Un

Quadro 7.3: Resumo do quantitativo da passarela PA-04

Discriminação Total Unidade

Concreto Estrutural fck=22MPa 16,50 m³

Concreto de Regularização 0,80 m³

Formas Planas de Madeira 110 m2

Aço CA-50 1430 kgf

Quadro 7.4: Resumo do quantitativo da passarela PA-05

Discriminação Total Unidade

Concreto Estrutural fck=22MPa 16,50 m³

Concreto de Regularização 0,80 m³

Formas Planas de Madeira 110 m2

Aço CA-50 1430 kgf

Quadro 7.5: Resumo do quantitativo da passarela PA-06

Discriminação Total Unidade

Concreto Estrutural fck=22MPa 16,50 m³

Concreto de Regularização 0,80 m³

Formas Planas de Madeira 110 m2


1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

Aço CA-50 1430 kg

Apóio de neoprene 4 un

185
_____________________________________________________________________

A memória de cálculo e o croqui do projeto estrututal das passarelas será apresentado no


volume de anexos.
Para o projeto estrutural das pontes (PO-03, PO-05 e PO-06) do canal integrante do Projeto
Baixio Irecê, foram considerados as dimensões de referência do projeto básico da referida
ponte.
O projeto foi executado seguindo as prescrições das normas brasileiras, em especial a NBR-
6118. Os quadros (Quadro 7.6 ao Quadro 7.8) a seguir apresentam um resumo do
quantitativo das pontes.

Quadro 7.6: Resumo do quantitativo da ponte PO-03 localizada no km 27+100

Discriminação Total Unidade

Concreto Estrutural fck=22MPa 130 m³

Concreto de Regularização 5 m³

Formas Planas de Madeira 540 m2

Quadro 7.7: Resumo do quantitativo da ponte PO-05 localizada no km28+290

Discriminação Total Unidade

Concreto Estrutural fck=22MPa 125 m³

Concreto de Regularização 4 m³

Formas Planas de Madeira 530 m2

Aço CA-50 11800 kgf

Aparelho de apóio Neoprene fretado


(200x250x20mm) 4 un

Quadro 7.8: Resumo do quantitativo da ponte PO-06 localizada no km 41+450

Discriminação Total Unidade

Concreto Estrutural fck=22MPa 89 m³

Concreto de Regularização 3 m³

Formas Planas de Madeira 510 m2

Aço CA-50 9000 kgf


1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

Aparelho de apóio Neoprene fretado


(200x250x20mm) 4 un

186
_____________________________________________________________________

A memória de cálculo e o croqui do projeto estrututal das pontes será apresentado no


Volume 5 – Memórial de Cálculo.

7.2 Estradas do Longo das Adutoras


Ao longo das adutoras pressurizadas foram propostas e projetadas estradas principais com
revestimento primário cuja função é permitir o acesso aos lotes bem como a operação e
manutenção das adutoras pressurizadas.

7.2.1 Traçado e Projeto das Estradas


As estradas principais (EP) ao longo das adutoras serão construídas com o objetivo de
proporcionar acesso aos lotes agrícolas, facilitando o escoamento das safras e priorizando
as condições de comercialização.
As condicionantes básicas de traçado destas estradas foram o próprio parcelamento da área
que definiu a divisão em lotes para empresários agrícolas e a disposição das adutoras de
distribuição de água. A nomenclatura destas estradas está relacionada ao nome das
adutoras onde se localizam conforme segue:
EP-FP01
onde: EP – estrada principal; FP03 – tubulação forçada principal nº 03.
Os principais elementos de projeto utilizados na definição destas estradas são:
− velocidade de projeto: 30km/h;
− raio de curvatura suficiente para manobra de veículos tipo C (caminhões ou ônibus;
− rampa máxima: 12%;
− largura mínima da pista de rolamento (mão dupla): 6m;
− largura do acostamento: 2m;
− tipo de superfície de rolamento: revestimento primário.
O projeto das vias foi desenvolvido tendo como premissa principal a sua adaptação às
necessidades do Projeto de Irrigação Baixio de Irecê, no que ao acesso aos lotes bem como
para o transporte da produção e atividades de manutenção das infraestruturas de uso
comum (adutoras e elevatórias).
Dentro deste pressuposto foram definidas as faixas de domínio destas estradas principais
com 17,0m de largura a fim de atender a diversas exigências destas vias. Para uma
adequada implantação e operação estas estradas necessitam dos seguintes espaços:
− pistas de rolamento: 6,0m;
− acostamentos: 2x2,0m;
− drenos e valetas: 2x2,5m;
− faixa de proteção: 2x1,0m.
Algumas seções típicas destas estradas são mostradas no Desenho GER-VIA-02 no
Volume 5 – Peças Gráficas.
Como o traçado das estradas sofreu forte influência de outros aspectos relacionados ao
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

projeto de irrigação, algumas características do projeto geométrico foram delineadas em


função da existência destes limitadores. Assim, por exemplo, as curvas horizontais foram

187
_____________________________________________________________________
definidas em função do traçado das adutoras, resultando traçados onde as curvas
horizontais contam com pequenos raios de curvatura.
No que se refere à altimetria, buscou-se projetar greides colantes sempre que possível, visto
que a topografia é muito uniforme e praticamente plana. Nas travessias de talvegues, onde
serão implantados bueiros celulares, serão utilizados aterros a fim de atender as
necessidades de recobrimento das obras.
A passagem das vazões de drenagem nos talvegues mais pronunciados, via de regra, será
realizada através de bueiros parcialmente aterrados. Nos casos que os talvegues são muito
suaves e as vazões de pequeno porte foram preconizadas passagens molhadas. Isto
ocorreu ao longo da adutora ER2 e ER4.

7.2.2 Terraplenagem e Revestimento das Pistas


No projeto destas estradas definiu-se que seu subleito deverá possuir um Índice Suporte de
Projeto mínimo de 7% (ensaio CBR) e expansão máxima de 2%. Assim, todo subleito que
apresentar capacidade de suporte inferior ao estabelecido deverá ser reforçado ou removido
e substituído por solos que atendam o ISP adotado.
Conforme indicado anteriormente, o greide de terraplenagem destas estradas foi definido
como aderente ao terreno natural (greide colante), com um mínimo movimento de terras
(cortes e aterros) sendo adotado um gabarito com largura de 6,0m para a pista de
rolamento.
Estas estradas foram concebidas com revestimento do tipo primário, a ser executado com
camada de cascalho areno-argiloso, com espessura de 20cm.

7.2.3 Drenagem
As obras complementares destas estradas constituem-se nas valetas de drenagem, nos
bueiros e passagens molhadas.
As valetas de drenagem têm a função de interceptar e remover a água que escoa dos
terrenos a montante em direção às pistas, direcionando-a para locais que não venham a
sofrer erosão. Estas valetas, por estarem situadas em terrenos de baixa declividade
(raramente excedem a 1,0%) terão seus taludes revestidos com grama, não necessitando
de revestimentos especiais como concreto ou pedra argamassada. As seções típicas destas
valetas obedecem aos critérios definidos pelo DNIT, conforme mostrado na Figura 7.1 a
seguir.

Figura 7.1: Seção típica de valeta de proteção das estradas ao longo das adutoras
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

Os bueiros são obras essenciais para proteger as estradas, pois impedem que estas vias se
tornem barreiras para o escoamento superficial, especialmente nos talvegues e pequenos

188
_____________________________________________________________________
cursos de água que compõem o sistema de drenagem natural. Nos talvegues menos
pronunciados e que drenam pequenas bacias foram propostas passagens molhadas. Ao
longo das adutoras das Estações de Recalque ER1 até ER5 foram previstos cinco bueiros
cujas vazões já indicadas anteriormente no Quadro 6.6, enquanto que as suas
características dimensionais foram mostradas no Quadro 6.7.
O detalhamento hidráulico dos bueiros é apresentado nos Desenhos 1455a-D-BUE-HID-01
até 1455a-D-BUE-HID-01 no Volume 2 - Desenhos.
Priorizando a adoção de um greide de terraplenagem colante, em alguns pontos optou-se
por substituir o uso de bueiros por passagens molhadas executadas em concreto ciclópico,
com o objetivo de diminuir a ocorrência de grandes aterros bem como escavações a jusante
para o escoamento da água. Foram previstas quatro obras.
Tendo em vista a necessidade de adequar as seções das passagens molhadas às curvas
verticais do greide das estradas, foram dimensionadas como canais de seção transversal
parabólica. Elas terão largura da pista de igual largura da estrada e inclinações longitudinais
aproximadamente iguais às das pistas naqueles pontos. O cálculo hidráulico e
características dimensionais destas obras estão mostradas adiante, na Figura 7.2, Figura
7.3 e Figura 7.4.
ga
O Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta o cálculo das vazões de projeto
das passagens molhadas. O detalhamento destas obras está apresentado no Desenho
CAN-DRE-53.

Quadro 7.9: Cálculo das Vazões Afluentes às Passagens Molhadas

Nome da obra Tr Desnível Área dren. H/L Tc (h) i Vazão


(anos) (m) (ha) (m/m) DNOS (mm/h) (m³/s)

PM-2.1 – EP-FP04 5,00 5,00 21,9 0,0054 0,53 67,41 1,03

PM-2.2 - EP-FP04 5,00 9,50 41,5 0,0093 0,52 67,74 1,62

PM-01 – EP-FP06 5,00 1,50 43,1 0,0021 0,90 49,61 1,23


1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

189
_____________________________________________________________________

Figura 7.2: Passagem molhada (PM-01) na Estrada da Adutora FP.06 (Elevatória ER-4)

Figura 7.3: Passagem Molhada (PM-2.1) na Estrada da Adutora FP.04 (Elevatória ER-2)
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

190
_____________________________________________________________________

Figura 7.4: Passagem Molhada (PM-2.2) na Estrada da Adutora FP.04 (Elevatória ER-2)
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

191
_____________________________________________________________________

8 FICHA TÉCNICA
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

192
_____________________________________________________________________

8 FICHA TÉCNICA
Apresentam-se a seguir as principais características da Etapa 2 do Projeto Baixio de Irecê
incluindo a localização, as obras já executadas e as obras a executar. A Etapa 2
corresponde ao trecho do Canal CP-0 desde o km 27,02 até o km 42,00 bem como as
demais estruturas distribuídas ao longo do canal.

8.1 Localização
A área do Projeto Baixio de Irecê compreende uma superfície irrigável de 59.631ha e está
localizada a cerca de 500km da cidade de Salvador, ao norte da região do médio São
Francisco, no Estado da Bahia. Situa-se entre os paralelos 10°24’ e 10°39’ ao Sul, e entre
os meridianos 42°05’ e 42°35’, a Oeste de Greenwich . A Figura 1.1 a seguir ilustra a
macrolocalização da área do Projeto.
A delimitação da área do projeto está inserida, na sua quase totalidade, na bacia do rio
Verde, afluente da margem direita do rio São Francisco, a montante do reservatório de
Sobradinho. A altitude de suas terras varia desde 395m, junto às margens do rio São
Francisco, até 440m na parte mais elevada da área irrigável.
O acesso à área do Projeto se dá principalmente através da rodovia pavimentada BA-052,
que liga a cidade de Xique-Xique a de Feira de Santana, interligando-se então à malha
viária nacional através da BR-116. A ligação existente entre o local do início do projeto
(tomada de água no rio São Francisco) e a cidade de Xique-Xique é realizada através de
estrada vicinal, não pavimentada, numa distância de cerca de 40km.

8.2 Objetivos
O Projeto Baixio de Irecê/BA foi concebido inicialmente como um projeto público de
irrigação, estando entre os três principais projetos da CODEVASF atualmente em execução.
Pela concepção original, a forma de exploração agrícola previa a participação de pequenos
produtores em cerca de 20% da área, sendo que o restante da mesma seria subdividido em
lotes para médios produtores e empresários. Os métodos de irrigação preconizados são
predominantemente pressurizados (cerca de 70% da área) e, em menor escala, irrigação
por gravidade, específicamente para algumas áreas exploradas por grandes empresários.
No entanto, está em análise pelo empreendedor uma adequação do projeto com objetivo de
sua possível inclusão em contratos de Parceria Pública Privada (PPP) que assegurem
recursos financeiros à continuidade da sua implementação.
A implantação das obras do Projeto foi prevista para execução em Etapas, sendo
inicialmente definida como prioritária a construção da Etapa 1A, correspondente à tomada
d’água junto à margem direita do Rio São Francisco e o trecho inicial do canal principal de
irrigação (CP-0), numa extensão de 27,02 km.
A Figura 8.1 a seguir apresenta o arranjo geral das obras executadas.
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

193
_____________________________________________________________________

MACROLOCALIZAÇÃO LOCALIZAÇÃO DO PROJETO

PROJETO ÁREA DO
PROJETO
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

Figura 8.1: Localização do Projeto Baixio de Irecê

194
_____________________________________________________________________

8.3 Características Principais do Projeto

8.3.1 Áreas de Projeto


De forma resumida, as áreas e formas de exploração previstas para esta Etapa 2 são
mostradas no Quadro 8.1.

Quadro 8.1: Distribuição das Áreas e Quantidades de Lotes da Etapa 2

Tipo de Exploração Área (ha) Lotes

Superfície Global 19.549,51

Superfície Agrícola Útil (SAU) 12.248,49

Áreas Inaptas para Irrigação 6.930,69

Áreas para Infraestrutura 370,34

Lotes para Empresas (frutas) 4.333,62 10

Lotes para Empresas (cana-de-açúcar) 7.914,86 15

8.3.2 Sistema de Captação e Condução d’Água


A água a ser utilizada para irrigação das terras desta Etapa 2 é captada no rio São
Francisco de onde é recalcada, através de adutora até o início do Canal Principal (CP-
0). A partir deste local a água é distribuída aos setores e lotes de irrigação.
A parte da estação de bombeamento principal (EBP – Módulo 1) que atende a Etapa
1A e a Etapa 2 apresenta as seguintes características:
− Vazão: 10,65m³/s;
− Nº de grupos motobomba: 3 unidades com vazão unitária de 3,55m³/s;
− Altura manométrica: 25,5m.c.a.;
− Potência nominal por grupo: 1.260kW;
− Adutora em aço: uma linha com ∅ 2.100mm e 275,28m de extensão.
O canal CP-0 foi projetado com seção trapezoidal, com revestimento do tipo rígido-
flexível, constituído de uma geomembrana impermeável (e = 1mm) protegida por
placas de concreto simples com 5cm de espessura nos taludes e 7cm de espessura
na base. A regulação é do tipo misto com controle de nível a montante e jusante,
mediante o emprego de comportas telecomandadas.
O trecho de canal construído na Etapa 2 inicia no km 27,02 e se estende até o km
42,0. Apresenta uma largura da base igual a 7,0m até o km 32+100 e de 6,0m desde o
km32+100 até o final. A travessia na ponte-canal PC-01 será realizada em calha de
seção retangular com 3,0 m de base. O trecho de canal desta etapa apresente as
seguintes características:
− Extensão: 14,98km;
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

− Taludes 1,0:1,5 (V:H);


− Largura de fundo: variável de 7,0m até 3,0m;

195
_____________________________________________________________________
− Reguladores de nível: 1 unidade
− Extravasores de emergência: 1 unidade
− Tomada para canal secundário CS-02: 1 unidade
− Tomada d’água para estações de recalque (ER): 5 unidades
− Tomadas para médios produtores e empresários: 12 unidades
− Pontes: 4 unidades
− Passarelas: 5 unidades
− Bueiros celulares: 5 unidades.

8.3.3 Sistemas de Distribuição, Drenagem e Viário


O Sistema de Distribuição da Etapa 2 é constituído de estações de pressurização (EP)
e Adutoras Pressurizadas. Os quadros (Quadro 8.2 e Quadro 8.3) abaixo resumem as
principais características técnicas das Estações de Recalque (ER) e suas adutoras
pressurizadas.

Quadro 8.2: Principais Características das Estações de Recalque (ER)

Estações Qtde Vazão Vazão AMT Rendim. Potência Potência


de bombas Bomba Bomba Bomba Bomba BHP Motor
ER 1 3 280 1.008 32 85 140,6 200

ER 2 3 450 1.620 31,5 84 225 250

ER 3 3 440 1.584 20,5 84 143,2 250

ER 4 3 220 792 19 85 65,6 75

ER 5 3 220 792 19 85 65,6 75

Quadro 8.3: Principais Características das Adutoras Pressurizadas

Estação de Trechos Extensão (m) Vazão (l/s) Diâmetro


Recalque (mm)
ER 1 1-2 1.070 518,1 600

0-1 2.234 803,7 800

ER 2 1-4 157 718,3 700

2-3 423 274 600

1-2 5 612 700

0-1 2.165 1.330,30 1.000

ER3 2-3 276 637,4 600

1-2 1.100 1.176,20 900

0-1 820 1.310,20 900


1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

ER 4 0-1 2.940 649,5 700

ER 5 0-1 2.310 637,2 800

196
_____________________________________________________________________
O Sistema de Drenagem da Etapa 2 é constituído de drenos abertos, dissipadores de
energia (quedas e rampas) e bueiros. Sua função é permitir a remoção da água de
drenagem das áreas irrigáveis direcionando-as para os bueiros sob o canal CP-0 e
para os talvegues naturais. Alguns drenos naturais (talvegues) não sofrerão
interferência em suas seções enquanto que outros poderão ser implementados em
horizontes de longo prazo, dependendo da ocorrência ou não de problemas de
drenagem nos lotes agrícolas. Complementarmente, os drenos escavados
possibilitarão a implantação de sistemas de drenagem agrícola subterrânea.
Os taludes dos drenos agrícolas (a montante do CP-0) serão 1,0(V):1,5(H) enquanto
que dos drenos de descarga dos bueiros serão 1,0(V):1,0(H).
Obras de drenagem que confluem para os bueiros sob o Canal CP-0:
− drenos naturais (sem intervenções em sua calha): 8.970 m;
− drenos agrícolas com seção escavada: 16.100 m;
− drenos agrícolas com seção escavada (eventual implantação futura): 3.560 m;
− drenos de proteção do canal CP-0: 13.680 m;
− valas de proteção das estradas ao longo das adutoras: 13.445 m;
− bueiros celulares sob as estradas ao longo das adutoras: 5 unidades;
− quedas hidráulicas ao longo dos drenos: 56 unidades;
− transições (com quedas e rampas com degraus) na entradas dos bueiros sob o
CP0: 5 unidades.
Obras de drenagem a jusante dos bueiros sob o Canal CP-0:
− drenos abertos para condução da descarga dos bueiros: 15,342 km.
O Sistema Viário da Etapa 2 é composto de estradas em terra revestidas com material
granular, normalmente laterítico. Os principais tipos de estadas são os seguintes:
− Estrada de Operação e Manutenção (EOM) na margem esquerda do canal CP-0,
com pista de 6,0 m numa extensão de 15,24km;
− Estrada de Acesso aos Lotes (EAL) na margem direita do canal CP-0, com pista
de 4,0 m, e extensão de 13,62 km;
− Estradas Principais de acesso aos lotes ao longo das adutoras pressurizadas, com
pista de 6,0 m e extensão de 13.760 m.
1455a-R-PEX-MDE-01-00.doc

197

Você também pode gostar