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08/04/2020

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PILARES PILARES EM CONCRETO ARMADO


EM DIMENSIONAMENTO E DETALHAMENTO
CONCRETO
ARMADO
Profª Sarah Greicy Ferreira de Jesus
DIMENSIONAMENTO Engenheira Civil;
E DETALHAMENTO Especialista em estruturas de Concreto Armado;
Engenheira de Segurança do Trabalho.
Contato:
sarah.jesus@kroton.com.br

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Pilares Pilares-parede
“Elementos lineares de eixo reto, “Elementos de superfície plana ou casca cilíndrica,
usualmente dispostos na vertical, em que usualmente dispostos na vertical e submetidos
as forças normais de compressão são preponderantemente à compressão. Podem ser compostos
preponderantes.” (ABNT NBR 6118:2014, por uma ou mais superfícies associadas. Para que se tenha
item 14.4.1.2) um pilar-parede, em alguma dessas superfícies a menor
dimensão deve ser menor que 1/5 da maior, ambas
consideradas na seção transversal do elemento estrutural.”
(ABNT NBR 6118:2014, item 14.4.2.4)

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Pilares-parede Grupos
Podemos subdividir os pilares em dois grandes grupos: Pilares de contraventamento e
Pilares contraventados.

Os pilares de contraventamento tem como função principal resistir às ações


horizontais (vento). Normalmente estas estruturas são:

● Paredes ou pilares de grandes dimensões;


● Caixas de elevadores e escadas;
● Estruturas treliçadas;
● Pórticos, etc.

Estes pilares possuem elevada rigidez e, como consequência, absorvem a maior parte
das ações horizontais.

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Grupos Classificação dos pilares quanto a posição

Pilar de centro ou intermediário Pilar de extremidade ou borda Pilar de canto


Os demais pilares da estrutura fazem parte dos pilares
contraventados. Fonte: BASTOS (2017)

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Classificação dos pilares quanto a posição Classificação dos pilares quanto a posição
a) Pilar de centro ou intermediário b) Pilar de extremidade ou borda

São pilares onde teoricamente só existe São solicitados por uma força de
força de compressão, como por exemplo, compressão e um momento agindo em
quando existe continuidade das vigas e um dos eixos principais de inércia, como
lajes que chegam nesse pilar. por exemplo quando existe interrupção
das vigas e lajes que chegam nesse pilar
Pilar de centro ou intermediário
Pilar de extremidade ou borda
Fonte: BASTOS (2017)
numa determinada direção.
Fonte: BASTOS (2017)

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Classificação dos pilares quanto a posição Solicitações nos pilares


c) Pilar de canto 1) Compressão simples
São solicitados por uma força de Também chamada de compressão
compressão e dois momento agindo nos centrada, é o tipo de compressão
eixos principais de inércia, como por onde a carga é aplicada no centro Fonte: BASTOS (2017)

exemplo quando existe interrupção das


geométrico do pilar. Os pilares
vigas e lajes que chegam nesse pilar nas
Pilar de canto
submetidos à compressão simples
duas direções.
Fonte: BASTOS (2017) são os pilares de centro.

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Solicitações nos pilares Solicitações nos pilares


2) Flexão composta a) Flexão composta normal

Na flexão composta ocorre a atuação conjunta de força Existe a força normal e um


normal e momento fletor sobre o pilar. Há dois casos: momento fletor em uma direção (X
ou Y). Este momento fletor gera
Fonte: BASTOS (2017)
uma excentricidade na carga. Os
a) Flexão composta normal (reta)
pilares submetidos à flexão
b) Flexão composta oblíqua composta normal são os pilares de
extremidade.

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Solicitações nos pilares Excentricidade


b) Flexão composta oblíqua A força normal que atua em um pilar de seção retangular
pode ser aplicada no seu centro geométrico, gerando uma
Existe a força normal e dois
momentos fletores, relativos às duas compressão centrada, a uma distância do centro e sobre
direções principais do pilar (X e Y). um dos eixos de simetria, gerando uma flexão composta
Estes momentos fletores geram uma Fonte: BASTOS (2017) normal, e em um ponto qualquer da seção, gerando uma
excentricidade na carga. Os pilares

submetidos à flexão composta


flexão oblíqua. A estas distâncias denominamos
oblíqua são os pilares de canto. excentricidades.

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Excentricidade Excentricidade
Estas excentricidades chamadas de excentricidades de 1ª ordem são
divididas em:

a) Excentricidade inicial;

b) Excentricidade acidental;

c) Excentricidade de forma;

d) Excentricidade suplementar ou fluência;


Fonte: BASTOS (2017)
e) Momento fletor mínimo;

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Excentricidade Excentricidade
a) Excentricidade inicial b) Excentricidade acidental

Em estruturas de edifícios de vários É a excentricidade que pode ocorrer pela incerteza na localização da
andares, ocorre um monolitismo nas força normal ou desvio do eixo da peça durante a construção, em relação
ligações entre vigas e pilares que à posição prevista no projeto. Segundo a ABNT NBR 6118:2014 no item
Fonte: BASTOS (2017)
11.3.3.4 as imperfeições geométricas do eixo dos elementos estruturais
compõem os pórticos de concreto
podem ser divididas em dois grupos: imperfeições globais e imperfeições
armado. A excentricidade inicial, oriunda
locais.
das ligações dos pilares com as vigas
neles interrompidas, ocorre em pilares
de borda e de canto.

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Excentricidade Excentricidade
Imperfeição global: Na análise global das estruturas reticuladas, sejam Imperfeição local: No caso de elementos que ligam pilares
elas contraventadas ou não deve ser considerado um desaprumo dos contraventados a pilares de contraventamento, usualmente vigas e lajes,
elementos verticais. deve ser considerada a tração decorrente do desaprumo do pilar
contraventado.

θ1min = 1/300 para estruturas reticuladas


e imperfeições locais;
θ1máx = 1/200;
Fonte: ABNT NBR 6118:2014
H é a altura total da edificação em metros;
n é o número de prumadas de pilares no pórtico plano.
Fonte: ABNT NBR 6118:2014

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Excentricidade Excentricidade
Imperfeição local: No caso do dimensionamento ou verificação de um Admite-se que, nos casos usuais de estruturas reticuladas, a
lance de pilar, deve ser considerado o efeito do desaprumo ou da falta de consideração apenas da falta de retilineidade ao longo do lance de pilar
retilineidade do eixo do pilar seja suficiente.

Fonte: ABNT NBR 6118:2014

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Excentricidade Excentricidade
c) Excentricidade de forma d) Excentricidade devido à fluência

Quando os eixos das vigas não passam pelo De acordo com a ABNT NBR 6118:2014 a consideração da fluência deve
centro de gravidade da seção transversal do obrigatoriamente ser realizada em pilares com índice de esbeltez λ > 90
pilar, as reações das vigas apresentam
excentricidades que são denominadas
excentricidades de forma. As
excentricidades de forma, em geral, podem
ser desprezadas no dimensionamento dos
pilares.

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Excentricidade Excentricidade
e) Momento fletor mínimo
Quando os momentos atuantes no pilar
Segundo a ABNT NBR 6118:2014 no item 11.3.3.4.3 o efeito das
imperfeições locais nos pilares pode ser substituído em estruturas
são muito pequenos ou zero, o
reticuladas pela consideração do momento mínimo, dado pela seguinte projeto de pilares deve se basear sobre
fórmula:
uma excentricidade mínima haja
vista o ocorrido do momento fletor
Nd = força normal solicitante de cálculo
mínimo.
h = dimensão da seção transversal na direção considerada, em metros

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Efeitos de 2ª ordem Efeitos de 2ª ordem


São aqueles efeitos que se somam aos obtidos em uma análise Não-linearidade geométrica: corresponde aos efeitos adicionais
de 1ª ordem (em que o equilíbrio da estrutura é estudado na provenientes do deslocamento horizontal das estruturas, e
configuração geométrica inicial), quando a análise do equilíbrio ocasionam, o aparecimento de acréscimos de esforços.
passa a ser efetuada considerando a configuração deformada.

Estes efeitos são oriundos de dois tipos de não-linearidades, a


não-linearidade geométrica e a não-linearidade física dos
pilares.

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Efeitos de 2ª ordem Efeitos de 2ª ordem


A ABNT NBR 6118:2014 nos relata
Não-linearidade física: leva em conta que sob a ação de cargas verticais e
que os materiais que horizontais, os nós de uma estrutura
compõem a seção de concreto deslocam-se horizontalmente. Os
esforços de 2ª ordem decorrentes
armado, aço e concreto,
desses deslocamentos são
possuem comportamentos mecânicos chamados efeitos globais de 2ª
distintos. ordem.

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Efeitos de 2ª ordem Efeitos de 2ª ordem


No estado não deformado da
estrutura, o momento fletor na base
será M = V·L

No estado deformado da estrutura, o


momento fletor na base será

M = V·L+ P·∆

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Efeitos de 2ª ordem Efeitos de 2ª ordem


As estruturas são consideradas, para efeito de cálculo, de nós fixos, Para classificar a estrutura quanto à deslocabilidade horizontal dos
quando os deslocamentos horizontais dos nós são pequenos e, por nós, e permitir a avaliação da importância dos esforços globais
decorrência, os efeitos globais de 2ª ordem são desprezíveis (inferiores de 2ª ordem e suas conseqüências no projeto estrutural da
a 10 % dos respectivos esforços de 1ª ordem). Nessas estruturas, basta
edificação, estudamos os coeficientes GAMA Z (γz) e ALFA (α)
considerar os efeitos locais de 2ª ordem.

● Estruturas de nós fixos (à estruturas indeslocáveis)


As estruturas são consideradas de nós móveis quando os efeitos
globais de 2ª ordem são importantes, devendo ser considerados, ● Estruturas de nós móveis (à estruturas deslocáveis)
obrigatoriamente, tanto os esforços de 2ª ordem globais como os locais.

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Efeitos de 2ª ordem Efeitos de 2ª ordem


Nas barras da estrutura, como um lance de Os efeitos locais de 2ª ordem
pilar, os respectivos eixos não se mantêm dependem basicamente do índice
retilíneos, surgindo aí efeitos locais de 2ª de esbeltez do pilar analisado e da
ordem que, em princípio, afetam principalmente
compressão a que ele está
os esforços solicitantes ao longo delas.
submetido.

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Dimensionamento de pilares
Efeitos de 2ª ordem
A ABNT NBR 6118:2014 define 4 métodos através dos quais os O principal esforço no pilar é o normal de
efeitos locais de 2ª ordem podem ser avaliados: compressão.

1. Pilar-padrão com curvatura (1/r) aproximada;


2. Pilar-padrão com rigidez k aproximada; A principal causa de ruptura em pilar é o
problema flambagem (uma espécie de flexa lateral).
3. Pilar-padrão acoplado a diagrama N,M,1/r;
A flambagem ela ocorre de forma repentina (ou seja,
4. Método geral. sem aviso prévio).

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Dimensionamento de pilares Esbeltez


Condição de travamento dos pilares Um indicador excelente das condições de flambagem
de uma peça comprimida é o chamado de índice de
esbeltez (λ ).

λ é pois, uma medida numérica de tendência de


um pilar em flamba.

Um exemplo de pilar 5 é uma estaca de fundação cravada em um solo Quanto maior λ , pioram-se as condições de
muito resistente. flambagem.

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Esbeltez Esbeltez
A esbeltez (λ) é um parâmetro adotado como referência Considerando o índice de esbeltez, os pilares podem ser
para consideração dos efeitos da flambagem em pilares. classificados em:
A flambagem é um fenômeno de instabilidade de
a) Pilares curtos, quando λ ≤ λ1;
equilíbrio que pode provocar a ruptura de uma peça b) Pilares medianamente esbeltos, quando 35 < λ ≤ 90;
submetida à compressão, antes de se esgotar a sua
c) Pilares esbeltos, quando 90 < λ ≤ 140;
capacidade resistente. d) Pilares muito esbeltos, quando 140 < λ ≤ 200;
A ABNT NBR 6118:2014 não admite pilares com índice de esbeltez superior a 200, exceto aqueles
com pouca compressão, força normal inferior a 0,10 * fcd * Ac, por exemplo, os postes.

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Esbeltez Esbeltez
a) Pilares curtos, quando λ ≤ λ1 c) Pilares esbeltos, quando 90 < λ ≤ 140

A norma dispensa a verificação dos esforços locais de 2ª É obrigatória a consideração dos esforços locais de 2ª ordem e
ordem. a consideração da fluência.

b) Pilares medianamente esbeltos, quando 35 < λ ≤ 90 d) Pilares muito esbeltos, quando 140 < λ ≤ 200

É obrigatória a consideração dos esforços locais de 2ª ordem. Na análise dos efeitos locais de 2ª ordem, devem-se multiplicar
os esforços solicitantes finais de cálculo por um coeficiente
adicional γn.

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Esbeltez Esbeltez
O índice de esbeltez é definido pela relação: Onde:
λ = Índice de esbeltez;
K.L K = Características do pilar (liberdade de fletir);
OU I = Raio de giração;
I – Momento de inercia em relação ao eixo que mais tem condições de
flambar, ou seja, o que dá menor I;
Onde:
A= área da seção (cm ²);
le é o comprimento equivalente de flambagem do pilar na direção L = altura do pilar (cm);
considerada
i é o raio de giração da seção geométrica do pilar na direção considerada

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Esbeltez
Esbeltez Calculando ‘λ’ para vários pilares:
Obs: O produto K.L é chamado comprimento de flambagem
Momento de inércia calcula
(Lfl). usando o menor eixo (30 cm).

Para o : L = 300 cm

Tipo 1 → K = 1 20 cm
Tipo 2 → K = 2
Tipo 3→ K = 0,5
30 cm
Tipo 4 → K = 0,7
Tipo 5 → K = 0. Não ocorrerá flambagem.

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Esbeltez Esbeltez
Calculando ‘λ’ para vários pilares:
Calculando ‘λ’ para vários pilares:

K.L 2.300
i 5,8
Acima de 90 não é bom
Entre 35 e 90 a norma prevê.

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Esbeltez
Esbeltez
Calculando ‘λ’ para vários pilares: O raio de giração é definido pela relação:

I é o momento de inércia da seção em relação aos eixos baricêntricos

A é a área da seção transversal de concreto

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Esbeltez Esbeltez Limite


Para pilares retangulares temos: A ABNT NBR 6118 (2014) nos diz que os esforços locais de 2ª ordem em
elementos isolados podem ser desprezados quando o índice de esbeltez
for menor que o valor-limite λ1 estabelecido pela equação:

le é o comprimento equivalente de flambagem do pilar na direção


considerada
e1 é a excentricidade de 1ª ordem (não inclui a excentricidade acidental)
h é a dimensão da seção transversal na direção considerada
h é a dimensão da seção transversal na direção considerada

ab é um coeficiente em função do tipo de pilar de acordo com a ABNT NBR 6118:2014

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O comprimento equivalente de flambagem, de acordo com a ABNT NBR O comprimento de flambagem de uma barra isolada depende das
6118:2014 no item 15.6 é definido por: vinculações na base e no topo, conforme os esquemas mostrados:

lo é a distância entre as faces internas dos elementos


estruturais, supostos horizontais, que vinculam o pilar;

h é dimensão da seção transversal na direção considerada

l é a distância entre os eixos dos elementos estruturais aos


quais o pilar está vinculado.
Fonte: BASTOS (2017)
Fonte: BASTOS (2017)

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Detalhe dos pilares Detalhe dos pilares

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Roteiro para cálculo de pilares Roteiro para cálculo de pilares

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Exercício padrão Exercício padrão


A engenheira civil Sarah Greicy solicitou a você o cálculo do pilar P1 (pilar de
canto) de uma edificação com pé-direito igual a 3,0 m composta por lajes de 0,15
m de espessura. Faça o dimensionamento e detalhamento da armadura
longitudinal e transversal deste.
Os materiais utilizados serão: Concreto fck 25 Mpa, Aço CA-50 A, a edificação
estará localizada na região urbana de Vitória da Conquista - Ba logo utilizaremos
uma classe de agressividade II e o cobrimento nominal igual a 3 cm e Brita 2 (25
mm).

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Exercício padrão Exercício padrão


RESOLUÇÃO
Demais dados de Entrada
Passo 01- Correções iniciais
Altura útil das vigas V1 e V4 é de d= 37 cm; 1.1 - fcd= fck/γc → 25/1,4 → fcd=14,85 Mpa
Altura útil das vigas V2 e V3 é de d= 47 cm; 1.2 - Fyd = fyk/γs → 500/1,5 → Fyd= 434,78 Mpa
Laje para uso comercial com carga acidental de 2 kN/m²; 1.3 - Nd = Nk.γf → 1500.1,4 → Nd =2100 kN
Parede de alvenaria sobre a V1 é de blocos de concreto revestido com peso específico 12,50 kN/m³; 1.4 - Ma1yd = ly.1,4 → 60.1,4 →Ma1yd = 84 kN.m
Parede de alvenaria sobre a V2 é de tijolos maciços revestido com peso específico 16,80 kN/m³; Ma1xd = lx.1,4 →40.1,4 → Ma1xd = 56 kN.m
Revestimento das lajes com carga de 1,00 kN/m²; 1.5 - Ac = b.h → 40.50 →Ac= 2000 cm² → Ac= 0,2m²
Largura das paredes iguais ao das vigas;
Desconsiderar o revestimento das vigas;
Peso específico com concreto igual a 25 kN/m³; Passo 02- Cálculo do comprimento equivalente do Pilar
Corrigir o peso total da laje usando o índice de majoração de 1,4. Le = L0 + h → 290 + 40 → 330cm
OU
Le = L0 + hv1/2 + hv2/2 Le → 290 + 50/2 + 40/2 → 335 cm

Entre os dois métodos, quando o valor for diferente adotar sempre o menor.
Le = 330 cm

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Exercício padrão Exercício padrão


RESOLUÇÃO RESOLUÇÃO
Passo 03 – Cálculo do índice de esbeltez Passo 05 – Cálculo do momento central
Λex = 3,46 . Le/hy → 3,46 . 330/50 → Λex = 22,83 ≤ 35 (ok). Mc1yd = [0,6 + 0,4 . Mb/Ma] . Ma → [0,6 + 0,4 . -56/84] . 84 → Mc1yd = 28 kN.m

Λey = 3,46 . Le/hx → 3,46 . 330/40 → Λey = 28,54 ≤ 35 (ok). Mc1yd = 0,4. Ma = 0,4 . 84 = Mc1yd = 33,6 kN.m
Entre os dois métodos, quando o valor for diferente adotar sempre o maior.
Mc1yd = 33,6 kN.m
Passo 04 – Cálculo dos momentos mínimos da direção X e Y
Passo 06 – Cálculo da armadura longitudinal
M1xd, min = (0,015 + 0,03 + hy).Nd → (0,015 + 0,03 + 0,50).2100
6.1 - O valor de v (ni)
M1xd, min = 63 kN.m
V = Nd/Ac.fcd → 2100/0,2.17850 = V = 0,59
M1xd, min = (0,015 + 0,03 + hx).Nd → (0,015 + 0,03 + 0,40).2100
M1yd, min = 56,7 kN.m 6.1 - O valor de μ (mi) para o momento mínimo da direção Y
My = M1yd, min / Ac . fcd . hx → 56,7 / 0,2 . 17850 . 0,4 = My= 0,0397
ρ= 0,4%
As = ρ . Ac = 0,4/100 . 2000 = As 8 cm²

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Exercício padrão Exercício padrão


RESOLUÇÃO RESOLUÇÃO
Passo 06 - Cálculo da armadura longitudinal Passo 06 - Cálculo da armadura longitudinal
6.3 - O valor de μ (mi) para o momento Central 6.5 - O valor de μ (mi) para o momento base
V = 0,59 V = 0,59
My = Mc1yd/ Ac . fcd . hx → 33,6 / 0,2 . 17850 . 0,4 = My= 0,023 My = Ma1xd/ Ac . fcd . hx → 56/ 0,2 . 17850 . 0,4 = My= 0,039
ρ= 0,4% ρ= 0,4%
As = ρ . Ac = 0,4/100 . 2000 = As 8 cm² As = ρ . Ac = 0,4/100 . 2000 = As 8 cm²

6.4 - O valor de μ (mi) para o momento de topo 6.6 - O valor de μ (mi) para o momento na direção x
V = 0,59 V = 0,59
My = Ma1yd/ Ac . fcd . hx → 84 / 0,2 . 17850 . 0,4 = My= 0,058 My = M1xd, min / Ac . fcd . hy → 63 / 0,2 . 17850 . 0,5 = My= 0,035
ρ= 0,4% ρ= 0,4%
As = ρ . Ac = 0,4/100 . 2000 = As 8 cm² As = ρ . Ac = 0,4/100 . 2000 = As 8 cm²

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Exercício padrão Exercício padrão


RESOLUÇÃO RESOLUÇÃO
Passo 07 – Cálculo das taxas de armadura usando o ábaco – 03 e a área de aço da armadura Passo 09 – Detalhamento da armadura transversal
longitudinal ⊕t = 6,3 mm ⊕t≥ ⊕L /4 = 20/4 = 5 mm
ρ= 0,4%
As = ρ . Ac = 0,4/100 . 2000 = As 8 cm² St ≥ 5 mm Se St ≤ 20 cm
h min = 50 cm
Passo 08 – Detalhamento da armadura longitudinal 12.⊕L = 12.2 = 24 cm
Aib = π. ⊕²/4 = 3,14 . (1,6)²/4 = Aib= 2,01 cm² St = 20 cm

NB = As/Aib = 8/2,01 = 4 barras Ne = 290/20 = 15 estribos

⊕L ≥10 mm Ok!! Se ⊕L ≤ 40 cm
20.⊕L = 20.
1,6 = 32 cm

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08/04/2020

Concreto Armado 2 | Prof. Esp. Sarah Greicy Ferreira de Jesus

Exercício padrão
RESOLUÇÃO
Passo 10 – Armadura mínima e máxima do Pilar
0,4% Ac ⊕t≥

0,4/100 . 2000 = 8 cm² PILARES EM CONCRETO ARMADO


DIMENSIONAMENTO E DETALHAMENTO

0,8% Ac ⊕t≥
Boa noite, obrigada.
0,8/100 . 2000 = 16 cm²
Até a próxima aula...

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