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18/04/2022

Universidade Federal do Espírito Santo Universidade Federal do Espírito Santo


Departamento de Engenharia Rural Departamento de Engenharia Rural

MATERIAIS PARA CONSTRUÇÃO


Parte 1
CONSTRUÇÕES RURAIS

Prof. Samuel de Assis Silva


DERU/CCAE/UFES
Prof. Samuel de Assis Silva
DERU/CCAE/UFES

Introdução Introdução
• Quais as principais condições técnicas dos materiais?
• Relação Custo x Benefício?
- Trabalhabilidade
- Durabilidade Em igualdade de condições de resistência,
durabilidade, estabilidade e estética, o que
- Resistência a Agentes Químicos tiver preço inferior de assentamento na
obra.
- Resistência a Agentes Biológicos Qual escolher?
- Higiene
Em igualdade de preço de assentamento na
- Fator Estético obra, o que apresentar maior resistência,
durabilidade, estabilidade e beleza
- Fator Econômico

Agregados Agregados

• O que são?
Material granular, sem forma e volume definidos. Materiais inertes, ideais
para o uso em obras de construções rurais.

• Função:

Aumentar o volume da mistura;


Transmitir tensões aplicadas ao concreto através dos grãos;
Reduzir variações volumétricas ocasionadas por retração.

Comparativo entre agregados da Construção Civil – Empresa Premonta.


Fonte: Pinterest. Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/520165825702516706/

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Agregados Agregado Miúdo


• Classificação Classificados, de acordo com a granulometria, em:

Grossa
Agregado miúdo: 0,075 mm a 4,8 mm
passam em malha de 4,8 mm e ficam retidas na de 1,2 mm
Ex: pó de pedra, areia e silte. Esses fragmentos passam na peneira com (alvenaria de pedra e concreto);
4,8 mm de abertura. Média

Agregado graúdo: ≥ 4,8 mm passa na peneira de 1,2 mm e fica retida na de 0,3 mm (alvenaria de
tijolo e nos emboços).
Ex: seixo rolado, brita e argila expandida. Esses fragmentos são retidos
Finas
na peneira com abertura de 4,8 mm.
passa na peneira de 0,3 mm (reboco de paredes e teto).

Agregado Miúdo Agregado Miúdo

Exigências: Areia para Concreto

Ausência de material argiloso (não pode crepitar/ranger quando apertada na mão, Areia retirada de rio (areia lavada:
e não turvar a água em que for lançada).
Grãos grandes e angulosos - areia grossa/média
Grãos de dimensões variadas e angulosos.

Isenta de sais, óleos, graxas, materiais orgânicos, detritos e outros.

Agregado Miúdo Agregado Miúdo

Areia para Alvenaria


Areia para Alvenaria

- Emboço: areia média.


Ausência de uniformidade granulométrica dentro da mesma categoria.

- Reboco ou massa fina: areia fina;


Desuniformidade é conveniente.

Para assentamento de alvenaria deve-se


utiliza areia média

?
Por que?

Fonte: http://www.bullx.com.br/conhecendo-reboco.php

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Agregado Graúdo Agregado Graúdo


• Agregado Graúdo
• Britas

Tipos: Provêm da desagregação das rochas em britadores e após passar em peneiras


selecionadoras são classificadas de acordo com sua dimensão média.
• Rochas britadas
• Fragmentos rolados nos leitos dos cursos d’água;
• Materiais encontrados em jazidas provenientes de alterações de rocha Utilizadas para a confecção de concretos.

Britas calcárias apresentam menor dureza e normalmente menor preço.

Agregado Graúdo Agregados


• Agregado Graúdo

Os principais agregados graúdos são as pedras britadas

DENOMINAÇÃO DIÂMETRO

BLOCO DE PEDRA > 1,0 m

MATACÃO > 25 cm

PEDRA Entre 7,6 cm e 25 cm Fonte: Blog Construir e Ciga Imóveis


Disponível em:
BRITA 4,8 mm e 76 mm http://www.cigaimoveis.com.br/notic
ias_ver?url=quais-os-tipos-de-brita-
e-qual-a-funcao-de-cada-um

http://blog.construir.arq.br/tipos-de-
brita-e-funcao/

Agregado Graúdo Agregado Graúdo


• Aplicação
• Qualidades exigidas das britas

a) Ausência de impurezas - matéria orgânica, argila, sais, etc.;

b) Resistência no mínimo equivalente à compressão requerida do concreto;

c) Durabilidade;

d) Serem angulosas ou pontiagudas.

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Agregado Graúdo Aglomerantes

Concreto armado: brita não deve exceder 1/3 da menor dimensão da peça a ser • O que são?
concretada.
Material ativo, ligante, que entra na composição das pastas, argamassas e
As mais utilizadas são as britas número 1 e 2. concretos. É geralmente pulverulento e misturado com a água forma uma
pasta que endurece por simples secagem ou então por reações químicas.

BRITA DIÂMETRO MÍNIMO (mm) DIÂMETRO MÁXIMO (mm)

0 4,8 9,5
1 9,5 19,0
2 19,0 25,0
3 25,0 50,0

Cimento Cal Gesso

Aglomerantes Aglomerantes

Classificação Segundo o Endurecimento


AGLOMERANTE + ÁGUA = PASTA

• Aglomerantes aéreos:

conservam suas propriedades e só endurecem ao ar, não


AGLOMERANTE + AGREGADO MIÚDO + ÁGUA = ARGAMASSA
fazendo/necessitando pega sob a água

• Aglomerantes hidráulicos:
AGLOMERANTE + AGREGADO GRAÚDO + ÁGUA = CONCRETO
conservam suas propriedades e endurecem por ação da água
(AGREGADO MIÚDO)

Aglomerantes Aglomerantes
Fase de Endurecimento
Processo de endurecimento de um aglomerante
Exemplo: resistência à compressão
• Fase de pega: É o período inicial de solidificação da pasta. de um bloco de argamassa de
cimento e areia, traço 1:3
• Início de pega: É o instante em que a pasta começa a endurecer, perdendo a
sua plasticidade. a 3 dias – 80 kg cm-2,
a 7 dias – 180 kg cm-2
• Fim de pega: É o momento em que a pasta se solidifica completamente, a 28 dias – 250 kg cm-2.
perdendo toda a sua plasticidade.

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Aglomerantes Aglomerantes
Fase de Retração
Gesso
É o fenômeno que acompanha o processo de endurecimento dos  Pega inicia com 2 a 3 minutos após a mistura com a água e termina 15 a 20 minutos

aglomerantes e que resulta numa diminuição de volume da após. O processo de ganho de resistência do gesso pode durar semanas e é
massa endurecida. influenciado por:

- tempo e temperatura de calcinação da gipsita;


- finura do gesso;
- quantidade de água de amassamento (água utilizada na mistura);

- presença de impurezas.

Aglomerantes Aglomerantes

Gesso - Particularidades Cal


Há dois tipos de cal utilizadas em construções:
• Corrói o aço;
- Aérea ou Hidratada
• Pouca aderência aos agregados lisos;
- Hidráulica.
• Solúvel na água - não usar em exteriores;
Utilização
• Isolante térmico médio (equivalente ao tijolo furado);
Argamassas simples ou mistas (com cimento) para
• Grande capacidade térmica, e;
rejuntamento e revestimento de alvenarias.
• Boa aderência a materiais fibrosos.

Fonte: www.carbomil.com.br

Aglomerantes Aglomerantes

Cimento Cimento – Matérias Primas


- Material na forma de pó fino (dimensões médias da ordem dos 50 µm); 75 a 80% 20 a 25%

- Mistura de clínquer com outros materiais - gesso, pozolanas ou escórias siliciosas


CALCÁRIO + ARGILA

Cimento
As misturas e quantidades dependem do tipo de aplicação e das CLÍNQUER + GESSO = Portland
características procuradas para o cimento.

Obtido à 1450º C

Fonte: Associação Brasileira de Cimento Portland.


Disponível em: https://abcp.org.br/cimento/tipos/

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Aglomerantes Aglomerantes

Cimento – Portland Cimento Portland – Tipos


- Cimento Portland Comum (CPI) Composição
CP I – Cimento portland comum Tipo
Classe
Resist. (Mpa)
Norma
Brasileira
Clínquer Escória Materiais
CP I-S – Cimento portland comum com adição + Gesso Alto Forno
Pozolana
Carbonáticos

- Cimento Portland Composto (CP II) 25 100 0


CP I
32 NBR 5732
CP II-E– Cimento portland composto com escória CPI- S
40 95 - 99 1-5
CP II-Z – Cimento portland composto com pozolana CP II - E 25 56 - 94 6 - 34 0 - 10
CP II - Z 32 76 - 94 6 - 14 0 - 10 NBR 11578
CP II-F – Cimento portland composto com fíler CP II - F 40 90 - 94 6 - 10
- Cimento Portland de Alto-Forno (CP III) 25
CP III 32 25 - 65 35 - 70 0 0-5 NBR 5735
- Cimento Portland Pozolânico (CP IV) 40

- Cimento Cimento Portland de Alta Resistência Inicial (CP V-ARI) CP IV


25 45 - 85 0 15 - 50 0-5 NBR 5736
32
- Cimento Portland Resistente a Sulfatos (RS)
- Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação (BC) CP V - ARI . 95 - 100 0 0 0-5 NBR 5733

- Cimento Portland Branco (CPB) CP V - ARI -


95 - 100 * * 0-5 NBR 5737
RS
Fonte: Associação Brasileira de Cimento Portland.
Disponível em: https://abcp.org.br/cimento/tipos/

Aglomerantes

Se a reação é exotérmica, a temperatura influencia?

Como acontece a aglomeração do cimento?


Temperaturas, inferiores a 15º C, ou com água de dosagem do concreto com temperaturas
abaixo de 20ºC

Retardamento das resistências iniciais

Fonte: Mehta & Monteiro, 1994.

Aglomerantes Aglomerantes

Se a reação é exotérmica, a temperatura influencia?


Resistência à compressão média à idade de um dia
Temperatura RELAÇÃO ÁGUA:CIMENTO
(ºC) 0,45 0,6 0,75 0,45 0,6 0,75
Se essas temperaturas chegarem a níveis inferiores a 10º C
Resistência (MPa) Desempenho em relação T = 25º C (%)
5 4 1,4 0,5 -84 -90 -94
15 12,4 5,6 2,1 -52 -62 -73
25 25,7 14,7 7,7 100 100 100
Paralisação do início de pega do cimento 35 34,6 21,6 13 35 47 69

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Dicas de Sites, Materiais e Referências


Investigação sobre o efeito d o aumento da temperatura durante a cura do concreto
https://riuni.unisul.br/bitstream/handle/12345/3720/Investigação%20sobre%20o%20efeito%20do%2
0aumento%20da%20temperatura%20durante%20a%20cura%20do%20concreto.pdf?sequence=3&is
Allowed=y

Materiais de Construção Básicos


http://tics.ifsul.edu.br/matriz/conteudo/disciplinas/_pdf/apostila_mcb.pdf Perguntas????
Itambé – Cimento para toda obra
https://www.cimentoitambe.com.br/wp-content/uploads/2014/05/Palestra_Itambe_Cimento.pdf

Associação Brasileiro de Cimento Portland


https://abcp.org.br/imprensa/artigos/cimento-diferentes-tipos-e-aplicacoes/?politica=sim
https://abcp.org.br/cimento/tipos/

MEHTA, P. K. e MONTEIRO, P. J. M. Concreto: estrutura, propriedades e materiais. São


Paulo:Editora Pini, 1994. 573p.

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