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Através da composição química das rochas ígneas é possível decifrar os processos que
controlaram a génese e evolução dos magmas que lhes deram origem.
Como se referiu anteriormente, os podem ser subdivididos em três acordo com a sua
abundância:
elementos maiores,
elementos menores,
elementos traço (elementos vestigiais)
O diagrama TAS é um dos diagramas mais usados para classificar este tipo de rochas.
Como se referiu anteriormente, com base nos diagramas (Na2O+K2O) vs. SiO2 e AFM,
é possível também identificar a série ou série magmáticas em que se filiam conjuntos de
rochas espacial e temporalmente associadas.
Diagrama TAS para uma série toleítica (círculos azuis), uma série alcalina
(círculos amarelos) e uma série peralcalina (círculos encarnados). A linha a
tracejado separa o campo das rochas alcalinas do campo das rochas subalcalinas.
Com base nos diagramas (Na2O+K2O) vs. SiO2 e AFM, é possível identificar as
seguintes séries magmáticas.
A - K2O + Na2O
F - FeO + Fe2O3
M – MgO
SÉRIES MAGMÁTICAS E AMBIENTE GEOTECTÓNICO
Existem importantes diferenças entre estas séries em termos da sua relação com os
principais ambientes geotectónicos.
CLASSIFICAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DE SÉRIES MAGMÁTICAS
Os basaltos das cristas médias oceânicas – N-MORB - são toleítos olivínicos com teores
baixos de K2O (< 0.2%) e de TiO2 (< 2.0%). Resultam da fusão parcial do manto
lherzolítico empobrecido.
Os basaltos das ilhas oceânicas – OIB – estão normalmente associados a “hot spots”
(plumas térmicas) e formam-se em ambientes intraplaca oceânica. De acordo com o seu
quimismo, podem distinguir-se 2 séries principais de magmas OIB:
A génese dos magmas OIB pode ser extremamente complexa e envolver diferentes
regiões do manto.
Contudo, as características geoquímicas destes magmas apontam para uma origem por
fusão parcial de reservatórios mantélicos enriquecidos relativamente aos dos N-MORB.
Esse enriquecimento do manto pode ter resultado dos fluidos libertados durante os
processos de subducção ou de contaminação crustal.
Os elementos em traço cuja carga (valência) e/ou raio iónico não lhes permite ocupar
com facilidade os lugares vagos na estrutura cristalina dos minerais, tenderão a passar
para o “melt” durante os processos de fusão e permanecer no magma durante os
processos de cristalização.
Como é óbvio, um dado elemento traço pode ser compatível numa dada fase mineral e
incompatível noutra.
em que:
Durante a ascensão do magma até a superfície ou para porções mais rasas na crosta
podem se produzir uma série de processos de diferenciação magmática que variam a
composição do magma. Os principais mecanismos de diferenciação são:
(b) cristalização fracionada - o magma primário pode conter cristais e quando estes
possuem uma densidade distinta do magma, e em condições favoráveis, pode-se
produzir a separação desses cristais, por acumulação na porção superior (os feldspatos,
por exemplo) ou no fundo da câmara magmática (olivinas, piroxênios, por exemplo).
Isto origina a segregação de determinados componentes minerais, variando a
composição do magma residual;
Alguns elementos, tais como o Potássio (K) e o Titânio (Ti) estão presentes como
elementos de abundância menor em algumas rochas, mas podem atingir proporções de
elementos maiores em outras. Abaixo de 0,1% de massa, entra-se no domínio dos
elementos traço, sendo que a concentração desses elementos é convencionalmente
expressa em termos de ppm (partes por milhão). Os principais elementos traços
presentes no magma são: V, Cr, Ni, Rb, Sr, Y, Zr, Nb, Ba, La, Ce, Nd, Sm, Eu, Gd, Tb,
Yb, Lu, Ta, Hf, Th e U. Diversos óxidos e elementos voláteis (os gases) podem ser
adicionados a esta lista, entre os quais se destacam o H2O, o CO2, o SO2, o Cl e o F.