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Resumo – Rochas Magmáticas 1 11.

º ano

As rochas magmáticas:

estão bem representadas no nosso país: os granitos, que afloram em extensas áreas
localizadas, abundam nas zonas continentais; os basaltos são as rochas características dos
arquipélagos dos Açores e da Madeira;

conferem às paisagens aspetos muito característicos que influenciam a flora e a fauna,


condicionando a fixação e desenvolvimento das atividades humanas;

podem classificar-se tendo em conta a textura, a cor e a composição química e


mineralógica;

formam-se, em grande parte, devido à mobilidade da litosfera e, principalmente, nos limites


convergentes e divergentes das placas litosféricas, onde as condições de pressão e
temperatura provocam a fusão das rochas da crusta e do manto superior originando
magmas;

resultam da consolidação de material magmático, que pode arrefecer em profundidade


originando plutonitos ou rochas intrusivas, ou pode arrefecer na superfície da Terra
originando vulcanitos ou rochas extrusivas;

são estudadas com base em observações feitas em vulcões submarinos ou continentais, em


dados experimentais obtidos em laboratório e em dados referentes à variação da
temperatura com a profundidade da Terra;

Diferentes ambientes tectónicos de formação de magmas.

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Sabe-se, atualmente, que se podem formar através da solidificação de magmas resultantes da


fusão parcial de outras rochas, sendo os três principais, de acordo com o teor em sílica, o basáltico,
o andesítico e o riolítico:

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Diferentes tipos de magmas

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Consolidação de magmas

O magma é um material rochoso semi-fundido com componentes sólida, líquida e gasosa. Quando
o magma consolida, devido a variações da pressão e da temperatura, podem ocorrer processos de
solidificação de certos componentes magmáticos, sublimação de vapores ou fenómenos de
vaporização de fluidos com deposição de substâncias dissolvidas.

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Assim, de acordo com as condições verificadas, podem desenvolver-se, ou não, cristais mais ou
menos desenvolvidos. Então, a cristalização é condicionada por fatores externos e fatores
internos:

Os fatores externos que condicionam a cristalização são:


– a agitação do meio em que se encontram;
– a presença ou ausência de água;
– o tempo;
– o espaço disponível;
– a temperatura e a pressão.

Os fatores internos são, por exemplo, a disposição ordenada dos átomos ou dos iões que formam
a rede tridimensional cujo modelo geométrico regular é característico de cada espécie mineral:

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Os cristais:

possuem propriedades como a clivagem, a condutibilidade calorífica e as diferenças de


dureza que são explicadas pela Teoria reticular de Bravais:

– permite explicar o comportamento da matéria cristalina a partir do arranjo interno das


suas partículas, ou seja, da rede cristalina.

têm propriedades condicionadas pela:

– organização espacial das suas partículas;

– natureza química das partículas;

– proporção em que as partículas se encontram na rede;

– forças de ligação que mantêm as partículas em oscilação em torno das suas posições de
equilíbrio.

são minerais que:

– podem formar-se em condições ideais e, como tal, a sua organização interna manifesta-se
na forma exterior, formando minerais delimitados por superfícies planas;

– podem formar-se em condições adversas, formando minerais informes, ou seja, sem


superfícies planas.

– podem classificar-se em três tipos:

– euédricos – se o mineral é totalmente limitado por faces bem desenvolvidas;

– subédricos – se o mineral apresenta parcialmente faces bem desenvolvidas;

– anédricos – se o mineral não apresenta qualquer tipo de faces.

Diferenciação magmática

A temperatura e a pressão vão diminuindo durante o processo de arrefecimento do magma,


ocorrendo um processo de cristalização da matéria mineral. O arrefecimento pode ocorrer:

– em profundidade, que é o que se verifica com a maior parte dos magmas que arrefecem
ainda nas câmaras magmáticas;

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– à superfície ou próximo dela, situação em que o arrefecimento é brusco, assim como as


variações de pressão e temperatura, pelo que muitos minerais não chegam a cristalizar.

À medida que o magma vai ascendendo, a sua temperatura vai gradualmente baixando e vai-se
formar um gradiente de pontos de cristalização de diferentes minerais que fraccionadamente vão
cristalizando – cristalização fracionada.
Estes minerais tornam-se mais densos e separam-se do magma residual, ou seja, que não
cristalizou, devido ao efeito gravítico – diferenciação gravítica. Este magma, cuja composição
química já é diferente da inicial, pode continuar a ascender e pode reagir com rochas encaixantes
que atravessa, alterando ainda mais a sua composição inicial por um processo de assimilação
magmática.

Cristalização fracionada:

 Bowen investigou o comportamento dos magmas e a forma como ocorre a cristalização


durante o seu arrefecimento:

– concluiu que os minerais possuem diferentes pontos de cristalização, cristalizando primeiro


os que têm um ponto de fusão mais elevado, seguidos dos restantes por ordem decrescente
dos respetivos pontos de fusão – cristalização fracionada;

– estabeleceu a sequência de reações que ocorrem no magma durante a sua diferenciação.

 a sequência de reações de formação de minerais ou série reacional de Bowen:

– reflete fenómenos que ocorrem simultaneamente à medida que a temperatura do magma


vai baixando;

– os minerais que se situam na mesma linha horizontal possuem temperatura de cristalização


semelhante;

– é composta por dois ramos:

 o ramo da série de minerais ferromagnesianos ou série descontínua;

 o ramo da série das plagióclases ou série contínua.

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Série reacional de Bowen

Após a cristalização completa dos minerais que constituem os dois ramos, a fração magmática
resultante pode apresentar elevadas concentrações de sílica e de metais leves como o potássio (K)
e o alumínio (Al). Pode, então, ocorrer a cristalização sucessiva dos feldspatos potássicos,
da moscovite e, finalmente, do quartzo, até ao esgotamento do magma residual.

Diferenciação gravítica:

 os primeiros cristais que se formam, por serem mais densos, separam-se do magma que os
originou;

 a separação ocorre por ação da gravidade e os cristais depositam-se no fundo da câmara


magmática;

 os cristais menos densos que o magma migram para o cimo da câmara magmática;

 a acumulação dos cristais reflete a sua ordem de formação, bem como a sua ordem de
densidade;

 este mecanismo de diferenciação explica o aparecimento de massas rochosas constituídas


por um mineral com composição química global diferente da do magma que o originou.

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Assimilação magmática:

 um magma pode reagir com as rochas encaixantes por onde vai passando, provocando a
fusão dessas rochas;

 o material rochoso fundido vai ser adicionado ao magma – assimilação –, pelo que a sua
composição química inicial pode ser alterada;

 as rochas resultantes da consolidação deste magma vão refletir a assimilação verificada.

Mistura de magmas

 este processo pode ocorrer nas cinturas orogénicas e resulta da contaminação entre
magmas diferentes;

 por exemplo, quando um magma basáltico ascende pode encontrar magmas graníticos
havendo mistura dos dois;

 o magma resultante terá características intermédias.

As últimas frações do magma, constituídas por água com voláteis e outras substâncias – sílica,
plagióclase sódica e feldspato potássico – em solução constituem as soluções hidrotermais, que
podem preencher fendas existentes nas rochas e aí cristalizam formando filões, como, por
exemplo, os filões de quartzo. Os filões podem ser constituídos por um só mineral ou por vários
minerais associados.

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