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Departamento de Geologia
Disciplina: Petrografia
Aula 1
Petrografia - Introdução
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Séries magmáticas
Teste 1
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Objectivos da cadeira:
Conhecer os princípios e métodos de
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Philpotts, A.R. (1990). Principles of igneous and Metamorphic Petrology.
Prentice Hall, London.
Mackenzie, W.S., Donaldson, C.H.,Guilford, C. (1984). Atlas of Igneous
rocks and their textures. LONGMAN, London.
Mackenzie, W.S., Donaldson, C.H., Guilford, C. (1984). Atlas of
Metamorphic rocks and their textures. LONGMAN, London.
Barker, A. 2014. A Key for Identification of Rock-forming Minerals in
Thin-section. Deer, W. A., Howie, R. A. and Zussman, J. 2013. THE
ROCK-FORMING MINERALS. 3rd Ed. Longman Group UK Limited,
London.
Nesse, W. D. 2013. INTRODUCTION TO OPTICAL MINERALOGY. 4th
Ed. Oxford University Press, New York.
Donna L. Whitney and Bernard W. Evans. 2010. Abbreviations for names
of rock-forming minerals. American Mineralogist, Volume 95, pages 185–
187.
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Conceitos
Composição Química do Magma
Como São Gerados os magmas?
Propriedades Físicas
Formação de rochas ígneas
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A Petrografia é um ramo da Petrologia cujo objecto é a
descrição das rochas e a análise das suas características
estruturais, mineralógicas e químicas.
Distingue- se da petrologia, disciplina que se interessa pelos
mecanismos físicos, químicos e biológicos que formam e
transformam as rochas.
Baseia-se fortemente em observações feitas com o
microscópio petrográfico, mas as observações em
campo/afloramentos e com a lente da mão (lupa) são
também importantes.
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Conceitos
A descrição petrográfica de uma rocha:
i. Identificação de minerais e, se possível, determinação
das suas composições;
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Magma
O Magma é a rocha fundida (ou parcialmente fundida) da qual a rocha
ignea é formada. É contituida geralmente por fusão silicatada, embora
fusões carbonáticas e sulfetadas também ocorram.
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Composição do magma
A fase líquida dos magmas é formada por silicatos fundidos
(com poucas excepções, exemplo dos magmas carbonatíticos)
com proporções variadas de catiões (Si, O, Mg, Fe, Ca, Na, K,
Ti entre outros) junto com iões metálicos (Fe2+, Fe3+, Mg2+,
Na+ entre outros).
Basalto
Câmara magmática
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Formação de magmas primários e secundários
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Curva de solidus – T de começo de
fusão ou, então, do final da
cristalização de um magma.
Curva de liquidus – T onde começa a
cristalização de um magma ou, então,
a fusão total de uma fonte sólida.
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A composição química do magma depende
basicamente de três principais factores:
1. composição da rocha fonte;
2. condições em que ocorreu a fusão e de
taxa da fusão;
3. história evolutiva do magma, desde seu
local de geração até seu alojamento na
crusta
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A composição química de um magma é expressa em termos
de elementos maiores, menores e traços.
Os elementos maiores e menores são expressos como
óxidos: SiO2, Al2O3, FeO, Fe2O3, CaO, MgO, Na2O,
K2O e TiO2 (elementos maiores), e MnO e P2O5 (elementos
menores).
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Tipos de Magmas Silicatados Percentagem de SiO2
Ultrabásicos: ricos em Mg e Fe < 45%
Básicos: ricos em Mg, Fe e Ca 45 - 52%
Intermediários: ricos em Fe e Ca 52 - 63%
Ácidos: ricos em Si, K e Na Ácido: > 63%
Diagramas comparando
as composições médias
de magmas silicatados.
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Composições químicas de rochas representativas dos diferentes
tipos de magmas.
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A geração de qualquer tipo de magma requer sempre a
fusão parcial (processo também conhecido por anatexia)
de um material fonte, sólido ou essencialmente sólido.
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Existe uma estreita relação entre a tectônica de placas e a
geração de magmas.
Os magmas são gerados principalmente em dois ambientes
geológicos principais:
1. Limite de placas
divergentes e
2. Limite de placas
convergentes
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Distribuição geográfica das placas tectônicas da Terra. Os números representam as
velocidades em cm/ano entre as placas e as setas os sentidos do movimento.
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Seção esquemática da Crosta/Manto (astenosfera/litosfera) indicando a localização
dos sítios formadores de magmas no modelo da Tectônica de Placas.
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Seção esquemática da Crosta/Manto (astenosfera/litosfera)
indicando a localização dos sítios formadores de magmas no
modelo da Tectônica de Placas.
Litosfera
Astenosfera
A rocha resultante,
como este basalto, é
finalmente granulada
ou tem uma textura
vítrea.
Intrusão
ígnea
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Temperatura
Medições directas das T em lavas
podem ser feitas tanto utilizando-se
uma sonda térmica inserida dentro do
fluxo de lava (ou de um lago de lava)
como utilizando-se um pirômetro óptico
(especialmente utilizado para medição
da T de fontes de lava).
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Estimativas de
temperaturas de erupção
típicas dos principais tipos
dos magmas (Cas &
Wright, 1988):
Estimativas de
temperaturas baseadas na
correspondência entre a
cor e a temperatura das
lavas:
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Densidade
A densidade é diferente para cada tipo composicional, mas mostra
uma diminuição na densidade com o aumento da T.
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A densidade dos magmas torna-se um parâmetro
importante quando é considerada como um
comportamento do corpo de magma com respeito as
rochas fonte e o possível movimento dos cristais
dentro da câmara magmática.
A densidade do magma acompanha o aumento de
pressão indicando a relativa compressibilidade do
líquido magmático.
A diferença de densidade entre uma fase sólida
qualquer e o magma em que ele se encontra é um dos
fatores principais para se determinar a eficiência
dos processos de diferenciação magmática por
afundamento ou flutuação dos cristais.
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No caso, a densidade de óxidos, sulfetos e minerais silicatados ferromagnesianos é, de
uma maneira geral, bem maior que a de qualquer líquido silicatado, fazendo com que
esses minerais tendam a afundarem para a base da câmara magmática.
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Viscosidade (resistência ao escoamento)
Segundo Williams & McBirney, 1979 (in Middlemost, 1985) a viscosidade é
a propriedade física mais importante dos magmas.
Ela é particularmente importante:
a) nos processos que separam os magmas desde as fases que
permanecem na região fonte;
b) na ascensão e posicionamento dos magmas;
c) na diferenciação magmática; e
d) na difusão dos elementos dentro do magma.
Viscosidade é a propriedade que todo fluido real oferece ao movimento
relativo de qualquer de suas partes; também é conhecido por atrito interno
de um fluido.
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Dados de viscosidade são obtidos em estudo de lavas no
campo e também em estudos laboratoriais de materiais
naturais ou sintéticos.
Estes estudos têm demonstrado que variações na
viscosidade dos magmas são principalmente derivadas de
mudanças na T e P, composição química, conteúdo de
voláteis, conteúdo de cristais e conteúdo de bolhas no
magma.
Magmas ricos em SiO2 (dacitos, riolitos): possuem maior
grau de polimerização de tetraedros de sílica (SiO4)-4,
formando minerais com arcabouço tridimensional
(Quartzo, Feldspatos), provocando aumento de
viscosidade.
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Magmas pobres em SiO2 (komatiitos, basaltos) possuem menor
grau de polimerização de tetraedros de sílica (SiO4)-4, formando
minerais com estrutura de nesossilicato (olivina, granada),
sorossilicato (allanita, epidoto), implicando menor viscosidade.
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Magmas ultramáficos, por exemplo Komatiíticos, contém
menos sílica (< 45% de SiO2) que os magmas basálticos e,
portanto, são menos polimerizados e viscosos.
A redução de viscosidade associada com variações de
densidade e de voláteis permitem movimentos de
convecção no interior de câmaras magmáticas e
consequente homogeneização de líquidos.
Em resumo:
Baixa viscosidade: magmas fluidos (derrames de
basaltos).
Alta viscosidade: magmas de difícil escoamento (formam
domos ou cristalizam em profundidade - riolitos).
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Relação entre viscosidade
e temperatura de algumas
rochas vulcânicas.
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