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CIÊNCIAS 7º ANO

1. DINÂMICA EXTERNA DA TERRA

1.1. ROCHAS

Rochas – são associações de minerais. As rochas dividem-se em 3 grandes grupos:


sedimentares, magmáticas e metamórficas.

Petrologia – ramo da geologia que estuda as rochas.

1.2. MINERAIS

Os minerais têm de ser: naturais, sólidos, inorgânicos, de estrutura cristalina e de


composição química fixa ou ligeiramente variável.

Mineralogia – ciência que estuda os minerais.

Propriedades físicas dos minerais:


 Cor – alguns minerais apresentam diferentes cores, enquanto outros têm sempre a
mesma cor. (O ideal é observar a cor logo depois de ser partido)
 Traço ou risca – cor do mineral quando reduzido a pó. Nem sempre o traço é igual à 1
cor do mineral. (riscar numa porcelana ou num almofariz)
 Brilho – efeito produzido pela luz ao reflectir-se no mineral. Existem 2 tipos de brilho:
 Brilho metálico – intenso, semelhante ao dos metais.
 Brilho não metálico – pode observar-se nos minerais transparentes ou
translúcidos.
 Clivagem – existe quando o mineral se fragmenta de forma regular (lâminas – laminar
(ex. moscovite); romboedro – romboédrica – tipo cubo (ex. calcite))
 Dureza – resistência que este oferece ao ser riscado. Para avaliar a dureza usamos a
escala de Mohs.
 Magnetismo – atração de ímanes (ex. magnetite)

Propriedades Químicas dos minerais:


 Reacção com ácido clorídrico (ex. Calcite faz efervescência)
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Escala de Mohs – avalia a dureza dos minerais. É
formada por 10 minerais comuns, ordenados por ordem
crescente de dureza.
1 – Talco;
2 – Gesso;
3 – Calcite;
4 – Fluorite;
5 – Apatite;
6 – Ortóclase;
7 – Quartzo;
8 – Topázio;
9 – Corindo;
10 – Diamante.

Um mineral é riscado por aqueles que têm dureza


Quando não se dispõe de uma escala de Mohs, a determinação da dureza dos minerais pode ser
feita com recurso a outros materiais cuja dureza é conhecida.
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Exemplos:
 Unha – 2,5;
 Moeda de cobre – 3;
 Lâmina de canivete – 5;
 Vidro – 5,5;
 Aço de uma lima – 7
Características especiais:
 Halite – sabor salgado;
 Enxofre – cheiro típico;
 Magnetite – magnetismo;
 Calcite – reacção com ácidos (produz efervescência)
 Argila – cheiro a barro quando bafejado;

1.3. ROCHAS MAGMÁTICAS

 Rochas Magmáticas:
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 São as mais abundantes na natureza;
 Resultam da consolidação do magma, à superfície ou em profundidade
 Classificam-se em:
 Rochas magmáticas vulcânicas ou extrusivas – quando o magma ascende à
superfície (basalto)
 Rochas plutónicas ou intrusivas – quando o magma arrefece em profundidade
(granito).

Rocha magmática plutónica vulcânica


Resulta da consolidação do magma… em profundidade à superfície
O arrefecimento do magma é… gradual brusco
A velocidade de cristalização é… lenta rápida
Formam-se cristais de dimensão… grande pequena

 Textura granular – cristais bem desenvolvidos e visíveis a olho nu, pois o


arrefecimento foi lento (granito, diorito, gabro) – em profundidade
 Textura agranular – cristais pequenos, pouco desenvolvidos e que não se vêm a olho
nu pois o arrefecimento foi muito rápido (basalto, andesito, riólito) – À superfície
 Textura vítrea – o arrefecimento foi tão rápido que não se formam cristais. (obsidiana)

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Minerais do basalto  Anortite, olivina, piroxena
Minerais do granito  Quartzo, feldspato (ortóclase), moscovite, biotite

1.4. ROCHAS SEDIMENTARES

 Em pequena quantidade, mas a maioria está à superfície.


 Formam-se à superfície da Terra ou perto dela, normalmente dentro de água, formando
sedimentos.
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 Normalmente dispõem-se em estratos e podem conter fósseis. Os sedimentos que
formam as rochas sedimentares poder ter várias origens: restos de seres vivos (conchas,
por exemplo), substâncias que estavam dissolvidas na água e fragmentos de rochas.
 Agentes geológicos externos: água, vento, temperatura, seres vivos.
 O motor da maioria dos agentes geológicos externos é a radiação solar, porque:
 dá a energia necessária para ocorrer o ciclo da água;
 é responsável pelas diferenças de temperatura das massas de ar, que por sua vez está
relacionada com a formação dos ventos;
 é responsável pela variação da temperatura, que contribui para a fragmentação das
rochas, e pelas temperaturas elevadas, que aceleram as reações químicas.

Formação de rochas sedimentares


1. Meteorização – alteração das rochas por ação de agentes como a água, variações de
temperatura, gases atmosféricos ou seres vivos. A alteração pode ser física (variações de
temperatura) ou química (sofrer dissolução pela água)
2. Erosão – remoção dos materiais resultantes da meteorização. É feita pelos agentes
erosivos: água, vento, seres vivos.
3. Transporte – mobilização dos materiais resultantes da erosão para outros locais.
Principais agentes de transporte: água (chuva, rios, mares, glaciares), o vento e a gravidade.
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4. Sedimentação – deposição dos sedimentos, quando os agentes de transporte perdem
velocidade e capacidade de transporte. Esta acumulação de materiais normalmente faz-se em
camadas ou estratos e pode ocorrer no interior dos continentes (rios, lagos), na margem dos
continentes (praias, deltas) ou no fundo dos oceanos.
5. Diagénese – conjunto de fenómenos físico-químicos que transformam sedimentos soltos
em rochas compactas. Sedimentos – expulsão da água  Compactação  Cimentação 
Rocha compacta e consolidada

Tipos de rochas sedimentares


 Rochas sedimentares de origem detrítica…
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 não compactadas (ainda em sedimentos/ detritos) – argilas (< 0,004 mm), areias
(0,006 – 2 mm) e balastros (> 2 mm) (do mais pequeno para o maior)
 compactadas – argilitos (consolidação de argilas), arenitos (agregação de grãos de
areia), brechas (detritos grosseiros e angulosos), e conglomerados (detritos
grosseiros e arredondados)

 Rochas sedimentares de origem química (quimiogénicas)


 Resultam da precipitação (deposição) de substâncias químicas dissolvidas na água (ex.
calcário, sílex). Evaporitos – quando a deposição dos minerais ocorre devido à
evaporação da água. Exemplos:
 Calcário – forma-se por precipitação de calcite (carbonato de cálcio.)
 Sílex – forma-se por precipitação de quartzo (sílica).
 Gesso – forma-se por precipitação de minerais de gesso (sulfato de cálcio).
 Sal-gema – forma-se por precipitação de halite (cloreto de sódio).

 Rochas sedimentares de origem biológica (biogénicas)


 São formadas a partir de restos de seres vivos ou por materiais resultantes da sua
decomposição parcial, em processos que demoram milhões de anos.
 Calcário conquífero – possui grande quantidade de conchas de moluscos.
 Calcário coralífero – forma-se a partir de esqueletos de corais.
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 Carvão – decomposição de restos de plantas.
 Petróleo – transformação de microrganismos marinhos (plâncton).
1.5. ROCHAS METEMÓRFICAS

 Apesar de não chegarem a fundir, os seus minerais deixam de ser estáveis nessas novas
condições e sofrem alterações na sua composição, estrutura e posição na rocha.
 Uma rocha metamórfica resulta de modificações na textura e composição mineralógica
de uma rocha pré-existente, por alteração das condições de temperatura e pressão, no
estado sólido – metamorfismo; Estas alterações ocorrem em profundidade.
 O metamorfismo é causado por 2 fatores: temperatura e pressão.
 Metamorfismo de contacto – fator: temperatura (ex. magma) – sem foliação
(textura granoblástica, com grãos) – os minerais não estão alinhados (corneana,
quartzito, mármore)
Exemplos: Calcário  Mármore;
Arenito  Quartzito
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 Metamorfismo regional – fator: pressão (placas litosféricas – limites
convergentes) – têm foliação (textura foliada) ou xistosidade (alinhamento dos
minerais)  Ardósia, Filito, Xisto, Gnaisse
Exemplos: Granito  Gnaisse (bandas de cor clara e escura);
Argilito  Xisto (textura foliada, parece que a rocha
é formada por folhas)

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1.6. CICLO DAS ROCHAS

 Todas as rochas têm origem noutras pré-existentes.


 As rochas formadas em profundidade (plutónicas, metamórficas), podem aflorar à
superfície, devido ao movimento das placas litosféricas.
 Quando se encontram à superfície, todas as rochas (magmáticas, sedimentares ou
metamórficas) sofrem meteorização. Os materiais daí resultantes dão origem às rochas
sedimentares.
 As rochas sedimentares podem sofrer afundamento, devido ao peso das camadas que
se vão sobrepondo ou devido ao movimento das placas litosféricas.
 Uma vez em profundidade, qualquer tipo de rocha (magmática, sedimentar ou
metamórfica) é sujeita a pressões e temperaturas crescentes, originando rochas
metamórficas.
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 Se ocorrer fusão, forma-se magma, que ao consolidar origina rochas magmáticas.

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1.7. PAISAGENS GEOLÓGICAS

 Paisagens de Rochas Magmáticas


 Rochas plutónicas (formam-se no interior - granito) – caos de blocos, (Serra
do Gerês, Serra da Estrela, Serra de Sintra);
 Rochas de rochas vulcânicas (formam-se no exterior - basalto) – caldeiras,
cones  Colunas prismáticas de basalto (Madeira, Açores, Mafra e Sintra)

 Paisagens de Rochas Sedimentares


 Chaminés de fada – estruturas cilíndricas, com fragmentos no topo mais
resistentes à erosão.
 Arribas rochosas e praias
 Ravinamentos ou abarrancamentos
 Paisagem cársica (regiões calcárias)  Campo de lapiás
 Grutas (pela precipitação da calcite originam-se estalactites e estalagmites)
 Dunas (principal agente erosivo: vento)
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 Paisagens de Rochas Metamórficas
 Xistos – Falésias (costa alentejana, Douro)
 Mármore

2. ESTRUTURA E DINÂMICA INTERNA DA TERRA

2.1. DERIVA DOS CONTINENTES E TECTÓNICA DE PLACAS 8


 Hipótese da Deriva dos Continentes
 Alfred Wegener propôs em 1915, a hipótese da deriva dos continentes, propondo um
conjunto de argumentos em defesa desta teoria.

 Argumentos a favor da hipótese da deriva dos continentes


 Argumentos morfológicos ou geográficos:
 Ao observar os contornos dos continentes, é possível, encaixar os diversos
continentes, tal como um puzzle, em particular a América do Sol e a África.
 Segundo Wegener, os continentes atuais tiveram ligados há 225 milhões de anos
num único supercontinente – a Pangeia, que se encontrava rodeado por um único
oceano – a Pantalassa;
 Mais tarde esse supercontinente ter-se-á fragmentado formando a Laurásia e
Gondwana. Ao longo do tempo, os diferentes continentes que ao longo do tempo
se foram deslocando até ocuparem as posições atuais.
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 Argumentos paleoclimáticos
 Os paleoclimas (climas do passado) deixaram vestígios nas rochas, no relevo e nos
fósseis dos estratos rochosos;
 Ao encontrar vestígios de glaciares da mesma idade em lugares actualmente com
clima quente, Wegener admitiu que no passado essas regiões ocupariam outra
região do planeta, mais próxima dos pólos.

 Argumentos geológicos
 Existência de rochas com a mesma origem e idade de ambos os lados do Oceano
Atlântico. Acontece o mesmo com as cadeias montanhosas.
 Para Wegener, a correspondência entre as rochas presentes em continentes
afastados indica que, no passado, estes estiveram unidos.

 Argumentos paleontológicos
 Fósseis do final da Era Paleozóica e da Era Mesozóica foram encontrados em
continentes agora separados por oceanos.
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 Críticas à hipótese da deriva dos continentes
 Não conseguiu explicar que forças faziam mexer os continentes.
 Wegener propôs 2 tipos de forças responsáveis pela deriva dos continentes:
 Movimento de rotação da Terra;
 Força de atração exercida pelo Sol e pela Lua.
 Contudo, para a comunidade científica, estas forças não eram suficientes para originar o
movimento dos continentes.

 Morfologia dos Fundos Oceânicos


 As amostras de rochas recolhidas revelaram que o fundo dos oceanos é formado por
basalto coberto por sedimentos.
 O basalto é uma rocha vulcânica, ou seja, resulta da consolidação de lava expelida por
vulcões.
 No rifte há ascensão de magma que consolida e forma o basalto. Esta rocha desloca-se
para um e outro lado do rifte. A seguir, é formado novo basalto no rifte, levando à
expansão progressiva do fundo oceânico.
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 O fundo dos oceanos é formado por:
 Plataforma Continental – prolongamento submerso (debaixo de água) do
continente.
 Dorsal médio-oceânica – cordilheira montanhosa submarina.
 Rifte – abertura profunda na linha central da dorsal, por onde ascende material
rochoso fundido.
 Fossa oceânica – depressão profunda e alongada do fundo oceânico.
 Talude continental – declive que marca a passagem para o fundo marinho.
 Planície abissal – região plana situada de um e outro lados da dorsal.

(Ver imagem)

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 Causas dos Movimentos dos Continentes


 Hipótese de Harry Hess – Expansão dos fundos dos oceanos
 Segundo Harry Hess, no rifte há ascensão de magma que consolida e forma
basalto. Esta rocha vai depois deslocar-se para um e outro lado do rifte.
 Depois, vai havendo formação de mais basalto que também se vai alastrar para
ambos os lados. Assim, vai havendo uma expansão do fundo do oceano.
 Isto explica porque é que as rochas mais recentes estão mais perto do rifte e as
mais antigas estão mais longe, e porque é que o basalto se dispõe de forma
simétrica em relação ao rifte.
 Mas falta explicar as forças que fazem mover os continentes.

 Causas dos movimentos dos continentes – Artur Holmes


 A Terra é formada por duas camadas: litosfera e astenosfera.
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 Litosfera – camada mais externa da Terra, formada por rochas sólidas e
rígidas. Esta camada, rígida e fria, contém os continentes e os fundos dos
oceanos.
 Astenosfera – camada interior, mais quente e moldável, comporta-se
como um fluido (líquido espesso).
 Este comportamento fluido da astenosfera levou os cientistas a admitir a
existência de correntes de convecção térmica que explicavam o movimento da
litosfera.
 Correntes de convecção – o material das zonas profundas da astenosfera
ascende ao nível dos riftes, afasta-se lateralmente e arrefece. Mais frio e denso,
esse material acaba por realizar um movimento descendente ao nível das fossas
oceânicas.
 São os movimentos das correntes de convecção que fazem fragmentar a
litosfera em placas litosféricas e que ajuda a explicar a hipótese da deriva dos
continentes.

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 Teoria da Tectónica de Placas


 Segundo esta teoria, a superfície da Terra está dividida em 7 placas litosféricas principais
(Placa do Pacífico, Placa Norte-Americana, Placa Sul-Americana, Placa Euroasiática,
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Placa Africana..) e algumas placas de menores dimensões, que se ajustam como peças de
um puzzle.
 As placas movimentam-se umas em relação às outras, o que faz com que as suas
fronteiras ou limites sejam zonas muito instáveis.
 Nestes locais são frequentes fenómenos como sismos, vulcões, deformações nas rochas e
formação das montanhas.
 Ao nível da dorsal, há subida de material rochoso a elevada temperatura. Parte desse
material funde, formando magma. Este consolida no rifte originando basalto, que é a
rocha que forma os fundos oceânicos.
 Assim, forma-se continuamente nova litosfera ao nível dos riftes enquanto ao nível das
zonas de subdução é destruída a litosfera mais antiga.
 O calor do interior da Terra é o motor das correntes de convecção, que por sua vez
arrastam consigo as placas, que fazem mover os continentes.
 Nos limites entre placas, estas podem chocar, afastar-se ou deslizar uma em relação à
outra.
 Os limites entre placas podem ser:
 Convergentes ou destrutivos – há destruição de litosfera – 2 placas colidem.
Estas placas podem existir entre:
 2 placas oceânicas – uma das placas mergulha sobre a outra, formando uma
fossa oceânica (zona de subducção); esta limite provoca sismos, vulcões.
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 1 placa oceânica e 1 placa continental – a placa oceânica sofre subducção.
Origina vulcões.
 2 placas continentais – não há subducção; formam-se montanhas;
 Divergentes ou construtivos – há construção de nova litosfera. Ocorre nas
zonas de rifte, as duas placas afastam-se em sentidos opostos.
 Conservativos ou transformantes – as placas deslizam horizontalmente uma em
relação à outra; não há formação nem destruição da litosfera. Origina sismos.
Mais perto do rifte – rochas mais recentes;
Mais longe do rifte – rochas mais antigas.
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2.2. DEFORMAÇÃO DAS ROCHAS

 Ocorrência de dobras e falhas


 As rochas podem ser alteradas devido a fatores como: tipo de rocha, características,
tipo de força, duração da força, temperatura a que está a rocha.
 Deformação das rochas – associadas aos movimentos das placas litosféricas
 Tipos de forças que deformam as rochas:
 Forças compressivas – provocam a compressão dos materiais. Tendem a
reduzir o volume da rocha ou a aproximar os blocos rochosos. Ocorrem
com frequência nos limites convergentes.
 Forças distensivas – provocam a distensão dos materiais. Tendem a
alongar a rocha ou a afastar os blocos rochosos. Ocorrem mais nos limites
divergentes.
 Forças de cisalhamento – provocam movimentos paralelos das rochas em
sentidos opostos. Ocorrem com frequência nos limites conservativos das
placas litosféricas.

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 O movimento das placas litosféricas:


 Separa continentes e cria oceanos, montanhas e ilhas;
 Altera a posição dos continentes, o que influencia o clima;
 Condiciona a distribuição e a evolução dos seres vivos.
 Dobras – resultam de forças compressivas, a rocha tem um comportamento dúctil,
ou seja, deformam a rocha sem a fraturar (ocorre mais na astenosfera).

 Antiforma – dobra cuja concavidade está voltada para baixo;


 Sinforma – dobra cuja concavidade está voltada para cima.

 Falhas: As
rochas
fracturam (partem); passa-se o limite da
resitência, o comportamento é frágil. Acontece
mais perto da superfície, nas zonas frias
(litosfera). Podem ser de 3 tipos:
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 Falhas normais – Resultam de forças distensivas. São frequentes nas
zonas de rifte. Ângulo menor sobe.
 Falhas inversas – Resultam de forças compressivas. São frequentes nas
zonas de colisão de placas. Ângulo menor desce.
 Falhas de desligamento – resultam de forças de cisalhamento. São
frequentes nas zonas das dorsais oceânicas e correspondem aos limites
conservativos.

 Formação de montanhas
 Inclui a formação de dobras e falhas
Esquema da origem dos Andes (convergência Esquema da formação dos Himalaias
entre uma placa oceânica e uma placa continental) (colisão de duas placas litosféricas)

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 Influência da Tectónica de placas na distribuição dos seres vivos  exemplo dos


Marsupiais

Mamíferos
Marsupiais placentários
Mamíferos
placentários

Marsupiais

Marsupiais
Marsupiais
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Já na Era Cenozóica deu-se a união da América do Norte com a do Sul. Ocorreu então a
migração de marsupiais da América do Sul para a América do Norte e a migração de mamíferos
placentários no sentido inverso.

3. CONSEQUÊNCIAS DA DINÂMICA INTERNA DA TERRA

3.1. ATIVIDADE VULCÂNICA

Vulcões – estruturas geológicas da crosta terrestre originadas a partir da expulsão de magma . É


uma abertura da crosta terrestre que coloca em contacto o interior e o exterior, por onde sai lava
e piroclastos.
Magma - material rochoso fundido, rico em gases, que se encontra em profundidade e a
elevadas temperaturas.
Lava – material rochoso fundido, pobre em gases, quando atinge a superfície.
Vulcanismo Primário – caracteriza-se pela ocorrência de erupções vulcânicas.

Um vulcão é formado por:


 Câmara magmática – local no interior da Terra onde se acumula o magma.
 Chaminé vulcânica – canal que liga a câmara magmática com o exterior, por onde
ascende o magma. 15
 Cratera – abertura da chaminé, em forma de funil, por onde são expelidos os materiais
vulcânicos. Corresponde ao alargamento da chaminé vulcânica.
 Cone vulcânico – formado por acumulação dos produtos vulcânicos em redor da
cratera.
 Chaminé, cone e cratera secundários ou adventícios – formados devido à pressão
exercida pelo magma na chaminé durante a subida.
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Tipos de vulcões:
 Submarinos;
 Fissural (os materiais são expelidos através de fendas);
 Quase sem cone;
 Tipo central (com um cone grande).

Materiais expelidos pelos vulcões:


 Gasosos – vapor de água, dióxido de enxofre, monóxido de carbono, entre outros gases.
(70 a 90%)
 Líquidos – lava. O magma, quando chega à superfície perde parte dos gases passando a
chama-se lava. A lava, quando consolida pode ter diferentes aspectos, consoante a sua
composição e as condições em que arrefece (lava de corda, com superfície rugosa ou
com formas de almofada).

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3. Lavas em almofada ou
1. Lava Encordoada - fluida  lavas – consolidadas no
pillow
2. Lavas escoriáceas - muito viscosas
fundo do mar

Sólidos – piroclastos. São materiais arrancados das paredes da chaminé vulcânica pela
passagem do magma ou que resultam da consolidação do magma durante a viagem no
ar. Por ordem crescente de dimensões dos piroclastos:
 cinzas - < 2 mm;
 lappili - diâmetro entre 2 – 64 mm);
 bombas – diâmetro > 64 mm
 blocos – diâmetro > 25 cm.
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 TIPOS DE ATIVIDADE VULCÂNICA
O tipo de actividade vulcânica depende da viscosidade da lava (resistência da lava em fluir),
que por sua vez depende de 2 fatores:
 Composição química do magma;
 Temperatura do magma.

Assim, existem 3 tipos de actividade vulcânica:

 ATIVIDADE EXPLOSIVA
 Projecção de grandes quantidades de materiais sólidos;
 Os magmas são viscosos e os gases libertam-se de forma violenta;
 Em algumas situações formam-se nuvens ardentes – formadas por gases,
piroclastos e lava a temperaturas muito elevadas;
 Cones de piroclastos, em geral altos e com vertentes íngremes.
 Exemplo: Vulcão Monte de Santa Helena – EUA

 ATIVIDADE EFUSIVA
 Emissão lenta de lavas em forma de escoadas (formam-se rios ou torrentes de
lava);
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 Os magmas são essencialmente fluidos e os gases libertam-se suavemente.
 Cones em geral baixos e de vertentes suaves, formados essencialmente por lava
solidificada.
 Exemplo: Vulcão Mauma Loa

 ATIVIDADE MISTA
 Alternância de períodos efusivos e explosivos.
 Os cones vulcânicos são formados por camadas alternadas de piroclastos e de
lava.
 Exemplo: Vulcão dos Capelinhos, Faial – Açores
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Características da ATIVIDADE
atividade vulcânica EFUSIVA MISTA EXPLOSIVA 
Viscosidade da lava Baixa Moderada Alta
Teor em gases da lava Baixo Moderado Alto
Teor em água da lava Alto Moderado Baixo
Correntes de lava Abundantes Moderadas Raras
Lapilli, Lapilli, bombas e
Piroclastos Inexistentes bombas e cinzas. Formação
cinzas de nuvens ardentes.
Baixo e de base Elevado, de base
larga, formado estreita e formado
exclusivamente por por lava e
Tipo de cone vulcânico Intermédio
lava. Pode reduzir-se piroclastos
a uma simples variados. Formação
fissura. de domas/ agulhas
VULCANISMO SECUNDÁRIO OU RESIDUAL
 Manifestações de actividade vulcânica de modo menos violento que as erupções;
 Nascentes termais – emissão contínua de águas quentes, ricas em sais minerais
(tratamentos médicos);
 Fumarolas – emissões de vapor de água e outros gases a temperaturas elevadas
(Podem atingir os 900º C). Podem ser sulfataras (emissão de gases ricos em
enxofre) ou mofetas (emissão de gases tóxicos).
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 Géiseres – jatos intermitentes de água e de vapor de água a altas temperaturas
através de fraturas. Podem atingir vários metros de altura.
A água emitida pelas diferentes formas de vulcanismo secundário vem sobretudo da chuva.
Esta água, acumulada em reservatórios subterrâneos, aquece por estar próximo da câmara
magmática e ascende à superfície, rica em sais minerais, no estado líquido ou gasoso.

 ESTRUTURAS VULCÂNICAS

1 - Nascente Termal; 2 - Géiser; 3 - Fumarola


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 Agulha vulcânica ou doma – em vulcões de actividade explosiva, a lava pode
solidificar dentro da chaminé formando-se esta agulha vulcânica, que se torna visível
por ser empurrada para o exterior ou por erosão do cone vulcânico.
 Caldeiras – depressões mais ou menos circulares maiores do que as crateras.
 Podem resultar do abatimento da parte central do vulcão após o esvaziamento da
câmara magmática ou da explosão do cone vulcânico.
 Muitas vezes, as caldeiras formam lagos por acumulação da água da chuva.

1. Lagoa do Fogo - Açores

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 BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE VULCÂNICA
 Solos férteis (devido às cinzas);
 Materiais valiosos (ouro, ferro, enxofre, diamantes…);
 Informações sobre a composição do interior da Terra (investigação científica);
 Atração turística (paisagem, vegetação);
 Produção de energia eléctrica (conversão de energia geotérmica);
 Bem para a saúde (termas…)

 RISCOS DA ATIVIDADE VULCÂNICA


 Destruição de construções humanas, paisagens, florestas e habitats
 Riscos para a saúde e até morte
 Inundações, incêndios

Nota: Os sismos e os vulcões do globo distribuem-se preferencialmente no limite de placas


tectónicas.
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 VIGILÂNCIA DE VULCÕES
A vigilância permite prever uma erupção
Medidas:
 Medição da inclinação do cone vulcânico, com clinómetros;
 Instalação de sismógrafos nas imediações do vulcão;
 Medição da temperatura com sondas inseridas no cone vulcânico, ou através de
sensores que também detetam ruídos subterrâneos;
 Recolha de amostras de gases junto à cratera;

Diminuição de danos e prejuízos:


 Evacuação dos habitantes em redor do vulcão;
 Desvio da corrente de lava com jatos de água fria, por bombagem de água do mar.

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3.2. ATIVIDADE SÍSMICA

 Sismo – Movimento brusco da crosta terrestre, ao longo de uma falha.


 Os sismos podem ter origem:
 no vulcanismo (deslocação do magma);
 deslizamento de terras;
 abatimento de grutas;
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 atividades humanas, como explosões em pedreiras, colapsos em minas,
testes nucleares ou enchimento de barrangens.
 Movimentos de placas litosféricas – são os mais comuns e catastróficos –
sismos tectónicos.

Ondas sísmicas – energia libertada bruscamente durante um sismo, em todas as direcções, sob
a forma de ondas. Estas ondas fazem vibrar os terrenos por onde passam até atingirem a
superfície terrestre, perdendo energia à medida que se afastam do local do origem.
Hipocentro ou foco – zona do
interior da Terra onde o sismo
tem origem.
Epicentro – local à superfície da
Terra situado na vertical do
Hipocentro. É o local de maior
intensidade sísmica.
Tsunami ou maremoto –
quando o epicentro de um sismo
se situa no mar, formando ondas
gigantes.
 Geralmente, os sismos são precedidos e seguidos de abalos menos violentos:
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 Abalos premonitórios – anteriores ao grande sismo;
 Réplicas – seguintes ao grande sismo.
Sismógrafos – aparelhos que registam as ondas sísmicas;
Sismograma – registo produzido pelo sismógrafo (gráfico)

 Avaliação dos sismos – 2 Escalas:


 Escala de Richter:
CIÊNCIAS 7º ANO
 avalia a magnitude de um sismo – corresponde à energia que é
libertada no hipocentro;
 essa energia é registada pelos sismógrafos e resulta de cálculos
matemáticos realizados a partir dos sismogramas. (escreve-se em
números).
 A escala de Richter é uma escala aberta, não tem limite superior.

 Escala Macrossómica Europeia (EMS - 98) ou de Mercalli


 Mede a intensidade de um sismo e avalia-se pelos efeitos produzidos nas
pessoas, objetos e natureza e pelos danos em edifícios e outras estruturas
construídas.
 Para determinar esta escala, observam-se os danos e fazem-se questionários
à população e registam-se os efeitos de um sismo.
 É uma escala qualitativa, classificada de I a XII.
 Isossistas – linhas que unem pontos de igual intensidade sísmica.
 Carta de isossistas – documento onde estão representadas as isossistas de
um dado sismo.
 NOTA: As cartas de isossistas baseiam-se em intensidade sísmica assim
sendo as isossistas apenas se marcam em Terra e nunca no mar. 22

 Sismicidade em Portugal
CIÊNCIAS 7º ANO
 Portugal está 200 km a norte da placa euro-asiática e da placa africana.

 Riscos de um sismo
 Diretos:
 Destruição de edifícios, pontes, infraestruturas, linhas de comunicação;
 Desmoronamento de terras;
 Liquefação de terrenos;
 tsunamis;
 Perda de vidas humanas.

 Indiretos:
 Propagação de incêndios por explosão de combustíveis
 Doenças

 Efeitos de um sismo – Dependem:


 da distância ao epicentro;
 da localização, em termos tectónicos, dessa região;
 da quantidade de energia libertada;
 do tipo de construções; 23
 do tipo de solo e de rochas;
 das formas de relevo,
 da densidade populacional;
 da preparação das pessoas para o sismo.

 Como diminuir os prejuízos associados aos sismos:


 estudar as falhas para compreender melhor a origem dos sismos;
 prevenir e proteger as pessoas e os bens, por exemplo, através da avaliação do
risco sísmico de cada região;
 desenvolver formas de construção mais resistentes,
 construção antissísmica e parassísmica – uso de materiais específicos,
“amortecedores” nas fundações dos edifícios, pêndulos de compensação de
movimentos…  Custos Elevados.
 Barreiras anti-tsunami;
 ter sistemas de alerta de tsunamis.
CIÊNCIAS 7º ANO
 Proteção dos efeitos de um sismo
Antes de um sismo…
 Aprender a desligar a eletricidade e a fechar a água.
 Não ter objetos e móveis que impeçam o movimento rápido de pessoas em caso de
emergência.
 Participar com empenho nas simulações da escola.

Durante um sismo…
 Dentro de casa…
 Dirigir-se para um canto interior da sala ou quarto, proteger-se debaixo das ombreiras das
portas ou de algum móvel sólido, como mesas ou camas.
 Manter-se afastado de janelas, espelhos e outros objectos que possam cair.
 Num grande edifício, não te precipites nas saídas. Nunca usar elevadores.

 Na rua…
 Mantém-te afastado de edifícios altos, postes de eletricidade e de outros objetos que te
possam cair para cima, como chaminés ou antenas. Dirige-te para um local aberto.
24
 Dentro do carro, parar longe de edifícios, muros, encostas, poste e cabos de alta tensão e
permanecer dentro da viatura.
 Em locais com muitas pessoas, seguir as ordens das pessoas responsáveis. Não te precipites
para as saídas.

Depois de um sismo…
 Manter a calma, podem ocorrer réplicas.
 Não acender fósforos nem isqueiros, pode haver fugas de gás.
 Cortar o gás, a eletricidade e a água.
 Sai de casa, sem usar elevadores.
 Afasta-te de praias, depois de um sismo pode vir um tsunami.
 Soltar os animais, eles tratam de si próprios.
 Se estiveres na rua não vás para casa.
CIÊNCIAS 7º ANO

3.3. ESTRUTURA INTERNA DA TERRA

 Métodos diretos:
 Vulcões
 Explorações de minas 25
 Sondagens

 Métodos indirectos:
 Sismos;
 Planetologia (meteoritos);
 Geotermia (temperatura)

 2 Modelos…
 Químico (3 camadas):
 Crosta
 Crosta continental (essencialmente granitos) – mais espessa, tem em
média 35 km de espessura, podendo atingir os 70 km em zonas de cadeias
de montanhas.
CIÊNCIAS 7º ANO
 Crosta oceânica (essencialmente basaltos) – tem 8 km de espessura.
 Manto – desde a base da crosta atá aos 2900 km de profundidade. É formada
por rochas muito densas, ricas em ferro e magnésio, como o peridotito.
 Núcleo – É a zona central da Terra. Estende-se até ao centro da Terra, a0s 6370
km de profundidade. Formado por ferro e níquel.

 Físico (5 camadas):
 Litosfera – estado sólido
 Astenosfera – plástica e deformável porque uma pequena parte está no estado
líquido
 Mesosfera – estado sólido
 Endosfera externa – estado líquido
 Endosfera interna – estado sólido (devido às elevadas pressões)

26
CIÊNCIAS 7º ANO

4. A TERRA CONTA A SUA HISTÓRIA

4.1. FÓSSEIS E SUA IMPORTÂNCIA PARA A RECONSTITUIÇÃO DA HISTÓRIA DA


TERRA

FÓSSEIS – registos de seres vivos ou da sua actividade preservados em rochas. Formam-se as


rochas sedimentares.
PALEONTOLOGIA – ciência que estuda os fósseis.
FOSSILIZAÇÃO – conjunto de etapas que levam à formação dos fósseis.

 Fatores que favorecem a fossilização:


27
 Temperatura ambiente baixa;
 Existência de partes duras no organismo (ossos, conchas, dentes);
 Soterramento rápido por sedimentos finos, que protejam dos predadores e da
decomposição (acontece mais no meio aquático e em ambiente calmo).

 Processos de fossilização:
 Moldagem – o organismo deixa um molde nos sedimentos onde está inserido;
posteriormente o organismo por desaparecer completamente, mas a sua forma fica
gravada na rocha.
Os moldes podem ser internos, externos ou contramoles. Ex: moldes de conchas, de
esqueletos, folhas, penas, etc.
 Mineralização – as partes duras do ser vivo vão sendo substituídas por minerais que se
encontram nos fluidos que circulam nas rochas. A forma e o tamanho original dos
organismo mantém-se. Ex: ossos, dentes, troncos de árvores, etc.
 Conservação ou mumificação – preservação do ser vivo na sua totalidade numa dada
substância, como o gelo ou o âmbar (resina primitiva). Ex: mamutes em gelo e insetos
em âmbar.
CIÊNCIAS 7º ANO
 Marcas – o que é preservado não é o ser vivo ou parte dele, mas vestígios da sua
atividade, como pegadas, dejetos ou ninhos com ovos.

 Importância dos fósseis na reconstituição da história da Terra:


Os fósseis dão-nos informações úteis para conhecer:
 Os seres vivos do passado e a sua evolução;
 Os ambientes do passado;
 Os climas do passado;
 A idade das rochas.

 Classificação dos fósseis


 Impressões – moldes externos de folhas ou outras partes de plantas.
 Marcas – Vestígios da actividade dos seres vivos. Ex: pegadas (locomoção), fezes
fossilizadas (alimentação), ovos (reprodução). Ex. coprólitos
 Fósseis vivos – fósseis de espécies que ainda existem na atualidade (também se pode
aplicar esta classificação aos seres vivos atuais dessa espécie). Ex: Ginkgo; Nautilus;
Caranguejo-ferradura. 28
 Fósseis de idade – Fósseis que permitem atribuir uma idade relativa a uma rocha; este
tipo de fósseis têm características especiais:
 Terem surgido num curto intervalo de tempo geológico;
 Têm grande distribuição geográfica. Ex. Trilobites e amonites.
 Fósseis de fácies ou de ambiente – fósseis que permitem identificar o ambiente
existente no local, na altura em que se formaram, porque apenas vivem em ambientes
muito específicos. Ex: os corais.

 Paleoambientes – fósseis que dão indicações do ambiente do passado.


 Paleoclimas – fósseis que dão indicações dos climas do passado;

 Princípio da Identidade Paleontológica


 Os estratos com os mesmos fósseis têm a mesma idade.

 Reconstituição da história da Terra


 Pensa-se que a Terra se formou há 4600 M.a.
CIÊNCIAS 7º ANO
 Os vestígios do passado, como os fósseis e as rochas, permitem formam etapas na
história do nosso planeta.
 Segundo a teoria da evolução, as novas espécies surgem a partir de outras, por evolução
lenta e gradual, de geração em geração.

 Todos os subsistemas terrestres sofreram alterações.


 Atmosfera – camada gasosa que envolve a Terra;
 Hidrosfera – toda a água da Terra: mares, rios, lagos, gelo e águas subterrâneas
 Geosfera – solo e rochas, incluindo as que se situam nas zonas mais profundas
do planeta.
 Biosfera – conjunto de todos os seres vivos que habitam a Terra.

 Escala do tempo geológico


 Esta escala divide-se em Eons, que se dividem em Eras geológicas. Estas ainda se
dividem em Períodos.
 A passagem de uma Era para outra deve-se a acontecimentos biológicos e/ou geológicos,
em que há mudanças bruscas pu catástrofes, como os seguintes:
 Extinções em massa – desaparecimento de grande número de espécies ao
mesmo tempo; 29
 Glaciações – períodos de arrefecimento da Terra;
 Aquecimentos globais – períodos de aumento da temperatura média da Terra.
 Regressões – recuo do mar em relação à linha de costa;
 Transgressões – avanço do mar em relação à linha de costa.

 As grandes etapas da História da Terra


 Arrefecimento e formação de uma crosta sólida;
 Formação dos oceanos primitivos;
Pré-  Aparecimento da vida (seres unicelulares e procariontes – seres muito
Câmbrico
simples, parecidos com bactérias);
(4600 M.a. –
 Primeiros seres pluricelulares;
540 M.a.)
 Primeiros seres eucariontes;
 Final do Pré-Câmbrico – grande diversidade de seres pluricelulares.
Era  Explosão da biodiversidade;
Paleozóica  Novas espécies, mais complexas aparecem nos oceanos;
(540 M.a. –  Era das trilobites;
250 M.a.)
 Formação de extensas florestas;
 Primeiros peixes e animais em concha;
 Aparecimento da vida em meio terrestre (anfíbios, répteis, insetos, fetos e
CIÊNCIAS 7º ANO
coníferas);
 Crise do final do Paleozóico – maior extinção em massa de seres aquáticos e
terrestres.
 Exemplo de um Período - Câmbrico
 Clima mais quente e seco que o atual;
 Os répteis dominavam os oceanos, em conjunto com os moluscos;
Era  Era das amonites e dinossauros;
Mesozóica  Primeiros mamíferos e aves;
(250 M.a. –  Primeiras plantas com flor;
65 M.a.)  Crise do final do Mesozóico – extinção em massa no meio terrestre e
aquático (ex. dinossauros).
 Exemplo de um Período – Jurássico
 Os continentes continuaram a dividir-se e a mover-se até à posição atual;
 Formaram-se grandes cadeias montanhosas, como os Himalaias, Andes,
Pirinéus.
Era  No início desta Era, o clima era quente e húmido, favorecendo o
Cenozóica aparecimento de densas florestas.
(65 M.a. -  Era dos mamíferos e plantas com flor no ambiente terrestre;
atualidade)  Nos últimos 2 M.a., o clima alterou-se, ocorrendo 4 glaciações que afetaram
todos os ambientes terrestres.
 Surgiram os primeiros hominídeos, cuja evolução levou ao Homem atual;
 Exemplo de um Período – Quaternário 30
 Datação das rochas
 Datação absoluta – atribuir às rochas uma idade, em milhões de anos, por processos
físico-químicos complexos.
 Datação relativa – datar as rochas umas em relação às outras. Nesta datação usamos
2 princípios:
 Princípio da sobreposição dos estratos – cada estrato é mais recente que
aquele que está por baixo e mais antigo do que o que está por cima . Este
princípio apenas se aplica quando a posição em que os estratos se formaram não
foi alterada. ESTRATO MAIS RECENTE

ESTRATO MAIS ANTIGO


 Princípio da identidade paleontológica – estratos com os mesmos fósseis têm
a mesma idade;
CIÊNCIAS 7º ANO

31

5. CIÊNCIA GEOLÓGICA E SUSTENTABILIADE DA VIDA NA TERRA


CIÊNCIAS 7º ANO
5.1. O CONTRIBUTO DO CONHECIMENTO DA VIDA NA TERRA PARA A
SUSTENTABILIDADE DA VIDA NA TERRA

 Consequências do homem como agente geológico:


 Cria processos que existiram sem a sua intervenção;
 Acelera ou retarda os processos naturais, como:
 Alteração do relevo em minas de superfície;
 Criação de áreas emersas artificiais;
 Criação de lagos artificiais (albufeiras).

Algumas destas acções humanas alteram os subsistemas, aumentando o risco de erosão,


desmoronamento, cheias ou poluição.

Barragens – barreiras, construídas pelo Homem, que impedem o fluxo natural de água num rio,
levando à acumulação de grandes massas de água e à formação de grandes lagos artificiais –
albufeiras.
A construção de barragens:
 Benefícios:
 Produção de energia renovável;
 Reserva de água para eventuais períodos de seca.
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 Consequências:
 Alteração do regime natural de erosão e deposição de sedimentos;
 Retira energia transportadora à água do rio;
 O menor transporte e deposição de sedimentos intensifica a erosão do litoral.

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