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Geologia – resumos teste 07/12

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Datação absoluta ou radiométrica:

▪ Permite obter um valor numérico para a idade das rochas, em M.a.;

▪ Baseia-se na desintegração de isótopos radioativos naturais (instáveis/pai), formando


isótopos estáveis/filho – a energia proveniente desta desintegração é a principal fonte
de calor interno da Terra;

▪ Uma semivida corresponde ao tempo necessário para que metade do valor de


isótopos-pai se torne em isótopos-filho;

▪ A razão calcula-se dividindo a quantidade de isótopos-pai pela de isótopos-filho – para


um determinado par de isótopos pai e filho, a sua razão é menor numa rocha mais
antiga, quando comparada a uma recente;

▪ Este método não se aplica a rochas sedimentares – visto que os minerais que as
compõe se formam antes da rocha e têm diferentes origens – nem a rochas
metamórficas – pois estas sofrem processos de recristalização, a incorporação de
isótopos é aleatória e podem-se perder isótopos devido às altas pressões.

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Tema 1 – Vulcanologia

Vulcanismo primário – central e fissural:

▪ Estrutura de um vulcão (vulcanismo primário central):

Cone vulcânico – elevação de forma cónica, resultante da acumulação de materiais


libertados durante erupções sucessivas;

Chaminé vulcânica – canal no interior do aparelho vulcânico, que estabelece a


comunicação entre a câmara magmática e o exterior;

Cratera vulcânica – abertura do cone vulcânico em forma de funil, que se localiza no


topo da chaminé vulcânica, formada por explosão ou colapso da chaminé;

Câmara magmática – local situado no interior da Terra onde se acumula magma. Nem
todos os vulcões possuem esta estrutura – por vezes o magma ascende diretamente
da zona onde é gerado.
▪ Materiais expelidos durante uma erupção vulcânica

Gasosos – Vapor de água, dióxido e monóxido de carbono, di-hidrogénio, enxofre,


cloro…;

Líquidos – Lava;

Sólidos – Piroclastos
- Piroclastos de queda: poeiras vulcânicas (<1/16mm), cinzas (<2mm), lapilli ou
bagacina (2-64mm), bombas ou blocos (>64mm).
- Piroclastos de fluxo: nuvens ardentes (massa densa de gases, cinza e água
incandescente que se desloca à superfície a grande velocidade), escoadas de lama ou
Lahars (formam-se com a mistura de água no estado líquido e cinzas).

▪ Formação de caldeiras: Vulcão em erupção -> esvaziamento parcial ou total da câmara


magmática -> colapso do aparelho vulcânico formando-se uma depressão com bordos
abruptos (caldeira) -> acumulação/retenção de águas pluviais, formando lagoas

▪ Tipos de solidificação de lavas…

…pouco viscosas:
- Lavas encordoadas/pahoehoe – deslocam-se com muita facilidade graças à sua
fluidez, formando extensas escoadas de lava que, quando solidificada, origina
superfícies com aspeto semelhante a cordas.
- Lavas escoriáceas/AA – mais viscosas que as lavas pahoehoe, que se deslocam
lentamente, originando superfícies ásperas, angulosas e muito fissuradas devido à
rápida perda de gases quando solidificam.
- Lavas em almofada/pillow lavas – lavas mais viscosas que arrefecem dentro de água,
ganhando o aspeto de “almofada”.

…muito viscosas e fenómenos associados:


- Agulhas vulcânicas – formam-se quando a lava é de tão grande viscosidade que acaba
por solidificar na chaminé, impedindo a saída de lava e gases, originando enormes e
violentas explosões.
- Domos/cúpulas – à semelhança das agulhas, impedem a saída de lava e gases.
Formam-se com a solidificação de lava na cratera vulcânica.
- Nuvens ardentes – massas densas de cinzas e gases incandescentes que se
movimentam a altas velocidades, de caráter extremamente destrutivo.

▪ Vulcanismo e tectónica de placas

Interplaca:
- Vulcanismo de subducção – magmas de origem pouco profunda, provenientes da
fusão dos materiais da placa que subducta; o contacto com água/hidratação dos
minerais faz baixar o ponto de fusão, formando-se magma a temperaturas mais baixas,
apresentando maior viscosidade, ou seja, está maioritariamente associado a
vulcanismo explosivo.
- Vulcanismo de vale de rifte – erupções do tipo efusivo; o magma provém da
astenosfera/litosfera profunda.
Intraplaca (hotspot):
- a nível oceânico – criação de cadeias de vulcões extintos; atividade vulcânica efusiva
ou mista.
- a nível continental – criação de cadeias de vulcões extintos; atividade vulcânica
explosiva, por conta da sílica presente nas rochas da litosfera, que têm caráter ácido.

▪ Estado eruptivo de um vulcão:

Ativo – encontra-se em erupção ou tem potencial para o fazer, bem como todos os
que demonstraram atividade ao longo do Holocénico.

Adormecido – não mostra atividade recente, porém poderá mostrar sinais precursores
e entrar em erupção novamente.

Inativo/Extinto – não possui registos de atividade “recente” e apresenta um elevado


grau de erosão.

Vulcanismo secundário/residual:

▪ Fumarolas: emissão de gases a temperaturas muito elevadas, predominando a


libertação de vapor de água
- Mofetas – fumarolas ricas em monóxido e dióxido de carbono
- Sulfataras – fumarolas ricas em compostos de enxofre

▪ Géiseres: emissão descontínua de água a ferver e vapor de água através de fraturas no


solo.

▪ Nascentes termais: fontes de água aquecida em profundidade, que surge à superfície a


uma temperatura superior (em, pelo menos, 4C) à temperatura ambiente. São ricas
em sais minerais, pelo que são frequentemente usadas para fins terapêuticos.

Geotermia: Calor interno da Terra


▪ Fontes – Decaimento/desintegração radioativa
Compressão dos materiais que se acumulam na Terra
Energia primitiva resultante da colisão de planetesimais.

▪ Manifestações – Atividade vulcânica (primária e secundária)


Atividade sísmica
Movimento das placas tectónicas

▪ Gradiente térmico – variação da temperatura em profundidade.

▪ Fluxo geotérmico – transferência de calor, do interior da Terra (mais quente), para a


superfície (mais fria).
▪ Grau geotérmico – distância necessária, em profundidade, para aumentar a
temperatura em 1C.

▪ Distribuição do calor interno da Terra:


- Zonas quentes – elevado gradiente geotérmico; elevado fluxo geotérmico; baixo grau
geotérmico.
- Zonas frias – reduzido gradiente geotérmico; reduzido fluxo geotérmico; grau
geotérmico elevado.

▪ Aproveitamento geotérmico:
- Alta entalpia (temperaturas superiores a 150C) -> produção de energia.
- Baixa entalpia (temperaturas entre os 50C e os 150C) -> piscicultura, estufas…

Benefícios do vulcanismo:

Apesar de todo o risco que residir nas proximidades de um vulcão traz, existem também
inúmeras vantagens associadas à sua atividade:

▪ Rochas e gases de origem vulcânica são importantes recursos/matérias-primas, para


edificação e indústrias como metalúrgica ou química;
▪ Os solos tornam-se extremamente férteis;
▪ A energia geotérmica de baixa e alta entalpia substitui combustíveis fósseis;
▪ Atração turística, que fomenta o desenvolvimento da região;
▪ Fenómenos vulcânicos secundários beneficiais à saúde.

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Tema 2 – Sismologia

Sismo: movimento vibratório repentino da geosfera

▪ Tectónico – relacionado com o movimento das placas tectónicas.


▪ Vulcânico – relacionado com o movimento de magma e gases no interior do aparelho
vulcânico.
▪ De colapso – relacionado com fenómenos como derrocadas ou avalanches.

Comportamento das rochas:


▪ Regime dúctil (temperaturas e pressões elevadas):
- Atuação de forças compressivas – dobras
- Atuação de forças distensivas – estiramentos
- Atuação de forças de cisalhamento – cisalhamento
▪ Regime frágil (temperaturas e pressões baixas):
- Atuação de forças compressivas – falha inversa (o teto sobe)
- Atuação de forças distensivas – falha normal (o teto desce)
- Atuação de forças de cisalhamento – falha transformante

▪ Teoria do ressalto elástico:

1 – as forças/tensões atuam sobre as rochas, ao longo de milhares de anos, levando à


acumulação de grandes quantidades de energia;
2 – quando o limite de resistência/elasticidade das rochas é ultrapassado, ocorre a
rutura das rochas, formando-se uma falha ou reativação de uma falha já existente;
3 – o movimento brusco dos blocos rochosos (ressalto) permite a libertação de energia
sob a forma de calor e ondas sísmicas.

▪ Parâmetros de caracterização sísmica:

- Sismos superficiais – Profundidade focal <70 km; associados a limites convergentes


O-><-O, O-><-C e C-><-C, bem como a limites divergentes.
- Sismos intermédios – Profundidade focal 70-300 km; associados a limites
convergentes O-><-O, O-><-C e C-><-C.
- Sismos profundos - Profundidade focal >300 km; associados a limites convergentes
O-><-O e O-><-C.

Ondas sísmicas:

▪ Ondas primárias/longitudinais/P
- As partículas vibram paralelamente à direção de propagação das ondas;
- Propagam-se em todos os meios;
- São as ondas mais rápidas e de menor amplitude (primeiras a ser detetadas no
sismógrafo);
- A velocidade varia diretamente com a rigidez, a incompressibilidade e inversamente
com a densidade.

▪ Ondas secundárias/transversais/S
- As partículas vibram perpendicularmente à direção de propagação das ondas;
- Propagam-se em meios sólidos, a uma velocidade inferior à das ondas P, cuja
amplitude é menor quando comparada com a das ondas S;
- A velocidade varia diretamente com a rigidez e inversamente com a densidade.
▪ Ondas superficiais/longas/L
- Apresentam uma grande amplitude

o Ondas de Love
- As partículas do material vibram horizontalmente, mas perpendicularmente à
direção de propagação das ondas;
- Propagam-se em meios sólidos.

o Ondas de Rayleigh
- As partículas do material descrevem um movimento elítico num plano
perpendicular à direção de propagação das ondas;
- Propagam-se em meios sólidos e líquidos;
- Menor velocidade que as ondas de Love.

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