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RESUMO DE
GEOLOGIA
10º ANO
Hidrogeologia Vulcanologia
Mineralogia Geomorfologia
GEOLOGIA
Paleontologia Tectónica
Sismologia Petrologia
Estratigrafia
Atividade
Geológicas
Vulcânica
Causas das
Migração dos
Extinções em
Continentes
Massa
Queda de
Cosmológicas
Meteoritos
História de uma extinção (Páginas 14-17)
Impacto de Extinção dos
um Meteorito Dinossáurios
Afeta as
Nuvem de
Cadeias
Poeiras
Alimentares
Não há
Obscuridade
fotossíntese
Ver Páginas 14 a 17
Argumentos de Wegener:
1º Argumento - Morfológico – Os continentes encaixam como peças de um puzzle
2º Argumento - Geológico ou Litológico – As massas rochosa fazem parte de cadeias que
têm continuidade de um continente para outro.
3º Argumento - Paleontológico – Wegener encontrou fósseis dos mesmos seres vivos em
continentes atualmente distintos.
4º Argumento - Paleoclimáticos – Encontraram-se sedimentos glaciares em zonas como
América do Sul e África, o que indica que estes continentes já estiveram a latitudes
polares e que depois se afastaram, mantendo os registos nas rochas.
A Teoria da Deriva dos Continentes foi rejeitada pela comunidade científica da época porque
Wegener não conseguiu responder a uma pergunta fundamental: Que tipo de força
conseguiria mover tão grandes massas a tão grandes distâncias.
Expansão dos fundos oceânicos: Descobriu-se que a superfície do fundo dos oceanos tinha
um relevo muito acidentado. Existem cadeias montanhosas submarinas (dorsais oceânicas).
A primeira cadeia submarina descoberta foi a dorsal médio-atlântica.
Os fundos oceânicos são formados por basaltos;
Os basaltos são progressivamente mais velhos à medida que se afastam do rifte, o que
indica que são formados no rifte;
A crosta oceânica é formada nos riftes e reciclada nas zonas de subducção.
Os riftes correspondem a zonas de fratura da litosfera. O mesmo acontece ao nível das
fossas oceânicas.
A litosfera encontra-se fraturada ao nível dos riftes e das fossas. Cada fragmento é uma placa
tectónica ou litosférica.
Limites de Placas
(ver tabela Pág. C35 do Caderno)
Ocorre uma falha quando há rutura de
um bloco em relação a outro e
respetivo deslocamento.
TEMA II - A Terra – um planeta muito especial
FORMAÇÃO DO SISTEMA SOLAR (Páginas 82-99)
Provável origem do Sistema Solar e dos Planetas (Páginas 82-84)
Teoria Nebular Reformulada
Formação de uma nuvem primordial, rica em elementos pesados, fria de grandes
dimensões e constituída por gases e matéria interestelar;
Devido à força gravítica, a parte central da nuvem condensa e aquece, atingindo
milhões de graus, dando início a reações termonucleares;
A velocidade de rotação aumentou ao longo de milhares de anos, o que achatou a
nebulosa ficando com a forma de um disco;
No centro da nebulosa formou-se o protossol, que mais tarde originou o Sol.
Nas regiões mais internas da nébula e devido às altas temperaturas, acumulou-se e
condensou-se material mais denso e rochoso, o que originou os planetas telúricos ou
terrestres;
Nas regiões mais periféricos e devido às baixas temperaturas, originaram-se os planetas
gasosos e de menor densidade.
Argumentos que apoiam a Teoria Nebular:
1º Argumento - Os planetas encontram-se quase todos no mesmo plano equatorial;
2º Argumento - As órbitas dos planetas são quase circulares (elípticas);
3º Argumento - Os planetas gasosos encontram-se na parte exterior do Sistema Solar e os
rochosos na parte interior.
Planetas e Pequenos Corpos do Sistema
Solar (Páginas 82-84)
Planetas
Planetas Principais: Corpos que orbitam em torno do
Sol. Apresentam gravidade própria, uma massa
suficiente para ter gravidade própria e forma
arredondada. Apresentam uma órbita desimpedida.
Podem ser Planetas Telúricos e Interiores ou Gasosos e
Exteriores.
Planetas Anões: Corpos Celestes muito semelhantes a
um planeta principal. Orbitam em torno do Sol.
Possuem forma arredondada. A órbita pode não estar
desimpedida. No caso de Plutão, a sua órbita cruza-se
com a de Neptuno. Encontram-se essencialmente na
Cintura de Kuiper. Alguns planetas anões localizam-se
na Cintura de Asteroides.
Planetas Secundários: São planetas de pequenas
dimensões, que giram em tordo dos planetas
principais, e são também conhecidos por satélites
naturais.
Características dos Planetas Telúricos (Mercúrio, Vénus, Terra e Marte):
Pequenas dimensões;
Elevada densidade;
Movimento de rotação lento;
Estão estruturadas em camadas;
Possuem poucos satélites.
Características dos Planetas Gasosos (Júpiter, Saturno, Úrano e Neptuno):
Grandes dimensões;
Baixa densidade;
Movimento de rotação rápido;
Essencialmente formados por gases;
Movem-se com maior velocidade;
Têm muitos satélites naturais.
A maioria dos planetas gira no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio – sentido direto.
No entanto, Vénus possui um movimento no sentido retrógrado, isto é, no sentido dos
ponteiros do relógio. Úrano aparenta ter também movimento retrógrado, devido ao seu eixo
de rotação
Classificação de Meteoritos
A Terra – Acreção e Diferenciação (Páginas 96-97)
Admite-se que os planetas do Sistema Solar se formaram a
partir da aglutinação de planetesimais e de fenómenos de
acreção, formando primeiramente um protoplaneta
homogéneo e pouco denso. Os planetas rochosos, tal como a
Terra, sofreram fusões no interior devido à energia do Sol, à
energia da acreção e à energia libertada por reações nucleares.
Assim, os elementos mais densos, como o ferro e o níquel, afundaram-se para o interior e os
menos densos emergiram para a superfície, num processo denominado por diferenciação. Os
gases, essencialmente vapor de H2O e compostos ricos em C, N e SO4/SO3, acumularam-se na
proximidade do planeta formando uma atmosfera primitiva. A desgaseificação terá sido a
fonte de vapor de água que se acumulou e originou os nossos oceanos.
Morfologia Continental
Cratões ou escudos: Porções mais antigas da crosta continental, que se mantiveram estáveis
por mais de 500 M. anos, sem ser afetados por movimentos tectónicos ao longo da história
da Terra. Foram intensamente dobrados e metamorfizados e possuem intrusões magmáticas
predominantemente graníticas.
Plataforma estável: Zonas extensas cobertas por sedimentos da erosão dos escudos.
Constituídas principalmente por rochas sedimentares.
Morfologia Oceânica
Plataforma continental: Corresponde às zonas marginais dos continentes, isto é, são
prolongamentos submarinos e as suas profundidades não ultrapassam os 200 metros.
Talude continental: É a transição entre o continente e o oceano. O declive é muito acentuado
e pode ultrapassar os 4000m de profundidade.
Planície abissal: Apresenta inclinações muito suaves e encontram-se a profundidades entre os
4000m e os 6000m. Por vezes, estas superfícies aplanadas são interrompidas por cadeias
montanhosas submarinas. Ocorre nas planícies abissais grande deposição de sedimentos
finos.
Dorsal médio-oceânica: Forma de relevo constituída por rifte, cumes acidentados, relevos mais
modestos e falhas geológicas transformantes.
Fossas oceânicas: Zona de subducção de Placas Tectónicas. Estão profundamente entalhadas
no fundo oceânico. Localizam-se nas margens dos continentes ou na planície abissal. Podem
ter uma profundidade de até 11000 metros.
Intervenções do Homem nos Subsistemas Terrestres
(Páginas 116-127)
Desde os primórdios da Humanidade que o Homem teve necessidade
de explorar os recursos que a Terra dispõe para a sua sobrevivência, a
começar pelo ar, que contem o oxigénio utilizado na respiração
aeróbia, até, por exemplo, a materiais para fabricos de utensílios, para
a construção, medicina, e a fontes de energia fóssil e nuclear.
Crescimento demográfico – Explosão demográfica acarretou resultados dramáticos como:
Aumento da exploração dos recursos naturais;
Aumento da produção e acumulação de resíduos;
Aumento do número de catástrofes devido à ocupação de áreas de risco.
Consequências do crescimento demográfico:
Crise energética;
Falta de água potável;
Esgotamento de minerais;
Desflorestação e Desertificação;
Degradação e destruição de Habitats;
Redução da Biodiversidade.
Recursos Naturais
Recursos Hídricos: Correspondem à água que pode ser utilizada nas atividades humanas. A
água doce constitui o recurso hídrico essencial. Ex: Aquíferos
Consequências da exploração:
Sobre-exploração;
Poluição/Destruição de reservas (aquíferos);
Desvio de águas.
Recursos Minerais: Constituem este tipo de recursos as rochas, os
minerais, e os solos. Podem ser recursos minerais metálicos e
minerais não-metálicos. Ex: Mina de Diamantes
Consequências da exploração:
Escombreiras → Amontoados de resíduos não
aproveitados dos minérios;
Poluição;
Esgotamento.
Recursos Biológicos: Constituem este tipo de recurso os seres vivos com interesse para o
Homem, para uso alimentar, extração de matérias-primas como as florestas. Ex: Florestas
Consequências da Exploração:
Sobre-exploração;
Introdução de espécies exóticas;
Desflorestação;
Diminuição da Biodiversidade;
Poluição;
Recursos Energéticos: É qualquer fonte que possa ser aproveitada para produzir energia. Ex:
Carvão. Divide-se em:
Recursos Energéticos Renováveis → Energia solar,
eólica, hídrica, marés e ondas, geotérmica, biomassa;
Recursos Energéticos Não-Renováveis → Combustíveis
Fósseis e Energia Nuclear.
Consequências da Exploração:
Chuvas ácidas;
Poluição;
Aquecimento Global.
Consequências da Exploração dos Recursos Naturais:
Poluição da água, dos solos e do ar;
Aumento do Efeito de Estufa (Aquecimento Global)
Degradação da Camada de Ozono;
Chuvas Ácidas;
Impacte Ambiental: Conjunto de ações ou comportamentos do Homem sobre os subsistemas
terrestres, capazes de interferir no seu equilíbrio ambiental.
Desenvolvimento Sustentável: Conjunto de processos e atitudes que podem satisfazer as
necessidades do presente sem comprometer as necessidades das gerações futuras.
Resíduos
Sistema Integrado de Gestão de Resíduos:
Aterros sanitários;
Unidades de Incineração;
Centrais de Compostagem;
ETAR;
Centros de Recolha Seletiva;
Vulcanismo Primário
Caracteriza-se pela ocorrência de erupções vulcânicas. As aberturas que se formam para a
libertação dos materiais designa-se aparelho vulcânico.
As manifestações primárias de vulcanismo podem ser do
tipo central ou do tipo fissural.
Vulcanismo Central
Vulcão: É uma abertura natural, através do qual são
expelidos materiais líquidos, sólidos e gasosos, quer à
superfície dos continentes, quer nos fundos oceânicos. O
aparelho vulcânico é formado por:
Câmara magmática; Cratera;
Chaminé vulcânica; Cone Vulcânico.
Formação de uma caldeira: O esvaziamento
total/parcial da câmara magmática torna o aparelho
vulcânico instável por falta de apoio de sustentação
do cone, o que pode conduzir ao seu abatimento.
Neste caso formam-se caldeiras que têm de possuir
no mínimo 1km de diâmetro. Estas caldeiras podem
ser preenchidas por águas pluviais e originar lagoas,
como é o caso da Lagoa das Setes Cidades (Açores).
Vulcanismo fissural
Tipo de erupção que ocorre quando o magma básico e fluido ascende através de longas
fissuras que podem atingir até 25 km de comprimento. Ex: Planalto do Decão (Índia)
Produtos expelidos numa erupção vulcânica
Piroclastos: Cinzas, Lapili, Bombas (forma arredondada) e blocos (forma angulosa);
Gases: Os gases que predominas durante uma erupção vulcânica são o vapor de água, óxidos
de carbono e enxofre, hidrogénio e azoto;
Lavas: Material rochoso fundido com origem no magma, mas que perdeu uma quantidade
substancial de gases.
Classificação da lava consoante a quantidade de sílica
Básica – SiO2 < 52% | Intermédia - 52% < SiO2< 65% | Ácida - SiO2 > 65%
Viscosidade das lavas: Depende da temperatura da lava, da quantidade de sílica e da
capacidade de retenção de gases.
Classificação da lava consoante a viscosidade
Lava Viscosa Lava Fluida
𝑇~ 800º𝐶 𝑇~1500º𝐶
Rica em Sílica → ÁCIDA Pobre em Sílica → BÁSICA
Dificuldade em libertar gases Facilidade em libertar gases
Erupção Explosivas Erupção Efusivas
Desvantagens do Vulcanismo
Morte de Seres Danos Materiais;
Vivos; Incêndios.
Vantagens do Vulcanismo
Aproveitamento de Energia Geotérmica (o qual depende da temperatura de
emergência dos gases e dos fluidos termais);
Desenvolvimento de indústrias de exploração de produtos minerais tais como o
enxofre e o ouro;
Utilização agrícola dos solos férteis devido à deposição de cinzas vulcânicas;
Interesses Turísticos e Medicinais.
Um sismo não é um fenómeno isolado, é precedido por abalos premonitórios, que indicam a
ocorrência de um sismo principal e sucedido por réplicas.
Ondas Sísmicas
Ondas elásticas produzidas por um sismo e que se propagam segundo superfícies concêntricas
a partir do foco.
Ondas P: As partículas vibram paralelamente à direção de propagação de onda. São ondas
longitudinais. Provocam alteração no volume dos materiais. São as mais velozes. Propagam-
se em meios sólidos, líquidos e gasosos.
Ondas S/Transversais: Alteram a forma dos materiais. As partículas vibram
perpendicularmente à direção de propagação da onda. Propagam-se em meios sólidos. São
menos velozes que as P.
Ondas de Love: As partículas vibram horizontalmente fazendo um ângulo reto com a direção
de propagação. Propagam-se em meios sólidos.
Ondas de Rayleigh: As partículas descrevem um movimento elástico num plano perpendicular
à direção de propagação.
A velocidade de propagação das ondas sísmicas internas depende das propriedades físicas da
rocha que atravessam, ou seja dependa da densidade, da rigidez e da incompressibilidade.
Deteção e Registo de Sismos (Páginas 181-187)
Sismógrafos: São aparelhos de precisão que registam em sismogramas os movimentos do solo
provocados pelas ondas sísmicas. Os movimentos verticais podem ser registados
suspendendo a massa inerte por uma mola. Os movimentos horizontais são registados pelos
sismógrafos cuja massa está ligada à estrutura por um braço.
Distância Epicentral: Distância da estação ao epicentro. Para localizar o epicentro são
necessárias 3 estações no mínimo.
𝐷𝐸 = [(𝑆 − 𝑃) − 1] × 1000
Localizando o epicentro: Sabendo
a distância epicentral de 3
estações é possível localizar o
epicentro. O ponto de interseção
das três circunferências deve
corresponder ao epicentro.
Velocidade da onda sísmica:
Conhecendo a distância epicentral
e o tempo gasto, podemos calcular a velocidade de qualquer tipo de onda, através da fórmula
DE
𝑣=
Δ𝑡
Tsunami
É quando o epicentro de um sismo com foco pouco profundo se localiza no oceano originando
uma onda marinha gigante designada por tsunami ou raz de maré.
No momento em que ocorre a libertação de energia, o fundo oceânico é sacudido devido ao
movimento da falha e ocasiona a compressão da massa de água fazendo com que o nível do
mar suba e origine uma vaga. Esta apresenta em alto mar fraca amplitude e grande velocidade.
À medida que se propaga e se aproxima das zonas costeiras, a onda é travada e há um
aumento da sua amplitude.
Sismicidade em Portugal (Páginas 188-191)
A sismicidade, em Portugal, não é, normalmente, nem muito intensa, nem muito frequente.
No entanto, o território tem sido atingido por diversos sismos com elevada magnitude e
intensidade, tendo sido detetados eventos desde há mais de dois milénios.
Sismicidade Interplacas
Região dos Açores
Devido à sua localização junto à fronteira divergente de placas e ao ponto triplo, a região dos
Açores é caracterizada por sismicidade assinalável.
Banco do Gorringe
A maioria dos autores, fundamentados na distribuição dos
danos, localiza a área epicentral de alguns dos sismos históricos
mais importantes que afetaram o território de Portugal
continental, no mar a sudoeste do cabo de São Vicente, na
região do Banco do Gorringe. O banco do Gorringe é um
fragmento de crosta oceânica e de manto infra oceânico
exumado antes do Cretácico Inferior.
Sismicidade Intraplacas
Além da sismicidade associada à deformação litosférica na
fronteira de placas Açores-Gibraltar, existe também atividade
sísmica significativa no interior do território português e junto
ao litoral.