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Este possui sempre uma fronteira /interface (real ou imaginária) designada por parede
ou limite do sistema. Se um sistema for constituído por várias partes distintas diz-se
que é composto e cada uma dessas partes chama-se de subsistema.
-A quantidade de matéria neste sistema é finita e limitada, quer isto dizer que os
recursos naturais do nosso planeta são tudo o que temos na atualidade e para o
futuro.
-Os materiais poluentes resultantes da atividade humana acumulam-se no interior
do sistema com consequências potencialmente danosas.
-Quando ocorrem alterações num dos subsistemas da Terra, as consequências dessas
alterações poderão afetar os outros subsistemas pois estes são abertos, dinâmicos e
interdependentes uns dos outros.
Fonte externa
Fonte interna
Crusta terrestre
Litosfera
Crusta oceânica
Astenosfera
Manto
6371km Núcleo
Núcleo externo (líquido)
Núcleo interno
Hidrosfera: constituída pela água no estado líquido e sólido, tais como rios, lagos,
mares, oceanos, glaciares, etc.
Para muitos cientistas, as grandes massas de água no estado sólido constituem outro
subsistema, a criosfera.
Há várias atividades que dependem da água e dentro delas há a estabilização do clima
terrestre. Os oceanos absorvem grande parte da radiação solar que atinge a superfície
do globo e esta energia é distribuída por todo planeta através de correntes oceânicas.
Nitrogénio- 78,08%
Oxigénio- 20,95%
Árgon- 0,93%
Vapor de água- 0 a 4 %
Biosfera: conjunto formado por todos os seres vivos incluindo o ser humano.
O ser humano por exercer muitas influências sobre os subsistemas terrestres, alguns
cientistas propõem que ele constitua um subsistema independente, designado por
antroposfera.
Os limites da biosfera são muito difusos e não são possíveis de delimitar de uma forma
objetiva. Todavia, as formas de vida ocupam as zonas mais elevadas da troposfera e as
zonas mais profundas dos oceanos. Desde sempre, a vida tem encontrado formas de
se adaptar a diversos ambientes.
Interações de subsistemas
O ser humano, como elemento importante do subsistema biosfera, é aquele que
consegue estabelecer com todos os subsistemas um maior número de relações. Deste
modo, qualquer desequilíbrio provocado pela intervenção humana pode ter
consequências graves no sistema Terra, alterando os ecossistemas.
Geosfera Hidrosfera Atmosfera Biosfera
Geosfera A água pode Libertação de A geosfera é o principal
absorver gases e poeiras suporte de vida.
minerais. por causa de Os seres vivos são
A água pode erupções agentes de meteorização
- alterar vulcânicas. e erosão.
fisicamente e A atmosfera é O metabolismo de
quimicamente um agente de alguns seres vivos resulta
as rochas. meteorização, em rochas sedimentares
erosão e biogénicas.
transporte.
Hidrosfera - - Ciclo da água. A água é o principal
As acumulações constituinte dos seres
de água são vivos.
importantes As grandes áreas
reguladores florestais influenciam a
térmicos. distribuição de
precipitação.
Atmosfera - - - O2 e CO2
Camada de ozono.
Biosfera - - - -
Seres vivos (matéria Seres autotróficos
orgânica)
Matéria
mineral (sais
minerais)
As rochas
Ciclo litológico (ciclo das rochas):
sedimentogénese
Meteorização
Erosão
transporte
Rocha Deposição/sedimentação
magmática
diagénese
extrusiva ou
vulcânica
Rocha
magmática Rochas sedimentares
intrusiva ou
plutónica
Aumento da
temperatura
e da pressão
Rochas metamórficas
Magma
Fusão
Rochas sedimentares
meteorização (física
ou química)
sedimentogénese erosão
(formação de
sedimentos)
transporte
Processos envolvidos
sedimentação ou
na formação de
deposição
rochas sedimentares
compactação
diagénese desidratação
cimentação
Erosão: é a remoção de material sólido que pode, então, ser deslocado para outros
locais, através do transporte pela água, gelo, vento e/ou gravidade.
Tipos de sedimentos:
-detríticos. Ex.: areias, argilas, balastros…
-quimiogénicos. Ex.: iões dissolvidos na água, …
-biogénicos. Ex.: conchas, …
Rochas metamórficas
As rochas permanecem no estado sólido durante o metamorfismo, e os fluidos,
principalmente a água, desempenham um papel significativo no processo
metamórfico, a par da pressão, da temperatura e do tempo, fatores estes que atuam
em condições termodinâmicas superiores às da diagénese e inferiores às do
magmatismo.
Nota: o mármore, rocha metamórfica, forma-se a partir do calcário. Pode ter origem
por metamorfismo regional ou de contacto.
A Terra um Planeta em mudança
Estas ideias foram registadas por James Hutton e inicialmente a obra foi fortemente
criticada, mas gradualmente foram ficando mais conhecidas e aceites. Contudo, foi
Charles Lyell que lutou contra o catastrofismo. Através de um estudo feito por Charles
Darwin, percebeu-se que as espécies animais e vegetais se sucederam, ao longo dos
tempos geológicos, de forma tranquila e gradual, verificando-se assim, o uso do
Uniformitarismo a estudos biológicos.
Argumentos de Wegener
Argumentos Os continentes já estiveram juntos num
morfológicos único supercontinente, a Pangeia, mas
separaram-se, razão pela qual os limites dos
atuais continentes encaixam como peças de
um puzzle.
Argumentos Comparando as sequências litológicas de
litológicos continentes atualmente separados verifica-
se uma correspondência muito próxima na
sua composição.
Argumentos A existência de fósseis incapazes de
paleontológicos atravessar um oceano, em continentes
atualmente separados, sugere que no
passado estes continentes estiveram
unidos. A datação destes fósseis aponta
para idades que vão do Carbonífero ao
Triásico, sugerindo a existência da Pangeia
no final do Paleozoico/ início do Mesozoico.
Argumentos Fósseis de ambiente permitem reconstituir
paleoclimáticos zonas com o mesmo clima no Paleozoico,
nomeadamente a área continental em fase
de glaciação, há cerca de 300-250 Ma (final
do Paleozoico). A análise do
paleomovimento das massas glaciares
indicia o afastamento dos continentes
atuais a partir do polo sul.
Mas, no âmbito do aceso debate científico então gerado, Wegener não encontrou
respostas plausíveis para duas questões cruciais repetidamente colocadas pelos seus
detratores:
-qual a origem da energia que fraturou a Pangeia nos diversos continentes?
-qual o motor responsável pela deriva dos continentes?
Foi então que Harry Hess, com o desenvolvimento tecnológico associado à 2ª guerra
mundial, procedeu ao levantamento da topografia do fundo do oceano com um sonar,
permitindo estabelecer um modelo da morfologia dos seus fundos com cadeias
montanhosas com um vale central, fossas profundas e planícies abissais.
Estruturas morfológicas
Estrutura Características
morfológica
Plataforma Zonas imersas das margens continentais. A sua profundidade não
continental ultrapassa, em regra, os 200 metros. A sua largura é variável oscilando entre
os 10 km e os 65 km. O seu declive é suave (entre os 3° e os 6º). Local de
deposição de sedimentos transportados por rios ou glaciares.
Talude Domínio de transição entre o continente e o oceano. O seu declive varia,
continental apresentando uma indinação média de 10°-15º. Pode atingir profundidades
da ordem dos 4000 metros e apresenta vales, designados canhões
submarinos, que permitem o transporte de sedimentos não consolidados.
Planície Zona de muito baixa inclinação (<0,05), que se estende a partir da base do
abissal talude continental até à dorsal médio-oceânica. A sua profundidade oscila
entre os 4000 e os 6000 metros, com uma extensão que varia entre os 200
km e os 2000 km. Local de deposição de grandes volumes de sedimentos
finos e de matéria orgânica de origem marinha.
1 Litosfera
Litosfera oceânica continental
2
Planície abissal Rifte –
zona de talude Plataforma
Fossa acreção continental
oceânica –
zona de
subducção
1- Limite convergente-destrutivo
2- Limite divergente-construtivo
Datação relativa
É um processo que permite avaliar a idade das formações geológicas, comparando
umas com as outras. Neste tipo de datação não conseguimos dizer quando se formou
uma rocha ou um estrato, mas sim dizer qual o estrato que se formou antes ou de
pois.
A aplicação dos Princípios da Estratigrafia permite a datação relativa dos estratos.
Princípio da Sobreposição
O Princípio da Sobreposição defende que numa sequência de estratos não deformados
de rochas sedimentares, cada estrato é mais antigo do que aquele que lhe está por
cima e mais recente do que o estrato que se encontra por baixo. Assim, numa
sequência estratigráfica não deformada, os estratos serão tanto mais antigos quanto
mais profundos se encontrarem e tanto mais recentes quanto mais à superfície se
encontrarem.
Princípio da Interseção
Segundo este princípio, quando um estrato é intersetado por uma estrutura geológica,
como, por exemplo, uma falha ou um filão, a estrutura que interseta é a mais recente.
Princípio da Inclusão
As inclusões podem ser fragmentos/porções de uma rocha que ficou aprisionada no
seio de outra rocha. A rocha que contém a inclusão é mais recente do que a rocha
incluída.