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Geologia

A Terra e os seus subsistemas

Sistema: qualquer parte do Universo constituída por massa e energia.

Este possui sempre uma fronteira /interface (real ou imaginária) designada por parede
ou limite do sistema. Se um sistema for constituído por várias partes distintas diz-se
que é composto e cada uma dessas partes chama-se de subsistema.

Sistema isolado Sistema fechado Sistema aberto

• Não há trocas de • Há trocas de energia • Há troca de energia e


energia nem de com o seu meio matéria com o meio
matéria com o seu envolvente, mas não envolvente.
meio envolvente. há trocas de matéria.

O planeta Terra é um sistema composto e fechado. As únicas trocas de matéria com o


espaço são poeiras e gases de baixa densidade, logo estas mesmas são desprezíveis.

Principais implicações da Terra por ser um sistema fechado:

-A quantidade de matéria neste sistema é finita e limitada, quer isto dizer que os
recursos naturais do nosso planeta são tudo o que temos na atualidade e para o
futuro.
-Os materiais poluentes resultantes da atividade humana acumulam-se no interior
do sistema com consequências potencialmente danosas.
-Quando ocorrem alterações num dos subsistemas da Terra, as consequências dessas
alterações poderão afetar os outros subsistemas pois estes são abertos, dinâmicos e
interdependentes uns dos outros.

No sistema terrestre há duas principais fontes de energia:

Fonte externa

• A energia solar que ativa o ciclo hidrológico, alguns processos atmosféricos,


como por exemplo, deslocações de ar e desencadeia importantes reações
bioquímicas, como por exemplo, a fotossíntese.

Fonte interna

• A energia térmica proveniente do interior da Terra que é o principal motor


dos movimentos das placas tectónicas e, consequentemente, de parte
importante dos ciclos das rochas, da atividade vulcânica e da atividade
sísmica.
Subsistemas Terrestres
O sistema Terra é constituído por quatro subsistemas abertos ou "esferas", que
interagem entre si de uma forma dinâmica e complexa, permutando matéria e energia:
a geosfera, a hidrosfera, a biosfera e a atmosfera.

Geosfera: Corresponde à parte sólida do planeta Terra (continentes e fundos dos


oceanos), bem como os materiais que constituem o seu interior, dispostos em
camadas concêntricas.
A geosfera estende-se desde a superfície do planeta até cerca de 6371 km de
profundidade.

Crusta terrestre

Litosfera
Crusta oceânica
Astenosfera
Manto

6371km Núcleo
Núcleo externo (líquido)

Núcleo interno

Hidrosfera: constituída pela água no estado líquido e sólido, tais como rios, lagos,
mares, oceanos, glaciares, etc.
Para muitos cientistas, as grandes massas de água no estado sólido constituem outro
subsistema, a criosfera.
Há várias atividades que dependem da água e dentro delas há a estabilização do clima
terrestre. Os oceanos absorvem grande parte da radiação solar que atinge a superfície
do globo e esta energia é distribuída por todo planeta através de correntes oceânicas.

Atmosfera: invólucro gasoso que existe em torno do nosso planeta.

Nitrogénio- 78,08%

Oxigénio- 20,95%
Árgon- 0,93%

Vapor de água- 0 a 4 %

Dióxido de carbono- 0,037%


Principais funções da atmosfera:
- principal regulador do clima.
-protege a Terra dos efeitos das radiações solares e do bombardeamento das
partículas sólidas originárias do espaço extraterrestre.

Biosfera: conjunto formado por todos os seres vivos incluindo o ser humano.
O ser humano por exercer muitas influências sobre os subsistemas terrestres, alguns
cientistas propõem que ele constitua um subsistema independente, designado por
antroposfera.
Os limites da biosfera são muito difusos e não são possíveis de delimitar de uma forma
objetiva. Todavia, as formas de vida ocupam as zonas mais elevadas da troposfera e as
zonas mais profundas dos oceanos. Desde sempre, a vida tem encontrado formas de
se adaptar a diversos ambientes.

Interações de subsistemas
O ser humano, como elemento importante do subsistema biosfera, é aquele que
consegue estabelecer com todos os subsistemas um maior número de relações. Deste
modo, qualquer desequilíbrio provocado pela intervenção humana pode ter
consequências graves no sistema Terra, alterando os ecossistemas.
Geosfera Hidrosfera Atmosfera Biosfera
Geosfera A água pode Libertação de A geosfera é o principal
absorver gases e poeiras suporte de vida.
minerais. por causa de Os seres vivos são
A água pode erupções agentes de meteorização
- alterar vulcânicas. e erosão.
fisicamente e A atmosfera é O metabolismo de
quimicamente um agente de alguns seres vivos resulta
as rochas. meteorização, em rochas sedimentares
erosão e biogénicas.
transporte.
Hidrosfera - - Ciclo da água. A água é o principal
As acumulações constituinte dos seres
de água são vivos.
importantes As grandes áreas
reguladores florestais influenciam a
térmicos. distribuição de
precipitação.
Atmosfera - - - O2 e CO2
Camada de ozono.
Biosfera - - - -
Seres vivos (matéria Seres autotróficos
orgânica)

Matéria
mineral (sais
minerais)

As rochas
Ciclo litológico (ciclo das rochas):
sedimentogénese

Meteorização

Erosão
transporte

Rocha Deposição/sedimentação
magmática
diagénese
extrusiva ou
vulcânica
Rocha
magmática Rochas sedimentares
intrusiva ou
plutónica

Aumento da
temperatura
e da pressão

Rochas metamórficas

Magma

Fusão
Rochas sedimentares

meteorização (física
ou química)

sedimentogénese erosão
(formação de
sedimentos)
transporte

Processos envolvidos
sedimentação ou
na formação de
deposição
rochas sedimentares
compactação

diagénese desidratação

cimentação

Sedimentogénese: corresponde à formação dos sedimentos e que inclui a


meteorização ou intemperismo, a erosão, o transporte e a deposição ou
sedimentação.

Diagénese: conjunto de modificações químicas e físicas que ocorrem nos sedimentos


desde a sua deposição até à formação de rocha consolidada.

Meteorização: é a alteração física e/ou química das rochas da superfície da Terra.

Erosão: é a remoção de material sólido que pode, então, ser deslocado para outros
locais, através do transporte pela água, gelo, vento e/ou gravidade.

Os sedimentos são depositados quando a energia do meio é insuficiente para


continuar o seu transporte.

Tipos de sedimentos:
-detríticos. Ex.: areias, argilas, balastros…
-quimiogénicos. Ex.: iões dissolvidos na água, …
-biogénicos. Ex.: conchas, …

Exemplos de rochas sedimentares:


-arenito (forma-se a partir de areia)
-argilito (forma-se a partir de argila)
-conglomerado (forma-se a partir de balastros)
-calcário (forma-se a partir de iões dissolvidos)
-calcário conquífero (forma-se a partir de conchas)
Rochas magmáticas
As rochas magmáticas ou ígneas formam-se por arrefecimento e solidificação de
magma - material rochoso da geosfera, total ou parcialmente fundido.

extrusivas ou vulcânicas intrusivas ou plutónicas

• os minerais não são • os minerais são grandes,


visíveis a olho nu porque visíveis a olho nu porque
resultam de um resultam de um lento
arrefecimento rápido. processo do
• ex.: basalto, riólito, ... arrefecimento do magma.
• ex.: gabro, granito, ...

Rochas metamórficas
As rochas permanecem no estado sólido durante o metamorfismo, e os fluidos,
principalmente a água, desempenham um papel significativo no processo
metamórfico, a par da pressão, da temperatura e do tempo, fatores estes que atuam
em condições termodinâmicas superiores às da diagénese e inferiores às do
magmatismo.

regional contacto ou térmico

• relacionado com o • resulta


movimento das placas predominantemente da
tectónicas, resulta da atuação da temperatura,
atuação conjunta da por exemplo, da
pressão e da temperatura, aproximação de uma
originando rochas com câmara magmática. As
textura foliada. ex.: rochas não apresentam
ardósia e gnaisse uma textura foliada.
• ex.: corneana

Nota: o mármore, rocha metamórfica, forma-se a partir do calcário. Pode ter origem
por metamorfismo regional ou de contacto.
A Terra um Planeta em mudança

Catastrofismo: é uma corrente de pensamento segundo a qual as alterações que


ocorrem na Terra são interpretadas como sendo a consequência de fenómenos súbitos
causados por acontecimentos catastróficos, por vezes relacionados a intervenções
divinas.
Uniformitarismo:
- Princípio do Atualismo Geológico: os acontecimentos geológicos do passado são o
resultado das forças da Natureza idênticas às que se observam atualmente;
O passado pode ser explicado com base no que se observa hoje, uma vez que as causas
de determinados fenómenos do passado são idênticas às que provocam o mesmo tipo
de fenómenos no presente, sem variação quer do tipo quer de intensidade. "O
presente é a chave do passado."

-Princípio do Gradualismo (ou Gradualismo Uniformitarista) - os acontecimentos


geológicos são o resultado de lentos e graduais processos da Natureza.

Estas ideias foram registadas por James Hutton e inicialmente a obra foi fortemente
criticada, mas gradualmente foram ficando mais conhecidas e aceites. Contudo, foi
Charles Lyell que lutou contra o catastrofismo. Através de um estudo feito por Charles
Darwin, percebeu-se que as espécies animais e vegetais se sucederam, ao longo dos
tempos geológicos, de forma tranquila e gradual, verificando-se assim, o uso do
Uniformitarismo a estudos biológicos.

Em suma, o Uniformitarismo, proposto por Hutton e desenvolvido e aplicado por Lyell,


acabou por transformar o modo de "fazer geologia", pois permitiu:
- interpretar os fenómenos geológicos sem recurso a explicações religiosas;
- romper com a crença de que a dinâmica terrestre do passado foi muito diferente da
do presente;
- alterar a noção do tempo geológico;
- converter a geologia numa ciência moderna, fundamentada no raciocínio, na lógica e
na observação rigorosa.
- propor a existência de uma geodinâmica interna e externa.

Neocatastrofismo ou Catastrofismo Atualista: é uma corrente de pensamento


geológico que aceita os princípios do uniformitarismo, mas admite a existência de
catástrofes como fenómenos que interferem na evolução da Terra.
O mobilismo geológico. As placas tectónicas e os seus movimentos
É no contexto uniformitarista que surgem, no início do século XX, duas ideias
revolucionárias:
-uma do domínio da Geologia, formulada por Alfred Wegener, a Hipótese da Deriva
Continental (1912);
-e a outra do domínio da Biologia, formulada por Charles Darwin, a Teoria da Evolução
das Espécies (1858).

Em janeiro de 1912, Alfred Wegener apresentou a comunicação "Ideias novas sobre a


formação das grandes estruturas da superfície terrestre (continentes e oceanos)". A
principal ideia então avançada por Wegener era a de que, no passado, teria existido
um único continente - o supercontinente Pangeia - que se fraturou em diversos
continentes que se afastaram num processo de deriva continental.
Estava lançada a base daquela que viria a ser a âmbito de um inovador mobilismo
geológico que perspetivava o planeta como um sistema geodinâmico.

Argumentos de Wegener
Argumentos Os continentes já estiveram juntos num
morfológicos único supercontinente, a Pangeia, mas
separaram-se, razão pela qual os limites dos
atuais continentes encaixam como peças de
um puzzle.
Argumentos Comparando as sequências litológicas de
litológicos continentes atualmente separados verifica-
se uma correspondência muito próxima na
sua composição.
Argumentos A existência de fósseis incapazes de
paleontológicos atravessar um oceano, em continentes
atualmente separados, sugere que no
passado estes continentes estiveram
unidos. A datação destes fósseis aponta
para idades que vão do Carbonífero ao
Triásico, sugerindo a existência da Pangeia
no final do Paleozoico/ início do Mesozoico.
Argumentos Fósseis de ambiente permitem reconstituir
paleoclimáticos zonas com o mesmo clima no Paleozoico,
nomeadamente a área continental em fase
de glaciação, há cerca de 300-250 Ma (final
do Paleozoico). A análise do
paleomovimento das massas glaciares
indicia o afastamento dos continentes
atuais a partir do polo sul.
Mas, no âmbito do aceso debate científico então gerado, Wegener não encontrou
respostas plausíveis para duas questões cruciais repetidamente colocadas pelos seus
detratores:
-qual a origem da energia que fraturou a Pangeia nos diversos continentes?
-qual o motor responsável pela deriva dos continentes?

Foi então que Harry Hess, com o desenvolvimento tecnológico associado à 2ª guerra
mundial, procedeu ao levantamento da topografia do fundo do oceano com um sonar,
permitindo estabelecer um modelo da morfologia dos seus fundos com cadeias
montanhosas com um vale central, fossas profundas e planícies abissais.

Estruturas morfológicas

Estrutura Características
morfológica
Plataforma Zonas imersas das margens continentais. A sua profundidade não
continental ultrapassa, em regra, os 200 metros. A sua largura é variável oscilando entre
os 10 km e os 65 km. O seu declive é suave (entre os 3° e os 6º). Local de
deposição de sedimentos transportados por rios ou glaciares.
Talude Domínio de transição entre o continente e o oceano. O seu declive varia,
continental apresentando uma indinação média de 10°-15º. Pode atingir profundidades
da ordem dos 4000 metros e apresenta vales, designados canhões
submarinos, que permitem o transporte de sedimentos não consolidados.

Planície Zona de muito baixa inclinação (<0,05), que se estende a partir da base do
abissal talude continental até à dorsal médio-oceânica. A sua profundidade oscila
entre os 4000 e os 6000 metros, com uma extensão que varia entre os 200
km e os 2000 km. Local de deposição de grandes volumes de sedimentos
finos e de matéria orgânica de origem marinha.

Dorsal Cadeia montanhosa submarina de origem vulcânica com cerca de 65 000 km


médio- de comprimento e 1000 km de largura. Do centro desta
oceânica estrutura e em direção à planície abissal definem-se estruturas como:
-o profundo vale de rifte;
-cumeada paralela ao rifte, de declive abrupto para o vale central e de
declive suave para a planície;
-longas fraturas perpendiculares à direção do vale de rifte que
correspondem a falhas de desligamento designadas, neste caso, por falhas
transformantes.
Fossa É a expressão morfológica superficial de uma zona de subducção. Localiza-se
oceânica na orla dos taludes continentais e das planícies abissais. A maioria das fossas
oceânicas conhecidas localiza-se no oceano Pacífico.
Após esta pesquisa, Hess formulou a Hipótese da expansão dos oceanos – a ascensão
do magma do interior da Terra ao longo do vale do rifte forma crusta oceânica em
direção às fossas oceânicas, onde é destruída.
Os trabalhos de Hess forneceram importantes contributos para a discussão científica
sobre a mobilidade da superfície da Terra, nomeadamente:
-o vale de rifte é uma zona de acreção, isto é, de produção de placa litosférica;
- a recém-formada litosfera é progressivamente deslocada, desde a dorsal médio -
oceânica para ambos os lados;
- as fossas oceânicas são zonas de subducção, isto é, de destruição de litosfera; os
continentes deslocam-se lateralmente em consequência da expansão e subducção dos
fundos dos oceanos.
Dorsal média oceânica

1 Litosfera
Litosfera oceânica continental

2
Planície abissal Rifte –
zona de talude Plataforma
Fossa acreção continental
oceânica –
zona de
subducção

1- Limite convergente-destrutivo
2- Limite divergente-construtivo

Orogénese- processo que leva à formação de montanhas


Este modelo de Hess representa uma evolução relativamente ao modelo de Wegener:
para Wegener, os fundos oceânicos permaneciam estacionários à medida que os
continentes derivavam sobre ele; já para Hess, os fundos oceânicos estavam em
movimento.
Foi depois formulada a Teoria da Tectónica de Placas, que integra a Hipótese da Deriva
Continental de Wegener e o modelo da Expansão dos Fundos Oceânicos, sendo assim
a resposta às questões não respondidas de Hess.
John Wilson propôs, em 1965, que a superfície da Terra estava dividida em grandes
porções de litosfera, cada uma delas constituindo uma placa litosférica. Algumas
destas placas suportam um oceano - são as placas oceânicas - ou transportam um
continente e uma parte de oceano - são as placas mistas. As placas continentais são
aquelas que transportam continentes.
A litosfera fraturada em placas rígidas - as placas litosféricas – move-se sobre uma
camada de menor rigidez - a astenosfera - em consequência da expansão e subducção
dos fundos oceânicos. Nesta perspetiva, os continentes são parte integrante da
litosfera, a qual deriva sobre a astenosfera.

Relação de Tipo de Exemplos Ação tectónica


movimento limite
entre placas tectónico
Divergentes ConstrutivoLimite construtivo -atividade vulcânica
(há acreçãocontinente-continente fissural ou central
de litosfera) -formação de um vale de
rifte continental
Limite construtivo -formação e expansão de
oceano-oceano oceanos
-formação da dorsal
médio-oceânica
Convergentes Destrutivo Limite destrutivo -subducção de litosfera
(há oceano-oceano -formação e ascensão de
subducção magma
de litosfera) -formação de arcos de
ilhas vulcânicas
-atividade sísmica
relevante
Limite destrutivo -formação de cadeias
oceano-continente montanhosas e de arcos
magmáticos continentais
-atividade sísmica
relevante
Limite destrutivo -formação de cadeias
continente-continente montanhosas localizadas
no interior dos
continentes
-atividade sísmica
relevante
Transformantes Conservativo Limite conservativo -atividade sísmica
relevante
A Teoria da Tectónica de Placas explica:
- a formação e o crescimento/expansão de oceanos;
- o movimento dos continentes;
- a formação de cadeias montanhosas, de arcos vulcânicos continentais e de arcos de
ilhas vulcânicas;
- a distribuição da atividade sísmica e vulcânica.
-a presença de fósseis marinhos em ambiente terrestre e as extinções com base na
dinâmica das placas litosféricas.

Origem do movimento das placas tectónicas


A Terra tem energia no seu interior, a geotermia, que com uns movimentos cíclicos de
calor, os movimentos convectivos, e desencadeada pela diferente distribuição de calor
na geosfera, causa os movimentos das placas tectónicas.

A medida do tempo e a idade da Terra

Estratigrafia- estuda os estratos


Paleontologia- estuda os fósseis
Fósseis- são restos de organismos, como, por exemplo, ossos, troncos, dentes
(somatofósseis) ou vestígios da sua atividade, como, por exemplo, pegadas, ovos,
tocas, coprólitos (icnofósseis) que ficaram preservados nas rochas ou noutros
materiais naturais.

fósseis de ambiente fósseis de idade


•(ou de fácies) •(ou característicos)
•fornecem dados sobre o ambiente exis •fornecem dados que permitem
tente no momento em que foram determinar a idade das rochas que os
formados, tais como temperatura, contêm;
salinidade, oxigenação, etc.; •são fósseis correspondentes a espécies
• estes fósseis correspondem a de organismos que viveram durante
organismos que viveram apenas em períodos de tempo geológico muito
determina dos ambientes, ou seja, em curtos e ocuparam grandes áreas
condições ambientais muito restrita. dispersas pela Terra, ou seja, são fósseis
que caracterizam determinadas
camadas, como, por exemplo, as
trilobites que, embora presentes em
todo o Paleozoico, algumas das suas
espécies apenas aparecem em períodos
muito curtos daquela era.

Datação relativa
É um processo que permite avaliar a idade das formações geológicas, comparando
umas com as outras. Neste tipo de datação não conseguimos dizer quando se formou
uma rocha ou um estrato, mas sim dizer qual o estrato que se formou antes ou de
pois.
A aplicação dos Princípios da Estratigrafia permite a datação relativa dos estratos.

Princípio da Horizontalidade Inicial


O Princípio da Horizontalidade Inicial defende que os sedimentos, à medida que são
transportados até uma bacia de sedimentação, por ação da gravidade, vão formando
estratos sedimentares horizontais.
Princípio da Sobreposição

Princípio da Sobreposição
O Princípio da Sobreposição defende que numa sequência de estratos não deformados
de rochas sedimentares, cada estrato é mais antigo do que aquele que lhe está por
cima e mais recente do que o estrato que se encontra por baixo. Assim, numa
sequência estratigráfica não deformada, os estratos serão tanto mais antigos quanto
mais profundos se encontrarem e tanto mais recentes quanto mais à superfície se
encontrarem.
Princípio da Interseção
Segundo este princípio, quando um estrato é intersetado por uma estrutura geológica,
como, por exemplo, uma falha ou um filão, a estrutura que interseta é a mais recente.

Princípio da Inclusão
As inclusões podem ser fragmentos/porções de uma rocha que ficou aprisionada no
seio de outra rocha. A rocha que contém a inclusão é mais recente do que a rocha
incluída.

Princípio da Identidade Paleontológica


Os fósseis de idade de organismos que viveram durante um curto período de tempo e
que tiveram uma ampla distribuição geográfica são um dos elementos utilizados para a
datação da Terra, concretamente para a datação relativa de estratos sedimentares.
Temos com exemplo o caso de várias espécies de amonites e de trilobites, em que as
rochas que as contém foram formadas, respetivamente, em determinados momentos
do Mesozoico e do Paleozoico. Assim, os fósseis de idade permitem datar, de forma
relativa, as formações geológicas onde são encontradas. A presença de um mesmo
fóssil de idade, ou conjunto de fósseis, e dois estratos diferentes, mesmo que
separados entre si por vários quilómetros, permite-nos afirmar que os dois estratos
possuem a mesma idade.

Pergunta que pode sair no teste

Como terá se formado a paisagem de caos de blocos?


Esta paisagem é típica de paisagens magmáticas. O magma ao arrefecer no interior da
Terra origina granito. Com a diminuição de temperatura e da pressão começa a
fraturar-se formando diáclases. À superfície a erosão e a meteorização arredondam as
arestas formando blocos.

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