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RESUMOS GEOLOGIA 10º ANO


CURSO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS
2020

Unidade 1 - A geologia, os geólogos e os seus métodos

A terra e os seus subsistemas em interação;


As rochas – arquivos que relatam a história da terra;
A medida do tempo e a idade da Terra;
A Terra é um planeta em mudança;

Unidade 2 - Compreender a estrutura e a dinâmica da geosfera

Métodos para o estudo do interior da geosfera;


Vulcanismo;
Sismologia;
Modelo e dinâmica da estrutura interna da geosfera;
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Unidade 1 - A geologia, os geólogos e os seus métodos

A terra e os seus subsistemas em interação

Sistema: um sistema corresponde a uma parte do Universo, constituído por:

 Massa;
 Energia;
 Limitada por uma fronteira;

Sistema composto: sistema que é constituído por várias componentes que interagem
entre si – subsistemas.

Exemplos: Sistema solar, Sistema Digestivo, etc.

Tipos de Sistemas:

 Aberto: quando existem trocas de matéria e energia.


 Fechado: quando existem trocas de energia, mas não existem trocas de matéria.
 Isolado*: quando não existem trocas de matéria e energia.

*Este tipo de sistema é raro na natureza, contudo podem ser obtidos em laboratório.

 A Terra é um sistema composto e fechado: realiza trocas de energia, contudo as


trocas de matéria são muito pouco significativas e, por isso, desprezadas.

Quais as implicações que existem devido à Terra ser um sistema fechado?

1. Os recursos naturais são limitados e finitos;


2. Os materiais poluentes mantêm-se dentro da terra – poluição – o que tem
consequências perigosas;
3. Quando existem alterações num dado subsistema, todos os outros subsistemas são
afetados.

Principais fontes de energia do sistema terrestre:

1. Fonte externa: Energia solar – desencadeia reações bioquímicas como é o caso da


fotossíntese;

2. Fonte interna: Energia térmica – provém do interior da terra e é o principal motor


do movimento das placas tectónicas e do ciclo das rochas.
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Subsistemas Terrestres

Os subsistemas terrestres são:

 Abertos;
 Interagem entre si; (não são independentes)
 Interligam-se de modo a manter o equilíbrio dinâmico necessário;
 A alteração/perturbação num dos subsistemas, trás consequências aos restantes
subsistemas;

Geosfera: corresponde à parte rochosa da Terra, tanto à superfície como em


profundidade: fundo dos oceanos; massas continentais;

 Constituída pelas rochas e pelos produtos de alteração das rochas;


 A geosfera é uma grande fonte de materiais necessários para a nossa
sobrevivência.

Hidrosfera: corresponde a todos os reservatórios de água existentes na Terra tanto no


estado sólido como líquido.

 Criosfera: compreende a água no estado sólido: neve e glaciares.


 Exemplos: rios, mares, lagos, oceanos, aquíferos.
 Da água total, cerca de 98% é água salgada e apenas 2% é água doce.
 Atenção: a água no estado gasoso presente na atmosfera e a água que entra na
constituição dos organismos não pertencem ao subsistema Hidrosfera.

Atmosfera: é a camada gasosa que envolve os outros subsistemas.

 Constituída por uma mistura de gases: 78% Azoto, 21% Oxigénio e 1% outros.
 O vapor de água pertence ao subsistema Atmosfera;
 Partículas suspensas na atmosfera provenientes da atividade humana pertencem à
Atmosfera também.
 Organizada em camadas: (da de menor altitude para a de maior altitude)

1. Troposfera;
2. Estratosfera;
3. Mesosfera;
4. Termosfera;

Funções da Atmosfera:

1. Regulação do clima – efeito de estufa;


2. Proteção dos efeitos das radiações solares – camada do ozono;
3. Proteção do bombardeamento de corpos celestes – desintegração de meteoros;
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Biosfera: conjuntos dos ambientes terrestres e dos seres vivos que nele habitam. Inclui
todos os seres vivos que povoam a terra, qualquer que seja o habitat. (aquático,
terrestres, aéreo)

Exemplos de relações entres os subsistemas:

Relação Geosfera – Atmosfera: As erupções vulcânicas (Geosfera) emitem grandes


quantidade de gases e poeiras. (Atmosfera)

Relação Geosfera – Hidrosfera: estes dois subsistemas estão ligados, por exemplo,
através do ciclo hidrológico. As águas nos reservatórios (Hidrosfera) estão em
permanentemente contacto com as rochas. (Geosfera)

As rochas – arquivos que relatam a história da terra

Classificação das rochas e minerais

Mineral: associação de elementos químicos. Características:

 Corpo sólido;
 Natural;
 Cristalino;
 Composição química bem definida;
 Inorgânico;

Exemplos de minerais:

 Feldspato;
 Biotite;
 Moscovite;
 Quartzo;
 Olivina;
 Piroxena;
 Calcite;
 Halite;

Rocha: associação de vários minerais compatíveis entre si. Associaram-se devido a


conduções do meio, como a pressão e a temperatura.

Exemplos de rochas:

 Granito;
 Basalto;
 Calcário;
 Mármore;
 Xisto;
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Classificação das rochas

 A rochas contêm informações: As características das rochas como a sua


cor/textura/conteúdo fossilífero permitem saber o ambiente existente na altura da sua
formação.

Rochas sedimentares:

Origem: meteorização e erosão de rochas que se encontram expostas à superfície.

Tipos de rochas sedimentares:

1. Sedimentares detríticas;
2. Sedimentares quimiogénicas;
3. Sedimentares biogénicas;

Exemplos: carvão; arenito; areia; conglomerado; brecha; argilito; calcário; argila;

Processos de formação:

Sedimentogénese: formação de sedimentos a partir de uma rocha pré-existente.


Formam-se rochas não consolidadas – acumulação de sedimentos soltos.

1. Meteorização: consiste no desgaste e alteração da rocha pré-existente por


agentes erosivos.

 Meteorização física: alteração física. (por exemplo a rocha partir-se devido à ação
das ondas do mar a embater na rocha)

Nota importante: cada rocha tem uma resistência diferente à meteorização, ou seja,
existem rochas mais resistentes (mais difíceis de alterar) do que outras como é o caso
do quartzo.

Meteorização química: alteração química dos minerais. (por exemplo a rocha entra
em contacto com chuvas ácidas que corroem a rocha)

2. Erosão: consiste na separação/remoção dos detritos desgastados da rocha


pré-existente.
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3. Transporte: consiste no transporte, por agentes erosivos (vento, rio), das


partículas anteriormente separadas na rocha pré-existente.

 Durante esta etapa, os sedimentos vão sofrendo alterações. Alteram o seu grau de
arredondamento:

 Quando o transporte é intenso e longo os sedimentos ficam mais arredondados


e calibrados.
 Quando o transporte é curto e de pouca energia/velocidade, os sedimentos
ficam angulosos e mal calibrados (mal calibrados - de diferentes tamanhos)

4. Sedimentação: deposição das partículas/sedimentos anteriormente


transportados devido à perda da capacidade do agente transportador. Os
sedimentos depositam-se em camadas horizontais – estratos. Durante esta
etapa é possível que ocorra a fossilização de restos de seres vivos que se
depositaram no meio dos estratos de sedimentos.

Diagénese/litificação: transformação dos sedimentos numa rocha consolidada:

1. Compactação: compactação dos sedimentos devido à pressão exercida pelas


camadas sobrejacentes;

2. Desidratação: saída da água localizada nos espaços dos sedimentos

3. Cimentação: os espaços agora vazios (devido à saída da água) são preenchidos


por materiais resultantes da precipitação química de substâncias dissolvidas na
água de circulação.

Rochas não consolidadas Rochas consolidadas


Balastros Conglomerado/Brecha. *
Areia Arenito
Silte Siltite
Argila Argilito
*O conglomerado tem os sedimentos arredondados, enquanto que a brecha tem os
sedimentos angulosos.
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Tipos de rochas sedimentares:

Rochas detríticas: Formação de detríticos de outras rochas;

Exemplos: Conglomerado, arenito, areia, argilito, brecha;

Rochas quimiogénicas: Resultam da precipitação química de substâncias dissolvidas na


água;

Exemplos: Calcário (travertino); evaporitos – sal gema; gesso;

Rochas biogénicas: Formação através da deposição de restos de organismos; (matéria


orgânica)

Exemplos: carvão, calcário recifal/conquífero;

Rochas magmáticas/ígneas

Origem: Consolidação de magma proveniente da fusão de rochas na crusta profunda


ou do manto superior. Devido a ser menos denso que as rochas encaixantes, o magma
ascende e ao chegar à superfície onde as temperaturas são inferiores arrefece e acaba
por consolidar.

Magma: material rochoso fundido com elevado teor de gases dissolvidos e


composição silicatada.

Lava: quando o magma ascende através da chaminé vulcânica, este perde a maioria
dos gases dissolvidos (vão para a atmosfera) passando a chamar-se lava.

Tipos de rochas magmáticas:

1. Magmáticas plutónicas/intrusivas.
2. Magmáticas vulcânicas/extrusivas.

Exemplos: Granito, gabro, basalto, diorito, riólito


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Processo de formação - Arrefecimento de um magma que solidifica em profundidade


ou à superfície.

1. Arrefecimento;

2. Solidificação;

3. Cristalização;

Características dos tipos de rochas magmáticas:

Rochas magmáticas Magmáticas plutónicas/intrusivas Magmáticas vulcânicas/extrusivas

Tempo de solidificação Lento Rápido

Tempo de arrefecimento Lento Rápido

Cristalização Cristais de grandes dimensões, bem Cristais de pequenas dimensões, mal


desenvolvidos e grande quantidade; desenvolvidos e pouca quantidade;

Local de solidificação Em profundidade À superfície

Textura * Granular/fanerítica Agranular/afanítica

Exemplos Granito e riolito Basalto, Gabro, obsidiana, pedra-pomes

*Ainda existe a textura vítrea – rochas onde não se distingue qualquer minerais –
obsidiana.

Basalto Granito
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Rochas metamórficas:

Origem: rochas pré-existentes sujeitas a elevadas temperaturas e pressões na crusta e


no manto superior.

Processo de formação: rochas pré-existentes quando sujeitas a temperaturas e


pressões diferentes às da sua formação (crusta e no manto superior) sofrem alterações
ao nível da composição mineralógica - metamorfismo.
O metamorfismo ocorre num ambiente intermédio, pois os fatores de P e T são
superiores às do ambiente sedimentar, mas inferiores às do ambiente magmático.
Recristalização (no estado sólido, ou seja, sem fusão) de novos minerais estáveis a
partir de minerais pré-existentes instáveis. Existem outros fatores influenciadores
como os fluidos quentes.

Nota: As transformações ocorrem apenas no estado sólido.

Tipos de metamorfismo:

Metamorfismo de contacto: a temperatura é o fator dominante que leva à


recristalização dos minerais da rocha. No caso de a rocha estar perto de uma intrusão
magmática (bolsas de magma), por exemplo.

Metamorfismo regional: as elevadas temperaturas e a ação de tensões não litostáticas


(zona de colisão de placas tectónicas) levam à recristalização e alteração da rocha.
Existe uma reorientação em planos – foliação.

Exemplos: mármore, corneana, xisto, gnaisse, micaxisto, quartzito, ardósia.

Textura das rochas metamórficas:

Textura foliada: existe orientação e alinhamento dos minerais em planos


aproximadamente paralelos. Por norma são rochas provenientes de metamorfismo
regional.

Textura não foliada: não existe orientação e alinhamento dos minerais. Por norma são
rochas provenientes de metamorfismo de contacto.
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Formações litológicas de Portugal

Norte/interior Rochas magmáticas (granitos) e metamórficas

Orlas ocidental Rochas sedimentares (calcários/arenitos)


(Oeste)/Meridional (sul)
Bacias do Tejo e do Sado Rochas sedimentares (areias/aluviões)
Açores/Madeira Rochas magmáticas vulcânicas (basaltos)

Ciclo litológico/Ciclo das rochas

Todas as rochas, sendo expostas a ambientes diferentes ao da sua formação, podem


sofrer alterações e dar origem a novas rochas. Ao conjunto de processos associados a
transformações, que integram fenómenos contínuos de formação, destruição e
reciclagem das rochas, dá-se o nome de ciclo das rochas. A geosfera é um ecossistema
dinâmico e, assim, qualquer rocha formada pode transformar-se noutra.
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 Planeta geologicamente morto/inativo: Ausência de atmosfera e hidrosfera - não


existência de erosão.

 Planeta geologicamente ativo:

 Processos de geodinâmica externa (meteorização / erosão pela água, vento)

 Processos de geodinâmica interna (vulcanismo, ciclo das rochas, movimentação de


placas /forças tectónicas, sismos)

Modelar materiais à superfície /crosta  Renovação

As rochas transmitem várias informações sobre o passado da terra:

Rochas magmáticas Rochas metamórficas Rochas sedimentares

Magma – composição do Regional – colisões de placas;


interior da terra;  Características da
Contacto – intrusões magmáticas; superfície terrestres:
Extrusivas – localização de ambiente, seres-vivos,
antigos vulcões;  Condições de pressão e clima;
temperatura da altura na sua
Intrusivas – ocorrência de formação;
afloramentos;

Nota: A formação da pedra pomes resulta da solidificação de lava com alto teor de
gases o que lhe confere um aspecto esponjoso. A sua baixa densidade permite-lhe
flutuar na água.
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A medida do tempo e a idade da Terra

Fóssil: resto de um organismo ou vestígios da sua atividade que viveu num


determinado momento da história da Terra e que se encontra preservado nos estratos
das rochas. (sedimentares salvo raras exceções)

Fossilização: conjunto de processos de preservação de restos de organismos nas


rochas.

Condições de fossilização:

1. Após a morte do ser-vivo, este deve ser coberto imediatamente por sedimentos
finos e impermeáveis de modo a que a decomposição seja lenta.
2. Condições de anaerobiose, ou seja, sem oxigénio.

3. As partes duras dos organismos são mais fáceis de ficar fossilizadas;

Tipos de fossilização:

 Marcas-fósseis: vestígios da atividade do ser-vivo. (pegadas, ovos)


 Impressões/moldes: o organismo imprime um molde (uma marca) nas rochas;
 Mineralização: conservação de partes duras de um organismo por substituição da
matéria orgânica por mineral. (inorgânica)
 Mumificação: conservação de todo o organismo por ser envolvido em resina ou
gelo, por exemplo.
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Paleoambientes: são ambientes do passado.

Somatofósseis: restos de conchas/bivalves/carapaças/dentes/osso.

Icnofósseis: pegadas/rastos/excrementos/ovos.

Fósseis-vivos: fósseis de seres-vivos que são idênticos à espécie da atualidade. (não


sofreram alterações ao longo do tempo)

Fósseis de idade:

 Indicam idade geológica dos estratos que os contêm;


 Grande dispersão geológica; (viveu por toda a terra)
 Pequena distribuição estratigráfica; (viveu pouco tempo)
 Exemplo: amonite, trilobite

Fósseis de fáceis:

 Indicam paleoambientes;
 Pequena dispersão geológica; (viveu num lugar restrito)
 Grande distribuição estratigráfica; (viveu muito tempo)
 Exemplo: corais, amonite.

Nota: Os corais permitem reconstruir paleoambientes. Por norma são ambientes


marinhos, quentes e pouco profundos.
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Métodos de datação de uma rocha:

Datação relativa:

Avalia-se a idade das formações geológicas relacionando-se com outras formações


tendo em conta vários princípios:

 Analisam a posição relativa das formações – fósseis de idade.


 Permite-nos saber qual o estrato mais antigo/recente.
 É apenas possível afirmar que um estrato é mais antigo/recente que outro.

Datação absoluta/radiométrica/isotópica:

Método que avalia formações geológicas e lhes atribui uma idade:

 Analisam referências numéricas através de amostras de rochas que se pretende


datar.
 Permite-nos saber a idade certa da rocha;

 Quando isótopos de átomos radioativos estão instáveis, desintegram-se


espontaneamente para se tornarem mais estáveis:

 Átomo instável – isótopo – pai;


 Átomo estável – isótopo – filho
 A desintegração liberta energia.

 Período de semivida – tempo decorrido para que metade do número de isótopos-


pai radiativos sofra desintegração transformando-se em isótopos-filho. Há medida que
o tempo passa, o número de isótopos-pai diminui e o número de isótopos-filho
aumenta.

Características da datação absoluta:

 A taxa de decaimento radioativo é constante para cada isótopo;


 A desintegração é irreversível;
 A desintegração acontece no momento de formação da rocha, logo através da
idade dos isótopos é possível saber a idade da rocha.
 Decaimento radioativo: existe libertação de calor interno da Terra.

Idade da rocha – razão entre a quantidade de isótopos-filho e isótopos-pai:

 a razão é = 1 - idade da rocha é igual à semivida do pai;


 a razão é > 1 - idade da rocha é inferior à semivida do pai;
 a razão é < 1 - rocha terá uma idade superior à semivida do pai;

 Razão isótopo pai/isótopo filho é menor em rochas mais antigas.


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Limitações da datação radiométrica

 Não permite datar rochas sedimentares – este tipo de rochas é composto pela
junção de sedimentos de variadas rochas com idades diferentes, sendo assim
impossível datar a rocha.

 Não permite datar rochas metamórficas – este tipo de rochas forma-se devido a
alterações de pressão e temperatura. Estes fatores não eliminarão os isótopos-
filho da rocha pré-existente. Assim, ao atribuir uma idade a este tipo de rochas,
estaríamos a atribuir uma idade muito superior à real.

 Nem sempre as rochas contêm grandes quantidade dos isótopos necessários à sua
datação.

Princípios importantes na datação das rochas

Princípio da sobreposição de estratos: numa sucessão de estratos não deformados,


um estrato é mais antigo do que aquele que o cobre e mais recente do que aquele que
lhe serve de base.

Exceções ao Princípio da sobreposição de estratos:

1. Inversão de camadas;
2. Depósitos fluviais;
3. Depósitos subterrâneos em grutas;

Lacuna/discordância estratigráfica: quando existem períodos de interrupção na


sedimentação e, se as rochas aflorarem à superfície durante esse período podem ser
erodidas. Assim, posteriormente, quando a sedimentação prosseguir formar-se-á um
novo estrato que assentará sobre uma descontinuidade. (marcada pela ausência de
estratos)

Princípio da identidade paleontológica: estratos que apresentem o mesmo tipo de


fósseis são da mesma idade.

Princípio da interseção: Toda a estrutura que interseta outra é mais recente do que
ela.

Princípio da inclusão: Fragmentos de rocha incorporados numa rocha são mais antigos
do que a rocha que a engloba.
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Escala do tempo geológica:

 mnemónica para saber a escala do tempo geológica:

ERA: PMC (letras do ABC na ordem contrária)


Período: COS (como cosseno) – DCP// TJC // TQ
Pré-câmbrico – surgiram as primeiras formas de vida
Paleozoico (diversificação vida marinha - trilobites): Câmbrico, ordovício, silúrico,
devónico, carbonífero, pérmico
Mesozoico (aparecimento dos dinossauros): Triásico, jurássico, cretáceo
Cenozoico (desenvolvimento de aves e mamíferos): Terciário, quaternário (Neogéneo
– primeiros primatas) (3º e 4º)
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Princípios do raciocínio geológico

Catastrofismo: defende que aspetos da crusta terrestre como cones vulcânicos,


crateras de impacto e registo fóssil de extinções em massa são o resultado de
catástrofes repentinas e violentas ocorridas no passado. Um acontecimento
espontâneo que é responsável pelas transformações que ocorrem na superfície
terrestre.

Uniformitarismo: defende que as características da terra são resultado de processos


geológicos ancestrais semelhantes às da atualidade.

 Princípio do atualismo geológico – “O presente é a chave do passado”

 Princípio do gradualismo geológico – os fenómenos da terra resultam de processos


lentos e graduais.

 As leis naturais são constantes no tempo e no espaço.

Neocatastrofismo: junção das duas ideias. Esta nova teoria reconhece o


Uniformitarismo como guia principal, contudo não exclui os ocasionais fenómenos
catastróficos. (Catastrofismo)

Descarregado por Matilde Rodrigues (rodriguesmatilde2008@gmail.com)


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Mobilismo geológico

Pangeia: supercontinente;

Pantalassa: super-oceano;

Teoria da Deriva continental:

 Esta teoria afirma que no passado todos os continentes estariam juntos, formando
um supercontinente denominado de Pangeia. A pangeia era rodeada por só um
oceano denominado de Pantalassa. Posteriormente, a pangeia fraturou-se e os
continentes deslocaram-se até atingirem as posições atuais.

Argumentos a favor da Teoria da Deriva Continental:

1. Morfológicos: os continentes separados por oceanos parecem poder encaixar


uns nos outros como peças de um puzzle.

2. Paleontológicos: Aparecimento de fósseis da mesma espécie em locais muito


distantes e que estão atualmente separados por oceanos.

3. Paleoclimáticos: existem marcas de glaciares em continentes cujo o clima atual


nunca permitiria a sua existência.

 Esta teoria inicialmente foi rejeitada pois não explicava a razão do movimento dos
continentes. Contudo, anos mais tarde, descobriu-se a verdadeira morfologia do fundo
dos oceanos.

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Morfologia dos oceanos:

Dorsais-médio oceânicas: cadeia montanhosa situada na zona média dos oceanos.

Rifte: local onde ascende magma formando-se nova litosfera a qual empurra a
litosfera mais antiga para a zona das fossas oceânicas para ser destruída.

Fossas oceânicas: zona mais profunda onde ocorre destruição de crosta (a mais antiga)
– zona de subducção.

Talude continental: zona de decline acentuado e local onde se dá a transição entre o


continente e o oceano.

Plataforma continental: zona com ligeira inclinação (parte do continente)

Planície abissal: superfície profunda mais plana.

Escudos/cratões: regiões mais antigas e estáveis que fazem parte dos continentes.

Plataformas estáveis: superfícies sedimentares de origem marinha.

Cadeias montanhosas/cadeias orogénicas: colisão entre placas convergentes.

Arco insular: conjunto de ilhas vulcânicas dispostas em curva, normalmente de grande


extensão. Corresponde a zonas de intenso vulcanismo. Situam-se a zonas de
subducção de 2 placas oceânicas.

Observações acerca da morfologia do fundo dos oceanos:

 Existe contínua formação de nova crosta (zona de rifte), contudo a Terra não
aumenta de tamanho pois existe continua destruição de crosta também (zona de
subducção).
 A idade das rochas na crosta oceânica é menor do que a idade das rochas na crosta
continental;
 Os oceanos são mais jovens perto das dorsais.

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Teoria da tectónia de placas

A teoria da tectónica de placas é composta pela teoria da deriva continental e pela


teoria da expansão dos fundos oceânicos.

Movimento das placas tectónicas:

As placas litosféricas estão sobre uma zona plástica e flexível (astenosfera) que realiza
movimentos – correntes de convecção – que permitem às placas movimentarem-se.

Correntes de convecção:

O fluido mais quente e mais abaixo é menos denso, logo tem tendência a subir. Ao
subir, a sua temperatura diminui, ganhando densidade e descendo. Realiza assim um
movimento rotativo – movimento de convecção.

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Tipos de limites entre as placas tectónicas:

Limites divergentes/construtivos: movimento onde as duas placas se afastam uma da


outra – nova litosfera é gerada.

Limites convergentes/destrutivos: movimento onde as duas placas colidem – a placa


mais densa mergulha sobre a menos densa. Característico de vulcanismo explosivo.

Limites transformantes/conservativos: movimento lateral entre duas placas.

Informações adicionais acerca dos tipos de limites

Intervenção no Homem nos subsistemas terrestres:

Recursos naturais: materiais produzidos pela Terra que o Homem pode explorar.

Recursos naturais renováveis: são materiais produzidos pela Terra que se formam a
uma velocidade superior à velocidade de consumo. Têm tempo para se renovarem.

Recursos naturais não renováveis: são materiais produzidos pela Terra que se formam
a uma velocidade inferior à velocidade de consumo.

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Unidade 2 - Compreender a estrutura e a dinâmica da geosfera

Métodos para o estudo do interior da geosfera

Métodos de estudo direto – recolha e análise direta de elementos à superfície ou


provenientes do interior da terra e que são acessíveis.

Tipos de métodos de estudo direto:

1. Observação e estudo direto da superfície visível: características das


rochas/deformações sofridas/idades das estruturas.

2. Exploração de jazigos minerais em minas e escavações: permite conhecer a


Terra em profundidade (3-4km)

3. Sondagens: são perfurações que permitem recolher amostras de camadas


interiores da Terra (constituição). A sonda apenas chega até 12km de
profundidade.

4. Magmas e Xenólitos*: quando o vulcão entra em atividade, conseguimos


estudar os materiais que são expelidos pelo vulcão.

*Xenólito – fragmentos de rochas encaixantes (fragmentos do manto)

Métodos de estudo indireto - análise de dados que permitem, indiretamente e por


generalizações, conhecer as zonas mais profundas e inacessíveis da Terra.

Nota: a análise de rochas de outros planetas é um método indireto do estudo da Terra.

Os métodos de estudo indireto dividem-se em 2 grupos:

1. Planetologia e Astrologia:

 Estudo do sistema solar;


 Todos os planetas se formaram na mesma altura e da mesma forma – Teoria
Nebular Reformulada;
 Aplicando leis da física foi possível determinar a massa da Terra;
 Através de satélites – determinaram o Volume e o diâmetro;
 A partir da massa e volume, determinou-se a densidade; (fórmula)
 Estudo dos meteoros;

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2. Métodos Geofísicos: ciência que utiliza matemática e física para determinar


propriedade físicas da Terra. Tipos:

 Gravimetria;
 Densidade Terrestre;
 Geomagnetismo;
 Sismologia;
 Geotermismo;

Gravimetria: área da geofísica que mede as acelerações da gravidade em diferentes


locais da terra.

 Nem todos os locais se encontram à mesma distância do centro do planeta


(cadeias montanhosas/elevações) – variação da força gravítica;

 A força da gravidade pode ser medida por gravímetros;

 Anomalias gravimétricas: existem anomalias na gravidade devido à presença de


corpos rochosos com diferentes densidades no interior da Terra.

 Anomalias gravimétricas positivas: força gravítica aumenta devido à elevada


densidade comparando com as rochas encaixantes. Característico das rochas do
fundo do oceânico (basalto), por ser uma rocha mais densa que o granito
continental.

 Por exemplo, numa intrusão ígnea (jazidos de minerais). Rochas com elevada
densidade têm elevada força gravítica. Maior atração.

 Anomalias gravimétricas negativas: força gravítica diminui devido à baixa


densidade comparando com as rochas encaixantes. Característico de zonas
montanhosas.

 Por exemplo, num domo salino (esses domos estão normalmente associados a
jazidos de petróleo). Rochas com baixa densidade têm baixa força gravítica. Menor
atração.

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Densidade Terrestre:

 Sabemos que a densidade global da Terra é de 5.5, contudo sabemos que as rochas
da superfície da Terra apresentam uma densidade de 2.8 – concluímos que a
densidade dos materiais no interior da Terra é maior. São mais densos.

 Os materiais estão sujeitos a:

1. + profundidade;
2. + Pressão;
3. + comprimidos  + densidade

Geomagnetismo: área que estuda a magnetosfera

 A Terra é cercada por um campo de forças magnéticas – a magnetosfera.

 O campo magnético Terrestre existe pelo facto de o núcleo externo (líquido e


metálico) estar em movimento de rotação o que queria uma corrente elétrica.

 Certas rochas têm propriedades ferromagnéticas – basaltos. Durante o


arrefecimento do magma esses minerais ficam magnetizados instantaneamente
quando a T desce abaixo de um certo valor – ponto de Curie.

 Esses minerais magnetizados dispõem-se paralelamente ao campo magnético


terrestre existente na altura da sua formação. Registam a orientação do campo
magnético na altura da sua formação.

 Os cristais são ímanes fósseis: os cristais apresentam polaridade igual ao campo


magnético terrestres na altura em que se formaram e conservam essa polaridade
desde que não sejam aquecidos acima do ponto de Curie.

Campo paleomagnético: campo magnético que fica registado na rocha.

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Tipos de polaridade:

 Normal: polo norte geográfico coincide com o polo norte magnético (anomalia
magnética positiva)

 Inversa: polo sul geográfico coincide com o polo norte magnético (anomalia
magnética negativa)

 As faixas com anomalias positivas e negativas correspondem a porções da crosta


oceânica de idades diferentes, formadas em diferentes períodos de polaridade. Estas
inversões são simétricas dos dois lados do rífte.

Magnetómetro: aparelho que permite medir a intensidade dos campos magnéticos e


determinar a direção e sentido do campo magnético fossilizado nas rochas.

Importância do Geomagnetismo:

1. Apoia o modelo sobre a composição e as características físicas do núcleo


terrestres;
2. Paleomagnetismo fornece informações sobre o passado da Terra;
3. Apoia a hipótese da Deriva continental e expansão dos oceanos.

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Sismologia

Sismologia: área que estuda o comportamento das ondas sísmicas que se propagam.

Sismógrafos: aparelhos que registam ondas sísmicas.

Velocidade das ondas sísmicas: varia de acordo com as propriedades físicas dos
materiais que estão a atravessar.

Se a Terra fosse homogénea, as ondas sísmicas propagar-se-iam a uma velocidade


constante, contudo isso não acontece. Prova assim que a terra é heterogénea e é
constituída por camadas com diferenças na rigidez e densidade no seu interior. À
medida que se propagam, vão alterando a sua direção e velocidade consoante o
material que passam.

Sismo: movimento vibratório, brusco, curto com libertação de energia.

Tipos de sismos:

 Microssismos: sismo de baixa intensidade;


 Macrossismos/terramotos: sismo de alta intensidade;

Abalos premonitórios: abalos de pequena intensidade;


Réplicas: sismos a seguir ao sismo principal;

 Hipocentro/foco sísmico: local no interior da Terra onde um sismo tem origem;

 Epicentro: ponto à superfície terrestre exatamente acima do hipocentro; (na


vertical)

Tipos de sismos quanto à profundidade:

Sismos Superficiais 0 - 60km


Sismos intermédios 60 - 300km
Sismos profundos 300 -700km

Nota: Os sismos mais profundos acontecem em zonas de subducção. Além disso, as


zonas de subducção são características por formarem sismos de diferentes
profundidades.

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 Sismo intraplaca: ocorrem no interior de uma placa litosfera – falhas ativas;

 Sismo interplaca: ocorrem nos limites entre placas (convergente, divergente ou


transformante)

Terramoto: sismo na crosta terrestre.

Maremoto: sismo na crosta oceânica – possibilidade de provocar tsunamis.

Causas dos sismos:

Causas Naturais Causas artificiais (provocados pelo


homem)

 Sismos de colapso – abatimento de grutas;


 Explosões;
 Sismos vulcânicos – fenómenos de vulcanismo;  Construções de barragens;

 Sismos Tectónicos – movimentos tectónicos

Forças que desencadeiam sismos tectónicos:

Forças compressivas Bloco é comprimido – redução do seu volume

Forças distensivas Blocos afastam-se – estiramento e alongamento do bloco

Forças de cisalhamento Bloco é submetido a movimentos horizontais com


sentidos inversos.

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Natureza dos materiais:

Elástica Após a aplicação da força, os materiais retornam à


sua forma inicial.

Plástica Após a aplicação da força, os materiais mantêm a sua


deformação.

Rígida Com a aplicação da força os materiais fraturam.

Falhas – elementos característicos:

Plano da falha Superfície de fratura

Teto Bloco que se sobrepõe ao plano de falha

Muro Bloco que se situa abaixo do plano de falha

Rejeito/Rejecto Movimento relativo entre os dois blocos de falha

Tipos de falha

Falha normal Teto desde/muro sobe – deformação distensiva.

Falha inversa Teto sobe/muro desce – deformação compressiva.

Falha de desligamento Movimento dos blocos paralelo e horizontal à direção


do plano de falha – deformação de cisalhamento.

Nota: No caso da falha de desligamento, se houver um sismo, como não há


movimento vertical de blocos, não existirá um tsunami.

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Teoria do Ressalto Elástico:

1. Atuação de uma força contínua;


2. Deformação gradual da rocha com acumulação de energia;
3. Ultrapassagem do limite de plasticidade da rocha encaixante ;
4. Rutura das rochas com o deslocamento dos blocos (falha);
5. Formação da falha;
6. Libertação brusca da energia acumulada;
7. Sismo;

Energia libertada: provoca vibração elástica das partículas que ao ser transmitido de
partícula em partícula forma - ondas sísmicas.

Frente de Onda – separa 2 regiões:

1. Partículas a vibrar;
2. Partículas que ainda não estão a vibra;

Raio sísmico: qualquer trajetória perpendicular à frente da onda.

Tipo de ondas sísmicas:

1. Ondas profundas:

 Propagam-se no interior da Terra;


 São as mais rápidas;
 Provocam menos destruição;

Ondas Primárias/longitudinais  Vibram paralelamente à direção de propagação da onda;


(P)  São as primeiras a serem registadas;
 Propagam-se nos 3 meios físicos;

Ondas Secundárias/transversais  Vibram perpendicularmente à direção de propagação da


(S) onda;
 São as 2ºs a serem registadas;
 Propagam-se apenas no meio sólido;

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2. Ondas superficiais:

 Propagam-se à superfície;
 Resultam da interação das ondas profunda quando estas últimas chegam à
superfície;
 Provocam mais destruição;

 Vibram perpendicularmente à direção de propagação da onda,


Ondas de Love mas paralelamente à superfície;
 Propagam-se apenas no meio sólido;

 A trajetória das partículas tem uma forma elíptica provocando


Ondas de Rayleigh ondulações semelhantes às ondas do mar;
 Propagam-se apenas em meios sólidos e líquidos;

Registo de um sismo

 São necessários 3 sismógrafos situados numa estação sismográfica para registar os


movimentos do solo.

Sismogramas: registo gráfico da propagação das ondas sísmicas

Avaliação de um sismo:

Escala de Mercalli modificada Escala de Richter

 Avalia a intensidade∗1  Avalia a magnitude∗2

 Avaliação qualitativa e subjetiva;  Avaliação quantitativa e objetiva;

 I – XII (12 graus)  Escala aberta, ou seja, sem máximo;

∗𝟏 Intensidade: medida das consequências/danos causados nas infraestruturas e às


populações. Fornece uma previsão acerca do impacto do sismo.

∗𝟐 Magnitude: quantidade de energia libertada no hipocentro.

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Cartas isossistas:

Linhas isossistas: linhas curvas, fechadas distribuídas em torno do epicentro, que


unem pontos de igual intensidade sísmica.

 Permite o conhecimento da intensidade do sismo em determinadas zonas.

 São irregulares: devido às diferentes densidades e rigidezes dos diferentes


materiais;

 Não se propagam no oceano: não existem danos materiais nos oceanos;

Fatores que fazem variar a intensidade de um sismo:

Distância ao epicentro Quando maior a distância epicentral  menor a


intensidade;

Profundidade do epicentro Quando maior a profundidade  menor


a intensidade;

 Solos arenosos são menos estáveis;


Natureza do solo  Rochas consolidadas são mais estáveis;

Magnitude do sismo Quando maior a Magnitude  maior a


intensidade;

 Quanto maior a área de contacto entre placas, maior a tensão acumulada, maior a
energia libertada e por isso maior a magnitude.

 Quanto maior o atrito entre as placas, maior a sua magnitude.

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Risco sísmico:

 Localização tectónica;
 Litologia da região: tipos de solos ou rochas;
 Vulnerabilidade da região: desenvolvimento socioeconómico;

Formas de minimizar as consequências de um sismo:

 Estudar a zona a nível geológico;


 Identificar as zonas de risco;
 Construção de edifícios anti-sismos;
 Sensibilizar e informar as populações;

Geotermismo: estudo da variação da temperatura em função da profundidade


Terrestre.

Conceitos relativos ao geotermismo:

Gradiente Geotérmico Taxa de variação da temperatura com a profundidade.

Número de metros que é necessário aprofundar para que a


Grau Geotérmico temperatura aumente 1*C.

Fluxo Térmico Quantidade de calor libertado à superfície por unidade de tempo


e por unidade de superfície.

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Relações entre os conceitos anteriormente apresentados:

 Quanto maior o Fluxo Térmico  menor o Grau Geotérmico

 O Gradiente Geotérmico NÃO é constante: o aumento da T não é regular à medida


que descemos em profundidade. O aumento da T faz-se de modo cada vez mais
lento.

Valores máximos − ao nível dos Riftes


 Fluxo Térmico – Valores intermédios − Zona de subducção
Valores mínimos − interior da placa litosférica

 Zonas de rift/vulcanismo: Maior fluxo térmico, Maior gradiente geotérmico e


Menor grau.

 Zonas de fossa/continentais estáveis: Menor fluxo térmico e Menor gradiente


geotérmico e Maior grau.

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Vulcanismo

Vulcanismo Primário: ocorrência de erupções vulcânicas com emissão de materiais


através de um aparelho vulcânico.

Tipos de Vulcanismo primário:

 Central: existência de um cone vulcânico. (vulcões)


 Fissural: erupção através de fendas. (riftes)

Vulcanismo Secundário/residual: manifesta-se a atividade vulcânica através da


libertação de água/gases a elevadas temperaturas.

Nota: vulcanismo subaéreo – vulcanismo à superfície

Tipos de Vulcanismo secundário:

 Nascentes termais: fontes de libertação de águas quentes ricas em sais minerais.


 Fumarolas: emissão de gases. No caso de Sulfataras a emissão dos gases é rico em
enxofre. No caso de ser Mofetas, os gases são ricos em dióxido de carbono.
 Geiseres: jatos de água e vapor de água descontínuos libertados a altas
temperaturas através de fraturas.

Características de um aparelho vulcânico:

 Cone vulcânico: elevação de forma cónica resultante da acumulação de materiais


libertados durante uma erupção.
 Chaminé vulcânico: canal no interior do vulcão por onde o magma ascende.
 Cratera: abertura do cone vulcânico em forma de funil.
 Câmara magmática: bolsa no fundo do vulcão onde é armazenado o magma.

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Formação de uma caldeira vulcânica:

No caso de um vulcão entrar em erupção, o esvaziamento da câmara magma


causa uma instabilidade no vulcão que pode levar ao seu colapso. Assim, com o passar
do tempo as partes do vulcão abatidas são erodidas e quando chove, devido à
existência de uma depressão, existe acumulação de água formando uma caldeira

Como são desencadeadas erupções vulcânicas:

 Existe um aumento de pressão numa câmara magmática superficial, que pode ser
provocado pela chegada de magma proveniente de reservatórios mais profundos
(astenosfera)

 A subida de pressão pode provocar fraturas no teto da câmara magmática ou


aumentar as fraturas já existentes por onde ascende o magma à superfície.

Materiais expelidos durante uma erupção vulcânica:

 Lava;
 Gases;
 Piroclastos/tufos vulcânicos;

Nota: Acumulação de cinzas na atmosfera provoca a diminuição da entrada de raios


solares que por consequência agrava o arrefecimento global.

Tipos de gases:

 Vapor de água;
 Monóxido e Dióxido de Carbono;
 Hidrogénio;
 Azoto;
 Gases sulfurosos;
 Ácido clorídrico;

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Tipos de piroclastos

Cinzas  Fragmentos muito finos


 2mm de diâmetro

Lapilli/Bagacina  Fragmentos angulosos e arredondados


 2mm-50mm

 Pesados e grandes
Bombas  > 50mm
 Arrefecem ao serem projetados, daí a sua forma alongada

Classificação da lava quanto à sua percentagem de sílica:

Lava Básica  >52% de sílica na sua composição

Lava intermédia  52% < sílica < 65%

Lava ácida  >65% de sílica na sua composição

 Em igualdade de Pressão, a viscosidade diminui quando a temperatura aumenta.

Em igualdade de temperatura, a viscosidade aumenta com o aumento de pressão.

A adição de água a magmas irá baixar o ponto de fusão dos materiais influenciando
a viscosidade.

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Classificação da lava quanto à sua viscosidade:

Lava viscosa Lava fluida

 T ≈ 800º C  T ≈ 1500º C
 Rica em sílica  Pobre em sílica
 Dificuldade em libertar os gases  Facilidade em libertar os gases
 Erupções explosivas  Erupções efusivas

Tipos de solidificação de lavas fluidas:

 Lavas fluidas que se deslocam com grande


Lavas encordoadas/pahoehoe facilidade;
 Originam superfícies lisas e semelhantes a cordas;

Lavas escoriáceas/aa  Lavas menos fluidas que se deslocam lentamente;


 Originam superfícies ásperas e com fissuras;

Lavas em almofada/pillow lavas  Lavas fluidas que arrefece dentro de água

Tipos de solidificação de lavas viscosas:

Agulhas vulcânicas Quando a lava viscosa solidifica na chaminé (rolha


gigante)

Domos ou cúpulas Quando a lava viscosa se acumula na abertura vulcânica


obstruindo a cratera

Nuvens ardentes ou escoadas Massas densas de cinzas e gases incandescentes, a altas


piroclásticas temperaturas que se deslocam a grande velocidade e
com elevada capacidade destrutiva

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Tipos de atividade vulcânicas:

 Lava ácida;
Erupções explosivas  Emissão de piroclastos/nuvem ardente
 Cones com grandes vertentes e alta inclinação;
 Erupção violenta e destrutiva;

 Lava básica;
 Emissão de lava fluida e grandes escoadas;
Erupções efusivas  Cones achatados e pouca inclinação
 Erupção calma;

 Lava intermédia;
 Emissão de piroclastos
Erupções mistas  Cones formados por camadas alternadas de lavas e material
piroclástico;
 alternância de fases efusivas e explosivas

Relação entre o tipo de limite de placas e a atividade vulcânica:

 Erupções explosivas – zona de convergências de placas tectónicas;


 Erupções efusiva - zona de ríftes ou vulcanismo intraplaca;

Vulcanismo rífte:

 Tipo fissural;
 Lava básica;
 Tipo efusivo/misto;

Vulcanismo de subducção:

 Tipo central;
 Lava intermédia/básica;
 Tipo explosivo;

Vulcanismo Intraplaca:

 Tipo central;
 Lava básica;
 Tipo efusivo/misto;

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Pluma térmica

 A instabilidade entre a fronteira núcleo-manto pode causar uma formação de uma


coluna de material quente e menos denso que sobe através do manto – pluma
térmica.

 Ao atingir a litosfera, forma-se um aglomerado de magma – Hot Spot

 O magma atravessa a litosfera e ao chegar à superfície, forma um vulcão. Contudo,


com a continua movimentação das placas tectónicas, faz com que o vulcão se afaste
do ponto quente. O vulcão 1 fica extinto. O ponto quente forma outro vulcão (vulcão
2) e assim sucessivamente formando um alinhamento de vulcões.

 O magma no hot spot é magma basáltico, ou seja, pobre em sílica.

 Característico de erupções efusivas.

Aproveitamento de energia geotérmica

Temperaturas:

 Entre 50° C e 150° C: Não existe conversão energética. Podemos utiliza a água em
aquecimento de águas domésticas; termalismo; piscicultura

 Entre 150° C e 350° C: Existe conversão de calor em eletricidade. Uso da


eletricidade para fins domésticos, industriais.

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Descontinuidades:

 Como já dito anteriormente, a terra não é toda homogénea. Não está toda no
mesmo estado físico nem é constituída pelos mesmos materiais.

 Superfície de descontinuidade: separação entre dois meios com características


diferentes que provocam fenómenos de reflexão e refração.

 Existe a alteração da velocidade e/ou da trajetória das ondas sísmicas pois


atravessam meios de estado físico e/ou composição química diferente

Tipos de ondas:

 Ondas sísmicas diretas: a onda que está no mesmo meio (não contacta com
superfícies de descontinuidades).

 Ondas sísmicas refletidas: a onda não se propaga no meio 2, origina por isso uma
onda de sentido oposto no meio 1.

 Ondas sísmicas refratadas: a onda propaga-se no meio 2, contudo sofre alterações


na direção e na velocidade.

 O material não consolidada provoca fenómenos de refração e reflexão. Assim, os


materiais vão ter uma amplitude de vibração maior e mais prolongada, resultando
numa maior quantidade de estragos à superfície.

Os raios sísmicos devido às refrações apresentam trajetórias curvilíneas:

Velocidade de propagação das ondas sísmicas:

 Maior rigidez  maior velocidade;


 Maior densidade  menor velocidade;
 Maior incompressibilidade  maior velocidade;

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Superfícies de descontinuidade:

 Descontinuidade de Mohorovicic: separa o manto superior da crusta.

 Descontinuidade de Gutenberg: separa o núcleo externo do manto inferior.

 Descontinuidade de Lehmann: separa o núcleo interno do núcleo externo.

Zona de baixa velocidade: Astenosfera – estado parcialmente fundido (zona com


menor rigidez e mais plástico)

Zona de sombra sísmica: acontece devido ao núcleo externo estar no estado líquido.
As ondas P e S diretas não são detetadas. Entre 103° e os 143° a partir do epicentro do
sismo. As ondas P reaparecem depois do ângulo 143°, e as ondas S não.

 A velocidade das ondas sísmicas aumenta com a profundidade.

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Estrutura interna da geosfera

Modelo químico:

 Crusta continental: constituído por rochas graníticas (Mg);


 Crusta oceânica: constituído por rochas basálticas (Al);
 Manto: constituído por silicatos de baixa densidade (Fe e Mg) - peridotito;
 Núcleo: constituído por Fe e Níquel;

Modelo Físico:

 Litosfera: rígida;
 Astenosfera: baixa rigidez e comportamento plástico;
 Mesosfera: rígida;
 Endosfera:

 Endosfera externa: Núcleo externo – estado líquido constituído por níquel e


ferro.
 Endosfera interna: Núcleo interno – estado sólido constituído por níquel e
ferro.

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