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BIO/GEO 10º
GEOLOGIA
A TERRA E OS SUBSISTEMAS EM INTERAÇÃO
SUBSISTEMAS TERRESTRES
Tudo no universo se rege por hierarquias, do elemento mais simples ao mais complexo, que
tendem a estar em equilíbrio através da interação entre todos os elementos, isto é um
sistema.
Chama-se sistema a qualquer porção do universo constituída por componentes que interagem
entre si de uma forma organizada e em que pode haver fluxo de matéria e de energia entre
eles. A interação entre o sistema e o meio circundante classifica-se em 3 formas de sistemas:
A Terra é considerado um sistrema fechado. Desde a sua formação, a troca de matéria entre
esta e o Universo envolvente é insignificante. Dentro do sistema Terra existem 4 subsistemas:
atmosfera, hidrosfera, biosfera e geosfera.
ATMOSFERA
HIDROSFERA
A hidrosfera é constituída por todos os reservatórios de água existentes na Terra, como sejam
os rios, lagos, águas subterrâneas, glaciares e calotes polares, assim como também na
atmosfera e nos seres vivos.
É um elemento estrutural e regulador dos seres vivos, pois é o constituinte que se encontra em
maior percentagem neles e permite que as reações bioquímicas aconteçam.
GEOSFERA
A litosfera serve de suporte à vida, e é nela que todos os seres vivos realizam as suas
atividades, O tipo de rocha condiciona o tipo de seres vivos existentes num determinado local.
BIOSFERA
A biosfera é formada por todos os seres vivos. A vida terrestre está condicionada à superfície,
à vida nos oceanos, e à plataforma continental onde os raios solares chegam, no entanto,
existem seres vivos a grandes profundidades em que o Sol não chega.
A vida está dependente das condições físico-químicas do meio, mas os seres vivos também
contribuem para o meio.
O sistema Terra depende das interações entre os 4 subsistemas, uma alteração num destes
subsistemas altera o equilíbrio da Terra. Estas alterações podem originar extinções em massa.
Por exemplo:
Se ocorrer uma fase de vulcanismo intenso (geosfera), as cinzas vulcânicas lançadas pelos
vulcões podem alterar as condições climáticas (atmosfera) e provocar inundações
(hidrosfera) e pode influenciar a vida nos ecossistemas (biosfera).
AS ROCHAS E OS SEUS TIPOS
As rochas são corpos sólidos e constituídos por um ou mais minerais, com diferentes
propriedades (brilho, dureza, cheiro, cor, coerência, estrutura, textura, reação com ácidos).
ROCHAS MAGMÁTICAS/ÍGNEAS
O magma é menos denso que as rochas e se encontrar uma abertura pelas rochas envolventes,
sobe. Ao deslocar-se para a superfície, encontra temperaturas mais baixas e vai arrefecer, ao
longo do tempo, e acaba por consolidar.
1. Vulcânicas:
formam-se à superfície ou próximo dela
arrefecimento mais rápido
rochas extrusivas (superfície)
textura agranular (cristais não visíveis a olho nu)
2. Plutónicas:
formam-se em profundidade
arrefecimento muito mias lento
rochas intrusivas (profundidade)
textura granular (cristais bem, desenvolvidos)
ROCHAS SEDIMENTARES
1. Sedimentogénese:
Meteorização- alteração física ou química da rocha preexistente
Erosão- remoção dos fragmentos da rocha
Transporte- deslocação dos sedimentos devido aos agentes de transporte ( vento, ação da
gravidade, água…). Quanto maior for o transporte, mais redonda é a rocha e quanto menor
for, mais irregular è a rocha
Sedimentação- deposição dos sedimentos. Ocorre quando os agentes de transporte
perdem a energia e deixam de conseguir movimentar os sedimentos
2. Diagénese:
Compactação- acumulação dos sedimentos faz com que haja menis espaço entre eles,,
devido às pressões geradas pela deposição de camadas
Cimentação- detritos vão se misturar com restos de água (presentes devido à
compactação) e formar um cimento que vai preencher os espaços existentes entre os
grãos, agregando-os e originando uma rocha sedimentar consolidada.
O processo da sedimentação ocorre essencialmente em locais como os leitos dos rios, dos
lagos ou dos fundos oceânicos. Deste processo, resultam camadas sobrepostas de detritos.
As rochas sedimentares podem ser classificadas de acordo com a origem dos seus sedimentos:
ROCHAS METAMÓRFICAS
1. Metamorfismo regional:
fator predominante é a alta pressão
pode haver foliação
EX: xisto e gnaisse
2. Metamorfismo de contacto:
acontece devido à intrusão magmática e às altas temperaturas
rochas não foliadas
EX: mármore, quartzito, corneana
Nos finais do séc. XVIII, James Hutton apresentou os fundamentos do uniformitarismo. Este
dizia que as alterações ocorriam de forma lenta e gradual e que as rochas se formavam por
processos naturais e não devido a intervenções sobrenaturais (bíblia).- O tempo que era
necessário para acontecerem alterações, levou a considerar que a terra possuía uma idade
muito superior do que se julgava.
Com Charles Lyell, o uniformitarismo ganhou mais visibilidade, pois ao estabelecer um método
cientifico em geologia, impôs-se ao catastrofismo:
É uma consequência
Como se explica a
do dilúvio Como resultado do
presença de fósseis O presente é a chave
(catástrofe natural fecho de oceanos por
de seres marinhos do passado
de intervenção colisão continetal
em meio terrestre?
divina)
As espécies extinguem-
Através de
As espécies se devido a alterações
Como se explica a catástrofes naturais
desapareceram de nos subsistemas
extinção de de intervenção
forma lenta e terrestres. É uma
espécies? divina (como os
gradual consequência dinâmica
sismos, vulcões…)
das placas litosféricas
No século XX, Alfred Wegener pôs em causa as ideias imobilistas ao propor a hipótese da
deriva continental, De acordo com esta hipótese, os continentes atuais já tinham estado
unidos, formando o supercontinente Pangeia (rodeada por um oceano, a Pantalassa) que se
terá fraturado em diversos continentes que ter-se-iam deslocado até às suas posições atuais.
Wegener apresentou argumentos para provar a sua teoria:
Wegener não encontrou respostas plausíveis para 2 questões “Qual a origem da energia que
fraturou a Pangeia nos diversos continentes.” e “Qual o motor responsável pela deriva
continental.” e por isso as sujas ideias foram criticadas durante décadas mas foram retomadas
à luz de novo conhecimentos como sobre o fundo dos oceanos. Novas tecnologias,
desenvolvidas em meados do séc. XX permitiram conhecer os fundos oceânicos até ai
desconhecidos (sonares desenvolvidos durante a 2º guerra mundial) e foi formulada a hipótese
da expansão dos fundos oceânicos, segundo o qual o fundo oceânico se forma nos riftes
expandindo-se a partir de aí em direções opostas, onde esta formação e expansão é
compensada pela destruição dos fundos oceanos na região das fossas oceânicas.
Rifte- abertura profunda na linha central da dorsal, por onde ascende o material rochoso
fundido
Fossa oceânica- depressão profunda e alongada do fundo oceânico
TECTÓNICA DE PLACAS
No final da década de 60 do séc. XX, todo o conhecimento adquirido sobre os fundos oceânicos
foi interpretado, o que conduziu à formulação da teoria da tectónica de placas. Esta teoria
considera que a litosfera (camada rochosa, rígida e solida fragmentada em placas) está
fragmentada em grandes porções: as placas tectónicas que se movem umas em relação às
outras sobre a astenosfera (camada parcialmente fundida com comportamento dúctil).
Algumas placas litosféricas são constituídas apenas por litosfera oceânica, mas a maioria
contem áreas da litosfera oceânica e litosfera continental. O movimento das placas estaria
dependente de correntes de convecção, estas resultam da diferença de temperatura entre os
materiais que compõem o manto, sendo a causa da ascensão do magma nas zonas de rifte.
Corrente de convecção- o magma quando é aquecido fica mais leve e ascende, mas quando
entra em contacto com a atmosfera, fica mais pesado e volta a descer e, depois volta a
estar em contacto com a fonte de calor e o processo repete-se. EX: O calor aplicado na base
de uma panela aquece a sopa que se expande tornando-se menos densa que a sopa fria.
Esta redução de densidade determina a ascensão de sopa, da base para o topo da panela.
Perto da superfície, a sopa arrefece, pelo que se contrai, ficando mais densa. Este aumento
de densidade determina a sua descida para a base da panela, completando-se e
reiniciando-se este ciclo.
O movimento das correntes de convecção na astenosfera, para um lado e para o outro do rifte,
arrasta consigo as 2 placas litosféricas em direções opostas. A abertura por novo basalto que
se forma pela consolidação da lava que ascende na astenosfera. Nas zonas descendentes das
correntes de convecção ocorre colisão entre placas e, a litosfera, ou é destruída ou podem
formar-se montanhas.
Limites divergentes/construtivos:
Limites convergentes/destrutivos:
As placas deslizam em relação à outra (horizontalmente) ao longo de uma falha, sem haver
formação ou destruição de litosfera, apenas a conservação da rocha. Situam-se nas falhas
transformantes (falhas transversais às dorsais). Ocorrem sismos superficiais ou
intermédios.
FÓSSEIS
Um fóssil pide ser um resto de ser vivo , um molde ou vestígios da atividade dos seres vivos
(animais/vegetais) que ocuparam a Terra em épocas passadas, ficando
preservados/conservados/incorporados em rochas sedimentares ou em outros materiais
naturais. Dependendo da sua constituicao os fosseis podem ser:
Sematofósseis- restos de seres vivos EX: ossos fossilizados; troncos mineralizados, dentes
de tubarão
Icnofósseis- vestígios da atividade do ser vivo EX: pegadas; coprólitos (fezes); ovos
DATAÇÃO RELATIVA
Estes princípios podem ser alterados devidos a alterações que podem ocorrer, como a
formação de dobras ou falhas. Estas estruturas geológicas podem alterar a posição horizontal
doa estratos, colocando estratos mais antigos acima de uns mais recentes, e assim, pode
dificultar a determinação da sequencia original de formação dos estratos, havendo por veze4s
limitação do principio da sobreposição. Qualquer fenómeno que altere a horizontalidade +e
sempres posterior à sedimentação.
DATAÇÃO ABSOLUTA
Tecnologicamente
complexa;
Não permite obter uma
idade numérica;
Depende da incorporação de
Limitações isótopos radioativos
A erosão dos estratos e do
instáveis em minerais;
conteúdo fóssil limita o uso
da datação relativa.
Mais complexa de aplicar a
rochas sedimentares.
A elaboração da escala do tempo geológico começou no séc. XIX, baseada nos princípios da
estratigrafia subjacentes à datação relativa. A descoberta dos métodos radiométricos veio
permitir datar, de forma absoluta, os intervalos da escala, tornando mais rigorosa a
delimitação temporal dos tempos geológicos. Este calendário da História da Terra, baseado no
estudo e na correlação global dos estratos, vai sofrendo alterações que se refletem nas
divisões dessa escala, à medida que novos dados vão sendo recolhidos.
A escala, cuja unidade de medida é o Ma, esta dividida em intervalos de tempo com duração
variável: Éones, Eras, Períodos e Épocas.
A Terra formou-se há cerca de 4600 Ma a partir da acreção de pequenos corpos celestes que
eram abundantes aquando da formação do sistema solar.
No Pré-Câmbrico, o registo fóssil é muito reduzido, destacando-se animais oceânicos que não
tinham partes duras (conchas ou placas mineralizadas) o que dificulta a sua fossilização.
Na Era do Paleozoico, viu-se uma rápido diversificação dos seres multicelulares com
revestimentos e partes duras, que favorecem a fossilização (destacam-se as trilobites).
Na Era Mesozoica, estava formada a Pangeia. Os répteis eram os vertebrados dominantes nos
oceanos e continentes (dinossauros), surgimento da maioria das espécies de fitoplâncton,
abundância de amonites nos oceanos e aparecimento das primeiras plantas com flor e os
primeiros mamíferos.
VULCÃO
Um vulcão é uma abertura na crusta terrestre que permite a libertação de materiais sólidos
(piroclastos), líquidos (lava) e gasosos que compõem o magma. Relativamente à sua atividade,
um vulcão pode ser:
TIPOS DE VULCANISMO
VULCANISMO PRIMÁRIO
O vulcanismo primário pode ser classificado de acordo com tipo de conduta emissora:
MAGMA VS LAVA
Ambos o magma e a laba são rochas no estado liquido, devido às altas temperaturas.
O magma é uma rocha difundida em elevadas temperaturas e é rico em gases, enquanto a lava
é formada a elevadas temperaturas mas pobre em gases.
O magma apresenta maior temperatura e maior nível de gases que a lava, e é encontrado em
profundidade enquanto a lava se encontra à superfície.
MAGMA
A composição do magma depende da natureza das rochas que fundem para lhe dar origem. O
magma pode ser:
O magma encontra-se a elevadas temperaturas e contém muitos gases, que reduzem a sua
densidade e permitem a sua ascensão. Por isso, quanto mais gases o magma tiver e quanto
mais altas forem as temperaturas, mais fácil vai ser a sua ascensão.
Quanto maior for o teor em sílica, mais viscoso será e maior vai ser a dificuldade do magma
para se movimentar (vai ser mais lento).
LAVA
Lava muito viscosa- 800ºC a 1000ºC; rica em sílica; dificuldades na libertação de gases; rica
em gases (4% a 6%)
Lava fluida- 1000ºC a 1200ºC; pobre em sílica; facilidade a libertar os gases; pobre em gases
(1% a 2%)
Lavas intermédias
Lavas básicas e Lavas ácidas e
Composição da lava
fluidas muito viscosas
50% < sílica < 65%
Libertação de
piroclastos
Escoadas de lava
Emissão de lavas e Grande teor de
Materiais expelidos
Pouca libertação de piroclastos gases
gases
Formação de nuvens
ardentes
Ilhas do Hawaii
Pico (Açores) Ilha Branca (Nova
Piton de la Zelândia)
Exemplos
Fournaise Vulcão do Fogo
(Cabo Verde) Pinatubo (Filipinas)
Islândia
ATIVIDADE EFUSIVA
Esta atividade é muito comum no vulcanismo fissural. Quando ocorre no central, tende a
originar cones vulcânicos com elevadas dimensões e declives suaves ( vulcões em escudo).
A atividade efusiva liberta lava fluida, pobre em sílica, elevadas temperaturas e um reduzido
teor de gases (libertam-se facilmente sem a ocorrência de explosões). Por a lava ser básica,
tende a formar escoadas de lava, que se acumulam sob a forma de mantos de lava.
Nas erupções submarinas, a lava arrefece rapidamente à superfície, o que origina estruturas
esféricas, chamadas de lavas em almofada.
ATIVIDADE EXPLOSIVA
Quando ocorre no vulcão central, tende a originar cones vulcânicos com elevados declives.
Estes cones são formados pela acumulação de elevadas quantidades de piroclastos e a
acumulação de lava é reduzida.
O magma é muito viscoso, então solidifica logo na chaminé ou na cratera, fazendo com que os
gases fiquem presos e, como se querem libertar, há destruição do cone vulcânico e dá-se a
explosão. Após a erosão do cone, em resultado da solidificação do magma viscoso na cratera
ou na chaminé, podem formar-se, respetivamente, domos e agulhas vulcânicas.
poeiras vulcânicas
cinzas vulcânicas
lapilli
bombas vulcânicas
blocos vulcânicos
ATIVIDADE MISTA
Na atividade mista existe uma alternância entre episódios efusivos com explosivos ou
ocorrência em simultâneo da libertação de grandes quantidades de piroclastos e de lava. Os
vulcões têm declives acentuados e são cónicos, formados pela acumulação de lavas e
piroclastos. A lava pode ter uma composição intermédia.
VULCANISMO SECUNDÁRIO
Este vulcanismo é diferente do primário pois não há emissão de lava de nenhuma forma.
Existem varias manifestações secundarias de vulcanismo:
Fumarolas- as fumarolas correspondem à libertação de gases através de aberturas à
superfície, provenientes de uma câmara magmática ou de fluidos aquosos que circulam
nas suas proximidades. Consoante o gás predominante, tomam designações, se for rica em
CO2 é Mofetas, se for rica em enxofre e é Sufaratas, mas podem ser libertados outros
gases como o vapor de água
Nascentes Termais- nas nascentes termais existe água a elevada temperatura em emissão
contínua. A água da precipitação, ao infiltrar-se em profundidade, circula perto de rochas
aquecidas por uma câmara magmática fazendo com que a água aqueça e aumentando a
sua capacidade de dissolução de materiais das rochas, tornando-se mais mineralizada.
Algumas destas nascentes são usadas para fins medicinais
Geiser- os geiseres são jatos intermitentes de água quente e gases. A água que infiltra e
circula no subsolo pode acumular-se em reservatórios subterrâneos onde é aquecido a
elevadas temperaturas, e uma parte dessa água transforma-se em vapor fazendo com que
a pressão no interior do reservatório aumente e haja projeção da água e o esvaziamento
desses depósitos, que voltam a encher em ciclos sucessivos
VULCANISMO INTERPLACA
Este tipo de vulcanismo acontece no limite da placa, estando associado aos limites divergentes
e convergentes.
Os magmas são básicos, o vulcanismo tende a ser efusivo e o maior volume de lava é emitido
nos riftes e nas dorsais oceânicas, isto nos limites divergentes.
Por exemplo, no rifte Leste-Africano, o magma ascende ao longo da crusta continental e torna-
se mais ácido e mais explosivo, como acontece nos limites convergentes. Nestes limites
(convergentes), a subducção da placa provoca a fusão parcial da placa oceânica, dando origem
a magmas intermédios e vulcanismo misto.
VULCANISMO INTRAPLACA
Este tipo de vulcanismo acontece no meio da placa e está mais associado a pontos quentes.
Ponto quente oceânico- num ponto quente de localização fixa, ascende magma básico,
oriundo de zonas profundas (manto), originando plumas mentílicas na sua ascensão até à
superfície. Erupções sucessivas constroem um cone vulcânico. O movimento da placa
desloca o vulcão em relação ao ponto e quando houverem novos episódios vulcânicos, o
cone forma-se ao lado do cone formado anteriormente
Ponto quente continental- como o material do manto tem dificuldade em atingir a
superfície sofre alterações químicas, tornando-se mais ácido e mais explosivo
VULCANISMO EM PORTUGAL
Existe um vulcanismo ativo nos Açores, associado a magma gerado num limite divergente ao
longo da dorsal médio oceânica e do rifte da Terceira.
Existem vestígios de atividade vulcânica com menos de 10 000 anos na Madeira, podendo ser
considerado com vulcanismo adormecido EX: S. Vicente; Porto Santo).
à maior parte dos esforços de previsão centra-se na motorização de aspetos que podem indicar
a aproximação do magma à superfície, salientando-se:
nuvens ardentes
queda de cinzas
escoadas de lava
la hars (lama com piroclastos e água)
tsunamis
VANTAGENS DO VULCANISMO
Os sismos que antecedem o sismo principal são os abalos premonitórios e os que ocorrem
posteriormente são as réplicas (ocorrem do reajuste das rochas e são tao ou mais perigosas
que o sismo principal, pois por exemplo, com o sismo principal as estruturas já estai abaladas,
e com as replicas, as estruturas caem).
O local do interior da Terra onde ocorre a rutura das rochas e onde se gera o sismo, é
denominado por hipocentro ou foco sísmico.
Em resultado da fricção dos blocos, ao longo da falha, gera-se calor e liberta-se energia sob a
forma de ondas sísmicas. Estas ondas propagam-se em todas as direções e separam os
materiais que estão a sofrer deformação dos materiais não deformados.
ONDAS P
ONDAS S
ONDAS SUPERFICIAIS
As ondas Love são ondas longas (lentas e de grande amplitude) com movimentos materais e
que se propagam apenas em meios sólidos. Quando as ondas S chegam à superfície, interferem
umas com as outras formando as ondas Love.
As ondas Rayleigh são ondas longas (lentas e de grande amplitude) com movimentos elípticos
e que se propagam em meios sólidos e líquidos. Quando as ondas S e P chegam à superfície,
interferem umas com as outras formando as ondas Rayleigh.
REGISTO SISMICO
Diferentes ondas sísmicas fazem vibrar de diversa forma os materiais que atravessam, pelo
que é necessário ter diferentes sismógrafos para conseguir registar movimentos verticais e
horizontais das partículas.
Para cada sismo existem varias intensidades, de acordo com a distancia ao epicentro, mas
existe apenas uma magnitude, porque esta é uma medida de energia libertada no foco, que é
só um por cada sismo.
Intensidade Sísmica Magnitude Sísmica
existem vários valores de intensidade para existe um único valor de magnitude para
o mesmo sismo um sismo
INTENSIDADE SÍSMICA
A escala de Mercalli Modificada, classifica os efeitos de um sismo em 12 graus, nas quais o grau
mais elevado reflete uma maior destruição. É uma escala qualitativa, pois baseia-se em
inquéritos às populações sobre observações feitas durante o sismo, avalia a intensidade em
função do grau de perceção das pessoas e do grau de destruição visível.
Isossistas- linhas curvas e fechadas que une pontos de igual intensidade sísmica. São
linhas não concêntricas ao epicentro pois as ondas sísmicas não atravessam meios
homogéneos
MAGNITUDE SISMICA
Existem varias escalas de magnitude sísmica, sendo que todos elas medem grandezas físicas
relacionadas com os sismos, mas a mais utilizada é a escala de Richter.
1 até 1,9- apenas sentido pelos sismógrafos 5 até 5,9- queda de mobiliário
2 até 2,9- sentido por algumas pessoas 6 até 6,9- fendas no chão e queda de edifícios
3 até 3,9- sentido pela maioria das pessoas 7 até 7,9- colapso de pontes e barragens
Sismos interplacas- acontecem nos limites das placas litosféricas EX: zona circumpacífica;
cintura mediterrâneo-asiática; crustas oceânicas
Sismos intraplacas- acontecem devido à existência de falhas, ou seja, quando a rocha tem
muita energia ela quebra para a libertar
A maior parte dos sismos é gerada pelas interações que se estabelecem ao longo dos bordos
das placas, ou seja, a maior parte do sismos é interplaca.
SISMICIDADE EM PORTUGAL
Ao passarem para meios com propriedades diferentes, as ondas sofrem reflexões (mesmo
meio, sentido e direção diferentes, velocidade constante) e refrações (meio diferente, direção
diferente, mesmo sentido, velocidade altera).
Quanto maior for a distância ao epicentro, maior a velocidade das ondas internas, pois a
velocidade das ondas aumenta com a rigidez do meio e, enquanto o meio é líquido, a
velocidade aumenta com a profundidade.
O trajeto das ondas P e S pelo interior da Terra permitiu identificar superfícies de
descontinuidade, que correspondem a separações entre 2 meios com composição química e
características físicas diferentes.
DESCONTINUIDADE DE MOHOROVICIC
Ondas refratadas- estas ondas atingem uma zona com maior rigidez e mais profundidade,
ganham mais mais velocidade e então são as primeiras a chegar
Ondas diretas- estas ondas como não atingem essa zona, apesar de percorrerem uma
menor distância, são as segundas a chegar
DESCONTINUIDADE DE GUTENBERG
Esta descontinuidade separa o manto inferior (sólido) do núcleo externo (líquido), pelo que as
ondas S deixam-se de propagar e as ondas P diminuem a velocidade, devido à mudança de meio
sólido para líquido.
Zona de sombra sísmica- estas zonas fazem com que não haja registo das ondas, as P são
refratadas e as S deixam-se de propagar
DESCONTINUIDADE DE LEHMANN
Foi verificado que no interior do núcleo, parte das ondas P que nele penetram, são refletidas e
podem ser detetadas em sismógrafos localizados na zona de sombra sísmica das ondas P.
Verificou-se também que uma parte das ondas P são refratadas, passando a propagar-se na
região central do núcleo, a uma velocidade superior àquela a que se propagam na sua região
externa, o que mostra que apos a descontinuidade de Gutenberg, o estado físico volta a ser
sólido e a velocidade das ondas volta a aumentar.
Esta descontinuidade separa o núcleo externo (líquido) do núcleo interno (sólido) e localiza-se
a 5100km de profundidade.
PREVISÃO
Métodos físicos- pressupõem que o objetivo da previsão só poderá ser atingido pelo
conhecimento profundo dos mecanismos físicos de desencadeamento de sismos
Métodos numéricos- pressupõem que uma sequência temporal de ocorrências sísmicas
numa região (a sua sismicidade) já contém em si informação suficiente para permitir a
identificação de períodos ou padrões de recorrência
PREVENÇÃO
MEDIDAS DE AUTO-PROTEÇÃO
ANTES DO SISMO
DURANTE O SISMO
APÓS O SISMO
MÉTODOS DIRETOS
MÉTODOS INDIRETOS
Os métodos indiretos são todos os métodos que não dependem do estudo ou da observação
dos materiais, mas sim dos dados obtidos de forma indireta, como:
sismologia
geomagnetismo - magnetismo que fica registado nas rochas (quando as rochas
magmáticas solidificam)
geotermia - estudo da energia térmica do planeta (calor libertado pela Terra)
gravimetria - estudo da intensidade e variação do campo gravitacional da Terra ao redor
do globo (determinação da aceleração da gravidade terrestre)
planetologia e astrogeologia - fornecem muitas informações que põem à prova os modelos
sobre a estrutura da Terra
Os métodos indiretos baseiam-se em métodos geofísicos, que indicam que a Terra está
dividida em camadas concêntricas com constituição heterogénea. Estes, fornecem dados
muito complexos para inferir as propriedades das camadas interiores.
GEOMAGNETISMO
A Terra comporta-se como um íman, gerando um campo magnético cujas linhas de forca se
apresentam orientadas numa direção sul-norte, que varia ao longo do tempo, podendo os
polos magnéticos inverter as suas posições (inversão de polaridade). Por ação da
magnetosfera, qualquer cirpo magnético livre, orienta.se segundo a direção dos polos
magnéticos norte-sul.
Polaridade inversa- existe um alinhamento oposto ao que seria produzido pelo campo
magnético atual da Terra
A Terra tem uma elevada temperatura interna que conserva desde a sua formação.
GRADIENTE GEOTÉRMICO
É maior na crusta oceânica do que na crusta ocidental, resultando do maior fluxo térmico
(quantidade de calor perdido por unidade de área) nas regiões oceânicas.
GRAU GEOTÉRMICO
O fluxo térmico, é a quantidade de calor libertado pela Terra por unidade de superfície e por
unidade de tempo. Este não é uniforme, sendo máximo nas dorsais oceânicas (rifte) e mínimo
nas fossas oceânicas e no interior das grandes placas continentais.
Ao estudar a propagação das ondas sísmicas, tanto em sismos como em sismos provocados
artificialmente (com fins científicos), os geofísicos analisam as trajetórias das ondas que vão
sendo refletidas e refratadas, à medida que mudam as propriedades dos materiais por elas
atravessados. Por poderem ser aplicados a grandes profundidades, permitem o estudo das
camadas mais profundas, ou seja, permitem o estudo do interior da Terra.
O comportamento das ondas, juntamente com o facto de se propagarem nas camadas mais
profundas da Terra e de serem registadas a milhares de quilómetros do hipocentro, possibilita
o uso das ondas na dedução da existência de descontinuidades internas na Terra. As
superfícies que separam camadas internas com diferentes propriedades físicas e/ou químicas,
designam-se por descontinuidades.
Litosfera- camada superior, rígida e no estado sólido. É mais fina nos oceanos e mais
espessa nas regiões continentais. Tem espessura média de 100 km
Astenosfera- camada que vai até cerca de 350 km, com comportamento dúctil (zona de
rocha parcialmente fundida), apesar de estar no estado sólido, comporta-se como um
líquido. Há diminuição da rigidez e da velocidade das rochas, sendo que estas se
comportam de forma plástica
Mesosfera- camada sólida com comportamento rígido. A velocidade volta a aumentar. Vai
da astenosfera (350 km) até aos 2900 km
Núcleo externo- devido às altas temperaturas desta camada, que se encontra no estado
liquido, os seus materiais encontram-se fundidos. Esta vai dos 2900 km até aos 5150 km
Núcleo interno- apesar da elevada temperatura, as elevadas pressões fazem com que a
temperatura de fusão dos materiais aumente e, por isso, esta camada rígida encontra-se
no estado sólido. Vai desde os 5150 km até ao centro da Terra (6370 km)
Crusta- camada mais externa, com rochas heterogéneas. A crusta pode ser continental, de
35 a 40 km (constituída por granito, espessa e rica em sílica), ou pode ser oceânica, de 7 a
10 km (constituída por basalto, fina, com sílica e com magnésio)
Manto- camada mais volumosa da Terra, constituída por peridotito. O manto é menos rico
em sílica que a crosta, mas é mais rico em magnésio e ferro que a mesma. Vai até cerca de
2900 km
Núcleo- camada mais interna, constituída por metal, nomeadamente o níquel e o ferro,
que contém pequenas quantidades de sulfuretos e oxigénio na parte externa. Esta vai até
ao centro da Terra
MOVIMENTOS VERTICAIS
MOVIMENTOS HORIZONTAIS
A litosfera também pode sofrer movimentos horizontais, que começaram a ser compreendidos
com o desenvolvimento da teoria da tectónia de placas. Estes movimentos horizontais podem
estar associados:
ao efeito de tração causado pelas placas que subductam por ação da gravidade, puxando a
restante placa e originando a sua deslocação - slab pull~
ao movimento das correntes de convecção no topo da astenosfera, arrastando a placa
litosférica que se encontra por cima
BIOLOGIA
DIVERSIDADE BIOLÓGICA
A biosfera é o conjunto de todos os seres vivos, o ambiente onde essa vida se desenrola e as
relações que estabelecem entre si.
EX: eu e o meu cão não somos da mesma espécie nem população, mas somos da mesma
comunidade
BIODIVERSIDADE EM PERIGO
A extinção é um fenómeno natural, mas a taxa atual de extinção de espécies causada pela
interferência do Homem nos ecossistemas é preocupante e pode dar origem a extinções
antropogénicas.
Devido a estes e a mais fatores, é necessário preservar e conservar as espécies e, por isso,
existem estratégias para o mesmo:
A CÉLULA
O microscópio ótico permitiu a acumulação de evidências que estiveram na base do
desenvolvimento da teoria celular. Segundo esta teoria, todos os seres vivos são constituídos
por células e, por isso, esta é a unidade básica e estrutural de todos os seres vivos. Todas as
células provem de células preexistentes. É também a unidade de reprodução, de
desenvolvimento e de hereditariedade de todos os seres vivos.
Parede celular- parede rígida feita de celulose que envolve as células vegetais e
bacterianas. Tem a função de suporte e proteção de célula
Membrana celular- tem a função de regulação das trocas das substâncias entre os meios
intracelulares e extracelulares
Mitocôndria- organelos com 2 membranas. Têm a função de oriducao de energia
metabólica através da respiração celular
Cloroplastos- organelos com membranas duplas e pigmentos fotossintéticos. Têm a função
de produção de compostos orgânicos (glicose) através da fotossíntese
Reticulo endoplasmático rugoso/liso- sistema de sáculos, vesiculas e pequenos canais. O
RER tem a função de transporte e síntese das proteínas. O REL tem a função de síntese dos
lípidos
Ribossomas- têm a função da síntese de proteínas
Complexo de Golgi- tem a função de ajudar nos fenómenos de secreção, maturar as
proteínas e intervém no processo de digestão celular
Lisossomas- estruturas com enzimas digestivas no seu interior. Têm a função de digestão
intracelular e de degradar os nutrientes, organitos velohos e bactérias
Vacúolos- organelos rodeados por uma membrana. Têm a função de armazenamento de
H2O e substâncias, e de regular o fluxo de H2O e iões entre a célula e o meio
Centríolos- têm a função de intervir na divisão celular
Núcleo- é um componente endomembranar, limitado por uma membrana com poros. Tem
a função de controlar a atividade celular e de armazenar a informação genética
Nucleoide- região da célula procariótica onde está o material genético. Tem a função de
controlar a atividade da celular e de armazenar a informação genética
CÉLULAS PROCARIÓTICAS
As células procarióticas:
CÉLULAS EUCARIÓTICAS
As células eucarióticas:
Estas células:
Estas células:
São constituídas por: parede celular; membrana celular; mitocôndrias; cloroplastos; RER/REL;
ribossomas; complexo de Golgi; vacúolos; núcleo.
CONSTITUINTES MOLECULARES
As células apresentam na sua constituição uma grande variedade de substâncias orgânicas e
inorgânicas.
MOLÉCULAS INORGÂNICAS
ÁGUA
É uma molécula polar que estabelece ligações de hidrogénio com as outras moléculas de H2O.
A molécula de H2O é eletronicamente neutra, mas apresenta polaridade, que permite a ligação
entre as moléculas de H2O e outras substancias polares de Pontes de Hidrogénio (propriedade
de coesão).
A água é o constituinte fundamental dos seres vivos (70%-90%).
SAIS MINERAIS
Os sais minerais existem em menor quantidade, mas são necessários para a regulação de
atividades celulares vitais.
Estes intervêm na formação do esqueleto dos organismos e na atividade dos músculos e das
células nervosas.
MACROMOLÉCULAS
Reação de síntese- união de diferentes monómeros para formar cadeias de polímeros. Por
cada ligação de 2 monómeros, há libertação de uma molécula de água.
Reação de Hidrólise- nos polímeros, as ligações entre os seus monómeros são quebradas.
Por cada ligação quebrada, é consumida 1 molécula de água
Os grupos funcionais presentes nas moléculas orgânicas podem ser:
ácido ou carboxilo
aldeído
cetona
amina
Os glícidos são compostos ternários, compostos por átomos de C, H, O. Estas moléculas podem
ser agrupadas conforme a sua estrutura (monossacarídeo, polissacarídeo, oligossacarídeo).
Os monossacarídeos ou oses:
Estes ligam-se uns aos outros por ligações glicosídicas. Desta ligação, que é uma reação de
síntese, resulta uma molécula de H2O. Assim, quando 2 oses se separam, é gasta 1 molécula de
H2O (reação de hidrolise).
Como grupos funcionais característicos das oses, temos o grupo cetona (CO) e o grupo aldeído
(COH), que conferem propriedades redutoras. Podem ser representados em forma linear,
porem são mais estáveis em forma cíclica.
Os dissacarídeos (são oligossacarídeos) são o resultado da ligação de 2 monossacarídeos.
Os oligossacarídeos são formados por entre 2 a 10 oses, unidos por ligações glicosídicas. Os
oligossacarídeos mais simples são os dissacarídeos.
Os polissacarídeos:
PRÓTIDOS
Os prótidos são compostos quaternários, ou seja, constituídos por C, H, O, N. Estes compostos
também podem ser agrupados conforme a sua estrutura (proteínas, péptidos, aminoácidos).
Os aminoácidos são as unidades básicas e estruturais dos prótidos, são os monómeros. A união
de aminoácidos estabelece-se por ligações peptídeas, entre o grupo amina de um a.a e o grupo
carboxilo de outro aminoácido. Por cada ligação liberta-se uma molécula de água. Este
processo é a polimerização de aminoácidos.
Dipéptidos- 2 aminoácidos
Oligopéptidos- 2 a 9 aminoácidos
Polipéptidos- 10 a 100 aminoácidos
Proteínas- mais de 100 aminoácidos
As proteínas são os prótidos mais complexos, os polímeros dos prótidos. Estas estão
organizadas em 4 níveis:
Existem proteínas que funcionam como enzimas, sendo que cada enzima atua sobre um
substrato especifico. As enzimas são catalisadores das reações biológicas (biocatalisadores),
elas facilitam as reações baixando a energia de ativação, ou seja, a energia necessária para
desencadear a reação.
A atividade enzimática e a velocidade da reação depende de fatores como a temperatura, o PH
e a concentração do substrato:
A reação aumenta com o aumento da concentração até que todas as enzimas estejam
ocupadas (saturadas) e, devido a não haverem mais disponíveis, a velocidade vai começar
a diminuir
A atividade enzimática e a velocidade é maior com o PH neutro. Cada enzima tem uma
temperatura ideal, que é quando a mesma vai atuar. Se descer, as enzimas ficam inativas.
Se aumentar, as enzimas ficam desnaturadas, quebrando-se as ligações de hidrogénio e as
enzimas ficam disfuncionais
A desnaturação das enzimas é a perda da estrutura tridimensional das proteínas que ocorre na
sequencia de alterações das condições físico-químicas do meio EX: temperatura; PH;
concentração de sais; agitações.
LÍPIDOS
Os lípidos:
Os esteroides são lípidos que podem não possuir ácidos gordos e glicerol. Dentro deste grupo,
destacam-se:
ÁCIDOS NUCLEICOS
O RNA (ácido ribonucleico) é formado por uma cadeia simples, normalmente linear. Cada um
dos seus nucleótidos é formado por 1 ribose ligada a 1 grupo fosfato e a 1 base azotada
(adenina, uracilo, citosina, guanina). A quantidade de RNA é variável na célula, pois depende
da atividade celular. O RNA é importante pois intervém na síntese das proteínas.
MEMBRANA CELULAR
A membrana celular/plasmática, constitui uma barreira entre o meio intracelular (meio
citoplasmático) e o meio extracelular (exterior das células), ou seja, controla a passagem das
substâncias permitindo a entrada de umas e a saída de outras. Diz-se então que a membrana
tem permeabilidade seletiva (umas substâncias atravessam facilmente e outras com mais
dificuldade).
De acordo com o Modelo do Mosaico Fluido, a membrana é fluida, o que se traduz pela
possibilidade dos seus constituintes (proteínas e lípidos) poderem mudar de posição na
bicamada, permitindo-lhe os reajustamentos necessários à sua função. Esses movimentos
podem ser:
de difusão lateral, que são na mesma camada lipídica e trocam de posição entre si , são
rápidos e mais frequentes - movimento lateral e movimento de rotação
transversais, que trocam de uma camada para a outra, atravessando a membrana,, são
lentos e menos frequentes - movimento flip-flop
TRANSPORTE TRANSMEMBRANAR
As características da membrana controlam o transporte de substâncias, sendo por isso
considerada semipermeável, tem permeabilidade seletiva, ou seja, tem maior permeabilidade
para umas substâncias que para outras. Os diferentes transportes transmembranares podem
ser classificados em:
TRANSPORTE PASSIVO
OSMOSE
Quando a água entra na célula, o seu volume aumenta ficando a célula túrgida (estado de
turgência). Quando a água sai da célula, o seu volume diminui ficando a célula plasmolisada
(estado de plasmólise).
Nas células vegetais:
Célula plasmolisada- a água sai e, como não há parede celular, o volume da célula e do
citoplasma vão diminuir, então a célula muda de forma
Célula túrgida- a água entra e, como não há parede celular, a célula aumenta de tamanho
e, se a água for muita, a célula vai aumentar tanto que ocorre a lise celular (explode)
DIFUSÃO SIMPLES
DIFUSÃO FACILITADA
Algumas substâncias, como os iões K+ e Na+, atravessam a membrana por canais iónicos,
formados também por proteínas transmembranares, porém estas não estabelecem ligação
com os solutos.
Nas membranas das células de muitos tecidos, a água pode difundir-se de forma facilitada
através de umas proteínas transmembranares denominadas de aquaporinas, que são poros
que formam canais através dos quais a água pode passar mais rapidamente.
O movimento através da membrana por difusão facilitada, faz-se a uma velocidade muito
superior caso fosse feita por difusão simples. A velocidade de transporte das substâncias
aumenta com a concentração dessa substância até ao ponto de saturação, pois se houver
aumento de soluto, também há aumento de passagem, mas quando todas as proteínas
estiverem ocupadas, o transporte deixa de aumentar e diz-se que as proteínas estão
saturadas.
TRANSPORTE ATIVO
O transporte ativo é o transporte de moléculas pequenas (como iões), mediado, com gasto de
energia sobre a forma de ATP e, contra o gradiente de concentração, ou seja, do meio
hipotónico pata o meio hipertónico.
Uma das principais ATPases é a Bomba de Sódio Potássio. Três iões de sódio ligam-se à proteína
do lado intracelular que é ativada pela energia do ATP, mudando a forma da proteína e fazendo
com que diminua a sua atração com o Na+ e aumente-a com o potássio. Os 3 iões Na+ são
libertados para o meio extracelular e 2 iões de K+ ligam-se no lado exterior da ATPase. Quando
a proteína volta à sua forma inicial, os iões de K+ são libertados no citoplasma, criando um
gradiente de iões entre o meio intracelular e o meio extracelular. Este processo é contra o
gradiente de concertação.
TRANSPORTE EM QUANTIDADE
As células também são capazes de transferir macromoléculas e partículas cuja dimensão não
lhes permite atravessar a membrana, este transporte pode acontecer quando há uma
alteração na membrana.
Fagocitose- inclusão de partículas sólidas de grandes dimensões que são captadas pela
emissão de pseudópodes
Pinocitose- inclusão de partículas dissolvidas no fluído extracelular
SINAPSE
Depois de ter percorrido todo o axónio, o impulso nervoso é transmitido para outra célula, um
neurónio ou uma célula efetora (muscular ou glandular). Quando o impulso nervoso chega à
zona terminal do axónio, a informação nervosa é transmitida para a célula seguinte numa zona
chamada sinapse. Existe um espaço sináptico (fenda sináptica) que separa a célula pré-
sináptica, a que transmite informação, da célula pós-sináptica, que é a que recebe a
informação. A comunicação entre estas células é feita através de neurotransmissores.
Todos os seres heterotróficos precisam dos mesmos nutrientes básicos. O seu processamento
e uso, a nível celular, é idêntico nos seres multicelulares e no unicelular, iniciando-se após a
sua absorção.
Nos seres multicelulares, podem passar diretamente para as células ou ser transportados até
às células pelo sangue (organismos mais complexos, há digestão extracelular). Alguns
organismos pouco complexos podem absorver as substâncias do meio diretamente para as
células.
DIGESTÃO INTRACELULAR
Os ribossomas ligados a RER sintetizam proteínas que vão ser incluídas em vesículas que
migram para o Complexo de Golgi. Neste, as proteínas sofrem maturação e tornam-se
funcionais e as enzimas digestivas são incluídas em lisossomas. Os lisossomas unem-se a uma
vesícula endocítica (com nutrientes unidos do exterior) e formam vacúolos digestivos. Nos
vacúolos digestivos, pode dar-se a autofagia, em que os produtos da digestão intracelular dos
próprios organelos saem por exocitose, ou pode dar-se a heterofagia, em que as membranas
dos lisossomas se fundem com as vesículas fagocíticas (entraram por endocitose) que contêm
as partículas de alimentos e nos seus vacúolos digestivos, as enzimas hidrolisam o alimento
em moléculas orgânicas simples que são absorvidos pelo citoplasma e os resíduos são
expulsos por exocitose.
A digestão extracelular e intercorporal ocorre em cavidades digestivas, fora das células, onde
após a ingestão, são lançados sucos digestivos com enzimas, que atuam sobre os alimentos e
estes transformam-se em substâncias mais simples, capazes de serem absorvidas.
Tubo digestivo incompleto- existe apenas uma abertura, que funciona como boca e anús,
ou seja, as substâncias diferidas e as por digerir podem se misturar EX: hidra; planária
Digestão na hidra:
Digestão na minhoca:
Digestão no homem:
Nos vertebrados, o tubo digestivo apresenta uma serie de glândulas anexas, que produzem
sucos digestivos, como as glândulas salivares, o fígado e o pâncreas e, por isso, o tubo
digestivo é completo. Este tipo de tubo tem várias vantagens:
maior eficácia no aproveitamento dos alimentos, dado que estes se deslocam num único
sentido, permitindo uma absorção e uma digestão sequenciais ao longo do tubo
digestão ocorre em diferentes e variados órgãos, por ações mecânicas e químicas (enzimas
digestivas)
maior capacidade de absorção, uma vez que esta pode ocorrer em diferentes zonas do
tubo
eficiente eliminação, através do ânus, dos resíduos alimentares não absorvidos
possibilidade de armazenamento de maior quantidade de alimento
FOTOSSÍNTESE
Os açúcares produzidos nas folhas são transportadas por toda a planta e o CO2 e o O2
atravessam a folha por poros (estomas), que podem abrir ou fechar controlando as entradas e
saídas desses gases. Quanto maior for a área da folha, maior é a atividade fotossintética pois
tem mais cloroplastos e, portanto consegue captar mais luz solar.
FASE FOTOQUÍMICA
A fase fotoquímica depende diretamente da luz solar (fase dependente da luz), ocorre na
membrana dos tilacoides (cloroplastos), tem uma série de reações fotoquímicas, a energia
solar é transformada em energia química (ATP) e os pigmentos fotossintéticos são excitados.
A luz solar é captada pelos pigmentos fotossintéticos (clorofilas) e é captada pelas raízes da
planta, sendo que a molecula de água dissocia-se em oxigénio e hidrogénio, o O2 é libertado
para a atmosfera e os hidrogénio cedem os seus eletrões que vão ser captados pela clorofila A.
Os eletrões vão ser transferidos ao longo de uma cadeira transportadora de eletrões até à
coenzima NADP+ receberem-nos e serem transformados em NADPH. Ao longo da cadeia
transportadora de eletrões ocorrem reações de oxidação-redução com libertação de energia
que vai permitir a fosforilação de ADP em ATP.
1º dador de eletrões - água - os eletrões são doados pela reação química por hidrolise
1º aceitador de eletrões - NADP+ - forma oxidada
Forma oxidada - NADP+
Forma reduzida - NADPH
FASE QUÍMICA/CICLO DE CALVIN
A fase química não depende da luz mas depende da fase fotoquímica, ocorre ao nível do
estroma (cloroplastos), é um ciclo de reações químicas (ciclo de Calvin) ocorre a redução de
CO2 e a síntese de compostos orgânicos (glicose).
Os eletrões transportados pelo NADPH até ao estroma. O CO2 que vem da atmosfera é fixado
com a ajuda de uma pentose (RuDP) é formado um novo composto instável que se quebra e dá
origem a 2 compostos.
O ciclo de Calvin tem 3 etapas e por cada molécula de glicose produzida o ciclo tem de ocorrer 6
vezes:
1. O CO2 combina-se com uma pentose e forma-se um composto instável com 6 carbonos que
origina o fosfoglicerato (PGA)
2. As moléculas de PGA são fosforiladas por moléculas de ATP e reduzidas pelos eletrões e
iões H+ transportados pelo NADPH, que passa à sua forma oxidada. O ADP e o NADP+ ficam
novamente disponíveis para as reações de fase fotoquímica. Algumas das moleculas deste
processo de redução são usadas na formação de moléculas orgânicas mais complexos,
como a glicose.
3. As restantes moléculas são usadas na regeneração da pentose fixadora de CO2 (ribulose
difosfato - RuDP), num processo que também envolve o consumo de energia química (ATP).
Apos esta etapa, a pentose fica disponível para fixar o CO2, reiniciando o ciclo.
Para cada molecula de glicose, o ciclo tem de ocorrer 6 vezes, pois 6 moléculas de CO2 usam 18
moléculas de ATP (3 por ciclo) e 12 moléculas de NADPH (2 por ciclo).
A fase fotoquímica ocorre nas membranas dos tilacoides e as principais reações são:
excitação da clorofila A
percurso dos eletrões pela cadeia transportadora de eletrões
o NADP+ é o aceitador final dos eletrões e fica reduzido a NADPH
formação de ATP
fotólise da água que faz com que se liberte O2
água é o dador primário de eletrões
Plantas avasculares- plantas simples que não têm tecidos especializados no transporte
Plantas vasculares- plantas que têm tecidos especializados no transporte
Nas plantas não vasculares, a água movimenta-se por osmose. Os compostos orgânicos e os
sais minerais absorvidos movimentam-se por difusão simples, difusão facilitada ou transporte
ativo entre as células da planta. O transporte depende da permeabilidade seletiva da
membrana e dá-se a nível celular.
XILEMA
FLOEMA
O floema/líber transporta compostos orgânicos a todas as partes da planta, ou seja, transporta
seiva elaborada/floémica, desde as folhas e, também tem a função de suporte da planta. É um
tecido complexo constituído por células vivas muito especializadas, com parede celular fina,
sem núcleo e sem os organelos principais. É constituído principalmente por células do tubo
crivoso e por células de companhia.
Células do tubo crivoso- são células vivas e altamente especializadas e formam um rubo
longo que é separado pelas placas crivosas (poros)
Células de companhia- são células vivas, longas e que auxiliam e assistem funcionalmente
as células dos tubos
TRANSPORTE NO XILEMA
A maioria das plantas absorve água e sais minerais pela raiz. Este percurso começa com a
absorção destas substâncias para as células da epiderme que reveste a superfície das raízes
mais finas. A água entra por osmose, sendo o solo um meio hipotónico e as células um meio
hipertónico, ou seja, o solo tem maior potencial hídrico e menor pressão osmótica. A curtas
distâncias (de umas células para as outras), as substâncias vão ser transportadas através das
paredes e dos espaços intercelulares até chegarem ao xilema. Dependendo da concentração de
sais no solo, estes podem passar por transporte ativo ou difusão simples:
Exsudação caulinar- saída de seiva bruta em ramos de árvores depois de serem cortados,
ou recentemente cortados, caem pequenas gotas
Gutação- perda de H2O através da superfície da folha, em plantas de pequeno porte, são
formadas gotículas de H2O que resultam da pressão radicular
Segunda esta teoria, existe uma pressão formada na raiz (pressão radicular) que impede a
seiva bruta a subir. A acumulação de iões nas células radiculares (por transporte ativo), faz
com que a concentração de solutos aumente, logo a água entra na raiz por osmose. A
acumulação de água nas raízes provoca pressão radicular (pressão positiva da raiz) que força a
água a subir.
Esta hipótese não consegue explicar alguns aspetos como: não se aplica a todas as plantas; a
pressão radicular de algumas plantas não é suficientemente grande para elevar a água até ao
ponto mais alto dela; etc.
TEORIA DA TENÃO-COESÃO-ADESÃO
A teoria da adesão-coesão-tensão explica a ascensão da seiva bruta desde a raiz até às folhas,
com base nas propriedade da água e da evapotranspiração dos estomas das folhas.
A transpiração faz com que as plantas perdão água e haja provocação de uma tensão, ou seja,
um défice de água, junto dos estomas da folha, promovendo a ascensão em coluna da seiva
bruta, por diferença de pressão osmótica. As moléculas de H2O que saem das células das
folhas são substituídas por novas moléculas de água no xilema de raiz. Devido à capilaridade
dos vasos xilémicos, as moléculas de água unem-se umas às outras por pontes de hidrogénio,
há coesão entre as moléculas e, a água sobe facilmente através do xilema. As moléculas de
água também aderem às paredes dos vasos xilémicos, ocorrendo adesão. Depois, verifica-se a
absorção de água ao nível da epiderme radicular, de forma a compensar a perde de água ao
nível das folhas.
Os estomas são estruturas existentes na epiderme inferior das folhas que permitem trocas
gasosas entre o interior e o exterior. A sua abertura e o seu fecho controla a quantidade de
água perdida por transpiração.
Na abertura do estoma:
No fecho do estoma:
TRANSPORTE NO FLOEMA
Este transporte pretende levar a seiva elaborada (água e glicose) essencialmente das folhas
para os órgãos da planta.
A maioria dos dados sobre o movimento descendente da seiva elaborada foram obtidos por
experiências em que se removeu um anel estreito dos tecidos exteriores ao xilema. Quando
removido o anel exterior ao xilema, houve remoção do floema, sendo interrompido o
movimento da seiva elaborada, proveniente das folhas que se acumula no bordo superior da
zona submetida ao corte. Posteriormente, os órgãos abaixo da incisão podem viver algum
tempo usando a matéria orgânica armazenada nos tecidos, porém, se não forem desenvolvidos
novos rebentos abaixo da incisão, quando as reservas se esgotarem e a raiz morrer, a planta
também morrera.
Outra das experiências foi o uso de 2 gobelés (A e B) ligados pelo tubo C, com membrana
permanente à água e as 2 soluções com diferentes concentrações de açúcar colocadas em água
destilada. O gobelé A tem maior concentração de sacarose que o B e, portanto, vai entrar mais
água em A do que em B, originando um fluxo da solução A para B através do tubo C. Com isto,
conclui-se que a velocidade da deslocação da seiva elaborada é menor à da seiva bruta, mas é
superior à da difusão da sacarose na água. Verificou-se também que o sentido de deslocação
da seiva elaborada varia consoante as necessidades metabólicas da planta, ou seja, pode
ocorrer nos 2 sentidos.
Segundo este modelo existe um gradiente nas concentrações de sacarose, que se estabelece
entre a fonte (região onde a sacarose entra no floema: folhas) e o local de consumo (região
onde a sacarose sai do floema: flores, frutos, sementes, raiz, caule).
Os açúcares elaborados nos órgãos fotossintéticos são convertidos em sacarose, nas células do
mesófilo. A sacarose é transportada da folha para o floema (inicialmente para as células de
companhia e depois para os tubos crivosos) por transporte ativo. O aumento de concentração
de sacarose nas células dos tubos crivosos, provoca uma entrada de água por osmose nestas
células, que ficam túrgidas. O aumento da pressão de turgência (pressão que o conteúdo de
uma célula exerce sobre a parede celular quando esta fica túrgida) faz com que a solução, a
seiva elaborada, atravesse as placas crivosas. A sacarose é retirada do floema para os locais de
consumo ou de reserva (armazenada sobre a forma de amido ou de celulose) por transporte
ativo. O aumento da concentração de sacarose nas células envolventes provoca a saída de
água dos tubos crivosos, diminuindo a pressão de turgência. As células dos tubos crivosos
ficam com baixo teor de açúcares e a água regressa ao xilema por osmose.
O transporte de açúcares para o floema é feito por transporte ativo. Ao longo do floema o
transporte não envolve gasto de energia. Existem diferentes concentrações de sacarose nos
diversos órgãos da planta, o que provoca a criação de um fluxo de massa no floema. O
equilíbrio nunca é alcançado, porque os solutos estão constantemente a ser usados nos caules
e nas raízes e a ser produzidos nas folhas.
TRANSPORTE NOS ANIMAIS
Existem mecanismos que asseguram o transporte de mateira a todas as células e esses são
evolutivamente cada vez mais eficazes. Existem seres sem sistema de transporte
especializado ou seres com sistema de transporte.
Sem sistema de transporte- seres que fazem trocas diretas com o meio, seres simples
Com sistema de transporte- seres com sistema circulatório
Nos animais mais simples, as trocas de matéria ocorrem diretamente com o meio, pois
apresentam dimensões reduzidas e formas achatadas que proporcionam elevadas áreas
superficiais. A espessura do corpo é de 2 camadas de célula, há trocas diretas entre as células e
o meio externo e o intercâmbio de substâncias realiza-se por difusão simples. Os gases
difundem-se diretamente entre as células e o meio e, os nutrientes difundem-se da cavidade
gastrovascular (muito ramificada) para todos os tecidos. Os produtos de excreção são lançados
diretamente no meio externo.
sistema aberto
sistema fechado - circulação simples ou circulação dupla, sendo que a dupla pode ser
completa ou incompleta
SISTEMA ABERTO
O sangue sai do coração tubular por artérias para um sistema de cavidades, as lacunas,
que no conjunto formam o hemocélio. No hemocélio, a hemolinfa banha todos os tecidos e
permite a ocorrência de trocas. Depois da irrigação dos tecidos, a hemolinfa volta ao
coração tubular através dos ostíolos, que são aberturas laterais com válvulas que
impedem o refluxo do sangue.
SISTEMA FECHADO
Nos sistemas circulatórios fechados, não há mistura dos fluidos circulantes, sangue e linfa.
Todo o percurso do sangue é feito nos vasos sanguíneos, no seu interior. Esta circulação
permite uma rápida e eficaz reposição e substituição de materiais, já que o sangue circula
sempre dentro dos vasos, permitindo um aumento do metabolismo dos animais.
CICLO CARDÍACO:
As veias são rodeadas por músculos esqueléticos que se contraem e/ou comprimem as veias,
aumentando a pressão sanguínea. Os movimentos respiratórios ajudam o sangue das veias a
voltar ao coração. Durante a diástole, há um abaixamento da pressão nas aurículas,
provocando um movimento do sangue em direção ao coração.
FLUIDOS CIRCULANTES
Nos vertebrados, os fluidos circulantes não se conectam diretamente com as células, mas há
intercâmbio de substâncias entre as células e o meio externo.
O meio interno é constituído pelo sangue e pela linfa, que são veículos de transporte e
distribuição de matéria.
SANGUE
O sangue circula no sistema circulatório e é constituído por plasma (55%) e por elementos
celulares (45%).
O plasma é constituído por água (90%) e substâncias dissolvidas (10%) e apresenta uma cor
amarelada. É um meio aquoso onde circulam nutrientes, produtos de excreção, gases
respiratórios, hormonas, etc.
LINFA
A linfa circula no sistema linfático, formado por uma extensa rede de vasos e órgãos linfáticos.
A linfa é um liquido constituído por plasma e leucócitos.
A linfa possui todos os compostos de reduzidas dimensões (aminoácidos, iões, etc.) de que as
células precisam. Aproximadamente 90% da linfa volta aos capilares e os 10% ficam no espaço
intersticial.
A linfa intersticial está em constante renovação, pois funciona como "intermediário" entre as
células e o sangue, transportando nutrientes e o oxigénio para as células e captando os
produtos que resultam do metabolismo celular.
VASOS SANGUÍNEOS
As artérias possuem paredes espessas, elásticas e musculares. Apesar de não terem válvulas,
podem contrair. Têm a função de transportar o sangue do coração para todas as partes do
copo.
As veias possuem paredes menos espessas que as artérias. Apresentam válvulas mas não
conseguem contrair. Têm a função de transportar o sangue de todas as partes do corpo ate ao
coração.
Os capilares possuem paredes muito finas, com uma só camada de células. Não apresenta
válvulas nem contraem. Têm a função de estabelecer uma ligação entre as artérias e veias e as
células.