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geologia
10º/11º
10º ano
GEOLOGIA:
SUBSISTEMAS TERRESTRES (1.1)
- Sistema: área delimitada do espaço constituída por massa e energia com a finalidade
de o observar e investigar.
- Terra: é um sistema composto, uma vez que é o resultado da interação entre vários
subsistemas, e fechado, uma vez que efetua sobretudo trocas de energia com o
exterior, sendo as trocas de matéria não significativas.
- Os subsistemas terrestres, hidrosfera, biosfera, geosfera e atmosfera são abertos,
uma vez que realizam trocas de energia e de matéria entre si, permitindo que o
sistema Terra funcione como um todo.
- Hidrosfera: constituída por toda a água no estado sólido e líquido existente na
superfície terrestre.
- Atmosfera: é o involucro gasoso da Terra, constituída por uma mistura de gases com
percentagem variável, mas principalmente por oxigénio e nitrogénio. Troposfera-
constitui a primeira camada da atmosfera e mantém condições favoráveis à existência
de vida na Terra. Estratosfera- camada seguinte, estende-se de cerca de 12km até
48km e é caracterizada pela presença do ozono, gás responsável pela filtração dos
raios ultravioleta.
- Geosfera: parte superficial sólida da Terra. Formada pelas massas continentais e
pelos fundos oceânicos, e pelos restantes materiais que se encontram no seu interior.
O dinamismo deste sistema manifesta-se desde o movimento das placas tectónicas até
aos fenómenos vulcânicos e sísmicos.
- Biosfera: constituída por todos os seres vivos existentesna Terra, bem como toda a
matéria orgânica não decomposta.
- Exemplos de interações entre os subsistemas: formação de um solo, ciclo do carbono,
ciclo do azoto.
SISMOLOGIA (3.3)
- Sismo: vibração das partículas de materiais da geosfera na forma de ondas sísmicas.
Estas vibrações têm origem na libertação súbita de energia acumulada num ponto do
interior da Terra, foco ou hipocentro.
- Sismos tectónicos: acontecem devido ao movimento das placas tectónicas.
- Sismos vulcânicos: devem-se ao movimento do magma no interior da Terra e a
erupções do tipo explosivo.
- Sismos de colapso: devem-se ao abatimento de terrenos, grutas, minas...
- Hipocentro: local no interior da geosfera onde ocorre a libertação de energia
acumulada. A energia aqui libertada propaga-se em todas as direções, através de
ondas sísmicas, até À superfície.
- Epicentro: local da superfície situado na vertical do hipocentro.
- Sismos tectónicos:
- as tensões que se acumulam deformam os materiais rochosos no interior da Terra,
enquanto a elasticidade dos mesmos o permitir.
- as rochas atingem o seu limite de acumulação de energia e, simultaneamente, o seu
limite de deformação elástica.
- ao atingir o limite de deformação elástica, ocorrem fraturas no interior da massa
rochosa, dando-se uma movimentação brusca, fazendo com que as rochas em redor
da falha ressaltem elasticamente, libertando energia sob a forma de ondas sísmicas.
- Teoria do ressalto elástico: as rochas atingem o seu limite de deformação, ocorre a
formação de fraturas no interior da massa rochosa, dá-se uma movimentação brusca
de um bloco rochoso em relação ao outro, ressaltando ambos elasticamente e
libertando energia sob a forma de calor e de ondas sísmicas.
- Quando o sismo tem o seu epicentro localizado nos fundos oceânicos, parte da
energia é transmitida à massa de água, originando tsunamis.
- Tsunami: formado na sequência da deformação do fundo oceânico, provocado pela
libertação de energia, deslocando verticalmente a massa de água que repousa sobre
ele. À medida que avança em direção à costa, vai diminuindo a sua velocidade e
aumentando a amplitude, provocando bastantes estragos. Os tsunamis devastadores
são gerados por sismos de magnitude superior a 7 na escala de Richter e de foco
pouco profundo.
- Abalos premonitórios: ocorrem antes do sismo, devido ao aumento de tensão e às
deformações elásticas.
- Réplicas: ocorrem após o sismo, abalos de menor intensidade que traduzem aa
existência de movimentos de reajustamento dos blocos na falha que originou o sismo.
- Falha ativa: estrutura geológica que resulta da fratura de rochas com formação de
blocos que se deslocam uns em relação aos outros.
- Profundidade local: distância entre o foco e o epicentro
- sismos superficiais: a menos de 70km de profundidade
- sismos intermédios: de 70km a 300km de profundidade
- sismos profundos: a mais de 300km de profundidade.
- Sismógrafos: aparelhos que registam as ondas sísmicas, na forma de sismogramas.
- Frente de onda: conjunto de pontos na mesma fase do movimento ondulatório
- Raio sísmico: todas as direções de propagação da onda, perpendiculares à frente de
onda.
BIOLOGIA:
A BIOSFERA (0.1)
A CÉLULA (0.2)
- Célula: unidade básica da estrutura e do funcionamento de todos os seres vivos.
Surge sempre de células preexistentes. Constituem as unidades de reprodução,
permitindo a transmissão hereditária da informação genética, ao longo de diferentes
gerações.
- Membrana celular: superfície que delimita o meio externo e o meio interno.
- Citoplasma: meio líquido constituído por água, sais e uma grande diversidade de
compostos orgânicos, situado no meio interno.
- DNA: molécula que contém toda a informação necessária para controlar a estrutura e
o funcionamento das células, é comum a todas as células.
- Células procarióticas: presentes nos organismos procariontes, como as bactérias, não
possuem núcleo bem definido, o DNS encontra-se no citoplasma sem qualquer
membrana a envolvê-lo, numa região designada por nucleoide.
- Células eucarióticas: presentes nos organismos eucariontes. O DNA está contido no
núcleo. Podem ser vegetais ou animais.
- As células procarióticas são mais pequenas que as eucarióticas e estruturalmente
mais simples, uma vez que não possuem sistemas membranares no seu interior.
- Organelos: estruturas delimitadas por membranas, que ocorrem no interior de
células eucarióticas.
- Membrana plasmática: barreira entre a célula e o seu exterior, responsável pela troca
de substâncias entre o meio externo e o meio interno, funcionando como um filtro
seletivo.
- Parede celular: existe apenas em células vegetais. Confere forma à célula, concede
suporte estrutural e protege-a de agressões do meio. Natureza celulósica.
- Citoplasma: constituído por uma massa semifluida, o hialoplasma, onde se
encontram suspensos os vários organelos celulares, responsáveis por diversas
atividades celulares. Constituído por água e por moléculas de proteínas.
- Núcleo: maior organelo celular, encontra-se delimitado por uma membrana com
poros. É onde se encontra o material genético, responsável pelo controlo da atividade
celular. É através dos poros nucleares que interage com o citoplasma.
- Retículo endoplasmático: liso: não existem ribossomas, responsável pela produção de
lípidos. Rugoso: apresenta ribossomas, é o local de produção de proteínas. Sintese e
transporte de proteínas e outras substâncias.
- Complexo de Golgi: conjunto de cisternas e vesículas, intervém em fenómenos de
secreção. Protege as proteínas produzidas pelos ribossomas. Forma os lisossomas.
- Lisossomas: apresentam enzimas digestivas, realizando a digestão intracelular,
elimina organitos já danificados.
- Mitocôndria: responsável pela respiração aeróbia. Possui DNA de natureza
procariótica. Possui uma membrana externa e uma interna, podendo a interna
apresentar invaginações.
- Cloroplasto: responsável pela realização da fotossíntese. É onde se encontram os
pigmentos fotossintéticos que conferem cor às folhas. Possui DNA de natureza
procariótica.
- Vacúolo: armazenamento de água e de substâncias. Nas células vegetais é de número
reduzido e de grandes dimensões e nas células animais é de grande número e
dimensões reduzidas.
- Centríolos: constituídos por microtúbulos. Intervêm na divisão celular, pois é a eles
que se ligam os cromossomas. Apenas existem em células animais. Um par de
centríolos é um centrossoma.
- Citoesqueleto: rede de fibras intercruzadas existente no citoplasma, mantém a forma
da célula.
- Constituintes básicos da célula: oxigénio, carbono, hidrogénio, azoto e outros.
- A polaridade da molécula de água explica a capacidade solvente da água, que
permite a ocorrência de uma grande quantidade de reações químicas.
- Compostos inorgânicos: moléculas pequenas e simples, água e sais minerais.
- Compostos orgânicos: moléculas grandes e complexas, em que existem átomos de
carbono ligados a átomos de hidrogénio, produzidas pelos seres vivos.
Macromoléculas, glícidos, prótidos, lípidos, ácidos nucleicos. São também designadas
biomoléculas, devido à sua ocorrência nos seres vivos.
- Monómero: designa, genericamente, cada uma das unidades constituintes de um
polímero.
- Polímero: conjunto de monómeros.
- Polimerização: formação de um polímero, através da ligação entre monómeros,
havendo a libertação de uma molécula de água.
- Despolimerização: quebra de um polímero, através da adição de uma molécula de
água ao mesmo, hidrólise.
- Glícidos:
- Monossacarídeos: constituem o monómero dos glícidos.
- Dissacarídeos: formados por dois monossacarídeos.
- Polissacarídeos: longos polímeros insolúveis em água, podem desempenhar funções
de reserva.
- Ligação glicosídica: ligação entre os diferentes monossacarídeos
- Função: energética (gicose) e estrutural (celulose)
- Prótidos:
- compostos quaternários
- monómeros: aminoácidos.
- Ligação peptídica: ligação entre dois aminoácidos
- Proteínas: macromoléculas constituídas por duas ou mais cadeias polipeptídicas.
Apresentam uma estrutura tridimensional bem definida, necessária para que seja uma
proteína, e sempre mais que 20 aminoácidos.
- Níveis de organização das proteínas:
- estrutura primária: sequência de aminoácidos unidos por ligações peptídicas.
- estrutura secundária: arranjo da cadeia primária em hélice, através do
estabelecimento de ligações de hidrogénio entre grupos amina e carboxilo de
aminoácidos diferentes.
- estrutura terciária: a estrutura secundária dobra-se sobre si própria, adquirindo
uma forma globular.
- estrutura quaternária: várias cadeias globulares estabelecem ligações entre si.
- Haloproteínas: possuem apenas aminoácidos
- Heteroproteínas: possuem uma porção não proteica.
- Desnaturação: quebra de ligações peptídicas.
- Funções: defesa, transporte, reguladora, estrutural, enzimática e motora.
- Lípidos:
- constituem um grupo muito heterogéneo, tendo em comum o facto de serem
insolúveis em água. Ceras, óleos e esteroides.
- monómeros: ácidos gordos e glicerol
- De reserva:
- triglicéridos: constituídos por uma molécula de glicerol e três ácidos gordos.
- ácidos gordos: constituídos por uma cadeia linear de carbonos ligados entre si por
ligações simples, duplas ou triplas, com um grupo terminal carboxilo.
- Ligação éster: entre glicerol e ácidos gordos (1, 2 ou 3)
- Estruturais:
- Fosfolípidos: contêm um grupo fosfato, constituintes da membrana plasmática. São
moléculas anfipáticas, uma vez que possuem uma região hidrofílica, extremidade onde
se encontra o grupo fosfato, e uma região hidrofóbica, extremidade onde se
encontram os ácidos gordos. Cabeça: polar, hidrofílica; Cauda: apolar, hidrofóbica.
- Ácidos nucleicos:
- biomoléculas envolvidas no armazenamento e transferência de informação
genética. São polímeros de nucleótidos.
- Nucleótido: estrutura molecular formada por um grupo fosfato, uma pentose e uma
base azotada.
- Ligação fosfodiéster: ligação entre os nucleótidos
- DNA (ácido desoxirribonucleico): encontra-se em todos os organismos vivos.
- Pentose: desoxirribose
- Bases azotadas: citosina, timina, adenina e guanina
- a molécula é formada por duas cadeias polinucleotídicas, enroladas em hélice,
através de pontes de hidrogénio entre as diferentes bases azotadas.
- a molécula cresce de 5’ para 3’. Intervém na síntese proteica.
- RNA (ácido ribonucleico): responsável pela síntese de proteínas
- organiza-se, geralmente, sob a forma de cadeias simples.
- Pentose: ribose
- bases azotadas: citosina uracilo, adenina e guanina.
- Fase química:
- Inicia-se com a combinação de CO2 com uma pentose (glícido formado por 5 átomos
de carbono), a RuDP, fixando-se e originando uma molécula instável de 6 átomos de
carbono, rubisco. Imediatamente formam-se duas moléculas compostas por 3
carbonos (PGA). Estas, por sua vez, recebem a energia proveniente do ATP, sofrendo
fosforilização, e sofrem o poder redutor do NADPH, formando PGAL. Parte destas
moléculas abandonam o ciclo, sendo utilizadas na síntese de compostos orgânicos,
como a glicose. As restantes moléculas resultantes dos processos anteriores são
fosforiladas e utilizadas na regeneração da molécula aceitadora de dióxido de carbono,
a RuDP.
- Por cada 12 moléculas de PGAL formadas, 10 são utilizadas para regenerar a RuDP e
apenas 2 (produto de um ciclo) contribuem para a síntese de compostos orgânicos.
- Para que se forme uma molécula de glicose é necessário que o ciclo se repita seis
vezes, gastando-se 6 carbonos, 18ATP (3 em cada ciclo) e 12NADPH (2 em cada ciclo).
11º ano
BIOLOGIA:
- Modelo autogénico:
- admite que algumas células procarióticas se terão tornado progressivamente mais
complexas.
- os seres eucariontes teriam resultado de uma célula procariótica que sofreu
invaginações membranares, individualizando o núcleo. Outras membranas terão dado
origem ao retículo endoplasmático. Algumas porções de DNA abandonaram o núcleo e
terão evoluído sozinhas no interior de estruturas membranares, dando origem a
mitocôndrias e cloroplastos.
- esta hipótese pressupõe que o material do núcleo e dos organelos tenha uma
estrutura idêntica, contudo, isto não se verifica. Geralmente o material genético destes
organelos apresenta uma maior semelhança com o das bactérias (procariontes) do que
com o material genético presente no núcleo.
- Modelo endossimbiótico:
- endossimbiose: associação entre organismos diferentes, em que um deles,
endossimbionte, vive no interior do outro, beneficiando ambos da associação.
- admite que células procarióticas primitivas terão incorporado, num processo
idêntico ao da fagocitose, outras células procarióticas de menores dimensões, com as
quais passaram a estabelecer relações de endossimbiose.
- o invólucro nuclear e os sistemas endomembranares associados também se
formaram através de invaginações membranares.
- uma célula procariótica terá captado outras células procarióticas (hóspedes) que
resistiram à digestão intracelular, estabelecendo com a célula uma relação de
endossimbiose.
- as células hospede passaram a constituir alguns dos organelos da célula. Os
cloroplastos ter-se-ão originados a partir da captura de cianobactérias, uma vez que
estas possuem pigmentos fotossintéticos, e as mitocôndrias da incorporação de
bactérias com eficiente capacidade respiratória, bactérias aeróbias.
- o flagelo e os cílios poderão ter tido origem na fixação de seres procariontes
alongados à membrana de uma célula hospedeira, favorecendo a procura de alimento.
- Fundamentos do modelo endossimbiótico:
- mitocôndrias e cloroplastos assemelham-se a bactérias, na forma, tamanho e
estrutura,
- possuem o seu próprio material genético e produzem as suas próprias membranas
internas. Dividem-se independentemente da célula, tal como acontece nos
procariontes atuais, e contêm moléculas de DNA circulares, tais como as dos
procariontes atuais.
- ambos os organelos possuem ribossomas de menores dimensões, muito mais
semelhantes ao de células procarióticas do que eucarióticas.
- a membrana interna da mitocôndria teve origem na membrana do ancestral
procariótico e a membrana externa teve origem na membrana plasmática da célula
hospedeira, como vestígio do processo de incorporação.
- O modelo autogénico é, então, utilizado para explicar a origem do núcleo e de outros
organelos membranares.
- Multicelularidade:
- o aumento do tamanho da célula leva à diminuição da relação área/volume, o
volume aumenta a um ritmo maior que a membrana plasmática. Acima de um
tamanho crítico, as trocas entre a célula e o meio externo não ocorrem com a eficácia
devida.
- para que um indivíduo com tamanho superior a 1mm sobreviva, este ou apresenta
um metabolismo reduzido, diminuindo a necessidade de trocas, ou é multicelular.
- agregados coloniais: associações de seres eucariontes unicelulares entre seres da
mesma espécie, estabelecendo ligações estruturais entre si.
- volvox: género de algas verdes que forma colónias com 500 a 50000 células com
dois flagelos, que unindo-se por prolongamentos citoplasmáticos e bainhas gelatinosas
formam uma esfera oca. Os flagelos da camada externa são responsáveis pelo
movimento da colónia e as células maiores possuem uma função reprodutora. Apesar
de ser constituída por células estruturalmente independentes, do ponto de vista
funcional não ocorreu diferenciação, uma vez que as células são todas semelhantes,
com exceção das reprodutoras. Esta especificação não é, contudo, suficiente para
considerar a volvox um ser multicelular. Apesar de não ser um ser multicelular, é
bastante importante, uma vez que se admite que a multicelularidade pode ter tido
origem a partir de seres coloniais, como a volvox.
- Origem da multicelularidade:
- os seres ancestrais seriam simples agregados que formavam colónias.
- inicialmente todas as células desempenharam a mesma função, adquirindo ao
longo do tempo uma especialização.
- a diferenciação e a especialização celular em que ocorre interdependência
estrutural e funcional das células levaria ao aparecimento da multicelularidade.
- Vantagens da multicelularidade:
- grande diversidade de formas com adaptação a diferentes ambientes.
- aumento do tamanho das células, sem comprometer a eficácia das trocas com o
meio externo.
- maior especialização e eficácia na utilização da energia.
- maior interdependência em relação ao meio ambiente com manutenção das
condições do meio interno.