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GEOLOGIA
10º Ano
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BG - PREPARAÇÃO PARA EXAME|Resumos
GEOLOGIA E MÉTODOS
A Geologia (geo = Terra + logos = estudo) tem como objeto de estudo a Terra, em todas as suas
dimensões. Os geólogos procuram compreender os fenómenos que estiveram na base da génese
da Terra, bem como a sua evolução. Estudam a estrutura e as sucessivas transformações que vão
afetando os diferentes subsistemas terrestres.
Muitas das questões que afetam o futuro da civilização vão procurar respostas nos mais recentes
desenvolvimentos da Geologia, uma vez que esta pode fornecer uma série de conhecimentos
imprescindíveis para a compreensão e proteção do ambiente quer a nível do controlo da poluição,
quer da preservação do património arquitetónico e cultural, assim como do armazenamento de
resíduos perigosos.
SISTEMAS E SUBSISTEMAS
Um sistema é uma porção limitada do Universo onde se verifica a interação de vários componentes
de um modo organizado. A fronteira entre o sistema e o meio envolvente designa-se parede do
sistema.
Um sistema diz-se composto, se nele existirem outros subsistemas mais pequenos que
estabelecem relações entre si.
Na Natureza, podem considerar-se três tipos de sistemas: sistemas abertos, sistemas fechados
e sistemas isolados.
Tipos de sistemas.
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A Terra é um sistema fechado que estabelece trocas de energia com o meio envolvente, mas
onde o intercâmbio de matéria não é significativo.
O sistema Terra é um sistema composto formado por quatro grandes subsistemas, abertos e
dinâmicos, que interagem entre si: a geosfera, a hidrosfera, a atmosfera e a biosfera.
Subsistemas Terrestres:
Geosfera:
Hidrosfera:
Atmosfera:
- constituída por uma mistura de gases: azoto, oxigénio, árgon, dióxido de carbono,
vapor de água em quantidades variáveis e outros gases.
Biosfera:
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Os diferentes subsistemas interagem entre si e estão relacionados uns com os outros, encontrando-
-se em equilíbrio dinâmico. A alteração das condições de equilíbrio de um deles pode ter
repercussões em todos os outros.
Como a Terra é um sistema fechado, os recursos naturais são limitados e os resíduos provenientes
da atividade do Homem acumulam-se, podendo provocar desequilíbrios perigosos.
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ROCHAS SEDIMENTARES
As rochas sedimentares são formadas à superfície da Terra, ou próximo dela, a partir da
deposição de sedimentos oriundos de rochas preexistentes ou de material resultante da
atividade dos seres vivos.
Sedimentogénese:
- engloba os processos de meteorização, erosão, transporte e sedimentação;
- o estrato é delimitado pelo teto (limite superior da camada) e pelo muro (limite
inferior da camada).
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Diagénese:
- ocorre um conjunto de processos químicos e físicos que provocam a alteração dos
sedimentos;
Processo de diagénese.
As rochas sedimentares constituem uma fina película que recobre cerca de 75% da superfície
da crosta.
ROCHAS MAGMÁTICAS
As rochas magmáticas resultam do arrefecimento e consolidação, no interior ou à superfície da
Terra, do magma. O magma é uma mistura de minerais e gases em estado de fusão que se
encontra no interior da Terra.
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Basalto
ROCHAS METAMÓRFICAS
Resultam de um processo de litogénese designado por metamorfismo, pelo qual qualquer tipo
de rocha pode experimentar transformações mineralógicas e/ou texturais, mantendo-se no
estado sólido, por alteração das condições de pressão e temperatura em que foram geradas,
bem como de alterações da composição química dos fluidos envolventes.
Gnaisse
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Cerca de 95% dos constituintes da crosta terrestre são rochas magmáticas e metamórficas.
Tipicamente, as rochas metamórficas e magmáticas não são fossilíferas, no entanto, também
fornecem muitas informações sobre as condições em que se deu a sua génese, portanto, sobre o
passado da Terra.
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A história da Terra é marcada por grandes modificações geológicas e biológicas, que podem ser
interpretadas à luz de várias teorias: catastrofismo, uniformitarismo, e neocatastrofismo.
CATASTROFISMO:
- segundo esta teoria, as alterações que ocorreram na Terra foram provocadas por
fenómenos catastróficos.
UNIFORMITARISMO:
NEOCATASTROFISMO:
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As alterações observadas ao longo dos tempos na configuração dos oceanos e dos continentes
revelam o dinamismo da Terra levando à formulação da Teoria da Tectónica das Placas, que
admite que a superfície da Terra está dividida em diferentes placas litosféricas, que se movimentam
umas em relação às outras.
As placas litosféricas são constituídas por crusta e pela parte mais externa do manto e estão
assentes sobre uma camada com propriedades plásticas - a astenosfera.
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Os limites das placas litosféricas, marcados por intensa atividade geológica, podem ser de diversos
tipos: divergentes, convergentes e conservativos.
Limites Divergentes
As placas deslocam-se em sentido contrário, afastando-se uma da outra. Situam-se nas zonas de
rifte das dorsais oceânicas, onde se verifica a ascensão de magma e consequente formação de
nova litosfera.
Limites Convergentes
Zona de colisão de placas, o sentido do movimento relativo das duas placas faz com que elas se
aproximem. Localizam-se, geralmente, em zonas de fossas oceânicas - zonas de subducção,
onde se verifica a destruição da placa litosférica, que mergulha.
Limites Conservativos
Zonas onde não se verifica formação nem destruição de litosfera. O sentido do movimento relativo
entre as duas placas litosféricas faz com que haja apenas o deslizamento de uma placa em relação
à outra. Situam-se em determinadas falhas - falhas transformantes.
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Foi elaborada por Alfred Wegener, no ano de 1912. Em conjunto com a teoria da tectónica de
placas, explica a atual disposição dos continentes.
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Segundo Wegener, as forças responsáveis pelo movimento dos continentes seriam as forças
de atração gravítica entre a Terra e a Lua, também responsáveis pelas marés, bem como a
existência de “correntes acidentais no globo”, como escreveu, que forçariam o movimento dos
continentes sobre os oceanos.
Além de se ter demonstrado que as medições do afastamento entre massas continentais feitas
por Wegener estavam erradas, as principais críticas à sua teoria residiram no facto de ele não
ter conseguido explicar, de forma cientificamente convincente, o processo de deslocação dos
continentes, nem qual a origem das forças responsáveis por essa movimentação.
A comprovação da existência de grandes blocos rochosos que formam a litosfera (placas tectónicas)
e a explicação do mecanismo que os movimentam sobre o magma vieram somente na década de
1960, 30 anos após a morte de Wegener."
A teoria da Tectónica de Placas estabelece que o planeta Terra é constituído por uma
camada rochosa superficial rígida, a litosfera, que está dividida em várias porções – as placas
tectónicas ou litosféricas. Assim, uma placa tectónica corresponde a uma porção da
litosfera que contacta com as placas envolventes, através de diferentes tipos de limites
entre elas.
Uma das consequências deste movimento das placas é o próprio movimento dos continentes
que elas comportam, daí resultando, entre outras situações, a formação de cadeias
montanhosas e a abertura ou fecho de mares e oceanos. Por outro lado, ao nível dos limites
entre as diferentes placas regista-se grande atividade sísmica e vulcânica, devido à intensa
deformação das rochas que ali se verifica. Por estes motivos, a forma dos atuais continentes
está em lenta e constante transformação.
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DATAÇÃO RELATIVA
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A datação relativa baseia-se, portanto, na presença de fósseis nas rochas e/ou na posição
relativa das formações geológicas.
Os fósseis de idade correspondem a formas que sobreviveram durante intervalos de tempo curtos e
tiveram grande área de dispersão.
Trilobite Amonite
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DATAÇÃO ABSOLUTA
Esta escala baseia-se em acontecimentos que marcaram a história da Terra, desde a génese até
aos nossos dias, como, por exemplo, a ocorrência de mudanças climáticas acentuadas, bem como
grandes alterações no mundo vegetal e animal, com extinções em massa ou desenvolvimento
súbito de determinado grupo de seres vivos.
A escala de tempo geológica ou estratigráfica divide o tempo geológico em Eons, os Eons em Eras
e estas em Períodos.
Tempo Geológico.
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Vulcanismo
O vulcanismo é uma manifestação da geodinâmica da Terra, segundo a qual grandes quantidades
de matéria e energia são transferidas do interior da Terra para a superfície.
Vulcanismo Primário
O vulcanismo primário pode ser, essencialmente, de dois tipos: o vulcanismo central e
o vulcanismo fissural.
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Como resultado de fortes erupções vulcânicas, por vezes, formam-se caldeiras - depressões
circulares de grandes dimensões que surgiram como resultado do colapso do cone vulcânico. Estas
estruturas podem, posteriormente, transformar-se em lagoas quando preenchidas por água.
Vulcanismo fissural:
Os materiais vulcânicos são expulsos através de fraturas da superfície terrestre - fissuras, que, por
vezes, atingem quilómetros de comprimento.
Erupção fissural.
Durante uma erupção vulcânica podem libertar-se vários tipos de materiais, em diferentes estados
físicos: gases, piroclastos e lava.
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Lavas ácidas
- viscosas;
Lavas básicas
- fluidas;
Lavas intermédias
- como o próprio nome indica, apresentam características intermédias entre as lavas básicas
e as ácidas;
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Erupção Explosiva
lavas viscosas e ácidas;
as lavas fluem com dificuldade e impedem a libertação dos gases;
erupções muito explosivas com emissão de piroclastos;
formação de domas ou cúpulas, agulhas vulcânicas e de nuvens ardentes;
cone vulcânico alto e com vertentes íngremes.
Erupção Efusiva
lavas fluidas e básicas;
formam correntes de lavas ou mantos de lava e a libertação de gases é fácil;
erupção calma;
cones vulcânicos baixos;
não ocorre emissão de piroclastos.
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Erupção Mista
formação de cones mistos, em que alternam camadas de lavas com camadas de piroclastos;
alternância de emissões de lava fluida com emissões de lava viscosa.
Vulcanismo Residual
Conjunto de manifestações vulcânicas menos espetaculares, como a libertação de gases e/ou água
a elevadas temperaturas, com origem no interior da Terra. Estas manifestações podem ocorrer de
várias formas:
Géiseres: são jatos de água quente e vapor projetados para o exterior sob a forma de
repuxos intermitentes.
Nascentes ou fontes termais: são fontes de água corrente, a elevada temperatura, que
libertam vapor de água e dióxido de carbono e contêm, dissolvidas, substâncias minerais.
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Limites divergentes: nas zonas de afastamento de placas tectónicas - zonas de rifte, o magma
ascende à superfície através de erupções efusivas e mistas.
Vulcanismo intraplacas: o magma é libertado através de pontos quentes (hot spots) que são
centros de atividade vulcânica situados no interior das placas litosféricas. Admite-se que estes
pontos têm origem em fontes de magma localizadas no manto superior - as plumas térmicas.
Riscos:
- Mortes;
- Destruição de construções humanas;
- Destruição de biodiversidade e habitats;
- Contaminação da atmosfera.
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Benefícios:
- Estudo da estrutura interna da Terra;
- Solos férteis;
- Produção de energia elétrica em centrais geotérmicas;
- Produção de betão resistente a partir de lava;
- Estâncias termais;
- Aproveitamento do calor para cozinhar;
- Atração turística;
- Exploração de minério.
O vulcanismo primário ativo constitui um risco natural para o Homem que com ele coabita. Assim, a
previsão e prevenção permite minimizar os riscos vulcânicos.
Outro passo fundamental na previsão é a elaboração de mapas de zonas de risco que se baseiam
na história eruptiva do vulcão. Para além da previsão, a sensibilização e educação das populações
para uma situação de risco pode ajudar a salvar muitas vidas.
Sismologia
A Sismologia é um ramo da Geofísica que tem como objeto de estudo os sismos e os seus efeitos.
Os sismos naturais apresentam várias designações que se relacionam com os mecanismos que os
geram, como:
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Sismos tectónicos - são originados por movimentos de origem tectónica, que são
provocados por diferentes tipos de forças:
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A teoria do ressalto elástico, formulado por Reid, permite compreender o mecanismo fundamental
da geração dos sismos devido à atuação das forças tectónicas. Segundo esta teoria, as forças
tectónicas levam ao acumular de tensões energéticas que provocam a deformação das rochas,
quando o material atinge o seu limite de plasticidade, entra em rutura e dá-se a libertação de
energia. Se a rutura das rochas é acompanhada pela deslocação dos blocos rochosos denomina-
se falha.
Se o epicentro do sismo estiver situado no oceano, produz-se uma agitação violenta das águas,
dando origem a um maremoto ou tsunami.
O ponto do interior do Globo onde se inicia o sismo denomina-se foco sísmico ou hipocentro.
O local à superfície da Terra mais próximo do hipocentro, ou seja, que fica na vertical em
relação ao foco, designa-se epicentro.
Após a geração do sismo, a energia libertada propaga-se em todas as direções sob a forma de
ondas elásticas, vulgarmente designadas por ondas sísmicas. A frente da onda é a superfície que
separa as partículas que já entraram em vibração daquelas que ainda o não fizeram. A trajetória
perpendicular à frente de onda chama-se raio sísmico.
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Os movimentos do solo provocados pelas ondas sísmicas podem ser registados pelos sismógrafos,
e o registo obtido designa-se sismograma. O estudo dos sismogramas permite localizar o epicentro,
calcular a profundidade do foco e a magnitude de um sismo.
Sismógrafo Sismogramas
Intensidade:
é um parâmetro de avaliação da vibração das ondas sísmicas sentidas num certo local,
baseado nos efeitos sobre as populações e na destruição causada, é portanto subjetiva;
uma vez estimada a intensidade de um sismo é possível traçar isossistas - linhas curvas
em torno do epicentro e que delimitam áreas em que o sismo atinge a mesma intensidade,
de forma a construir uma carta de isossistas.
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Magnitude:
é calculada a partir de um sismograma e expressa a quantidade de energia libertada pelo
foco sísmico, constituindo este um parâmetro muito objetivo;
é expressa na escala de Richter, que é uma escala logarítmica sem limites; no entanto, o
valor máximo registado foi de 8,9.
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Sismicidade em Portugal
Portugal é uma zona de risco sísmico moderado, localizado numa zona relativamente instável
associada a sismos intraplacas e a sismos interplacas.
Sismicidade interplacas:
a Zona Sul de Portugal continental situa-se próxima da zona de fronteira entre a placa euro-
asiática e a placa africana. O banco de Goringe, localizado nessa fronteira, é uma das
zonas de maior instabilidade;
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Na atualidade, ainda não é possível fazer-se a previsão sísmica com segurança. No entanto,
parâmetros físicos como, por exemplo, deformação e inclinação na zona epicentral, variação no
campo geomagnético e geoelétrico, modificação nas propriedades físicas das rochas e até
mesmo análise do comportamento de animais poderão ser indicadores de uma possível
atividade sísmica.
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DESCONTINUIDADE DE MOHOROVICIC:
delimita duas zonas distintas: uma superior, denominada por crusta, e uma inferior
designada por manto;
DESCONTINUIDADE DE GUTENBERG:
aos 2900 km a velocidade das ondas P sofre uma redução acentuada, enquanto que as
ondas S deixam de se propagar o que parece indicar uma natureza fluida do núcleo externo.
DESCONTINUIDADE DE WEICHERT/LEHMANN:
a partir dos 5140 km a velocidade das ondas P sofre um aumento significativo, o que
permite inferir que o núcleo externo se deve encontrar no estado sólido.
superfícies de descontinuidade.
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Quando ocorre um sismo verifica-se a existência de uma zona sobre a superfície da Terra, variável
conforme a localização do epicentro de um sismo, em que as ondas P e S diretas não são
registadas. Essa zona situa-se entre os 103º e os 143º a partir do epicentro e designa-se zona de
sombra sísmica.
No manto, entre os 100 e os 350 km, a velocidade das ondas P sofre uma ligeira descida, o que
leva a admitir que, embora a composição seja idêntica, o material deve estar parcialmente fundido.
Esta zona do manto, menos rígida, é chamada astenosfera e é uma zona de baixa velocidade. A
partir desta zona, a velocidade das ondas P começa a aumentar ligeiramente.
MÉTODOS DIRETOS
O estudo direto das zonas profundas da Terra limita-se a uma película delgada, quando comparada
com o diâmetro terrestre. Para este conhecimento contribuem:
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Sondagens - são perfurações no terreno, a diferentes profundidades, através das quais são
retiradas amostras de rochas para estudos posteriores.
MÉTODOS INDIRETOS
Os modelos sobre a estrutura interna do globo baseiam-se em dois critérios diferentes, relativos aos
materiais constituintes:
- composição química;
- propriedades físicas.
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CROSTA:
- Crosta continental:
- Crosta oceânica:
Descontinuidade de Mohorovicic
MANTO:
* pode ser dividido em manto superior (até aos 700 km) e manto inferior (700 km aos
2900 km).
Descontinuidade de Gutenberg
NÚCLEO:
* constituído por ferro e níquel, que são materiais que apresentam elevada densidade;
* pode ser dividido em núcleo externo e núcleo interno, que são separados
pela descontinuidade de Lehmann.
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LITOSFERA:
* é sólida e rígida.
ASTENOSFERA:
MESOSFERA:
* é rígida.
ENDOSFERA:
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GEOLOGIA
11º Ano
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MINERAIS
A atividade humana tem sido, desde sempre, condicionada pela riqueza dos materiais terrestres.
O Homem utiliza uma grande variedade de produtos obtidos a partir da transformação de minerais e
rochas:
em aparelhos de precisão;
em variadas indústrias;
Por exemplo, nas condições normais de pressão e temperatura, a água e o mercúrio são líquidos,
não sendo considerados minerais; também as substâncias produzidas pelos seres vivos (ou seja,
substâncias orgânicas), como o carvão e o âmbar, não são consideradas minerais.
Em muitas rochas, os minerais podem apresentar dimensões tais que se conseguem observar
individualizadamente. Estes casos ocorrem em determinadas condições, principalmente sob o efeito
da pressão e da temperatura, bem como o tempo.
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MINERAIS
As rochas são constituídas por minerais. Os minerais presentes nas rochas podem ser herdados ou
de neoformação:
Mas, como as propriedades físicas e químicas são o reflexo da composição e estrutura dos
minerais, o seu estudo pode ser feito tendo em conta a observação dessas propriedades.
Propriedades Físicas
Cor:
– para ser correta, a observação deve ser feita à luz natural difusa e em superfícies
de fratura recente;
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– quando têm uma cor característica e própria em toda a sua superfície designam-
-se idiocromáticos (ídios “próprio” + khrõma “cor”), por exemplo a magnetite, a
malaquite, a galenite e a pirite.
– como cada cor não é exclusiva para cada mineral e, como pode ser alterada, esta
característica não é muito fiável na identificação dos minerais.
Risca ou traço:
– a cor da risca pode ser igual à do mineral – como acontece nos minerais
idiocromáticos de brilho vulgar e nos metais nativos –, ou pode ser diferente da cor
apresentada pelo mineral – nos minerais alocromáticos de brilho vulgar a risca é
branca ou quase branca; nos minerais alocromáticos de brilho metálico e que não
sejam metais nativos, a risca é escura ou mesmo preta.
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Brilho ou lustre:
– é o modo como o mineral reflete a luz natural difusa, quando esta incide sobre uma
superfície de fratura recente;
Clivagem:
– relaciona-se com a textura dos cristais que resulta do arranjo dos átomos e do tipo
de ligações químicas; nas superfícies de clivagem as ligações são mais fracas;
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Fratura:
Dureza:
– consiste na resistência que o mineral oferece à abrasão, ou seja, a ser riscado por
outro mineral ou por determinados objetos;
– é condicionada pela estrutura e pelo tipo de ligações entre as partículas, pelo que
pode ser muito variável;
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– qualquer mineral desta escala risca todos os que estão abaixo dele e não é
riscado por nenhum deles;
– os termos da escala devem ser percorridos do mais duro para o menos duro;
Esta escala pode também ser útil servindo como ensaio preliminar à aplicação da escala de Mohs.
Ao fornecer a delimitação das zonas da escala em que a dureza de um determinado mineral se
deve situar, evita ensaios desgastantes dos termos de ordem inferior.
Densidade:
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– pode ser avaliada desenvolvendo um sentido de peso relativo que, com algum
treino, pode dar indicações da densidade bastando pegar na amostra que se quer
analisar;
Propriedades Químicas
Podem fazer-se alguns testes químicos que permitem fazer a identificação dos minerais. São
exemplos o teste do sabor salgado para identificar halite, ou o teste da efervescência, que é
uma reação em que há libertação de dióxido de carbono quando a calcite reage com um ácido.
A efervescência pode ser bem evidente a frio, mas há outros casos em que só se verifica a
quente ou quando o mineral é reduzido a pó.
Pode, ainda, recorrer-se à identificação das propriedades dos minerais através da utilização de
chaves dicotómicas ou de tabelas específicas para o efeito.
Atualmente existem programas de software que tornam mais fácil a identificação dos minerais
através das suas propriedades.
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– que tem uma fraca representação na crusta terrestre, pois apenas constituem 5% do seu
volume;
– que recobre uma extensa superfície, ocupando mais de 75% da área continental;
A sedimentogénese, que consiste na elaboração dos materiais que vão constituir as rochas
(sedimentos). Implica a ocorrência de diversos processos geológicos como:
– a compactação e desidratação;
– a cimentação;
– a recristalização.
Processos implicados
sedimentares.
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sedimentos biogénicos – são compostos por restos de seres vivos como os esqueletos ou
conchas de animais, ou fragmentos de plantas.
– corresponde ao conjunto de processos que levam à alteração química e/ou física das
características iniciais das rochas, levando à sua destruição;
– de acordo com o seu modo de atuação e dos produtos que originam, os agentes de
meteorização podem ser classificados em físicos e químicos provocando a fragmentação e
a alteração química das rochas, respetivamente;
– é uma ação que leva à fragmentação das rochas em pedaços cada vez mais
pequenos, sem que ocorra qualquer transformação química que leve à alteração
mineralógica das rochas;
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* Meteorização química:
– é uma ação que leva à alteração da composição química e mineralógica das rochas;
– a sua ação é tanto maior quanto maior for o estado de desagregação física das
rochas, pois assim a atuação dos agentes é mais fácil;
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Pode ainda considerar-se um tipo de meteorização química que se designa como meteorização
bioquímica ou químico-biológica:
Caos de blocos:
É um tipo de paisagem que resulta da ação conjunta dos agentes de meteorização física e
química e da erosão e transporte de sedimentos.
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Erosão:
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Agentes erosivos:
Transporte:
– corresponde à ação da água e do vento, que levam para outros locais os materiais
resultantes da meteorização e que foram removidos pelos agentes erosivos;
* Arredondamento – devido aos choques entre eles e ao atrito com as rochas da superfície,
os sedimentos inicialmente angulosos vão perdendo as suas arestas e vértices, ficando cada
vez mais lisos e curvos, tornando-se arredondados. Pelo grau de arredondamento pode
inferir-se o tipo e a duração do transporte que os sedimentos sofreram;
Vento
– o poder de transporte do vento, como possui densidade baixa, é muito dependente da sua
intensidade e do tamanho das partículas que transporta;
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– a sua ação de transporte é mais notória em regiões áridas e sem vegetação, porque as
partículas do solo são mais facilmente levantadas e transportadas.
Água
– efetua transporte quando está no estado sólido (o gelo dos glaciares) e no estado líquido
(águas selvagens, rios e ribeiros, lagos, águas subterrâneas e mares);
Sedimentação:
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Compactação e desidratação:
– os sedimentos ficam cada vez mais próximos, o volume da rocha diminui e torna-se
progressivamente mais compacta e mais densa (compactação).
Cimentação:
Recristalização:
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ROCHAS DETRÍTICAS
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ROCHAS QUIMIOGÉNICAS
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Modelado cársico:
As reações descritas no caso dos calcários de precipitação são reversíveis. Assim, para além de
ocorrer precipitação do carbonato de cálcio com consequente formação de calcite, também se pode
verificar a meteorização química do calcário com remoção do ião HCO-3, devida à ação da água
acidificada pela presença de CO2 atmosférico dissolvido.
Forma-se, então, uma paisagem característica das regiões calcárias – o modelado cársico –, onde
se podem observar as seguintes estruturas:
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ROCHAS BIOGÉNICAS
– podem também ser denominadas quimiobiogénicas, uma vez que é difícil, em certas
situações, separar os processos inorgânicos dos bioquímicos;
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Calcários biogénicos:
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Rochas carbonáceas:
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Carvões minerais:
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Hidrocarbonetos naturais
– a sua formação resulta da conjugação de uma série de fatores naturais, não reproduzíveis
em laboratório, que originam os hidrocarbonetos;
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– pode ser remanescente da água que ficou aprisionada durante a formação dos sedimentos
ou pode ser água resultante de infiltrações verificadas à superfície;
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Cada estrato rochoso pode corresponder a um determinado período da história da Terra. Assim,
numa coluna estratigráfica podem estar representados milhões de anos do tempo geológico.
os climas antigos;
a química da água;
a composição da atmosfera;
As rochas sedimentares:
– podem ser datadas e o seu estudo permite fazer a reconstituição dos ambientes antigos em
que se formaram – os paleoambientes. Através da recolha e compilação destas informações em
vários locais do globo terrestre é possível fazer a reconstituição da Terra numa determinada
época;
– apresentam estruturas preservadas que permitem inferir dados sobre os ambientes em que se
formaram. Geralmente, estas estruturas formam-se durante ou após a deposição dos sedimentos
e antes de ocorrer a diagénese;
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são restos ou vestígios de seres vivos que viveram em tempos geológicos passados;
são contemporâneos da génese das rochas que os contêm, porque se depositaram na mesma
altura que os sedimentos e com eles sofreram diagénese;
possibilitam a datação relativa dos estratos em que se encontram e fornecem pistas para a
reconstituição dos paleoambientes;
mais comuns são as partes duras dos seres vivos, como ossos, conchas ou dentes dos animais
e das partes lenhosas nas plantas porque são estruturas mais resistentes e, por isso, mais
facilmente preservadas;
são relativamente pouco numerosos porque é necessário que se reúnam uma série de
condições propícias à sua formação, ou seja, condições de fossilização.
CONDICÕES DE FOSSILIZAÇÃO:
– após a morte, os seres têm de ser imediatamente incorporados nos sedimentos, para que
não sejam comidos nem decompostos;
– a camada que recobre os seres que morreram deve isolar da temperatura e da pressão,
bem como da ação dos agentes de meteorização, principalmente da ação oxidante da
atmosfera;
Processo de fossilização.
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utiliza técnicas baseadas na desintegração regular de isótopos radioativos naturais, como por
exemplo o carbono 14.
Reconstituição de Paleoambientes
O conjunto das características litológicas e fossilíferas de um estrato sedimentar designa-
-se fácies e o seu estudo possibilita a compreensão e interpretação do ambiente aquando da
formação do estrato, permitindo fazer a reconstituição dos paleoambientes.
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tem várias divisões com diferentes amplitudes: o éon, que é a unidade geocronológica mais
ampla, divide-se em eras; períodos; épocas.
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- estão bem representadas no nosso país: os granitos, que afloram em extensas áreas
localizadas, abundam nas zonas continentais; os basaltos são as rochas características dos
arquipélagos dos Açores e da Madeira;
São estudadas com base em observações feitas em vulcões submarinos ou continentais, em dados
experimentais obtidos em laboratório e em dados referentes à variação da temperatura com a
profundidade da Terra;
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Consolidação de magmas
O magma é um material rochoso semi-fundido com componentes sólida, líquida e gasosa.
Quando o magma consolida, devido a variações da pressão e da temperatura, podem ocorrer
processos de solidificação de certos componentes magmáticos, sublimação de vapores ou
fenómenos de vaporização de fluidos com deposição de substâncias dissolvidas.
Assim, de acordo com as condições verificadas, podem desenvolver-se, ou não, cristais mais
ou menos desenvolvidos. Então, a cristalização é condicionada por fatores externos e fatores
internos:
– o tempo;
– o espaço disponível;
– a temperatura e a pressão.
Os fatores internos são, por exemplo, a disposição ordenada dos átomos ou dos iões que formam
a rede tridimensional cujo modelo geométrico regular é característico de cada espécie mineral.
Diferenciação Magmática
A temperatura e a pressão vão diminuindo durante o processo de arrefecimento do magma,
ocorrendo um processo de cristalização da matéria mineral.
– em profundidade, que é o que se verifica com a maior parte dos magmas que arrefecem
ainda nas câmaras magmáticas;
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À medida que o magma vai ascendendo, a sua temperatura vai gradualmente baixando e vai- -se
formar um gradiente de pontos de cristalização de diferentes minerais que fracionadamente vão
cristalizando – cristalização fracionada.
Estes minerais tornam-se mais densos e separam-se do magma residual, ou seja, que não
cristalizou, devido ao efeito gravítico – diferenciação gravítica. Este magma, cuja composição
química já é diferente da inicial, pode continuar a ascender e pode reagir com rochas encaixantes
que atravessa, alterando ainda mais a sua composição inicial por um processo de assimilação
magmática.
Cristalização Fracionada:
Bowen investigou o comportamento dos magmas e a forma como ocorre a cristalização durante
o seu arrefecimento:
– reflete fenómenos que ocorrem simultaneamente à medida que a temperatura do magma vai
baixando;
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Após a cristalização completa dos minerais que constituem os dois ramos, a fração magmática
resultante pode apresentar elevadas concentrações de sílica e de metais leves como o potássio (K)
e o alumínio (Al). Pode, então, ocorrer a cristalização sucessiva dos feldspatos potássicos,
da moscovite e, finalmente, do quartzo, até ao esgotamento do magma residual.
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Diferenciação Gravítica:
os primeiros cristais que se formam, por serem mais densos, separam-se do magma que os
originou;
os cristais menos densos que o magma migram para o cimo da câmara magmática;
a acumulação dos cristais reflete a sua ordem de formação, bem como a sua ordem de
densidade;
Assimilação Magmática:
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Mistura de Magmas:
este processo pode ocorrer nas cinturas orogénicas e resulta da contaminação entre
magmas diferentes;
por exemplo, quando um magma basáltico ascende pode encontrar magmas graníticos
havendo mistura dos dois;
As últimas frações do magma, constituídas por água com voláteis e outras substâncias – sílica,
plagióclase sódica e feldspato potássico – em solução constituem as soluções hidrotermais, que
podem preencher fendas existentes nas rochas e aí cristalizam formando filões, como, por exemplo,
os filões de quartzo. Os filões podem ser constituídos por um só mineral ou por vários minerais
associados.
As rochas magmáticas são agregados naturais e coerentes constituídos por vários minerais que
conservam individualmente as suas propriedades.
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como os silicatos são os minerais mais abundantes nas rochas magmáticas, utiliza-se a
percentagem em sílica para estabelecer uma classificação química para estas rochas;
relativamente aos minerais que constituem as rochas, distinguem-se dois grandes grupos,
os minerais essenciais e os minerais acessórios:
Os minerais podem agrupar-se de acordo com as tonalidades que apresentam e, assim, as rochas
magmáticas podem classificar-se de acordo com o índice da cor.
Cor:
a tonalidade das rochas pode fornecer indicações sobre o tipo de minerais que as
constituem;
as rochas onde predominam uns ou outros minerais possuem tonalidades diferentes, sendo
classificadas em leucocratas, mesocratas e melanocratas.
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Textura:
a classificação é feita com base no tamanho e nas características dos cristais que as rochas
apresentam;
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A diversidade das rochas das diferentes famílias apresenta aspetos macroscópicos e microscópicos
muito variados. Nas diferentes famílias existem rochas plutónicas que, por esse facto possuem
textura granular e rochas vulcânicas que apresentam a mesma composição química mas têm
textura agranular, uma vez que as condições de arrefecimento do magma foram diferentes.
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ocorre normalmente sem que haja fusão das rochas e, por vezes, verifica-se em estados de
deformação dúctil, pois é frequente o metamorfismo estar associado a dobras;
é característico de determinados contextos tectónicos, como, por exemplo, ao nível das zonas
de subducção e em zonas de formação de cadeias montanhosas;
pode ser mais ou menos acentuado, consoante a diferenciação que uma rocha metamórfica
apresenta relativamente à rocha que lhe deu origem, definindo assim o grau de metamorfismo;
FATORES DE METAMORFISMO
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TEMPERATURA:
altera ou quebra as ligações químicas que definem a estrutura cristalina dos minerais
levando à recristalização, que origina novos minerais estáveis nas novas condições;
PRESSÃO:
o pressão litostática:
– induz a formação de minerais com estrutura cristalina mais compacta, originando rochas
mais densas;
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– é uma pressão dirigida ou orientada em que as forças em atuação não são iguais em
todas as direções;
TEMPO:
– pode estabelecer-se uma relação direta entre o tempo decorrido e o grau de metamorfismo;
FLUIDOS:
– podem ser libertados por um magma e são, normalmente, ricos em iões; ou podem ser
formados durante o metamorfismo devido, por exemplo, à evaporação de água presente nas
rochas;
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– reagem com as rochas em que penetram, trocando átomos e/ou iões e podem levar à
substituição completa de um mineral por outro, alterando a composição e o arranjo original
da rocha;
Mineralogia do Metamorfismo
Quando as rochas sofrem metamorfismo, experimentam condições diferentes daquelas em que
foram originadas e, como tal, os seus minerais tornam-se instáveis.
Nas novas condições ocorre recombinação dos constituintes químicos das rochas que
por recristalização, formam novas associações minerais compatíveis com as condições
termodinâmicas do novo ambiente.
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Nas rochas metamórficas existem minerais comuns às rochas magmáticas, como o quartzo e os
feldspatos e às rochas sedimentares, como a calcite e a dolomite; mas também existem minerais
exclusivos deste tipo de rocha. Estes minerais, indicadores de metamorfismo, só se formam em
condições bem definidas de pressão e temperatura, variáveis dentro de limites muito restritos.
Então, as rochas metamórficas podem distinguir-se pela sua mineralogia típica.
– instabilidade entre dois ou mais minerais, levando à formação de novos minerais sem que
ocorra variação na composição química global da rocha;
A presença de determinado mineral metamórfico numa rocha pode fornecer informações sobre as
condições em que a rocha se formou e, de igual modo, permite identificar diferentes graus de
metamorfismo.
Estes minerais são designados minerais-índice, uma vez que definem os limites de pressão e de
temperatura em que a rocha foi gerada, funcionando como paleobarómetros ou paleotermómetros.
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Grau de Metamorfismo:
é definido de acordo com as condições de pressão e temperatura:
à medida que aumenta, aumenta também a granularidade da rocha devido aos intensos
fenómenos de recristalização;
Tipos de Metamorfismo
Consideram-se diferentes tipos de metamorfismo de acordo com os seguintes critérios de
classificação:
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Metamorfismo Regional:
– afeta grandes áreas da crusta terrestre;
– é originado por processos que envolvem elevadas temperaturas e forças tectónicas que
geram tensões não litostáticas altas que modificam as rochas em profundidade;
– pode formar diferentes tipos de rochas como a ardósia, o filito, o micaxisto e o gnaisse.
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Metamorfismo de Contacto:
– é um tipo de metamorfismo local;
– forma uma zona denominada auréola de metamorfismo, que é a orla de rochas próximas
da intrusão que foram fortemente aquecidas e sofreram metamorfismo. A extensão da
auréola depende do tamanho da massa magmática, da sua temperatura, da quantidade de
água existente nas rochas e da profundidade a que ocorre o contacto;
– o grau de metamorfismo das rochas da auréola é tanto menor, quanto maior for a distância
à intrusão magmática;
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A designação corneana pode ser atribuída a qualquer rocha que se forme nas zonas mais próximas da intrusão
magmática.
A foliação:
– é qualquer estrutura planar de uma rocha que pode ser originada durante os processos de
metamorfismo e resulta, quer de um alinhamento preferencial de certos minerais anteriores ao
metamorfismo, quer da orientação de novos minerais formados durante os processos de
recristalização;
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Existem três tipos de foliação muito característicos em rochas de baixo, médio e alto grau de
metamorfismo, que são respetivamente, a clivagem xistenta, a xistosidade e o bandado
gnaissico:
– são constituídas, essencialmente, por minerais com dimensões semelhantes a grânulos, não
sendo tabulares nem alongados;
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DEFORMAÇÃO DE ROCHAS
Falhas e Dobras
A Terra é um planeta dotado de grande dinamismo. Uma das formas que a Terra tem de mostrar
esse dinamismo é através da ocorrência de processos contínuos, muito lentos e graduais, que
provocam modificações nas formações rochosas – as deformações.
As deformações:
– são alterações que se devem a forças de tensão exercidas sobre as rochas, provocadas
pela mobilidade da litosfera e pelo peso de camadas suprajacentes;
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Mecanismos de Deformação
Através do estudo laboratorial do comportamento dos materiais e da observação direta das rochas,
concluiu-se que:
o tipo de tensões a que as rochas ficam sujeitas são a tensão de compressão, tensão de
distensão (ou tensão de torção) e tensão de cisalhamento;
o tipo de comportamento que as rochas apresentam, quando estão sob o efeito de tensões,
pode ser frágil ou dúctil:
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Deformação elástica:
– as deformações sofridas por uma mola ou por um elástico quando são sujeitos a tensões
são um exemplo deste tipo de deformação.
Deformação plástica:
– origina uma deformação contínua pois, neste caso, não se verifica descontinuidade entre
as partes contíguas do material deformado, tal como acontece nas dobras;
– são, geralmente, frágeis, pois as rochas são materiais pouco plásticos que entram
facilmente em rutura, principalmente quando estão próximas da superfície;
– podem tornar-se dúcteis, quando estão sob ação de temperaturas e pressões elevadas
em zonas mais profundas;
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* Tipo de tensão;
* Temperatura;
* Conteúdo em fluidos;
* Tempo de atuação;
As deformações que se verificam nas rochas podem apresentar diversos aspetos, sendo os mais
comuns as dobras e as falhas.
Dobras
– são deformações que consistem no arqueamento ou encurvamento das camadas
rochosas inicialmente planas;
Numa dobra, a posição das camadas rochosas no espaço, ou seja, a atitude dessas camadas,
pode ser definida pela direção e pela inclinação das camadas.
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De acordo com a sua disposição espacial e com a idade das rochas que as constituem, podem
ser classificadas em:
Disposição espacial
ANTIFORMA SINFORMA
NEUTRA
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ANTICLINAL SINCLINAL
Falhas
– são deformações descontínuas em que se verifica a fratura das rochas, acompanhada de
deslocamento dos blocos fraturados um em relação ao outro;
– de acordo com a inclinação do plano de falha e com o movimento dos lábios, classificam-se em:
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Tipos de falhas:
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Todos os materiais que o Homem utiliza diariamente para satisfazer as suas necessidades básicas
e o seu bem-estar – os recursos – provêm da Terra.
Os recursos naturais são, e foram desde sempre, a fonte de matérias-primas a partir das quais,
direta ou indiretamente, são fabricados os mais diversos produtos que utilizamos no nosso
quotidiano.
Os recursos geológicos:
– são todos os bens de natureza geológica, existentes na crusta terrestre e que são
passíveis de serem utilizados pelo Homem;
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Recurso Energéticos;
Recursos Minerais.
Esta classificação não é rígida, porque um mesmo material pode funcionar como diferente recurso.
Por exemplo, a água pode ser um recurso hidrogeológico ou energético.
O aproveitamento dos recursos pelo Homem depende da sua concentração na crusta terrestre,
de modo a permitir rentabilidade da sua exploração.
A utilização e exploração dos recursos geológicos têm vindo a ser cada vez maiores e, como tal,
os recursos são cada vez mais escassos.
A reciclagem também pode ser uma resposta para combater a excessiva utilização dos
recursos geológicos, principalmente os não renováveis.
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RECURSOS MINERAIS
Os minerais são constituídos por elementos químicos que estão largamente distribuídos na crusta
terrestre. A grande variedade de minerais encontra-se nas diversas rochas existentes.
De acordo com as suas propriedades químicas, os recursos minerais podem ser classificados em
dois grupos:
Existem vários exemplos destes elementos, uns mais comuns e muito utilizados, como o zinco,
o cobre, o alumínio, o ferro e o chumbo e outros mais escassos, como o ouro, a prata e a
platina.
Na maior parte das zonas terrestres, qualquer elemento pode encontrar-se ligado a outros em
quantidades semelhantes às que são frequentes na composição média da crusta.
O Clarke:
Os jazigos minerais:
Os minérios:
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Um mineral pode, numa dada altura, ser minério de um elemento e, noutra altura, ser considerado
minério de outro. Esta situação ocorre tendo em conta determinadas conjunturas económicas e
tecnológicas.
A parte do minério que, no mesmo jazigo, é rejeitado designa-se ganga ou estéril. Pode existir em
grandes quantidades, por exemplo, na extração do ouro, ou em pequenas quantidades, como no
caso do alumínio.
A exploração mineira:
* desflorestação;
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Poluição:
muitos minérios são constituídos por um ou mais metais que, depois de separada a ganga,
têm de ser separados por diversos processos que podem libertar enormes quantidades de
poluentes gasosos;
um dos tratamentos que o minério sofre no seu processo de separação é a moagem que
gera grandes quantidades de pequenas partículas que são dispersas, quer pela água –
contaminando aquíferos –, quer pelo vento – contaminando solos que se tornam impróprios
para a agricultura.
São tipos de recursos minerais muito abundantes na Natureza. A sua utilização é tão ampla e
indispensável que são considerados bens de primeira necessidade.
Exemplos de minerais não metálicos são as areias, as argilas e as rochas como o granito, o
basalto, o mármore e o calcário, entre outras.
O nosso país é relativamente rico em recursos minerais não metálicos e são utilizados em
grandes quantidades como matérias-primas, principalmente para a construção e ornamentação.
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A exposição dos monumentos a variadas fontes de meteorização pode provocar alterações mais ou
menos graves, face ao envelhecimento da rocha, que obrigam ao restauro e manutenção dos
edifícios.
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RECURSOS ENERGÉTICOS
Desde sempre o Homem necessitou de energia para realizar as mais variadas tarefas. À
medida que se foi processando a evolução das sociedades humanas, também o consumo de
energia se tornou crescente. As fontes de energia às quais o Homem foi recorrendo foram,
também, variando.
A utilização dos recursos energéticos tornou-se vital para as atuais necessidades humanas.
Por um lado, estes materiais estão próximos do esgotamento, por outro lado, o seu uso provoca
chuvas ácidas, aquecimento global e a degradação da camada de ozono.
COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS
Os combustíveis fósseis ocorrem na crusta terrestre sob três formas principais: os carvões –
sólidos –, o petróleo – líquido – e o gás natural – gasoso.
Na formação desta matéria combustível intervêm fatores como a pressão, o calor, o tempo e a
intervenção de bactérias anaeróbias. Uma vez que os seus processos de formação são
extremamente morosos, estes combustíveis são considerados recursos energéticos não renováveis.
Embora se saiba que estas fontes de energia poderão acabar, cerca de 75% da energia consumida
a nível mundial provém dos combustíveis fósseis.
– nos países mais industrializados o consumo de petróleo e do gás natural é muito elevado.
O consumo destes recursos energéticos tem vindo a aumentar e não se prevê que haja diminuição
do seu consumo. Torna-se assim urgente gerir de forma sustentada a exploração/utilização destes
recursos e recorrer a fontes de energia alternativas, não só para evitar o esgotamento previsível dos
combustíveis fósseis, como também para reduzir os malefícios ambientais que advêm do seu
consumo.
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Petróleo
Carvão
– alterações graves ao nível dos solos, da atmosfera e dos recursos hídricos, principalmente
devidas a emissões de dióxido de enxofre que provocam chuvas ácidas e a acidificação
dos solos;
ENERGIA NUCLEAR
A energia nuclear obtém-se a partir de minerais radioativos por processos que envolvem mudanças
ao nível dos núcleos atómicos dos minerais utilizados:
– nas centrais nucleares provoca-se uma cisão nuclear de um elemento radioativo que
liberta grandes quantidades de energia, sob a forma de calor;
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– produz resíduos altamente radioativos que são extremamente nocivos para os seres
vivos. Por exemplo, a exposição de indivíduos a elevados níveis de radioatividade pode
provocar cancros, malformações fetais e atrasos mentais em crianças em desenvolvimento
uterino;
ENERGIA GEOTÉRMICA
– é um recurso geológico que pode ser utilizado como fonte de energia limpa, ou seja,
pouco poluente e é um recurso renovável;
– é o calor interno da Terra que se liberta à superfície e há zonas do planeta onde se regista
um elevado gradiente geotérmico (variação de temperatura entre a superfície da Terra e o
seu interior);
– é transportada do interior da Terra por um fluido condutor desse calor, sendo a água o
mais eficaz;
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BG - PREPARAÇÃO PARA EXAME|Resumos
Como ainda não foi possível resolver todos os problemas relacionados com a produção e o
consumo de energia, tem sido intensificada a procura de novas fontes de energia alternativas.
Os principais objetivos desta busca são utilizar e adotar fontes de energia mais eficazes,
renováveis, mais baratas, menos poluentes e menos perigosas para o Homem e o ambiente.
Algumas das soluções energéticas encontradas, embora ainda não sejam utilizadas em grande
escala, como seria desejável, são:
a energia hidroelétrica
a energia eólica
a energia das marés
a energia das ondas
a energia da biomassa
a energia do biogás
a energia solar
RECURSOS HIDROGEOLÓGICOS
A existência de água no estado líquido foi uma das condições fundamentais para o
aparecimento de vida no nosso planeta.
Na Terra ela é um recurso relativamente abundante mas nem toda a água pode ser utilizada pelo
Homem:
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BG - PREPARAÇÃO PARA EXAME|Resumos
Devido à escassez de água utilizável para consumo humano e ao crescimento exponencial das
populações, é cada vez mais frequente a existência de graves problemas relacionados com este
recurso. A poluição das águas e a sua gestão sustentável são preocupações permanentes.
As rochas podem funcionar como reservatórios de água que pode ser extraída, através de
técnicas apropriadas, para ser consumida pelo Homem.
Os aquíferos:
– possuem uma zona de alimentação – a zona de recarga – que deve ser preservada da poluição
física (temperatura e radioatividade), química (metais pesados e excesso de nutrientes) e biológica
(vírus e bactérias), para não haver contaminação destas águas subterrâneas;
da aplicação de coimas pesadas ao nível individual e coletivo para quem polua estes
recursos;
TIPOS DE AQUÍFEROS
Aquífero livre
– pela existência de uma camada impermeável, como uma camada de argila, a água deixa
de se infiltrar, ficando retida;
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BG - PREPARAÇÃO PARA EXAME|Resumos
– a água encontra-se à pressão atmosférica e a este local dá-se o nome de nível freático;
– a recarga faz-se através de uma zona limitada que contacta com a superfície mas colocada
lateralmente;
– quando é efetuado um furo para extração, devido à pressão, a água subirá até à superfície
piezométrica originando um furo artesiano;
– se, quando se faz um furo, a água consegue atingir a superfície sob a forma de repuxo, o
furo artesiano designa-se furo repuxante.
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A extração de água efetua-se nos dois tipos de aquíferos. A capacidade de um aquífero para
armazenar água e a possibilidade da sua extração relacionam-se com duas características,
a porosidade e a permeabilidade:
Porosidade
– uma formação é porosa quando é formada por um agregado de grãos entre os quais existem
espaços vazios – poros – que podem ser ocupados pela água ou por ar;
– a água pode também ficar retida em fraturas e diáclases das rochas, que não estão relacionadas
com a porosidade, pois estas estruturas não são poros;
Permeabilidade
– é a propriedade que algumas rochas possuem de se deixarem atravessar pela água com maior ou
menor facilidade;
– pode ser muito elevada em terrenos muito porosos em que os espaços são grandes e estão bem
interligados, como, por exemplo, em areias limpas;
– pode ser extremamente baixa e a formação geológica ser quase impermeável, se os poros,
apesar de numerosos, se encontrarem semifechados e não permitirem a circulação da água. Esta
situação verifica-se em terrenos argilosos e em certos materiais vulcânicos.
Embora seja considerada um recurso renovável, a água, devido ao seu uso desequilibrado e às
formas crescentes de poluição a que está sujeita, corre o risco de se tornar imprópria para utilização.
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