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° 5
Grupo I
Texto 1
A Zona Sul Portuguesa (ZSP) é uma área tectónico-estratigráfica constituída essencialmente
por rochas metamórficas (fig. 1).
6. Explique de que modo, a partir do estudo dos minerais polimorfos de silicato de alumínio de
uma rocha metamórfica, se pode inferir a profundidade a que a mesma se formou.
A
Grés de Silves
Mesozoico (Triásico)
Formação da Brejeira
Paleozoico (Carbónico)
Texto 2
Um dos locais de referência da ZSP é a ponta do Telheiro, onde se encontram,
essencialmente, xistos depositados em ambientes marinhos profundos, do Paleozoico Superior,
com estruturas de deformação com direção geral NW-SE, observando-se dobras com plano axial
vertical.
Sobre as rochas da ZSP encontram-se depósitos areníticos depositados em clima árido do
Mesozoico Inferior (Triásico), constituídos por estratos detríticos sub-horizontais que apresentam,
em alguns locais, falhas. Estes formam uma clara discordância litológica e geométrica com as
rochas mais antigas (fig. 2).
Fig. 2. Zona Sul Portuguesa (ZSP). Praia do Telheiro. Falha nos grés de Silves.
7. As rochas da Formação da Brejeira foram sujeitas a forças e a deformação que atingiu
os grés de Silves ocorreu num regime .
(A) distensivas … distensivo (C) compressivas … compressivo
(B) distensivas … compressivo (D) compressivas … distensivo
8. As forças que atuaram nas deformações da Formação da Brejeira teriam orientação
(A) NE-SW, provocando uma deformação plástica nas rochas, em profundidade.
(B) NE-SW, provocando uma deformação elástica nas rochas, à superfície.
(C) NW-SE em rochas sujeitas a umAcomportamento dúctil.
B
Texto 3
A Faixa Piritosa Ibérica (FPI) localiza-se na região SW da Península Ibérica e integra a Zona
Sul Portuguesa (fig.3). Na FPI ocorrem jazigos de sulfuretos polimetálicos, nos quais predomina a
pirite (FeS2), que foram extensamente explorados nos últimos 2000 anos. Estes jazigos resultam
de atividade vulcânica ocorrida num antigo oceano. Desta atividade, encontra-se hoje um
complexo vulcano-sedimentar, que contém rochas vulcânicas ácidas e básicas e sedimentos
siliciosos.
Em Portugal, várias áreas mineiras foram exploradas, umas até à exaustão do recurso (S.
Domingos) e outras por perda do interesse económico (Caveira, Lousal e Cercal). A diminuição da
atratividade económica resulta do facto de, nos anos 80 do século passado, se ter iniciado o
aproveitamento de enxofre como subproduto das plataformas de extração de petróleo. A
consequência foi o encerramento sucessivo das explorações mineiras de pirite portuguesa.
Atualmente, encontram-se em atividade as minas de Aljustrel e de Neves-Corvo. Aljustrel
iniciou a atividade aproveitando a pirite como fonte de enxofre, usando-a, agora, como fonte de
cobre e zinco. A mina de Neves-Corvo iniciou a atividade como fonte de cobre (a partir de 1988),
estanho (entre 1990 e 2005) e zinco (a partir de 2006).
17. Explique a influência da exploração petrolífera no encerramento da maioria das minas de pirite
em Portugal.
Grupo II
A determinação da permeabilidade de materiais
geológicos pode ser demorada e complexa, pelo que
se pode recorrer a métodos mais expeditos, como a
determinação da porosidade e da porosidade eficaz,
como está descrito no dispositivo experimental da
figura 4.
Procedimento
• Numa proveta adicionaram-se seixos de
dimensões aproximadas, noutra areia grosseira e
noutra areia argilosa.
• As provetas foram enchidas com água até ao topo
do sedimento (passo 1). Foi registado o volume
gasto, a que corresponde o volume de vazios (Vv).
• A água foi recuperada para uma segunda proveta
(passo 2). Foi registado o volume escoado (Ve).
Com os resultados experimentais e com recurso
às fórmulas a seguir apresentadas, foi determinada
a porosidade e a porosidade eficaz, sendo esta
última uma forma de expressão da permeabilidade.
Os resultados encontram-se na tabela I.
Fig. 4. Dispositivo experimental.
Grupo III
As minas de Neves-Corvo localizam-se no concelho de Castro Verde. Entre os 400 e os 700
metros de profundidade, em rochas metamórficas, são extraídos sulfuretos metálicos, uma família
de minerais de enxofre, dos quais é recuperado cobre, estanho e zinco.
Em 1979, iniciou-se a monitorização da água subterrânea na área da mina, principalmente
através da monitorização do nível hidrostático. Em 1985 estavam já definidos os aquíferos que a
exploração interseta (fig. 5). À superfície, e até 50 metros de profundidade, encontra-se um
aquífero livre, com águas bicarbonatadas, que depende de uma zona de meteorização superficial,
a que se segue uma área fraturada/microfraturada.
A partir dos 400 metros de profundidade encontra-se um aquífero cativo, constituído por água
fóssil (água em aquíferos ao longo de um extenso período de tempo geológico). Com composição
cloretada-sódica, apresenta elevadas pressões e encontra-se em fissuras e microfissuras
associa– das à mineralização. Frequentemente, esta água é contemporânea da sedimentação, de
episódios de metamorfismo ou de diferenciação magmática.
SO NE
(m)
1200 Aquífero Complexo superficial
livre
1000
Rochas mineralizadas
800
Rochas metamórficas
600 Falhas
Aquífero
400 confinado
0 200 m
Baseado em Lunding Mining (2018). Hidrogeologia de Neves-Corvo: Montorização de águas subterrâneas e impactes
da exploração mineira e recuperação das condições hidrogeológicas originais.
Disponível em https://www.ordemengenheiros.pt/fotos/editor2/apresentacao_lundinmining.pdf [consult. mar
2022]
1. As rochas localizadas entre os aquíferos descritos são
(A) totalmente impermeáveis, já que não estão fissuradas.
(B) impermeáveis, embora as falhas possam apresentar permeabilidade.
(C) permeáveis, já que apresentam falhas.
(D) permeáveis, pois o aquífero superior é livre.
4. Complete o texto seguinte com a opção adequada a cada espaço. A cada letra
corresponde um só número.
A zona acima do nível hidrostático, zona de (a) , permite a circulação de água, se a rocha
for (b) , num aquífero (c) . Os furos (d) permitem a subida de água até á
superfície, mas, em períodos de seca, isso já não acontece, pois diminui a espessura da zona
de saturação com a (e) do nível piezométrico.
5. Explique em que medida o quimismo da água do aquífero cativo apoia a hipótese de que se
trata de água de origem marinha.