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Águas
Subterrâneas
Programa de Águas
1 " Programa de Águas Subterrâneas
Subterrâneas
Presidente: Fernando Henrique Cardoso
Vice-Presidente: Marco Antônio de Oliveira Maciel
Brasília - DF
2001
3 " Programa de Águas Subterrâneas
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE-MMA
Secretaria de Recursos Hídricos - Diretores Colaboração
Júlio Thadeu Silva Kettelhut Aldo da Cunha Rebouças
Oscar Cabral de Melo (Consultor SRH/MMA)
João Carlos Simanke
Agência Nacional de Águas - Diretores (CTAS/CNRH)
Benedito Pinto Ferreira Braga Júnior Maria Manuela Martins Alves Moreira
Ivo Brasil (Gerente de Projeto de Cooperação
Lauro Sérgio de Figueiredo Técnico-Científica)
Marcos Aurélio Vasconcelos de Freitas
Concepção e Elaboração
Júlio Thadeu Silva Kettelhut www.mma.gov.br
Diretoria de Gestão Integrada
Roberto Moreira Coimbra
Gerência de Políticas e Diretrizes/SRH
Luiz Amore Secretaria de Recursos Hídricos
Coordenação Águas Subterrâneas Endereço: SGAN, Quadra 601, Lote 1
Ed. sede da CODEVASF – 4º Andar
Equipe Técnica 70830-901 – Brasília-DF
Daniel Batista de Oliveira Carvalho (Estagiário) Tel: (61) 317-1292 Fax: (61) 225-6359
Francis Priscilla Vargas Hager (Geóloga)
Frederico Correia (Engenheiro Civil) Agência Nacional de Águas - ANA
José Ribamar da Costa Silva (Geógrafo) Setor Policial Sul, Área 5, Quadra 03, Bloco B
Luiz Amore (Engenheiro Geólogo) 71610-200 – Brasília-DF
Wilthon Oliveira Arruda (Apoio em Informática) Tel: (61) 445-5400
Não se discute a importância das águas subterrâneas no contexto da gestão dos recursos
hídricos. Com um volume armazenado estimado em 112.000 km3 em seu subsolo, o Brasil é
também um país rico nesse recurso natural.
Embora a gestão dos recursos hídricos em nosso País tenha dado maior ênfase às águas
superficiais, não se pode desconsiderar o binômio águas superficiais e águas subterrâneas,
dado que ambas as frações se intercomunicam, fazendo parte, em conjunto com a porção
atmosférica, do ciclo hidrológico. Diversos aqüíferos se estendem por área subjacente a
vários estados, chegando a alcançar países vizinhos, o que impõe uma articulação dos entes
federados para a gestão deste recurso natural.
Por orientação do Ministro Sarney Filho, a Secretaria de Recursos Hídricos e a Agên-
cia Nacional de Águas-ANA elaboraram o Programa de Águas Subterrâneas, em lançamento,
objetivando interagir com os estados federados, entidades e órgãos federais relacionados
com os recursos hídricos, para o aperfeiçoamento do conhecimento técnico do problema e
avanço da legislação pertinente.
Contatos mantidos com os poderes executivos estaduais já indicam uma significativa
adesão ao programa.
Jerson Kelman
Diretor-Presidente da Agência Nacional de Águas
9 " Programa de Águas Subterrâneas
OCORRÊNCIA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
• A água subterrânea corresponde à par- às nascentes, leitos de rios, lagos e oce-
cela mais lenta do ciclo hidrológico e anos;
constitui nossa principal reserva de • Os aqüíferos, ao reterem as águas das
água, ocorrendo em volumes muito su- chuvas, desempenham papel fundamen-
periores ao disponíveis na superfície;
tal no controle das cheias;
• As águas subterrâneas ocorrem preen-
chendo espaços formados entre os grâ- • Nos aqüíferos, as águas encontram pro-
nulos minerais e nas fissuras das ro- teção natural contra agentes poluidores
chas, que se denominam aqüíferos; ou perdas por evaporação;
• As águas subterrâneas representam a • A contaminação, quando ocorre, é mui-
parcela da chuva que se infiltra no sub- to mais lenta e os custos para recupera-
solo e migra continuamente em direção ção podem ser proibitivos.
68,9% Calotas
polares e geleiras
Precipitação sobre
os continentes
119.000 Evapotranspiração 29,9% Água
Precipitação sobre
dos continentes os oceanos subterrânea doce
74.200 458.000 Evaporação 0,9% outros
dos oceanos reservatórios
Fluxo dos rios 503.000 0,3% Água
para os oceanos doce nos
43.000 rios e lagos
Fluxo subterrâneo
para os rios
13.000
Área dos oceanos 97,5%
Área das calotas e Área dos 361 milhões de km² Água salgada
geleiras continentes
16 milhões de km² 149 milhões de km² 1.386 milhões km³
Ilustrações 1 e 2:
Volumes de água em circulação na Terra. Os fluxos estão em km³ por ano (1 km³ = 1 bilhão de m³).
A ilustração ao lado apresenta a distribuição de água na Terra num dado instante.
Fonte: Shiklomanov em IPH/Unesco, 1998, adaptado de Rebouças e outros em Águas Doces no Brasil, 1999.
ÁREA DE RECARGA
ÁREAS DE DESCARGA
Ilustração 3:
Os padrões de fluxo das águas
subterrâneas variam
enormemente em distância,
profundidade e tempo de viagem
Nível Freático
entre os pontos de recarga e
Aqüífero
s
descarga do sistema
ia
não confinado
A
o
D
D
n
n
ia
o
subterrâneo.
A
Ilustração 4:
RIO EFLUENTE A figura apresenta a principal
Sentido do escoamento característica da maioria dos rios
brasileiros que é a de receberem
água dos aqüíferos para a
formação de seu regime perene, isto
é, rios que nunca secam.
ra da
Zo na nã o sa tu Esta característica reforça a
necessidade do gerenciamento
integrado, pois cuidar do
componente subterrâneo é a
garantia de que não haverá falta de
água nos rios.
Aqüífero Livre
Fonte: Cortesia do “United States Geological
Survey”, Circular 1139.
CONHECIMENTO BÁSICO
Ilustração 7:
Províncias hidrogeológicas do Brasil.
Fonte: Mapa Hidrogeológico do Brasil - DNPM/CPRM, 1983
Do ponto de vista institucional ocorre não for articulado, não haverá integração da
uma enorme dispersão no tratamento das gestão. É necessária a promoção de ajustes
águas subterrâneas. As águas subterrâne- em todas as legislações de forma a orientar a
as, de acordo com a Constituição Federal, gestão integrada.
são de domínio dos estados. Entretanto, os O primeiro marco para a integração das
aqüíferos transcendem os limites estaduais águas subterrâneas e águas superficiais, no
e até nacionais, tornando imprescindível a âmbito da Política Nacional de Recursos Hí-
presença da União. Por outro lado, as águas dricos, foi a elaboração, pela Câmara Técnica
subterrâneas classificadas como minerais ou de Águas Subterrâneas-CTAS e aprovação
potáveis de mesa para engarrafamento, ven- pelo Conselho Nacional de Recursos Hídri-
da, balneoterapia e uso geotermal são de res- cos-CNRH, da Resolução n.°15, publicada em
ponsabilidade da União, sendo outorgadas 12 de janeiro de 2001, que estabelece dire-
pelo Departamento Nacional da Produção trizes para gestão integrada das águas
Mineral-DNPM.
( w w w. c n r h - s r h . g o v. b r / r e s o l u c o e s /
Estados como São Paulo e Pernambuco
R015.htm).
contam com lei específica de águas subter-
râneas. Outros estados têm procurado inte-
grar as águas subterrâneas à Política Esta- #Para desenvolver o marco legal da ges-
dual de Recursos Hídricos, com destaque os tão e a capacidade institucional aos níveis fe-
estados do Paraná e do Piauí. Apesar de po- deral e estaduais, foram selecionadas as pri-
sitivos, esses esforços ainda não promovem oridades da página seguinte.
a gestão integrada das águas.
Do ponto de vista dos aqüíferos, se o
tratamento dessas águas e do meio ambiente
Ilustração 10:
Mobilizar a sociedade para
cuidar das águas é a garantia
de usufruto pelas atuais e
futuras gerações.
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