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Exploração e Aproveitamento da Água Subterrânea para Abastecimento Público em Cabo

Delgado, Caso da Cidade de Pemba.

Autor: Lewis Rafael.

Pemba, 2021.

Resumo

O aumento da demanda e escassez da água nas fontes superficiais devido ao crescimento


populacional, bem como a rápida expansão geográfica da zona urbana sem o devido
acompanhamento pelo sistema formal de abastecimento de água, levou à exploração das fontes
de águas subterrâneas por um grande número de operadores. Contudo, no distrito de Pemba,
com maior destaque para zona urbanizada e uma grande parte da zona semi-urbana, constituem
os locais onde se registam maiores problemas de abastecimento e onde se localizam grande
parte das concentrações humanas. O presente trabalho tem como Propor mecanismos de
exploração das águas subterrâneas da área de estudo com base na descrição da ocorrência e a
distribuição da água subterrânea (os principais aquíferos) e o volume da água que acorre na
subsuperfiécie. A exploração com viabilidade económica ou exploração da água subterrânea
está condicionada a factores quantitativos, qualitativos e económicos. Um dos mecanismos de
extracção da água é através de técnicas de construção de poços e métodos de bombeamento,
permitindo extracção de água em volumes e profundidades cada vez maiores. O maior volume
de água extraída é destinado ao abastecimento público.

Palavras-chaves: água, exploração, abastecimento, Pemba.


1. Introdução

A água doce é um dos recursos naturais mais preciosos e a sua falta é uma das principais causas
de subdesenvolvimento. A água é um recurso finito e escasso pois somente 107 000 km3, ou
seja, aproximadamente 0.80 % do total de água doce aonde está disponível e é utilizado pelo
homem (Tundisi, 2003). A maior parte desta água encontra-se no subsolo compreendendo cerca
de 97 % de água doce do planeta (Millon, 2004; Muiuane, 2005). O presente trabalho visa
propor mecanismos de exploração de água subterrânea de Cabo Delgado para abastecimento do
Distrito de Pemba com maior destaque zona urbanizada e uma grande parte da zona semi-urbana
visto que estas constituem os locais onde se registam maiores problemas de abastecimento e
onde se localizam grande parte das concentrações humanas. Geralmente, o uso de águas
subterrâneas traz grandes benefícios económicos devido à disponibilidade local, confiabilidade
elevada em época de seca e boa qualidade que exige tratamento mínimo (Foster & Chilton,
2003). Em muitas zonas urbanas de Moçambique as águas subterrâneas são uma importante
fonte de água para o uso doméstico devido à baixa taxa de precipitação e clima árido e nestas
zonas, destacando a Provincia de Cabo Delgado, o mau sistema de saneamento, a falta de
infraestruturas de abastecimento de água, a perfuração desordenada de furos e sem seguir as
regras básicas de posicionamento, as profundidades de perfuração têm elevado o potencial de
degradação da qualidade das águas subterrâneas (Muiuane, 2005).

1.1. Objectivos

O objectivo é de propor mecanismos de exploração de água subterrânea que ocorre em Cabo


Delgado, descrevendo a ocorrência e a distribuição da água subterrânea (os principais aquíferos)
e o volume da água que acorre na subsuperfiécie com vista a responder o problema de
abastecimento de água na cidade de Pemba.

1.2. Metodologia

Para a elaboração do trabalho optou-se como base revisões bibliográficas, em manuais


electrónicos e artigos científicos que estiveram disponíveis e também serviu como recurso a
internet, recorreu-se a Softwere de Sistemas de Informacao Geografica (QGis – versão 2,14.8)
para elaboração de mapas de localização geográfica, de solos e relevo, geológicos, distribuição
de água. Portanto, estes recursos impulsionaram no desenvolvimento do tema em estudo com
vista a concretizar os objectivos do trabalho.
2. Conceitos Gerais

Hidrologia é definida como a ciência que trata do estudo da água na natureza, sua ocorrência,
circulação e distribuição, suas propriedades físicas e químicas e suas reacções com o meio-
ambiente, incluindo suas relações com a vida. (Definição recomendada pelo United States
Federal Coucil of Science and Tecnology, 1962)

Hidrogeologia é a parte da hidrologia que estuda a ocorrência, armazenamento das águas


terrestres na zona saturada das formações geológicas, tendo em conta as propriedades físicas e
químicas, suas interacções com o meio físico e biológico e suas reacções à acção do homem
(Ralph, 1982).

Água subterrânea é toda a água que ocorre abaixo da suberfífie da terra, preenchendo os poros
ou vazios intergranulares das formações geológicas, ou seja, é acumulada dentro de um aquífero
(UNESCO, 1978). Mais de 97% da água doce disponível na Terra encontra-se no subsolo e,
portanto, menos de 3% da água potável disponível no planeta provém das águas de superfície
(Muiuane, 2005).

2.1 Vantagens de exploração da água subterrânea

A exploração das águas subterrâneas apresenta as seguintes vantagens em relação as águas


superficiais (Feitosa & Manoel, 1997):

 A área de captação e protecção é extremamente reduzida;


 Permite uma distribuição sectorizada, com baterias de exploração constituindo sistemas
isolados ou interligados;
 A rede de adução até o reservatório ou caixa d'água e, em geral, de pequena extensão, ao
contrário das barragens que requerem redes adutoras de vários quilómetros de extensão;
 não implica em desapropriação de grandes áreas como as barragens, que representam
vultosos gastos financeiros;
 Independe de períodos de estiagem prolongados para recarga anual como nos reservatórios
de superfície;
 O prazo de execução de um poço e de dias, em contraposição a meses e até anos no caso de
barramento de um rio;
 As águas subterrâneas não estão sujeitas, como as superficiais, ao intenso processo de
evaporação, que implica em perdas consideráveis, principalmente nas regiões de clima
quente;
3. Caracterização da Área de Estudo
3.1. Delimitação da Área de Estudo

O presente trabalho teve como área de estudo o Município de Pemba com maior destaque para a
Cidade de Pemba, zona urbanizada e uma grande parte da zona semi-urbana visto que estas
constituem os locais onde se registam maiores problemas de abastecimento e onde se localizam
grande parte das concentrações humanas.

3.2. Localização e Limites do Distrito de Pemba

De acordo com o SITCD – Sistema de Informação Territorial da Província de Cabo Delgado


(2003), o Município de Pemba localiza-se na costa Oriental de África, em Moçambique, ao Sul
da Província de Cabo Delgado e junto à Baia de Pemba. Este distrito faz fronteira ao Norte com
à Baia de Pemba, ao Sul faz fronteira com o distrito de Mecúfi, à Este é banhado pelo Oceano
Índico e à Oeste limita-se com o distrito de Pemba-Metuge e a Baia de Pemba (vide a baixo o
mapa de localização e de limites do Município de Pemba).

Fonte: Baseado nos dados de


CENACARTA.
Datum: WGS 84
Autor: Lewis Rafael.
Data: Maio de 2021

Figura 01 – Localização geográfica de Pemba. Fonte: Autor (com base nos dados de CENACARTA).
3.3. Divisão Administrativa

O Município de Pemba conta com uma área de 194Km² e encontra-se dividido em dez (10)
bairros a destacar: Cimento, Natite, Ingonane, Cariacó, Josina Machel, Paquitequete, Eduardo
Mondlane, Alto-Gingone, Chuiba, Mahate e Muxara (INE, 2017).

Figura 02: Divisão administrativa da Cidade de Pemba. Fonte: Autor (com base nos dados de
CENACARTA).

3.4. População

De acordo com o INE - Instituto Nacional de Estatística (2017) a população no Município de


Pemba demonstra uma crescente evolução (veja tabela 1 abaixo) projectando-se para o presente
ano (2017) uma população de cerca de 200 000 habitantes, onde a maior percentagem é de
mulheres. Portanto, as necessidades hídricas aumentam em paralelo com o aumento da
população.
3.5. Clima, Relevo e Solos

A região apresenta de novo um clima do tipo sub-húmido seco, onde a precipitação média anual
varia entre 800 e 1000 mm e a temperatura média durante o período de crescimento das culturas
excede os 25ºC (24 a 26ºC). A evapotranspiração potencial é da ordem dos 1400 a 1600 mm.

O distrito é atravessado por 4 rios principais de regime periódico. Nas proximidades da Baía de
Pemba existem algumas bacias de água devido à impermeabilidade de alguns solos e às
variações de profundidade dos seus leitos.

É caracteriza-se pelos seus solos arenosos, lavados a moderadamente lavados,


predominantemente amarelos a castanho-acinzentados, quer seja os da cobertura arenosa do
interior (Ferralic Arenosos), quer seja os das dunas arenosas costeiras (Haplic Arenosos), e
ainda pelos solos da faixa do grés costeiro, de textura arenosa a franco argilo arenosa de cor
predominantemente alaranjada (Ferralic Arenosos). Os solos arenosos hidromórficos de
depressões e baixas ocorrem alternados com as partes de terreno mais elevadas (Gleyic
Arenosos).

Figura 03 – Clima e Solos do Distrito de Pemba. Fonte: Autor (com base nos dados de CENACARTA).
3.6. Enquadramento Geológico

A geologia do distrito de Pemba é basicamente composta por diferentes tipos de solos com
maior destaque para: arenito, argilas aluviões e rochas carbonatadas, isto confere-lhe um grande
potencial na ocorrência de Calcários e outras rochas de natureza sedimentar ao longo da costa.

Com mostra a figura 04, em Cabo Delgado, ocorrem rochas sedimentares, igenas e
metamórficas, portanto, no distrito de pemba predominam grés e argilito intercalados, (cerca de
50% da área total do distrito) da Formação de Pemba (do período Cretácico1 ), seguindo-se os
gnaisses graníticos a tonalítico da Formação de Meluco do Mesoproterozoico2 . (20%), ambos
localizados no interior do distrito. Na zona litoral predominam rochas do Quaternário,
nomeadamente aluviões recentes que ocupam aproximadamente 10% da área do distrito,
lamelas de areias com cascalhos locais e uma associação de areia inconsolidada, arenito e
conglomerado.

Figura 04 – Geologia do distrito de Pemba (Cabo Delgado). Fonte: Autor (com base nos
dados de CENACARTA).
3.7. Hidrogeologia local

De acordo com Ferro & Bouman (1987) ocorrem condições de água subterrânea relativamente
pouco profundas sob o local de estudo com diferenças evidentes nos níveis de água, o que é
atribuído à presença de lentes de silte e argila desenvolvidas localmente. Com base nas
informações geológicas disponíveis, as indicações são de que não há nenhuma camada
confinante omnipresente, a separar um aquífero pouco profundo de um aquífero mais profundo.

Em Cabo delgado, a água subterrânea ocorre em calcários (rochas carbonaticas), onde a água
pode ser muito dura deivido a presença de iões de cálcio e magnésio,e com risco de intrusão
salina nos furos da península de Pemba. Os aquíferos nos carbonatos mais recentes do litoral
são, potencialmente, mais productivos, com rendimentos específicos de 0.53 a 3.3m3/hr/m.
Contudo, estes aquíferos pouco profundos são tipicamente mais mineralizados e (com
concentrações de Sólidos Dissolvidos Totais (SDT) superiores a 1,000 mg / l), e são
considerados vulneráveis a intrusão de água salina, sendo relatado como tendo ocorrido em
algumas áreas, como resultado do excesso de abstração (Ferro & Bouman, 1987; Steyl & e
Dennis, 2009).

4. Contextualização
De acordo com declarações cedidas por Adriano Bata (2018), a água abastecida neste Município
provém do campo de furos de Metuge, através de um sistema por gravidade com uma conduta
adutora9 (localizada ao longo das estradas) de cerca 50 quilómetros de extensão (vide em anexo
1 o mapa da rede de abastecimento de água ao Município de Pemba). Salientar que esta rede
cobre, irregularmente, 70% dos bairros deste Município.
Com uma tubagem dos anos oitenta (os bairros urbanos) e noventa (bairros suburbanos), o
sistema de abastecimento de água esta a registar problemas de rotura do sistema devido ao
excesso do número de consumidores e de potência de distribuição. Para tratamento da água é
usado o cloro visto que o sistema de captação é subterrâneo.
Com cerca de 4557 consumidores e 124 fontenários (dos quais 81 encontram-se operacionais)
este Município tem como maiores consumidores os bairros de Ingonane, Natite e Cariacó devido
a densidade populacional e por se localizarem na zona baixa e apresenta como menores
consumidores os bairros do Alto Gingone e a parte alta do bairro Cariacó por se encontrarem em
zonas altas. Salientar que grande parte dos bairros que se encontram na zona alta deste
Município apresentam algumas restrições no fornecimento devido ao sistema de bombagem que
tem se demonstrado ineficaz. Alguns bairros são servidos por poços construídos por material
convencional que ajudam a diminuir a escassez deste líquido (como ilustra a figura a direita).
5. Ocorrência e distribuição das águas subterrâneas

A ocorrência, bem como o volume acumulado e a distribuição da água subterrânea no Brasil, do


ponto de vista da exploração com viabilidade económica ou exploração, se da por meio de
grandes estruturas chamadas Províncias Hidrogeológicas definidas a partir da combinação das
estruturas geológicas com factores geomorfologicos e climáticos, cujas reservas de água
subterrânea possuem condições semelhantes de armazenamento, circulação e qualidade de água.
Com essa combinação, foi possível configurar de Províncias Hidrogeologicas para todo o Pais,
nomeadamente: Complexo de B as e (Pré -Câmbrico), Terrenos vulcânicos (Karoo e Pós
-Karoo), Bacia Sedimentar do Médio Zambeze (Karoo), Bacia Sedimentar de Maniamba
(Karoo), Bacia Sedimentar do Rovuma (Meso-cenozóico), Bacia Sedimentar de
Moçambique , a Norte do Save (Mesocenozóico) e Bacia Sedimentar de Moçambique , a
Sul do Save (Meso-cenozóico), conforme mostra a Fig. 1.

Os aquíferos de cabo Delgado enquadram-se na Província Hidrogeológica da “Bacia


Sedimentar do Rovuma” A hidrogeologia da Bacia Sedimentar do Rovuma, é mal
conhecida, excepto na zona litoral, à volta das principais cidades e povoações. As
perspectivas relativas, às águas subterrâneas são limitadas devido a predominância de
margas, mais ou menos impermeáveis, contendo águas salobras. O s aquíferos mais
produtivos da zona litoral correm riscos de salinização. As áreas mais favoráveis estão
limitadas a parte Norte da Bacia e aos vales aluvionares, especialmente na zona de
contacto entre as formações da Bacia Sedimentar e as de Complexo de Base.

A figura 05 mostra os principais pocos, furos e nascentes de reservatórios de água subterrânea


em Cabo Delgado viáveis para abastecimento de água na cidade de Pemba são: aquíferos de
Metuge, Marringanha (com risco de intrusão salina), de chuiba (água dura).
Figura 04 – Ocorrência e Exploração da água subterrânea em Pemba - Cabo Delgado. Fonte:
Autor (com base nos dados de CENACARTA).

5.1. Volume de água a ser explorada

De acordo com Bouma e Ferro (1987), O abastecimento de água subterrânea da nascente de


Metuge tem capacidade actual de cerca de 12 000 m3/dia e com a extensão poderá ser 18 000
m3/dia, aumentando total de água para 30 000 m3/dia.

O volume total de água subterrânea existente no país que e de 112.311 Km 3, corresponde a 112,
3 quatrilhões de litros. Este valor, considerando o consumo diário de 240 litros/pessoa e a
população local, de 180 milhões, daria para abastece-la por 7.122 anos. Logicamente, isto e
impossível do ponto de vista hidrogeologico, pois implicaria na retirada total de toda água dos
sistemas aquíferos o que, além de inconcebível pela tecnologia hoje existente, provocaria uma
catástrofe de ordem geológica em decorrência da formação de um grande espaço vazio
originado pela retirada da água.
5.6. Exploração e uso da água subterrânea
5.6.1. Pesquisa de águas subterrâneas

De acordo com Bouçam e Ferro (1987), as investigações relativas às águas subterrâneas, irá
definir a localização de sondagem ou planear novos campos de furos, podem incluir estudos de
Gabinete, compreendendo a recolha e analise de: dados existentes, estudos prévios (mapas,
levantamentos geológicos, interpretação de fotografias aéreas ou imagens de satélites,
levantamentos geofísicos, sondagens de pesquisa e ensaios de furos). A complexidade do
terreno, a distribuição dos aquíferos, caudal exigido, a recarga e a disponibilidade dos fundos,
tempo, pessoal, equipamentos e conhecimentos, são factores importantes que determinam a
selecção das investigações mais indicadas.

5.6.2. Mecanismos de exploração de águas subterrâneas em Moçambique

Segundo Bouçam e Ferro (1987), os mecanismos mais comuns de exploração de águas


subterrâneas são:

 Os poços escavados;
 Aos furos;
 Captações de nascentes; e
 Galerias de infiltração.

Os parâmetros hidrogeológicos que determinam a escolha do tipo de construção são: a


profundidade em que se encontra os lençóis freáticos e o aquífero, a espessura e a extenso do
aquífero, o rebaixamento máximo aceitável do nível do aquífero e as potencialidades da
formação aquífera. A exploração com viabilidade económica ou exploração da água subterrânea
esta condicionada a factores quantitativos, qualitativos e económicos, o que tem determinado
uma evolução no aproveitamento desse recurso ao longo do tempo, acompanhando a própria
evolução da humanidade. Seu uso crescente se deve ao melhoramento das técnicas de
construção de poços e dos métodos de bombeamento, permitindo extracção de água em volumes
e profundidades cada vez maiores e possibilitando, assim, o suprimento de água das cidades,
industrias, projectos de irrigação, etc. (Leal, 1999; Borghetti Et Al„ 2004).

O maior volume de água ainda e, todavia, é destinado ao abastecimento publico. Importantes


cidades do Pais dependem integral ou parcialmente da água subterrânea para abastecimento.
Utiliza-se Para fins Industrias, propriedades rurais, escolas, hospitais e outros estabelecimentos
utilizam, com frequência, água de poços profundos.
6. Conclusão
A exploração das fontes subterrâneas de águas é deve ao escassez da água nas fontes
superficiais devido ao crescimento populacional, bem como a rápida expansão geográfica da
zona urbana sem o devido acompanhamento pelo sistema formal de abastecimento de água,
em Moçambique (em Geral), vários núcleos urbanos abastecem-se de água subterrânea de forma
exclusiva ou complementar constituindo o recurso mais importante de água doce. Industrias,
propriedades rurais, escolas, hospitais e outros estabelecimentos utilizam, com frequência, água
de poços profundos. Em Cabo Delgado, a água subterrânea ocorre em calcários (rochas
carbonaticas), onde a água pode ser muito dura deivido a presença de iões de cálcio e magnésio,
e com risco de intrusão salina nos furos da península de Pemba. Na cidade de Pemba em
particular, o abastecimento de água tem como fonte, os aquíferos de Metuge, com capacidade
actual de cerca de 30 000 m3/dia. os mecanismos mais comuns de exploração de águas
subterrâneas são: poços escavados, furos, Captações de nascentes, e Galerias de infiltração.

7. Referências bibliográficas
Feitosa, F. A. C.; Manoel Filho, J. 1997. Hidrogeologia: conceitos e aplicacoes. Fortaleza:
CPRM LABHID-UFPE, 412 p.
Muiuane, E. (2005). The Quality of Groundwater in and around Maputo city, Mozambique.
Department of Geology, Eduardo Mondlane University. Acedido em: 08de Julho, 2021 em:
http://www.waternetonline.ihe.nl/downloads/uploads/symposium/zambia-
2007/water%20and%Society/Muiuane.pdf.
Tundisi, J. G. (2003). Ciclo hidrológico e gerenciamento integrado. Ciência E Cultura, 55(4):
31–33.
Millon, M. M. B. (2004). Águas Subterrâneas e Política de Recursos Hídricos. Estudo de Caso:
Campeche. Dissertação de mestrado em Engenharia de Produção. Programa de Pós-Graduação
em Engenharia de Produção, UFSC. Florianópolis - SC. 101pp.

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