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PROSPECÇÃO

GEOQUÍMICA
Métodos
Tratamento de dados
Interpretação dos
resultados

Universidade Lurio, Faculdade de


Engenharia-Pemba

Geologo: Desejo Mechequene n


Introdução

Métodos de Exploração Mineral



Métodos Diretos
🞄Mapeamento geológico
🞄Sondagens
🞄Trincheiras
🞄Poços

Métodos Indiretos
🞄Sensoriamento Remoto
🞄Prospecção Geoquímica
🞄Prospecção Geofísica
Introdução
A prospecção geoquímica (exploração
geoquímica) é uma aplicação da geoquímica na
exploração mineral.

A geoquímica trata da distribuição e da


migração dos elementos químicos dentro da
terra, no espaço e no tempo (B.H.Maison,1917).

Baseia-se no conceito que os depósitos


minerais representam concentrações anômalas
de elementos na crosta terrestre em contraste
com as encaixantes com teores normais.
Prospecção Geoquímica

A Prospecção Geoquímica é o método baseado na


medição sistemática de uma ou várias propriedades
químicas de materiais naturalmente formados, como
rochas; solos; sedimentos glaciais, de rios, lagos; água.
Prospecção Geoquímica
1° - Seleção dos
na capacidade do
métodos, dos elementos
laboratório disponível e
de interesse, da
na investigação
sensibilidade e a
preliminar ou nas
precisão necessárias e
experiências com áreas
da rede de amostras. As
parecidas.
seleções se tomam com
base nos custos, nos
conhecimentos
geológicos,
Etapa de prospeccao

2° - Programa de amostragem preliminar, que


inclui análises imediatas de algumas amostras
tomadas na superfície e em várias profundidades
no subsolo para estabelecer as margens de
confiança e para avaliar os fatores.
3° - Análises das amostras no terreno e em
laboratório, incluindo análises por meio de vários
métodos.
4° - Estatísticas dos resultados e evolução
geológica dos dados.
5° - Confirmação de anomalias aparentes,
amostras canalizadas em áreas menores (rede de
amostras com espaçamento curto), análises das
amostras e avaliação dos resultados.
6° - Investigação cruzando informações de
amostras e análises adicionais e amostras tomadas
na etapa anterior.
7° - Confecção do Mapa de Anomalia Geoquímica, com
a determinação dos campos com isoteores.

Os Principais Métodos Geoquímicos


utilizados na Pesquisa Mineral são:
Sedimentos de Corrente;
de Solo (Pedogeoquímica);
 de Rocha (Litogeoquímica);
de Água ou;
concentrado de Batéia.
Porque é importante?

Medidas de propriedades químicas de


materiais naturais: rocha, solo, sedimento de
corrente, concentrado de minerais, águas,
vegetação, poeira, gases

O que medir?

Teores, pH, Eh, condutividade elétrica


Métodos e
objetivos
Um dos objetivos principais da exploração
geoquímica é a identificação de depósitos
minerais, particularmente os não aflorantes;

Os diferentes métodos de exploração


geoquímica estão embasados na possibilidade
de amostragem e análise de diferentes
materiais: rocha, solo, sedimento de drenagem,
água, vegetação, gases, minerais;
PROSPECÇÃO
GEOQUÍMICA

PRINCÍPIOS
GEOQUÍMICOS
Ambiente
geoquímico
Terra corresponde a um sistema dinâmico >
materiais são movimentados de um local para
outro, mudando de forma e composição;

Fusão, cristalização, erosão solução


precipitação, vaporização , e ,
radioativo decaimento
continuação

Dois grandes ambientes:

Ambiente profundo > hipógeno ou


primário (T e P altas, circulação restrita de
fluidos e baixo teor de oxigênio livre)

Ambiente superficial > supérgeno,


secundário ou exógeno (T e P baixas,
movimentação livre de soluções e pela maior
ou menor quantidade de oxigênio livre, água e
CO2
Dispersão e ciclo geoquímico

O processo no qual os íons e partículas


movem
se para novos e ambientes
geoquímicos
locais é de dispersão
chamado geoquímica

Toda dispersão ocorre em um sistema aberto e


dinâmico onde os materiais geológicos são
submetidos a mudanças de quimismo, T, P,
tensões e outras condições físicas
Dispersão e ciclo
geoquímico
As rochas ou minerais e os grãos ou íons neles
contidos, estáveis em um determinado
ambiente, são liberados e dispersos, tanto pela
ação de processos químicos quanto físicos

A dispersão pode ser resultado da ação de


agentes mecânicos ou químicos e/ou
bioquímicos
Dispersão e ciclo
geoquímico
A dispersão pode ser profunda ou superficial e
primária ou secundária se ocorrer durante a
formação de um depósito mineral ou em
estágio tardio

A dispersão primária inclui todos os processos


que conduzem ao posicionamento de
elementos durante a formação de um depósito
mineral, não importando o modo como o
depósito tenha se formado
Dispersão e ciclo
geoquímico
A dispersão secundária aplica-se à
redistribuição das feições primárias por
qualquer processo posterior, geralmente no
ambiente superficial

O prospector procura traços dos elementos


químicos que tenham se dispersado a partir de
corpos mineralizados
Classificação geoquímica dos
elementos

Siderófilos - Fe
Calcófilos - S
Litófilos - SiO4
Atmófilos - gases na atmosfera
Biófilos - organismos vivos
Elementos indicadores e farejadores

Elemento indicador > objetivo de detectar um


corpo de minério
Elemento farejador (pathfinder) >
elemento associado a mineralização em
concentração mais baixa usado para
detectar corpos de minério

A característica essencial para o elemento


ser considerado farejador: relacionamento
consistente com a mineralização
Halos geoquímicos
Rochas encaixantes, formações
inconsolidadas, vegetação, águas superficiais e
subterrâneas podem revelar a presença de um
depósito mineral > teores anormalmente
elevados ou baixos dos elementos químicos
que compõem a mineralização ou a alteração
associada e denomina-se halo geoquímico.

A origem do halo geoquímico está


relacionada com os processos de formação do
depósito mineral (halo geoquímico primário)
ou de sua destruição supergênica (halo
geoquímico secundário)
Outras definições

Elemento raro: raramente expressos como


minerais (teores inferiores a 1ppm), Hg, I,
Bi....
Elementos menores: formam minerais
isolados, Zr, Ti, Cr...
Elementos traço: baixo teor,
mobilidade geoquímica
Elementos dispersos: não são expressos como
minerais, Ga, Hf...
PROSPECÇÃO
GEOQUÍMICA

AMBIENTES GEOQUÍMICOS
Ambiente Hipogênico
Halos Geoquímicos Primários - HGP: zonas que
circundam os depósitos minerais e que podem
ser enriquecidos ou empobrecidos em vários
elementos
HGP e zonas de alteração das encaixantes
são geneticamente relacionadas com a
mineralização
Interpretação dos GP
Contemporânea ou quase a deposição da
mineralização e canga > rarefação na
composição dos fluidos e das soluções na
sua migração lateral e vertical pelo conduto
principal.
Os diversos “envelopes” seriam devidos aos
vários pulsos ou oscilações do quimismo do
fluido alterador/mineralizador. As zonas
mais externas seriam as mais antigas.
Hipóteses
Zonalidade dos HGP
Na estrutura dos HGP existem: zonalidade
axial (expressa na direção da movimentação
dos fluidos mineralizadores), zonalidade
longitudinal (reflexo da estrutura do halo) e
zonalidade transversal (expressão da estrutura
do halo, ortogonalmente à elongação)
Zonalidade dos
HGP
Zonalidade dos
HGP
Ambiente Supergênico
Halos geoquímicos secundários HGS:
relacionados a destruição de um depósito
mineral sob condições supérgenas, formando
zonas que o circundam e que são enriquecidas
ou empobrecidas em vários elementos
químicos

As características dos modelos de dispersão


são conseqüência da atuação de uma série
de processos dinâmicos
Modelos de dispersão
superficial

Classificação baseada: tempo de formação em


relação a matriz; modo de formação
Singenéticas: feições introduzidas e
depositadas ao mesmo tempo que a matriz
Epigenéticas: introduzidas na matriz após a
sua formação
Matriz: material que dá suporte físico à
anomalia(solo, rocha, água ou vegetal)
Classificação de feições
Clásticas: quando a dispersão é feita
basicamente por partículas sólidas
em movimento
Hidromórficas: quando o agente dinâmico
são soluções aquosas com carga iônica
Biogênicas: quando a movimentação é o
resultado da atividade biológica
Modelos singenéticos

Os modelos singenéticos clásticos: o solo


residual, colúvio e os sedimentos
aluvionares.
Nos sedimentos das drenagens os modelos
clásticos são resultado da erosão e do
transporte aluvial de coberturas de solo,
ricas em metais
Anomalia singenética clástica
Modelo singenético
hidromórfico
A carga em solução das águas subterrâneas e
superficiais produz um outro tipo de feição de
anomalia singenética, só que a matriz é a própria
água.
Modelo singenético biogênico
As anomalias fitogeoquímicas são singenéticas,
já que são formadas contemporaneamente com o
crescimento dos vegetais.
Modelos Epigenéticos

Epigenéticos hidromórficos: as feições


resultantes são superpostas nas
feições originalmente presentes na
matriz
Modelos Epigenéticos

Epigenéticos biogênicos: uma certa fração da


matéria mineral liberada pela decomposição
de um ser vivo pode vir a ser retida no solo
INTEMPERISMO
Conceito: processos que promovem a
decomposição e desintegração das
rochas próximos a superfície terrestre
A ação desses processos modifica os padrões
de dispersão primária e novos modelos de
dispersão são formados
Processos de
intemperismo
Intemperismo Físico
Intemperismo Químico
Intemperismo Biológico
Os processos do intemperismo são seguidos
por um conjunto de processos de formação
do solo, erosão, transporte e sedimentação,
todos eles abrangidos pelo ciclo geoquímico
superficial
Intemperismo
físico
Termofracção
Gelifracção
Cristalização de
sais
Alívio de pressão
Intemperismo
químico
Hidrólise e hidratação
Oxidação
Redução
Carbonatação
Dissolução
Troca de íons
Intemperismo
biológico
Os processos orgânicos, além de constituírem
o principal fator genético na formação do
solo, desempenham um papel significativo
na decomposição e no intemperismo.
Fatores que interferem nos
processos de intemperismo
Resistência dos minerais aos processos de
intemperismo
Textura da rocha
Clima
Topografia e condições de drengem
SOLO
Definição: corpo natural de constituintes
orgânicos e minerais, diferenciados em
horizontes de espessura variáveis, que
diferem entre si na morfologia, composição
física, propriedades e composição química e
características biológicas
SOLO

Os solos são organizados em camadas


> horizontes do solo
Espessura variável
Perfil do solo
Horizontes A, B, C
A: lixiviação parcial > eluviação
B: zona de acumulação > iluviação
SOLO
SOLO

Solos azonais: horizontes incipientes, perfis


imaturos: litosolos, regosolos, solos
aluviais.
Solos zonais: perfil maturo, características
determinadas pelo clima e vegetação:
podzol, chernozem, latosolo, solos
desérticos.
Solos intrazonais: influenciados por condições
locais: gley, salinos
ANOMALIAS
GEOQUÍMICAS

Anomalias no ambiente
supergênico
Terminologia
Sobrejacentes – feições desenvolvidas diretamente
sobre a fonte.
Deslocadas – feições localizam-se sobre litologias
estéreis
Intensas – teores crescem e produzem picos bem
marcados.
Difusas – teores dispersos.
Homogêneas – distribuição regular dos teores.
Heterogêneas – irregular.
Classificação quanto a formação
Clásticas – dispersão das partículas sólidas
(singenéticas). A forma depende do meio
onde ocorre a dispersão. Gravidade, gelo,
água, vento.
Hidromórficas – singenéticas ou epigenéticas,
resultado da ação de soluções aquosas
transportadas por águas superficiais ou
subterrâneas.
Classificação quanto a formação

Biogênicas – singenéticas ou epigenéticas,


resultado da atividade biológica.
Anomalias de cobertura
residual

Singenéticas – os solos residuais tendem a


manter padrões que refletem as condições
da rocha subjacente.
Anomalias nas rochas intemperizadas e nos
solos residuais têm sido utilizadas com
sucesso como guias para mineralizações não
aflorantes.
São governadas por fatores físicos e químicos.
Modo de ocorrência
elementos
dos
Como componentes de minerais resistatos (Sn,
W, Nb, Au).
Iônica (Au).
Ligados a argilo-minerais ou óxidos e
hidróxidos de Fe, Mn e Al, matéria
orgânica.
Intensidade e contraste das
anomalias
O contraste tende a refletir o contraste
primário entre a mineralização e as
encaixantes.
A maior intensidade tende a ocorrer sobre
a mineralização.
Intensidade de intemperismo, maturidade
do perfil de solo e a topografia podem
perturbar essa relação.
Variações com profundidade
e tipo de solo
Em solos imaturos, metais como Cu, Pb e Zn,
tendem a enriquecer no húmus.
Em solos maduros, acumulam-se no
horizonte B e empobrecem no A.
Latossolos: enriquecimento no B.
Anomalias
epigenéticas
Muitas são formadas pelo afloramento do
lençol freático na base das vertentes, onde
ocorre a quebra da topografia. (seepage
ou surgência). São de difícil interpretação.
Anomalia na cobertura
transportada

Em colúvios (nas encostas e que resultam


de rastejos ou fluxo de detritos) e alúvios
(ao longo das drenagens).

Singenéticos. Alongadas na direção do


movimento. Maior concentração próximo a
fonte. O teor aumenta com a
profundidade.
Epigenéticos.
MÉTODOS DE PROSPECÇÃO
GEOQUÍMICA

Litosfera
Pedosfera
Hidrosfera
Atmosfera
Biosfera
MÉTODOS DE PROSPECÇÃO
GEOQUÍMICA
Propósito: diminuir progressivamente o
tamanho da área de pesquisa aonde pode
estar localizado um corpo de minério, antes
da fase de prospecção direta.
Obter a máxima probabilidade de descoberta
de um depósito de minério ao custo mais
baixo possível
MÉTODOS DE PROSPECÇÃO
GEOQUÍMICA

Um programa de exploração geoquímica


compreende as seguintes fases:
Planejamento
Amostragem
Análises químicas
Interpretação
Follow up
Definições de
áreas

Região: > 5.000 km2


Distrito: 500-5.000 km2
Área: 5-500 km2
Alvo: < 5 km2
Tipos de trabalhos de
exploração geoquímica

Exploração regional
Exploração local e de
mina
Exploração em escala
regional
A seleção de uma região quando a exploração
geoquímica é utilizada: sedimentos de
corrente com baixa densidade de
amostragem (1/200 km2)
A presença de mineralizações conhecidas e
condições geológicas favoráveis servem de
guia para seleção de um distrito
Exploração em escala
regional
Sedimentos de corrente com densidade de
1/ 5-20 km2 são adequados para definição
de distritos
Os trabalhos de reconhecimento são os
primeiros passos do programa de exploração
geoquímica em um dado distrito para escolher
uma área para trabalhos subsequentes. Não há
o objetivo de identificar um corpo de
minério.
Exploração em escala
regional
Reconhecimento: trabalhos em drenagens
com densidade de 1/3-6 km2 (determinação
múltipla de elementos)
Quando existe grande exposição de
rochas pode ser usado a litogeoquímica:
1/5 km2
A escolha dos elementos a serem analisados
dependerá das condições de geologia e
ambiente geoquímico
Exploração em escala local e
de mina
Para seleção e identificação de alvos.
Objetivo > definir mineralizações a partir
de anomalias de elementos individuais ou
combinação de elementos
A amostragem depende do tipo de
mineralização. Sulfetos maciços tem
auréolas de alteração de centenas de
metros de extensão; veios estreitos tem
poucos metros
Exploração em escala local e
de mina

Sedimentos de corrente: 1/30-300 m ao


longo da corrente > alvo
Alvo > encontrar a localização aproximada da
zona mineralizada e definir a extensão da zona
mineralizada >> solo e rocha; a malha pode
ser grande inicialmente sendo reduzida no
detalhamento
PROSPECÇÃO LITOGEOQUÍMICA

Métodos baseados na análise de rocha,


minerais separados das rochas e de
halos primários e dos leakage halos
Escala regional (reconhecimento)
Escala local
Definir províncias geoquímicas cujas rochas
contenham teores anômalos de
determinados elementos
PROSPECÇÃO LITOGEOQUÍMICA

Efetividade do método depende:


Tipos de depósitos
Afloramentos
As rochas precisam claramente
ser distinguidas
Aspectos gerais

Intrusivas graníticas: Sn > dep Sn, W; Mo, Cu


> dep Cu-Mo; U > dep pegmat, segreg. U
Intrusivas básicas: Ni, Pt, Cr > dep Ni, Pt, Cr
Sedimentares: Cu > dep Cu
Alguns depósitos (veios, sulfetos maciços) não
apresentam reflexos nas litologias.
Muitas vezes amostragem em uma
única dimensão pode mascarar essas
variações
Muitas vezes é interessante conhecer-se
o papel de determinadas rochas: fonte ou
receptáculo para as mineralizações
Trabalhos regionais amostrando os leakage
halos são mais específicos para localizar
cinturões minerais do que aqueles baseados
na amostragem das rochas em geral.
Trabalhos de detalhe podem ser baseados
em leakage halos ou enveloping halos : chips
da rocha total ou pedaços de testemunho;
separação de minerais
Em geral os trabalhos são caros e
necessitam integração com mapeamento
geológico e levantamentos geofísicos
Interpretação dos resultados, particularmente
indicações de presença ou proximidade de
mineralizações e corpos de minério, é
baseada em princípios matemáticos de
acréscimo, decréscimo ou constância de
teores, razões elementares simples ou
múltiplas, produtividade linear. Mapas de
contorno em duas ou três dimensões são os
melhores resultados, principalmente na
previsão dos corpos de minério.
Princípios
operacionais
A densidade de amostragem deve ser ditada
pelas necessidades das respostas
geoquímicas nas diferentes escalas de
trabalho e da fase de exploração
Onde existe material a ser amostrado, a
decisão da escolha do material deve ser
seguida pela compreensão dos processos de
dispersão envolvidos
Princípios
operacionais
A escolha dos elementos a serem analisados,
são ditadas pela natureza dos alvos e dos
processos de mineralização
As técnicas analítica precisam ser apropriadas
ao nível de concentração esperado e ao sítio
mineralógico do elemento escolhido
Princípios
operacionais
Pequenas variações na composição das
rochas causam variações na composição
química (traços, menores) >> anomalias
As dificuldades de determinação de valores
absolutos de background para um
determinado elemento precisam ser
avaliadas; reconhecer padrões espaciais,
enriquecimento e depleção relativos, uso de
técnicas interpretativas c/ multi-elementos
Prospecção geoquímica de
solo
A amostragem e análise de solos residuais
é uma das técnicas mais utilizadas
Rocha mineralizada > solo
teremos alguma feição química
representada
Quando usada adequadamente torna-se
uma ferramenta extremamente confiável
Análise de solo, resíduos intemperizados,
materiais de geleiras
Prospecção geoquímica de
solo
Exploração em escala regional > definir
zonas ou cinturões contendo depósitos
minerais
Escala de detalhe > desvendar
depósitos individuais
São empregados em praticamente todos tipos
de climas e terrenos
continuação

A amostragem pode ser aplicada a qualquer


horizonte de solo e qualquer profundidade
Análise total de solo, análise de fases
separadas (minerais pesados,
componentes orgânicos, ou material
lixiviado)
Podem ocorres espessas coberturas de
depósitos; glaciais, lateritas, sedimentos
recentes > amostragem horizonte
basal
Malha de
amostragem
A seleção do padrão de amostragem é
determinada pelo tamanho e forma do
alvo
Malhas regulares, com coleta de amostras em
intervalos regulares ao longo das linhas
regularmente espaçadas
Linha base deve ser paralela à estrutura
mineralizada. Ortogonais a ela e a intervalos
regulares devem ser implantadas as linhas de
amostragem de tal forma que no mínimo
duas interceptem a anomalia
Malha de
amostragem
As estações de coleta ao longo das linhas
devem ser espaçadas de tal modo que no
mínimo duas amostras se posicionem dentro
de cada anomalia importante.
No caso de dúvidas quanto a forma e
dimensões da anomalia a malha quadrada
é recomendada.
Malha de
amostragem
Recomendações de dimensões de
malhas:
Escala Int. perfis Int. amostras
1:1.000.000 12 a 18 km 100 m
1: 500.000 6 a 4 km 100 m
1: 200.000 2 km 100 a 50 m
1: 100.000 1 100 a 50 m
km 50 a 40 m
1: 50.000 0,5 km
continuação

Escala Int. Int. amostras


perfis 40 a 20 m
1:25.000 250 a 200 m 20 a 10 m
1: 10.000
5.000 100 m
50 m 20 a 10
1: 2.000 20 m m
1: 1.000 10 m 10 a 5
m
5m
continuação
Kreiter (1968) recomenda adotar não menos
do que uma estação de amostragem a cada 1
cm2 de carta (1/4 km2 em escala 1:200.000)
O uso de GPS auxilia na locação dos pontos
de amostragem
Recomenda-se a execução de trabalhos
orientativos
Trabalhos
orientativos
Realizado para obter informações para
planejamento e execução de rotinas de
trabalho
Maximizar os contrastes das anomalias
significativas e minimizar o número de
falsas anomalias, a baixo custo
Depósitos conhecidos
Trabalhos
orientativos
Deve ser realizado em local que expresse as
características geológicas do local a ser
prospectado
Solos residuais:
Seção vertical ao longo do perfil do solo,
transversais ao corpo de minério
esperado, repetindo-se o procedimento
em áreas de background
Trabalhos
orientativos
Log de detalhe dos poços, com coleta de
amostras de canais
80 mesh ou 100 mesh
Fatores a serem analisados:
contraste, indicadores, natureza do solo,
profundidade de amostragem,
granulometria, tamanho da amostra,
método analítico, parâmetros da anomalia....
Trabalhos
orientativos
Planilha deve conter: Localização, amostrador,
data, descrição do local, método de análise,
analista
Horizonte prof. Amostra elementos
Solos transportados: natureza do material,
mecanismo de dispersão, profundidade
adequada de amostragem
Contaminação
Operacionalização

Malha
Amostragem
Locação e identificação
Preparação das amostras e
análises
Procedimentos para interpretação:
mapas de dados
mapas de interpretação
Prospecção hidrogeoquímica

Amostragem d´água e seus precipitados


Água superficial, subterrânea, fontes
Análise de fases sólidas da água, neve e
gelo
Eh e pH
Prospecção hidrogeoquímica
Os métodos de prospecção hidrogeoquímica
estão baseados na descoberta de halos de
dispersão secundária de corpos mineralizados
na água, estudando a hidrodinâmica
superficial e subterrânea, bem como as
condições hidrogeológicas e paleo-
hidrogeológicas da formação e destruição de
corpos mineralizados
Vantagens

1- possibilidade de detectar ocorrências


minerais não aflorantes
2- mostram halos de dispersão primária
de grande extensão
3- é necessária uma pequena quantidade
de amostras para a detecção dos halos de
dispersão
Malha de
amostragem
Dependem da escala e da
geológica: simples
complexidade M complexa
1:200.000 0,1 0,15 0,25 /
1:100.000 km2
0,8
0,5
1:50.000
1:25.000 1,4
3,0 3,5 1,00
4,0
1,7 de
1:10.000 todos os pontos 2,0
descarga d´água
Importante para
interpretação
1- determinação do teor de fundo dos
elementos indicadores e seus valores
anômalos
2- determinação da composição aproximada
dos corpos mineralizados e das anomalias
hidrogeoquímicas
elucidação das natureza das anomalias
descobertas
Elementos
indicadores
Polimetálicos: intensamente oxidados - Pb, Zn,
Cu, As, Mo, Ni, Ag, Cd; levemente oxidados -
Pb, Zn, As, Mo, Ni, Sb, Se, Ge
Ouro: int. oxidados - Au, Ag, Sb, As, Mo, Se,
Pb, Cu; lev, oxidados - Ag, Sb, As, Mo, Zn,
Ni, Co
Berílio-Fluorita: i.o - Be, F, Li, Rb, W; l.o - Be,
F, Li
Continuação
O limite inferior dos valores anômalos para a
maioria dos elementos indicadores no halo
geoquímico de mineralizações, situa-se no
intervalo entre a média mais 1,3 e 1,6
desvios- padrão(Goleva, 1965)
Técnicas de amostragem de
água de drenagem

O amostrador deve ficar de frente para a


cabeceira da drenagem para evitar
contaminações da amostra no momento da
coleta, e se posicionar no centro do canal da
drenagem, onde o fluxo de água seja
constante
Lavar as mãos com a água corrente
da drenagem
continuação

Abrir o recipiente e lavá-lo duas ou três


vezes com a água corrente da drenagem
Medir o pH da água com papel indicador
Encher o recipiente com água
Se for o caso, adicionar acidulante para
manter os elementos em solução até a
chegada ao laboratório
continuação
Preencher a ficha de campo utilizando os
códigos estabelecidos e anotando
qualquer anormalidade
Identificar a estação de amostragem no
campo
Se medir Eh, evitar contaminação com
o oxigênio atmosférico
Sedimentos de
corrente
Muito utilizada nas etapas iniciais
de exploração geoquímica
Sedimentos de corrente ou drenagem
são aqueles materiais não consolidados,
distribuídos ao longo das drenagens.
Esse material representa a bacia a
montante.
Sedimentos ativos.
Sedimentos inativos (desmoronado das
margens, densidade elevada depositado junto
a obstáculos naturais, marginais a corrente
principal).
Padrões de
amostragem
Depende do objetivo.
Densidade de uma amostra 100-200 km2
(reconhecimento de uma área)
Uma amostra a cada 10-20km2, adensamento
de áreas anômalas.
Uma amostra a cada 0,5 km2. Informações
de detalhe.
Quanto maior o detalhe maior o número
de amostras a coletar.
Em geral, 250g de material fino.
Concentrados de
bateia
Técnica muito empregada nos trabalhos
iniciais.
Obtenção de um concentrado a partir
dos sedimentos de corrente:

Análise de teores.

Contagem de minerais.

Contagem de pintas de Au.


Utilizar volumes constantes de amostragem (5 L, 10 L,
20 L).
Prospeção
biogeoquímica
A prospecção geobotânica é um dos métodos
geoquímicos de exploração mineral e tem o
propósito de detectar halos de dispersão
secundária de corpos mineralizados, por
meio do estudo da distribuição dos
elementos químicos indicadores, presentes
na vegetação
continuação
Existe influência das concentrações minerais
sobre espécies vegetais individuais ou em
grupos?
Alguns elementos químicos são
fundamentais para o perfeito
desenvolvimento das espécies vegetais (macro
e micronutrientes)
Macro: H, O, N, P, S, Cl, C, K, Mg, Ca
Micro: Fe, Cu, Mn, Zn, B, Mo
Vantagens do
método
Uma grande profundidade de investigação
que possibilita a localização de corpos
mineralizados não aflorantes, sob uma
cobertura de até 30m, em razão da profunda
penetração das raízes
A capacidade das plantas de assimilar
elementos químicos que estão presentes
nos solo em quantidades muito reduzidas
Critérios
principais
Teores elevados nas cinzas das plantas - as
plantas agem como concentradoras de
elementos químicos pela assimilação durante
o crescimento
Razões de microelementos presentes nas
cinzas - em algumas áreas a razão entre os
microelementos pode ser mais significativa
que o próprio teor isolado dos elementos
Critérios
principais
Composição, distribuição e distúrbios de
evolução e crescimento de flora - é sabido
que algumas espécies e associações de
plantas são a determinadas rochas > dois
confinadas
grupos de plantas: indicadoras gerais
e indicadoras locais
Feições úteis dos
vegetais
Concentração de espécies indicadoras de
certos tipos de depósito
Concentração de grupos ou
comunidades indicadoras
Alterações nas características morfológicas
e anatômicas das plantas, tais como,
tamanho, deformidades, colorações
incomuns
Tratamento de Dados
Geoquímicos
Objetivo

Mostrar de forma sucinta, os métodos de


manipulação e tratamento de dados geoquímicos por
meio da análise estatística
TRATAMENTO DE DADOS
GEOQUÍMICOS

Introdução / Modelos
Estatística Univariada
- população, distribuição de
histograma,
freqüência, sumário estatístico (média,
mediana, quartis, quantis,...) moda,
Outros Modelos
Referências Bibliográficas
MODELOS

Representação de um processo ou de um fenômeno


natural

objetivo - abstração, simplificação e


organização da realidade
MODELOS

Modelo Matemático: um grupo de regras


formais que definem um relacionamento entre
variáveis, constantes ou parâmetros

1. Modelo determinístico - variável depende de


uma ou mais variáveis independentes, cujos
valores são conhecidos. Por exemplo; Pb e Cd -
mineralização de galena
2. Modelo estatístico - expressões que envolvem
variáveis, parâmetros constantes e uma ou mais
componentes casuais (aleatórias). Por exemplo,
relação dos minerais radioativos (U, Th e K) com a
mineralização de ouro.
ESTATÍSTICA UNIVARIADA

População - representa o agrupamento de todas


as observações que possuem as mesma
características ou que tenham um padrão similar.
Propriedades das amostras
- físicas x químicas

uma população simplesmente representa um


conjunto homogêneo de observações
USOS

🞂 transformar nosso conhecimento físico


um fenômeno
de em
números;
🞂 predição de valores desconhecidos;
🞂 estimar em um grid;
🞂 modelagem da incerteza;
🞂 gerar mapas por simulação para estudos de
sensibilidade;
🞂 otimização amostral.
ESTATÍSTICA UNIVARIADA

Variabilidade:

1. Natural
2. Devido à amostragem
3. Preparação das amostras
4. Variabilidade analítica
ESTATÍSTICA UNIVARIADA

Tabela de freqüência

ordenação de forma lógica


- limites de classes
Organização dos dados
geoquímicos
Intervalos de classe: 6 a 19, e amplitude
constante
usar uma fração do desvio padrão como
amplitude do intervalo de classe (Shaw, 1964
e Sinclair, 1983)
Sturges: k = 1 + 3,3(log10 N), N=quantidade
observações
Organização dos
geoquímicos
dados
Lepeltier (1969)
distribuição normal: Ai = (T/t)/k, T= teor
máximo, t= teor mínimo
lognormal: Ai = log10T - log10t/k
Histogramas: informações visuais da amplitude
dos valores do grupo de dados, das classes de
valores de maior frequência...
Tabela de Freqüência
ESTATÍSTICA UNIVARIADA

Histogramas - representação gráfica de um


conjunto de dados numéricos
ESTATÍSTICA UNIVARIADA
ESTATÍSTICA UNIVARIADA

Box Plot - permite:


1. Detectar valores aberrantes (outliers)

2. Visualizar assimetrias no comportamento

3.Comparar os resultados de diversas variáveis ou


de diversas campanhas de amostragem
ESTATÍSTICA UNIVARIADA
SUMÁRIO ESTATÍSTICO

Medidas de tendência central


um grupo de dados de uma variável continua
pode ser caracterizado por um estimador, um
valor aproximadamente central, ao redor do qual
os outros valores se agrupam.
SUMÁRIO ESTATÍSTICO
n
Média aritmética:
1
m  n
i1 v
i

a média aritmética do conjunto 7,5 7,9 8,1, 8,2


8,7 é

m = 7,5 + 7,9 + 8,1 +8,2 + 8,7/5 = 8,08


SUMÁRIO ESTATÍSTICO

Mediana: dado um conjunto de


valores crescentes, a mediana é definida como:

se n é ímpar, o valor central

se n é par, a média simples dos dois


valores centrais
SUMÁRIO ESTATÍSTICO

Medidas de Posição

Moda - são os conjuntos de valores (classes) que


ocorrem com maior freqüência

quartis, decis, percentis: dividem a


distribuição em partes iguais: 4, 10 e 100
SUMÁRIO ESTATÍSTICO

Medidas de Variabilidade

Amplitude: informa os valores máximos


e mínimos de seu banco de dados (Xmáx e Xmín.)

Desvio Padrão:

  n v  m
1 i
 ( i
)
n
1
SUMÁRIO ESTATÍSTICO

Variância - é uma medida da dispersão


dos valores em torno da média

1  m )2
 2
 n 
i  1 ( vi
unidade de medida ao quadrado = cm2,
%2...
SUMÁRIO ESTATÍSTICO

Medidas de Forma

Coeficiente de assimetria - mede o grau


de achatamento dos dados

usa-se só o sinal: n
1 3  3

🞂+prolongamento da cur va à direita


CS   ( vi  m )  / 
 n i 1

- prolongamento da rva à
cu esquerda
SUMÁRIO ESTATÍSTICO

Coeficiente de variação: CV = /m
medida adimensional, útil para
comparar de amostras cujas unidades podem
resultados
ser diferentes
provê uma indicação do grau de
dificuldade que teremos para realizar
estimativas
🞂 locais simples,
< 1 problema
1-2 alguma com valores
dificuldade extremos,
>2 valores extremos devem gerar grande
dificuldade na estimativa
MODELOS DE DISTRIBUIÇÃO

nFrequentemente usada e é sempre um


compromisso entre a abundância de detalhes
existentes no histograma e a falta de detalhe
do sumário estatístico no modelo de distribuição
MODELOS DE DISTRIBUIÇÃO

Ainda que distribuição provê uma distribuição


completa usando alguns poucos parâmetros
(usualmente dois), ele pode representar
errôneamente a real distribuição dos dados

o histograma cumulativo facilita a


inspeção visual da qualidade do modelo de
distribuição
MODELOS DE DISTRIBUIÇÃO

Gráficos de probabilidade:

os eixos de um gráfico de probabilidade normal


são construídos de forma que a percentagem
cumulativa apresente-se como uma linha reta caso
os dados se comportem segundo uma distribuição
normal
MODELOS DE DISTRIBUIÇÃO

Papel gráfico de probabilidade normal

ordenada - escala aritmética

abcissa - escala em freqüência


acumulada
Por quê?

Para se fazer uma boa estimativa dos dados,


trabalha-se melhor se a distribuição dos dados
está próxima de uma distribuição Gaussiana ou
normal
Valores Extremos x Outliers
Valores extremos:
-valores erráticos que pertencem a solução do
problema e devem ter um impacto significativo
na estimativa.

Outliers:
-Valores normalmente elevados que não são
relevantes para a solução da meta imposta pelo
estudo.
Valores Extremos x Outliers
O que fazer com os valores extremos?

Declará-los valores errôneos e removê-los?

Classificá-los como pertencentes à


outra população?
Estratificação da região?
Utilizar parâmetros estatísticos mais
robustos, que não sejam afetados pela média.
Ex. mediana

Levantar a hipótese de tamanho diferente


da amostra?
Outras Descrições

Descrição Bivariada - relações a duas variáveis -


scatterplots (assimetria), histogramas, regressão
linear, regressão condicional, covariância,
coeficiente de correlação

Descrição Multivariada - análise de componentes


principais, análise fatorial, análise de agrupamento
Outras Descrições

Descrição Espacial - correlogramas,


semivariogramas (variogramas),...

Geração de Mapas - kriging, cokriging,


cross validation,...
Dados geoquímicos
multivariados
A utilização de análises multielementares na
exploração geoquímica exige o uso de
técnicas estatísticas mais sofisticadas.
Análise de Componentes Principais
Análise de Grupamento
Dados geoquímicos
variáveis
como
Variável regionalizada: uma função espacial na
regionalizadas
qual as alterações de valor de uma posição
para outra têm uma certa aparência de
continuidade, de tal maneira que é geralmente
possível representar sua variação por uma lei
matemática extrapolável (Matheron, 1962)
Cartografia dos
geoquímicos
dados
Mapa de pontos
Mapas de símbolos
Perfis geoquímicos
Mapas de isoteores
Superfícies geoquímicas em
3D
Relatório
Geoquímico
Página de rosto
Resumo
Recomendações principais
Sumário
Introdução
Localização e acesso
Histórico da prospecção na
área
Situação legal
Geologia
Geofísica
Ambiente superficial
Métodos de: coleta de amostras, preparação
das amostras, análise química
Métodos de: manipulação dos dados,
preparação dos mapas
Descrição dos resultados: fatos importantes,
interpretação geoquímica
Recomendações detalhadas
Conclusões
Referências bibliográficas
Mapas Geoquímicos –
Construção e Significado
Introdução

Devido à influência que a distribuição


geoquímica dos elementos tem na exploração
mineral, é importante saber onde e como os
mesmos estão distribuídos no seu estado
natural.

Daí a importância da construção de mapas


geoquímicos e sua interpretação.
Evolução Histórica

Nos primeiros mapas os teores eram escritos


abaixo de cada ponto de amostragem;
Evolução Histórica

Depois, cada
teor era
representado por
um símbolo
diferente;
Evolução Histórica

Por último, os
teores estão
sendo
representados por
diferentes
tamanhos de
símbolos,
facilitando a
visualização e a
interpretação.
Evolução Histórica
Atualmente mapas de superfície colorida são
preferidos à mapas de símbolos, em
especial, no caso de geoquímica regional.
Tipos de Dados Geoquímicos

Qualitativos: informações descritivas

Quantitativos: informações numéricas

SemiQuantitativos: informações
mensuráveis porém de interesse limitado
Interpretação
Realizada a partir da interpretação das
informações obtidas do tratamento de
dados.

Assim construímos um mapa geoquímico para


enfim selecionar as anomalias
Construção dos Mapas

Os mapas devem ser visualmente legíveis


e consistentes.

•Os métodos de interpolação, suavização e


apresentação devem ser os mesmos para toda
a área considerada.

•A legenda anexa a cada mapa deve conter


além da área, escala e direção do Norte, e
qualquer informação julgada relevante.
Construção dos Mapas

•Omapa também deve conter o gráfico


de freqüência acumulada dos teores.

Mapas de superfície colorida são geralmente


preferidos à mapas de símbolos, em especial
no caso de geoquímica regional.

Levantamentos geoquímicos baseados numa


malha irregular necessitam cuidados maiores
na interpolação dos dados.
Mapas na Pedogeoquímica
São dois os tipos básicos de mapas geoquímicos:
🞄Os mapas de dados: mostram o posicionamento das
amostras com relação às feições geológicas,
topográficas e de drenagem.

🞄Os mapas de interpretação: incorporam as


representações gráficas, com os teores agrupados.
Mapas em Sedimentos
de Corrente
As amostras de
sedimentos de corrente
representam apenas a
sua bacia de captação,
a montante.
Assim, não podemos
fazer
representações com
o uso de curvas
isoteores.
Cartografia de Dados
Geoquímicos
Os dados geoquímicos são georreferenciados,
assim podemos usar técnicas de visualização
diversas.

Desde mapas simples até modelagens


espaciais.

Mapas de Pontos, de Símbolos, Perfis


Geoquímicos, Mapas de Resíduos, Curvas
de Isovalores, etc…
Construção de Mapas de
Pontos
Representam a distribuição e o Contraste entre
as inúmeras amostras.

Há 2 critérios importantes:

Divisão
🞄 dos Teores

Variação
🞄 dos Diâmetros dos Pontos
Critérios para Divisão dos
Teores
Usar intervalos de teor que separem cada
população pura e as misturas.

Selecionar intervalos de teor que detalhem


cada uma das populações.

Geralmente são construídos por computador,


mas é possível construí-los manualmente a
partir de um gabarito vazado.
Variação do Diâmetro dos
Pontos
Quanto maior a amplitude (variação) dos
tamanhos, melhor será a resolução do mapa.

Como regra geral, o maior raio deverá ser igual


ao espaçamento médio da malha.

Quando ocorrem variações maiores nas


variáveis, podemos ter limitações na
representação dos mapas.
Mapas de
Símbolos
Os símbolos são
usados para
classificação de
teores em
mapas
geoquímicos.

Devem vir
acompanhados
pelos teores.
Perfis Geoquímicos
Maneira mais comum de representar variações
dos teores com a distância a partir da origem.

Devem ter indicação da orientação com o


norte e da escala utilizada.

Geralmente aplicados em Pedogeoquímica e


Sedimentos de Corrente.
Mapas de Cores

A escala de cores deve crescer partindo das


cores mais frias para as cores mais
quentes.
São preferidos à mapas de símbolos, em
especial no caso de geoquímica
regional.
Interpolação

Levantamentos baseados em malha


irregular necessitam de interpolação dos
dados.
Os métodos de dividem-se
interpolação dois grupos: em
🞄Interpoladores exatos
🞄Interpoladores suavizantes
Krigagem
Um dos métodos exatos mais conhecidos para
interpolar os dados de uma campanha
geoquímica é a Krigagem.

Utiliza a variância da diferença entre todos os


pontos possíveis, para expressar o grau de
afinidade entre pontos numa superfície.

Permite reforçar as tendências sugeridas pelos


dados.
Curvas de Isoteores

São construídas após a regularização dos


dados.

Semelhantes aos mapas topográficos


(hipsonometria).

Delimitam regiões com concentrações


diferentes de determinados elementos
(destacam possíveis anomalias
significativas).

Geralmente representam anomalias


correspondentes a corpos mineralizados.
Superfícies Geoquímicas em
3D
São construídas após regularização dos
dados.

Facilitam a localização de anomalias.

Espacialmente localizam altos e baixos


geoquímicos.
Referências Bibliográficas
Isaaks, E. and Srivastava, R., 1989, Introduction to
Applied Geostatistics, Oxford University Press, New York,
USA, 600 p.
Licht, O. A., 1998. Prospecção Geoquímica - Princípios,
Técnicas e Métodos, CPRM, p. 131 – 170.
Rose, A.W., Hawkes, H.E. e Webb, J.S., Geochemistry in
Mineral Exploration, 1979.
Chaussier, Jean-Bernard, Manuel du Prospecteur Minier,
1981.
Levinson, A.A, Introducion to Exploration Geochemistry.
University of Calgary, Canada, 1974.

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