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DEPÓSITO MINERAL

PROFª CARLA LEAL


AULA 03
Introdução
Os depósitos minerais são corpos rochosos
formados por processos de transformações
geológicas ao longo de centenas de milhões de
anos, que tem algum tipo de aplicação na vida do
ser humano.
As unidades geológicas que constituem os depósitos
minerais podem apresentar variações na geometria
do corpo de minério, nas características físicas do
minério e, consequentemente, na distribuição de
teores no mesmo, como resultado da interação dos
processos geológicos responsáveis pela sua gênese.
Importância

Os depósitos minerais são de suma


importância para a humanidade, pois são
rochas que contém quantidade acima da média
de elementos amplamente utilizados no
cotidiano de todas as pessoas, como alumínio,
ferro e cobre.
Assim como todas as outras rochas, os
depósitos contidos são continuamente criados
e destruídos pelos processos geológicos que
ocorrem no interior e na superfície terrestre.
VÍDEO: Ciclo das Rochas e Depósitos
Minerais
Tempo de Formação e Origem
Esse tempo de formação dos depósitos minerais podem se estender por milhões de
anos, ou seja, numa escala muito maior que o tempo de vida humana. Os minerais,
cristais que compõem todas rochas, são definidos como “substância inorgânicas sólidas e
homogêneas, com ocorrência natural, composição química definida e arranjo cristalino
ordenado”.

Os depósitos minerais são gerados por processos geológicos resultantes das


transformações que vêm acontecendo na crosta terrestre desde a era Pré-Cambriana, há
mais de 4,5 bilhões de anos, quando se solidificaram as primeiras rochas do planeta.
Cada depósito mineral tem uma gênese
única e, portanto, é único.
Dada a multiplicidade de
jazimentos minerais, impõe-se o
agrupamento daqueles que pareçam
semelhantes, de modo a definirem-se tipos
ou categorias que sejam facilmente
referenciados e identificados.
Os processos formadores de depósitos minerais podem se classificar como endógenos, quando
ocorrem no interior da crosta terrestre (p.e.: vulcanismo, hidrotermalismo, metamorfismo) ou
exógenos, quando ocorrem na superfície terrestre e formam os depósitos supergênicos ou
associados à intemperismo.

A geração dos depósitos supergênicos ocorrem a partir de alterações físicas e químicas das
rochas submetidas ao intemperismo. Mas, para que essa situação ocorra, é necessária a
existência de uma rocha adequada, designada de rocha inalterada, parental ou rocha-mãe, para
que aconteça a alteração supergênica.
Como os depósitos são gerados no manto de intemperismo, isto é,
próximos a superfície, a erosão é parte fundamental do processo. Logo,
essa situação faz com que a grande maioria dos depósitos identificados e
lavrados da classe supergênicos é de idade jovem, datado do pós-
Mesozóico e, geralmente, são encontrados nas regiões intertropicais,
dado que o intemperismo é favorecido pelas condições climáticas, as
quais intensificam esse processo quanto mais quente e úmido estiver.
Dessa forma, o clima equatorial e tropical favorece a ocorrência desse tipo
de depósito no Brasil, tornando-se essencial para a economia mineral do
país.
Exemplos de depósitos supergênicos: jazimentos de ouro laterítico,
bauxita, ferro, manganês, nióbio, níquel, caulim e outros minerais.
VÍDEO: Origem e Evolução de um
depósito mineral
Do ponto de vista técnico, os
depósitos minerais são
descobertos através do
desenvolvimento de programas
exploratórios. Os programas
exploratórios constituem uma
série de etapas que devem ser
cumpridas para o sucesso da
descoberta do depósito mineral.
O primeiro passo para se
descobrir um depósito mineral é
definir o bem mineral que se
pretender achar. Em seguida, são
selecionados os ambientes
geológicos favoráveis à
mineralização do minério
escolhido.
Após a seleção do ambiente geológico, passa-se para a etapa de
mapeamento geológico.

Geralmente, a etapa de mapeamento geológico é acompanhada de


um outro método prospectivo, seja ele: prospecção geofísica
(investiga os cinco primeiros quilômetros da crosta terrestre,
permitindo a avaliação das condições geológicas locais, método do
radar etc) , prospecção geoquímica ( seleção de métodos, elementos,
sensibilidade e precisão de amostras. Neste ponto, levam-se em
consideração os custos gerais da operação, os conhecimentos
necessários do local, a capacidade laboratorial para processamentos
das amostras e por fim, toda a investigação prévia realizada e
experiências anteriores em casos similares.
Na fase de implementação de uma mina e durante sua operação, os métodos de perfilagem geofísica tem trazido grandes vantagens, por exemplo com a determinação precisa das
profundidades de contatos e estruturas geológicas, dada a ineficiência das recuperações totais da rocha durante as perfurações. O conhecimento preciso das profundidades de
contatos e estruturas geológicas trazem implicações relevantes para determinação de zonas mineralizadas e levantamento de parâmetros geomecânicos.
• Há dois níveis de levantamento geoquímico:
Reconhecimento ou Regional e Detalhe (Follow
up) ou sensoriamento remoto (sensores que
coletam os dados são transportados por satélites,
aeronaves e drones, mas podem ser transportados
também por qualquer outro meio, como carros ou
pessoas. Um satélite que faz imagens da Terra é um
dos exemplos mais conhecidos de sensoriamento
remoto.).
 Reconhecimento ou Regional: Localiza
trechos com mineralização ou trechos
favoráveis à presença de mineralização. O
objetivo maior é localizar anomalias.
Investiga grandes áreas.

 Levantamento de detalhe (Follow up):


Delimita as anomalias e, se possível, as
mineralizações associadas. Investiga áreas
relativamente pequenas)
Radar de Penetração do Solo (GPR)
A combinação dessas etapas resultará na descoberta de ocorrências
minerais. O passo seguinte à descoberta de alguma zona mineralizada é
se perguntar se a descoberta em questão tem potencial para suportar
um programa de investimento que termine na avaliação de em um
depósito mineral.

As substâncias minerais ocorrem em geral, em concentrações muito


baixas na crosta da Terra. A concentração média de um determinado
elemento na crosta é denominada de Clarke. Para que um depósito
mineral seja formado, é necessário que uma determinada substância
ocorra na crosta terrestre em condições superiores (ou muito
superiores) ao valor de seu clarke, a esse valor de concentração
chamamos de fator de concentração (fc).
Zona Mineralizada descoberta:
e agora?
Portanto, após descobrir a zona mineralizada é necessário que se haja
uma pesquisa mineral. Isso envolve algumas fases de Exploração,
Delineamento e Avaliação.
Em princípio, a fase de Exploração envolve, por meio do Mapeamento
Geológico de Detalhe, os locais de ocorrência mineral, sem interesse
econômico. No Delineamento passa-se a criar certo interesse econômico
sobre a ocorrência mineral, caracterizando, assim, um depósito mineral.
Já a de Avaliação quantifica e caracteriza tecnologicamente o depósito
mineral. Dessa forma, os teores e a geometria são conhecidos e seu valor
econômico comprovado. Com tudo isso descoberto, pode-se iniciar,
enfim, o processo da mineração, na qual ocorre o explotamento
(exploração) da jazida.
No Brasil, empresas com consultores em engenharia de minas, geologia e
geofísica estão aptos a realizar a pesquisa mineral. Além de profissionais
formados a nível técnico.
O entendimento teórico da formação do depósito mineral é de extrema importância
para associações com outros depósitos minerais, e para estabelecer critérios
prospectivos que levem à descoberta de novos depósitos.
VÍDEO
https://www.youtube.com/watch?v=kdAqDF-npWo

https://www.youtube.com/watch?v=4v1AouRuW40

https://www.youtube.com/watch?v=lLImhMUIrFs

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