Poder Executivo

Ministério da Educação
Universidade Federal do Amazonas
Departamento de Geociências

IEG079 GEOFÍSICA

PROF. RAPHAEL DI CARLO

Aluna: Thais Alessandra de Souza Oliveira

Matrícula: 21951266

EXERCÍCIO 1 – GEOFÍSICA DE PROSPECÇÃO

1. Explique cada tipo de área que existe na geofísica.

A geofísica pode ser dividida em duas áreas principais, a Geofísica Global que estuda eventos
ocorridos em grande escala temporal ou espacial e a Geofísica aplicada que estuda eventos em
escalas menores. A geofísica global é composta de métodos como a sismologia, gravimetria,
geodésia, tectonofísica, etc. A geofísica aplicada aborda métodos como a gravimetria,
magnetometria, eletrorresistividade, potencial espontâneo, etc. A união destes métodos é utilizada
para estudos como prospecção mineral e de petróleo, monitoramento ambiental, mapeamento
geológico, estudos forenses, etc. Abaixo seguem exemplos de métodos geofísicos utilizados na
geofísica aplicada.
o Gravimetria:
A partir das variações do campo gravitacional terrestre, que são resultantes das propriedades
físicas das rochas localizadas em superfície e subsuperfície, como a densidade. A gravimetria
se baseia justamente nas medições e interpretações do campo gravitacional terrestre através
de gravímetros. O nome dado para estas variações é de anomalia gravimetria, e o causador
dessas anomalias é a litologia presente na região estudada, que possuem intervalos de
densidade diferentes, por exemplo: o intervalo de densidade do arenito é entre 2050 e 2550,
enquanto do granito é entre 2520 e 2750.
o Sísmica de Reflexão e Refração:
Se baseia na emissão de ondas sísmicas através do impacto de fontes artificiais, e tais ondas
são refletidas ou refratadas, gerando dados quantitativos sobre a subsuperfície da região
estudada. As ondas atravessam diferentes camadas do substrato que apresentam
propriedades físicas diferentes, influenciando na característica da onda, sendo de reflexão ou
de refração. Enquanto a de reflexão é emitida e refletida para os sensores entre duas camadas
geológicas, a de refração segue o caminho para outra camada de propriedade diferente e
segue um ângulo diferente. A sísmica de reflexão é utilizada em escalas menores em
comparação com a de refração, porém oferece um detalhamento de informações bem maior,
aumentando sua dificuldade para o processamento digital de imagem.
o Magnetometria e Radiometria:
O método magnético tem como objetivo a exploração de informações da geologia de
superfície e subsuperfície, podendo ser aplicada em várias situações, desde pequenos
levantamentos em engenharia, quanto levantamentos em escala regional para prospecção
mineral. A maioria dos minerais presentes nas rochas não são magnéticos, porém existem
minerais magnéticos o suficiente para gerar anomalia magnética e ser captada, como a
magnetita, que possuem um alto teor em rochas básicas com baixo teor de sílica, como o
basalto.
O método radiométrico é realizado a partir da emissão radioativa natural de rochas que
emitem partículas de radiação gama. A detecção é realizada através da emissão de certos
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elementos, como o Urânio (U), Tório (Th) e o Potássio (K), em que é quantificado o
decaimento do U e Th, gerando o Tálio (TI) e o Bismuto (Bi). Atualmente é realizado
principalmente para o mapeamento geológico, ao identificar as litologias através da emissão
radioativa. Também é possível a identificação em laboratório, ao constatar os isótopos
radiogênicos, que são utilizados para determinar idades e ambientes de formação das rochas,
como as razões Sm/Nd, Rb/Sr, U/Pb, Nd/Nd, etc.
o Perfilagem de poços:
É um método de prospecção que gera perfis verticais de poço, através da perfuração por
sondas. A interpretação dos perfis de poços integra vários métodos geofísicos em uma
mesma seção, como os raios gama, resistividade, potencial espontâneo, perfil sônico,
condutividade, caliper, etc. Estes perfis geram informações sobre as propriedades físicas das
rochas quem integram o poço, como a radioatividade dos folhelhos, porosidade, capacidade
de condução elétrica, diâmetro do poço, etc. Ao concluir o procedimento de perfuração e
aplicação dos métodos obtém-se um perfil de poço com os resultados para a interpretação.

2. Quantas vezes é necessária a existência de estudos integrados de geologia, geoquímica e

geofísica na prospecção mineral?
É realizado pelo menos três vezes antes de abrir uma mina, passando pelos processos
de estudos preliminares, reconhecimento ou levantamento regional e detalhamento do
levantamento. Etapas que são necessárias para a avaliação econômica e integração dos
resultados no documento. A partir do resultado destes estudos integrados é possível definir se
haverá a exploração da jazida ou o abandono do depósito.

3. O que são guias de prospecção?

Os guias de prospecção são indicadores ou “traçadores” diretos de minerais-satélite, que

com base científica permitem o rastreamento de jazidas. Isso acontece com base na composição
química do mineral indicador, que ocasionalmente pode ser idêntica a composição química de
minerais equivalentes presentes nas jazidas. Um exemplo é a granada piropo, que é indicadora
de diamantes.

4. Como a geofísica melhora o mapeamento geológico?

No mapeamento geológico, a geofísica contribui com um detalhamento maior da região,
enquanto os dados de superfície apresentam somente a primeira camada de informações, a
geofísica detalha o estruturamento em subsuperfície. A associação entre o mapeamento geológico
e geofísico gera esse detalhamento que pode ser crucial para o reconhecimento de áreas
propícias para prospecção mineral e petrolífera.