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Falas do trabalho de química

Cinza claro: Matheus

Amarelo: kawan

Azul: Vinicius

Verde Maria

Rosa: Naiara

Sem cor: Carol

Prospecção do petróleo:

Um programa de prospecção é baseado fundamentalmente em dois objetivos:

(1) localizar dentro de uma bacia sedimentar as situações geológicas que tenham
condições para a acumulação de petróleo;

(2) verificar qual, dentre estas situações, possui mais chance de conter petróleo.

A identificação de uma área favorável para a acumulação de petróleo é realizada


através de métodos geológicos e geofísicos, que, atuando em conjunto, conseguem
indicar o local mais adequado para a perfuração.

Métodos geológicos: A primeira etapa de um programa exploratório é a realização de


um estudo geológico com o propósito de reconstituir as condições de formação e
acumulação de hidrocarbonetos em uma determinada região. O geólogo elabora
mapas de geologia de superfície a partir dos mapas de superfície e dados de poços,
como também analisa as informações de caráter paleontológico e geoquímico.

Geologia da superfície: Através do mapeamento das rochas que afloram na superfície,


é possível reconhecer e delimitar as bacias sedimentares e identificar algumas
estruturas capazes de acumular hidrocarbonetos. As informações geológicas e
geofísicas obtidas a partir de poço exploratórios são de enorme importância para a
prospecção, pois permitem reconhecer as rochas que não afloram na superfície e aferir
e calibrar os processos indiretos de pesquisas como os métodos sísmicos.

AEROFOTOGRAMETRIA E FOTOGEOLOGIA: A aerofotogrametria é fundamentalmente


utilizada para construção de mapas base ou topográficos e consiste em fotografar o
terreno utilizando-se um avião devidamente equipado, voando com altitude, direção e
velocidade constantes.
A fotogeologia consiste na determinação das feições geológicas a partir de fotos
aéreas, onde dobras, falhas e o mergulho das camadas geológicas são visíveis. As
estruturas geológicas podem ser identificadas através da variação da cor do solo, da
configuração de rios e de drenagem presente na região em estudo.

Além das fotos aéreas obtidas nos levantamentos aerofotogramétricos, utilizam-se


imagens de radar e imagens de satélite, cujas cores são processadas para ressaltar
características específicas das rochas expostas na superfície.

GEOLOGIA DE SUPERFÍCIE: Consiste no estudo de dados geológicos obtidos em um


poço exploratório. A partir destes dados é possível determinar a características
geológicas das rochas de subsuperfície. As técnicas mais comuns envolvem:

- A descrição das amostras de rochas recolhidas durante a perfuração;

- O estudo das formações perfuradas e sua profundidade em relação a um referencial


fixo (freqüentemente o nível do mar);

- A construção de mapas e seções estruturais através da correlação entre as


informações de diferentes poços;

- A identificação dos fósseis presentes na amostras de rocha provenientes da superfície


e subsuperfície através do laboratório de paleontologia.

Com os resultados obtidos pode-se correlacionar os mais variados tipos de rochas


dentro de uma bacia ou mesmo entre bacias.

O geólogo trabalha na aferição direta das rochas e, utilizando-se de diferentes


técnicas, consegue identificar as estruturas mais promissoras para a acumulação de
petróleo em uma área.

MÉTODOS POTÊNCIAIS: A geofísica é o estudo da terra usando medidas de suas


propriedades físicas. Os geofísicos adquirem, processam e interpretam os dados
coletados por instrumentos especiais, como o objetivo de obter informações sobre a
estrutura e composição das rochas em subsuperfície. Grande parte do conhecimento
adquirido sobre o interior da Terra, além dos limites alcançados por poços, vem de
observações geofísicas.

A gravimetria e a magnetometria, também chamadas métodos potencias, foram muito


importantes no início da prospecção de petróleo por métodos indiretos, permitindo o
reconhecimento e mapeamento das grandes estruturas geológicas que não apareciam
na superfície.
GRAVIMETRIA: Atualmente sabe-se que o campo gravitacional depende de cinco
fatores: latitude, elevação, topografia, marés e variações de densidade em
subsuperfície. Este último é o único que interessa na exploração gravimétrica para
petróleo, pois permite fazer estimativas da espessura de sedimentos em uma bacia
sedimentar, presença de rochas com densidade anômalas como as rochas ígneas e
domos de sal, e prever a existência de altos e baixos estruturais pela distribuição
lateral desigual de densidades em subsuperfície.

Quando buscam combustíveis fósseis no mar, os geólogos petroleiros empregam


equipamento de farejamento especial que detecta traços de gás natural na água
marinha. Mas como esse método só ajuda a localizar depósitos que vazam, as grandes
empresas petroleiras dependem de dois outros métodos para localizar as jazidas.

Quando próximas à superfície, certas rochas afetam o campo magnético da Terra.


Usando equipamento de levantamento magnético, um navio pode passar sobre uma
área e mapear as anomalias magnéticas que venha a encontrar.

MAGNETOMETRIA: A prospecção magnética para petróleo tem como objetivo medir


pequenas variações na intensidade do campo magnético terrestre, consequência da
distribuição irregular de rochas magnetizadas em subsuperfície.

Nos levantamentos aero magnéticas as medidas obtidas pelos magnetômetros


dependem de vários fatores, dos quais se destacam: latitude, altitude de vôo ou
elevação, direção de vôo, variações diurnas e presença localizada de rochas com
diferentes susceptibilidades magnéticas. As variações diurnas são usadas por
atividades solares, denominadas tempestades magnéticas, e pelo movimento de
camadas ionizadas na alta atmosfera que atuam como correntes elétricas perturbando
o campo magnético terrestre.

MÉTODOS SÍSMICOS: O método sísmico de refração registra somente ondas


refratadas com ângulo critico e tem grande aplicação na área de sismologia. Foi
através deste método que a estrutura interior da Terra foi desvendada, embora este
método tenha sido largamente utilizado na década de 1950 como apoio e refinamento
dos resultados obtidos pelos métodos potenciais.

O método sísmico de reflexão é o método de prospecção mais utilizado atualmente na


indústria de petróleo, pois fornece alta definição das feições geológicas em
subsuperfície propícias à acumulação de hidrocarbonetos, a mais de 90% dos
investimentos em prospecção são aplicados em sísmica de reflexão.

O levantamento sísmico inicia-se com a geração de ondas elásticas, através de fontes


artificiais, que se propagam pelo interior de Terra, onde são refletidas e refratadas nas
interfaces que separam rochas de diferentes constituições petrofísicas, e retornam à
superfície, onde são captadas por sofisticados equipamentos de registro. O método,
conhecido como sparking, envolve o envio de ondas de choque pela água e para o piso
do oceano. O som viaja em velocidades diferentes através de tipos diferentes de
rochas. Caso a onda de choque localize mudança nas camadas rochosas, ela retorna e
é captada por hidrofones que o navio de pesquisa arrasta pela água em sua esteira.
Com a ajuda de computadores, os sismologistas podem analisar a informação e
localizar possíveis armadilhas. 

Os navios de pesquisa utilizam canhões de ar comprimido e explosivos para causar as


ondas de choque. Entre os dois métodos, os canhões causam menos ameaças à fauna
marinha, mas até mesmo a poluição acústica representa ameaça para animais com
senso sísmico tão agudo quanto à baleia azul, uma espécie em risco.

Nas prospecções sísmicas, uma onda de choque é criada pelo seguinte:

1. Canhão de ar comprimido - dispara pulsos de ar na água (para exploração sobre a


água);

2. Caminhão impactador - golpeia chapas pesadas no solo (para exploração sobre a


terra);

3. Explosivos - são enterrados no solo (para exploração sobre a terra) ou


arremessados do barco (para exploração sobre a água) e detonados.

Extração do petróleo
A extração do petróleo consiste no processo pelo qual o petróleo utilizável é extraído e
removido do subsolo, considerando que o mesmo se encontra em bolsões profundos
em terra e abaixo do fundo do mar.

O processo de extração do petróleo e também do gás, é variável, acontece de acordo


com a profundidade em que o material se encontra, considerando que ele pode estar
nas primeiras camadas do solo ou em milhares de metros abaixo do nível do mar.

Para realizar a extração do petróleo são necessários três passos básicos: Prospecção,
perfuração e extração. No passo de prospecção, é feita a localização de bacias
sedimentares, através da análise detalhada do solo e do subsolo.

Através de equipamentos como gravímetros, magnetômetros, farejadores e


sismólogos, os geólogos podem analisar as condições e localizações de bacias
sedimentares na superfície.

Na fase de perfuração, são descobertas as jazidas de petróleo e são realizadas as


marcações com coordenadas GPS e boias marcadoras, posicionadas sobre a água do
mar. Se a análise é feita na terra, é realizada a perfuração do solo de um primeiro
poço, considerando a perfuração de outros poços quando o petróleo é identificado e
quando a extração é avaliada como viável economicamente.

As perfurações são feitas em terra por meio de sondas de perfuração, enquanto no


mar, são realizadas por meio de plataformas marítimas.

Por fim, na fase de extração, o petróleo é encontrado acima da água salgada contando
Com uma camada gasosa de alta pressão logo abaixo do mesmo. Quando o poço é
então perfurado, o petróleo pode jorrar até a superfície graças à pressão do gás,
diminuindo o bombardeamento de petróleo para a superfície e garantindo que o
material seja extraído com total segurança por meio de bombas em plataformas e
outros equipamentos especiais.

TRANSPOSTE DO PETROLEO:
Assim que é extraído, o petróleo deve ser transportado, para os portos de embarque.
Essa locomoção é feita de modo subterrânea, utilizando um percurso constituído por
tubos gigantes. Esses são chamados de oleodutos (pelos quais passam óleos) e
gasodutos (responsáveis pela locomoção de gás).

A maior parte dos grandes dutos é construída nas regiões costeiras, podendo ter sido
construído abaixo da terra ou nas profundezas do mar. Os tubos terrestres e
submarinos conectam as plataformas de extração com os terminais, e estes, por sua
vez, conectam-se entre si e às refinarias.

Mas não é só por esse meio que o petróleo viaja após sua extração. Os navios
petroleiros, também chamados de navios-tanques, realizam o transporte de 40% de
todo o comércio marítimo mundial. As dimensões dos navios petroleiros são extensas,
podendo medir até 500 metros de comprimento e 70 metros de largura. O tamanho é
tão grande que os tripulantes do navio precisam de bicicletas para se locomover pelo
convés.

Alguns navios petroleiros, como é o caso do ULCC (Ultra-Large Crude Carrier), podem
transportar mais de 5000.000 tpb. Navios dessa extensão, porém, precisam atracar em
terminais marítimos especiais, localizados em áreas costeiras. Seu tamanho não
possibilita o desembarque e embarque de sua carga em portos marítimos
convencionais.

Depois que o petróleo chega aos terminais marítimos, ele é encaminhado para seu
destino final. Nesse processo são usados novamente oleodutos. Para que o produto
chegue a refinarias, por exemplo, é utilizado um sistema de bombardeamento. Esse
método de transporte do petróleo é usado em todo o mundo, devido às vantagens
econômicas que ele proporciona.

No Brasil, por exemplo, onde o mar é a maior fonte de petróleo (segundo dados de
uma pesquisa de 2002, 85% do petróleo utilizado na produção nacional daquele ano
foi extraído do mar), é utilizado esse meio de produção e transporte na imensa maioria
dos casos.

A segurança no transporte do petróleo


O transporte marítimo oferece muitas vantagens, sobretudo econômicas, tornando o
processo de extração e utilização muito mais vantajoso. No entanto, se acontecer
algum acidente no percurso, o impacto no ecossistema é devastador e muito difícil de
ser calculado.

Já ocorreram muitos acidentes em que vazaram enormes quantidades de petróleo no


oceano. Por causa disso, muitas espécies marinhas de peixes, aves e plantas
morreram. Entre as tragédias marítimas mais conhecidas estão:

* O acidente ocasionado pelo navio Torrey Canyon, no ano de 1967. Ele vazou uma
quantidade de 119.000t de petróleo bruto. A área poluída ia da costa sudoeste da
Inglaterra à costa norte da França.

* A tragédia do navio Exxon Valdez, em 1989, no Alasca.

* O vazamento do navio Érika, em 1999, na costa da França.

* O acidente com o navio Prestige, em novembro de 2002.

O impacto de um acidente é tão forte na vida aquática que torna certas áreas do
oceano irrecuperáveis. Acidentes com petróleo podem acontecer devido a vazamentos
nos depósitos dos superpetroleiros, vazamentos nos poços de petróleo ou
rompimento nos dutos.

Para minimizar a possibilidade de um acidente dessas proporções, governos obrigam


que navios petroleiros possuam casco duplo. É uma forma
de reduzir a probabilidade de ocorrer uma poluição do mar por esse combustível.

Foi criada até mesmo uma convenção de nível internacional, no ano de 1973, para
tratar de regulamentações referentes ao transporte de petróleo no mar. A Convenção
Internacional para a Prevenção da Poluição por Navios (antes OILPOL, e agora
MARPOL) é realizada para gerar ações que combatam a poluição no meio
ambiente causada por combustíveis. O evento é organizado por uma agência da ONU
especializada em assuntos marítimos, a International Maritime Organization (IMO).

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