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Fundamentos aplicados a

Industria de Petróleo e Gás


A cadeia de suprimentos na
indústria do petróleo e gás envolve
todas as atividades logísticas
relacionadas a um bom
planejamento na prospecção,
perfuração, produção,
armazenagem, transportes, refino,
distribuição e na comercialização de
petróleo e derivados.

3
Capítulo 2 – Fundamentos aplicados a Industria de Petróleo e Gás
1. - Introdução a Indústria do Petróleo e Gás

1. Segmentos da cadeia de petróleo e gás: Upstream e Downstream

2. - Geologia Geral

1. Tipos de rocha: ígneas, sedimentares e metamórficas


2. Bacias sedimentares brasileiras: breve descrição e classificação das principais
3. Geologia estrutural: Princípios básicos dos mecanismos de deformação das rochas e sua aplicação no
processo de formação, migração, armazenamento, exploração e produção

3. - Geologia do petróleo

1. Formação do petróleo: origem (gênese dos hidrocarbonetos).


2. Composição, características e propriedades das rochas geradoras, reservatório, capeadora, trapas e
aspectos geológicos do reservatório
3. Acompanhamento geológico de poços: amostras de calha, testemunhagem e perfilagem

4. - Siglas e numeração de poços

5. - Tipos e características da completação de poços

1. Funções
2. Características
6. Principais elementos (Acessórios e Especificações)
Porque estudara geologia no curso sobre o petróleo e gás?

• No Brasil, como em qualquer outra parte do mundo em que há prospecção e


extração de petróleo, a geologia é empregada no início de todo o processo e
durante boa parte de sua execução. A geologia é empregada para reconhecer áreas
com maiores probabilidades de conter rochas reservatório para os hidrocarbonetos
(gás ou óleo).
• Geofísica, vem ocupando lugar de destaque crescente nesse processo prospectivo,
empregando técnicas de sísmica de reflexão de alta resolução, com imageamento
sísmico em 3D, por exemplo, atingindo diferentes camadas a muitos quilômetros de
profundidade, permitindo ao analista literalmente “ver” em subsuperfície como se
fosse uma espécie de ultrassom que realizamos em nossos exames médicos.

• Análises laboratoriais diversas, envolvendo a Geoquímica, a Petrografia, a Petrofísica,


a Sedimentologia e a Análise Estrutural, e várias áreas também são empregadas em
diferentes fases da exploração e extração do petróleo.
Nos dias atuais é praticamente impossível pensar o nosso dia a dia sem
a presença de um produto obtido a partir da indústria petroquímica
Colchões, embalagens para alimentos e medicamentos, brinquedos, móveis,
eletrodomésticos, veículos, aviões, xampus, cosméticos e vários outros produtos
são oriundos do desenvolvimento da petroquímica, que transforma o petróleo
refinado em produtos que são a base para grande parte da indústria química.
A cadeia de suprimentos na indústria do petróleo e gás envolve todas as
atividades logísticas relacionadas a um bom planejamento na:

prospecção perfuração produção armazenagem

Distribuição e na comercialização de
petróleo e derivados. refino transporte
1. - Introdução a Indústria do Petróleo e Gás
Segmentos da cadeia de petróleo e gás: Upstream e Downstream

O upstream é o segmento que compreende as atividades de exploração e produção de


petróleo, quando em terra chamado, onshore, quando no mar, offshore. Ou seja, nesta temos
atividades de busca, identificação e localização das fontes de óleo, e ainda o transporte do óleo e
do gás extraído até as refinarias, onde esses serão processados.

Downstream é um termo usado para definir, essencialmente fase logística, que compreende
as atividades de transporte, comercialização e refino de petróleo e gás, ou seja, o transporte dos
produtos da refinaria até os locais de consumo. Resume-se no transporte, distribuição e
comercialização dos derivados do petróleo.
Geologia Geral tem como objetivo estudar as sucessivas transformações do
globo terrestre e a evolução de seu mundo orgânico e inorgânico, tendo
como foco principal um bom entendimento da crosta e de suas camadas
rochosas.
Estrutura da Terra segundo as
propriedades físicas:

Núcleo interno (sólido) – 5.000°C

Núcleo externo (líquido) – 4.000°C

Mesosfera (manto inferior)

Astenosfera (manto superior)

Litosfera (crosta oceânica e continental)


A crosta continental apresenta espessura
variável (de 30 a 40km nos crátons até 60 a
80km nas cadeias montanhosas).

• Ao descer através da crosta e do


topo do manto superior, passamos
de uma parte rígida para uma parte
plástica. A parte rígida, que inclui a
crosta e uma parte do manto, é
denominada litosfera, enquanto a
parte plástica é denominada
astenosfera.
• A mesosfera, em função de sua alta
temperatura, o que poderia torná-la
mais plástica, está submetida a uma
pressão mais elevada que a torna
sólida.
A partir das propriedades físicas e com o apoio de experimentos que simulam as
condições de temperatura e pressão da Terra, é possível deduzir as composições
mineralógicas das camadas presentes.
Entre as camadas existem
descontinuidades; algumas delas
bastante marcantes
• A primeira descontinuidade detectada
na Terra foi o limite crosta-manto, que
se encontra a profundidades variáveis
(5 a 10km nas áreas oceânicas e a 30 a
80km nos continentes).

• descontinuidade de Guttenberg;
está situada a 2.900km de
profundidade.
Tempos Geológicos
A escala de tempo geológico representa a
linha do tempo desde o presente até a
formação da Terra; é dividida em eras,
períodos, épocas e idades, que se baseiam
nos grandes eventos geológicos da história
do planeta.
Tipos de rocha: Rocha ígneas, sedimentares e metamórficas
• As rochas são agregados de minerais em
proporções definidas que formam a parte
essencial da camada chamada litosfera, que
é um elemento dinâmico, ou seja, que
encontra-se em um processo continuo de
transformação, que compõe a superfície
sólida da Terra.

• Sendo um agregado constituído pela


união de diferentes minerais e
formado por diversos processos
naturais transformando-se nos mais
variados tipos de rochas.
• As rochas ígneas também chamadas de
magmáticas, são rochas que se formaram
pelo resfriamento e solidificação de um
magma. Magma é o material em estado de
fusão que existe abaixo da superfície
terrestre e que pode extravasar através dos
vulcões (passando então a se chamar lava).
De sua composição vai depender a
composição da rocha magmática a se
formar.
• Se o magma resfria na superfície da
Terra, após ser expelido por um
vulcão, origina uma rocha ígnea
vulcânica (também chamada de
extrusiva). O exemplo mais comum é
o basalto.

• Se o magma sobe através da crosta,


mas resfria ainda dentro dela, em
grandes profundidades, ele origina
uma rocha ígnea plutônica (também
chamada de intrusiva). O exemplo
mais comum é o granito.
• As rochas sedimentares são rochas
que se formam na superfície da crosta
terrestre sob temperaturas e pressões
relativamente baixas, pela
desagregação de rochas pré-existentes
seguida de transporte e de deposição
dos detritos ou, menos comumente,
por acumulação química.

• Possuem porosidade e permeabilidade, uma


marcante estratificação e baixa resistência
mecânica. São muito difíceis de polir e
podem conter fósseis. As camadas de rochas
sedimentares podem totalizar vários
quilômetros de espessura.
• As Rochas Metamórficas são aquelas
formadas a partir de outra rocha (sedimentar,
ígnea ou metamórfica) por ação do
metamorfismo. Entende-se por metamorfismo
o crescimento de cristais no estado sólido, sem
fusão.

• A mudança nas condições de pressão e


temperatura provoca mudanças na composição
mineralógica da rocha ou pelo menos
deformações físicas.

• Uma característica típica das rochas metamórficas


é a foliação (xistosidade), estrutura paralela que
produz partição mais ou menos plana na rocha.
• A Geologia estrutural estuda os
processos de deformação da litosfera e
das pela ação contínua da pressão
gerada no interior da Terra.

• Por definição, rochas são produtos


consolidados resultantes da união
natural de minerais. Diferentemente
dos sedimentos, as rochas têm seus
grãos ou cristais bem unidos e
consolidados.

• O dinamismo no interior da Terra pode se manifestar não apenas na forma de vulcões, mas
por deformações nas rochas originadas por tensão que afetam suas formas.

• Muitas estruturas são responsáveis pelo armazenamento de hidrocarbonetos (petróleo e


gás). Dependendo do processo de formação, a união dos grãos representados varia,
resultando em rochas brandas e rochas duras.
Bacias sedimentares

• Uma depressão geográfica é uma forma de


relevo, que está presente ao lado de montanhas,
planaltos e planícies. Formadas por meio das
ações do vento e da água, possuindo as altitudes
mais baixas do planeta. Nelas, encontram-se um
grande acúmulo de sedimentos.

• Dessa forma, denominados essas depressões


geográficas de bacias sedimentares.
Bacias sedimentares
• Por sua vez, os depósitos de sedimentos são
transformados em camadas de formações
rochosas, e estas são classificadas de acordo com a
localização, tipo de sedimento, evolução e grau de
deformação.
• Ou seja, as bacias sedimentares são composições
rochosas formadas a partir de extensas e inúmeras
camadas de rochas sedimentares, que surgiram a
partir da deposição de sedimentos ao longo das
eras geológicas.
• Os sedimentos depositados podem ser de origem
orgânicas, como animais, algas e vegetais, ou
rochosos, quando restos de rochas que passaram por
processos de intemperismo físico e ou químico.
• A classificação das bacias sedimentares é feita a partir de critérios essencialmente
tectônicos, tais como: localização relativa aos limites das placas, a natureza do substrato da
crusta, a evolução tectônica e o grau de deformação.

• Dessa forma, podem ser considerados os seguintes tipos: fossas de afundamento, bacias
intracratônicas, bacias oceânicas, margens continentais, bacias frontais, bacias de retroarco,
bacias intramontanhosas e bacias de pull-apart.
• O Brasil tem cerca de 60% de seu território
ocupado por bacias sedimentares,
totalizando uma área de 6.436.200 km²,
dos quais 76% estão em terra e 24% em
plataforma continental.

• Bacias sedimentares de grande extensão:


bacias Amazônica, do Parnaíba (ou Meio-
Norte), do Paraná (ou Paranaica) e
Central;
• Bacias Oceânicas: Campos, Espírito Santo,
Tucano, Recôncavo, Santos, Sergipe-
Alagoas, Potiguar, Ceará e Solimões.
Bacias sedimentares
brasileiras: breve descrição e
classificação das principais

• Os poços possuem uma codificação, que é o ato


de dotar o poço de um cadastro e de um nome
válido para a Agencia Nacional do Petróleo (ANP) e
é feita com base na Comunicação de Início de
Perfuração de Poço (CIPP). Os poços perfurados
durante as fases de exploração e produção
deverão receber uma codificação pela ANP,
segundo a Resolução ANP 699/2017.
Tipos de rocha: Rocha ígneas, sedimentares e metamórficas
• Rochas geradoras: são assim chamadas por tratar-se de uma rocha
sedimentar de granulação fina, formada principalmente pelo acúmulo
de fragmentos de outros minerais e de detritos orgânicos; quando
submetidas a pressão, temperatura e baixa permeabilidade, criam
condições necessárias para a formação do hidrocarboneto.

• Rocha reservatório: é qualquer rocha porosa e permeável capaz


de armazenar o petróleo expulso das rochas geradoras após o
processo de migração.

• Rochas capeadoras ou selantes: têm essa denominação devido


à sua capacidade de impedir a passagem do petróleo e do gás após o
processo de migração. Além de impermeável, a rocha capeadora deve
ser dotada de plasticidade, característica que possibilita deformações
sem fraturas, mantendo sua condição selante. Os folhelhos e os
evaporitos (sal) são excelentes seladores.
• As acumulações de petróleo dependem não
só das características como também do
arranjo (falhas, dobramentos ou discordância)
de certos tipos de rochas sedimentares no
subsolo.

• Basicamente, é preciso que existam rochas


geradoras, o processo de migração, rochas
reservatórias que possuam boa porosidade,
capazes de armazenar petróleo, e rochas
selantes envolvendo-o em formato de
armadilhas geológicas.
Armadilhas ou trapas são situações estruturais ou estratigráficas. De modo geral, as trapas podem ser classificadas
em três tipos principais:
Estruturais: são formadas por alguma deformação local, como resultado de falhamentos e de dobramentos, sendo
as mais evidentes nos mapeamentos geológicos de superfície.

Estratigráficas: são produtos diretos do ambiente de sedimentação, são aquelas que se desenvolvem após a
deposição e diagênese da rocha reservatório.

Combinadas: são formadas pela combinação de fatores estruturais e estratigráficos em proporção


aproximadamente igual. São formadas quando uma falha corta um arenito próximo à sua mudança de fases para
folhelho ou quando esse mesmo arenito é dobrado.
Não havendo a presença de uma rocha selante e de uma armadilha, o petróleo não se acumularia e continuaria seu
fluxo rumo a áreas de menor pressão, podendo aflorar na superfície da Terra, formando lagos de óleo (exsudação).
O que é o petróleo?

• Mistura oleosa

• Menos densa que a água

• Constituída essencialmente por hidrocarbonetos

• Sua cor varia de acordo com a origem, oscilando


do negro ao âmbar
As frações do petróleo:
• Óleo ou óleo cru
– Quando ocorre no estado líquido em
reservatórios de subsuperfície ou em superfície

• Condensado
– encontra-se no estado gasoso em superfície e
líquida na subsuperfície
– Basicamente propano e butano (GLP)

• Gás Natural
– fração do petróleo que ocorre no estado gasoso
ou em solução no óleo em reservatórios de
subsuperfície.
– Basicamente metano e etano (GNV)
A Origem do petróleo

A origem do petróleo é um dos mistérios mais bem


guardados pela natureza. Séculos de especulações e
experimentações propiciaram numerosas hipóteses e
teorias, muitas delas antagônicas e passíveis de discussões
tão acaloradas quanto estéreis. Estas teorias podem ser
classificadas em inorgânicas e orgânicas.
• "Acredita-se que o uso do petróleo esteja datado desde os primórdios da civilização.

• Povos do Oriente Médio, Egito, Mesopotâmia, da China já haviam tido contato com o
combustível fóssil e o utilizado nas formas de betume, asfalto para pavimentação de
estradas, iluminação, lubrificação, fins bélicos.

• "A indústria petrolífera surgiu em meados do século XIX, quando foi desenvolvido o
processo de refinação do óleo na Escócia. O Azerbaidjão era, nesse período, o maior
produtor de petróleo, sua produção correspondia a mais de 50% da produção mundial.
• No continente americano, o petróleo foi primeiramente encontrado no
Canadá. No ano de 1859, iniciou-se a produção nos Estados Unidos por meio
de um poço de aproximadamente 21 metros perfurado na Pensilvânia.

• Edwin Laurentine Drake Industrial norte-americano, nascido em 1819 e falecido em


1880, realizou a primeira exploração industrial de petróleo em 1859, na Pensilvânia. Ele
Perfurou o primeiro poço de petróleo, atécnica que utilizou, desenvolvida a partir das
técnicas de exploração das minas de sal, consistia em abrir um furo batendo no solo com
uma ferramenta suspensa da extremidade de um cabo.

• Até 1887 as indústrias petrolíferas não comercializavam Gasolina, Diesel e gás natural,
apenas querosene e óleo lubrificante
• "Em 1960, foi criada a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), composta
por países que representam cerca de 25% das reservas mundiais de petróleo. O intuito da
organização é de fortalecer os países produtores de petróleo perante o mercado consumidor,
restringindo a oferta do óleo no mercado, bem como impulsionando os preços no mercado
internacional.

• "Em território brasileiro, o petróleo foi encontrado em 1939, no estado da Bahia, e, após dois
anos, encontrou-se um depósito que apresentava viabilidade econômica para extração, no
mesmo estado. No ano de 1954, a Petrobras institui o monopólio estatal, passando a
explorar o petróleo nacional.

• Em 2006, a Petrobras anunciou a existência do pré-sal brasileiro, um campo petrolífero


encontrado abaixo de uma espessa camada de sal. A exploração da reserva iniciou-se de fato
em 2010.
A origem do petróleo
• Origem inorgânica

– sem a intervenção dos organismos vivos de qualquer espécie


– Estabelecidas por químicos que conseguiam sintetizar HC nos seus
laboratórios a partir de fontes exclusivamente inorgânicas

• Origem orgânica

– atribuem aos organismos vivos um papel fundamental no processo


de geração do petróleo
– postulam que o petróleo é formado a partir de restos de animais e
plantas, isto é, dos produtos bioquímicos incorporados às rochas
sedimentares durante a sedimentação.
Origens inorgânicas

• Emanações vulcânicas
– hidrocarbonetos são produtos de vulcanismo produzidos em condições particulares
– Popularidade nos séculos XVII e XVIII
– Perde força pois só está associado a vulcões próximos a bacias sedimentares, vulcões
sem elas não possuem petróleo

• Cósmica
– atmosfera primitiva da Terra contendo hidrocarbonetos
– Se fosse o caso o petróleo seria encontrado em todo o
globo e estaria nas rochas mais antigas

• Síntese Inorgânica
– Reações envolvendo H2O, H2, CO e CO2 e núcleo e magma terrestre formando HC
Origens Orgânicas
• Vulcanismo
– Boccone, 1667 – petróleo e asfalto oriundos da destilação da matéria
orgânica das rochas sedimentares pela ação de fenômenos vulcânicos

• Óleos, gorduras e resinas


– sua decomposição gerava betume
– reações de óleos vegetais com ácidos minerais

• Teoria de Hofer-Engler
– experimento com matéria orgânica e óleo vegetal em temperatura
moderada e alta pressão
– produto semelhante a petróleo
Origens orgânicas

• Teoria Orgânica Moderna

– Mais aceita pelos geólogos e geoquímicos;

– a matéria orgânica depositada com os sedimentos é convertida por


processos bacterianos e químicos, durante o soterramento, num polímero
complexo (querogênio);

– O soterramento leva a compactação dos sedimentos e remoção da água;

– O querogênio é convertido em hidrocarbonetos pelo craqueamento


térmico
Evidências da Teoria Orgânica
Moderna

1- mais de 90% dos depósitos petrolíferos encontram-se em rochas sedimentares;

2- hidrocarbonetos do petróleo podem ser produzidos em laboratório a partir de matéria


orgânica;

3- existem hidrocarbonetos disseminados em abundancia nas rochas geradoras;

4- o petróleo contém alguns compostos cuja origem bioquímica é evidente;

5- o petróleo é oticamente ativo, isto é, desvia o plano de vibração da luz polarizada;


Petróleo e Gás Natural
• Origem do petróleo
O petróleo se formou a partir de matéria orgânica depositada junto com
sedimentos.
No mar – matéria orgânica marinha: microganismos e algas que formam o
fitoplâncton . Combinação matéria orgânica, sedimentos e condições
termoquímicas apropriadas.
Na terra - matéria orgânica de vegetação superior

PETRÓLEO
O tipo depende da matéria orgânica de
origem e da intensidade do processo
térmica atuante
GÁS ÓLEO
Petróleo e Gás Natural
Matéria Orgânica:
Fitoplancton : hidrocarboneto líquido
Vegetação lenhosa: hidrocarboneto gasoso

Estágios Evolutivos:
DIAGÊNESE – na faixa de temperatura mais baixa ( até
65º), predomina a atividade bacteriana que provoca
organização celular e transforma matéria orgânica em
querogênio. O produto gerado é o metano bioquímico ou
biogênico.
CATAGÊNESE – O incremento de temperatura, até
165ºC, as moléculas de querogênio se quebram e
resultam na geração de hidrocarbonetos líquidos e gás.
Petróleo e Gás Natural

METAGÊNESE – continuando o processo até 210ºC


propicia a quebra dos hidrocarbonetos líquidos e sua
transformaçaõ em gás leve.

METAMORFISMO – ultrapassando essa fase a


continuação do incremento de temperatura leva à
degradação do hidrocarboneto gerado, deixando como
remanescente grafite, gás carbônico, e alguns resíduos de
gás metano.

Conclusão : A geração do petróleo como um todo é resultado da captação da


energia solar, através da fotossíntese, e transformação da matéria orgânica com
a contribuição do fluxo de calor oriundo do interior da terra.
1. O petróleo é uma substância orgânica formada
principalmente por Carbono e Hidrogênio com
impurezas como Nitrogênio, Enxofre e Oxigênio.
Quando uma quantidade suficiente de matéria
orgânica, vegetal e/ou animal, começou a ser
depositada junto com finos sedimentos em
ambientes de águas calmas iniciou-se o
processo de formação de petróleo.

2. A partir deste momento, foi necessário o


soterramento desta lama por mais sedimentos
de forma que esta massa ganhasse
profundidade e rapidamente se isolasse da
atmosfera oxidante. Ao ganhar profundidade
houve um aumento da temperatura e pressão
que, ao longo do tempo, agiram em um
processo chamado de maturação.
3. Neste processo, semelhante ao processo de cozimento em panela de pressão, pequenas
quantidades de petróleo foram sendo liberadas desta rocha e, devido a menor
densidade, iniciaram o processo de migração para a superfície.

4. Em alguns casos o processo de migração terminou quando o óleo encontrou uma rocha
permeável e porosa coberta por uma capa impermeável chamada trapa. Esta rocha que
acumulou o petróleo chama-se reservatório e é normalmente uma rocha sedimentar.
Petróleo e Gás Natural
•Origem do petróleo
Petróleo e Gás Natural
• Migração do petróleo
Ocorre após a geração e tem o caminho interrompido pela existência de
algum tipo de armadilha geológica.
- Gerado numa rocha fonte ou geradora e se desloca para outra
- Se acumula na rocha reservatório
- Provável explicação:
1. água seria expulsa das rochas geradoras levando consigo o petróleo
durante um processo de compactação
2. microfraturamento das rochas geradoras ocorrendo o fluxo através de
um meio de baixa permeabiliade (rochas argilosas – folhelhos)
• A busca por acumulações de petróleo é a parte do processo chamado de
exploração.
• A grosso modo a medida da probabilidade da existência de um reservatório explotável
depende da probabilidade da existência de uma rochamãe nas proximidades, de uma
rocha reservatório com porosidade e permeabilidade aceitáveis, de uma trapa e de que
tenha havido um caminho para a migração da rocha-mãe para o reservatório.
Petróleo e Gás Natural
• Prospecção do Petróleo
A tarefa de encontrar petróleo, procurar as condições certas para uma "armadilha de
petróleo " : o tipo certo de rocha geradora, rocha-reservatório e aprisionamento.

• examinam as rochas superficiais e o terreno com a ajuda adicional de imagens de


satélite
• usam sensíveis medidores de gravidade para avaliar pequenas alterações no
campo gravitacional da Terra que possam indicar o petróleo fluindo
• magnetômetros de alta sensibilidade para medir minúsculas mudanças no campo
magnético terrestre causadas pelo fluxo do petróleo
• podem detectar o cheiro de hidrocarbonetos utilizando narizes eletrônicos
sensíveis chamados sniffers (farejadores)

• sismologia, criando ondas de choque que passam através das camadas ocultas
de rochas e interpretando as ondas que são refletidas de volta para a superfície.
Petróleo e Gás Natural
Procura de petróleo sobre a água usando sismologia

• em terra é usado como fonte de onda


sísmica a dinamite e o vibrador. No
mar, canhões de ar comprimido

• os receptores são geofones na terra e


hidrofones no mar.

• ambos devem captar as oscilações


mecânicas das ondas sísmicas e
reproduzir em ondas elétricas que são
trasnmitidas ao sismógrafo
Petróleo e Gás Natural

As ondas de choque se deslocam abaixo da superfície da Terra e são refletidas pelas


diversas camadas rochosas. Os reflexos se deslocam em diferentes velocidades
dependendo do tipo ou densidade das camadas de rocha que devem atravessar.
Petróleo e Gás Natural
• Equipamentos de Sonda de Perfuração

1. Sistema de sustentação de carga: constituído da torre (mastro), subestrutura e da


base (fundação)
carga = peso da coluna de perfuração e/ou revestimento do poço
• Torre = estrutura de aço especial, de forma piramidal, de modo a prover um
espaçamento vertical livre acima da plataforma paa permitir as manobrasc
• Subestrutura: vigas de aço especial montadas sobre a fundação, de modo a criar um
espaço de trabalho sob a plataforma onde são instalados os equipamentos de
segurança do poço.
• Fundação ou Base: estruturas rígidas de concreto, aço ou madeira, que apoiadas
sobre solo resistente, suportam as deflexões, vibrações e deslocamentos provocados
pela sonda
Petróleo e Gás Natural
• Esquema de uma sonda rotativa
Petróleo e Gás Natural

2. Sistema de movimentação de carga: constituído de guincho, bloco de


coroamento, catarina, cabo de perfuração, gancho e elevador
permite movimentar as colunas de perfuração, de revestimentos e outros;
Guincho : recebe energia mecânica para a movimentação da carga,
através da transmissão principal ou de motor elétrico acoplado a ele
Petróleo e Gás Natural
Bloco de coroamento : conjunto estacionário de 4 a 7 polias montadas em
linha num eixo suportado por dois mancais de deslizamento, que suporta
toda carga transmitida pelo cabo de perfuração
Catarina : conjunto de 3 a 6 polias móveismontadas em linha num eixo
suportado por dois mancais de deslizamento, que suporta toda carga
transmitida pelo cabo de perfuração

Bloco de coroamento
Alça para
prender o Catarina
gancho
Petróleo e Gás Natural
Cabo de Perfuração : cabo de aço trançado, sendo que cada trança é
formada por diversos fios de pequeno diâmetro de aço especial

O cabo proveniente do carretel


é passado e fixado numa
âncora próximo à torre, onde
se encontra um sensor para
medir a tensão no cabo, de
acordo com o peso sustentado
pelo guincho. Daí passa no
sistema bloco catarina e
enrolado no tambor do
guincho.
Sistema bloco - catarina
Petróleo e Gás Natural
2. Sistema de rotação: constituído de mesa rotativa, Kelly, Cabeça de Injeção
permite girar a coluna de perfuração

A mesa transmite rotação à


coluna e permite o livre
deslizamento do kelly

O kelly tranmite a rotação Cabeça de injeção ou swivel


proveniente da mesa à separa os elementos rotativos
coluna daqueles estacionários.
Apenas a parte inferior gira
Petróleo e Gás Natural
• Colunas de Perfuração
Fornece energia de rotação e peso à broca para cortar diversas formações rochosas

Fornece peso sobre a broca e


prover rigidez à coluna

Promove transição de rigidez


entre os comandos e a coluna de
perfuração, reduzindo a
possibilidade de falha por fadiga

tubulação de maior diâmetro e


mais pesada que se encaixa ao
redor da tubulação de perfuração e
coloca peso sobre a broca da
sonda
5,5 m a 16,5 m
Petróleo e Gás Natural
• Brocas

Equipamentos que
tem a função de
promover a ruptura e
desagregação das
rochas ou formações
Petróleo e Gás Natural
• Fluido de Perfuração
Mistura complexa de sólidos, líquidos, produtos químicos e as vezes gases; serve para
limpar os cascalhos gerados pela broca no fundo do poço e levá-los à superfície,
exercer pressão hidrstática sobre as formações para evitar influxo, resfriar e lubrificar a
coluna de perfuração

•Características:
- Apresentar custo compatível com a operação
- Ser estável quimicamente
- Estebilizar as paredes do poço mecânica e quimicamente
- Facilitar a separação dos cascalhos na superfície
- Manter os sólidos em suspensão quando estiver em repouso
- Ser inerte em relação às rochas produtoras
- Aceitar qualquer tratamento físico e químico
- Ser bombeável
- Aceitar baixo grau de corrosão e abrasão ás colunas
- Estebilizar as paredes do poço mecânica e quimicamente
Petróleo e Gás Natural
• Operações normais de perfuração

Há cinco etapas básicas para perfurar o poço de superfície:


•posicionar a broca, o colar e a tubulação de perfuração no poço;
•prender o conjunto de ligação e a mesa giratória e iniciar a perfuração;
•à medida que a sondagem prossegue, circular a lama através da tubulação e para
fora da broca para remover os cortes de rocha do poço;
•adicionar novas seções (emendas) da tubulação de perfuração conforme o
aumento da profundidade do poço;
•remover (desengatar) a tubulação, o colar e a broca de perfuração quando a
profundidade pré-determinada (no máximo a 600 metros) é atingida.
Petróleo e Gás Natural

Assim que atingem a profundidade pré-determinada, eles devem passar e cimentar o


revestimento, ou seja colocar seções da tubulação de revestimento no poço, para prevenir
que ele desmorone.

A equipe de revestimento coloca a tubulação de revestimento no poço. A equipe de


cimentação bombeia o cimento ao longo da tubulação de revestimento, usando uma retro
vedação, um cimento pastoso, um tampão superior e lama de perfuração.

A pressão da lama de perfuração faz com que o cimento pastoso se mova através do
revestimento e preencha o espaço entre o exterior do revestimento e o poço. Finalmente,
o cimento é deixado endurecer e então testado quanto a suas propriedades, como dureza,
alinhamento e vedação apropriada.

Quando os cortes de rocha da lama revelam a areia oleosa da rocha-reservatório, eles


podem ter atingido a profundidade final. Nesse ponto, removem o mecanismo de
sondagem do poço e fazem vários testes para confirmar essa descoberta.
Petróleo e Gás Natural

Testes de confirmação

• elaboração do perfil do poço - consiste em abaixar sensores elétricos e de gás no poço


para fazer medições das formações rochosas lá existentes;

• teste da coluna de perfuração - significa abaixar um dispositivo no poço para medir as


pressões, as quais deverão revelar se a rocha-reservatório foi atingida;

•A mostras de testemunho - obtenção de amostras de rocha para verificar as


características da rocha-reservatório.
Petróleo e Gás Natural
• Completação
Conjunto de operações destinadas a equipar o poço para produzir óleo ou gás,
realizadas após a perfuração de um poço

• Instalação de eqipamentos de superfície


• Condicionamento do poço
• Avaliação da qualidade da cimentação - perfilagem
• Canhoneio
• Colocação do poço em produção
Petróleo e Gás Natural

Equipamentos de superfície

pistola de perfuração - A pistola possui cargas explosivas para criar furos no


revestimento através dos quais o petróleo possa fluir. Depois que o revestimento é
perfurado, eles passam um tubo de pequeno diâmetro (os tubo de produção) no
poço como um conduto para que o óleo e o gás fluam do poço

vedador - enviado para baixo pelo lado externo do tubo de produção e quando ele é
instalado no nível de produção, é expandido para formar uma vedação ao redor do
exterior do tubo de produção

árvore de Natal - na parte superior do tubo de produção que é cimentada no topo do


revestimento. A árvore de Natal permite que a equipe controle o fluxo de óleo do poço.
Petróleo e Gás Natural
• Árvore de Natal
Petróleo e Gás Natural
Extração
Depois que a torre de perfuração é removida, uma
bomba é colocada sobre a cabeça do poço.

No sistema de bombeamento, um motor elétrico aciona


uma caixa de engrenagens que movimenta uma
alavanca. A alavanca empurra e puxa uma vareta
polida para cima e para baixo.
Petróleo e Gás Natural
A vareta polida é fixada a uma vareta de sucção, a qual é fixada à bomba. Esse sistema
força a bomba para cima e para baixo, criando uma sucção que aspira o petróleo
através do poço.
Em alguns casos, o petróleo pode ser muito denso para fluir. Então, um segundo poço é
cavado no reservatório, onde é injetado vapor sob pressão. O calor do vapor diminui a
viscosidade do óleo no reservatório e a pressão ajuda a empurrá-lo para cima no poço.

Recuperação Intensificada do
Petróleo
Petróleo e Gás Natural
Quando um poço é retirado de operações, ele deve ser tamponado, de acordo com
normas rigorosas que visam a minimizar riscos de acidente e danos ao meio ambiente.
Se houver previsão de retorno no futuro, efetua-se o abandono temporário, caso
contrário o definitivo; ambos são feitos com tampões de cimento ou tampões
mecânicos.

• teremos petróleo suficiente para atender a nossas necessidades?

As estimativas atuais sugerem que temos petróleo suficiente para cerca


de mais 63 a 95 anos, com base nas descobertas atuais e futuras e nas
demandas atuais.
Etapas da Completação

Figura 1: mostra como fica o poço após a


perfuração. Neste caso, ele será abandonado por
algum tempo, antes de iniciar a completação.

Figura 2: mostra o início da completação. Os


tampões de cimento são cortados com broca e o
fluido de perfuração dentro do poço é substituído
por fluido de completação.
Etapas da Completação
Etapas da Completação

Figura 3: continuação da figura 2, mostrando o


corte do tampão de cimento dentro do liner (nos
poços que têm liner) e a substituição do fluido de
perfuração por fluido de completação.

Figura 4: a cor verde indica que o fluido de


completação foi substituído por fluido de
completação filtrado. A figura também mostra uma
operação de perfilagem para verificar a integridade
da cimentação do revestimento.
Etapas da Completação
Etapas da Completação

Figura 5: mostra a descida de um canhão para


canhonear na zona produtora (neste caso o canhão
foi descido a cabo).

Figura 6: mostra que foi descida uma coluna de


teste para testar o poço e verificar se o poço é
comercialmente viável e obter os parâmetros da
formação (IP, dano, etc).
Etapas da Completação
Etapas da Completação

Figura 7: mostra a descida da cauda de produção.

Figura 8: mostra a cauda de produção já instalada.


Etapas da Completação
Inicia-se a produção

Nos próximos slides serem colocadas as etapas


da produção começando com a indução de
surgência por gas-lift
PLATAFORMA
P-18

ARVORE DE NATAL E FLOWLINES


W1 E M1: VALVULAS GAVETA DE PRODUÇÃO
W2 E M2: VALVULAS GAVETA DE ANULAR
DHSV: VALVULA FLAP DE SEGURANÇA
Após completação poço sendo
produzido pela plataforma.
Etapas da produção
Etapas da produção

Figura 11: continuação da indução de surgência. O


fluido de completação existente no anular do poço e
na coluna de produção segue para a sonda de
completação ou para a plataforma de produção
(conforme as linhas de produção e gas-lift não
estejam ou estejam instaladas).

Figura 12: continuação da indução de surgência. É


mostrada a entrada do nitrogênio na coluna, através
dos mandris de gas-lift, e o início da produção do
poço.
Etapas da produção
Nosso imenso balão azul…
Rocha
Rocha
protetora
reservatório Rocha (selante) Outras rochas,
(armadilha) geradora
areia e etc
Ouro negro: descoberta… Considerações

Phid
Mar

Areia
e
Pcamada Outros tipos de rocha
Pabs (Patm+todas as P)

Pcamada
ROCHA
PROTETORA

Pres (PE)
ROCHA RESERVATÓRIO
Ouro negro: descoberta… Considerações

Phid
Mar

Areia
e
Pcamada Outros tipos de rocha
Pabs (Patm+todas as P)

Fratura

Pcamada
ROCHA
PROTETORA

Pres (PE)
ROCHA RESERVATÓRIO
Ouro negro: descoberta… Perfuração…

ANM

Phid Mar
DHSV

Areia
e
Pcamada Outros tipos de rocha

Pabs (Patm+todas as P)

Pcamada
ROCHA
PROTETORA

Packer
Pres (PE)
ROCHA RESERVATÓRIO
Poço pronto: completado e tamponado

Phid Mar
Tampão
Cabeça do poço

Coluna de produção

Anular Areia
DHSV e
Pcamada Outros tipos de rocha
Pabs (Patm+todas as P)

Cimentado

Pcamada Válv. Gás lift


ROCHA
PROTETORA
Packer
Canhoneado

Pres (PE) ROCHA RESERVATÓRIO


Poço: poço horizontal
Funcionamento da DHSV e da válv.
DHSV
de gás lift Válv. de gás lift

P. Hidr. 3000#

Coluna

Anular

PE
PE
Coluna
Produção: poço surgente

Árvore de natal (ANM) LM UM W1


XO
M2 W2
Phid

Cabeça do poço

Coluna de produção

Anular Areia
DHSV e
Pcamada Outros tipos de rocha
Pabs (Patm+todas as P)

Cimentado

Pcamada Válv. Gás lift


ROCHA
PROTETORA
Packer
Canhoneado

Pres (PE) ROCHA RESERVATÓRIO


Produção: método Gás Lift

Árvore de natal (ANM) LM UM W1


XO
M2 W2
Phid

Cabeça do poço

Coluna de produção

Anular Areia
DHSV e
Pcamada Outros tipos de rocha
Pabs (Patm+todas as P)

Cimentado

Pcamada Válv. Gás lift


ROCHA
PROTETORA
Packer
Canhoneado

Pres (PE) ROCHA RESERVATÓRIO


Processo: planta básica
Demister
Compressor
Separador trifásico

1º estagio 2º estagio
Turbina a gás

Scrubber (depurador
de gás)

Chave de nível

Exportação de gás, gás lift


Tratamento
da água
Poço - chegada

Descarte
d’água
Transferência de óleo
Processo: visão geral
Dep. gás

Turbo C.
Separador

Flare

Manifold
de

Gás lift
superfície Vaso de
flare

Conector

Conector

Exportação de óleo e gás

MSP
MSGL

ANM
ANM
ANM

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