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OBRAS DE TERRA

PROF. GABRIEL L. SOTO BANHA


ESP. ENGENHARIA GEOTÉCNICA

MESTRANDO EM ENGENHARIA DE BARRAGENS

Contatos: gabriel.banha@estacio.br | (91) 3038-7217


MECÂNICA DOS SOLOS
• Conteúdos:
• Origem dos solos e formação dos grãos
• Índices Físicos e plasticidade
• Classificação dos solos
• Compactação
• Permeabilidade e Percolação
• Tensões no solo
• Compressibilidade e Adensamento
• Resistência ao cisalhamento do solo
MECÂNICA DOS SOLOS
• A crosta terrestre e o manto superior são formados por rochas
• As rochas são formadas por um conjunto de minerais (substâncias naturais inorgânicas que
formam a litosfera
• Cada mineral apresenta particularidades nas suas composições (cor, dureza e composição
química)
• Dentre os minerais formadores de rochas, os mais comuns são: Quartzo, mica, feldspato e
calcita)
MECÂNICA DOS SOLOS
COMPOSTA COMPOSTA
LITOSFERA ROCHAS MINERAIS
MECÂNICA DOS SOLOS
• ORIGEM:
• As rochas que formam os solos podem ser
Ígneas, Sedimentares ou metamórficas
• Rochas ígneas: resultam da consolidação devida ao
resfriamento do magma (lava do vulcão) derretido ou
parcialmente derretido. Elas podem ser formadas
abaixo da superfície como rochas intrusivas ou
plutônicas (granito, gabro) ou próximo à superfície,
sendo rochas extrusivas ou vulcânicas (andesito,
basalto)
• São formadas no interior da Terra, geralmente entre a
litosfera e astenosfera e surgem na superfície através
de afloramentos (devido movimentações tectônicas)
• São rochas muito rígidas e podem ser diferenciadas
devido a velocidade de resfriamento do magma
quando acelerado, há menos estruturas cristalinas e
mais estruturas vítreas (não cristalizadas); quando
gradual, a presença de cristais é maior
MECÂNICA DOS SOLOS
• Rochas Sedimentares: resultam da
acumulação e compactação de
sedimentos (detritos rochosos ou
orgânicos). As partículas são
trasnportadas com ação das águas e
ventos e sofrem nova solidificação,
originando novas rochas
• Sua formação depende de um conjunto
de etapas:
• Meteorização: decomposição ou
desintegração de rochas de forma química
(água e ar) ou física (clima e seres vivos)
• Erosão: desgaste das rochas, arrancando e
separando os fragmentos rochosos
• Trasporte
• Sedimentação: acumulação dos
sedimentos , ocorre quando os agentes
transportadores perdem energia
• Diagénese: processo que transforma
sedimentos soltos em rochas
sedimentares consolidadas
MECÂNICA DOS SOLOS

• Rochas Metamórficas: resultam do


metamorfismo de rochas pré-existentes
(rocha mãe) sem que essas sofram
decomposição durante o processo
• São formadas quando a rocha mãe é
transportada para outro ponto da litosfera
que apresenta pressão e temperatura
diferentes, sofrendo alterações de
propriedades.
MECÂNICA DOS SOLOS
• Ciclo das rochas
• Magma – Estágio inicial, começa no
interior da Terra, sofrendo resfriamento
após ser expelido a superfície, gerando a
cristalização
• Cristalização – Congelamento das rochas
• Erosão – Processo natural resultante do
desgaste do relevo (gerada pela água e
vento), ocorrendo a deterioração das
rochas e formação de sedimentos em
camadas mais inferiores do relevo
• Sedimentação – Formação de bacias
sedimentares que farão a formação das
rochas sedimentares
• Enterro tectônico e metamorfismo –
Rochas sedimentares são enterradas
através da movimentação tectônica,
sofrendo variações de temperatura e
pressão
• Fusão – A rocha enterrada sofre
temperatura do magma que a
transforma novamente em rocha ígnea
MECÂNICA DOS SOLOS
• ORIGEM:
• Os Solos são materiais que resultam do
intemperismo ou meteorização das rochas,
sendo esta por desintegração mecânica (água,
temperatura, vegetação e vento) ou
decomposição química (através da água por
oxidação, hidratação, carbonatação e efeitos
químicos da vegetação).
• O intemperismo pode ser:
• Físico (desintegração): variação de temperatura,
alívio de pressão, crescimento de cristais, hidratação
dos minerais, processos físicos
• Químico (decomposição): oxidação, redução,
hidratação, hidrólise, atividade dos ácidos,
dissolução
• Biológico: produzido por esforços mecânicos das
raízes de vegetais, restos de animais, escavações de
animais, etc
• Intemperismo nas rochas:
• Intemperismo físico: Climas frios e secos e climas
quentes e secos
• Intemperismo químico: climas quentes e úmidos
• Intemperismo biológico: ocorre em qualquer clima
• Em alguns casos, pode-se haver atuação conjunta
dos intemperismos
MECÂNICA DOS SOLOS
MECÂNICA DOS SOLOS
• TIPOS DE SOLOS
MECÂNICA DOS SOLOS

• CONCEITO
• Em 1925 o Prof. Karl Terzaghi publicou o famoso livro
Erdbaumechanik, contemplando o estudo dos comportamentos do
solo. Nascia então a mecânica do solos, ou seja, mecânica dos
sistemas constituídos por uma fase sólida granular e uma fase
fluida.
• A mecânica dos solos foi então consolidada no I Congresso
Internacional de Mecânica dos Solos e Fundações, realizado em
1936
• Os solos são aglomerados de partículas originários da
decomposição das rochas, por ação do intemperismo, que podem
ser escavados sem a utilização de explosivos e que são utilizados
como material de construção ou suporte de estruturas
• Os solos são compostos por partícula, água e ar
• Como os solos são originários das rochas suas características
dependem da rocha de origem e do seu processo de formação e
transporte
• Os Solos são normalmente classificados pela origem,
granulometria e plasticidade
MECÂNICA DOS SOLOS

• SOLOS RESIDUAIS (AUTÓCTONES)


• solos que permanecem no local de decomposição da rocha. É necessário que a velocidade
de degradação seja maior que a velocidade de transporte. depende do clima, temperatura
e da pressão
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• SOLOS SEDIMENTARES OU TRANSPORTADOS (ALÓCTONES)


• solos que são transportados do local de decomposição da rocha, classificados de acordo
com o mecanismo de transporte: eólicos, aluvionares, glaciais, coluvionares, orgânicos.
MECÂNICA DOS SOLOS

• GRANULOMETRIA
• BLOCOS – MAIOR QUE 1,0m
• MATACÕES – ENTRE 1,0m E 2,5cm
• PEDREGULHOS – ENTRE 2,5cm E
2,0mm
• AREIA
• GROSSA – ENTRE 2,0mm E 0,6mm
• MÉDIA – ENTRE 0,6mm E 0,2mm
• FINA – ENTRE 0,2mm e 0,06mm
• SILTE – ENTRE 0,06mm E 0,002mm
• ARGILA – MENOR QUE 0,002mm
MECÂNICA DOS SOLOS
• CURVA GRANULOMÉTRICA
MECÂNICA DOS SOLOS
• CURVA GRANULOMÉTRICA
CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
• CURVA GRANULOMÉTRICA
MECÂNICA DOS SOLOS

• OBJETIVOS PARA CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS


• CRIAR UMA LINGUAGEM DE COMUNICAÇÃO ENTRE ENGENHEIROS PARA
PERMITIR O ACESSO À EXPERIÊNCIA ACUMULADA DE OUTROS ENGENHEIRO

• AGRUPAR OS SOLOS DE ACORDO COM SEU COMPORTAMENTO, FACILITANDO


A FORMULAÇÃO E SOLUÇÕES INICIAIS DOS PROBLEMAS DE ENGENHARIA

• POSSIBILITAR A ESTIMATIVA DAS PROPRIEDADES DO SOLO, TAIS COMO


PERMEABILIDADE, COMPRESSIBILIDADE E RESISTÊNCIA, ETC. SEM A
NECESSIDADE DE SE EXECUTAR ENSAIOS DE CAMPO OU LABORATÓRIO
MECÂNICA DOS SOLOS
• CLASSIFICAÇÃO UNIFICADA
MECÂNICA DOS SOLOS

• TIPOS DE SOLOS
• Grupo de solos Pedalfer:
• Solos característicos de regiões com chuvas e temperaturas
moderadas. Dependem do clima, do tipo de rocha-matriz e
do intervalo de tempo que o solo teve para se desenvolver e
espessar. Estes solos contêm abundantes minerais
insolúveis, como o quartzo, argilominerais e produtos de
alteração do ferro
• Grupo de solos Lateríticos:
• Originam-se em climas quentes e úmidos onde o
intemperismo é intenso e os solos tornam-se espessos,
desenvolvendo uma vegetação diversificada. A umidade,
temperatura alta e abundância de vegetação aceleram o
intemperismo químico da camada superior do solo. Os
minerais solúveis da rocha são lixiviados resultando no
laterito, que é um solo vermelho espesso, rico em óxidos de
ferro e alumínio e hidróxidos
MECÂNICA DOS SOLOS

• TIPOS DE SOLOS
• Grupo de solos Pedocal:
• Solos característicos de regiões com chuvas e temperaturas moderadas. Dependem do clima, do tipo de
rocha-matriz e do intervalo de tempo que o solo teve para se desenvolver e espessar. Estes solos
contêm abundantes minerais insolúveis, como o quartzo, argilominerais e produtos de alteração do
ferro
MECÂNICA DOS SOLOS
• Composição química e mineralógica
• Os minerais encontrados nos solos são os mesmos das rochas de origem (minerais
primários), além de outros que se formam na decomposição (minerais secundários).
Quanto a composição química dos principais minerais componentes dos solos grossos,
podemos agrupá-los em:
• Silicatos – feldspato (são silicatos duplos de Al e de um metal alcalino ou alcalino-terroso (K, Na ou Ca),
mica (são ortossilicatos de Al, Mg, K, Na ou Li, podendo raramente ser de Mn e Cr), quartzo (é o mais
importante mineral dos silicatos, com composição química SiO2, serpentina, cloria e talco;
• Óxidos – hematita (Fe2O3), magnetita (Fe O ), limonita (Fe2O3.H2O)
3 4

• Carbonatos – calcita (CO3Ca), dolomita ([(CO3) 2CaMg]);


• Sulfatos – gesso(SO4Ca.2H2O) , anidrita (SO4Ca)
• Entre os solos finos, as argilas apresentam uma complexa constituição química. Sua análise
revela serem constituídas basicamente de sílica (SiO2) em forma coloidal e sesquióxidos
metálicos da forma geral (R O ) em que o símbolo R se refere ao Al e ao Fe.
2 3

• Os minerais argílicos podem ser divididos em 3 grupos:


MECÂNICA DOS SOLOS
• Composição química e mineralógica
• Os minerais argílicos podem ser divididos em 3 grupos:
• As caolinitas (Al2.O3 • 2SiO2 • 2H2O ou H4Al2Si2O9 ) são
formadas por unidades de silício e alumínio, que se unem
alternadamente , conferindo-lhes uma estrutura rígida. Em
conseqüência, as argilas caoliníticas são relativamente
estáveis em presença da água.
• As montmorilonitas [ (OH)4Si8Al4O20nH2O] são
estruturalmente formadas por uma unidade de alumínio
entre duas unIdades de silício. A ligação entre essas
unidades, não sendo suficientemente firme para impedir a
passagem de moléculas de água, torna as argilas
montmoriloníticas muito expansivas e, portanto , instáveis
em presença da água.
• As ilitas [(OH)4 Ky(Si8-y • Aly)(Al4Fe4Mg4Mg6)O20] são
estruturalmente análogasàs montmorilonitas, sendo porém
menos expansivas.
MECÂNICA DOS SOLOS
• Índices Físicos:
• O solo é um material constituído por
partículas sólidas e pelo espaço (vazios)
entre elas, que pode estar preenchido
por água ou ar
• Constitui assim um sistema de três
fases: sólida, liquida e gasosa
• As relações numéricas entre os pesos e
volumes das três fases (sólidos, água e
ar) são expressas através dos índices
físicos
MECÂNICA DOS SOLOS
• Índices Físicos:
• A água contida no solo pode ser classificada em:
• água de constituição - é a que faz parte da estrutura molecular da partícula sólida ;
• água adesiva ou adsorvida - é aquela película de água que envolve e adere fortemente a partícula sólida
• água livre - é a que se encontra em uma determinada zona do terreno , enchendo todos os seus vazios; o
seu éstudo rege-se pelas leis da Hidráulica;
• água higroscópica - é a que ainda se encontra em um solo seco ao ar livre ;
• água capilar - é aquela que nos solos de grãos finos sobe pelos interstícios capilares deixados pelas
partículas sólidas, além da superfície livre da água
• As águas livre , higroscópica e capilar são as que podem ser totalmente evaporadas pelo efeito do calor, a
uma temperatura maior que 100°C
MECÂNICA DOS SOLOS
• Índices Físicos:
• Vt = Volume total de uma amostra de solo
• Vs = Volume dos sólidos (soma dos volumes
das partículas)
• Vv = Volume dos vazios (volumes não
ocupados por sólidos)
• Va = Parte do volume de vazios que é ocupada
por água
• Var = Parte do volume de vazios que está
ocupada pelo ar
• Pt = Peso total de uma amostra
• Ps = Peso das partículas sólidas (peso da
amostra seca)
• Pa = Peso da água presente nos vazios da
amostra.
MECÂNICA DOS SOLOS
• Índices Físicos:
• Teor de umidade (h - %)
• Umidade de um solo é a razão entre o peso d'água,
Pa, contida num certo v de solo e o peso da parte
sólida, Ps, existente no mesmo volume, é expressa
em percentagem;
• Peso específico aparente dos solos ( ) -
• O peso específico aparente de uma amostra de solo
é determinado pela razão entre o peso das partículas
sólidas e seu volume
• Peso específico aparente seco ( )-
• O peso específico aparente de uma amostra de solo
é determinado pela razão entre o peso das partículas
sólidas e seu volume
MECÂNICA DOS SOLOS
• Índices Físicos:
• Índice de vazios (e)
• É a relação entre o volume de vazios e
o volume da parte sólida de um solo;
• Porosidade (n - %)
• É a razão entre o volume de vazios e o
volume total de uma amostra de solo,
sempre expressa em porcentagem
• Grau de saturação ( )
• Grau de Saturação (ou Saturação) de
um solo é a porcentagem volumétrica
de água existente nos vazios desse solo
• Peso específico de solo submerso
(
• Grau de Saturação (ou Saturação) de
um solo é a porcentagem volumétrica
de água existente nos vazios desse solo
MECÂNICA DOS SOLOS
• Índices Físicos:
MECÂNICA DOS SOLOS
• Índices Físicos:
MECÂNICA DOS SOLOS
• Plasticidade
• A plasticidade é normalmente definida como uma
propriedade dos solos, que consiste na maior ou
menor capacidade de serem eles moldados, sob
certas condições de umidade, sem variação de
volume. Trata-se de uma das mais importantes
propriedades das argilas
• Limite de consistência
MECÂNICA DOS SOLOS
• Limite de liquidez
• Determinado através do aparelho de Casagrande, é o
teor de umidade para o qual o sulco se fecha com 25
golpes
MECÂNICA DOS SOLOS

• Limite de liquidez
• Para o ensaio deve-se utilizar as recomendações da
Norma NBR6459
MECÂNICA DOS SOLOS
• Limite de plasticidade
• Determinado através do cálculo da
porcentagem de umidade para o qual o
solo começa a se fraturar quando se tenta
moldar, com ele, um cilindro de 3mm de
diâmetro e cerca de 10cm de comprimento
• Ao contrário do ensaio de LL, o de
plasticidade ainda não foi possível
mecanizar de forma satisfatória
MECÂNICA DOS SOLOS
MECÂNICA DOS SOLOS
• Índice de Plasticidade
• Ele define a zona em que o terreno se acha
no estado plástico e , por ser máximo para
as argilas e mínimo, ou melhor, nulo para as • Solos fracamente plásticos: 1<IP<7
areias, fornece um critério para se ajuizar do • Solos Mediamente plásticos: 7<IP<15
caráter argiloso de um solo; assim , quanto
maior o IP, tanto mais plástico será o solo • Solos altamente plásticos: IP>15
• Quando um material não tem plasticidade
(areia, por exemplo), considera-se o índice • Quanto maior o IP, maior a compressibilidade
de plasticidade nulo e escreve-se IP = NP das argilas
(não plástico)
• Sabe-se que uma pequena porcentagem de
matéria orgânica eleva o valor do LP, sem
elevar simultaneamente o do LL ; tais solos
apresentam, pois, baixos valores para IP
• Consultar a NBR 7180 para execução do
ensaio
MECÂNICA DOS SOLOS
MECÂNICA DOS SOLOS
• Índice de Consistência
• A consistência de um solo no seu estado
natural, com teor de umidade h, é expressa
numericamente pela relação:

• Solos muito moles: IC < 0


• Solos Moles: 0 < IC < 0,50
• Solos médios: 0,50 < IC < 0,75
• Solos Rijos: 0,75 < IP <1,00
• Solos Duros: IC >1,00
MECÂNICA DOS SOLOS
• Definição
• Processo manual ou mecânico que visa reduzir o
volume de seus vazios e , assim, aumentar sua
resistência, tornando-o mais estável
• Trata-se de uma operação simples e de grande
importância pelos seus consideráveis efeitos sobre a
estabilização de maciços terrosos , relacionando-se,
intimamente, com os problemas de pavimentação e
barragens de terra.
• Em fins da década de 1930, Porter, da Califórnia
Division oh Highways, desenvolveu um ensaio para
determinar a densidade seca máxima e a umidade
ótima de solos para fins rodoviários. No entanto,
Ralph Proctor foi quem padronizou o ensaio em 1933.
• Através do ensaio consegue-se determinar a curva de
compactação de um solo, de modo que o pico da
mesma estão associados um teor de umidade ótima e
uma densidade seca máxima.
MECÂNICA DOS SOLOS
• Definição
• No estado atual de conhecimento sobre o assunto, sabe-
se que o aumento do peso específico de um solo,
produzido pela compactação, depende
fundamentalmente da energia dispendida e do teor de
umidade do solo.
• Observe-se que na "compactação" há expulsão de ar, e
no "adensamento" a expulsão é da água.
• É sabido que a compactação se enquadra na categoria
dos problemas relativos a "solos não saturados", onde a
Mecânica dos Solos se depara ainda com dificuldades e ,
até mesmo, com certa insegurança.
MECÂNICA DOS SOLOS
• Objetivos
• Redução do índice de vazios
• Aumento das qualidade mecânicas do solos
• Aumento da qualidade hidráulica do solo
• Redução da permeabilidade
• Aumento da resistência ao cisalhamento do solo
Massa específica seca | Umidade | Energia de compactação
MECÂNICA DOS SOLOS
𝜏 = 𝑐 + 𝜎′ . 𝑡𝑔∅
• Curvas de compactação 𝜎′ = 𝜎 − 𝑢
𝜎 = 𝛾. 𝑧
• Quando se realiza a compactação de um solo,
𝛾
sob diferentes condições de umidade e para 𝛾 = → 𝛾 = 𝑓(ℎ)
1+ℎ
uma determinada energia de compactação, a
curva de variação dos pesos específicos ,em
função da umidade . Lubrificação

• À medida que cresce o teor de umidade , até Excesso de umidade


um certo valor ( , o solo torna-se mais
trabalhável, daí resultando maiores e
teores de ar menores. Como, porém, não é
possível expulsar todo o ar existente nos
vazios do solo, a curva de compactação não
poderá nunca alcançar a curva de saturação
(que é , teoricamente, a curva de ),
justificando-se, assim, a partir de , ,o
ramo descendente .
MECÂNICA DOS SOLOS
• Ensaios
• Ensaio Proctor (NBR 7182:2016)
• Consiste em compactar uma amostra dentro de
um recipiente cilíndrico, com aproximadamente
1000 cm³, em três camadas sucessivas, sob a ação
de 26 golpes de um soquete, pesando 2,5 kg,
caindo de 30,5cm de altura
• Inicialmente seca-se a amostra de solo e destorra
a mesma, em seguida aplica-se a amostra uma
umidade de aproximadamente 5% da ótima.
• Em seguida, o material compactado é pesado e
com o volume conhecido, encontra-se a massa
específica e identifica-se a umidade.
• O ensaio é repetido para diferentes teores de
umidade, determinando-se , para cada um deles,
o peso específico aparente. Com os valores
obtidos traça-se a curva , de onde, se
obterá o ponto correspondente a e ,
MECÂNICA DOS SOLOS
• Ensaios
• Ensaio Proctor (NBR 7182:2016)
• É conveniente determinação de uns cinco pontos ,
procurando-se fazer com que dois deles se encontrem na
zona seca (ramo da esquerda da curva) , um próximo à
umidade ótima e os outros dois na zona úmida (ramo da
direita da curva)
• A energia de compactação desse ensaio é de
aproximadamente 6 kg.cm/cm³ , calculada pela fórmula:
𝑃. ℎ. 𝑁. 𝑛
𝐸=
𝑉
• Onde:
E - energia específica de compactação, isto é, por unidade
de volume;
P - peso do soquete;
h - altura de queda do soquete;
N - número de golpes por camada;
=

n - número de camadas;
=

V - volume do solo compactado.


=
MECÂNICA DOS SOLOS
• Ensaios
• Ensaio Proctor (NBR 7182:2016)
• Atualmente, tendo em vista o maior peso dos
equipamentos de compactação, tornou-se
necessário alterar as condições do ensaio, para
manter a indispensável correlação com o esforço
de compactação no campo. Surgiu , assim, o
ensaio modificado de Proctor ou AASHO
Modificado. Neste novo tipo de ensaio, embora a
amostra seja compactada no mesmo molde, isto é
feito, no entanto, em cinco camadas, sob a ação
de 25 golpes de um peso de 4,5 kg, caindo de
45cm de altura. A energia específica de
compactação é, para esse novo ensaio, da ordem
de 25 kg.cm/cm³.
h
MECÂNICA DOS SOLOS
• Ensaios
• Ensaio Proctor (NBR 7182:2016)
• A Curva de saturação é estabelecida através da equação:
1+ℎ
𝛾 = 𝛿. .𝛾
1+𝑒
Se o solo estiver saturado, portanto ), logo . Logo:
1+ℎ
𝛾 = 𝛿. .𝛾
1 + ℎ𝛿
Em função de
𝛿
𝛾 = .𝛾
1 + ℎ𝛿
Logo, a equação para determinar a umidade para saturar um solo é:
𝛾 1
ℎ% = − . 100
𝛾 𝛿
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• Ensaios
• Ensaio Califórnia (NBR 9295:2016)
• Este ensaio, de grande valor na técnica rodoviária, é
a base do conhecido método de dimensionamento
de pavimentos flexíveis, introduzido por Porter, em
1929
• Analisa o desempenho das estruturas do pavimento
• Dimensiona a camada de pavimento a depender do
CBR do material, visando protege-lo da ruptura
• Dessa forma verificação a resistência a penetração
de um pistão no corpo de prova (através da Coesão
e Ângulo de atrito)
• Em 1929 definiu-se a resistência padrão (100%)
𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑎 𝑜𝑢 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑎
𝐶𝐵𝑅 = . 100
𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜
MECÂNICA DOS SOLOS
• Ensaios
• Ensaio Califórnia (NBR 9295:2016)
MECÂNICA DOS SOLOS
• Ensaios
• Ensaio Califórnia (NBR 9295:2016)
• Compactação do corpo de prova: É realizada a compactação com energia padrão (Proctor),
obedecendo-se ao número correto de golpes e de camadas, correspondentes à energia desejada,
normal ou modificada. É comum moldar no mínimo 5 corpos de prova, variando o teor de umidade para
que seja possível caracterizar a curva do CBR
MECÂNICA DOS SOLOS
• Ensaios
• Ensaio Califórnia (NBR 9295:2016)
• Expansão: Depois da moldagem dos corpos de prova, é hora de obter os valores de expansão. Para isso,
o conjunto já preparado para o ensaio, é imergido em água por no mínimo 4 dias, devendo ser realizado
leituras no extensômetro a cada 24 horas
MECÂNICA DOS SOLOS
• Ensaios
• Ensaio Califórnia (NBR 9295:2016)
• Resistência à penetração: É retirado o corpo de prova, depois do período de imersão, e deixado para ser
drenado naturalmente por 15 minutos. Em seguida, leva-se o corpo de prova para a prensa, onde
deverá ser rompido através da penetração de um pistão cilíndrico, a uma velocidade de 1,27 mm/min.
Utilizando um anel dinamômetro na prensa, registra-se os valores necessários para o cálculo das
pressões de cada penetração
MECÂNICA DOS SOLOS
• Ensaios
• Ensaio Califórnia (NBR 9295:2016)
• Preparam-se três corpos de prova com a umidade
ótima, sendo que um com 55 golpes, outro com 26
e o terceiro com 12; determinam-se as umidades e
os pesos específicos dos mesmos
• Satura-se cada uma dessas amostras durante 4
dias; assim procedendo, procura-se reproduzir a
condição mais desfavorável que possa ocorrer, que
é a de eventual saturação do material in loco
• Mede-se a resistência à penetração de cada uma
delas, mediante o puncionamento (Fig. 12-7), na
face superior da amostra, de um pistão com,
aproximadamente, 5 em de diâmetro, sob uma
velocidade de penetração de 1 ,27mm/min
MECÂNICA DOS SOLOS
• Ensaios
• Ensaio Califórnia (NBR 9295:2016)
• Para o cálculo, são utilizadas as pressões lidas entre as penetrações de 2,54 e 5,08 mm
• A pressão padrão dada na expressão acima, é 6,90 e 10,35 MPa para as penetrações de 2,54 e 5,08 mm
respectivamente.
• No resultado final, é considerado aquele que obtiver o maior valor de CBR

𝑃
𝐶𝐵𝑅 = . 100
70
MECÂNICA DOS SOLOS
• Equipamentos de compactação
• Soquetes
• São compactadores de impacto, utilizados em locais de difícil acesso para rolos compressores, como em
valas, trincheiras, etc. Possuem peso mínimo de 15kgf, podendo ser manuais ou mecânicos.
• A camada compactada deve ter de 10 a 15cm para solos finos e 15cm para solos grossos.

MANUAIS MECÂNICOS
MECÂNICA DOS SOLOS
• Equipamentos de compactação
• Equipamentos estáticos
• Rolo pé de Carneiro
• É constituído de um tambor metálico em que são
solidarizadas protuberâncias de forma troncocônica com
altura de 18 a 25 cm. Geralmente não autopropulsivos
são arrastados por tratores. Pela forma de aplicação das
cargas, são recomendados para compactação de solos
argilosos
• A espessura da camada compactada deve situar-se em
torno de 15 cm. O número de passadas deve ser de 4 a 6,
aproximadamente, para solos finos e de 6 a 8 para solos
grossos
MECÂNICA DOS SOLOS
• Equipamentos de compactação
• Equipamentos estáticos
• Rolo liso
• Compõe-se de um cilindro de aço oco, podendo ser preenchido
com areia ou pedregulho, para aumento da pressão aplicada. São
apresentados com uma roda, duas rodas em tandem ou três.
Por causa de sua pequena superfície de contacto são utilizados na
compactação do capeamento e em base de estradas. São
indicados também para compactar camadas finas de 5 a 15 cm.
• Os rolos tipo tandem são indicados para a compactação de bases
e subleitos de estradas em que as espessuras a serem
compactadas variam de 20 a 30 em. Em geral, 4 passadas são
suficientes.
• São apresenta dos nos pesos de l a 20 toneladas. Os rolos com
três rodas são utilizados para a compactação de solos finos. Os
pesos recomendados são de 6 a 7t para materiais de baixa
plasticidade e de l0 t para materiais de alta plasticidade. Em geral,
6 passadas são suficientes para compactar uma camada de 15 a
20 cm de espessura.
MECÂNICA DOS SOLOS
• Equipamentos de compactação
• Equipamentos estáticos
• Rolos Pneumáticos
• São eficientes para a compactação de capas asfálticas, e têm
grande aplicabilidade em bases e sub-bases de estradas. Aplicam-
se também em solos grossos sem coesão, com 4 a 8%, passando
na malha 200, cuja espessura de camada deve estar em torno de
25 cm, dando-se de 3 a 5 passadas. Utilizam-se também em solos
finos ou em solos grossos bem graduados que tenham mais de
5%, passando na malha 200 em camadas de 15 a 20 cm de
espessura, e aplicando-se de 4 a 6 coberturas.
• O uso de rolos com cargas elevadas proporciona bons resultados,
entretanto, são capazes de considerável penetração no solo, e isto
gera grande deslocamento do solo superficial, e pode causar o
aparecimento de fendas de ruptura
MECÂNICA DOS SOLOS
• Equipamentos de compactação
• Placas e rolos Vibratórios
• São utilizados para compactar solos grossos com menos de
12%, passando na malha 200. São, no entanto, mais
adequados para solos com 4 a 8%, passando na malha 200. A
espessura da camada compactada deve situar-se em torno de
20 a 25 cm, e com cerca de três coberturas atinge-se uma boa
compactação. De modo geral, podem ser empregados na
compactação de solos granulares, uma vez que atuam no
sentido de destruir temporariamente a resistência ocasionada
pelo ângulo de atrito interno do solo
MECÂNICA DOS SOLOS
• Equipamentos de compactação
• Tipos de equipamentos mais apropriados para cada tipo de solo
MECÂNICA DOS SOLOS
• Controle de compactação no campo
• Com os valores determinados através dos ensaios de laboratório,
umidade ótima ( ) e peso específico aparente seco máximo , á . .
Deve-se determinar o Grau de Compactação do solo no campo
• Na prática, o projetista, em face de sua experiência e das especificações
existentes, estabelece determinado grau de compactação e um desvio
de umidade (GC = 95 % do ensaio de Proctor Normal e em
torno da umidade ótima, por exemplo) que devem ser conseguidos no
campo.

𝛾 ( )
𝐺𝐶 = . 100 ∆ℎ = ℎ − ℎ
𝛾 , á ( )
MECÂNICA DOS SOLOS
• Permeabilidade
• É a maior ou menor facilidade com que a água pode
locomover-se no interior do solo. Um material é dito
permeável se contém vazios ininterruptos.
• A permeabilidade, juntamente com a Resistência ao
Cisalhamento e a Compressibilidade, é uma das
principais propriedades mecânicas dos solos, as quais
interagem entre si
• Os estudos sobre permeabilidade são muito aplicados
em projetos e análises de barragens, taludes em geral,
arrimos, escavações, filtros de proteção, drenos,
sistemas de drenagens (bombeamento) e várias outras
obras de terra caracterizadas pela presença da
água
MECÂNICA DOS SOLOS
• Capilaridade
• Propriedade que os líquidos apresentam de
atingirem, em tubos de pequeno diâmetro,
pontos acima do nível freático. O nível freático é
a superfície em que atua a pressão atmosférica
e, na Mecânica dos Solos, é tomada como
origem do referencial, para as pressões neutras,
e no nível freático a pressão neutra e igual a zero
• Nesses casos a água subirá pelo tubo até atingir
uma posição de equilíbrio. Quanto menor o
diâmetro do tubo maior será a ascensão capilar.
A pressão da água capilar é menor que a
atmosférica, por isso, representada
negativamente, Logo:
𝑼𝒄 = −𝜸𝒘 . 𝒉𝒄
MECÂNICA DOS SOLOS
• Tensão capilar
MECÂNICA DOS SOLOS
• Permeabilidade
• Ensaio de campo:
• Realizado através do ensaio de perfuração
• Normalmente é um ensaio menos preciso que o ensaio de laboratório
• O ponto positivo é que usa uma amostra em condições reais
• Para execução do ensaio, normalmente interrompe-se a sondagem
• Enche-se o furo com um volume conhecido de água
• Mede-se o tempo para o furo secar
• Calcula-se a vazão através da equação de Darcy
• Pré-requisitos para o ensaio:
• Altura da perfuração
• Posição do Nível d’água
• Espessura da camada ensaiada
• Para execução do ensaio, recomenda-se seguir as instruções:
• NBR 13292 – Permeabilidade em areias com Q constante
• NBR 14545/00 e NBR 13292/95 – Ensaios de laboratório
• Recomendações da ABGE – Boletim 4 de 1999
MECÂNICA DOS SOLOS
• Permeabilidade
• Métodos indiretos
• Calculado através de fórmulas empíricas
• Normalmente usa-se a correlação de Hansen

𝑘 = 100. 𝐷 ²
• Onde 𝐷 = 𝐷 (𝑒𝑚 𝑐𝑚)
• Ressalta-se que a formulação de Hansen é usada apenas para areias com CNU < 5

𝐷
𝐶𝑁𝑈 =
𝐷
• Outra forma para encontrar os valores da permeabilidade de solos é através de
tabelas
MECÂNICA DOS SOLOS
• Permeabilidade
• Classificação dos solos quanto a permeabilidade
MECÂNICA DOS SOLOS
Fatores que afetam a permeabilidade
Segundo Taylor (1948):  w e3
k  D2 C
 1 e
D – Diâmetro de uma esfera equivalente ao tamanho dos grãos do solo
w=peso específico do líquido
= viscosidade do líquido
C – coeficiente de forma
 Equação mostra que k é função do quadrado do diâmetro das partículas;
 Permite estudar a influência que o estado do solo e do líquido exercem na
permeabilidade;

embricamento
MECÂNICA DOS SOLOS
• Fatores devido ao fluido
• Peso específico (w) e viscosidade ()
• A permeabilidade depende do peso específico e da viscosidade do
líquido.
• Ambas propriedades variam com a temperatura (principalmente a
viscosidade)
• Temperatura
• A mudança na temperatura modifica a viscosidade do fluido. Os
resultados devem ser obtidos para uma temperatura de referência
(20ºC) ou com correção de temperatura. Quanto maior a temperatura,
menor a viscosidade do fluido e maior o k.

kt= o valor de k para a temperatura do ensaio;


T 20= viscosidade da água a 20ºC;
k 20  kT  kT Cv
 20 T= viscosidade da água na temperatura do ensaio;
Cv= Relação entre as viscosidades.
MECÂNICA DOS SOLOS
• Fatores devido ao solo
• Granulometria
• A permeabilidade varia em função do diâmetro médio das partículas. Ex:
2
k  100 Defet
• Equação de Hazen (válida para areias uniformes com CNU<5):
• Sendo Defet = D10 (em cm)

 A influência do tamanho das partículas é maior em areias e siltes onde os


grãos são equidimensionais.

(.0,85) !
MECÂNICA DOS SOLOS
• Fatores devido ao solo
• índice de vazios
• De acordo com a fórmula de Taylor (1948), teremos para um mesmo solo com
diferentes índices de vazios:
3
e1
k1 (1  e1 )
 3
k2 e2
(1  e2 )
• A relação k x e³/(1+e) é linear para areias;
• Para argilas há uma relação linear entre e x logK (independente do material);
• k aumenta com índices de vazios maiores.
MECÂNICA DOS SOLOS
• Fatores devido ao solo
• Composição mineralógica
• É importante para o caso de argilas (montmorilonita de potássio, caulinita,
atapulgita, etc);
• Areias possuem grãos de quartzo e a influência da mineralogia é pequena.
• Influência do grau de saturação
• k (solo não saturado) < k (solo saturado);
• Ar nos vazios constituem um obstáculo ao fluxo de água.
• Estrutura (“fabric”) e anisotropia
• Combinação das forças de atração e repulsão entre as partículas resulta na
estrutura do solo;
• A estrutura tem grande influência em solos argilosos, sendo o fator de maior
influência em argilas compactadas;
• A permeabilidade depende quantidade de vazios e da disposição relativa dos
grãos.ex:
MECÂNICA DOS SOLOS
• Fatores devido ao solo
• Estrutura (“fabric”) e anisotropia
• Combinação das forças de atração e repulsão entre as partículas resulta na
estrutura do solo;
• A estrutura tem grande influência em solos argilosos, sendo o fator de maior
influência em argilas compactadas;
• A permeabilidade depende quantidade de vazios e da disposição relativa dos
grãos.ex:
MECÂNICA DOS SOLOS
• Fatores devido ao solo
• Estrutura (“fabric”) e anisotropia
• Solos residuais apresentam permeabilidade maiores em função da presença de
macroporos;

• Solos compactados com o mesmo índice de vazios, mas com diferentes umidade de
compactação apresentam permeabilidades diferentes (Pinto, 2000):
MECÂNICA DOS SOLOS
• Conceito
• Os esforços que solicitam um maciço – provenientes
do seu peso próprio, da carga de uma estrutura ou da
ação de um veículo – produzem tensões na totalidade
dos seus pontos (ou de suas partículas)
• Para o ponto O da seção S, distingue-se as tensões
atuantes no plano, (Tensão cisalhante) e a normal
(Tensão normal de compressão ou tração)
MECÂNICA DOS SOLOS
• Tensões no solo seco:
• As forças são transmitidas no solo através do contato
entre partículas, as quais dependem dos tipos de
materiais que compõem este solo:
• Areias: Transmitem os esforços através do contato direto dos
seus grãos;
• Argilas: Transmitem os esforços por meio da água adsorvida
em seus grãos.
• As forças partem do centro de gravidade de cada
partícula
MECÂNICA DOS SOLOS
• Tensões no solo seco:
∑𝑁 ∑𝑇
𝜎= 𝜏=
𝐴 𝐴

AMOSTRA DE SOLO
CG

CG

CG

T
N
F
MECÂNICA DOS SOLOS
• Tensões no solo seco:
• Se tratando de solos secos, as principais tensões atuantes no solo são oriundas do seu
peso próprio. Nesse caso, as tensões tangencias são anuladas para o devido estudo:
• Desta forma, a Tensão total no solo pode ser entendida como o peso de suas partículas
aplicados em uma determinada área: NT
𝛿
𝜎=
𝐴
• Sabendo que através dos índices físicos, o peso específico das partículas é dado pelo Volume z
peso de uma partícula em um dado volume, temos: de solo
𝛿
𝛾=
𝑉
• Multiplicando-se a expressão por V em ambos os lados e substituindo pelas incógnitas:
y
𝛿 x
𝑉. 𝛾 = . 𝑉 → 𝛿 = 𝛾. 𝑉 → 𝛿 = 𝛾. 𝑥. 𝑦. 𝑧
𝑉 𝑉 = 𝑥. 𝑦. 𝑧
𝐴 = 𝑥. 𝑦
𝛿 𝛾. 𝑥. 𝑦. 𝑧
𝜎= ∴𝜎= → 𝝈 = 𝜸. 𝒛
𝐴 𝑥. 𝑦
MECÂNICA DOS SOLOS
• Conceito
• Tensões
• Tensões totais, Pressão Neutra, Tensão Efetiva, Ruptura dos
Solos, Parâmetros de Resistência, Ensaio de Cisalhamento
Direto, Solos Não Saturados
• As tensões que atuam em um ponto do maciço, resultantes do
peso próprio do solo ou de cargas aplicadas sobre ele, variam
de acordo com o plano de referência
• Em um plano qualquer, atuam a tensão normal e a tensão
cisalhante
MECÂNICA DOS SOLOS
• Conceito
• Tensões
• Tensão Principal Maior:
• Tensão Principal Menor:
• Tensão Principal Intermediária: (Normalmente
desconsiderada para simplificação dos cálculos)
• Para definição das Tensões, correlaciona-se com
𝜎
• 𝜎 = 𝜎′ = γ. 𝑧 − 𝛾 . 𝑧
𝜎 = 𝜎′ = 𝐾 . 𝜎′

𝜎
𝜎 𝜎

𝜎 𝜎
RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO NO SOLO
• Conceito
• Tensões
• Tensão Principal Maior:
• Tensão Principal Menor:
• Tensão Principal Intermediária: (Normalmente
desconsiderada para simplificação dos cálculos)
• Para definição das Tensões, correlaciona-se com
• 𝜎 = 𝜎′ = γ. 𝑧 − 𝛾 . 𝑧
𝜎 = 𝜎′ = 𝐾 . 𝜎′

𝜎 𝜏 𝜎

𝜎 𝜎 𝜎

𝛼
𝜎
𝜎
MECÂNICA DOS SOLOS
• Conceito
• Tensões
• Precisamos encontrar e , logo, transformamos ambos em
cargas concentradas:
𝜎 .𝐴 e 𝜏 .𝐴
• Para isso, nomeia-se os lados do triângulo retângulo:
𝑥
𝑠𝑒𝑛𝛼 = → 𝑥 = 𝐴. 𝑠𝑒𝑛𝛼
𝐴
𝑦
𝐴 𝑐𝑜𝑠𝛼 = → 𝑦 = 𝐴. 𝑐𝑜𝑠𝛼
𝑥 𝜎 . 𝑥 → 𝜎 . (𝐴. 𝑠𝑒𝑛 ∝) 𝐴

𝛼
𝑦
𝜎 . 𝑦 → 𝜎 . (𝐴. 𝑐𝑜𝑠𝛼)
MECÂNICA DOS SOLOS
• Ensaio de cisalhamento direto
• A determinação dos parâmetros de resistência em laboratório
se faz através de ensaios, entre os quais o Cisalhamento Direto
é o mais simples e por isto o mais usado.
• Neste ensaio, uma amostra é colocada em uma caixa bi-partida
e é cisalhada pelo movimento de uma parte da caixa em
relação à outra, criando uma tensão cisalhante no solo.
• A tensão normal é aplicada através de um pistão vertical, o que
permite a realização dos ensaios com diversas tensões normais
• O ensaio é repetido com diversos corpos de prova da amostra
de solo submetidos a tensões normais diferentes.
• Para cada corpo de prova ensaiado sob uma determinada
tensão normal, a tensão cisalhante máxima aplicada para
romper o solo é medida.
• Deste modo, tem-se diversos pares de pontos ( , ).
• Estes pares de pontos plotados em um gráfico Tensão Normal x
Tensão Cisalhante possibilita a determinação dos parâmetros
de resistência ( , ) através da Equação de Coulomb.
MECÂNICA DOS SOLOS
• Ensaio de cisalhamento direto
• Vantagens:
• O ensaio não é caro, é rápido e simples, especialmente
para solos granulares.
• É possível observar-se realmente os planos de
cisalhamento e as zonas de ruptura na amostra.
• Desvantagens:
• Problemas com o controle da drenagem, especialmente
para solos finos.
• O ensaio força que o plano de ruptura aconteça em uma
direção que não sabemos se esta é a direção crítica que
ocorre no campo.
• Existem forças no corpo de prova que levam a condições
de não uniformidade da aplicação das tensões na
superfície de ruptura
MECÂNICA DOS SOLOS
• MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DOS PARÂMETROS:
• Pressão admissível pela teoria da mecânica dos solos
• Critério de Ruptura Mohr-Coulomb
• Necessidade de ensaios geotécnicos ou utilização de correlações com Nspt:

• Coesão
• Ângulo de atrito
C=10Nspt (KPa) Teixeira e Godoy (1996)
∅ = 28° + 0,4𝑁𝑠𝑝𝑡 Godoy (1983)
CORRELAÇÃO Nspt e Coesão
Argilas Nspt Coesão (Kpa) ∅= 20𝑁𝑠𝑝𝑡 + 15° Teixeira (1996)
Muito mole <2 <10
Mole 2a4 10 a 25 Urbano Alonso (1983) CORRELAÇÃO Nspt e Ângulo de atrito
Média 4a8 25 a 50 Areia Nspt φ (°)
Rija 8 a 15 50 a 100 Fofa <4 <30
Muito Rija 15 a 30 100 a 200 Pouco compacta
Mediamente compacta
4 a 10
10 a 30
30 a 35
35 a 40
Urbano Alonso (1983)
Dura >30 >200
Compacta 30 a 50 40 a 45
Muito compacta > 50 > 45
MECÂNICA DOS SOLOS
Peso específico
• Godoy, 1972 • Valores Prof. Maragon UFMG
CORRELAÇÃO Nspt e Peso específico
Peso específico
Argilas Nspt
(KN/m³)
Muito mole <2 13
Mole 3a5 15
Média 6 a 10 17
Rija 11 a 19 19
Dura > 20 21

CORRELAÇÃO Nspt e Peso específico • Valores sugeridos Bowles, 1997


Peso específico (KN/m³)
Nspt Areia
Areia seca Areia úmida Areia saturada
<5 Fofa
16 18 19
5a8 Pouco compacta
9 a 18 Mediamente compacta 17 19 20
19 a 40 Compacta
18 20 21
> 40 Muito compacta
MECÂNICA DOS SOLOS
• Exemplo 01
Determine a CAPACIDADE DE TENSÃO ADMISSÍVEL de uma sapata
quadrada, de 2m de lado, assente a uma profundidade de 1,2m, numa
argila média (ruptura localizada). Considere as seguintes informações:
-Peso específico natural (𝛾nat) = 16 kN/m3
-Coesão (c) = 60 kPa
-Ângulo de atrito (∅) = 10º

𝜏 = 𝑐 + 𝜎′ . 𝑡𝑔∅
FS=3 FUND. SUPERFICIAL
𝜏 = 60 + 𝛾. 𝑧. 𝑡𝑔10
3,10m FS=2 FUND. PROFUNDA
𝜏 = 60 + 16.1,2. 𝑡𝑔10

𝜏 = 60 + 16.1,2. 𝑡𝑔10 𝜎 𝐹
𝐴 = 𝐵. 𝐵
3,10m

𝜎 = 𝑃=
𝐹𝑆 𝐴
𝜏 = 63,38𝑘𝑃𝑎 𝑜𝑢 63,38𝑘𝑁/𝑚² 200 𝐵 = 𝐴
63,38 21,12 =
𝜎 = 𝐴
3 𝐵 = 9,47
200
𝜎 = 21,12𝑘𝑁/𝑚² 𝐴= 𝐵 = 3,07𝑚
21,12
𝐴 = 9,47𝑚²

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