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GEOLOGIA E

MECÂNICA DOS
SOLOS
Aula 02 – Minerais e Rochas
Prof. Me. Lucas Pizzaia Falda
GEOLOGIA

CICLO
DAS
ROCHAS
MINERAIS, O QUE SÃO?
▪ São os constituintes básicos das rochas.

▪ A maioria das rochas é composta por mais de um tipo de mineral.

▪ Para identificar e classificar as rochas, é preciso conhecer os


minerais que as compõem.
MINERAIS, O QUE SÃO?
▪ É um corpo sólido, inorgânico, com composição química
aproximadamente definida, encontrado na natureza.

▪ É uma substância natural, que apresenta estrutura interna


caracterizada pelo arranjo regular dos átomos e íons, com
composição química e propriedades físicas ou variáveis dentro de
uma faixa.

▪ Em sua grande maioria são cristalinos (arranjo ordenado de átomos).


ONDE E COMO SE FORMAM OS MINERAIS?

1) Resfriamento do magma (material rochoso fundido):

O magma que atinge a superfície se resfria e os minerais


começam a se cristalizar e crescer.

2) Soluções de água quente (hidrotermais) que invadem


rachaduras e fendas em rochas:

Minerais se cristalizam.
ONDE E COMO SE FORMAM OS MINERAIS?

3) Água do mar evapora:

Substâncias dissolvidas se combinam e formam minerais.

4) Intemperismo químico que altera a composição e estrutura


de minerais, formando novos minerais.

5) Rochas que sofrem ação do metamorfismo, formando


minerais.
PRINCIPAIS PROPRIEDADES FÍSICAS
▪ Cor e brilho;

▪ Formas do cristal;

▪ Clivagem e fratura;

▪ Dureza;

▪ Tenacidade.
COR E BRILHO
▪ COR: depende do espectro de luz que o mineral recebe e
reflete. É fortemente dependente da composição química.

▪ BRILHO: é a aparência de um mineral na luz refletida:

Metálico e não-metálico.
FORMAS
▪ Refere-se ao poliedro definido pelas faces naturais que
guardam entre si ângulos bem definidos.

Euédricos (forma exterior perfeita);

Subédricos (imperfeitos, com ausência de alguns elementos


de sua geometria);

Anédricos (não apresentam forma definida).


HÁBITO CRISTALINO
▪ A maioria das espécies minerais não ocorre como cristais bem
formados, e sim em uma grande variedade de agregados.

▪ Aparência dos cristais.


CLIVAGEM
▪ É a propriedade que o mineral tem de, quando aplicada uma força
adequada, se romper através de planos definidos.

▪ A clivagem pode ser catalogada como perfeita, boa, regular ou não


presente.

▪ Ocorre ao longo de planos de fraqueza estrutural, que apresentam


ligações atômicas fracas ou um maior espaçamento reticular.
FRATURA
▪ Pode ser entendida como a forma em que um mineral se
rompe quando isto não se produz ao longo de planos de
fraqueza estrutural (clivagem).

▪ Os termos mais comuns para designar o tipo de fratura são:


conchoidal ou concóide, fibrosa ou estilhaçada, serrilhada ou,
desigual ou irregular.
DUREZA
▪ É a resistência que uma superfície lisa do mineral oferece ao
ser riscada, e depende das forças de união entre os átomos na
estrutura interna do mineral.

▪ Considera-se mais duro o mineral que, quando atritado com


outro, risca-o ou corta-o.

▪ Escala de dureza de Mohs (1824).


TENACIDADE
▪ É a resistência que um mineral oferece ao ser deformado
(rompido, esmagado, curvado ou rasgado).

▪ Quebradiço, maleável, séctil, dúctil, flexível e elástico.


PRINCIPAIS FORMADORES DE ROCHAS
▪ Aproximadamente 30 minerais diferentes constituem a maioria das rochas;

▪ Formados pelos elementos mais abundantes da crosta terrestre: oxigênio


e silício (silicatos);

▪ Primários: formam-se com as rochas, especialmente as magmáticas e


metamórficas;

▪ Secundários: resultantes do intemperismo.


MINERAIS FORMADORES DE ROCHAS

▪ Quartzo (dióxido de sílica);

▪ Feldspato (silicato aluminoso de potássio, sódio e cálcio);

▪ Filossilicatos (argilominerais, silicatos de alumínio);

▪ Calcita e dolomita (carbonato de cálcio e de magnésio);

▪ Gipsita (sulfato de cálcio).


ARGILOMINERAIS
▪ Silicatos hidratados;

▪ Quando em contato com a água, adquirem plasticidade e se expandem


(problemas geotécnicos);

▪ Ocorrem em solos originados a partir do intemperismo químico de


rochas com feldspato e de rochas sedimentares;

▪ São usados como matéria-prima para produção de tijolos, telhas e


cerâmicas ou como componente do cimento Portland.
ROCHAS MAGMÁTICAS
▪ Também denominadas de rochas ígneas;

▪ São formadas pelo resfriamento e consolidação do magma


originário do manto;

▪ É a primeira das três famílias, portanto, é primária;

▪ Magma: variedade de compostos, incluindo a sílica, temperatura de


1000 a 1400°C.
ROCHAS MAGMÁTICAS
▪ EXTRUSIVAS ou VULCÂNICAS: ocorrem quando o magma
extravasa na forma de lava e cristaliza-se muito rapidamente,
apresentando uma textura com grãos muito finos, indistinguíveis
a olho nu.

▪ Exemplo: basalto.
Aglomerado vulcânico

Riolito

Komatito
ROCHAS MAGMÁTICAS
▪ INTRUSIVAS ou PLUTÔNICAS: ocorrem em ambientes
profundos (manto ou crosta);

▪ O magma cristaliza lentamente, apresentando textura com


grãos distinguíveis a olho nu, de tamanho variável.

▪ Exemplos: granito, gabro e diabásio (subvulcânica).


Granito-róseo

Gabro médio

Diabásio

Pegmatito granítico
ROCHAS SEDIMENTARES
▪ Formadas a partir do intemperismo físico e químico, que
decompõe e desagrega as rochas preexistentes;

▪ A erosão causa a abrasão e remoção desses materiais, que são


transportados pela água, vento, gelo ou gravidade, sendo
posteriormente depositados em um dos muitos ambientes de
sedimentação.
ROCHAS SEDIMENTARES
▪ Clásticas: formadas por detritos de rochas e minerais transportados;

▪ Químicas: formadas por íons em solução precipitados;

▪ Biogênicas, biológicas ou bioquímicas: formadas por ação de


organismos aquáticos ou acúmulo de seus esqueletos;

▪ Orgânicas: formadas por acúmulo de matéria orgânica e restos


vegetais formando argilas orgânicas e carvão.
Argilito

Arenito

Dolomito

Siltito Calcário
Evaporito BIF – Formação de Ferro Bandada
Coquina Carapaça de vermetídeo
Turfa Carvão
ROCHAS METAMÓRFICAS
▪ São formadas por mudanças mineralógicas ou físicas de rochas
preexistentes, provocadas por aumento de pressão e temperatura.

▪ Podem originar-se de rochas magmáticas, sedimentares e até mesmo


metamórficas.

▪ O metamorfismo ocorre em condições de temperatura superiores às


da diagênese (entre 150-200ºC) e inferiores às da fusão (700-
1000ºC).
Gnaisse

Ardósia

Quartzito

Mármore dolomítico

Mármore calcítico
CONSULTE
Materiais do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (IGc-USP)

https://didatico.igc.usp.br/
SOLOS
▪ São os produtos finais do intemperismo físico e químico sobre
as rochas;

▪ A composição dos solos depende das rochas e dos minerais


que lhe deram origem;

▪ Apresentam-se em três fases: sólida, líquida e gasosa.


SOLOS RESIDUAIS
▪ Resultantes da fragmentação e decomposição das rochas in loco, sem
ocorrer a desagregação e o transporte.
SOLOS SEDIMENTARES
▪ Apresentam grande variedade de tipos, considerando,
principalmente, o tipo de transporte e o local de deposição.

- Coluvionares: transporte pela ação da gravidade;

- Aluvionares: transporte por água corrente;

- Glaciais: transporte por geleiras;

- Eólicos: transporte pelo vento.


NBR 6502/2022
DESIGNAÇÃO DIÂMETRO (mm)
Matacão 200 - 1000
Pedra de mão 60 - 200
Pedregulho 2,0 - 60
Areia grossa 0,60 – 2,0
Areia média 0,20 – 0,60
Areia fina 0,06 – 0,20
Silte 0,002 – 0,06
Argila < 0,002
SOLOS COLAPSÍVEIS
▪ São solos arenosos porosos não saturados;

▪ Sob umidade, sofrem redução de volume, podendo provocar


recalques nas fundações e danos às estruturas.
SOLOS COLAPSÍVEIS
SOLOS EXPANSIVOS
▪ São solos não-saturados, normalmente constituídos de argilas, que
na estação chuvosa aumentam de volume e no período seco
contraem em sua superfície.
SOLOS COESIVOS
▪ São solos com partículas mais finas (argila e silte) que possuem,
além do atrito entre os grão, uma força de atração denominada
coesão.
SOLOS NÃO-COESIVOS
▪ São solos com partículas maiores, geralmente areias e
pedregulhos, ou siltes sem cimentação, que não aderem umas às
outras.

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