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Alguns poucos minerais têm uma composição qui mica muito simples, dada por
átomos de um mesmo elemento químico. São exemplos o diamante (átomos de
carbono), o enxofre (átomos de enxofre) e o ouro (átomos de ouro). A grande
maioria dos minerais, entretanto, é formada por compostos químicos que resultam
da combinação de diferentes elementos químicos; sua composição química pode
ser fixa ou variar dentro de limites bem definidos. Na composição química do
quartzo (SiO), um átomo de silício combina com dois de oxigênio, qualquer que
seja o tipo dei ambiente geológico em que o quartzo se forme.
Já na composição do mineral olivina (Mg, Fe), SiO4, mineral incomum nas rochas
da superfície terrestre, cujo membro magnesiano, no entanto, deve formar parte
importante das rochas do interior da Terra, as relações que se mantêm fixas são a
soma das quantidades de ferro e magnésio, com dois átomos, a quantidade de
silício, com um átomo, e a de oxigênio, com quatro átomos. A composição química
das olivinas pode variar entre dois átomos de ferro e zero de magnésio e dois de
magnésio e zero de ferro, sempre com um átomo de silício e quatro de oxigênio,
formando uma série de minerais que fazem o grupo das olivinas.
Ciclo Geológico
Os agentes geológicos internos são os responsáveis pela criação de relevos e os externos
encarregam-se da destruição de saliências e do transporte para as depressões dos detritos
resultantes dessa destruição.
Por sua vez, estes depósitos vão-se transformando e dando lugar a novas rochas (Fig. 1).
Ciclo da erosão
As transformações do relevo terrestre ocorrem de forma cíclica, com tendência a
repetirem-se duma forma semelhante. Estas modificações foram objecto de estudo de
vários cientistas, sendo de destacar o estudo de William Davis, fundador da Teoria do
Ciclo de Erosão. No seu estudo estabeleceu três fases distintas: juventude, maturidade
e velhice.
Importância do relevo
O relevo terrestre é uma combinação de estruturas rochosas de grande importância para o
Homem dado que é onde ele realiza todas as suas actividades.
Das rochas degradadas pelos agentes erosivos desenvolvem-se os solos que são a base para o
desenvolvimento da Biosfera.
Ciclo Litológico
O ciclo litológico/ciclo das rochas é um fenômeno natural cíclico, continuo e infinito, que
envolve os processos de transformação das rochas através do tempo e que ocorrem através da
erosão ou do intemperismo.
Esse ciclo, que leva milhões de anos para acontecer, é responsável pela renovação e
transformação da litosfera terrestre (parte sólida da Terra).
Exemplos de minerais
Os minerais podem ser formados por átomos de apenas um elemento químico ou por diferentes
elementos. Os átomos se arranjam e formam combinações com proporções determinadas e
formas geométricas definidas. Confira a seguir os principais exemplos.
Elementos nativos
São minerais formados por um único elemento químico em um estado não ionizado. São
exemplos: enxofre, prata, ouro e carbono.
O enxofre (S) é um mineral formado por átomos unidos por ligações covalentes em uma
estrutura octaédrica (S8). Apresenta cor amarela ou amarela-esverdeada e pode ser encontrado
em vulcões ativos ou extintos.
Enxofre
A grafita é constituída de átomos de carbono (C) ligados em uma rede hexagonal. Essa forma
natural de carbono cristalino apresenta brilho metálico e cor de acinzentada a metálica. Pode ser
encontrada em rochas metamórficas e ígneas.
Grafita
Sulfetos
Os sulfetos são formados basicamente pelo ânion sulfeto (S2-) e cátions de metais. São exemplos:
galena e pirita.
A galena é um mineral de sulfeto de chumbo (PbS), formado por 86,6% de chumbo (Pb) e
13,4% de enxofre (S). Apresenta brilho metálico e aparência prateada por causa da sua cor cinza-
chumbo. Pode ser encontrado em rochas sedimentares e metamórficas.
Galena
A pirita é um mineral de dissulfeto de ferro (FeS2), formado por 53,4% de enxofre (S) e 46,6%
ferro (Fe). Por causa da sua aparência, com brilho metálico e cor amarelo-latão, ela é conhecida
como ouro dos tolos. É comumente encontrada em rochas sedimentares, mas pode fazer parte de
rochas ígneas e depósitos metamórficos.
Pirita
Sulfatos
Os sulfatos são formados basicamente pelo ânion sulfato ( ) e cátions de metais. São
exemplos: barita e anidrita.
A barita é um mineral de sulfato de bário (BaSO4), formado por 34,4% de trióxido de enxofre
(SO3) e 65,7% de óxido de chumbo (PbO). Sua aparência é de um brilho vítreo e uma cor
esbranquiçada. Pode ser encontrada em rochas sedimentares e veios de calcário.
Barita
A anidrita é um mineral de sulfato de cálcio (CaSO4), formado por cálcio (Ca) e sulfato. Sua
aparência é de uma massa clara, que vai do branco ao cinza, semelhante ao gesso. Pode ser
encontrada em veios hidrotermais e revestindo formações salinas.
Anidrita
Silicatos
São minerais que apresentam espécies químicas formadas pelos elementos oxigênio (O) e silício
(Si), como SiO2 e SiO5, combinadas com outros elementos químicos. São exemplos: quartzo e
cianita.
O quartzo, formado por dióxido de silício (SiO2), é um dos minerais mais conhecidos e
utilizados. Esse material é de cor esbranquiçada e brilho vítreo, mas pela presença de impurezas
pode também apresentar outras cores.
Quartzo
A cianita (Al2SiO5), formada por 62,92 % de óxido de alumínio Al2O3 e 37,08 % dióxido de
silício (SiO2), é extraída de rochas aluminosas e utilizada na confecção de porcelanas refratárias.
Esse mineral apresenta aparência transparente e diversas cores, como azul, cinza e verde.
Cianita
Os minerais não metálicos apresentam apenas elementos químicos não metálicos em sua
composição. Por exemplo, o diamante é constituído do elemento químico carbono.
O agregado de um mais minerais formam as rochas. Esses minerais são classificados em:
Cor
Alguns minerais são incolores. Muitos, porém, apresentam coloração característica, dividindo-se,
então, em idiocromáticos e alocromáticos.
Minerais idiocromáticos são os que possuem cor própria. Assim, o ouro é sempre
amarelo, a prata é sempre branca, etc.
Minerais alocromáticos são os que possuem cor acidental. Exemplo é o berilo: quando
verde, é a esmeralda; quando azulado, é a água marinha, etc. Há turmalinas que mostram
zonas bem distintas de cor verde, rósea, quando não brancas. A esse fenômeno se
denomina policromismo.
Policromismo é o fenômeno que consiste em um mineral alocromático apresentar, ao
mesmo tempo diversas colorações.
Berilo, exemplo de mineral alocromático
Brilho
É o efeito da reflexão da luz sobre a superfície do mineral. Há o brilho vítreo (o de um pedaço de
vidro), metálico (o de qualquer metal), adamantino o do diamante, etc.
Tenacidade
É resistência que o mineral opõe à ruptura. Essa propriedade está ligada à força de coesão interna
de suas moléculas. Com efeito, se o mineral resiste, por exemplo, a uma forte martelada, diz-se
que é tenaz. Caso contrário, é frágil. O ferro é o mais tenaz dos minerais.
Dureza dos minerais
A dureza é a resistência ao risco. Ao contrário da tenacidade, ela é devida à coesão externa das
moléculas.
Segundo sua maior ou menor dureza, se dividem em muito moles (os que se deixam riscar pela
unha), moles (os que deixam riscar pelo canivete), duros (que não riscam o vidro), muito duros
(que riscam o vidro) e duríssimos (que riscam todos os minerais e não se deixam riscar por
nenhum).
O talco é um mineral muito mole e o diamante, o mais duro (duríssimo) dos minerais.
Fusibilidade
Fusibilidade é propriedade física muito conhecida: os corpos sólidos, sob a ação do calor, se
fundem. Nesse particular, os minerais se dividem em facilmente fusíveis, dificilmente fusíveis e
praticamente infusíveis.
O mesmo se pode dizer relativamente à condutibilidade, outra propriedade térmica dos mesmos.
Propriedades elétricas
Os minerais podem ser eletrizados pelo calor e pelo atrito (piro-eletricidade) e pela compressão
(piezo-eletricidade).
Quanto à piezo-eletricidade, citemos, a calcita: basta comprimi-la fortemente e, entre os dedos,
para a vermos eletrizada. A turmalina se eletriza de uma maneira curiosa: atritando-se uma de
suas extremidades, a outra é também eletrizada. É o que se chama eletricidade polar.
Propriedades óticas
Além da cor, do brilho e da transparência, já estudadas, lembremos a refração, fenômeno
segundo o qual, um raio luminoso, passando de um meio transparente a outro, sofre um desvio.
Cumpre saber, agora, que a refração, nos minerais, pode ser simples (quando se verifica um
único raio refratado, como se dá em qualquer mineral amorfo) e dupla, quando se assinalam dois
raios refratados, como na calcita.
Minerais que apresentam refração simples são chamados monorrefringentes; os que apresentam
refração dupla, são birrefringentes.