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A pobreza extrema por que passa uma esmagadora maioria do povo moçambicano é uma das

características comuns das zonas recônditas, onde conseguimos identificar o Moçambique real.
Gadzene, uma Localidade do Distrito de Marracuene, é disso exemplo. Alias, os seus moradores
defendem que ela já não faz parte deste país.

As povoações que a compõem, nomeadamente Xefina, Mhumtanhane, Nwamathe e Chiango, de


diferente têm apenas o nome pois as dificuldades são as mesmas. Falta de um pouco de tudo:
hospitais, escolas, estradas e fontes de abastecimento de água.

Na povoação de Ka Nwamathe, falar de água canalizada, inodora, insípida e incolor


(características da agua) é uma utopia em Gadzene. As populações daquela localidade estão
habituadas a Consumir Água turva e Salgada, não por prazer mas sim por falta de alternativas.

O único lugar onde se pode encontrar aquele liquido (que de precioso não tem) é a praia, o que
representa um atentado à saúde pois é onde os moradores lavam a roupa, tomam banho, para
além do lixo que lá é depositado. Em outras palavras, a água consumida em Gadzene é imprópria
é imprópria para o consumo.

Embora não haja memorias de casos de cólera ou outras doenças associadas, não deixa de
constituir preocupação o facto de não existir um hospital naquela zona.

Tema: Análise de viabilidade técnica e económica da dessalinização de água a partir de energia


solar: caso Distrito de Chigubo - Província de Gaza.

Delimitação do problema

A água vem se tornando ao longo do tempo um bem cada vez mais precioso, devido à sua
crescente escassez. Embora seja um recurso considerado inesgotável devido ao seu ciclo natural
de evaporação e precipitação, a água de boa qualidade está se tornando mais escassa devido
principalmente à problemas como poluição e mal planeamento da distribuição do recurso
hídrico, restando a muitas famílias consumirem águas contaminadas, que resultam em malefícios
a saúde a curto e longo prazo. O Brasil, por ex., apresenta cerca 12% de toda a água doce do
planeta, porém esse recurso se encontra mal distribuído, pois 70% da água disponível no país se
encontra na região Norte, onde vive apenas 7% da população, dentre os 30% restantes, apenas
3% se distribuem por toda a região Nordeste, que é formada por 9 estados, dentre esses o Rio
Grande do Norte (RN), que será o foco deste trabalho (LOPES, 204).

O acesso à água potável e ao saneamento seguro continua a ser um dos maiores desafios em
África e em Moçambique, em particular, aplicam-se esforços para que mais pessoas tenham
acesso á água potável. Embora seja encorajado, o seu progresso contínuo lento, principalmente
nas zonas rurais (COSTA, 1987).

Na zona rural, as principais fontes de água são os poços não protegidos, com 42% e água da
superfície, como por exemplo, rios e lagos. Por províncias, todas a região Sul, incluindo Manica
e Sofala, apresentam percentagens de fontes seguras de água para beber acima de 60%, enquanto
as províncias da região Norte, incluindo Zambézia e Tete, apresentam percentagens de água
proveniente de fontes seguras abaixo de 50% (ROSC, 2013).

Desta maneira, a qualidade da água destinada ao consumo humano é questão de grande


importância e tem ocasionado preocupação no âmbito da saúde pública. O consumo de água
contaminada ou fora dos padrões mínimos de qualidade torna-se factor de risco e agravos à
saúde, devido à presença de seres patogénicos e ou elementos e substâncias químicas prejudiciais
(CAPUCCI et al, 2001).

As águas subterrâneas encontram-se protegidas por camadas de solo, rochas e ou suas alterações.
Assim, são menos propensas à contaminação do que as águas superficiais, funcionando como
reservatórios. Por outro lado, quando contaminadas, a sua descontaminação torna-se difícil
(FERNANDES, 2011).

Dessa maneira, na busca por fontes alternativas, as comunidades voltam-se para a extracção de
água subterrânea. No uso desta opção, são motivos pelo baixo custo de captação e porque
também na maioria das vezes não é necessário nenhum tipo de tratamento, pois os processos de
filtração lenta e depuração do subsolo promovem a purificação natural da água, tornando-a
potável (BASTOS, 2013).
Uma forma de melhorar a convivência da população dessa região com a seca e a falta d’água é a
implantação de um sistema de dessalinização de águas. O que consiste em transformar parte da
água salina subterrânea em água própria para consumo através de osmose reversa. A osmose
reversa é um processo de separação em que um solvente é separado de um soluto de baixa massa
molecular por uma membrana permeável ao solvente e impermeável ao soluto. Isso ocorre
quando se aplica uma grande pressão sobre este meio aquoso, o que contraria o fluxo natural da
osmose. Por essa razão o processo é denominado osmose reversa (SILVA, 2013).

O resultado desse procedimento é a água potável, própria para consumo humano, e a água de
rejeito, água ainda mais salgada que a inicial e altamente poluente é armazenada em tanques de
concentração para evaporação natural como destino paliativo.

Dentro deste contexto, o clima semiárido que compõe a maior parte do Rio Grande do Norte,
apresenta ausência de chuvas em grande parte do ano, associado às altas temperaturas, que
provocam uma evaporação elevada dos rios, lagos e açudes disponíveis na região. Junto a isso,
boa parte do estado é coberto por rochas cristalinas que quando ocorre a perfuração de poços e os
mesmos apresentam, em sua maioria, baixas vazões e altos níveis de salinidade na água extraída
(MARINHO, 2012). Em função da dificuldade de muitas famílias terem acesso ao recurso de
qualidade, soluções como produzir água potável através da água do mar e salobra, vem ganhando
cada vez mais espaço. Dentre as tecnologias existentes para produção de água potável, como as
tradicionalmente utilizadas, osmose reversa e a eletrólise da água, segundo Faria et al. (2015), a
destilação solar surge como uma solução atraente, visto que é sustentável, pois utiliza a energia
solar como combustível, e não gera poluentes, além de ser considerada de fácil manuseio e de
baixo custo, ao ser comparada com outras tecnologias convencionais com a mesma finalidade.

O destilador solar apresenta seu funcionamento de forma semelhante ao ciclo natural da água, de
forma que a energia solar evapora a água salgada ou salobra que fica depositada no equipamento,
condensando-a posteriormente em água potável para consumo humano, apresentando alto grau
de pureza (FARIA et al., 2015). Logo, a utilização desse mecanismo para a produção de água
potável se torna uma alternativa atractiva para ser utilizada em Maputo, principalmente em
comunidades rurais, onde a falta de água tem sido um tema recorrente nos últimos anos.
Dessa forma, por todo o exposto, ficou em nos a seguinte questão de partida:

A maior parte da população que vive na Localidade de Muntanhana atravessa um momento


muito crítico de escassez de água para o consumo, abeberamento de gado e para a prática de
agricultura, devido à existência de água salobra ou salgada que vem assolando naquela região do
Distrito de Marracuene devido a sua localização próximo ao mar.

A água dos poços e dos furos que abastece as populações locais não são submetidas a nenhumas
análises da sua qualidade, colocando em risco a saúde das comunidades, segurança alimentar e
aumento dos níveis de pobreza, e um dos casos de maior preocupação é o consumo de água
salobra.

O aquífero da área estudada é vulnerável à contaminação, em função do seu carácter freático,


tipo de formações geológicas (areias fina e arenitos), intrusão salina de água fossilizada e do
mar, actividades agrícolas e sistemas sépticos e alta densidade populacional.

Apresentar os benefícios e custo aproximado da implantação de um destilador solar.

JUSTIFICATIVA

Devido à escassez de água doce, é necessário surgir alternativas para obtenção de água doce para
atender as necessidades da população, sendo a dessalinização de água do mar uma alternativa de
alto potencial (97% dá água do planeta é salgada).

O Brasil é conhecido como o “País das águas”, e de fato é o pais onde se concentra a maior
quantidade de água doce disponível para consumo no mundo. Devido a tal condição existe uma
lacuna na literatura nacional sobre abordagem do uso das tecnologias de destilação de água
salgada.
Entretanto tal situação está na eminência de se modificar, o mundo em uma crise de água a
porcentagem de água potável para consumo diminui. Em grandes centros urbanos da região
sudeste e no nordeste do país já está faltando água para o consumo. E como medida para
amenizar a situação o governo pratica o racionamento de água doce.

Como em toda crise, surgem às oportunidades de negócio, uma saída seria construir usinas de
dessalinização de água salgada, que seriam utilizadas em momentos críticos de estiagem, assim
como as usinas térmicas. Apesar de ambos os processos tornarem o recursos mais caros é
necessário para manter a qualidade de vida da população, e a atividade industrial.

Por outro lado o mundo está experimentando uma crise de água. O Programa das Nações Unidas
para o Ambiente estima que a até 2027, aproximadamente um terço da população mundial vai
sofrer sérios problemas de escassez de água. A dessalinização, que é a separação da água do mar
em duas correntes, uma corrente de água doce contendo uma baixa concentração sais dissolvidos
e a outra uma solução salina concentrada, tem sido como uma abordagem importante para obter
água doce. Hoje, alguns países dependem das tecnologias de dessalinização para de atender a sua
necessidades de água doce. Em países do Oriente Médio como a Arábia Saudita, Emirados
Árabes Emirados e Kuwait, o domínio das tecnologias dessalinização da água do mar é um vital
recursos de obtenção água doce segura.

engenharias, fatima_mussa@live.com

RESUMO

O aumento da demanda e escassez da água nas fontes superficiais devido ao crescimento


populacional, bem como a rápida expansão geográfica da zona urbana sem o devido
acompanhamento pelo sistema formal de abastecimento de água, levou à exploração das fontes
de águas subterrâneas por um grande número de operadores privados. Contudo o aquífero do
Grande Maputo é propenso à poluição por actividades antropogénicas e naturais por ser
localizado nas proximidades do mar. O presente trabalho tem como objectivo avaliar as
influências das actividades antropogénicas e naturais e a pressão exercida pela exploração de
águas na qualidade das águas subterrâneas da área de estudo com base na recolha e análise de
dados de qualidade de água do aquífero explorado. Foram realizadas duas campanhas de
amostragem para a

A agua é fonte da vida. Não importa quem somos, o que fazemos, onde vivemos. Nos
dependemos dela para viver. É um recurso essencial, presente desde o desenvolvimento
industrial az actividade agrícola.

As estatísticas dizem que 70% do planeta é constituído de agua, sendo apenas 3% de agua doce,
desta, 98% é constituído por agua subteranea presente nos lencois freáticos

Moçambique é frequentemente sujeito a ciclos de abundância de água, associados a cheias, que


alteram com período de défice, que condizem a secas. Os baixos coeficientes de escoamento, a
grande intrusão salina, a baixa capacidade de retenção de água no solo e a elevada taxa de
evaporação, associado a um padrão climático em mudança e a actividade (nomeadamente as
alterações das praticas agrícolas e florestais, enquadradas num cenário de desertificação e
desflorestação) aumentam o risco de vulnerabilidade à fome e à pobreza.

Moçambique depende em grande parte dos recursos hídricos com origem nos países vizinhos, de
onde provem cerca de 54% de escoamento superficial anual. O país é ainda caracterizado por
uma grande diversidade climática com precipitações anuais que variam de 400 mm (zona sul) ate
1800 mm (zona norte) e uma complexa rede hidrológica com nove rios partilhados.

O fluxo de recursos hídricos disponibilizado para Moçambique

9/05/2014
Terminal de Nacala-à-Velha, em Moçambique, torna a água do mar própria para consumo

Durante o estudo hidrológico para a implantação do terminal portuário de Nacala-à-Velha, em


Moçambique, foi identificada escassez de água na região. A solução foi utilizar a água do mar e
torná-la adequada para o consumo, com a retirada do sal. A infraestrutura da planta
dessalinizadora funciona com a captação e tratamento por osmose reversa da água do mar.

O principal objetivo é a produção e distribuição de água doce de boa qualidade para diversos
fins, sem causar impactos negativos nas reservas da região que, além de escassas, são utilizadas
pelas comunidades locais. No estudo realizado, verificou-se a baixa vocação de ocorrência de
águas superficiais e subterrâneas, com problemas para abastecimento público e o
comprometimento da qualidade da água por intrusão salina ou salinização.

Implantada em agosto do ano passado, a planta dessalinizadora tem uma capacidade de produção
de 40m3/hora de água, aproximadamente 1.000m3/dia. Atualmente se beneficiam desta água as
unidades de central de betão, os alojamentos, os escritórios, entre outras unidades de produção na
área de implantação do terminal portuário de Nacala-à-Velha.

Entenda a osmose reversa da água

A osmose é um fenômeno natural, semelhante ao que acontece dentro de uma célula, em que
duas soluções, de concentrações diferentes (exemplo: água pura e água salobra) são separadas
por uma membrana semi-permeável, ou seja, permeável para solventes e impermeável para
solutos. Haverá, naturalmente, o fluxo de água pura para a água contaminada, até que o
equilíbrio seja atingido.
Introdução

Os recursos de água doce estão se esgotando rapidamente à medida que a demanda de água em
todo o mundo continua a crescer. Esses recursos também não são igualmente distribuídos
geograficamente em todo o mundo. Existem muitas regiões áridas e desérticas no mundo, onde
as chuvas são menos frequentes e as águas subterrâneas são salobras ou salgadas, não sendo
adequadas para uso doméstico, irrigação e principalmente para fins de consumo. No Brasil essa
região é o Nordeste, o qual possui diversos municípios caracterizados pelo clima semi-árido.

A necessidade de preservação da água e o seu uso sustentável constituem elementos essenciais


para garantia da qualidade de vida do Homem e são a base fundamental para o desenvolvimento
social e económico de todos os povos e nações. No entanto, o crescimento da população, a
poluição e o uso ineficiente da água tem limitado o seu acesso quer em quantidade, quer em
qualidade.
A procura de água potável está a crescer de forma constante e a sua distribuição de forma
equilibrada está a tornar-se um dos maiores desafios à população mundial. Segundo a
Organização Mundial de Saúde (WHO) 20% da população mundial tem acesso inadequado a
água potável.

A água encontra-se em praticamente toda a parte. O nosso planeta é constituído por 97,5% de
água salgada e 2,5% de água doce contida nos pólos, águas subterrâneas, lagos e rios, como
mostra a Figura 1. Desta quantidade de água doce, 70% encontra-se em estado sólido, sob a
forma de glaciares, icebergues e outros. Os restantes 30% correspondem à água subterrânea e
aquíferos de difícil acesso. Portanto, grande parte da água existente não se encontra disponível
para utilização.

De acordo com o World Water Development Report (relatório efetuado por 23 agências das
Nações Unidas), o planeta encontra-se neste século, a viver uma “séria crise de água”, que tende
a agravar-se. Uma vez que a água é o património e a mercadoria mais preciosa do século XXI e
sem ela não há vida, é urgente adotar medidas rápidas e eficazes no combate a esta crise.

Cada vez mais a escassez de água tem vindo a afetar os países em desenvolvimento onde reside
metade da população mundial. Nestes países, 30% das mortes verificadas resultam do consumo
de água de pouca qualidade. Nos próximos 25 anos, espera-se um aumento cerca quatro vezes
superior de pessoas afetadas pela escassez de água [1].

Parte desse aumento está relacionado com o crescimento da população e com as exigências de
industrialização. Atualmente o consumo de água duplica a cada 20 anos, o dobro da taxa de
crescimento da população. Existe necessidade de encontrar novas tecnologias fiáveis e
sustentáveis que permitem corresponder à procura crescente deste recurso [1].

A água é potável quando contém menos de 500 ppm de sais dissolvidos. Existem métodos para a
transformação de água salgada em água potável. A este processo chama-se dessalinização, ou
seja, a remoção de sais minerais da água salgada, permitindo a produção de água potável. A
dessalinização tem-se demonstrado cada vez mais como uma alternativa viável para o
fornecimento de água potável [2].

A dessalinização é uma das alternativas para a produção de água potável para consumo humano
e irrigação. Já existem países a utilizar esta forma de obtenção de água, principalmente no Médio
Oriente (Turquia, Kuwait, Arábia Saudita) [2], [3].

Segundo a bibliografia consultada, a dessalinização representará uma das principais fontes de


recursos hídricos, principalmente para países com carências naturais em água potável. É uma
tecnologia para responder de uma forma ampla, não só ao fornecimento de água potável para fins
domésticos e municipais, como também para processos industriais, ou como recurso de
emergência para refugiados ou operações militares [4].

O acesso a água potável ainda é difícil para muitas famílias brasileiras, principalmente as do
nordeste do país, que muitas vezes recorrem á água de poços tubulares que em sua maioria tem
alta salinidade não sendo indicada para consumo humano.

Nesse sentido, a presente pesquisa tem como foco principal propor dessalinizadores solares para
as áreas rurais do semi-árido brasileiro. Esses dessalinizadores devem ser de fácil construção,
utilização, manutenção e baixo custo. Ou seja, deve ser um dessalinizador viável para o pequeno
produtor rural que dispõe de um poço com água salobra e muita radiação solar em suas terras, e
não possui conhecimento necessário para aproveitar o potencial ofertado em sua propriedade. O
dessalinizador solar possui a desvantagem de não ser eficiente, pois a evaporação da água
salobra só acontece com uma lâmina muito pequena de água, além disso a incidência da radiação
solar interfere directamente no aquecimento da água e consequentemente em sua produção.

Tema: Análise de viabilidade técnica e económica da dessalinização de água a partir de energia


solar em Moçambique.
Delimitação do problema

A água vem se tornando ao longo do tempo um bem cada vez mais precioso, devido à sua
crescente escassez. Embora seja um recurso considerado inesgotável devido ao seu ciclo natural
de evaporação e precipitação, a água de boa qualidade está se tornando mais escassa devido
principalmente à problemas como poluição e mal planeamento da distribuição do recurso
hídrico, restando a muitas famílias consumirem águas contaminadas, que resultam em malefícios
a saúde a curto e longo prazo. Moçambique

Dentro deste contexto, o clima semiárido que compõe a maior parte do Rio Grande do Norte,
apresenta ausência de chuvas em grande parte do ano, associado às altas temperaturas, que
provocam uma evaporação elevada dos rios, lagos e açudes disponíveis na região. Junto a isso,
boa parte do estado é coberto por rochas cristalinas que quando ocorre a perfuração de poços e os
mesmos apresentam, em sua maioria, baixas vazões e altos níveis de salinidade na água extraída

(MARINHO, 2012). Em função da dificuldade de muitas famílias terem acesso ao recurso de


qualidade, soluções como produzir água potável através da água do mar e salobra, vem ganhando
cada vez mais espaço. Dentre as tecnologias existentes para produção de água potável, como as
tradicionalmente utilizadas, osmose reversa e a eletrólise da água, segundo Faria et al. (2015), a
destilação solar surge como uma solução atraente, visto que é sustentável, pois utiliza a energia
solar como combustível, e não gera poluentes, além de ser considerada de fácil manuseio e de
baixo custo, ao ser comparada com outras tecnologias convencionais com a mesma finalidade.

O destilador solar apresenta seu funcionamento de forma semelhante ao ciclo natural da água, de
forma que a energia solar evapora a água salgada ou salobra que fica depositada no equipamento,
condensando-a posteriormente em água potável para consumo humano, apresentando alto grau
de pureza (FARIA et al., 2015). Logo, a utilização desse mecanismo para a produção de água
potável se torna uma alternativa atrativa para ser utilizada no Estado do Rio Grande do Norte,
principalmente em comunidades rurais, onde a falta de água tem sido um tema recorrente nos
últimos anos.
Dessa forma, por todo o exposto, o presente artigo tem como objectivo confeccionar um
destilador solar visando auxiliar a qualidade de vida da população que reside em áreas rurais, e
tem como foco a portabilidade desse protótipo, pois agrega a possibilidade de transportar o
sistema para diversos lugares em comunidades rurais do Rio Grande do Norte.

Segundo [6] a destilação solar tem-se configurado como uma tecnologia ecologicamente limpa,
de simples implantação e manutenção, para a dessalinização de águas salobras e salgadas. [6]
afirma que esses dispositivos que utilizam somente a energia solar tem baixo custo, quando
comparado com outros métodos de dessalinização de águas salobras, sendo assim uma
alternativa para melhorar os parâmetros de águas salobras e salgadas em regiões de escassez.

A dessalinização de água por destilador solar é um método simples, mas que tem resultados
significativos na melhora dos parâmetros da água de forma economicamente viável. A destilação
solar produz água com um grau de pureza elevado, superior as águas comerciais engarrafadas
[7]. Um estudo realizado por [8] mostrou que a destilação solar elimina completamente todos os
sais, metais pesados, bactérias e micróbios presentes em águas poluídas, assim também como a
remoção de vários pesticidas, devido as altas temperaturas e a radiação ultra violeta. [9] afirmam
que, diante da escassez de água potável na zona rural, o dessalinizador solar é uma alternativa a
ser considerada.

Por todo o exposto, o presente trabalho tem como objetivo principal realizar melhorias em
sistema de dessalinização solar desenvolvido por [1] visando maximizar a sua eficiência, com o
intuito de aplicar essa tecnologia para tratamento de poços com alta salinidade.

A dessalinização é uma das alternativas para a produção de água potável para consumo humano
e irrigação. Já existem países a utilizar esta forma de obtenção de água, principalmente no Médio
Oriente (Turquia, Kuwait, Arábia Saudita) [2], [3].

Segundo a bibliografia consultada, a dessalinização representará uma das principais fontes de


recursos hídricos, principalmente para países com carências naturais em água potável. É uma
tecnologia para responder de uma forma ampla, não só ao fornecimento de água potável para fins
domésticos e municipais, como também para processos industriais, ou como recurso de
emergência para refugiados ou operações militares [4].

Segundo à OMS, em 2009, anualmente 2,2 milhões de pessoas falecem ou adoecem pelo
consumo de água imprópria. Além disso, em 2005, a ONU pelo seu programa de
desenvolvimento definiu em seu sétimo objetivo para o desenvolvimento do milênio que
devemos reduzir pela metade a porcentagem de pessoas que não tem acesso a água potável
(PNUD, 2005).

A primeira parte desse trabalho trata do produto mais comum da eletrodiálise, a dessalinização
de águas para fins de consumo humano. De acordo com REBOUÇAS, (1997) (um dos
fundadores da Associação Brasileira de Águas Subterrâneas) em todas as épocas e em inúmeras
culturas, a água é definida como um elemento vital e purificador, um recurso natural renovável,
como a própria razão da existência da vida em si.

Vista do espaço a terra se mostra um planeta azul, seus vastos oceanos e mares dão a sensação de
abundância hídrica. Porém, os dados sobre a disponibilidade de água indicam uma realidade
muito diferente, somente 2,5% do volume total de água no planeta é doce, e cerca de 70% da
água doce mundial se encontra em geleiras (PNUD, 2005). Diante desses números e dos
incessantes efeitos antrópicos sobre o meio natural, a disponibilidade de água encontra-se cada
vez mais reduzida em várias partes do mundo, o que faz com que áreas inteiras enfrentem a
escassez total ou parcial desses recursos.

Outro dado alarmante é que seguindo nosso padrão atual de consumo e manejo, até 2050 dois
terços da população mundial será afetada com a escassez desse recurso. A principal fonte de
consumo é a agricultura, o que necessariamente levará os agricultores a procurarem novos
caminhos por meio de tecnologias e práticas a fim de aumentar a produção para suprir as
crescentes demandas de alimentos, se adequando a diminuição dos recursos hídricos (PNUD,
2005).

Diante a esse contexto de desenvolvimento socioeconómico e ambiental, surge a seguinte


questão de pesquisa: Qual será viabilidade técnica e económico dos moradores das zonas
urbanas e rurais da província de Maputo com a implementação de um destilador solar para a
produção e utilização de água potável a partir de água salgada?

Análise da viabilidade da implantação de um destilador solar utilizando as estruturas pré-


existentes do tanque de rejeito dos sistemas de dessalinização implantados no semiárido
alagoano

Justificativa

Este trabalho justifica-se, pela necessidade de ofertar água potável para pequenas famílias no
semi-árido que padecem com a falta de água, para suas necessidades mais básicas. De modo a
combater esse problema, a dessalinização das águas salgadas ou salobras encontradas nos poços
do semi-árido é uma alternativa viável e necessária. O uso de equipamentos eléctricos,
alimentados pela conversão de energias renováveis tão abundantes em território brasileiro,
entram como um importante auxílio no aumento da produção de água por destilação solar, além
disso a técnica de dessalinização solar é a que mais se adequa a região semi-árida, devido a suas
características físicas e climáticas.

A motivação para a escolha deste tema é o fato de que com um único processo eletroquímico é
possível obter dois produtos essenciais. Com o estudo do processo, o entendimento e
aprimoramento de suas etapas, podemos gerar melhores rendimentos e tornar cada vez mais
viável a aplicação prática dessas tecnologias. Outro fator motivador da escolha deste tema, é o
fato de que comparativamente a eletrodiálise está entre as melhores relações custo-benefício para
dessalinização. Inclusive, a eletrodiálise, diferente de sua principal tecnologia concorrente, a
osmose reversa, possibilita a adequação de sistemas fotovoltaicos por ser energicamente menos
dispendiosa (KARAGHOULI, 2010).

Assim, escolheu-se abranger as duas utilizações da eletrodiálise, tendo em mente tanto a


importância de ambos os produtos, quanto o aproveitamento duplo que temos para quaisquer
avanços nas etapas dos processos de ambas utilizações.
No entanto, vale observar que a dessalinização de água potável é uma necessidade um tanto mais
urgente que a geração de energia. Isso se deve ao fato de que a falta de acesso à água potável
pode matar, e que em muitas regiões em nosso globo, assim como no nordeste de nosso país, a
escassez pode estar relacionada à dificuldade de aproveitamento da água salobra, ocasionada
pelo difícil e oneroso acesso às atuais tecnologias de dessalinização.

Devido à escassez de água doce, é necessário surgir alternativas para obtenção de água doce para
atender as necessidades da população, sendo a dessalinização de água do mar uma alternativa de
alto potencial (97% dá água do planeta é salgada).

O Brasil é conhecido como o “País das águas”, e de fato é o pais onde se concentra a maior
quantidade de água doce disponível para consumo no mundo. Devido a tal condição existe uma
lacuna na literatura nacional sobre abordagem do uso das tecnologias de destilação de água
salgada.

Entretanto tal situação está na eminência de se modificar, o mundo em uma crise de água a
porcentagem de água potável para consumo diminui. Em grandes centros urbanos da região
sudeste e no nordeste do país já está faltando água para o consumo. E como medida para
amenizar a situação o governo pratica o racionamento de água doce.

Como em toda crise, surgem às oportunidades de negócio, uma saída seria construir usinas de
dessalinização de água salgada, que seriam utilizadas em momentos críticos de estiagem, assim
como as usinas térmicas. Apesar de ambos os processos tornarem o recursos mais caros é
necessário para manter a qualidade de vida da população, e a atividade industrial.

Por outro lado o mundo está experimentando uma crise de água. O Programa das Nações Unidas
para o Ambiente estima que a até 2027, aproximadamente um terço da população mundial vai
sofrer sérios problemas de escassez de água. A dessalinização, que é a separação da água do mar
em duas correntes, uma corrente de água doce contendo uma baixa concentração sais dissolvidos
e a outra uma solução salina concentrada, tem sido como uma abordagem importante para obter
água doce. Hoje, alguns países dependem das tecnologias de dessalinização para de atender a sua
necessidades de água doce. Em países do Oriente Médio como a Arábia Saudita, Emirados
Árabes Emirados e Kuwait, o domínio das tecnologias dessalinização da água do mar é um vital
recursos de obtenção água doce segura.

Hipóteses

Objectivos

1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo Geral

Analisar a viabilidade para construção de um destilador solar aproveitando as estruturas pré-


existentes do tanque de água de rejeito dos sistemas de dessalinização implantados na região
semiárida do Estado de Alagoas.

1.2.2 Objetivos Específicos

▪ Identificar critérios para escolha da área de estudo;

▪ Identificar os materiais e as dimensões ideais para o destilador solar;

▪ Apresentar os benefícios e custo aproximado da implantação de um destilador solar.

Na povoação de Ka Nwamathe, Localidade de Gadzene, Distrito de Marracuene, Província de


Maputo.

O ancião que em tempo foi pescar e militar, vive numa zona onde falta de tudo um pouco,
inclusive uma unidade sanitária, a qual os moradores poderiam acorrer em caso de doença.

Os escassos de autocarros do tipo caixa aberta que ligam aquela localidade à cidade de Maputo
circulam duas vezes ao dia (de manha e de tarde) e cobram um valor exorbitante de 50 meticais
por passageiro, o que não condiz com as condições de vida e da capacidade dos moradores
daquela zona

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