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RESUMO: A poluição das águas pode ser facilmente notada pela população.
Independentemente de sua formação, todo indivíduo, mesmo que com pouquíssimo
conhecimento científico sobre o assunto, tem percebido a problemática que envolve os
recursos hídricos. Porém, muito dos fenômenos que envolvem a degradação e poluição das
águas podem ser diretamente observados. Um dos aspectos mais críticos de degradação das
águas é sua contaminação através do lançamento de esgotos industriais, domésticos
clandestinos e lixo urbano. Esse trabalho tem o objetivo de avaliar a qualidade das águas do
Córrego Samambaia afluente do Córrego Anicuns, através de análises físico-químicas,
pesquisa em literaturas e visitas ao local, visando diagnosticar a situação do córrego. Os
resultados confirmaram que o córrego está contaminado, pois há uma carga muito grande de
matéria orgânica, principalmente por lançamentos de esgotos clandestinos, tornando-se
urgente a implantação de um programa de monitoramento da qualidade da água.
Key- words: Water quality, physical and chemical parameters, Stream Samambaia.
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Artigo apresentado à Universidade Católica de Goiás como exigência parcial para a obtenção do título de
Bacharel em Engenharia Ambiental.
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Bacharelando (a) em Engenharia Ambiental pela Universidade Católica de Goiás.
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Professora orientadora.
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1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
dentre outros), congeladas (calotas polares e geleiras) e dispersas na atmosfera (na forma de
umidade do ar). O maior volume existente, cerca de 97,5%, é composto de água salgada,
sendo que somente 2,5% forma a parcela de água potável existente no planeta. Todavia, a
maior parte desse último valor encontra-se congelada nos pólos ou armazenada em aqüíferos
subterrâneos, restando apenas 0,27% de água doce facilmente disponível para o homem em
mananciais superficiais (TUCCI, 2001; REBOUÇAS, 2004).
O Brasil é um dos países que possui a maior disponibilidade de água, sendo,
portanto, privilegiado no quesito água, uma vez que suas coleções hídricas representam cerca
de 11% do total mundial. No entanto, no Brasil ainda existe a problemática da má distribuição
da água, tanto no espaço quanto no tempo.
Com a pequena disponibilidade de água doce no nosso planeta, existe ainda a
constante degradação dos recursos hídricos, como a poluição dos mananciais, que muitas
vezes é aliada ao aumento da população e, consequentemente, de suas necessidades. Anuncia-
se uma crise hídrica mundial, que poderá alcançar proporções alarmantes caso medidas que
objetivem reverter tal situação não sejam aplicadas. Segundo a Organização Mundial de
Saúde cerca de 70% da população rural e 25% da população urbana do Brasil sofre com a
falta de abastecimento com água de qualidade (TUCCI, 2002; REBOUÇAS, 2004).
• Alcalinidade
Define-se alcalinidade de uma água como a sua capacidade de neutralizar ácidos
(SOUSA, 2001). A alcalinidade das águas naturais é devida, principalmente, a sais de ácidos
fracos, embora possam contribuir também bases fracas e fortes. Embora muitas substâncias
possam contribuir para a alcalinidade de uma água, a maior parte desta característica nas
águas naturais é devida aos hidróxidos (OH-), carbonatos (CO3- 2) e bicarbonatos (HCO3-). A
distribuição das três espécies na água é função do pH. De todas estas substâncias, as que
aparecem em maior quantidade nas águas naturais são os bicarbonatos, que se formam em
virtude da passagem de águas contendo anidrido carbônico (águas ácidas) pelos calcários
(SOUSA, 2001).
Tal como a acidez, também a alcalinidade é pouco importante, sob o ponto de
vista da saúde pública. No entanto, as águas alcalinas, principalmente as que possuem
hidróxidos, são desagradáveis ao paladar e, por isso, pouco apreciadas pelo homem.
• Dureza
Em geral, designam-se águas duras àquelas que, exigem muita quantidade de
sabão para produzir espuma ou que dão origem a incrustações nas tubagens de água quente,
nas panelas ou noutros equipamentos, nos quais a temperatura da água é elevada (SOUSA,
2001). Embora com o aparecimento dos detergentes o problema da dureza, no que respeita ao
consumo de sabão, tenha perdido o seu impacto, o mesmo já não se poderá dizer quanto às
incrustações.
A dureza das águas naturais varia consideravelmente de lugar para lugar, sendo
que em geral, a dureza das águas superficiais é menor do que a das águas subterrâneas
(SOUSA, 2001). A dureza de uma água reflete a natureza das formações geológicas com as
quais ela esteve em contato. A dureza (em geral expressa em mg/L de carbonato de cálcio Ca
CO3) de uma água é devida à presença de cátions metálicos bivalentes principalmente cálcio
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(Ca2+) e magnésio (Mg2+), (SOUSA, 2001). Uma água dura é, portanto, aquela que contém
grande quantidade de cálcio e magnésio. No entanto, é habitual distinguir-se entre dureza
temporária (ou carbonatada) e dureza permanente (ou não-carbonatada). A primeira é devido
ao cálcio e ao magnésio que se encontram ligados aos bicarbonatos, e que são eliminados
quando a água é fervida. A dureza permanente é devida ao cálcio e ao magnésio que se
encontram associados aos sulfatos, cloretos, nitratos, que não são eliminados quando a água é
fervida (SOUSA, 2001).
• Turbidez
É uma propriedade física que se deve presença de partículas em suspensão
(material insolúvel) presentes na água e que impedem ou dificultam a passagem de luz
(SOUSA, 2001).
• Cor
Responsável pela coloração da águas(SPERLING, 1996). Parâmetro de aspecto
estético de aceitação ou rejeição do produto. A cor indica a presença de substâncias
dissolvidas ou finamente divididas que transmitem coloração específica à água (SOUSA,
2001).
• Temperatura
È um parâmetro físico (uma função de estado) descritivo de um sistema que
vulgarmente se associa as noções de frio e calor, bem como as transferências de energia
térmica, mas que se poderia definir, mas exatamente sob ponto de vista microscópico, como
medida da energia cinética associada ao movimento (vibração) aleatório das partículas que
compõem um dado sistema físico (SPERLING, 1996).
A temperatura é um parâmetro de grande importância, dado que tem influência na
velocidade das reações químicas, na solubilidade dos gases, na taxa de crescimento dos
microrganismos, entre outras (SOUSA, 2001).
3 METODOLOGIA
Cruz, sob as coordenadas 16°39’58”S e 49°23’36”W com algumas das suas nascentes no
4 DISCUSSÃO E RESULTADOS
Parte do esgoto coletado no bairro é também lançado nesse manancial (Figura 3),
além de lançamentos difusos das residências as margens do córrego (Foto 2). Moradores do
local informaram que em época de estiagem a água do córrego fica bastante poluída, com a
produção de odores desagradáveis.
5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Os outros parâmetros analisados indicam que o córrego está poluído, com uma
grande carga de matéria orgânica, percebe-se isso nos resultados de OD na Tabela 1, com isso
a vida aquática pode esta comprometida, e a população fazendo o uso dessas águas corre risco
de danos à saúde, pois o córrego pode ser fonte de transmissão de doenças, como viroses.
Mesmo com as limitações desta pesquisas, pois foi feita apenas uma amostragem
de cada ponto com poucos parâmetros químicos e microbiológicos no córrego Samambaia,
concluí-se que o trabalho foi extremamente satisfatório. Consideramos que conseguimos
avaliar o córrego de forma significativa, já que se tratar de um córrego urbano sem registros
ou documentos sobre sua relevância e história.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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