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1 INTRODUÇÃO
Segundo especialistas 97,5% da água do planeta é salgada e imprópria para consumo humano,
contida nos oceanos e mares. É importante ressaltar que apenas 0,77 dessa água é
imediatamente aproveitável para as atividades humanas (a maior parte águas subterrâneas).
Cerca de 1,7% da água doce encontram-se nas calotas polares e nas geleiras e apenas 0,17%
distribuídas entre os solos, rios, lagos e na atmosfera .
O Brasil tem um potencial hídrico imenso, chegando a 36.000 m³ de água por habitante.
Entretanto 80% deste localiza-se na região amazônica onde vive apenas 5% da população
brasileira. Por outro lado, a região nordeste que responde por 1/3 da população brasileira
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• Abastecimento Doméstico
• Abastecimento Industrial
• Irrigação
• Dessedentação de Animas
• Aqüicultura
• Preservação Flora e Fauna
• Recreação e Lazer
• Paisagismo
• Geração de Energia
• Navegação
• Diluição de Despejos
Figura 4 – usos da água: recreação e laser Figura 5 – usos da água: abastecimento doméstico
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No seu estado natural a água é um dos compostos mais puros existentes na natureza, no
entanto o crescimento desordenado da população e a ocupação do solo de forma intensa e
acelerada vêm causando sérios problemas de contaminação nos corpos d’água, inclusive nas
águas subterrâneas, com conseqüente comprometimento dos recursos hídricos disponíveis
para consumo humano. A água constitui um dos elementos fundamentais para a existência do
homem. Suas funções no abastecimento publico, industrial e agropecuário, na preservação da
vida aquática, na recreação e no transporte demonstram essa importância vital. É conveniente
lembrar que, embora a água cubra aproximadamente três quartos da superfície da Terra,
97,4% é salgada, encontrando-se nos oceanos e 1,8% está congelada, localizando-se nas
regiões polares; portanto, a água doce, disponível para a população do nosso planeta,
representa apenas 0,8% e, mesmo assim, não se conhece bem qual a fração que se encontra
contaminada. Essa contaminação, que vem ocorrendo ao longo dos anos, é causada pelo
desenvolvimento industrial, pelo crescimento demográfico e pela ocupação do solo de forma
intensa e acelerada; isto vem provocando o comprometimento dos recursos hídricos
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● Doenças de transmissão hídrica: são aquelas em que a água atua como veículo do agente
infeccioso. Os microorganismos patogênicos atingem a água através das excretas de pessoas
ou animais infectados, causando problemas principalmente no aparelho intestinal do homem.
Essas doenças podem ser causadas por bactérias, fungos, vírus, protozoários e helmintos.
● Doenças de origem hídrica: são aquelas causadas por determinadas substâncias químicas,
orgânicas ou inorgânicas, presentes na água em concentrações inadequadas, em geral
superiores às especificadas nos padrões para águas de consumo humano. Essas substâncias
podem existir naturalmente no manancial ou resultarem da poluição. São exemplos de
doenças de origem hídrica: o saturnismo provocado por excesso de chumbo na água – a
metemoglobinemia em crianças – decorrente da ingestão de concentrações excessivas de
nitrato, o hidrargismo provocado pelo excesso de mercúrio e outras doenças de efeitos a curto
e longo prazo.
A seguir, tem-se uma breve descrição dos sintomas, agentes etiológicos, modo de transmissão
e período de incubação das principais doenças de veiculação hídrica.
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Febre Tifóide
A Doença infecciosa se caracteriza por febre contínua, mal-estar, manchas rosadas no tronco,
tosse seca, prisão de ventre (mais freqüente do que diarréia) e comprometimento dos tecidos
Linfóides.
Agente Etiológico: Salmonella Typhi, bactéria gram negativa.
Modo de Transmissão: doença de veiculação hídrica, cuja transmissão se dá através da
ingestão de água e moluscos, assim como do leite e derivados, principais alimentos
responsáveis pela sua transmissão. Outros alimentos, quando manipulados por portadores,
podem veicular a S. typhi, inclusive sucos de frutas.
Prazo de Incubação: Em média, 2 semanas.
Febre Paratifóide:
Infecção bacteriana que se caracteriza por febre contínua, eventual aparecimento de manchas
róseas no tronco e comumente diarréia. Embora semelhante à Febre Tifóide, sua letalidade é
muito mais baixa.
Shigeloses:
Infecção bacteriana aguda, principalmente no intestino grosso caracterizada por febre, náuseas
e, às vezes, vômitos, cólicas e tenesmo (sensação dolorosa na bexiga ou na região anal). Nos
casos graves as fezes contém sangue, muco e pus.
Sinonímia: Disenteria Bacilar
Agente Etiológico: bactéiras gram negativas do gênero Shigella, constituído por quatro
espécies S. dysenteriae (grupo A), S. fexnere (gurpo B), S. boydii (grupo C) e S. sonnei (grupo
D).
Modo de Transmissão: a infecção é adquirida pela ingestão de água contaminada ou de
alimentos preparados por água contaminada. Também foi demonstrado que as Shigelas
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Cólera
Doença intestinal bacteriana aguda, caracteriza-se por diarréia aquosa abundante, vômitos
ocasionais, rápida desidratação, acidose, câimbras musculares e colapso respiratório, podendo
levar o paciente a morte num período de 4 à 48 horas (casos não tratados).
Agente Etiológico: Vibrio cholerae.
Modo de Transmissão: ingestão de água ou alimentos contaminados por fezes ou vômitos de
doentes ou portador. A contaminação pessoa a pessoa é menos importante na cadeia
epidemiológica.
Período de Incubação: de horas a 5 dias. Na maioria dos casos varia de 2 a 3 dias.
Atualmente, são conhecidas quatro categoria de E. coli, reconhecidas como agente etiológicos
da diarréia humana: E. coli enteropatogênica clássica (EPEC), E. coli enteroinvasora (EIEC),
E. coli enterotoxigênica (ETEC) e E. coli enterohemorrágica (EHEC). Cada um dessas
categorias apresenta características distintas em relação a patogenicidade, síndrome clínica e
epidemiológica.
O diagnóstico específico baseia-se no isolamento de E. coli, e a diferenciação entre 4
categorias (invasoras, enterotoxigênicas, clássicas e enterohemorrágicas) é feita através de
provas específicas. Estas cepas nem sempre são patogênicas e podem ocorrer também em
pessoas sadias. A dose infectante é de 106 a 109 microorganismos.
Agente infeccioso: E. coli enterotoxigênica, E. coli enteroinvasora, E. coli enteropatogênica
clássica e E. coli enterohemorrágica.
Hepatite A:
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Início geralmente súbito com febre, mal-estar geral, falta de apetite, náuseas, sintomas
abdominais seguidos de icterícia. A convalescença em geral é prolongada e a gravidade
aumenta com a idade, porém há recuperação total sem seqüelas.
A distribuição do vírus da Hepatite A é mundial; porém em locais onde o saneamento é
deficiente, a infecção é comum e ocorre em crianças de pouca idade.
Agente Etiológico: Vírus da hepatite tipo A, hepatovirus RNA, família Picornavirideo.
Modo de Transmissão: fecal-oral, água contaminada, alimentos contaminados.
Período de Incubação: de 15 a 45 dias, média de 30 dias.
Gastroenterites virais:
A diarréia está entre as cinco principais causas de morte por desidratação, em todo o mundo,
sendo a maioria causada por vírus.
A gastroenterite viral, também conhecida como gripe intestinal, pode ser provocada pelo
rotavírus, Norwalk vírus, astrovírus, calicivírus, adenovírus, parvovírus, norovírus, dentre
outros. Ela afeta o estômago e o intestino, provocando fadiga, arrepios, perda de apetite,
náusea, vômitos, diarreia, febre e dores musculares. Geralmente os sintomas não perduram
por mais de três dias, e crianças são as pessoas mais frequentemente afetadas. Para alguns
vírus, o organismo desenvolve defesas que evitam a reincidência.
O contágio se dá pela ingestão dos vírus, seja por meio de alimentos ou água contaminados,
contato íntimo com pessoas acometidas ou com objetos que entraram em contato com o
patógeno. No organismo, provoca a inflamação de mucosas, provocando a manifestação de
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Enteroviroses:
Enfermidades virais agudas, cuja gravidade varia uma infecção assintomática até
manifestações febris com paralisia, meningites assépticas, formas paralíticas e, muitas vezes,
a morte. Os enterovírus replicam-se no intestino delgado do homem e são excretados com as
fezes; por não serem elementos de microbiota normal no trato intestinal, são excretados
somente por indivíduos infectados. Os níveis de infecção variam consideravelmente de área
para área, dependendo das condições sanitárias e sócio-econômicas.
Agente infeccioso: vírus pertencente ao grupo dos Enterovírus, entre eles: poliovírus,
Coxsackie e ECHO.
Amebíase:
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Infecção causada por um protozoário parasita que se apresenta em duas formas: como cisto
infeccioso, resistente e como trofozoíto, mais frágil e potencialmente invasor. O parasita pode
atuar de forma comensal ou invadir os tecidos, originando infecções intestinais ou extra-
intestinais. As enfermidades intestinais variam desde uma disenteria aguda e fulminante, com
febre e calafrios e diarréia sanguinolenta ou mucóide (disenteria amebiana), até um mal-estar
abdominal leve e diarréia com sangue e muco alternando com períodos de estremecimento ou
remissão.
Agente Etiológico: Entamoeba hystolytica.
Modo de Transmissão: ingestão de água ou alimentos contaminados por dejetos, contendo
cistos amebianos. Ocorre mais raramente na transmissão sexual devido a contato oral-anal.
Periodo de Incubação: entre 2 a 4 semanas, podendo variar dias, meses ou anos.
Giardíase:
Esquistossomose:
Ascaridíase:
Com base nessas informações, o sistema é projetado para servir à comunidade, durante muitos
anos, com a quantidade suficiente de água tratada.
Individuais: são mais indicados para regiões de moradias esparsas, como a zona rural.
Geralmente nesses casos o abastecimento provém de lençóis subterrâneos, como poços e
fontes. Devem ser seguidas uma série de recomendações para que este tipo de abastecimento
ocorra de forma segura.
Coletivos: são os mais recomendados para os centros urbanos. Possuem várias vantagens do
ponto de vista sanitário, tais como:
• captação
• adução
• estação de tratamento
• reservação
• redes de distribuição
• ligações domiciliares.
• poço tubular profundo (lençol subterrâneo) - a escolha das obras de captação deve ser
antecedidas da avaliação de uma série de fatores, tais como: dados hidrológicos da bacia em
estudo ou de bacias na mesma região; nível de água nos períodos de estiagem e enchente;
qualidade da água; monitoramento da bacia, para localização de fontes poluidoras em
potencial; distância do ponto de captação ao ponto de tratamento e distribuição;
desapropriações; necessidade de elevatória; fonte de energia; facilidade de acesso.
A Água subterrânea é aquela existente no subsolo, que passa por um processo de filtragem
natural e de represamento, dando origem aos aqüíferos. Através da construção de poços
artesianos, essa água pode ser captada e utilizada no abastecimento público. A água captada
em nosso município é exclusivamente feita através de poços profundos. A água de lençóis
subterrâneos profundos tem geralmente uma excelente qualidade, apresentando uma
composição constante num mesmo lençol, sendo menos vulnerável à poluição que a água de
camadas menos profundas. Por isso que a água captada através de poços profundos, na
maioria das vezes, não precisa passar por diversas etapas de tratamentos, bastando apenas a
desinfecção com cloro e a fluoretação. Isso ocorre porque, nesse caso, a água não apresenta
qualquer turbidez, eliminando as outras fases que são necessárias ao tratamento das águas
superficiais.
sede da estação de tratamento de água de Cajobi. Parte dessa água reservada segue pela rede
de distribuição e por gravidade abastece alguns pontos da cidade. Outra parte da água
reservada é bombeada através da bomba de recalque para o reservatório elevado de 100 m 3
abastecendo os pontos mais altos da cidade.
A água de poços profundos está, em sua quase totalidade, isenta de contaminação por
bactérias e vírus, além de apresentar uma turbidez muito baixa.
• adutora de água bruta: transporta a água da captação até a Estação de Tratamento de Água;
• adutora de água tratada: transporta a água da Estação de Tratamento de Água até os
reservatórios de distribuição.
1- Gravidade: quando a água escoa de um ponto mais elevado para outro mais baixo.
3- Mista: sistema em que há alguns trechos em que o escoamento processa-se gravidade e
outros em que se recorre ao bombeamento.
No caso de Cajobi, esta transferência de água é feita através do ponto de captação da água até
aos reservatórios e em seguida para a rede de distribuição, e a energia para movimentação da
água é mista.
A Estação de Tratamento de Água de Cajobi está localizada na Rua Dr. Adhemaro de Godoy,
no Centro. O município de Cajobi é abastecido pelos sistemas Cajobi, Monsenhor e Distrito
de Monte Verde Paulista que produzem uma vazão total de 38,9 L/s. O tratamento da água é
simplificado e inclui os processos de desinfecção e fluoretação. O tratamento se inicia com a
captação da água de poços artesianos, com auxílio de bombas hidráulicas. Após bombeada, a
água é transferida para tanques de reservação primários, onde recebe dosagens da solução de
hipoclorito de sódio para sua desinfecção e de ácido fluorssilícico, este tratamento é
acionado por bombas dosadoras microprocessadas e conduzidas por meio de mangueiras até a
entrada do reservatório. Destes tanques, através de tubulações parte desta água é transferida
para reservatórios de distribuição (reservatórios elevados), e somente após o tratamento é que
serão distribuídas para as residências.
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Desinfecção – é uma das etapas mais importantes no tratamento de uma água potável, visto
que permite a eliminação de todo o tipo de germes, susceptíveis de provocarem e transmitirem
as mais variadas doenças.
A desinfecção é normalmente realizada através da dosagem de hipoclorito de sódio. Enquanto
que uma insuficiente dosagem pode não garantir a desinfecção da água, uma excessiva
dosagem é responsável por cheiros e sabores desagradáveis numa água potável, a qual não se
pode forçosamente considerar de boa qualidade.
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Fluoretação - é a adição, por meio de dosadores, de flúor na água, sendo usado o ácido
fluossilícico. A fluoretação das águas de abastecimento vem sendo praticada em todo o país,
em quase todos os sistemas abastecedores, como forma de prevenção da cárie dentária na
população especialmente no período de formação dos dentes, que vai do nascimento até os 15
anos de idade aproximadamente. Flúor adicionado de menos não é eficaz, enquanto que flúor
adicionado em excesso pode levar à ocorrência da denominada fluorose dentária, responsável
pelo escurecimento do esmalte dos dentes. No Brasil, a fluoretação da água em sistemas de
abastecimento em que existe estação de tratamento é obrigatória, de acordo com a Lei Federal
N º 6050, de 1974. Essa lei foi posteriormente regulamentada pelo Decreto Federal N º
76.872, de 1975. Segundo os padrões de potabilidade do Serviço de Saúde Pública dos
Estados Unidos, as concentrações ótimas do íon flúor (Cot) na água potável são as transcritas
na tabela 1, e dependem da temperatura (Tm) da região.
Tabela 1 - Concentrações ótimas do íon flúor em função da média anual das temperaturas
Inferior Superior
10,0 – 12,0 0,9 1,7
12,1 – 14,6 0,8 1,5
14,7 – 17,8 0,8 1,3
17,7 – 21,4 0,7 1,2
21,5 – 26,2 0,6 1,0
26,3 – 32,6 0,6 0,8
3.4 Reservação – a água tratada é armazenada em grandes reservatórios, que tem por
finalidade:
Os reservatórios são normalmente construídos em: concreto armado, aço, fibra de vidro,
alvenaria e argamassa armada.
Os reservatórios são sempre um ponto fraco no sistema de distribuição de água. Para evitar
sua contaminação, é necessário que sejam protegidos com estrutura adequada, tubo de
ventilação, impermeabilização, cobertura, sistema de drenagem, abertura para limpeza,
registro de descarga, ladrão e indicador de nível.
Sua limpeza e desinfecção devem ser realizadas rotineiramente. Quanto a capacidade de
reservação, recomenda-se que o volume armazenado seja igual ou maior que 1/3 do volume
de água consumido referente ao dia de maior consumo.
Figura 12: Reservatório apoiado 150m3 Figura 13: Reservatório apoiado 500 m3
Figura 14:
Reservatório elevado 100 m3
3.5 Redes de distribuição – é o conjunto de tubulações que percorre as vias públicas (ruas e
passeios), conduzindo água tratada até os consumidores (casas, unidades de saúde, hotéis,
quartéis etc).
A rede de distribuição é constituída de tubulações de diversos diâmetros, sendo que os
maiores diâmetros formam a rede principal, que alimenta os de menor diâmetro (rede
secundária), responsável por levar a água diretamente ao ponto de consumo.
Além das tubulações, as conexões, registros e hidrantes completam a rede de distribuição.
Para que a água mantenha o padrão de potabilidade na rede de distribuição, alguns aspectos
construtivos devem ser observados, tais como: a pressão deve ser positiva em qualquer ponto
da rede de distribuição, isto é, a água deve atingir todos os pontos da rede e jorrar em todas as
torneiras abertas.
A rede deve estar protegida de contaminação externa. Além de certificar-se da estanqueidade
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das tubulações, recomenda-se assentar a rede de distribuição de água a uma distância mínima
de três metros da rede coletora de esgotos, em nível superior ou em extremos opostos da via
pública.
Boas condições de operação do sistema de abastecimento evitam interrupções de
fornecimento de água, momento propício à ocorrência de queda de pressão na rede de
distribuição, favorecendo a entrada de contaminantes dentro das tubulações.
A rede de distribuição deve ser provida de registros e dispositivos que permitam manutenção
e descargas de rede sem prejuízo do abastecimento ou alteração no padrão de potabilidade.
A responsabilidade do SeMAE é entregar água até a entrada das residências, onde estão o
cavalete e o hidrômetro (o relógio que registra o consumo de água) a partir daí, a população
deve cuidar das instalações internas e da limpeza da caixa d’água.
3.6 Ligações domiciliares - é uma instalação que une a rede de distribuição à rede interna de
cada residência, loja ou indústria, fazendo a água chegar às torneiras. Para controlar, medir e
registrar a quantidade de água consumida em cada imóvel instalá-se um hidrômetro junto á
ligação.
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4. QUALIDADE DA ÁGUA
a) Sabor e odor: A água destinada ao consumo humano não deve apresentar gosto ou odor
perceptíveis. Na verdade, a água tem um sabor característico, que se deve à presença de sais e
gases nela dissolvidos. O senso comum, porém, classifica esse sabor como "sem gosto", pela
comparação com outros sabores. Assim, qualquer sabor (ou odor) diferente daquele que é
característico de águas "sem gosto" é considerado como objetável. Se a água apresenta gosto
ou odor objetáveis, ela é suspeita e portanto não deve ser ingerida, até que se identifique qual
é a substância que está provocando esse gosto ou odor e a sua concentração, para que se possa
avaliar o risco sanitário que ela representa. Há várias substâncias que podem produzir gosto
ou odor objetáveis na água, em concentrações muito abaixo daquelas que poderiam provocar
algum prejuízo a saúde. É o caso, por exemplo, de substâncias produzidas por certos tipos de
algas microscópicas, que vivem e se reproduzem em represas e lagos. Essas substâncias
transmitem à água odor e gosto, que podem lembrar mofo, terra, peixe, grama, etc,
dependendo do tipo de alga causadora, e são percebidas pelo paladar e olfato humanos em
concentrações baixíssimas, da ordem de bilionésimos de grama por litro de água. Nessas
concentrações, porém, elas não causam nenhum tipo de mal à saúde.
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b) Cor: Uma água de boa qualidade deve se apresentar incolor. Se a água apresentar qualquer
tipo de cor, esta se deve a existência na água, de substâncias em solução; pode ser causada
pelo ferro ou manganês, pela decomposição da matéria orgânica da água (principalmente
vegetais), pelas algas ou pela introdução de esgotos industriais e domésticos.Essas substâncias
podem ou não ser prejudiciais à saúde. Acima de certo teor, a cor pode ser percebida
visualmente. Além de eventuais riscos sanitários, uma água com cor pode trazer transtornos
para o usuário, como manchas em roupas, em louças sanitárias,etc. O consumidor, por sua
vez, da mesma forma que no caso da turbidez, tende a rejeitar uma água que apresenta algum
tipo de cor visível. A presença de cor avermelhada na água que circula na rede de distribuição
é normalmente devida ao arraste do material que está aderido às paredes da tubulação. Esse
tipo de problema não representa maiores riscos sanitários, embora possa causar o já
mencionado problema de manchas em roupas. Eventualmente, a água pode apresentar um
aspecto leitoso, opaco. Isso ocorre devido à dissolução, sob forte pressão, de ar na água, não
representando, portanto, nenhum risco para a saúde (as pessoas normalmente associam esse
fenômeno à presença de cloro em excesso na água, o que não é verdade).
Padrão de potabilidade: máximo 15 Unidade Hazen.
d) pH: É uma medida indireta do potencial que uma água tem de provocardanos (corrosão,
incrustações) em tubulações e outras utilidades. Águas com pH muito baixo tendem a ser
corrosivas (desgastam a superfície de tubulações de ferro ou cimento), enquanto que águas
com pH muito alto tendem a ser incrustantes, isto é, favorecem a formação de depósitos em
tubulações, podendo chegar a obstruir essas tubulações. Além dessas propriedades, o pH é
utilizado também como indicador de estabilidade química da água. Embora o padrão de
potabilidade estabeleça a faixa de valores de 6,0 a 9,5, do ponto de vista da saúde pública, o
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pH, por si só, não significa muito. Habitualmente bebemos refrigerantes, nos quais o gás
carbônico é introduzido artificialmente, com pH em torno de 4,5.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) prefere não fixar valores limites para o pH da água
potável, mesmo admitindo que irritações oculares e certas infecções cutâneas possam estar
associadas a valores de pH superiores a 11.
Padrão: mínimo = 6,0 e máximo = 9,5
b) Cloro: Indica a concentração de cloro residual livre na água. O cloro é adicionado à água
durante o tratamento, pois sua presença, em concentração suficiente, é fundamental como
agente bactericida. A ausência, ou concentrações muito baixas de cloro residual (abaixo de
0,2 mg/l), torna a água suspeita do ponto de vista bacteriológico.
Padrão: 0,2 a 2 mg/L.
Ressalta-se que os coliformes, por si só, não são patogênicos, quando presentes nas
concentrações usuais no ser humano. Mas sua presença na água indica a possibilidade
da presença de organismos patogênicos.
a) Coliformes totais: Coliformes são um grupo de bactérias que normalmente vive no
intestino de animais de sangue quente, embora alguns tipos possam ser encontrados também
no solo, em vegetais ou outros animais (peixes, etc.). Sua presença indica que essa água
possivelmente recebeu algum tipo de dejeto animal (incluindo aí dejetos humanos). Por esse
motivo, aliado a outras vantagens, como baixo custo e relativa simplicidade do método de
análise, adotam-se os coliformes como um parâmetro internacional de avaliação da
potabilidade da água. A presença de bactérias coliformes numa água não significa
necessariamente que, se essa água for ingerida por uma pessoa, ela irá ficar doente, pois elas
em si não são patogênicas. O que ocorre é que, se elas estão presentes, deve-se contar com a
hipótese de estarem presentes também bactérias ou vírus patogênicos (causadores de doenças
como gastroenterites, hepatite, febre, cólera, etc.). Por esse motivo, uma água só é
considerada segura se o exame bacteriológico indicar ausência de coliformes.
Padrão: ausentes em pelo menos 95% das amostras.
Esses parâmetros são realizados semestralmente na saída de tratamento de cada sistema. Será
dispensada a análise na rede de distribuição quando parâmetros fora do padrão não forem
detectados na saída do tratamento.
a) Arsênio: A presença de arsênio em águas naturais é decorrente de poluição industrial ou
água de irrigação contaminada por pesticidas orgânicos sintéticos. Tem potencial efeito
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i) Nitratos - padrão: máximo 10 mg/l. Sua presença indica o grau de poluição do aqüífero
ocasionada por despejo de esgotos, restos de animais ou águas de escoamento agrícola rica em
fertilizantes nitrogenados. Em teores elevados, na preparação de alimentos para crianças, pode
causar a cianose, doença que atinge crianças, e que se caracteriza pela cor azulada da pele.
Esses parâmetros são realizados semestralmente na saída de tratamento de cada sistema. Será
dispensada a análise na rede de distribuição quando parâmetros fora do padrão não forem
detectados na saída do tratamento.
a) Alumínio: O alumínio é um elemento químico que aparece nas águas de abastecimento via
de regra porque ele é adicionado, durante o tratamento, para remoção da sujeira da água.
Quando ocorre algum tipo de problema no tratamento, o teor de alumínio pode se alterar. A
fixação de um limite máximo para a presença de alumínio residual na água é mais devida aos
problemas que ele pode causar no aspecto da água (aumento da turbidez) do que a riscos
sanitários.
Padrão: máximo 0,2 mg/l.
c) Cloretos: São sais inorgânicos, sendo que o mais comum é o cloreto de sódio, principal
componente do sal de cozinha. A presença de cloretos nas águas naturais é devida à
dissolução de sais minerais presentes no solo. Podem, porém, estar associados à contaminação
por esgotos domésticos, que contém altos teores de cloretos. Em altas concentrações,
conferem sabor salgado à água ou propriedades laxativas.
Padrão: máximo 250 mg/l.
i) Zinco - padrão: máximo 5 mg/l. Ocorre normalmente em águas naturais, podendo advir de
resíduos de certas indústrias, como galvanoplastias, elétricas, de tintas e farmacêuticas, onde é
largamente usado. É um elemento essencial ao crescimento e benéfíco ao metabolismo
humano, porém em concentrações muito altas confere à água um sabor adstringente e uma
certa opalescência.
Esses parâmetros são realizados semestralmente na saída de tratamento de cada sistema. Será
dispensada a análise na rede de distribuição quando parâmetros fora do padrão não forem
detectados na saída do tratamento.
Devido à sua alta persistência no ambiente (água, solo), ou seja, não se degradar facilmente, a
fabricação e comercialização dessas substâncias está proibida na grande maioria dos países
desde o começo da década de 1980. Entretanto, devido exatamente à sua difícil degradação
natural, são encontrados ainda resíduos no solo e na água e, por isso, os pesticidas
organoclorados são incluídos na legislação para análise obrigatória em águas de
abastecimento. Sua presença na água consumida, em concentrações muito acima dos limites
toleráveis (VMP) pode acarretar prejuízos à saúde que vão desde sintomas de envenenamento,
como dor de cabeça, distúrbios gastrointestinais, etc., até danos ao fígado, rins e sistema
nervoso, além de efeitos cancerígenos, dependendo do tipo de pesticida.
Fenóis
Pentaclorofenol e 2,4,6-Triclorofenol: São largamente utilizado na manufatura de
desinfetantes, resinas sintéticas, indústria química e medicinal, estando também
presente em águas residuais industriais e de refinaria de petróleo. O maior problema
causado pela presença de fenol na água é que, ao reagir com o cloro adicionado no
tratamento, ele produz compostos chamados clorofenóis que, mesmo em baixas
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Os rios e represas de onde a água é retirada para tratamento (captação) são chamados
mananciais. Sua qualidade é definida pela Resolução CONAMA 357/2005, do Ministério do
Meio Ambiente, e monitorada pelos órgãos ambientais estaduais. Em Cajobi os mananciais
são do tipo poço, localizados na bacia hidrográfica do Turvo / Grande. A ocupação da bacia é
de 3 % urbana, 1 % industrial, 23 % agrícola, 70 % pecuária e 3 % de matas naturais. Os
mananciais estão em boas condições e não contém fontes de poluição significativa. No Estado
de São Paulo, a lei nº 8.966/1997 dispõe sobre diretrizes, normas e mecanismos para a
proteção e recuperação das bacias hidrográficas dos mananciais. Dentre eles está definida a
participação conjunta do estado, municípios e sociedade civil, através dos Comitês de Bacia,
no planejamento e implantação de ações de melhoria. Portanto, é dever de todo cidadão
colaborar par garantir que a água continue disponível para as gerações futuras.
Representatividade:
• coleta de amostras;
•preservação de amostras (tamanho de amostra, tipo de frasco, preservação e prazo para
análise);
• dados de campo (anotações do ponto de coleta, data e hora da coleta).
a dados que reflitam num controle de qualidade eficiente. No caso do controle de qualidade
bacteriológica da água de abastecimento, por exemplo, o número de amostras coletadas deve
ser proporcional à população servida.
Na saída de cada unidade de tratamento (Cajobi, Monsenhor e Monte Verde) devem ser
coletadas, no mínimo, 2 (duas) amostras semanais (em dias diferentes) para fazer análise
bacteriológica da água (essas análises são enviadas ao laboratório GEA – Laboratório de
Geologia Ambiental que presta serviços ao SeMAE). Essas coletas são realizadas toda terça e
quarta-feira.
Na rede de distribuição do Município de Cajobi serão coletas 15 amostras em pontos
estratégicos divididos ao longo do mês. Na rede de distribuição do Distrito de Monte Verde
serão coletas 10 amostras no cavalete das residências divididas ao longo do mês.
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Semestralmente deve ser realizado na saída de tratamento de cada um dos três sistema
(Cajobi, Monsenhor e Monte Verde Paulista), análises de vários parâmetros referentes às
Tabelas 1, 3 e 5 da Portaria nº 518/2004 do Ministério da Saúde.
A qualidade da água é avaliada por meio de análises. Analisar toda a massa de água destinada
ao consumo é impraticável, por isso, colhem-se amostras e, através de sua análise, conclui-se
qual a qualidade da água. Os métodos de análise fixam o número de amostras e o volume de
água necessário, a fim de que o resultado seja o mais correto possível ou, em outras palavras,
represente melhor o que realmente se passa em uma massa líquida cuja qualidade se deseja
saber.
O resultado da análise de uma amostra de água de um manancial, rede pública, etc., dada a
variação constante das águas dos mesmos, na realidade revela, unicamente, as características
apresentadas pela água no momento em que foi coletada.
A amostra de água para análises físico-químicas comuns deve ser coletada em frasco
apropriado e convenientemente tampado. As amostras devem ser enviadas com a máxima
brevidade ao laboratório.
5.2.1 Planejamento
5.2.2 Coleta
Procedimento de coleta
Sabe-se que, quanto menor o tempo decorrido entre a coleta e a análise da amostra, maior
coincidência haverá entre os valores reais e os medidos; aliás, o ideal mesmo é efetuar as
análises no próprio local de coleta. Entretanto, muitas vezes é impossível fazê-lo e então
costuma-se preservar um volume suficiente, coletado em frasco apropriado, por um intervalo
de tempo conveniente para cada parâmetro ou grupo de parâmetros, ou, então, efetua-se parte
da determinação em campo com a finalidade de preservação. As técnicas de preservação em
geral restringem-se a retardar a atividade biológica e a hidrólise de compostos ou reduzir a
volatilidade dos constituintes. Na Tabela 8 encontra-se um resumo das particularidades
relativas a cada exame quanto a frasco de coleta, volume de amostra, técnica de preservação e
prazo para análise.
54
preservativo
Arsênico Plástico ou vidro 500 mL HNO3 conc. pH<2 6 meses
Cádmio Plástico ou vidro 300 mL HNO3 conc. pH<2 6 meses
Cianeto Plástico 1000 mL NaOH até pH<12 24 horas
Mercúrio Plástico ou vidro 300 mL HNO3 conc. pH<2 Vidro (38 dias)
Plástico (13 dias)
Chumbo Plástico ou vidro 500 mL HNO3 conc. pH<2 6 meses
Selênio Plástico ou vidro 3000 mL HNO3 conc. pH<2 6 meses
Fluoreto Plástico 500 mL Refrigeração a 4ºC 7 dias
Nitrato Plástico ou vidro 300 mL H2SO4 conc. pH<2, 24 horas
refrigeração 4ºC
Pesticidas Vidro escuro 100 mL Refrigeração a 4ºC S/ preservar 24
horas
Preservada – dias
Cor Plástico ou vidro 200 mL Refrigeração a 4ºC 24 horas
Odor Vidro 1000 mL Refrigeração a 4ºC O menor possível
Turbidez Plástico ou vidro 200 mL Evitar a luz 24 horas
Sólidos Plástico ou vidro 100 mL Refrigeração a 4ºC 7 dias
PH Plástico ou vidro 200 mL ------ In loco
Surfactantes Plástico ou vidro 100 mL ------ -------
Fenóis Plástico ou vidro 1000 mL 5 mL sol. CuSO45H2O10% S/preservar – 4 h
e H3PO4 até pH 4 Preservada – 24h
Dureza total Plástico ou vidro 300 mL HNO3 conc. pH <2 e 7 dias
refrigeração
Cálcio Plástico ou vidro 500 mL HNO3 conc. pH <2 6 meses
Cloretos Plástico ou vidro 200 mL ------ 7 dias
Cobre Vidro 500 mL HNO3 conc. pH <2 6 meses
Ferro total Vidro 100 mL HNO3 conc. pH <2 6 meses
Ferro solúvel Vidro 200 mL 1 mL HCl/100 mL 6 meses
Magnésio Plástico ou vidro 500 mL HNO3 conc. pH <2 6 meses
Manganês Plástico ou vidro 500 mL HNO3 conc. pH <2 6 meses
Sulfato Plástico ou vidro 300 mL pH8 e refrigeração a 4ºC
Nitrogênio Plástico ou vidro 200 mL Refrigeração a 4ºC 24 horas
Nitrito
Nitrogênio Plástico ou vidro 1000 mL H2SO4 conc. pH<2, 24 horas
Amoniacal refrigeração 4ºC
Cloro residual ------ ------ --------
Alcalinidade Plástico ou vidro 200 mL Refrigeração a 4ºC In loco
total
Alumínio Plástico ou vidro 500 mL ---- 4-8 h
Bacteriológico Plástico ou vidro 250 mL Refrigeração a menos de 24 horas
10ºC
55
Cada amostra coletada deve ser acompanhada de uma ficha de dados de campo, tais como:
manancial, local de coleta, data de coleta, hora de coleta, preservação empregada, condições
do tempo e nome do coletor.
Figura 20 - Colorímetro
A– OBJETIVO
B – MÉTODO
Platino de cobalto
D – PROCEDIMENTO DA ANÁLISE
D.1 – Transferir para um dos tubos de Nessler, próprio do Colorímetro, água destilada até
bem próximo à borda.
Em seguida, introduzir o mergulhado, observando que na interface líquido/mergulhador, não
exista bolha de ar. Essa operação deve provocar transbordamento do líquido. Remover o
excesso das paredes laterais e fundo, com o auxílio de papel absorvente e em seguida,
posicionar esse tubo no porta tubo exposto na lateral móvel do Colorímetro, indicado pela
letra B.
D.2 – A amostra deve ser transferida para o outro tubo de Nessler e seguir o mesmo exemplo
do item 4,1, posicionando-o no porta tubo do colorímetro indicado pela letra A.
E – COMPARAÇÃO E LEITURA
E.1 – Introduzir o disco colorimétrico para análise de cor, no porta disco do colorímetro DEL
LAB.
E.2 – Fechar o compartimento, pressionar o interruptor de luz do colorímetro.
E.3 – Girar o disco colorimétrico, procurando igualar a tonalidade de cor da imagem
proveniente dos tubos A e B, até o efeito de cor entre os dois seja igual ou mais próximo
possível.
E.4 – Sem tirar o disco da posição de igualdade de cor observada, o operador deve descansar
a vista por alguns segundos.
E.5 – Após ter descansado a vista, o operador deve focar novamente a imagem a fim de
confirmar a leitura obtida anteriormente.
E.6 – Confirmada a comparação de cor dos tubos A e B, anotar o número no visor da escala.
Este número representa a cor relativa da amostra.
Figura 21 - Turbidímetro
4.1 – Retire as ampolas da embalagem de proteção, limpe o vidro para que fique livre de
impurezas, tais como gordura ou sujeira que venham a interferir no valor padrão.
4.2 - Pressione o botão CAL até que mude o display para calibração do equipamento.
CALIBRANDO
Agora siga colocando as cubetas padrão solicitadas pelo equipamento, até que ele indique que
a calibração foi bem sucedida
Feito isto o equipamento está calibrado, e ele irá retornar ao menu de medição
IMPORTANTE
Operando:
4.9 – Após a calibração o aparelho volta a condição de medição e está pronto para uso.
Note que “NÃO CALIB” desapareceu indicando que você calibrou o equipamento.
4,10 – Coloque a amostra na cubeta, pressione a tecla medir (B)
= 69.5 NTU
Desl Medir Cal
NOTA IMPORTANTE
60
MÉTODO DPD
A.1– Colocar a amostra de água até a marca na cuba (5 mL). Esta é a cuba nº 1.
A.2 - Certifique-se de que a pá dosadora esteja limpa e seca. Introduza-a no frasco que
contém o reagente DPD em pó. Ao retirar, raspe o excesso no próprio frasco, de que apenas o
orifício contido na pá dosadora fique com reagente.
A.3 - Coloque o reagente na cubeta (nº 1) que contém a amostra, e agite.
A.4 -. Introduza a cuba nº 1 no orifício direito do comparador, e a cuba nº 2, com água
destilada no orifício esquerdo.
61
A.5 - Girando o disco colorimétrico, comparar imediatamente a cor da amostra reagida com
as cores contidas do disco.
A.6 - Faça a leitura que é expressa em mg/L de Cloro residual.
Observação: Determinação de Cloro livre na água. Para cada reagente deve ser utilizado
discos de Cloro apropriados, no comparador DLH-2000. Para o reagente DPD deve-se utilizar
o disco CL-BH.
1 – Colocar água destilada até a marca na cubeta (10 mL). Adicionar 2 mL do reagente para
fluoreto (SPANDS). Esta é a solução padrão
2 – Colocar a amostra da água até a marca na cubeta (10 mL). Adicionar 2 mL do reagente
para fluoreto (SPANDS).
3 – Aguardar 1 minutos antes de fazer a leitura.
4 – Zerar o aparelho com a solução padrão, feita no item 1, para isso apertar o botão zero
5 – Por último colocar a cubeta com a amostra e apertar o botão ler).
62
O operador deverá usar como equipamento de proteção individual (EPI): óculos de proteção,
luva de PVC cano longo, avental plástico ou de PVC e botas de borracha. Qualquer contato
acidental com os produtos químicos, o local atingido deve ser lavado com grande abundância
de água limpa e consequentemente assistência médica.
Figura 28 - Tambor de
armazenagem do Ac. fluorsilícico
63
È produzido através da reação entre o cloro e a soda cáustica, resultando uma solução muito
alcalina e de forte poder oxidante com concentração de cloro ativo próxima de 15%.
Tem um custo aparentemente baixo, no entanto é importante relevar que este produto perde
sensivelmente sua concentração (teores até 5%) quando o mesmo é exposto a temperaturas
ambiente elevadas, à luz direta e uso demorado (mais de 30 dias). Seu transporte também fica
elevado, considerando que sua composição tem mais de 85% de água. Vazamentos durante o
transporte trazem sérias conseqüências de corrosão nos veículos utilizados. O manuseio do
produto deve ser sempre feito com EPI.
8. ESGOTO
- as águas pluviais não oferecem o mesmo perigo que o esgoto doméstico, podendo ser
encaminhadas aos corpos receptores (rios, lagos, etc.) sem tratamento; este será projetado
apenas para o esgoto doméstico;
- nem todas as ruas de uma cidade necessitam de rede de esgotamento pluvial. De acordo com
a declividade das ruas, a própria sarjeta se encarregará do escoamento, reduzindo assim, a
extensão da rede pluvial;
- esgoto doméstico deve ter prioridade, por representar um problema de saúde pública. O
diâmetro dos coletores é mais reduzidos;
- nem todo esgoto industrial pode ser encaminhado diretamente ao esgoto sanitário.
Dependendo de sua natureza e das exigências regulamentares, terá que passar por tratamento
prévio ou ser encaminhado à rede própria.
elevação, torna-se necessário bombear os esgotos para um nível mais elevado. A partir desse
ponto, os esgotos podem voltar a fluir por gravidade.
• Estação de Tratamento de Esgotos (ETE): a finalidade da ETE é a de remover os
poluentes dos esgotos, os quais viriam causar uma deterioração da qualidade dos cursos
d’água. Um sistema de esgotamento sanitário só pode ser considerado completo se incluir a
etapa de tratamento. A estação de tratamento de esgoto (ETE), pode dispor de alguns dos
seguintes itens, ou todos eles:
- grade;
- desarenador;
- sedimentação primária;
- estabilização aeróbica;
- filtro biológico ou de percolação
- lodos ativados;
- sedimentação secundária;
- digestor de lodo;
- secagem de lodo;
- desinfecção do efluente.
• Disposição Final: após o tratamento, os esgotos podem ser lançados ao corpo d’água
receptor ou, eventualmente, aplicados no solo. Em ambos os casos, há que se levar em conta
os poluentes eventualmente ainda presentes nos esgotos tratados, especialmente organismos
patogênicos e metais pesados. As tubulações que transportam estes esgotos são também
denominadas emissário.
Os esgotos são compostos de água, substâncias orgânicas e inorgânicas, sendo 99,9% de água
e 0,1% de sólidos, e desses sólidos 70% são orgânicos (proteínas, açúcares, gorduras) e 30%
são inorgânicos (areia, sais, metais).
Os esgotos sanitários são constituídos principalmente de despejos domésticos, numa parcela
de águas pluviais, águas de infiltração e, eventualmente, de uma parcela pequena de despejos
67
As lagoas de estabilização são habitadas por vários tipos de organismos vivos – bactérias,
algas, macro invertebrados, protozoários – que coexistem da interação entre eles e o próprio
meio ambiente. Essa comunidade de seres vivos, assim como os seres humanos, está sujeita a
contínuas mudanças, sendo difícil prever, com certeza, quando e como estas ocorrerão.
Sabe-se, contudo, serem os seguintes principais fatores que afetam os organismos desse meio
ambiente e, conseqüentemente, a própria eficácia do tratamento.
• lagoas anaeróbias: são aquelas em que não há oxigênio dissolvido na massa líquida, de
maneira que os organismos vivos nela existentes utilizam-se do oxigênio disponível nas
moléculas de matéria orgânica. Geralmente são empregadas antes de uma lagoa facultativa
constituindo o chamado Sistema Australiano. Apresentam profundidades normalmente entre
2,5 a 4,5m.;
• lagoas facultativas: funcionam através da ação de algas e bactérias que vivem em simbiose,
isto é, umas dependendo das outras. Estas lagoas são chamadas de facultativa devido às
condições aeróbias (com oxigênio) mantidas na superfície e às condições anaeróbias (sem
oxigênio) mantidas na parte inferior da lagoa. É o tipo mais comumente usado. A
profundidade das lagoas facultativas normalmente é de 1,0 a 2,0m;
• lagoas de maturação: são usados como refinamento do tratamento, sendo colocadas após as
lagoas facultativas, ou lagoas aeradas. Elas reduzem as bactérias, os sólidos em suspensão e
nutrientes (cálcio, potássio, etc). Normalmente rasas, de acordo com Gloyna (1971) citado por
Kellner (1998) sugere-se profundidade de 1,00m, em que todo o processo biológico ocorre na
presença de oxigênio dissolvido, altos valores de pH e grande zona fótica, permitindo que os
69
raios ultra violetas atinjam as camadas mais profundas. Esta lagoa não foi adotada neste
projeto.
Os esgotos são compostos de água e partículas sólidas de diversos tamanhos. Os sólidos nos
esgotos são classificados em sólidos totais, sólidos em suspensão, sólidos dissolvidos e
sólidos sedimentáveis.
Os sólidos totais são definidos como os resíduos que permanecem após evaporação a 103ºC.
Se esse resíduo é calcinado a 600ºC, as substâncias orgânicas se evaporam e as minerais
permanecem sob forma de cinza, compondo assim os sólidos totais voláteis e os sólidos totais
fixos. Assim sendo, os sólidos voláteis representam a matéria orgânica presente nos esgotos.
Os sólidos totais classificam-se ainda em sólidos em suspensão e dissolvidos. Os sólidos em
suspensão também chamados de sólidos não filtráveis compõe a parte que é retida, quando um
volume da amostra de esgoto é filtrado através de um filtro de asbestos num cadinho Gooch, a
70
fração que passa pelo filtro compõe os sólidos dissolvidos ou sólidos filtráveis.
Os sólidos em suspensão são classificados em sólidos sedimentáveis, aqueles que sedimentam
num período razoável de tempo (tomado arbitrariamente em 1 ou 2 horas) e sólidos não
sedimentáveis, porção finamente dividida que não sedimenta no tempo arbitrado de 2 horas.
8.4.8 pH
A rede coletora de esgotos sanitários de Cajobi atende 100 % da cidade, sendo um índice de
destaque entre os municípios brasileiros. O esgoto, depois de coletado, é conduzido para as
duas Estações de tratamento de Esgotos. ETE I – situada na Fazenda Alvorada – Cajobi / SP,
distante 4.900 m da sede da Estação de Tratamento de Água. É composta por 2 lagoas em
série, sendo uma anaeróbia e uma facultativa.
A ETE II situada na Fazenda Boa Esperança, Distrito de Monte Verde Paulista, distante 6.900
m da sede. É composta por 1 lagoa anaeróbia onde se processam o tratamento pelo sistema
biológico sem a necessidade de adição de qualquer produto químico.
Cajobi é uma das poucas cidades brasileiras que tem implantado um sistema de esgotos
completo, com coletor público, coletor predial, emissário, estação elevatória, rede de recalque
e estação de tratamento, e todo o sistema está funcionado perfeitamente.
71
Nos imóveis residenciais, comerciais ou nas indústrias existem ligações com diâmetro
pequeno (coletor secundário) que conectam os imóveis às redes coletoras instaladas nas ruas.
Tais redes são conectadas aos coletores-tronco (canalização principal de maior diâmetro) e
que recebem os esgotos de diversas redes.
Dos coletores-tronco os esgotos vão para os interceptores, que são tubulações maiores,
destinados ao afastamento dos efluentes. Daí o destino será uma Estação de Tratamento, que
tem a missão de devolver a água, em boas condições, ao meio ambiente ou destiná-la ao reuso
para finalidades não potáveis.
72
Pela característica do sistema de Cajobi, este processo se da junto à EEE - Estação Elevatória
de Esgotos que possui o gradeamento e a caixa desarenadora antes do conjunto de
bombeamento.
O tratamento preliminar tem por objetivo remover os sólidos grosseiros flutuantes, tais como
pedaços de madeira, estopa, trapos, cabelos, etc e a areia, junto à caixa desarenadora na
chegada da EEE. Isto tem por objetivo a preservação do conjunto moto-bomba, linha de
recalque e minimizar o processo de assoreamento da Lagoa Anaeróbia.
DESCRIÇÃO DO PROCESSO
10.2.1 Gradeamento
10cm, o operador deverá remover o material retido na grade. Em condições normais deve-se
fazer a limpeza 1 vez por dia. Após uma chuva intensa o esgoto carregará mais materiais
grosseiros, assim a freqüência de limpeza deverá ser aumentada.
O material retido nas grades deverá ser removido com um rastelo e enterrado em valas
previamente abertas na área da ETE ou no aterro sanitário, logo após sua remoção. O material
removido deverá ser recoberto com uma camada de terra de pelo menos 20cm, evitando mau
cheiro e o aparecimento de moscas.
Figura 32 - Grade
Em seguida, o esgoto passa pelas caixas de areia, que remove a areia contida no esgoto. As
caixas de areia ou desarenadores, são unidades destinadas a reter areia e outros minerais
inertes e pesados que se encontram nas águas de esgoto (entulhos, seixo, partículas de metal,
carvão e etc.).
Esses materiais provêm de lavagem, enxurradas, infiltrações, águas residuárias das indústrias
e etc. Têm como seu principal emprego a proteção dos conjuntos elevatórios evitando
abrasões, sedimentos incrustáveis nas canalizações e em partes componentes das ETEs, como,
decantadores, digestores, filtros, tanques de aeração e etc.
É utilizado para a depuração dos esgotos através de processos biológicos e tem a finalidade
de reduzir o teor de matéria orgânica solúvel nos despejos. Este tipo de tratamento em Cajobi
é feito através de lagoas de estabilização. As lagoas de estabilização são classificadas quanto à
atividade biológica predominante em lagoas anaeróbias, aeróbicas e facultativas.
10.3.1 Tratamento por Lagoa anaeróbia seguida de Lagoa facultativa – ETE Cajobi
O uso de lagoa anaeróbia seguida de facultativa é uma das melhores soluções técnicas que
existem e também é uma das mais econômicas, quando se dispõe de área adequada e de baixo
custo.
Na primeira lagoa ocorre a retenção e a digestão anaeróbia do material sedimentável e na
segunda ocorre a degradação dos contaminantes solúveis e contidos em partículas suspensas
muito pequenas. O lodo retido e digerido na primeira lagoa tem de ser removido em intervalos
que geralmente variam de 2 a 5 anos. Na 1.ª lagoa predomina-se o processo anaeróbio e, na 2.ª
lagoa o aeróbio, onde se atribui as algas a função da produção e a introdução da maior parte
do oxigênio consumido pelas bactérias.
75
10.3.2 Tratamento por Lagoa anaeróbia – ETE Distrito de Monte Verde Paulista
Forma de tratamento onde não há oxigênio livre na massa líquida, de maneira que os
organismos predominantes que existem no meio utilizam-se do oxigênio combinado existente
nas moléculas de matéria orgânica. Em geral são profundas, de 4 a 5 m, para reduzir a
possibilidade de penetração do oxigênio produzido na superfície (pela fotossíntese e pela
reaeração atmosférica) para as demais camadas. Essas lagoas ocupam uma menor área
superficial que os demais tipos de lagoas.
A estabilização em condições anaeróbias é lenta devido a baixa taxa de crescimento e
reprodução das bactérias anaeróbias. Isto é explicado pela menor produção de energia obtida
pelas bactérias anaeróbias a partir da matéria orgânica, devido a ausência de oxigênio livre no
meio. Assim, para obter energia as bactérias necessitam converter a matéria orgânica em gás
carbônico e metano, em um processo que é pouco eficiente em termos energéticos. Por outro
lado, é gerado um menor volume de lodo.
A amostragem é a etapa inicial de uma análise que envolve grande responsabilidade, devendo
ser feita criteriosamente, pois todo um esforço analítico está na dependência direta do cuidado
com que tenha sido tomado a amostra para análise. Os resultados obtidos, na avaliação dos
dados, conduzirão às possíveis ações de reabilitação a que devem submeter um sistema de
tratamento para que sejam alcançados os objetivos propostos inicialmente no projeto.
A amostra representa a síntese do comportamento do universo estudado, ou seja, ela deve ser
representativa do conjunto que se quer avaliar e a forma de tomá-la depende da natureza do
material e objetivo do trabalho a ser executado, conseqüentemente, a precisão de uma análise
em laboratório, só é possível se a amostra colhida for representativa.
O aparelho faz a determinação certa e precisa, mas a amostra deverá representar fielmente as
verdadeiras condições de operação, para que então os resultados analíticos sejam indicativos
da realidade.
Dessa forma é importante observar os procedimentos recomendados nos pontos seguintes, de
modo a coletar amostras representativas.
O programa de amostragem pode ser delineado com vista a atingir objetivos gerais, a executar
dentro de um rotina que se repete ciclicamente. É o caso do monitoramento das condições de
funcionamento de uma ETE e da avaliação da qualidade do afluente, de modo a avaliar o
cumprimento das normas de descarga previstas na legislação com o objetivo de o seu
lançamento no meio receptor não causar impacto negativo.
Mas o programa de amostragem também pode ser planejado para alcançar fins específicos,
nomeadamente no âmbito de um programa de investigação científica.
77
pH 1–2–3 mensal
As amostras nem sempre poderão ser analisadas após a coleta, devendo, portanto, serem,
imediatamente, preservadas e acondicionadas convenientemente em função do parâmetro a
analisar, de modo a garantir que possíveis alterações químicas e biológicas não modifiquem
substancialmente as suas características originais, até o momento da análise.
Os métodos de preservação são geralmente limitados e têm por objetivo retardar a ação
biológica, as reações químicas dos compostos e reduzir a volatilização dos constituintes.
São necessários cuidados especiais para amostras destinadas à determinação de compostos
orgânicos ou metais. Muitos constituintes podem estar presentes em concentrações
significativas de microgramas por litro, que podem desaparecer por completo se a amostra
não for preservada convenientemente.
79
O transporte das amostras ao laboratório pode demorar algum tempo, dependendo da distância
entre os locais. Além da preservação, as amostras devem ser transportadas em caixas térmicas
e acondicionadas com gelo. As amostras destinadas à determinações pelos métodos
espectrofométricos, em que se utilizam kits de reagentes, devem obedecer aos critérios de
preservação recomendados, conforme instruções do aparelho, a cada parâmetro a ser
analisado.
P = polietileno
V = vidro neutro ou borossilicatado
Preparação de material
A preparação de uma lista de material é da maior conveniência, evitando que algum item
possa ser esquecido. É importante certificar-se de que todo o material necessário está na caixa
de coleta, tais como:
a) frascos em quantidade suficiente ao número desejado de amostras;
b) garrafas coletoras;
c) preservantes químicos;
d) termômetros;
e) ficha de registro dos dados, pipetas, equipamentos de proteção (luvas, botas, máscaras,
jalecos e;
f) produtos de desinfecção para os equipamentos e instrumentos utilizados na coleta das
amostras.
a) Deve-se evitar as amostras junto as paredes ou próximo do fundo dos canais. Convém
81
● o parâmetro a efetuar;
● a solução preservante, se for o caso;
● numerar os frascos segundo o ponto de coleta.
c) Lavar o material utilizado na amostragem:
● após a coleta das amostras o material utilizado deve ser lavado com um jato de água e
seguidamente passado por uma solução desinfetante. Para preparar esta solução basta misturar
num balde:
● 1 copo de água sanitária concentrada;
● 10 litros de água.
• verificar pelo menos uma vez em cada período, o aspecto do efluente e o nível de sólidos em
suspensão que está sendo descartado. É importante que os operadores possam visualmente
relacionar a qualidade do efluente neste aspecto específico de qualidade;
• realizar as análises conforme o programa de monitoramento;
• não permitir que a vegetação cresça sobre o talude interno da lagoa;
Problemas Operacionais.
• proliferação de insetos;
• odores Desagradáveis;
• possíveis causas;
• sobrecarga de esgotos.
83
O operador da ETE observar alterações na qualidade dos esgotos (cor, cheiro) ou presença de
gorduras, ele deverá solicitar ao laboratório central da companhia que realize análises físico-
químicas do esgoto afluente à lagoa.
OBS: A queda do pH do esgoto na lagoa poderá produzir maus odores e afetar o processo em
si.
• Medidas recomendadas.
Se o abaixamento do pH não for devido à substância tóxicas, pode-se usar como medida
provisória à adição de cal, na proporção de 120g de cal para cada 10m3 de volume de lagoa,
até que pH volte aos valores normais (pH próximo de 7).
• Proliferações de Insetos.
• Medidas recomendada.
Erradicação da vegetação das margens internas das lagoas tendo-se o cuidado de não deixá-
los cair na lagoa.
84
A seguir estão descritos os procedimentos para a operação das lagoas facultativas realizar as
análises conforme o programa de monitoramento
• não permitir que a vegetação cresça sobre a superfície dos taludes internos dos diques,
evitando-se assim o aparecimento de mosquitos e outros insetos;
• Problemas Operacionais
OBS: Os principais problemas que causam perturbações operacionais nas lagoas facultativas
são:
• Escuma;
• Proliferação de insetos;
• Escuma.
Na superfície da lagoa facultativa não deve ter escumas, óleos, graxas, sólidos flutuantes
(pedaços de papel, plásticos) ou qualquer outro material.
I - Possíveis causas
Podem ocorrer em superflorecimento de algas, devido à não remoção do lodo. Tais algas
podem chegar a formar uma massa flutuante sobre a superfície da lagoa.
• Medida recomendada .
A nata de algas deverá ser removida com um rastelo e logo após enterrada, pois se a nata de
algas não for removida, poderá produzir odores desagradáveis devido à morte destas algas.
Nunca deverá ser lançado lixo (plásticos, papéis, etc) na lagoa facultativa.
Os materiais flutuantes (plásticos, papéis, pedaços de madeira) deverão estar sendo retidos nas
grades. Se isso não estiver acontecendo o operador deve observar a freqüência de limpeza da
grade, conforme anteriormente descrito.
• odores desagradáveis;
• possíveis causas;
• sobrecarga de sólidos;
• inversão térmica;
• substâncias tóxicas nos esgotos;
• prevenção e recuperação
Para quem trabalha com esgotos, é muito importante que o local onde se situa o tratamento
tenha um aspecto agradável. Dessa forma, deve-se ter um programa mínimo de manutenção e
conservação.
• a grama dos taludes externos deve estar sempre aparada e isenta de ervas daninhas.
• as canaletas de drenagem devem ser periodicamente limpas;
• o operador deve percorrer diariamente a cerca em torno da área da estação de tratamento, a
fim de verificar se não existe nenhum mourão enfraquecido ou arame arrebentado que permita
a entrada de animais;
• havendo vazamento de líquidos pelos taludes, deve ser identificada a causa e proceder
correção tecnicamente adequada.
86
TRATAMENTO:
LAGOAS
COLETA DE ESGOTO AFASTAMENTO ANAERÓBIA,
DO ESGOTO FACULTATIVA
DISPOSIÇÃO
FINAL DO
ESGOTO
87
15. CONCLUSÃO
16. Bibliografia
AZEVEDO NETO, José M. Técnica de Abastecimento e Tratamento da Água. São Paulo:
CETESB, 1987, v.2.
CETESB. Técnicas de Abastecimento e Tratamento de água. 2a Edição revisada. São
Paulo, 1976.
DI BERNARDO, Luiz. Métodos e Técnicas de Tratamento da Água. Rio de Janeiro: ABES,
1993.
JORDÃO, Eduardo Pacheco e Constantino Arruda Pessoa - Tratamento de Esgotos
Domésticos - 4ª edição - Rio de Janeiro, 2005
Lei 6050 de 24 de maio de 1974 - Dispõe sobre a fluoretação da água em sistemas de
abastecimento quando existir estação de tratamento.
LEME, FRANCÍLIO PAES. Teoria e técnicas de tratamento de água. São Paulo: CETESB,
1979.
MENDONÇA, Sérgio Rolim - Tópicos Avançados em Sistemas de Esgotos Sanitários - Rio
de Janeiro, 1987 ABES São Paulo, 1986 Convênio CETESB/ ASCETESB.
PORTARIA 518 DE 25 DE MARÇO DE 2004 - Ministério da Saúde - Gabinete do Ministro -
Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da
qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, e dá outras
providências.
PORTARIA 635/BSB DE 26 DE DEZEMBRO DE 1975 – Fluoretação.
RESOLUÇÃO CONJUNTA SMA/SERHS/SES - 3, de 21 de junho de 2006.
RESOLUÇÃO CONJUNTA SS/SMA 1 DE 26 DE AGOSTO DE 1997 - São Paulo - Dispõe
sobre o teor mínimo de cloro residual livre na rede de abastecimento de água.
RESOLUÇÃO CONAMA 357 DE 17 DE MARÇO DE 2005 - Dispõe sobre a classificação
dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as
condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências.
89