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1 INTRODUÇÃO
muitas vezes irresponsável de tal recurso, tornou-se uma preocupação global, um problema que
Estima-se que 97,5% da água seja salgada e apenas 2,5 % doce, desses 2,5% de água
doce 68,9 estão em calotas polares, 29,9 % nos aqüíferos, 1,2% em rios e lagos e apenas 1% da
O desperdício diário de água de todas as capitais brasileiras juntas seria suficiente para
abastecer uma população de 38 milhões de pessoas por dia. Frente a tal realidade, os ambientes
residenciais, vazamentos, uso na agricultura e indústrias podem ser vistos como os principais
maior reserva de água doce da Terra, ou seja, 12% do total mundial. Sua distribuição, porém, não
2 OBJETIVOS
Geral:
estabelecer também o papel do estado nesse contesto, considerada como uma base importante da
Específicos:
3 QUESTÕES NORTEADORAS
O conceito de uso eficiente da água inclui qualquer medida que reduza a quantidade
que se utiliza por unidade de qualquer atividade e que favoreça a manutenção e a melhoria da
qualidade da água. Este uso eficiente está muito relacionado a outros conceitos de manejo atual
dos recursos ambientais, sendo básico para o desenvolvimento sustentável e assegurando que haja
A cobrança pelo uso da água é um dos instrumentos de gestão a ser empregado para
induzir o usuário de água a uma utilização racional desse recurso, é prevista, no Brasil, desde 10
de Julho de 1934, com a promulgação do Decreto Lei n° 24.643, conhecido como código das
águas. Este código determina que o uso comum das águas pode ser gratuito ou retribuído,
de 1997, a Lei 9.433/97, conhecida como Lei das Águas, criou a cobrança pelo uso dos recursos
A lei prevê que a cobrança dê ao usuário uma indicação de seu real valor,
incentivando a racionalização do uso da água e obter recursos para dar o suporte financeiro ao
sistema de gestão de recursos hídricos e às ações definidas pelos planos de bacia hidrográfica, ou
seja, deve ser um instrumento arrecadador. Como instrumento econômico, a cobrança deve
sinalizar corretamente para a sociedade o uso dos recursos hídricos de forma racional e que
4 JUSTIFICATIVA
Hoje, o mau uso dos recursos hídricos, aliado à crescente demanda pela água, vem
estar do homem e à manutenção dos ecossistemas do planeta, a água é um bem comum a toda a
humanidade. Os recursos hídricos são finitos e sua distribuição é irregular ao longo da crosta
Mais de 1 bilhão e 200 milhões de pessoas de todo o mundo não dispõem de uma
provisão razoável e segura de água potável, cerca de 2 bilhões e 400 milhões de pessoas não têm
direito a serviços básicos de saneamento. O problema da falta de água para um em cada cinco
Pretende-se com este projeto de pesquisa estudar o uso da água pela sociedade
brasileira e identificar os principais problemas que contribuem para que o Brasil tenha um índice
da água, para este recurso ser capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer
.
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5 REFERENCIAL TEÓRICO
oceânicas, estima-se que 97,5% da água seja salgada e 2,5% doce. Dos 2,5%, 68,9% estão nas
calotas polares, 29,9% nos aqüíferos, 1,2% em rios e lagos, 1,3x 10 14 litros de água doce circula
pelo planeta diariamente, apenas 1% da água doce ou 0,007% de toda a água do planeta está
Homem, aproximadamente 60% da população mundial tem como principal fonte de água os
geração de energia, uso industrial e irrigação, no mundo o consumo real da água é de 6500 km³
por ano.
Homem utilizar, no entanto, como o consumo tem excedido a renovação da mesma, atualmente
verifica-se um stress hídrico, ou seja, falta de água doce e também diminuição da qualidade da
água.
excedentes hídricos que alimentam uma das mais extensas e densas redes de rios perenes do
mundo. Em três grandes unidades hidrográficas, Amazonas, São Francisco e Paraná, estão
concentrados cerca de 80% da produção hídrica do país, estas bacias cobrem cerca de 72% do
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território brasileiro, dando-se destaque à Bacia Amazônica, que possui cerca de 57% da
superfície do país.
País, que é devido ao crescimento das localidades e à degradação da qualidade da água. O baixo
A água é um bem cada vez mais precioso e escasso. Atualmente, 1.1 mil milhões de
pessoas não têm acesso à água potável e estima-se que nos próximos 20 anos este número suba
para 3 mil milhões. A carência de água tem um efeito devastador na saúde pública, a propagação
de doenças pela água representa 80% do número de doentes e de mortes nos países em
desenvolvimento.
manejo e usos sustentáveis dos recursos naturais. As diferenças registradas entre os países
disponibilidade, como nos países do Continente Africano, onde a média de consumo de água por
exagerado de água doce tratada e potável, onde um cidadão chega a gastar 2.000 litros por dia.
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Na tabela acima, foi observado que o consumo é significativamente maior nos países
desenvolvidos quando comparados ao Brasil. No Brasil o maior consumo per capita é observado
no Distrito Federal que ainda é 33% menor que o consumo médio no Canadá. É valido ressaltar
muito altas. Atualmente, na maioria dos países, continentes e regiões, a água consumida na
agricultura é de cerca de 69% da disponibilidade total, conforme gráfico abaixo. Há uma enorme
necessidade de redução desse uso com a introdução de tecnologias adequadas, eliminação dos
hidrológica do planeta, 11, 6 % da água doce disponível estão no Brasil, que perfazem 53% dos
recursos hídricos da América do Sul. Cada brasileiro possui, em tese, 34 milhões de litros ao ano
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a sua disposição, um volume enorme, já que é possível levar vida confortável com 2 milhões de
Mas essa água é mal distribuída, 80% concentram-se na Amazônia, onde vivem
apenas 5 % dos habitantes do país; os 20% restantes abastecem 95% dos brasileiros. Várias
cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Goiás e Minas Gerais convivem com
oferta anual inferior a 2 milhões de litros por habitante, para uso direto e indireto.
ficou três vezes menor. Para piorar esse quadro, há muito desperdício, cerca de 30% da água
tratada perdem-se em vazamentos pelas ruas. A grande São Paulo desperdiça 10 m³ de água por
segundo, o que daria para abastecer cerca de 3 milhões de pessoas diariamente. Pelas contas do
Ministério do Planejamento, perdem-se até 40% dos 10,4 milhões de litros distribuídos
anualmente pelo país. Os problemas são, a concentração da população nas cidades, o crescimento
Calcula-se que 50% da água captada, no Brasil, para uso são destinadas para irrigação,
em apenas 5% da área total, um dos grandes desafios hoje é ampliar essa área, adotando técnicas
e equipamentos mais eficientes, pois se estima que apenas metade da água irrigada chega às
Uma perda de cerca de seis bilhões de litros, suficiente para abastecer 38 milhões de
pessoas, acontece entre a retirada dos mananciais e a chegada às torneiras. Os números fazem
sistemas de saneamento básico e do volume de desperdício de água no país. De acordo com tal
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relatório, as perdas são causadas por vazamentos nas redes de abastecimentos, submedição nos
hidrômetros e fraudes.
A maioria das capitais brasileiras, 15 das 27, perdem mais da metade da água
desperdício, com 78,8 % de perda. As cidades de Rio Branco, em Manaus, têm índices superiores
a 70%. O desperdício nessas capitais seriam suficiente para abastecer quase cinco milhões de
habitantes. Distrito Federal é a unidade da federação com menor registro de perda na distribuição,
com 27,3%.
Existem regiões no Brasil onde se for dividir o volume de água pela população, essas
regiões podem ser consideradas como áreas de déficit hídrico, como São Paulo e Rio de Janeiro,
por exemplo.
internas e externas, vazamentos nas descargas de bacia sanitária, extravasamento das caixas de
água e desperdícios em geral, como por exemplo, banhos demorados, escovação de dentes com
torneira aberta, lavagem de vasilhas na cozinha com torneira aberta, varrição de rua, calçada e
quintal com jato de água de mangueira, lavagem de carro com mangueira, torneiras pingando e
outros.
critérios gerais para a outorga de direito de uso dos recursos hídricos e para a cobrança pelo seu
uso.
A Agência Nacional de Águas (ANA) é uma autarquia sob regime especial com
ANA deve implementar a Lei das Águas, de 1997, que disciplina o uso dos recursos hídricos no
Brasil.
realidade institucional brasileira, contando com a participação dos usuários, da sociedade civil
atuar como “parlamento das águas”, posto que é o fórum de decisão no âmbito de cada bacia
hidrográfica.
debate das questões relacionadas aos recursos hídricos da bacia; articular a atuação das entidades
que trabalham com este tema; arbitrar, em primeira instância, os conflitos relacionados a recursos
os mecanismos de cobrança pelo uso de recursos hídricos e sugerir os valores a serem cobrados;
estabelecer critérios e promover o rateio de custo das obras de uso múltiplo, de interesse comum
ou coletivo.
As Agências de Água deverão ser responsáveis pela cobrança pelo uso de recursos
Bacia Hidrográfica. A criação das Agências está condicionada, em cada bacia, à prévia existência
do respectivo Comitê de Bacia Hidrográfica e à viabilidade financeira, que poderá ser assegurada
cobrança pelo uso de recursos hídricos; analisar e emitir pareceres sobre os projetos e as obras a
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serem financiados com recursos gerados pela cobrança pelo uso dos recursos hídricos e
acompanhar a administração financeira dos recursos arrecadados com a cobrança pelo uso dos
recursos hídricos em sua área de atuação; gerir o Sistema de Informações sobre Recursos
Hídricos em sua área de atuação; celebrar convênios e contratar financiamentos e serviços para a
hídricos em sua área de atuação; elaborar o Plano de Recursos Hídricos para apreciação do
enquadramento dos corpos de água nas classes de uso, os valores a serem cobrados pelo uso dos
recursos hídricos, o plano de aplicação de recursos, e o rateio de custos das obras de uso múltiplo.
para as primeiras necessidades da vida e permite a todos usar as águas públicas, conformando-se
com os regulamentos administrativos. Impede a derivação das águas públicas para aplicação na
consome, com prejuízo a terceiros. Ressalta ainda, que os trabalhos para a salubridade das águas
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serão realizados à custa dos infratores que, além da responsabilidade criminal, se houver,
responderão pelas perdas e danos que causarem e por multas que Ihes forem impostas pelos
regulamentos administrativos.
REFERÊNCIAS
1.Paz, V.P.S.; Teodoro, R.E.F.; Mendonça, F.C.; Recursos hídricos, agricultura irrigada e
meio ambiente, Revista Agrícola de Engenharia Agrícola e Ambiental, Uberlândia, dezembro
2000, v.4,n.3.
2.Miranda, E.C.; Combate ao desperdício de água na gestão pública dos recursos hídricos,
Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental, Porto Alegre/RS, março 2004.
3.Tundisi, J.G.; Recursos hídricos no futuro: problemas e soluções, Estudos Avançados, São
Paulo, 2008, v.22, n.63.
4.Braga, B.P.F; Flecha, R.; Pena, D.S.; Kelman, J.; Pacto federativo e gestão de águas, Estudos
Avançados, São Paulo, 2008, v.22,n.63.