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Recursos hídricos

Atividade coletiva

A água: um recurso natural renovável?


Qual o interesse deste recurso?

Link para vídeo:


https://www.youtube.com/watch?v=JtshF-n-mis&feature=emb_rel_end&ab_channel=anagovbr
A água - que valor(es) tem

• Essencial para todas as formas de vida


• Papel central nos ecossistemas naturais (produção de alimentos)
• Potencial energético
•  Fortemente ameaçada (quantidade e qualidade)
 A sua gestão é tema prioritário da agenda internacional

 Legislação para a sua proteção


PNUEA
Lei Quadro da Água, …
Plano Nacional Utilização Eficiente da Água

• Principal objetivo a promoção do Uso Eficiente da Água


em Portugal, especialmente nos setores urbano, agrícola
e industrial;
• Minimizar os riscos de escassez hídrica;
• Melhorar as condições ambientais nos meios hídricos;
• Consolidar uma nova cultura de água em Portugal »»»
crescente valorização;
• Reduzir volumes de cargas poluentes e a redução dos
consumos de energia, aspetos fortemente dependentes
dos usos da água.
https://www.apambiente.pt/_zdata/consulta_publica/2012/pnuea/imple
mentacao-pnuea_2012-2020_junho.pdf
A Terra - Planeta Azul

Água doce disponível em Portugal


Portugal tem escassos (e pequenos) lagos naturais, pelo que a maior parte da água doce disponível se encontra na precipitação, na que
escoa superficialmente através dos rios, na que se infiltra (aquíferos) e na que está armazenada nas albufeiras.
Precipitação desigualmente repartida no espaço e no tempo

Portugal continental encontra-se numa situação de stress hídrico moderado, mas as realidades regionais são muito diversas.
Fonte: Conselho Nacional da Água
Recursos hídricos – o que são?

Água nos seus diferentes estados e reservatórios (incluindo os aquíferos), disponível ou


potencialmente disponível, suscetível de satisfazer, em quantidade e em qualidade, uma dada
procura num local e período de tempo determinados.
Água superficial (recursos hídricos superficiais) e dos aquíferos (recursos hídricos subterrâneos).

Disponibilidades de águas superficiais e subterrâneas:

https://www.youtube.com/watch?v=5x5vKwrd338&ab_channel=Re
lat%C3%B3riodoEstadodoAmbiente

Relatório do Estado do Ambiente – Agência Portuguesa do Ambiente, 2019


A água – como a estamos a usar (e comprometer)

Proporção dos volumes consumidos em Portugal continental por área de atividade.

Diariamente são utilizados em Portugal continental 13,4 hectómetros cúbicos (na agricultura, no abastecimento urbano e na
industria), o equivalente à água armazenada em mais de 5000 piscinas olímpicas.

Fonte: Conselho Nacional da Água


https://www.apn.org.pt/documentos/ebooks/E-BOOK_SUSTENTABILIDADE_APN.pdf
A água – ameaças

• Aquecimento global »»» aumento temperatura água e diminuição oxigénio


• Desflorestação
• Atividades industriais, agrícolas e pecuárias
• Efluentes domésticos
• Tráfego marítimo

Metade dos habitantes do


Cada gota contaminada planeta viverá em áreas com
hoje significa uma perda escassez de água em 2025
irreparável para amanhã.
Água – escassez e contaminação
O QUE É A POLUIÇÃO DA ÁGUA
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define
água contaminada como aquela que sofre
alterações em sua composição até ficar
inutilizável. Ou seja, é água tóxica que não pode
ser bebida nem usada em atividades essenciais
Crise da qualidade da água ameaça bem-estar humano e ambiental:
como a agricultura. Além disso, é uma fonte de
insalubridade que provoca mais de 500.000 mortes
anuais a nível global por diarreia e transmite
https://youtu.be/ZJWjBjaB5Zw
doenças como cólera, disenteria, febre tifoide e
poliomielite.

Doenças e
Poluição cadeia Escassez água
Perda de habitas mortalidade
alimentar potável
infantil
A escassez de água em Portugal – assunto atual
Mais de 3 mil milhões de pessoas afetadas pela
escassez de água, alerta ONU
A escassez de água afeta mais de 3 mil milhões de
pessoas em todo o mundo, à medida que a
quantidade de água doce disponível para cada
pessoa diminui um quinto em duas décadas, alertou
a Organização das Nações Unidas (ONU).
Cerca de 1,5 mil milhões de pessoas sofrem de
grave escassez de água ou mesmo de seca, devido
à combinação da crise climática, aumento da
procura de água e a sua má gestão.
Executive Digest, 26 Nov 2020
A escassez de água em Portugal – assunto atual
A escassez de água em Portugal – assunto atual

GOVERNO REFORÇA
TRANSPORTE DE ÁGUA EM
CAMIÕES CISTERNA PARA
VISEU
Secretário de Estado do Ambiente anunciou
esta quinta-feira a disponibilização de 250 mil
euros para apoiar uma iniciativa da Águas de
Portugal para fazer face à seca que afeta a
região
2017-11-16 16:34/ SS
A água
que pequenos gestos poderão
fazer a diferença?
A água – pequenos gestos que poderão fazer a diferença
1. Fazer manutenção da canalização e reparar fugas
2. Colocar redutores de caudal nas torneiras
3. Recolher e reutilizar água desperdiçada (por ex. quando esperamos que aqueça
no duche)
4. Optar por autoclismos com regulação de caudal ou colocar um volume no seu
interior (cada descarga pode gastar até 20 l de água)
5. Utilizar produtos biodegradáveis (de higiene pessoal e detergentes)
6. Não deitar óleos alimentares usados nos ralos
7. Utilizar máquinas de lavar na sua carga máxima
8. Aproveitar água da chuva (utilização direta no autoclismo, em regas)
9. Regar fora do período de maior calor
Água em empreendimentos hoteleiros – estado da arte

• A Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas


(ENAAC) foi aprovada em 2010
• Constitui um instrumento de planeamento estratégico,
através do qual se pretende a promoção e a identificação de
um conjunto de linhas de ação e de medidas de adaptação
para as AC.
• Este documento identificou os recursos hídricos e o turismo
como setores prioritários entre nove.
• Ao nível da mitigação de emissões de gases de efeito estufa
(GEE), Portugal dispõe do Programa Nacional para as
Alterações Climáticas, o Plano Nacional de Atribuição de
Licenças de Emissão e o Fundo Português de Carbono.

http://adapt-act.lnec.pt/pdfs/AdaPT_ACT_Task1-03-Estado%20da%20arte%20agua.pdf
Água em empreendimentos hoteleiros

• As alterações climáticas (AC) afetam as sociedades e condicionam as suas atividades económicas, sendo
também um desafio para o setor do turismo.
• Em empreendimentos turísticos, o aumento da temperatura média anual, as alterações na distribuição
espacial e temporal da precipitação e as variações na frequência e intensidade de fenómenos climáticos
extremos podem gerar condicionamentos na disponibilidade da água e alterações nos usos da água.
• Estas alterações podem ter implicações, quer na gestão técnica e económica, quer na qualidade de
serviço prestada nestes empreendimentos.
• Assim, o desempenho e a vulnerabilidade destes empreendimentos às AC devem ser estudados, no
sentido de minimizar os impactos daí decorrentes e contribuir para melhorar o seu desempenho global.
Água em empreendimentos hoteleiros
• As medidas identificadas no PNUEA para o uso da água ao nível urbano (excluindo os usos industriais
registados na rede urbana de abastecimento) podem ser agrupadas conforme o tipo de utilizadores e de
utilizações nas seguintes classes:
• Medidas ao nível dos sistemas públicos – redução de consumos de água nos sistemas públicos (maior
eficiência e menos perdas), …
• Medidas ao nível dos sistemas prediais e das instalações coletivas - incluem a redução de pressões no
sistema predial de abastecimento, o isolamento térmico do sistema de distribuição de água quente, ...
• Medidas ao nível dos dispositivos em instalações residenciais, coletivas e similares – redução de
consumos de água (mudanças comportamentais, sem que ocorram perdas de conforto para os respetivos
utilizadores),…
• Medidas ao nível dos usos exteriores – rega de jardins ou relvados, lavagem de pátios, enchimento de
piscinas, …
Normalização aplicável
• A normalização constitui um passo imprescindível no processo de garantia de qualidade;
• Relativamente às medidas Utilização de águas residuais urbanas tratadas, Utilização de água residual
tratada em jardins e similares e Utilização de água residual tratada em campos desportivos, campos de
golfe e outros espaços verdes de recreio, as necessidades em termos de normalização estão já
parcialmente consideradas na norma portuguesa NP 4434:2005 – Reutilização de águas residuais urbanas
tratadas na rega. Este documento estabelece os requisitos de qualidade das águas residuais a utilizar
como água de rega, estabelece os requisitos do solo a regar, indica as culturas suscetíveis de utilização,
define os critérios a seguir na escolha dos processos e equipamentos de rega e estabelece os
procedimentos a adotar na execução da rega.
• Estas normas prevêem a possibilidade de, para economia de água, se poderem dotar as torneiras de
reguladores de jato, cujas especificações estão definidas na NP EN 246:2005-pt.
• A norma NP EN 1112:2011-pt especifica os requisitos hidráulicos relativos aos chuveiros
Usos interiores em empreendimentos hoteleiros

• Para poder aconselhar sobre medidas que promovam o uso eficiente da água é necessário conhecer-se em
primeiro lugar como é que este recurso é utilizado nas várias unidades de análise de um hotel.
Distribuição dos usos de água em quartos de hotéis

• O volume de água fria usado (65,7%) é superior ao volume de água quente (34,3%)
• Os dispositivos que consomem mais água (quente, fria e mistura de água quente e fria) são as torneiras de lavatório e
bidé.
Medidas ao nível dos sistemas prediais e das instalações
coletivas

# 1 Gestão de pressões no sistema predial de abastecimento


# 2 Isolamento térmico do sistema de distribuição de água quente
# 3 Uso de água de qualidade inferior à potável em usos compatíveis
# 4 Redução de perdas de água no sistema predial de abastecimento
Medidas relevantes em empreendimentos hoteleiros

• Autoclismos
• Adequação da utilização de autoclismos
• Substituição ou adaptação de autoclismos
• Utilização de bacias de retrete sem uso de água
• Utilização de bacias de retrete por vácuo

• Chuveiros
• Adequação da utilização de chuveiros
• Substituição ou adaptação de chuveiros

• Torneiras
• Adequação da utilização de torneiras
• Substituição ou adaptação de torneiras
Medidas relevantes em empreendimentos hoteleiros

• Máquinas de lavar roupa


• Adequação de procedimentos de utilização de máquinas de lavar roupa
• Substituição de máquinas de lavar roupa

• Máquinas de lavar loiça


• Adequação de procedimentos de utilização de máquinas de lavar loiça
• Substituição de máquinas de lavar loiça

• Urinóis
• Adequação da utilização de urinóis
• Adaptação da utilização de urinóis
• Substituição de urinóis

• Sistemas de aquecimento e refrigeração de ar


• Redução de perdas e consumos em sistemas de aquecimento e refrigeração de ar
Autoclismos

• As descargas de autoclismos são um dos usos com peso significativo no consumo, incluindo as instalações
dos empreendimentos hoteleiros (por exemplo, nos consumos domésticos pode corresponder a cerca de
30% do consumo da habitação).
• Os gastos de água com o autoclismo derivam não só das descargas associadas às necessidades fisiológicas
mas também de utilização inadequada, como sejam as descargas de resíduos sólidos na bacia de retrete e
fugas devido a estanquidade deficiente do aparelho.
• A capacidade dos modelos tradicionais de autoclismo habitualmente usados em Portugal pode atingir os
15 litros por descarga. A utilização de autoclismos com descargas de volumes inferiores (como por
exemplo, 6 litros) já é corrente com eficiência comprovada.
• Estes aparelhos funcionam de forma adequada, particularmente se associados a uma bacia de retrete
também desenhada para maximizar a limpeza e arraste com esses volumes de água.
• São também comercializados aparelhos de dupla descarga, ou seja, autoclismos que possibilitam a
realização de descargas de maior volume ou descargas de menor volume, consoante se verifica ou não a
presença de matéria fecal.
• Em cerca de 70% das descargas seria adequado proceder a uma descarga de menor volume, resultando
numa poupança significativa relativamente a um dispositivo de volume de descarga fixo.
Autoclismos – redução de consumos

• A redução do consumo associado ao autoclismo pode ser conseguida das seguintes formas:

• por alteração dos comportamentos de uso que induzam desperdícios;


• por adaptação ou substituição do equipamento padrão, ou seja, utilizando autoclismos de baixo
consumo (com descarga de volume reduzido, com descarga de dupla capacidade 6/3 litros ou com
descarga controlada pelo utilizador);
• por adoção de um procedimento de deteção e reparação de fugas no autoclismo a aplicar
periodicamente. Importa referir que para se obter efetivamente volumes mais reduzidos é
necessário regular adequadamente os aparelhos.
Atividade individual

Tarefa 3
Ficha de trabalho para aplicação dos conhecimentos
relativos aos recursos hídricos
Link: https://forms.office.com/Pages/ResponsePage.aspx?id=fAcB--
sw0UekMPDq8o-
5Dm3IhCftUk1NmvcINEC_s6NUMkdNVzZNUFU1MVdaTUxDSkdHNkxNMjlaV
C4u

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