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Introdução
As origens de falhas das máquinas estão nos danos sofridos pelas peças
componentes.
Qualquer máquina pára de trabalhar quando alguma parte vital de seu conjunto se
danifica. A parte vital pode estar no interior da máquina, no mecanismo de
transmissão, no comando ou nos controles. Pode, também, estar no exterior, em
partes rodantes ou em acessórios. Por exemplo, um pneu é uma parte rodante
vital para que um caminhão funcione, assim como um radiador é um acessório vital
para o bom funcionamento de um motor.
Nos últimos 20 anos a atividade de manutenção tem passado por mais mudanças
do que qualquer outra atividade.
Aumento do número e diversidade dos itens físicos que têm que ser mantidos.
A segunda geração vai desde a Segunda Guerra Mundial até os anos 60. As
pressões do período aumentaram a demanda por todo tipo de produto, ao mesmo
tempo em que o contingente de mão-de-obra industrial diminuiu sensivelmente.
Como conseqüência, neste período houve forte aumento da mecanização, bem
como da complexidade das instalações industriais.
Os danos nas máquinas podem ser causados por inúmeros fatores, tais como:
.sobrecargas;
.trincas;
.corrosão.
.sujeira;
.falta de reapertos;
Para que a análise possa ser bem feita, não basta examinar a peça que acusa a
presença de falhas.
Enfim, o levantamento deverá ser o mais minucioso possível para que a causa da
ocorrência fique perfeitamente determinada.
Conclui-se então que essas falhas devem ser evitadas quando possível, e
reparadas quando ocorrerem. Sendo assim a Manutenção é um dos fatores
determinantes no sucesso de uma indústria.
As falhas são inevitáveis quando aparecem por causa do trabalho executado pela
máquina. Nesse aspecto, a manutenção restringe-se à observação do progresso
do dano para que se possa substituir a peça no momento mais adequado.
É assim que se procede, por exemplo, com os dentes de uma escavadeira que vão
se desgastando com o tempo de uso.
Conceito de Manutenção:
2. Maior rendimento;
Não raramente essa variedade provoca uma certa confusão na caracterização dos
tipos de manutenção. Por isso, é importante uma caracterização mais objetiva dos
diversos tipos de manutenção, desde que, independente das denominações, todos
se encaixem em um dos seis tipos descritos a seguir.
Manutenção preventiva
Manutenção preditiva
Manutenção detectiva
Engenharia de manutenção
Maintenance.
Maintenance.
MANUTENÇÃO CORRETIVA
Além disso, quebras aleatórias podem ter conseqüências bastante graves para o
equipamento, isto é, a extensão dos danos pode ser bem maior. Em plantas
industriais de processo contínuo (petróleo, petroquímico, cimento, etc.) estão
envolvidas no seu processamento elevadas pressões, temperaturas, vazões, ou
seja, a quantidade de energia desenvolvida no processo é considerável.
Interromper processamentos desta natureza de forma abrupta para reparar um
determinado equipamento compromete a qualidade de outros que vinham
operando adequadamente, levando-os a colapsos após a partida ou a uma
redução da campanha da planta. Exemplo típico é o surgimento de vibração em
grandes máquinas que apresentavam funcionamento suave antes da ocorrência
(KARDEC e NASCIF, 2001).
Quando uma empresa tem a maior parte de sua manutenção corretiva na classe
não planejada, seu departamento de manutenção é comandado pelos
equipamentos e o desempenho empresarial da Organização, certamente, não está
adequada a necessidade de competitividades atual.
Um trabalho planejado é sempre mais barato, mais rápido e mais seguro do que
um trabalho não planejado. E será sempre de melhor qualidade.
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
Como nem sempre os fabricantes fornecem dados precisos para a adoção nos
planos de manutenção preventiva, além das condições operacionais e ambientais
influírem de modo significativo na expectativa de gradação dos equipamentos, a
definição de periodicidade e substituição deve ser estipulada para cada instalação
ou no máximo plantas similares operando em condições também similares. Isso
leva a existência de duas situações distintas na fase inicial de operação:
Falha humana.
Falha de sobressalente.
O QUE INTERVALO DE
EQUIPAMENTO OBSERVAÇÕES
VERIFICAR TEMPO
Nessa coluna está Nessa coluna Nessa coluna Nessa coluna foi
colocadas algumas
está todos os
explicações e
pontos que mostra de quanto
informações sobre os
o equipamento ou necessitam ser em quanto tempo
processos e meios para
componente da examinados em os equipamentos
realizar a manutenção
instalação que deve cada e componentes
preventiva e sobre os
ser examinado equipamento ou devem ser
equipamentos e
componente da examinados
componentes da
instalação
instalação
MANUTENÇÃO PREDITIVA
As falhas devem ser oriundas de causa que possam ser monitoradas e ter sua
progressão acompanhada.
2. Pressão;
3. Temperatura;
4. Desempenho;
5. Aceleração.
7. Melhoria da segurança;
MANUTENÇÃO DETECTIVA
Não atuação.
Atuação indevida.
O trip por alta vibração em máquinas rotativas pode deixar de atuar, desde que
haja um acompanhamento paralelo e contínuo do equipamento pela equipe de
manutenção. Na maior parte ocorre uma progressão no nível de vibração que
permite um acompanhamento. Entretanto, o aumento da temperatura de mancal
pode ser muito rápido, ou seja, se o sistema não atuar comandando a parada da
máquina, as conseqüências podem ser desastrosas.
ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO
Alguém que esteja praticando Manutenção Corretiva não planejada terá um longo
caminho a percorrer para chegar a praticar Engenharia de Manutenção. E o maior
obstáculo a ser vencido estará na “cultura” que está sedimentada nas pessoas.
HISTÓRICO
O TPM teve inicio no Japão, através da empresa Nippon Denso KK, integrante do
grupo Toyota, que recebeu em 1971 o Prêmio PM, concedido a empresas que se
destacaram na condução desse programa. No Brasil, foi apresentado pela primeira
vez em 1986.
Segundo Mirshawaka (1993) considera-se que o TPM deriva da Manutenção
Preventiva, concebida originalmente nos Estados Unidos, e a evolução do
processo até a sua caracterização, como conhecido atualmente, foi a seguinte:
TPM –1970
Eliminar desperdícios;
OBJETIVOS DO TPM
TÉCNICAS PREDITIVAS
Introdução
Como já visto anteriormente, a manutenção preditiva é aquela que indica a
necessidade de intervenção com base no estado do equipamento. A avaliação
desse estado se dá através de medição, acompanhamento ou monitoração de
parâmetros.
3. Monitoração contínua.
A folga entre duas peças – Por exemplo, eixo-furo- é “sentida” estar boa ou
excessiva pelo tato.
Monitoração Objetiva
A monitoração ou o acompanhamento objetivo é feito com base em medições
utilizando equipamentos ou instrumentos especiais.
É objetiva por:
É fundamental que:
Atualmente, estão disponíveis várias técnicas que estão relacionadas nos quadros
a seguir, separados por classes de equipamentos.
1. Independe de pessoal.
No local mais apropriado para medição é instalado um sensor ou captor que pode
ser de contato ou não, dependendo do tipo de medição. Esse sensor está ligado a
um transdutor que faz a decodificação do sinal para que ele possa ser traduzido
em valores no indicador instalado no painel.
Acelerômetro Piezelétrico
DodiBars-probe sem
contato
Corrosão Sondas
Equipamentos estacionários e
estruturas
Temperatura Termopar
Voltímetro, amperímetro,
ohmímetro
Registrador de tensão e
Capacitância
corrente
Mega
2. Termografia;
3. Inspeção visual;
4. Ensaios não-destrutivos;
5. Ferrografia;
VIBRAÇÃO
Definição
É uma oscilação em torno de uma posição de referência, e para que haja vibração,
um corpo necessita de massa e elasticidade.
Vibração está presente em qualquer sistema à medida que este responde a uma
excitação. Isso é válido para um eixo de compressor centrífugo, a asa de um avião
em vôo, as molas de um vagão de trem, ou ainda uma estrutura sujeita à ação do
vento.
tDeslocamento x = A sen
onde:
t = tempo em segundos.
= 2 e)a = (2 2 A
Essas relações serão úteis para compreender melhor qual variável deve ser
acompanhada.
1. Detecção
2. Análise
3. Correção
- Detecção - Nesta fase são utilizados medidores de vibração global onde através
de medições periódicas avalia-se o estado global da máquina que ocorrendo
qualquer aumento caracteriza o início de uma anormalidade.
1. Desbalanceamentos
2. Desalinhamentos
3. Eixos Empenados
5. Mancais defeituosos
6. Forças Eletromagnéticas
8. Etc...
3. Quebra inesperadas,
- Atenuação da resposta.
Eliminação das fontes: Balanceamento; alinhamento; Substituição de peças
defeituosas; aperto de bases soltas, etc.
Características da vibração
Amplitude – Deslocamento
– Velocidade
– Aceleração
Freqüência.
- Deslocamento -
Freqüência
É um número de ciclos por minuto (CPM) ou por segundo (CPS ou Hz) em que
ocorre a vibração. É a freqüência associada com a amplitude, em que na maioria
das vezes utilizaremos em análise para detectar de qual componente está
ocorrendo a falha.
-Transdutor
- Dispositivo de Leitura
-Transdutor
-Amplificador Eletrônico
-Sistema de Filtragem
-Mostrador de Amplitude
-Mostrador de freqüência
2. Pick-up de velocidade.
3. Acelerômetro
PROBE DE DESLOCAMENTO SEM CONTATO – (DESLOCAMENTO)
O probe é excitado por uma freqüência de 1,5 MHz pelo oscilador demodulador
(proximitor) e transmitida através do cabo de extensão. Esta excitação produz um
campo magnético, que se irradia da ponta do probe. Quando a ponta do probe fica
próxima a uma superfície condutora, correntes parasitas são induzidas na
superfície do material, extraindo energia da excitação do probe e reduzindo sua
amplitude. Como a distância entre a probe e o material condutor, normalmente o
eixo da máquina, é variada, uma tensão DC correspondente é gerada na saída do
proxímitor, que irá variar proporcionalmente a variação da distância entre a ponta
do probe e o eixo.
Vantagens:
1. Tamanho reduzido;
4. Baixo Custo;
Desvantagens:
Vantagens:
1. Sinal forte;
Desvantagens:
1. Grande e pesado;
2. Preço elevado;
ACELERÔMETROS – (PIEZOELÉTRICO)
Apesar do acelerômetro piezoelétrico gerar seu próprio sinal, este tem uma
impedância muito alta, não sendo compatível com os instrumentos de indicação
em painéis, instrumentos de análise e monitoração. Para resolver esse problema
são utilizados equipamentos eletrônicos para converter de alta para baixa
impedância.
Vantagens:
Desvantagens:
Métodos de fixações:
-Ponta
-Magneto
-Adesivo
-Estojo
FIGURA
O tipo de máquina e/ou como é sua construção particular são muito importantes
para a definição do como medir:
Outro aspecto é a faixa de freqüência de interesse, pois é sobre ela que serão
feitas as medições. Ou seja, as medições de vibração serão feitas dentro de uma
faixa de freqüência de modo que se possa analisar as contribuições de cada valor
típico de freqüência para a vibração final. Isso nada mais é do que definir o
“espectro” de vibrações que é a “assinatura” de valores de velocidade ou
deslocamento para as diversas freqüências, num dado momento.
Para cada mancal onde for possível, fazemos uma leitura nas três direções
perpendiculares entre si (Horizontal, Vertical e Axial) procurando marcar os pontos
para que em futuras medições seja usado o mesmo ponto.
Vibrômetro
Osciloscópios (Oscilloscopes)
6. Etc.
Coletores de dados
Vibrotip
Coletores analisadores
monitoração
TEMPERATURA
A temperatura é um dos parâmetros de mais fácil compreensão e o
acompanhamento da sua variação permite constatar alteração na condição de
equipamentos, componentes e do próprio processo.
Termômetro de Contato:
Outra vantagem é que tanto a fita quanto o adesivo são resistentes a água e óleo.
Funciona da seguinte maneira, faz-se uma marca com o giz sobre a superfície cuja
temperatura se deseja verificar. O tempo gasto para ocorrer uma cor clara é
observado. Se a alteração de cor ocorrer entre 1 e 2 segundos, a superfície está à
mesma temperatura da definida para o giz. Se a alteração ocorrer mais rápido do
que isso, a temperatura estará maior, ao passo que se a alteração demorar a
ocorrer a superfície estará a uma temperatura menor.
Tinta Termo-Sensível:
A tinta termo-sensível, como o nome indica, muda de cor quando a temperatura da
superfície ultrapassa determinado valor. Normalmente é utilizada em grandes
superfícies de equipamentos estáticos que sejam isolados internamente. No caso
de queda de refratário, por exemplo, a tinta originalmente de cor azul fica
esbranquiçada.
As medições que são realizadas por sensores que não estão em contato físico
com os objetos são definidas como radiometria, e se enquadram nas técnicas de
sensoreamento remoto. “A radiometria pode ser utilizada nas faixas espectrais
ultravioleta, visível, infravermelho ou microondas e abrange grande número de
técnicas, dentre as quais a Termografia”.
Pirômetro de Radiação:
O pirômetro de radiação, como é normalmente conhecido, é constituído de um
elemento sensível à radiação, composto por vários termopares em série, e utiliza
uma lente para focalizar a energia radiante para os elementos termo-sensíveis.
Esse grupo de termopares ligados em série é denominado termopilha e a força
eletromotriz gerada pelo arranjo torna o conjunto altamente sensível às mudanças
provocadas pela radiação incidente.
Pirômetro Ótico:
Sistemas Infravermelho:
Radiômetros
Termovisores e Termografia.
Os termovisores são compostos por uma câmera e uma unidade de vídeo. A
câmera contém o sistema ótico, mecanismos de varredura horizontal e vertical, o
detector e um sistema para resfriamento de detector.
A termografia é a técnica
preditiva que permite o
acompanhamento de
temperaturas e a formação de
imagens térmicas, conhecidas por termogramas.
INSPEÇÃO VISUAL
Inspeção Interna::
3. Espelhos manuais.
4. Endoscópio.
5. Fibras ópticas.
6. Lupa manual.
7. Lentes.
8. Microscópios.
9. Periscópios.
As fibras permitem que uma imagem seja transmitida por um tubo flexível. Esse
mesmo tubo pode também proporcionar iluminação na outra direção. Isso permite
que peças situadas em locais de difícil acesso possam ser alcançadas, para uma
inspeção iluminada.
Estroboscópio
O estroboscópio é um instrumento que consiste numa lâmpada ligada a um circuito
que proporciona a emissão de sinal de luz a freqüências ajustáveis. Desse modo,
a lâmpada acenderá e apagará continuamente numa freqüência ajustável através
de um “dial” de controle. Isso permite que, ao ser apontada, por exemplo, para
uma polia que gira na mesma velocidade rotacional que a lâmpada pisca, dará a
impressão de que a polia está parada.
Detecção de Vazamentos
Medição de Espessura
Existem vários processos para se fazer essa detecção, podendo ser específicos
para detecção de defeitos internos no material, ou defeitos superficiais.
Ultra-Som
Líquido Penetrante
O líquido penetrante é um processo utilizado
para detectar trincas superficiais e
porosidades. São utilizados três líquidos: O
primeiro, de cor vermelha, é o líquido
penetrante propriamente dito, que tem alta
atração capilar e penetra em todos os poros e
trincas. O segundo, é um líquido de limpeza,
que é passado na superfície, para remover o
excesso de líquido penetrante. Esse líquido
não penetra nas porosidades e trincas e,
portanto, não atrapalha o processo. O terceiro é o líquido revelador, um líquido
branco que absorve o líquido vermelho que está nos poros e trincas.
Partículas Magnéticas
Como o campo magnético é induzido, esse método pode ser utilizado em materiais
magnéticos e não-magnéticos. É necessário usar a ponta de prova recomendada e
calibrar o instrumento para cada tipo de material.
Inspeção Radiográfica
Tanto a inspeção por raio X como por raio Gama é bastante utilizada para
detecção de defeitos em materiais. O uso do raio X tem sido limitado a 12
polegadas de penetração em aço a 2.000kV enquanto o raio Gama tem uso até
acima de 16 polegadas.
A inspeção por raio X apresenta maior rapidez e melhor definição para espessuras
até 2 polegadas. Quando há muita variação de espessura na peça a ser
inspecionada é preferível usar raio Gama.
Os filmes revelados que apresentam a “fotografia” do interior do material são
chamados de Radiografias e Gamagrafias para raio X e raio Gama,
respectivamente.
FIGURA
Emissão Acústica
Uma região que tenha defeitos é uma área onde existe concentração de tensões.
Se um estímulo é provocado nessa área, ocorre uma redistribuição de tensões
localizadas, que forma ondas mecânicas transientes.
Análise de Óleo
A análise da condição do óleo vem sendo, há muito tempo, um dos métodos de
monitoração mais utilizados. As duas técnicas mais difundidas são a análise do
óleo lubrificante em laboratório para verificação das suas características principais,
e a técnica de análise das partículas contidas no óleo, oriundas de desgaste.
Evidentemente, nos métodos estão incluídos os contaminantes que, dependendo
das características e da quantidade, determinam a condenação do lubrificante.
Análise Tradicional
Ferrografia
Essa técnica foi desenvolvida nos Estados Unidos para a aviação militar estando
hoje bastante difundida no mundo inteiro.
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RESUMO